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Contrário às projeções das pesquisas de intenção de voto, dois dias após o primeiro turno, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, ordenou uma investigação da Polícia Federal (PF) e citou o "histórico de erros absurdos" de institutos depois de uma representação de Valdemar Costa Neto, presidente do partido de Jair Bolsonaro. As informações foram publicadas pelo Uol. 

Na denúncia encaminhada ao Ministério da Justiça no dia 3 de outubro, Valdemar mencionou apenas as pesquisas em que Lula ganhava e ignorou as que indicavam vitória a Bolsonaro.

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Sem provas da parcialidade dos institutos, Torres havia dito que a documentação analisada apontou "condutas" que caracterizam a "prática de crimes" e "erros crassos e em série". Contudo, a representação tinha apenas a planilha com um comparativo entre o resultado das pesquisas e das urnas. 

Na ocasião, a investigação solicitada pelo ministro após o pedido da campanha de Bolsonaro foi suspensa pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Alexandre de Moraes, que apontou falta de justa causa e ausência de competência da PF para conduzir o caso. 

A suspeita de que o presidente Jair Bolsonaro vazou a operação Acesso Pago da Polícia Federal (PF) ao alvo principal, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, atingiu por tabela um de seus mais fiéis colaboradores. O ministro Anderson Torres, da Justiça e Segurança Pública, acompanhava o presidente em viagem no dia em que Ribeiro diz ter recebido o telefonema no qual Bolsonaro teria falado do risco de uma busca e apreensão. O ministro negou, anteontem, ter repassado informações privilegiadas da operação ao presidente.

Anderson Torres é o superior hierárquico da PF, de onde é delegado de carreira desde 2003. Nomeado ministro por Bolsonaro em março do ano passado, passou a exercer a função de elo político entre o Palácio do Planalto e a corporação. O atual diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, é pessoa de confiança dele.

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A postura de Torres, no entanto, tem sido alvo de questionamentos nos demais Poderes. Ele não tem interlocução azeitada com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), algo comum a ministros da Justiça de governos anteriores. A falta de trânsito já foi confidenciada ao próprio Torres por ministros da Corte.

Seus antecessores atuavam como conselheiros do presidente e influenciavam nas escolhas para cargos da cúpula do Judiciário, mas Torres esteve mais alheio às últimas opções de Bolsonaro.

O ministro tem trajetória restrita à atividade policial, e perfil político. Era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal quando foi indicado ao Planalto pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Também foi, por oito anos, assessor do ex-deputado Fernando Francischini - cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgar fake news sobre a eleição de 2018 - e integrou a direção da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). Nessa época, ganhou trânsito com parlamentares da bancada da bala e com a família Bolsonaro.

URNAS

No ano passado, o próprio ministro virou alvo do inquérito das fake news por causa de ataques às urnas eletrônicas, e ao mover o aparato da PF para dar vazão às suspeitas do presidente contra o sistema de votação, que pretende auditar. No início da semana passada, Torres enviou um ofício ao presidente do TSE, Edson Fachin, e informou que a PF poderia usar programas próprios para fiscalizar as urnas eletrônicas. O documento foi visto como uma nova tentativa de controlar as eleições.

Até março, Torres tinha pretensões eleitorais. No ano passado, filiou-se ao PSL, hoje parte do União Brasil, com intenção de disputar uma vaga ao Senado. Desistiu por causa da concorrência com aliados da base do presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O assassinato de Genivaldo Jesus dos Santos por dois agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que transformaram a viatura da instituição em câmara de gás improvisada, foi tratado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, como um "fato isolado". Torres participou nesta quarta-feira, 15, de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, na qual prestou esclarecimentos sobre o caso. Segundo o ministro, tudo o que podia ser feito em relação à morte já foi realizado.

Além de abordar o caso Genivaldo, o ministro da Justiça tratou das medidas da sua pasta em relação ao desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips na Amazônia. Segundo ele, "parece que o caso está esclarecido", mas não poderia comentar porque está em andamento. Quando questionado, Torres disse ter dado "a devida importância ao caso" e afirmou "estar muito perto" de elucidar eventuais crimes. O governo demorou mais de cinco dias para enviar a Força de Segurança Nacional à região para apoiar as buscas. Os primeiros a agir nas incursões foram os indígenas do Vale do Javari.

