Tópicos | inteligência

Um vídeo onde um homem narra a disputa territorial de diferentes farmácias em uma rua de Brasília viralizou. Nele, é possível ver unidades de redes concorrentes, uma ao lado da outra, disputando clientes em uma região conhecida como Rua das Farmácias.

A discussão levantada pelo rapaz fez com que outros usuários comentassem que têm visto situação parecida em suas cidades. Mas, afinal de contas, por que há tantas farmácias no País?

##RECOMENDA##

A resposta vem de diferentes fatores, como o próprio crescimento do setor - impulsionado pelas grandes redes - e a utilização cada vez mais sofisticada de inteligência de dados para a abertura de novas unidades.

Com os números em mãos, as empresas sabem se faz sentido abrir uma nova farmácia ao lado de concorrentes, em um local com grande potencial de clientes, em vez de investir em uma região com nenhuma unidade, mas sem a presença considerável de consumidores.

As mudanças nos hábitos de consumo, com farmácias funcionando como pontos de venda por conveniência, pontos de realização de exames e centros de entrega para pedidos online também fazem parte da equação.

Segundo dados do Conselho Federal de Farmácias (CFF), existem cerca de 90 mil estabelecimentos no País, em comparação com 55 mil em 2003. O crescimento é de 63% em 20 anos. Os números consideram farmácias com inscrição ativa no órgão, requisito legal para funcionarem.

Grandes redes saltaram em participação de mercado desde 2000

Parte do crescimento do setor pode ser creditada ao avanço das redes de farmácias.

Com forte presença em grandes cidades, elas tiveram um crescimento de cerca de 230% em participação de mercado, desde o início dos anos 2000 até agora.

Naquela época, eram responsáveis por 15% das vendas, e hoje alcançam mais de 50%. Isso em um contexto onde possuem somente 15% dos pontos de venda no País. Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).

"São vários fatores que explicam esse crescimento. Mais estoque, infraestrutura, personalização e marketing moderno, que inclui vendas pelo app e site, são alguns deles", afirma Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

A associação reúne redes como Raia Drogasil (Droga Raia e Drogasil), PagueMenos, Nissei e Panvel.

Dados da Abrafarma apontam que o faturamento de uma farmácia afiliada à associação é, em média, de R$ 8,7 milhões por ano, contra R$ 800 mil de farmácias independentes.

Barreto menciona que o número de lojas de redes tem crescido por conta da participação cada vez maior da venda de produtos de beleza e higiene pessoal, além de estudos sobre a viabilidade de abertura de novas unidades em diferentes regiões.

"Hoje abrimos lojas com muito mais eficácia. Uma loja de rede já nasce madura", diz.

Associativismo ajuda pequenas farmácias a crescer

Mas a inteligência de dados não é exclusividade de grandes empresas.

"Temos uma eficiência muito grande em minerar nossos dados", afirma Samuel Pires, diretor-executivo do Grupo Total, rede associativista fundada há 30 anos, que conta com cerca de 600 farmácias espalhadas por 300 municípios do Estado de São Paulo.

As redes associativistas permitem que farmácias independentes passem a operar sob uma única bandeira e compartilhem sistemas de gestão e contratos de compra.

Na prática, o associativismo permite que pequenos negócios tenham a possibilidade de operar em uma rede já estruturada.

"As farmácias passam a se profissionalizar, com estratégia de venda e precificação, negociação conjunta com laboratórios e treinamento de equipe", explica Pires.

O movimento é especialmente importante considerando um setor com mercado concorrido, estoques caros e com uma variedade grande.

80% das farmácias são pequenos negócios, diz Sebrae

"O desafio atualmente é as farmácias independentes crescerem. E, para isso, é importante fazer o básico bem feito", afirma Vicente Scalia, analista de negócios do Sebrae.

Ele menciona o tratamento personalizado e o horário alternativo como diferenciais competitivos. "O pequeno negócio não pode pensar em competir por preço, porque as redes têm grande escala", diz.

Segundo ele, há espaço para expansão das pequenas farmácias, especialmente em cidades menores, com menos de 100 mil habitantes, já que essas regiões não são priorizadas pelas grandes redes.

De fato, com cerca 60% das vendas no País, as farmácias independentes são maioria quando se fala em pontos de venda, segundo a Abrafarma.

Quando se analisa o total de unidades, mais de 80% de todas as farmácias do País podem ser enquadradas como micro e pequenas empresas, segundo levantamento feito pelo Sebrae.

"A margem de lucro das farmácias é muito pequena, mas com a agregação de serviços que existe hoje, é possível melhorar isso", diz Scalia.

Setor vê espaço para expansão com serviços para saúde

Roberto Coimbra, diretor-executivo de operações da rede de farmácias gaúcha Panvel, afirma que a empresa vê espaço para crescimento também a partir do oferecimento de serviços de saúde.

"As farmácias ainda têm a oportunidade de perceber o valor do farmacêutico", diz. Ele cita a regra aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em maio, que amplia a oferta de serviços de análise clínica em farmácias para além dos exames de covid e glicemia.

Criada nos anos 1970, a Panvel tem grande presença no Sul do País e tem expandindo suas operações para o Sudeste.

Esse crescimento segue as tendências do setor de oferecer, além de uma gama grande de medicamentos, produtos de higiene e beleza. Cerca de 35% das vendas da rede não correspondem a medicamentos, segundo Coimbra.

Além disso, as mudanças nos hábitos de consumo e crescimento do delivery foram bem recebidos pelo setor, que já operava com vendas por telefone havia anos.

As vendas pelo site e aplicativo, que ganharam força especialmente na pandemia, devem responder por uma participação cada vez maior nas vendas.

Sobre o crescimento do setor, porém, Sergio Mena Barreto, da Abrafarma, é cauteloso. "Ao mesmo tempo em que se abrem muitas lojas, fecham-se muitas", afirma.

Ele pondera que há espaço para todos, se houver inteligência e aproveitamento de especificidades do mercado. "Onde há dez lojas ineficientes, há espaço para avançar", declara.

[@#video#@]

"Nós não estamos sozinhos, e as autoridades dos Estados Unidos estão escondendo evidências", declarou nesta quarta-feira (26) um ex-funcionário de inteligência dos Estados Unidos perante um comitê do Congresso.

David Grusch testemunhou que acredita "absolutamente" que o governo possui um fenômeno aéreo não identificado, ou UAP, na sigla em inglês que substituiu Objetos Voadores Não Identificados (Ovni) na terminologia oficial, bem como restos de suas operações não humanas.