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O ministro da Justiça havia sido convocado para participar da audiência, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), derrubou a decisão da Comissão de Direitos Humanos. A convocação foi então convertida em convite. Em sua fala inicial nesta quarta, Torres chegou a dizer que o fato envolvendo a morte de Genivaldo "é grave" e "lamentável", mas que "todas as medidas legais foram adotadas". Segundo o ministro, "tudo corre bem".

"Esse ato foi isolado, não condiz com a PRF. Não estou fazendo juízo de valor, até porque não posso. Hoje, estamos diante de uma das melhores instituições de estado do mundo", afirmou. "É um fato grave, que todas as medidas legais foram adotadas. Todas as providências foram adotadas. Tudo corre bem", disse em outro momento.

Ao ser confrontado pelos parlamentares da oposição sobre o tratamento dado aos familiares da vítima, Torres se queixou do fato de o assassinato de dois agentes da PRF, em Fortaleza, não ter se tornado objeto de discussão na Câmara. "A gente precisa medir as coisas. A gente precisa dar o mesmo valor a todas as vidas. Na semana anterior, foram assassinados dois policiais e não vi essa reação", afirmou.

Na contramão das declarações do ministro, a deputada federal Taliria Petrone cobrou atuação mais firme da pasta da Justiça para coibir a ocorrência de casos semelhantes. "A gente lamentavelmente viu um homem executado, com transtornos mentais, mais uma vez um homem negro, algemado, imobilizado e colocado em uma câmara de gás, que nos remete a tempos que não queremos revisitar. Ele foi torturado por agentes do Estado (…) Este Ministério precisa se responsabilizar", afirmou.

"Nós estamos vivendo um retrocesso democraticamo gravíssimo. É responsabilidade de agentes públicos evitar mortes sistemáticas por parte de agentes do estado, ou por ações ilegais e omissões", frisou em outro momento.

O deputado Túlio Gadelha (Rede-PE) confrontou o ministro da Justiça com o fato de o presidente Jair Bolsonaro (PL) participar das chamadas motociatas sem fazer uso de capacete. Segundo o boletim de ocorrência da PRF, Genivaldo foi abordado pelos agentes por não utilizar o equipamento de segurança enquanto transitava no município de Umnaúba (SE). Para Torres, não cabe ao seu Ministério ou à PRF fazer o presidente seguir o código de trânsito. "Existem leis específicas que regulamentam a segurança da presidência", disse. "Se houver algum problema em relação a isso, a lei tem que ser revista", prosseguiu.

A audiência também contou com a presença do diretor-geral da PRF, Silvanei Vasques, que disse não fazer parte dos procedimentos da instituição o protocolo adotado contra Genivaldo. Segundo Vasques, os policiais envolvidos no caso foram completamente afastados de suas funções e não possuem mais acesso às instalações da corporação, armas e fardas.

O diretor-geral da PRF ainda comentou o caso do ex-agente rodoviário federal, Ronaldo Bandeira, que dias após o caso em Sergipe viralizou nas redes sociais por causa de um vídeo em que ensina alunos do curso preparatório Alfacom técnicas de tortura iguais às utilizadas no assassinato de Genivlado. Ele foi afastado após as imagens circularem.

"A gente não compactua com aquela fala. O que aconteceu em Sergipe nunca foi ensinado em nenhuma escola da PRF, na nossa universidade, em nenhum curso da nossa instituição. Não ocorreu nenhum tipo de orientação para aquele procedimento. A instituição considera aquele fato grave e vai trabalhar para a elucidação", afirmou.

Assim como o ministro da Justiça, o diretor-geral da PRF foi confrontado pelo fato de a corporação ter extinguido a disciplina de direitos humanos do quadro de atividades preparatórias de agentes. Segundo Vasques, a exclusão dessa área de conhecimento da matriz curricular dos policiais "foi uma questão de formalidade", pois o ensinamento da matéria passou a ser "transversal" em todos os campos de formação.

"A gente pegou os instrutores de direitos humanos e eles, de forma transversal, passaram a matéria em todas as disciplinas", disse. "A gente entende que dessa forma a temática consegue ser mais disseminada entre os alunos", justificou.

Motociata com Allan dos Santos

Torres foi questionado pelo deputado Paulo Teixeira (PT) por ter acompanhado Bolsonaro em uma motociata organizada em Los Angeles, nos Estados Unidos, durante a Cúpula das Américas. O ato contou com a participação do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que encontra-se na condição de foragido após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar sua prisão por divulgar notícias falsas atentatórias à separação dos Poderes. "É lícito o ministro da justiça conviver com foragidos da Justiça do seu país?, perguntou o parlamentar.

O ministro disse não ter se encontrado com Allan do Santos e que teria descoberto por meio da imprensa a presença dele no ato em apoio a Bolsonaro. Torres relativizou o fato de o blogueiro ser considerado foragido da Justiça brasileira porque, segundo ele, a Interpol não reconheceu a ordem de Moraes. A instituição analisa o caso para decidir se pode atuar, pois tanto o bolsonarista quanto autoridades brasileiras acusam o mandado de prisão de incorrer em perseguição política, o que impede a atuação da força policial internacional.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, acaba de informar que a Polícia Federal (PF) encontrou "remanescentes humanos" na região onde estão sendo feitas as buscas pelo repórter Dom Phillips e pelo indigenista Bruno Araújo. O caso é tratado como possível homicídio.

Em publicação nas redes sociais na noite desta quarta-feira, 15, o ministro afirmou que o material será periciado.

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Uma entrevista coletiva foi convocada em Manaus na noite de hoje. A expectativa é que a PF detalhe os avanços na investigação e confirme, oficialmente, se houve confissão dos suspeitos presos.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou, nesta terça-feira (14), que a busca pelo paradeiro do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips prosseguirá até se "esgotarem todas as possibilidades". Os dois desapareceram na manhã do dia 5 de junho quando se deslocavam da comunidade São Rafael para Atalaia do Norte, no oeste do Amazonas.

"É uma região extremamente complicada, extremamente distante da capital, Manaus. As buscas continuam, desde o primeiro momento o governo federal colocou as Forças Armadas, a Polícia Federal, a própria Funai (para atuarem nas buscas). Os órgãos estão trabalhando em conjunto com os órgãos estaduais", disse Torres nesta terça, após participar da cerimônia de posse do novo superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

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A declaração do ministro veio um dia após o jornal britânico 'The Guardian' publicar relato de familiares de Dom Phillips, segundo os quais diplomatas brasileiros disseram a eles que os corpos de ambos haviam sido localizados na selva. A PF emitiu nota negando a informação.

"As buscas continuam, como eu me comprometi. Eu estive com a ministra do Reino Unido (Vicky Ford) nos Estados Unidos, conversamos sobre o assunto e me comprometi de que tudo que estiver ao alcance do governo brasileiro será feito. Nós não esgotaremos os trabalhos antes de esgotarem todas as possibilidades de busca naquela região", afirmou.

O ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que os ministérios da Defesa e da Justiça querem acompanhar, por meio das Forças Armadas e da Polícia Federal, todas as fases bem como os testes finais das urnas para as eleições no Brasil, em outubro próximo. "É agora nesses testes finais que a PF e Forças Armadas e demais instituições vão dizer isso aqui foi visto, isso não foi visto, isso precisa ser melhorado", disse a jornalistas, em Los Angeles, onde participou da IX Cúpula das Américas.

"Enfim, agora é a reta final, é o momento do Estado brasileiro e da população brasileira prestar atenção em tudo o que vai acontecer nas eleições", emendou.

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Em ofício enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, afirmou que as forças armadas não se sentem "devidamente prestigiadas" pelo TSE. Os militares foram convidados para compor a comissão de transparência das eleições, mas tiveram seus questionamentos sobre a segurança das urnas eletrônicas rebatidos pela Corte.