"Durante o exercício de minhas funções oficiais, fui informado sobre um programa de várias décadas para recuperar restos de acidentes envolvendo UAPs e realizar engenharia reversa", disse Grusch.

"Com base nos dados que coletei, tomei a decisão de relatar essa informação a meus superiores e a vários membros da inspeção geral, tornando-me um denunciante", explicou.

Quando pressionado para fornecer detalhes durante a audiência, Grusch reiterou várias vezes que não poderia comentar em um ambiente público devido à classificação sigilosa das informações.

Ele afirmou que o governo dos Estados Unidos está ocultando informações sobre UAPs não apenas do público, mas também do Congresso, e que pessoalmente entrevistou pessoas com conhecimento direto sobre naves não humanas.

"Meu depoimento é baseado em informações que venho recebendo de indivíduos com uma longa trajetória de legitimidade e serviço a este país, muitos dos quais também compartilham evidências convincentes, como fotografias, documentação oficial e depoimentos orais classificados", disse Grusch aos legisladores.

O representante norte-americano Tim Burchett apoia a ideia de que o governo tem ocultado informações e disse no início da audiência (na qual dois ex-funcionários da Marinha também testemunharão sobre avistamentos de UAPs) que "o que está encoberto será descoberto".

- "Não temos respostas" -

"Este é um assunto de transparência governamental. Não podemos confiar em um governo que não confia em seu povo", disse.

Questionado sobre a existência de vida além da Terra, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que não possui uma posição definitiva sobre o assunto.

"O que acreditamos é que existem fenômenos aéreos inexplicados que foram relatados e informados por pilotos da Marinha e da Força Aérea", disse ele, acrescentando: "Não temos respostas sobre o que são esses fenômenos".

Sean Kirkpatrick, chefe do escritório do Pentágono criado para identificar os UAPs que representam potenciais ameaças, informou aos legisladores no início do ano que não havia identificado sinais de atividade alienígena.

O Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO, sigla em inglês) "não encontrou até agora evidências críveis de atividade extraterrestre, tecnologia de fora deste mundo ou objetos que desafiem as leis conhecidas da física", testemunhou Kirkpatrick em abril.

Entretanto, o governo dos Estados Unidos começou a levar o assunto dos UAPs mais a sério nos últimos anos.

A Nasa realizou sua primeira reunião pública sobre o assunto em maio e instou a abordagem científica mais rigorosa para esclarecer a origem de centenas de avistamentos misteriosos.

O Pentágono também começou a prestar especial atenção ao tema após uma série de avistamentos inexplicáveis por parte de pilotos da Marinha e da Força Aérea.

A preocupação central foi que esses avistamentos poderiam se tratar de tecnologia de vigilância aérea usada pela China para coletar informações de inteligência sobre defesas dos Estados Unidos.

Além de grandes e ferozes, os tiranossauros também eram muito inteligentes - e não estúpidos como se imaginava. A conclusão é da neurocientista e bióloga brasileira Suzana Herculano-Houzel, da Universidade de Vanderbilt (EUA), em estudo publicado na publicação científica Journal of Applied Neurology. Conforme o trabalho, os répteis gigantes tinham o mesmo número de neurônios no cérebro do que modernos primatas, como os babuínos. Eram capazes de resolver problemas, usar ferramentas e, até mesmo, estabelecer uma cultura.

Tecidos moles muito raramente são preservados, sobretudo no caso de fósseis pré-históricos. Para conseguir estimar o número de neurônios dos terópodes - um grupo de dinossauros que corre sobre duas patas, casos do T-Rex e do velociraptor -, Suzana se voltou para seus parentes mais próximos ainda vivos: as aves. A especialista comparou inicialmente o crânio dos dinossauros ao crânio de aves modernas, como emas e avestruzes.

##RECOMENDA##

Extrapolando o número de neurônios presentes nessas aves às dimensões do crânio dos animais extintos, a pesquisadora concluiu que o T-Rex teria cerca de três bilhões de neurônios - número similar ao presente no cérebro de babuínos. Se o dinossauro tivesse a mesma capacidade cognitiva do macaco, eles seriam capazes de agir em grupo, usar ferramentas e passar conhecimento para as novas gerações. Na análise de Suzana, os dinossauros eram "os primatas da sua época".

"Se você não acha isso muito impressionante, pense nos macaquinhos que conseguem te enganar e roubar comida da sua mão", disse a neurocientista. "Agora imagine uma criatura com essa inteligência maior do que um elefante, com garras enormes e dentes gigantescos capazes de te destroçar. Isso, para mim, é um pesadelo."

Com esse número de neurônios, é possível estimar que os dinossauros levavam cerca de cinco anos para alcançar sua maturidade sexual e viviam até os 40 anos, como os babuínos. Esse tempo é suficiente para aprender a confeccionar e usar ferramentas, e transmitir uma cultura.

Mas não só isso.

"Pior: um dinossauro capaz de descobrir como fazer a pré-digestão de sua comida antes de colocá-la na boca poderia, em tese, ter evoluído para chegar a ter tantos neurônios quanto os humanos, em um período de dois a três milhões de anos, desde que começamos a processar os alimentos, inicialmente com ferramentas e, posteriormente com fogo", explicou Suzana.

"Nunca mais vou olhar para os dinossauros da mesma forma. Obrigada, asteroide", brinca a pesquisadora, em referência à rocha que atingiu a Terra há 65 milhões de anos, uma das causas mais prováveis para a extinção dos dinossauros.

Estudos compararam cérebros

Em estudos anteriores, o grupo de Suzana já havia detalhado as diferenças entre o cérebro humano e o de outros primatas. Ao começar a comer alimentos cozidos, o homem passou a ingerir uma quantidade maior de calorias, o que nos permitiu ter um número maior de neurônios que os demais.

Quando ainda trabalhava na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2005, Suzana criou junto com Roberto Lent um método para contar os neurônios - fazendo uma espécie de sopa de cérebro - e chegou à conclusão que os homens têm 86 bilhões de neurônios, não 100 bilhões como se acreditava até então. A partir desse método, foi possível estimar o número de neurônios de vários animais.

Se o asteroide não tivesse exterminado os dinossauros, avalia Suzana, eles poderiam ter evoluído como aconteceu com os seres humanos. "O mundo hoje poderia ser presidido por tiranossauros que aprenderam a cozinhar", disse. "Está aí um filme que eu gostaria de ver."

O coordenador dos grupos temáticos do governo de transição, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta, 17, que os nomes dos membros dos GTs de Defesa e Inteligência devem ser anunciados no começo da próxima semana. Até o momento, já foram anunciados 30 GTs com mais de 290 integrantes, restando apenas essas duas áreas sem nomeações.