Segundo Torres, sempre há convite do TSE para as Forças Armadas e Polícia Federal para participarem da análise do processo eleitoral brasileiro e que todos os anos foram feitas várias recomendações. "Nosso objetivo é que nós tenhamos eleições limpas, transparentes. Quanto mais pública a apuração (das eleições), melhor para o Brasil, para a nossa democracia", disse.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou que pediu a "vários setores" da pasta que "tomem providências" contra o filme "Como se tornar o pior aluno da escola", lançado em 2017 e disponibilizado no catálogo da Netflix. Uma cena de assédio sexual entre um adulto e duas crianças retratada na comédia circula nas redes sociais sob críticas de que "banaliza" e faz "apologia à pedofilia".

De acordo com a classificação oficial, o filme é indicado para maiores de 14 anos.

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A cena que ganhou destaques nas redes sociais mostra o personagem do ator Fábio Porchat tentando convencer dois estudantes menores de idade a o masturbarem. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (União Brasil-SP) compartilhou o trecho em seus perfis no Instagram e no Twitter. "Na cabeça de um esquerdopata, progredir é aceitar a pedofilia. Para tanto, eles vão tentando botar isso na sua cabeça suavemente, sem que você perceba", escreveu o parlamentar.

No final da cena em questão, os dois adolescentes fogem do personagem pedófilo. Entretanto, o vídeo compartilhado pelo deputado é cortado e termina antes que isso ocorra.

Outros políticos e autoridades ligados ao bolsonarismo também se manifestaram sobre o vídeo. Entre eles, a deputada Carla Zambelli (União Brasil-SP) e o secretário da Cultura, Mário Frias. "A explícita apologia ao abuso sexual infantil protagonizada pelo Fábio Porchat no filme em cartaz na Netflix é uma afronta às famílias e às nossas crianças. Utilizar a pedofilia como forma de "humor" é repugnante! Asqueroso!", escreveu Frias.

O delegado da Polícia Federal e diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, afirmou que "as ações objetivando uma normalização da pedofilia buscam destruir a moral e os valores norteadores das relações e condutas em sociedade".

Autor do livro que deu origem ao longa-metragem, o humorista Danilo Gentili foi ao Twitter se defender das acusações. Segundo ele, as manifestações de bolsonaristas sobre o tema são "chiliques, falso moralismo e patrulhamento". "O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista", escreveu ele, acrescentando que nenhum humorista "incomodou tanto" quanto ele.

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Gentili também deu retweet em uma publicação afirmando que o intuito da cena, na verdade, é ridicularizar um personagem pedófilo. A assessoria de imprensa do ator Fábio Porchat informou que ele não vai se manifestar sobre o caso. Procurados, o Ministério da Justiça e a Netflix ainda não se pronunciaram.

Classificação indicativa

O filme é baseado no livro homônimo de Gentili. A obra original, lançada em 2009, é indicada para leitores acima de 18 anos. O Ministério da Justiça atenuou a classificação indicativa de "Como se tornar o pior aluno da escola" para 14 anos sustentando que a produção tinha um "contexto cômico e caricato". A informação consta do resumo da análise feita por técnicos do Ministério da Justiça em 2017, quando o filme foi lançado.

Por lei, produções cinematográficas são submetidas à avaliação para que seja determinada uma faixa etária indicada para assistir.

No resumo do relatório de análise, os técnicos listaram os fatores que poderiam contribuir para uma classificação de idade. Entre os pontos estão desde a menção a "atos criminosos sem violência", recomendado para maiores de 10 anos, até, o mais grave, referência a estupro (indicado apenas para maiores de 16 anos) e pedofilia (18 anos).

Ao resumir como procedeu a classificação, a equipe do ministério listou atenuantes e agravantes que contribuíram na definição da idade recomendada. Como agravante citam que "parte do conteúdo de drogas é agravada por conteúdo inadequado com adolescente; e parte do conteúdo violento é agravada por conteúdo inadequado com criança e adolescente e valorização do conteúdo negativo".

Já entre os atenuantes estão expressos os seguintes fatores: "a obra é atenuada por contexto cômico / caricato; estupro atenuado por composição de cena; nudez atenuada por composição de cena; situação sexual complexa é atenuada por insinuação e composição de cena".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, diz acreditar que investimento em tecnologia e inteligência é o futuro e o presente da segurança pública. “A atividade de inteligência é a base de todo trabalho, evita o retrabalho, direciona as ações, então a gente precisa e tem feito muito investimento nisso”, disse o ministro em entrevista ao programa A Voz do Brasil que vai ao ar nesta quinta-feira (30). “A gente investe muito nisso.”

Durante a entrevista, o ministro falou de algumas das ações da pasta durante o ano de 2021 e de alguns projetos para 2022. Ele abordou, por exemplo, as operações conjuntas com o Ministério do Meio Ambiente na Amazônia e destacou que essa união veio para somar esforços e ter resultados melhores.

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Torres diz que o ministério pretende manter as forças na região em 2022 e cita algumas iniciativas que devem ser tomadas, como novas bases fluviais para a Polícia Federal atuar na região, pois “a questão dos rios é muito importante para o controle de toda a região”, e a fase 2 da Operação Guardiões do Bioma, que inicialmente era mais voltada para o combate a queimadas, mas deve ter sua ação ampliada e combater também crimes ambientais e o desmatamento na região.

“No ano de 2021 foram mais de 8 mil policiais trabalhando nessa operação, R$ 60 milhões investidos, e nos próximos anos, principalmente 2022, nós queremos começar com força total para que os números melhorem e a gente consiga fazer um combate mais eficaz a esses crimes”, disse.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) - órgão do Ministério Público Federal - oficiou o ministro da Justiça e Segurança, Anderson Torres, nessa terça-feira (15), dando dez dias para que a pasta preste esclarecimentos sobre pedido de informações voltado ao monitoramento de movimentos sociais em Goiás. No documento, o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena diz que 'causa perplexidade' tal iniciativa de monitoramento, 'em caráter ordinário, sem registro de qualquer anormalidade que justifique esse controle'.

Segundo a Procuradoria, entre as informações solicitadas pelo MJSP estariam 'a localização e o mapeamento, por meio de coordenadas geográficas, dos assentamentos/acampamentos, a denominação do movimento, a identificação e qualificação das lideranças locais e do envolvimento com políticos no âmbito federal, estadual e municipal, bem como o levantamento quantitativo de pessoas'. A pasta também teria pedido o 'histórico de invasões, conflitos, ou qualquer assunto de interesse da segurança pública na região'.

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No ofício, Vilhena destacou que os movimentos sociais 'são expressão central da democracia e constituem atividade protegida por uma ampla gama de liberdades expressamente asseguradas na Constituição Federal'. O procurador diz que, segundo a Constituição , a não ser que se demonstre a existência de 'fundadas suspeitas' de que as reuniões do movimento 'se destinam a fins ilícitos, ou de eventual caráter paramilitar da organização', é vedado ao Estado interferir em seu funcionamento.

Além disso, a Procuradoria ressaltou que é ilícita a conduta estatal de considerar criminosa ou "suspeita" a simples atividade das pessoas reunidas em determinado movimento.

O chefe da PFDC quer saber os motivos que fundamentaram a solicitação dos dados e qual a razão de a comunicação não ter sido feita diretamente ao governador de Goiás e ao secretário de Segurança Pública. As informações foram divulgadas pelo MPF.

O procurador considera que o endereçamento do pedido de informações, direto à Superintendência de Inteligência do Estado, 'parece violar a repartição de competências e a autonomia político-administrativa que marcam o federalismo'. Segundo o órgão, pedidos de tal teor devem ser feitos aos governadores, aos quais cabe o comando das forças de seguranças estaduais.

COM A PALAVRA, O MJSP

Até a publicação desta matéria, a reportagem ainda buscava contato com o Ministério, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta quarta- feira (24), com a participação do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, convidado para prestar esclarecimentos sobre a morte de crianças da etnia Yanomami ocorridas na comunidade Macuxi Yano, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. 