Segundo Mercadante, os GTs de Defesa e Inteligência estão "bem encaminhados", mas os nomes ainda serão submetidos ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participa da COP27 no Egito. "É até bom que o GT de Inteligência, que vai tratar da Abin e do GSI, seja mesmo mais discreto", brincou Mercadante, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB).

##RECOMENDA##

Mais cedo, o senador e ex-ministro Jaques Wagner (PT-BA) confirmou deve estar no grupo temático da Defesa. Ao chegar ao CCBB, ele disse que conversaria com o vice-presidente Geraldo Alckmin sobre o assunto.

Um oficial da inteligência dos Estados Unidos informou que a Polônia foi atingida nesta terça-feira, 15, por mísseis lançados pela Rússia na Ucrânia, que invadiram a fronteira. O porta-voz oficial do governo polonês, Piotr Mueller, informou que as autoridades do país se reúnem emergencialmente devido a uma "situação de crise", mas não confirmou os mísseis de imediato.

É a primeira vez desde o início da guerra na Ucrânia que um míssil atinge um país-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A mídia polonesa informou que duas pessoas morreram na tarde desta terça-feira após um projétil atingir uma área de plantação de grãos na cidade de Przewodów, um vilarejo próximo da fronteira com a Ucrânia.

##RECOMENDA##

A Moldávia, que também faz fronteira com a Ucrânia, relatou problemas que podem ter sido causados por mísseis. O país está com grandes interrupções de energia depois que ataques derrubaram uma importante linha de energia que abastece a população, segundo uma autoridade.

Os incidentes coincidem com um novo bombardeio russo em uma dezena de cidades ucranianas, de leste a oeste, incluindo Kiev. Segundo as autoridades ucranianas, os ataques foram dirigidos às infraestruturas de energia e mais de sete milhões de ucranianos estão sem luz. O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, informou que cerca de 85 mísseis foram disparados no país. "Estamos trabalhando, vamos restaurar tudo. Vamos sobreviver a tudo", disse.

O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Haluschenko, classificou o ataque como o mais massivo a infraestruturas desde o início da guerra e como uma resposta "vingativa" da Rússia às perdas no campo de batalha, referindo-se a retirada de Kherson na semana passada. "[A Rússia] tenta causar o máximo de danos ao nosso sistema de energia na véspera do inverno", declarou.

A rede elétrica ucraniana já foi atingida por ataques anteriores que destruíram cerca de 40% da infraestrutura energética do país.

Três grandes companhias da indústria de tecnologia global, Nvidia, Intel e Arm estabeleceram um formato padrão para facilitar o desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA). Um white paper foi divulgado pelas empresas mostrando as especificações do 8-bit floating point (FP8), que otimiza o uso de memória e processamento pelos algoritmos.  

“O FP8 minimiza os desvios dos formatos de ponto flutuante IEEE 754 com um bom equilíbrio entre hardware e software para acelerar a adoção e melhorar a produtividade do desenvolvedor”, escreveu Shar Narasimhan, diretor de marketing de produtos de treinamento de IA e GPU de data center na Nvidia na rede social. A especificação é implementada nativamente na arquitetura GH 100 Hopper da Nvidia no chipset de treinamento Gaudi 2 AI da Intel. De acordo com Narasimhan, o FP8 pode chegar ao desempenho, em alguns casos, comparável a 16 bits. 

##RECOMENDA##

O formato comum de oito bits beneficiaria outras companhias da indústria de tecnologia, como AMD, SambaNova, Groq, IBM, Graph Core e Cerebras. Essas empresas experimentaram ou adotaram soluções baseadas no FP8 para o desenvolvimento de sistemas. O número menor de bits reduz a demanda por memória para treinar e executar os algoritmos, inclusive com menor largura de banda e uso de energia enquanto os cálculos são acelerados. Porém, algumas bases de dados mais complexas para treinamento de IA requerem 32 bits e, ocasionalmente, 64 bits.  

Por ocasião de seu aniversário, ocorrido nessa segunda-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma publicação nas redes sociais se comparando a dois esportistas que nasceram no mesmo dia que ele: Ayrton Senna e Ronaldinho Gaúcho. "Feliz em comemorar meu aniversário no mesmo dia de pessoas que amam tanto o Brasil e que fizeram tanto por ele", escreveu o chefe do Executivo.

Ele também agradeceu aos votos de feliz aniversário que recebeu nas redes sociais. Durante a segunda-feira, seus filhos políticos - Carlos, Flávio e Eduardo - compartilharam diversos vídeos de pessoas dando parabéns ao presidente.

##RECOMENDA##

Também na segunda-feira, Bolsonaro disse saber que não é "tão inteligente assim" e afirmou que pede sabedoria a Deus, fazendo referência a um trecho da Bíblia. O mandatário afirmou que também pede coragem e reconheceu que, às vezes, "é um pouco grosso" e fala "uns palavrões". As declarações foram feitas em uma pequena comemoração pelo seu aniversário de 67 anos.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, diz acreditar que investimento em tecnologia e inteligência é o futuro e o presente da segurança pública. “A atividade de inteligência é a base de todo trabalho, evita o retrabalho, direciona as ações, então a gente precisa e tem feito muito investimento nisso”, disse o ministro em entrevista ao programa A Voz do Brasil que vai ao ar nesta quinta-feira (30). “A gente investe muito nisso.”

Durante a entrevista, o ministro falou de algumas das ações da pasta durante o ano de 2021 e de alguns projetos para 2022. Ele abordou, por exemplo, as operações conjuntas com o Ministério do Meio Ambiente na Amazônia e destacou que essa união veio para somar esforços e ter resultados melhores.

##RECOMENDA##

Torres diz que o ministério pretende manter as forças na região em 2022 e cita algumas iniciativas que devem ser tomadas, como novas bases fluviais para a Polícia Federal atuar na região, pois “a questão dos rios é muito importante para o controle de toda a região”, e a fase 2 da Operação Guardiões do Bioma, que inicialmente era mais voltada para o combate a queimadas, mas deve ter sua ação ampliada e combater também crimes ambientais e o desmatamento na região.

“No ano de 2021 foram mais de 8 mil policiais trabalhando nessa operação, R$ 60 milhões investidos, e nos próximos anos, principalmente 2022, nós queremos começar com força total para que os números melhorem e a gente consiga fazer um combate mais eficaz a esses crimes”, disse.

As agências de Inteligência da Áustria perderam várias oportunidades de detectar o perigo representado pelo jihadista que realizou um ataque que deixou quatro pessoas mortas em Viena em novembro, de acordo com um relatório policial publicado nesta quarta-feira (23).