A audiência será às 15h, no plenário 13, e poderá ser acompanhada de forma virtual e interativa pelo e-Democracia.  Segundo nota da Hutukara Associação Yanomami (HAY), no dia 12 de outubro, no município de Alto Alegre (RR), dois meninos, de 5 e 7 anos, brincavam no rio, quando foram sugados pela draga de um garimpo ilegal que opera na região. 

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Denúncias de ataques Além dessas duas mortes, outras duas crianças morreram afogadas após caírem no rio enquanto fugiam de disparos de garimpeiros no mês de maio, na região do Palimiu, também em Roraima. Pelo menos quatro das 15 comunidades indígenas que compõem a região na Terra Indígena Yanomami denunciaram ataques nos últimos meses: Yakepraopë, Maikohipi, Korekorema e Tipolei. 

O requerimento para a audiência é de autoria do deputado Helder Salomão (PT-ES) e outros. Os parlamentares reforçaram a necessidade de respostas urgentes do Estado brasileiro para a situação vivenciada pelo povo Yanomami. 

*Da Agência Câmara de Notícias

O ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou por meio das redes sociais que solicitou a abertura de um inquérito contra a revista IstoÉ para apurar um crime contra a honra do presidente Jair Bolsonaro.

A capa da revista na última semana mostrava uma foto do presidente com a palavra "genocida" escrita acima dos lábios, como se fosse um bigode, fazendo alusão ao nazista Adolf Hitler.

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"Ainda ontem (20), à noite, encaminhei documento à @policiafederal, solicitando abertura de inquérito policial para apuração imediata de possível crime contra a honra do  presidente @jairbolsonaro, cometido pela revista @RevistaISTOE, em sua última edição", detalha Torres na publicação feita no Twitter.

A revista também foi notificada pela Advocacia-Geral da União (AGU) de forma extrajudicial com o pedido de resposta.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigue a participação do ministro da Justiça, o delegado da Polícia Federal Anderson Torres, na transmissão ao vivo feita pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 29 para questionar a segurança das urnas eletrônicas.

O pedido foi encaminhado na terça-feira, 10, ao gabinete ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do TSE. O objetivo é apurar se o ministro da Justiça fez propaganda eleitoral antecipada. Isso porque Torres é cotado para disputar o governo do Distrito Federal nas eleições do ano que vem.

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O ministro participou dos minutos finais da live e leu trechos de um relatório da Polícia Federal sobre os testes públicos nas urnas eletrônicas feitos pelo TSE.

"Exatamente tudo o que foi falado, tudo o que foi questionado, todas as dúvidas levantadas pelos eleitores. A Polícia Federal também analisou, da mesma forma, encaminhou e o Tribunal Superior Eleitoral tem isso lá como sugestão da Polícia Federal para o aprimoramento do sistema eleitoral brasileiro", concluiu após a leitura do relatório.

Antes disso, Bolsonaro usou a live para levantar suspeitas sobre o sistema eletrônico de votação. Sem provas, misturou notícias falsas, vídeos descontextualizados que circulam há anos na internet e análises enviesadas sobre números oficiais da apuração dos votos para defender a proposta do comprovante impresso de voto.

A transmissão ao vivo fez com que o TSE e o STF abrissem investigações para apurar as declarações do presidente. No Supremo, Bolsonaro está sendo investigado em um inquérito vinculado ao das fake news. Nesta frente, o ministro da Justiça já foi chamado a prestar depoimento à Polícia Federal sobre a participação na gravação.

A saga do presidente contra as urnas eletrônicas também levou o Tribunal Superior Eleitoral a formalizar uma notícia-crime junto ao Supremo Tribunal Federal pedindo a investigação de Bolsonaro pelo vazamento do inquérito sigiloso da Polícia Federal que apura um ataque ao sistema interno do TSE ocorrido em 2018.

Em cerimônia fechada nesta quarta-feira, 5, com a presença do ministro da Justiça, Anderson Torres, e do diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, o delegado Rodrigo Piovesano Bartolamei tomou posse como superintendente da corporação em São Paulo. Sua nomeação foi feita dentro de um movimento de mudanças na cúpula da instituição.