O relatório parcial é o primeiro conduzido por uma comissão governamental que analisa como a ameaça foi enfrentada antes do ataque de 2 de novembro.

O documento diz que a avaliação de ameaça do agressor foi feita entre dezembro de 2019, quando ele foi solto da prisão, até outubro deste ano. A análise mostrou que o agressor, morto pela polícia, representava um "alto risco".

O relatório concluiu que "o fato de uma avaliação inicial levar pelo menos 10 meses parece inaceitável."

O autor do ataque em Viena era um jovem austríaco de 20 anos da Macedônia do Norte que simpatizava com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Ele foi condenado em abril de 2019 a 22 meses de prisão por ter tentado viajar para Síria para se juntar ao EI.

O ataque foi reivindicado pelo grupo jihadista e representou o primeiro atentado islâmico na história da Áustria.

O órgão de Inteligência responsável pelo monitoramento de atividades perigosas na capital (LVT Wien), atribuiu a demora na avaliação da ameaça à falta de recursos, segundo o relatório.

Além disso, o pessoal da agência nacional de Inteligência interna, o BVT, sentiu "grande insegurança" devido a ações sobre seus agentes ordenadas pelo Ministério do Interior em 2018.

Os autores afirmam que seria possível estabelecer a avaliação do agressor como de "alto risco" em julho, quando ele participou de reuniões com islâmicos alemães e suíços já conhecidos.

Apesar de alertados por contatos da inteligência alemã, as agências austríacas não perceberam a gravidade dos encontros, disse a comissão.

O relatório observa que agentes do BVT pediram silêncio a um oficial do LVT Wien, que tentou avisar que o encontro seria evidência de "uma célula terrorista altamente perigosa".

O BVT rejeita essas acusações. Em julho, as autoridades eslovacas também informaram que o agressor tentou comprar munição.

Um relatório final da comissão é esperado no final de janeiro.

O mais alto funcionário de segurança austríaco, Franz Ruf, afirmou que os resultados do relatório serão aplicados nas reformas que estão sendo realizadas nas agências denunciadas.

A Polícia Civil de São Paulo tem um novo departamento que vai agir de maneira exclusiva contra crimes cibernéticos. De acordo com a administração pública estadual, a estrutura de inteligência da Divisão de Crimes Cibernéticos (Dcciber) vai permitir a prevenção dos mais variados golpes virtuais e poderá estender investigações por todo o território brasileiro para punir acusados da prática de delitos do ambiente digital.

Segundo o governo paulista, a nova divisão especializada está equipada com itens modernos e uma estrutura que terá cerca de 120 policiais envolvidos no trabalho até 2021. Aos servidores, a Polícia Civil ofereceu cursos de especialização em investigação, coleta de informações e técnicas de investigação de crimes cometidos por meio eletrônico. De acordo com a corporação, a Dcciber é parte do projeto de modernização do organismo responsável pelas investigações criminais no estado.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com a administração estadual, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) custeou os R$ 2,4 milhões aplicados na reforma da sede da Dcciber, na região central da capital paulista. O valor foi cedido como parte de um acordo de cooperação e não será cobrado dos cofres públicos. Inaugurada na última sexta-feira (18), a divisão especializada registrou 93 boletins de ocorrência (B.O.) desde o início das operações.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) instruiu o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e seus advogados para livrá-lo do processo que investiga o suposto esquema de ‘rachadinha’ em seu antigo gabinete. A informação é da revista Época. A entidade equivalente à CIA produziu pelo menos dois relatórios para embasar a defesa do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a anular as investigações do caso Queiroz.

De acordo com a reportagem, a Abin detalhou a atuação da suposta organização criminosa operada pelo ex-assessor Fabrício Queiroz na Receita Federal e enviou os relatórios diretamente para o senador, ainda em setembro. Os advogados indicam que o órgão fiscalizador teria feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para produzir o relatório que culminou na investigação.

##RECOMENDA##

Com acesso aos documentos enviados para o WhatsApp de Flávio e encaminhado por ele para a advogada Luciana Pires, a Época transcreveu parte do texto. No campo "Finalidade", a Inteligência indica o objetivo de "defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB".

Até então, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, defendeu que a Abin não atuou no caso, mesmo após a denúncia ser levada ao pai do senador, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e ao diretor da Inteligência, Alexandre Ramagem.

No dia 25 de agosto, Ramagem participou de uma reunião no gabinete de Bolsonaro e recebeu uma petição das advogadas de Flávio, que solicitavam uma apuração especial para obter material que sustentasse a suspeita de que o senador havia sido alvo da Receita. O diretor da Abin fez uma cópia do requerimento e o devolveu à advogada no dia seguinte, com a orientação de que o protocolasse na Receita Federal. Após a ocasião, a Inteligência continuou instruindo a defesa para anular o inquérito, mesmo com a dificuldade de captar os documentos da Receita.

“A dificuldade de obtenção da apuração especial (Tostes) e diretamente no Serpro é descabida porque a norma citada é interna da RFB da época do responsável pela instalação da atual estrutura criminosa — Everardo Maciel. Existe possibilidade de que os registros sejam ou já estejam sendo adulterados, agora que os envolvidos da RFB já sabem da linha que está sendo seguida”, diz um dos relatórios, em referência ao chefe do órgão, José Tostes Neto, e ao servidor Everardo Maciel. O texto ainda traça uma "linha de ação" para “Obtenção, via Serpro, de ‘apuração especial’, demonstrando acessos imotivados anteriores (arapongagem)”, e assim, "defender FB no caso Alerj".

Diante da insatisfação do presidente Jair Bolsonaro com o setor de Inteligência, o governo promoveu nos últimos meses alterações em órgãos da área com o objetivo de, em sua visão, torná-los mais efetivos. Além da mudança de foco da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), vinculada ao Ministério da Justiça, que passou a monitorar opositores, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teve a estrutura reformulada, com a criação de mais uma unidade, o Centro de Inteligência Nacional.

Segundo a Abin, a nova estrutura, criada por decreto, terá entre suas missões assessorar outros órgãos do governo no "enfrentamento de ameaças à segurança e à estabilidade do Estado e da sociedade". Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o Centro de Inteligência Nacional assumiu atribuições dos extintos Departamento de Inteligência Estratégica e Assessoria Executiva do Sistema Brasileiro de Inteligência.