A PF está sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça e Segurança Pública e, depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu posse ao novo ministro, no final de março, houve a troca no comando da corporação. Com a indicação de Paulo Maiurino para a direção-geral, nomes importantes foram substituídos por indicações de sua confiança, incluindo o superintendente em São Paulo. Esta é a primeira reforma ampla nos quadros da instituição desde que o ex-ministro Sérgio Moro saiu do governo acusando o presidente de tentar interferir politicamente no órgão para blindar aliados.

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Em discurso no evento, o ministro da Justiça, no cargo há pouco mais de um mês, disse que recebeu do presidente a missão de dar suporte ao trabalho da corporação e falou, mais de uma vez, na importância de manter a independência da corporação. "A marca Polícia Federal tem um poder muito forte", afirmou. "Trabalharemos para dar todas as condições para a Polícia Federal trabalhar, nisso seremos incansáveis, sempre respeitando a sua autonomia."

Oriundo da Polícia Federal, Torres também elogiou as operações abertas dentro de investigações sobre desvios de recursos públicos para o enfrentamento da pandemia. "Assim é e sempre foi a Polícia Federal: vigilante, atuante, independente e autônoma. Hoje cabe a mim, na condição de ministro da Justiça e Segurança Pública, seguir garantindo que a PF permaneça com essas características imprescindíveis para o bom andamento dos seus trabalhos. Essa missão me foi confiada pelo presidente Jair Bolsonaro e eu desempenharei com todos os meus esforços", acrescentou.

Responsável pela indicação do novo chefe da Polícia Federal em São Paulo, o diretor-geral também falou no evento e, assim como o ministro da Justiça, endereçou tema sensível ao governo Bolsonaro. Maiurino disse que pretende ampliar o combate aos crimes ambientais - assunto espinhoso para o Planalto desde que o comandante da PF no Amazonas foi exonerado na esteira de uma notícia-crime formalizada contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

"Reforçaremos o combate aos crimes ambientais, como forma de assegurar um desenvolvimento econômico sustentável, com a exploração legal e regular dos recursos naturais brasileiros", afirmou.

O DG, como é chamado o chefe da PF na corporação, ainda aproveitou para reforçar que atenção da gestão ao combate ao tráfico de drogas e aos crimes violentos. Prometeu também treinamentos para melhorar o desempenho dos agentes contra crimes cibernéticos.

"Em nossa gestão, o tráfico de drogas e os crimes violentos, como o roubo de carga e o roubo a bancos, receberão tratamento rigoroso. Não toleraremos os inúmeros prejuízos e malefícios que esses crimes causam na população em geral, independentemente da classe social", disse.

Novo superintendente

Bartolamei já foi chefe de Assuntos Internos na superintendência da PF no Rio de Janeiro, chefe da Divisão Antiterrorismo da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), coordenador de Segurança dos Jogos Olímpicos no Brasil, chefe da Interpol no Brasil e, por último, atuava no Gabinete de Segurança Institucional.

Em seu discurso de posse, agradeceu o convite e reconheceu o desafio de comandar a maior unidade da PF. "Na Polícia Federal, missão dada sempre foi e há de ser cumprida", afirmou.

Delegado de carreira, ele listou como prioridades o combate ao tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro, crimes ambientais, previdenciários e fazendários. Também sinalizou que deve seguir com a estratégia de atacar as organizações criminosas a partir dos braços financeiros para promover sua descapitalização - uma das apostas das operações recentes da Polícia Federal em São Paulo contra facções de narcotraficantes, sobretudo o Primeiro Comando da Capital (PCC).

"Atuaremos firmemente no combate ao crime e na defesa da sociedade. Não vivemos tempos serenos. A criminalidade organizada, cada vez mais intrépida, demanda trabalho constante", disse.

Ainda na fala, o novo chefe da PF prestou homenagem aos profissionais da Saúde e agentes das forças de Segurança que trabalham na linha de frente da pandemia.

Apesar de declarar estar aberto ao diálogo com o governo, o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), disse que até agora não foi procurado pelo Planalto e que, neste momento, não seria apropriado encontrar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

A fala do emedebista acontece após uma sequência de ligações de Bolsonaro ao governador de Alagoas, Renan Filho, e do encontro do chefe do Executivo nacional com o ex-presidente José Sarney. “Da mesma forma que não é recomendável eu me encontrar com o ex-presidente Lula, também não é recomendável um encontro com o presidente Bolsonaro. Como relator, tenho que manter a isenção”, afirmou ao jornalista Nilson Klava da Globonews.

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Apesar de destacar a disponibilidade em manter um canal de comunicação aberto com o governo, Renan ainda afirmou que não conversaria com Onyx Lorenzoni, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. "Recebo com prazer qualquer interlocutor do governo, menos Onyx Lorenzoni", disse. O ministro disputa com Luiz Eduardo Ramos, titular da Casa Civil, a liderança da coordenação do governo na Comissão Parlamentar de Inquérito.

Ainda segundo Renan Calheiros, o ministro da Justiça, Anderson Torres, deve ser convocado para explicar a fala interpretada como uma ameaça indireta aos trabalhos da comissão. "O jogo deles (do governo) é levar as investigações para os estados. O ministro da Justiça está se autoconvocando, porque quer usar a PF como polícia política", afirmou o relator.

O que disse Anderson Torres, ministro da Justiça

Neste final de semana, integrantes da CPI da Pandemia decidiram apresentar requerimento para convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres, para explicar a fala vista como ameaça indireta aos trabalhos da comissão.

Durante entrevista à revista “Veja”, Torres defendeu uma CPI ampla, afirmou que é preciso “seguir o dinheiro” e que vai requisitar, pessoalmente, à Polícia Federal informações sobre os inquéritos que envolvem governadores em desvios de recursos da saúde.

 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública se negou a informar quantas vezes o ex-ministro da pasta, André Mendonça, acionou a Polícia Federal para a abertura de inquéritos com o objetivo de investigar crime de injúria contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com base no artigo 145 do Código Penal. A recusa do pedido foi encaminhada neste sábado (24) pelo gabinete do novo ministro da Justiça, Anderson Torres, que tomou posse no fim de março deste ano. 

O pedido foi feito via Lei de Acesso à Informação (LAI) após ter sido constatado que o ex-chefe Mendonça usou o Código Penal para mandar a PF investigar o sociólogo Tiago Rodrigues, por duas placas de outdoor com críticas ao presidente. O professor pagou pela instalação de um outdoor em Palmas (TO) que comparou Bolsonaro a um "pequi roído" e viralizou nas redes sociais. No entanto, essa investigação já está para ser arquivada, a pedido do Ministério Público.

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Na justificativa na recusa, o Ministério menciona dois principais motivos para não fornecer os despachos ministeriais, com foco na constatação de uma “solicitação análoga” do dia 23 de janeiro de 2021. Contudo, como a própria resposta esclarece, o pedido era sobre outro assunto, tratava de pedidos feitos com base na Lei de Segurança Nacional (LSN), e não no Código Penal, sob o qual foi argumentada a solicitação.

Ainda segundo a pasta, com base da LSN, um total de dez pedidos do gênero já foram recusados. O gabinete argumentou que "diante da identidade da demanda contida naquele processo administrativo e este feito, o pedido ora deduzido deve seguir seguir idêntica conclusão, ou seja, deve ser também indeferido". 

O gabinete do ministro argumentou ainda que o pedido tem "objeto amplo, genérico e vinculado a extenso lapso temporal" e que "a realização de buscas, e o tratamento de dados abarcaria a totalidade de processos administrativos que tramitam/tramitaram perante esta Pasta". 

Por meio da LAI, a coluna mencionada solicitou acesso aos documentos assinados por André Mendonça, entre abril de 2020 a março de 2021. O artigo 140 do Código Penal diz que é crime, com pena prevista de três meses a um ano, "injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro". No caso do presidente da República, o pedido para abertura da investigação deve partir do ministro da Justiça, conforme previsto no parágrafo único do artigo 145.

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