##RECOMENDA##

O novo centro, porém, pode ter tarefas mais amplas. No departamento anterior havia a atribuição de processar dados "fornecidos pelos adidos civis brasileiros no exterior, representantes estrangeiros acreditados junto ao governo brasileiro e pelos serviços estrangeiros congêneres". Agora, a função passou a ser planejar, coordenar e implementar a "coleta estruturada de dados", sem a restrição aos temas antes listados. Questionada, a Abin não informou como e quais tipos de dados deve coletar para alimentar seu sistema de informações.

A unidade será a interface da Abin com os demais órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), incluindo o Ministério da Defesa, a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Polícia Federal. No decreto que reestrutura a Abin, foi também ampliado o número de cargos de confiança e retirado um trecho que limitava a servidores concursados a oferta de treinamento em Inteligência, na Escola de Inteligência da agência.

O objetivo das mudanças é "aumentar eficiência e eficácia da ação administrativa, com condições mais favoráveis para o desenvolvimento do órgão", de acordo com nota assinada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Secretaria-Geral da Presidência. A pasta não respondeu quem será o responsável pelo novo centro, que ficará subordinado à Abin.

Atualmente, a agência é chefiada pelo delegado Alexandre Ramagem, que Bolsonaro tentou nomear como diretor-geral da PF, mas foi impedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Reclamação

O incômodo do presidente com a falta de informações foi exposto na polêmica reunião ministerial de 22 de abril. Na ocasião, Bolsonaro criticou auxiliares e disse manter um sistema "particular" de informantes. "Prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho", afirmou.

Dois dias após o encontro, o então ministro da Justiça, Sérgio Moro, pediu demissão e acusou Bolsonaro de exigir acesso a informações sigilosas da PF. O vídeo da reunião foi tornado público pelo ministro do STF Celso de Mello, relator do inquérito que apura interferência do presidente na corporação.

Sob a gestão do novo diretor-geral, Rolando de Souza, a PF também teve a área de Inteligência alterada. O delegado Alexandre Isbarrola assumiu o posto por indicação de Souza, que é próximo a Ramagem.

A atividade de Inteligência na PF é mais ligada a investigações em andamento do que à produção de conhecimentos estratégicos.

Questionado sobre o sistema "particular" de informação, Bolsonaro já afirmou em entrevista: "É um colega de vocês da imprensa que com certeza eu tenho, é um sargento no Batalhão de Operações Especiais no Rio, um capitão do Exército de um grupo de artilharia em Nioaque, um policial civil em Manaus. É um amigo que eu fiz em um determinado local faz anos, que liga pra mim e mantém contato pelo zap. Descubro muitas coisas, que lamentavelmente não descubro via Inteligência oficial, que é a PF, a Marinha, a Aeronáutica e a Abin".

Em outra entrevista na portaria do Alvorada, o presidente disse que soube, por meio de informantes no Rio, que algo estava "sendo armado" contra ele e sua família.

Afirmou ter sido avisado com antecedência da possibilidade de busca e apreensão na casa de filhos dele e da "plantação" de provas contra a família, o que não ocorreu. Neste caso, atribuiu a ofensiva ao governador Wilson Witzel (PSC).

Monitoramento

Na Seopi, do Ministério da Justiça, as atividades de Inteligência viraram alvo do Ministério Público e do Supremo após a revelação da existência de um relatório contra 579 servidores públicos identificados como integrantes do "movimento antifascismo". O direcionamento político do órgão também virou alvo do Congresso, que deve ouvir amanhã o ministro da Justiça, André Mendonça, em uma sessão secreta.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, nove dos 14 cargos de chefia na Seopi foram alterados após Mendonça assumir o cargo de Moro.

Mendonça disse que não há orientação para investigar opositores do presidente e que tomou como providências a abertura de sindicância e a demissão do diretor de Inteligência da secretaria, Gilson Libório, nomeado pelo próprio ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os serviços de inteligência dos EUA concluíram que o novo coronavírus teve origem na China, mas "não foi criado pelo homem". "A comunidade de inteligência concorda com o consenso científico de que o vírus não foi feito pelo homem ou geneticamente modificado", disse um comunicado assinado por Richard Grenell, diretor de inteligência nacional.

A conclusão derruba teorias conspiratórias veiculadas por ativistas anti-China e alguns apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, insinuando que o novo coronavírus foi desenvolvido por cientistas chineses em um laboratório de armas biológicas, do qual acabou escapando.

##RECOMENDA##

"A comunidade de inteligência continuará a examinar rigorosamente as informações que surgirem para determinar se o surto começou por meio do contato com animais infectados ou se foi o resultado de um acidente em um laboratório de Wuhan", diz o texto.

Segundo a imprensa americana, Trump pediu aos serviços de inteligência que determinassem a origem do vírus, atribuído a um mercado de Wuhan, antes do surgimento de suspeitas de falha de segurança em um laboratório daquela cidade. O comunicado de ontem foi divulgado depois que o presidente americano afirmou não descartar a possibilidade de pedir uma compensação ao governo de Pequim pela pandemia.

Segundo pesquisa recente da Pew Research, 29% dos americanos acreditam que o vírus tenha sido criado em laboratório e, destes, 23% acham que ele foi disseminado intencionalmente.

Autoridades americanas, no entanto, com base em relatórios e análises de inteligência, estão dizendo há semanas que não acreditam nas teorias conspiratórias. Na quarta-feira, a rede de TV NBC informou que a Casa Branca tinha ordenado a todas as agências de espionagem que "varressem" as comunicações interceptadas, dados e imagens por satélite para averiguar se a China e a Organização Mundial de Saúde (OMS) esconderam no início informações sobre o que mais tarde se tornou uma pandemia.

Trump, que culpa a China pela crise de saúde global, disse ontem acreditar que a maneira como o governo chinês está lidando com o coronavírus prova que ele "fará tudo o que puder" para impedi-lo de se reeleger em novembro.

Na China, também há teorias conspiratórias e algumas autoridades promoveram a ideia de que os soldados americanos introduziram o vírus no país durante sua participação nos Jogos Mundiais Militares de Wuhan, em outubro.

Em entrevista no Salão Oval, Trump falou ontem da China com dureza e afirmou que está estudando diversas opções contra o país. "Posso fazer muita coisa", afirmou, sem dar detalhes. "Acabamos de ser atingidos por este vírus atroz que nunca deveriam ter permitido que escapasse da China. Eles (os chineses) deveriam tê-lo detido na origem - e não o fizeram", disse o presidente.

Ele se reuniu ontem com os diretores de alguns departamentos do governo para estudar possíveis represálias contra a China. Segundo fontes que participaram da discussão, entre as opções estão sanções e a suspensão de pagamentos devidos pelos EUA, além de novas restrições comerciais. Os serviços de inteligência, portanto, estariam sofrendo enorme pressão da Casa Branca para encontrar alguma coisa que justifique a reação americana. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O Congresso parou de fiscalizar as atividades de inteligência no País. Hoje, presidida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que chegou a defender medidas drásticas, como "um novo AI-5" para conter eventual "radicalização" da esquerda, a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência realizou só duas reuniões nos últimos dois anos . Os dois encontros, que duraram menos de dez minutos cada um, serviram somente para discutir o destino de emendas parlamentares para o setor.

O colegiado tem como função fiscalizar ações desenvolvidas pelo serviço secreto e demais unidades de inteligência do governo, sejam civis ou militares. Formada por seis deputados e seis senadores, a comissão do Congresso é a principal instância responsável por realizar o controle do que é feito pelos 39 órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência, o Sisbin, controlado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Na prática, trata-se da única comissão que tem reuniões secretas, pois aborda temas que podem pôr em risco a soberania e a segurança nacionais.

##RECOMENDA##

Neste ano, a única reunião ocorreu no dia 17 de outubro, sem a presença de Eduardo, que também comanda a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. No cardápio do encontro, porém, o assunto era a distribuição de emendas parlamentares. Foram destinados recursos para compra de foguetes de treinamento, monitoramento de fronteiras, defesa cibernética, ações sigilosas da Marinha, da Aeronáutica e da Abin.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Eduardo afirmou que a composição do colegiado acaba travando a aprovação de pautas. Dos outros 11 congressistas que compõem o grupo, quatro são de oposição e sete, governistas. A presidência é revezada, ano a ano, entre os titulares das comissões de Relações Exteriores da Câmara e do Senado.

"A composição (atual) é um pouco miscigenada. Para passar alguma coisa, tem que ser uma questão de Estado notória, senão não consegue passar", disse Eduardo, filho do presidente Jair Bolsonaro, antes da polêmica provocada por suas declarações sobre a edição de "um novo AI-5", conjunto de leis instituído pela ditadura militar, em 1968. Ao falar sobre a Comissão de Controle de Atividades de Inteligência, o deputado afirmou que o grupo só se reúne "em situações extremas", mas está "preparado para assuntos sensíveis".

A comissão tem como prerrogativa convocar o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o diretor-geral da Abin, além de titulares de outras unidades da administração pública, para que prestem contas do trabalho desenvolvido no Brasil e no exterior. Atualmente, o GSI é comandado pelo general Augusto Heleno Ribeiro e a Abin está nas mãos de Alexandre Ramagem.

Sínodo

 

Seja qual for o grau de sigilo das informações, as autoridades convocadas são obrigadas a liberar os dados aos integrantes da comissão. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que não faz parte do grupo, encaminhou ofício ao GSI, em maio, solicitando acesso a documentos, atas, e-mails e relatórios que fizessem menção a igrejas e seus membros, mas nada conseguiu.

O pedido de Valente ocorreu após o jornal revelar, em fevereiro, que a Abin monitorava o Sínodo da Amazônia para conter o avanço da Igreja Católica em discussões classificadas como "agenda de esquerda". O governo negou a solicitação do deputado, sob o argumento de que a lei já confere a um grupo específico - a comissão presidida por Eduardo - a atribuição de fiscalizar atividades de inteligência.

Desde 2016, no entanto, a comissão não tem publicado nem mesmo os relatórios anuais de suas ações. No fim daquele ano, o então ministro do GSI, general Sérgio Etchegoyen, mostrou aos parlamentares um mapa das facções criminosas no País. Ali, ele antecipou para a comissão os riscos iminentes de uma crise carcerária, que viria a eclodir meses depois, em janeiro de 2017, por causa de desavenças entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pessoas com altas habilidades, comumente chamadas de “superdotados”, representam cerca de 10% do todo da população, mas apenas 0,3% são efetivamente identificadas e recebem o acompanhamento educacional mais adequado, de acordo com a professora, psicóloga e especialista em educação especial e psicologia Thiane Araújo. A declaração foi dada na Bienal do Livro de Pernambuco, realizada no Centro de Convenções dpo Estado.

Thiane Araújo trabalha no Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS), que presta apoio a esta população no sistema de educação do Recife. Ela explica que, apesar de não serem pessoas com deficiência, os estudantes com altas habilidades se encaixam nos grupos que têm direito ao atendimento de educação especial. Araújo ainda faz questão de destacar que, ao contrário do que se pensa, não são apenas os “alunos brilhantes” que se enquadram na superdotação. 

##RECOMENDA##

De acordo com a especialista, a identificação de uma pessoa com altas habilidades/superdotação se dá através da constatação de capacidades acima da média, fácil aprendizagem e velocidade de pensamento, além de uma alta criatividade e grande envolvimento com as tarefas, que consiste não apenas em fazer algo muito bem mas no desejo de fazer bem feito e se dedicar ao acabamento do trabalho. Além do perfil de altas habilidades acadêmicas, há também outros tipos de superdotação e, segundo a psicóloga, o desafio está em identificar e apoiar o desenvolvimento dos que têm um perfil criativo/produtivo, que seria aquele ligado à dança, música, artes e outras áreas. 

            O processo de avaliação para identificação por meio dos NAAHS é feito através de encaminhamento. A partir do momento em que se suspeite que a criança ou adolescente pode ter altas habilidades, deve ser realizado um relatório pedagógico que é enviado à Gerência de Educação Especial para, aí sim, chegar ao NAAHS. Lá, os pais e a criança passam por entrevistas antes de se iniciar um processo de avaliação e observação qualitativa de até seis meses e, constatando-se a superdotação, inicia-se o processo de atendimento de educação especial. 

            Além do NAAHS, que atende crianças de 1 ano e meio a 16 anos e 11 meses na rede pública de ensino e com 20% de vagas para estudantes de escolas privadas. Thiane recomenda o acompanhamento de um(a) profissional de psicologia para melhor avaliar o desenvolvimento do fenômeno da superdotação e altas habilidades no caso particular de cada criança ou jovem. 

Acompanhamento gratuito é direito

Thiane lembra também que todo estudante com altas habilidades tem direito assegurado pela Lei 13.234 de 29 de dezembro de 2015, ao serviço de educação especial prestado gratuitamente tanto em escolas públicas quanto privadas. No entanto, explica que é comum ver escolas cobrarem taxas extras para oferecer o serviço aos estudantes, mesmo se dizendo inclusivas. 

Ela aconselha os pais ou responsáveis pelos estudantes a buscar a construção de um diálogo com a escola, mas salienta que o direito é legítimo e legalmente garantido, sendo possível partir para a briga por ele não apenas dentro dos espaços de educação mas também na justiça, através, por exemplo, de denúncias ao Ministério Público. 

LeiaJá também

--> Alunos em condições especiais sofrem em busca de educação

--> A fotografia afetiva de Michell, deficiente visual

--> Aulas precisam ser adaptadas para pessoas com deficiência

Antes mesmo do novo secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, assumir o cargo, o chefe da área de inteligência da Receita Federal, Ricardo Pereira Feitosa, foi exonerado da função nesta terça-feira, 24, pelo subsecretário-geral da Receita, José de Assis Ferraz Neto.

A mudança era uma demanda de integrantes da cúpula da Receita que já pressionavam o então secretário Marcos Cintra para demitir Feitosa desde agosto, conforme noticiou à época o Broadcast/Estadão. A área de inteligência é vista como um setor muito sensível e auditores defendem um perfil técnico para o cargo.

##RECOMENDA##

"Era indicado pelo Gilmar (ministro do STF Gilmar Mendes), não queremos ninguém com indicação externa, apenas pessoas com perfil técnico", contou uma fonte da Receita.

Nomeado coordenador-geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal em maio deste ano, Feitosa seria, segundo fontes, uma indicação do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que foi alvo de investigação interna do Fisco. A informação foi negada pelo ministro do STF, que admitiu apenas conhecer Feitosa de Cuiabá.

A expectativa é de que novas mudanças ocorram na Receita e que Tostes faça apenas alterações técnicas e consiga barrar interferências externas. Ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, em entrevista à Jovem Pan, que quer fazer uma renovação na Receita e que não quer o órgão envolvido em tumultos políticos. Ele chegou a falar em "caravana da Lava Jato", e citou reclamações de perseguição política da Receita por parte de autoridades do Legislativo e do Judiciário.

Antes de assumir a coordenação-geral de Pesquisa e Investigação (Copei), Feitosa era lotado na delegacia da Receita na capital mato-grossense. A Copei é uma das áreas mais poderosas da Receita, responsável pelas principais investigações e canal de interação do Fisco com o Ministério Público nas operações de fiscalização e combate à corrupção. A coordenação teve papel importante nas investigações da Operação Lava Jato.

A portaria com o desligamento de Feitosa do cargo está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, inaugurou hoje (3) o Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública Nacional (CIISPN), em Brasília. O órgão vai integrar e coordenar informações de segurança e operações com outros órgãos de inteligência nos estados. De acordo com o ministro, o centro é estratégico para o combate a organizações criminosas.

“A integração é tudo em matéria de segurança pública. Estamos insistindo muito nessa política e acredito que com isso nós conseguimos fazer mais com menos”, disse Moro. "As vezes a polícia de um estado não se comunica com a de outro estado ou com a Polícia Federal. E uma das principais ideias aqui é fortalecer essa troca de informações", acrescentou.

##RECOMENDA##

A unidade de inteligência é composta por agentes das polícias civis e militares, órgãos federais e outras instituições especializadas no combate às organizações criminosas, como o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Esse é o segundo centro de integrado de inteligência. O primeiro, voltado para a Região Nordeste, foi inaugurado no ano passado, em Fortaleza (CE), pelo então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Na próxima semana, Moro inaugura, em Curitiba (PR), o centro da Região Sul. A intenção do governo é que exista um centro em cada uma das regiões do país.

Entre os objetivos dos centros estão a integração entre os agentes de segurança pública para produção de conhecimentos estratégicos e o acesso integrado dos conteúdos das bases de dados das diversas instituições e órgãos que compõem a estrutura de segurança pública.

“Essa unidade não é só questão de espaço físico. Você convoca policiais de diferentes estados e do Distrito Federal e isso faz com que diferentes experiências estejam reunidas e vai construindo laços de confiança e integração”, disse o ministro.

Coaf

Questionado sobre a possibilidade de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sair da Justiça e retornar para a Economia, o ministro disse que não há nenhum movimento dentro do governo para fazer a mudança.

“Não existe nenhuma área do governo defendendo o retorno, a posição do governo foi externada na Medida Provisória [870/19]. Foi o governo quem editou a MP transferindo o conselho da então Fazenda para o Ministério da Justiça e Segurança Pública”, disse o ministro. “Achamos que o Coaf fica melhor aqui e não tem nenhum movimento dentro do governo [para mudar]. Vocês podem perguntar o ministro Paulo Guedes que ele vai dizer que não tem nenhum interesse no conselho”.

Moro disse que a discussão em relação ao Coaf, travado no Congresso Nacional, resulta de incompreensão sobre a atuação do conselho na Justiça. “É importante o Coaf estar aqui na Justiça e Segurança Pública porque ele tem informações essenciais em matéria de lavagem de dinheiro e que nos serão extremamente úteis para combater principalmente as organizações criminosos. Se você não tem o rastro do dinheiro fica muito difícil combater essas grandes organizações criminosas”, disse.

O grau de inteligência dos seres humanos é medido pelo QI (Quociente de Inteligência). Na leitura do QI, o cérebro se apresenta como uma poderosa máquina de processamento de informações. Na década de 1990, um novo conceito mobilizou os estudos sobre a capacidade intelectiva e sensitiva humana: a Inteligência Emocional (QE), que lida com sentimentos e emoções. Agora, você já ouviu falar em inteligência das inteligências? 

Inteligência das inteligências é como chamam a Inteligência Espiritual (IE). Mas, afinal, para que serve a IE? Está relacionada à religião? Desde quando é desenvolvida? Em entrevista ao portal LeiaJá, a psicóloga, coach de Inteligência Espiritual e terapeuta integrativa Anne Lisboa, que palestrou na 7ª edição do Pará Negócios com o tema "O Poder da Inteligência Espiritual", explicou o significado dessa corrente do pensamento em expansão na contemporaneidade.

##RECOMENDA##

LeiaJá - O que é exatamente a Inteligência Espiritual? Tem alguma coisa a ver com religião?

Anne Lisboa - Essa inteligência é considerada a “inteligência das inteligências”, segundo estudos recentes, por ser um elo de ligação com a nossa verdadeira origem e razão de existir, possibilitando que as pessoas possam inserir sentido na solução de seus problemas, senso de valor em seus comportamentos, desenvolver a capacidade de escolha consciente e apresentar a consciência da inteligência da alma. Além disso,  a Inteligência Espiritual permite integrar o intrapessoal e o interpessoal com a possibilidade de compreendermos quem somos, o que as coisas significam para nós e como elas dão aos outros e a seus sentidos um lugar em nosso próprio mundo.

LeiaJá - Inteligência Espiritual é uma técnica?

Anne Lisboa - Não é uma técnica. É um tipo de inteligência do ser humano. A IE é a inteligência que liga a inteligência cognitiva e a emocional, trazendo sentido e significado às nossas escolhas pessoais, às nossas ações.

LeiaJá - Qual profissional deve ser procurado por quem se interessa em desenvolver a Inteligência Espiritual?

Anne Lisboa - Pode ser um psicólogo, coach e/ou terapeuta integrativo que estude o desenvolvimento dessa inteligência.

LeiaJá - Qual o perfil de pessoas que mais procuram conhecer a IE?

Anne Lisboa - Principalmente pessoas que buscam processos de desenvolvimento pessoal. A IE é desenvolvida através de processos de autoconhecimento, como a psicoterapia, coaching pessoal, estudos na área transpessoal.

LeiaJá - Quais características são notórias nas pessoas que buscaram a Inteligência Espiritual?

Anne Lisboa - As pessoas que buscam o desenvolvimento da IE apresentam consciência sobre o seu propósito de vida, apresentam atitudes mais conscientes sobre as suas escolhas, por meio da possibilidade de sentido que essa inteligência proporciona.

LeiaJá - A IE já é muito conhecida em Belém?

Anne Lisboa - Não é muito conhecida. Fui a única pesquisadora a abordar o assunto em Belém e na Pará Negócios.

LeiaJá - Pessoas de qualquer idade podem procurar a Inteligência Espiritual?

Anne Lisboa - Pessoas de qualquer idade podem desenvolver a IE.

LeiaJá - Faz tempo que você estuda a Inteligência Espiritual?

Anne Lisboa - Desde o início de 2018.

LeiaJá - O que você mais observou durante esse período?

Anne Lisboa - Observei que essa inteligência é pouco conhecida, apesar de ser importante para a tomada de decisões e ampliação da nossa consciência sobre quem somos e sobre o que fazemos em relação a nós e aos demais.

LeiaJá - A Inteligência espiritual é recomendada para quem tem uma rotina agitada e estressada?

Anne Lisboa - A IE faz parte do ser humano. O que precisamos desenvolver é o conhecimento sobre ela e a importância que ela representa na nossa vida.

LeiaJá - Quais pontos você gostaria de destacar da inteligência espiritual?

Anne Lisboa - A IE proporciona sentido e significado em nossa vida, nas nossas escolhas pessoais e quando temos consciência sobre ela mais propósito trazemos para as nossas vidas.

 

 

  A ex-presidente Dilma Rousseff escreveu uma nota para rebater as declarações do novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Na semana passada, durante cerimônia de transmissão de cargos dos ministros de Bolsonaro, Heleno alfinetou: “A senhora Rousseff não acreditava na inteligência”. 

Dilma, ao responder, disse que durante seu mandato houve diversas situações da “manifesta ineficácia” do GSI e do sistema de inteligência. “Houve falha, por exemplo, ao não detectar e impedir o grampo feito ilegalmente no meu gabinete, em março de 2016, sem autorização do Supremo Tribunal Federal, quando foi captado e divulgado meu diálogo com Luiz Inácio Lula da Silva, às vésperas dele ser nomeado para a Casa Civil”, citou.

##RECOMENDA##

“O caso mais grave, entretanto, ocorreu em 2013, por ocasião da espionagem feita em meu gabinete, no avião presidencial e na Petrobras pela National Security Agency (NSA), a agência de inteligência dos EUA. Os setores da inteligência brasileira não só desconheciam que a interferência vinha ocorrendo há tempo, só souberam após o caso Snowden como sequer sabiam os meios necessários para bloqueá-la. Nem mesmo sabiam o que havia sido captado pela NSA nos referidos grampos”, recordou. 

A ex-presidente recordou o ataque a Bolsonaro em setembro do ano passado. “Aliás, a falha mais recente ocorreu no governo Temer, o que evidencia que tudo continua igual no setor de inteligência. Durante a campanha, quando o atual presidente, então candidato, foi alvo de atentado em Juiz de Fora, a ‘inteligência’ já supostamente reconstruída, desconhecia a ameaça e, portanto, não pode impedi-la. Tais exemplos mostram que a inteligência do governo ainda não é credível”, alfinetou.

Alunos da Universidade da Amazônia (UNAMA) tiveram a oportunidade de conhecer e discutir assuntos como as diferentes formas de liderança, tipos de líderes e de como se tornar um excelente líder. Tudo isso com um especialista no assunto, o engenheiro logístico finlandês Kari Mattila. O encontro ocorreu na sexta-feira (18), no campus Alcindo Cacela da instituição.

Segundo o especialista, mais de 75% dos erros nas decisões ou falências se devem à falta de inteligência emocional. “No novo currículo nacional brasileiro para escola primária já existem algumas habilidades e competências emocionais e isso mostra que é uma nova geração que está se criando. A inteligência emocional é uma ferramenta muito importante, não só para os líderes do futuro, mas para os estudantes começarem a entender como aprender, se desenvolver e crescer melhor”, declarou Kari.

##RECOMENDA##

Mattila falou também da importância de se discutir sobre liderança nas universidades. “O que eu aprendi sobra as universidades, especialmente na Finlândia e na China, é que há pouca habilidade e disciplina, especialmente para liderança sobre inteligência emocional, que é a ferramenta mais poderosa e importante para os líderes do futuro”, diz o especialista.

A palestra teve objetivo de dar as boas-vindas aos alunos de Comunicação Social e Relações Internacionais que retornaram das férias de julho, para o início do semestre, e apontar as novas perspectivas sobre as questões de liderança que envolvem todas as áreas. “É muito importante que os alunos comecem a se apropriar desses conceitos porque eles vão ser exigidos no mercado de trabalho, em qualquer uma das áreas, e são conceitos que servem para a vida. A palestra não é especifica de um conhecimento técnico, mas é uma palestra para a vida, o que é a principal motivação”, disse William Monteiro, coordenador dos cursos de Comunicação Social e Relações Internacionais.

A palestra agradou aos que estavam presentes no evento. “É sempre muito importante a gente ter visão de outras pessoas, de outras culturas. Eu acho que é uma proposta de conhecimento e reflexão. Não precisa ser de ações imediatas, mas principalmente de reflexão e conhecimento deste mundo conturbado em que a gente está vivendo”, contou Analaura Corradi, professora do programa de pós-graduação da UNAMA.

Por Rosiane Rodrigues.

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando