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Em desempenho prejudicado pelo tombo das exportações, a produção da indústria de veículos teve no mês passado queda de 6,1% frente a novembro de 2022. No total, 202,7 mil unidades foram montadas, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Na comparação com outubro de 2023, novembro do mesmo ano mostrou crescimento de 1,5%.

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O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 7, pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras.

A produção de veículos passa a mostrar queda de 1,1% no acumulado desde o início do ano, somando 2,15 milhões de unidades até novembro.

Vendas

As vendas de veículos subiram 4,2% no mês passado no comparativo interanual, num total de 212,6 mil unidades.

Na margem - ou seja, de outubro para novembro -, houve queda de 2,4% nos licenciamentos, porém a variação negativa é explicada pelo calendário comercial mais curto em razão de dois feriados nacionais: Finados, no dia 2, e Proclamação da República, 15 de novembro.

O ritmo diário de novembro, assim como no mês anterior, continuou acima de 10 mil veículos.

Exportações

As exportações seguiram em queda no mês passado, recuando 44,6% frente ao número de um ano antes e 23% em relação a outubro. No total, 24,1 mil veículos foram embarcados em novembro.

Acumulado no mercado doméstico e externo

No acumulado desde o início do ano, as vendas no mercado doméstico agora mostram crescimento de 9,1%, somando 2,06 milhões de veículos em onze meses, enquanto as exportações, na direção oposta, recuam 15,9%, com 378,2 mil unidades embarcadas no mesmo período.

México, Argentina, Chile e Colômbia são os principais destinos dos carros exportados pelo Brasil.

Emprego

O levantamento da Anfavea mostra ainda que as montadoras abriram 530 vagas de trabalho em novembro, empregando no fim do mês 101,2 mil pessoas.

As vendas de carros seguiram aquecidas após o fim dos descontos patrocinados pelo governo, segundo a Anfavea, entidade que representa as montadoras. Conforme números levados nesta segunda-feira, 7, pela entidade à apresentação mensal de resultados, as vendas de veículos leves mostraram na primeira semana de agosto crescimento de 23% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Na avaliação de Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, o programa do governo, que liberou R$ 800 milhões em créditos tributários para que carros que custam até R$ 120 mil pudessem ser vendidos com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil, despertou o interesse pela troca do automóvel.

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Um gráfico levado pela associação à apresentação dos resultados de julho mostra que o mercado de carros não perdeu ritmo na última semana do mês, quando as entregas praticamente não tinham mais os bônus do governo.

Se daqui para frente, as vendas repetirem o volume de igual período de 2022, os emplacamentos de veículos leves vão terminar o ano com crescimento entre 5% e 7%.

A Anfavea, porém, prefere não mudar por ora a projeção de aumento de 4,1% das vendas no segmento em 2023. "É cedo para fazermos qualquer revisão, o mercado tem oscilado bastante", explicou Leite.

O presidente da Anfavea abriu a coletiva de resultados destacando o ambiente de maior previsibilidade da indústria, dado o fim da crise aguda na oferta de componentes eletrônicos, combinado à melhora de indicadores macroeconômicos, como a redução do desemprego e o crescimento de atividade acima do previsto tanto no Brasil como no restante do mundo, assim como a elevação na nota de crédito do País pela Fitch.

Conforme Leite, o início, na semana passada, da redução dos juros de referência, a Selic, tem efeito imediato no mercado de automóveis. "O crédito é fundamental. Essa redução tem efeito imediato, e o efeito no médio prazo é mais benéfico ainda", comentou o executivo.

Os estoques de veículos, que chegaram a 251,7 mil unidades em maio, quando a indústria se preparou para a corrida de consumidores às concessionárias, caíram para 223,6 mil no fim de junho e agora estão em 198,8 mil veículos. É o menor volume nos estoques de fábricas e revendas dos últimos cinco meses, sendo suficiente para 26 dias de venda.

Cenário das exportações

O balanço dos resultados da indústria automotiva referentes a julho expôs as dificuldades das exportações do setor frente à retração de mercados vizinhos da América do Sul, onde a indústria também sofre com o avanço de concorrentes asiáticos, e à tributação de produtos brasileiros na Argentina.

Os embarques para o Chile e a Colômbia, que se tornaram destinos importantes para as montadoras nos últimos anos, recuaram 61% e 42%, respectivamente, desde janeiro. Já as exportações para a Argentina recuaram 2,6%, apesar do crescimento de 12% do mercado vizinho no período.

O México, na contramão dos demais mercados da região, aumentou em 89% as compras de veículos brasileiros, tornando-se assim o principal destino das montadoras brasileiras ao superar neste ano a Argentina, país que historicamente ocupa esta posição.

"Não fosse o México as exportações teriam caído consideravelmente", disse Márcio de Lima Leite, ao comentar a redução de 10,6% das exportações totais, para 257,6 mil veículos entre janeiro e julho.

Imposto argentino

Segundo explicou a direção da entidade, enquanto as exportações ao México se beneficiaram da redução do imposto de importação no comércio de veículos entre os países, zerado no mês passado, a Argentina criou um imposto de 7,5% sobre os produtos brasileiros.

Leite disse que a tributação fez com que a indústria brasileira não conseguisse aproveitar o crescimento do mercado argentino e é "flagrantemente" contra o acordo automotivo bilateral, que prevê o comércio de veículos e peças livre de imposto de importação.

"É um custo a mais para o exportador brasileiro colocar seu produto na Argentina", disse o presidente da Anfavea.

O tema, informou, está sendo tratado com o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

"O governo da Argentina, num primeiro momento, criou um imposto sobre carro de luxo, de até US$ 25 mil, e agora ampliou esse imposto para todas as importações ... Temos que garantir que o acordo seja cumprido e que haja competitividade dos produtos", acrescentou Leite.

A produção de veículos caiu 16,4% em julho na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 183 mil unidades na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Frente a junho de 2023, houve queda de 3,3% na produção das montadoras, conforme balanço divulgado nesta segunda-feira (7) pela Anfavea, associação que representa o setor.

O desempenho reflete as novas paradas nas linhas de montagem, após o impulso dos descontos patrocinados pelo governo nas vendas de automóveis, que duraram apenas um mês.

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Com o resultado de julho, o total de veículos produzidos desde o início do ano chegou a 1,31 milhão de unidades, volume parecido (alta de 0,3%) com a produção nos sete primeiros meses de 2022.

Vendas

As vendas de veículos, de 225,6 mil unidades em julho, foram as maiores em um mês nos últimos dois anos e meio. Refletindo as entregas de carros vendidos com os descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil do programa lançado pelo governo para estimular a indústria automotiva, os licenciamentos de veículos tiveram alta de 24% frente a julho de 2022 e de 19% na comparação com junho de 2023.

A indústria, porém, já tinha reforçado os estoques em maio para atender a corrida às concessionárias.

De janeiro a julho, 1,22 milhão de veículos foram vendidos no País, 11,3% a mais do que no mesmo período do ano passado.

Exportações

O balanço da Anfavea mostra ainda queda de 27,6% das exportações, no comparativo de julho com igual mês de 2022.

Os embarques, de 30,3 mil veículos no mês passado, caíram 17,1% contra junho, levando a uma queda de 10,6% no acumulado do ano, com 257,6 mil unidades vendidas ao exterior desde o primeiro dia de 2023.

Empregos

Segundo o levantamento da entidade, 97 vagas de trabalho foram fechadas em julho nas montadoras, que agora empregam 99,6 mil pessoas.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, afirmou, após reunião no Palácio do Planalto, que o corte de impostos para a indústria automotiva, anunciado nesta quinta-feira, 25, pelo governo, deve tornar possível a venda de carros abaixo de R$ 60 mil, como quer o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo depende da política de preços de cada montadora, disse Leite.

Nesta quinta-feira, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou que a União irá promover um desconto por tempo limitado no IPI e PIS/Cofins de automóveis que hoje custam até R$ 120 mil.

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De acordo com o ministro, essa redução vai possibilitar um desconto no valor dos carros que irá variar de 1,5% até 10,79%. Carros acima de R$ 120 mil estão fora do programa.

"Sobre o preço, cada montadora tem sua política. Pelos números que vêm sendo apresentados, é muito possível termos preços abaixo de 60 mil. Com as reduções tributárias em discussão e o esforço conjunto de todo setor, é bem possível que tenhamos queda nos preços", disse Leite, após a reunião no Palácio do Planalto com Lula, Alckmin, e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil).

O presidente da Anfavea avaliou o diálogo com o governo como "bom".

Não há definição sobre a renúncia fiscal que a medida vai acarretar, nem o impacto porcentual sobre os impostos.

Os números dependem da duração da medida. Para Leite, é preciso que o corte de impostos dure ao menos um ano para aumentar a produção e os investimentos da indústria automobilística, que hoje trabalha com 50% de sua capacidade.

"Ao que nos pareceu, o ministro da Fazenda está fazendo as contas para identificar se a validade da Medida Provisória se dará por um ano, seis meses, dois meses, quatro meses. O tempo é fundamental para falar do tamanho da renúncia", afirmou o presidente da Anfavea a jornalistas. "Em princípio, entendemos que o ministério discute o tempo, não o conceito", acrescentou.

De acordo com Márcio Lima Leite, a redução de impostos vai contemplar os veículos que estão nas concessionárias, sem mudanças tecnológicas nesses carros. A medida ainda tem o potencial de evitar greves ao ajudar na retomada do setor. Também terá bom impacto ambiental, porque a renovação da frota significa uma diminuição nas emissões de gases do efeito estufa. "O carro usado emite 23 vezes mais que o novo", declarou o presidente da Anfavea.

Após os resultados frustrantes de início de ano, que levaram algumas montadoras a parar temporariamente a produção, as vendas de veículos mostraram forte recuperação em março. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 199 mil unidades foram emplacadas no mês passado.

O volume representa um crescimento de 35,5% em relação ao total no mesmo período do ano passado, quando o mercado sofria com as maiores restrições de oferta, dada a falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem. Frente a fevereiro, um mês mais curto, a alta nas vendas foi de 53,1%.

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Com isso, o primeiro trimestre terminou com aumento de 16,3% na comercialização de veículos zero-quilômetro, chegando a um total de 471,8 mil unidades. A expectativa da indústria era de acumular uma "gordura" nos três primeiros meses do ano, quando as vendas são comparadas a uma base fraca, para chegar ao fim de 2023 com crescimento de 3% nas vendas.

Obtidos pelo Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) com executivos do setor, os números estão sujeitos a pequenos ajustes nos balanços oficiais a serem publicados hoje pela Fenabrave, a associação das concessionárias, e na próxima segunda-feira pela Anfavea, entidade que representa as montadoras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mercado de veículos voltou a registrar recuperação em julho, com vendas de 182 mil unidades, 2,2% a mais que em junho e 3,7% acima do resultado de igual mês do ano passado, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado do ano, foi licenciado até agora 1,1 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A melhora do mercado, apesar dos juros altos e da escassez de semicondutores, ocorre em paralelo ao anúncio, na última sexta-feira (29), de nova redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, medida que deve gerar uma redução nos preços.

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Nessa terceira etapa de cortes de IPI para vários setores, a redução para automóveis e utilitários-esportivos (SUVs) subiu de 18,5% para 24,75% sobre as alíquotas praticadas antes da primeira redução, em 1.º de março. Esse segmento havia ficado de fora do segundo corte aplicado em 29 de abril para vários outros setores industriais.

No ano, a Fiat segue como líder absoluta do mercado, com 21,7% de participação nas vendas totais de automóveis e comerciais leves. Na sequência estão General Motors (14%), Volkswagen (12,2%), Toyota (10,5%) e Hyundai (10,2%). A picape Fiat Strada segue à frente na lista dos modelos mais vendidos do ano, com 61,9 mil unidades comercializadas.

A produção das montadoras deu sinais de reação no mês passado, quando 185,4 mil veículos foram fabricados no País na soma de todas as categorias: carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O resultado praticamente repete o volume de março (leve alta de 0,4%), apesar de abril ter sido um mês com três dias úteis a menos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a produção da indústria de veículos caiu 2,9%. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 10, pela Anfavea, a associação que representa as montadoras.

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, período no qual 681,6 mil veículos foram montados no Brasil, o setor segue no vermelho, com queda de 13,6% no comparativo com 2021. A diferença tem entre as explicações a falta de peças, principalmente componentes eletrônicos, que vem provocando paradas de produção em fábricas tanto de carros quanto de caminhões.

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Vendas

As vendas, de 147,2 mil unidades, também reagiram na margem durante o mês passado. Os emplacamentos, com leve alta de 0,3%, praticamente igualaram o resultado de março apesar do calendário comercialmente mais curto.

Ainda assim, a comercialização de veículos no Brasil segue abaixo de anos anteriores, com queda de 15,9% na comparação com abril de 2021.

No acumulado desde o primeiro dia de 2022, as vendas somaram 552,9 mil unidades, o que representa um recuo de 21,4% contra 2021 e o menor número em 16 anos.

Como reflexo dos sucessivos aumentos de preços, seguidos pela escalada dos juros cobrados nos financiamentos, as vendas seguem abaixo da limitada oferta de veículos, mesmo após o corte no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Exportações

Já do lado das exportações, o desempenho segue positivo. No mês passado, os embarques, que têm a Argentina como principal destino, subiram 32,3% ante igual período de 2021.

Na comparação com março, as exportações do mês passado - um total de 44,8 mil unidades - tiveram alta de 15,2%.

Com isso, as exportações chegam a 152,9 mil unidades no total desde o início do ano, 17,9% a mais do que nos quatro primeiros meses de 2021.

Emprego

O balanço da Anfavea mostra ainda que o emprego nas montadoras de veículos ficou estável em abril, quando apenas 24 postos de trabalho foram fechados no setor.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira, 3, que o processo de reindustrialização da economia brasileira será impulsionado porque o País é uma "democracia segura" para receber investimentos. A declaração foi feita por videoconferência durante a cerimônia, em Brasília, de posse da nova diretoria da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Segundo Guedes, o mundo passa agora por um processo de reconstrução das cadeias globais de produção e o Brasil se beneficiará desse processo garantindo segurança energética e alimentar para o mundo.

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"A ruptura das cadeias globais começou com a guerra comercial entre China e Estados Unidos. A pandemia acelerou isso e a guerra na Rússia também aprofundou o problema. O jogo agora é a reconfiguração das cadeias produtivas globais. Somos uma democracia segura para receber investimentos", disse.

O ministro da Economia afirmou que o processo de desindustrialização no Brasil nas últimas três décadas decorreu do encarecimento do dólar, dos juros altos, da complexidade tributária e da inflação descontrolada.

"Tudo o que fazemos é na direção inversa. Reduzimos impostos e propusemos ao Congresso a redução do Imposto de Renda para as empresas. Temos um Banco Central independente e vamos lutar para recuperar a economia", disse.

O ano da maior crise de oferta na história da indústria automotiva terminou com o terceiro pior resultado de produção desde 2004. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 2,25 milhões de unidades foram montadas em 2021, o que representa um crescimento de 11,6%, mas sobre uma base de comparação fraca, já que no ano anterior a chegada da pandemia parou completamente a produção no mês de abril.

Divulgado nesta sexta-feira pela Anfavea, a entidade que representa a indústria de veículos, o número inclui 210,9 mil unidades produzidas em dezembro, mês em que as montadoras correram para finalizar automóveis cuja produção não seria mais permitida neste ano por conta do aperto nos limites de poluição veicular aceitos no País. O Ibama, no entanto, acabou dando mais três meses para a indústria terminar de montar esses veículos, mas a autorização só foi conhecida no apagar das luzes de 2021.

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Assim, dezembro foi o melhor resultado do ano, ficando 0,8% acima da produção registrada no mesmo mês de 2020. Contra novembro, a alta foi de 2,5%.

Mesmo com a puxada na reta final, o resultado da indústria automotiva em 2021 é um dos três mais baixos dos últimos 17 anos, superando neste período apenas 2020, por conta do choque da pandemia, e 2016, ano em que o setor chegou a seu ponto mais baixo na prolongada recessão econômica doméstica da época.

Comprometida por gargalos de logística - como falta de navios e contêineres -, inflação das matérias-primas e, principalmente, escassez de materiais, sobretudo os componentes eletrônicos, a produção, mesmo com o retorno dos consumidores, seguiu distante dos níveis de antes da crise sanitária, quando as montadoras, mesmo sem repetir seus melhores momentos, fabricavam 700 mil veículos a mais.

Com falta de carros no mercado, as vendas de veículos subiram apenas 3% em 2021 na soma de todas as categorias. Impulsionada pelas encomendas do agronegócio, a venda de caminhões avançou 43,5%. Mas os emplacamentos de carros de passeio e utilitários leves, cujas fábricas tiveram que parar a produção com frequência pela insuficiência de chips no mundo, teve tímida alta de 1,1%, mesmo diante da fraca base comparativa de 2020.

Houve, por outro lado, mais veículos destinados a exportações, que subiram 16% contra o ano anterior e alcançaram 376,4 mil unidades em 2021.

Vendas

Embora tenha ficado atrás de qualquer resultado do mês nos cinco anos anteriores, dezembro de 2021 representou um desfecho positivo do mercado automotivo dentro de um ano marcado, conforme definição do próprio setor, pela maior crise de abastecimento da história da indústria automotiva.

Pela primeira vez nos doze meses de 2021, as vendas passaram dos 200 mil veículos - 207,1 mil unidades, precisamente -, batendo em 19,7% o total vendido em novembro. Na comparação com dezembro de 2020, houve queda de 15,1% nas vendas de automóveis, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Destinada, principalmente, à Argentina, a exportação das montadoras fechou o ano com crescimento nas duas comparações, subindo 48,4% contra novembro e 8,3% frente a dezembro. No total, 41,6 mil veículos foram embarcados no mês passado.

Desemprego

Há sinais, porém, de que as dificuldades de produção começam a afetar o emprego no setor. O balanço da Anfavea mostra que as montadoras de veículos fecharam 1,5 mil vagas de trabalho em dezembro, empregando no fim do mês 101 mil pessoas, saldo que era até então positivo no ano.

Como acontece há um ano no balanço, em razão do desligamento da John Deere da entidade, segue suspensa a divulgação dos resultados de fabricantes de tratores e máquinas de construção, também sócios da Anfavea.

O aumento da produção permitiu uma melhora dos estoques na indústria de veículos, que fechou o mês passado com 103,8 mil unidades nos pátios de montadoras e concessionárias, um volume suficiente para 18 dias de venda. No fim de outubro, os estoques, de 93,5 mil veículos, cobriam 16 dias.

Durante a apresentação do dado, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, a associação que representa o setor, disse que, apesar das dificuldades relacionadas à falta de componentes e gargalos logísticos, as montadoras conseguiram completar veículos que estavam parados nos pátios.

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"Até que foi um bom mês", comentou o executivo, ao falar da produção de 206 mil veículos do mês passado, a maior do ano.

Moraes acrescentou que parte do aumento da produção reforçou os estoques, mas esta é uma situação temporária. Dado o quadro de aperto na oferta, "provavelmente" os veículos já foram liberados para as concessionárias e clientes, observou o executivo.

Comprometida pela falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem, a produção de veículos - um total de 163,6 mil unidades no mês passado - caiu 2% em julho na comparação com junho. Divulgado hoje pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras, o resultado engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Foi o julho mais baixo na produção de veículos em 18 anos. Desde o início da pandemia, em meses consecutivos, a produção do mês passado só fica acima dos volumes fabricados entre abril e junho do ano passado, quando a chegada da covid-19 chegou a parar toda a indústria automotiva.

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Frente a julho de 2020, houve queda de 4,2% na produção total, na soma de todas as categorias. Com isso, os sete primeiros meses do ano, quando foram fabricados 1,31 milhão de unidades, terminaram com crescimento de 45,8% frente ao acumulado em igual período do ano passado.

A falta de peças, mais grave nos componentes eletrônicos, dada a escassez global de chips, voltou a forçar montadoras a suspender a produção no mês passado. Neste momento, as paradas continuam em fábricas da Renault e da General Motors (GM), assim como, parcialmente, em linhas da Fiat e da Volkswagen.

Como consequência, faltam modelos nas concessionárias. Embora exista procura de consumidores, as vendas de veículos caíram 3,8% de junho para julho em função de limitação na oferta.

No total, 175,5 mil unidades foram vendidas em julho, volume que praticamente repete, com leve alta de 0,6%, a quantidade do mesmo mês do ano passado, quando o mercado ainda sofria o impacto da chegada da pandemia. De janeiro a julho, o volume vendido (1,25 milhão de veículos) foi 27,1% superior ao acumulado nos sete primeiros meses de 2020.

Do lado das exportações, que têm a Argentina como principal destino, o balanço também é negativo no mês, com queda de 29,1% na comparação com junho e de 18,4% na variação interanual. As montadoras embarcaram 23,8 mil veículos no mês passado, levando o total acumulado desde janeiro para 223,9 mil unidades: crescimento de 50,7%.

O balanço da Anfavea mostra ainda que a indústria de veículos abriu oito vagas de trabalho em julho - ou seja, estabilidade na ocupação -, fechando o mês com 102,7 mil pessoas empregadas.

A exemplo do que acontece desde o balanço relativo a janeiro passado, a Anfavea segue sem divulgar os números dos fabricantes de tratores e máquinas de construção, também sócios da entidade. O motivo: revisão de toda a série estatística após o desligamento da John Deere da associação.

Com 166,9 mil unidades fabricadas, a produção de veículos registrou queda de 13,4% na passagem de maio para junho, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (7), pela Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no País. Em meio à falta de peças, agravada pela indisponibilidade de componentes eletrônicos, a produção de junho foi a menor em 12 meses.

Frente a junho do ano passado, quando a indústria ainda sentia o choque dos primeiros meses de pandemia no Brasil, a produção subiu 69,6%. Os números englobam carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

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As montadoras fecharam o primeiro semestre com 1,15 milhão de veículos montados, uma alta de 57,5% na comparação com os seis primeiros meses de 2020.

Em razão da escassez global de semicondutores, que compromete o fornecimento de módulos eletrônicos, metade das fábricas de automóveis parou parte ou toda a produção em junho por períodos que vão de dias ao mês completo.

Com alguns modelos em falta nas concessionárias, as vendas de veículos caíram 3,3% em junho, se comparadas a maio. Frente a junho do ano passado, um dos piores momentos nos últimos anos da indústria automotiva, as vendas tiveram alta de 37,4%, o que levou para 32,8% o crescimento no primeiro semestre, quando as revendas entregaram um total de 1,07 milhão de unidades.

O balanço da Anfavea mostra ainda que as exportações, um total de 33,5 mil veículos, caíram 9,4% frente a maio, porém subiram 72,6% comparativamente a junho de 2020. Nos seis primeiros meses do ano, 200,1 mil veículos, uma alta de 67,5%, foram embarcados ao exterior, tendo a Argentina como principal destino.

Em junho, as montadoras fecharam 1,35 mil vagas de trabalho, encerrando o mês com 102,7 mil pessoas ocupadas. A exemplo do que acontece desde o balanço relativo a janeiro, a Anfavea segue sem divulgar os números dos fabricantes de tratores e máquinas de construção, também sócios da entidade, em virtude da atualização estatística que vem sendo feita desde o desligamento da John Deere da associação.

Com 192,8 mil veículos, a produção da indústria automotiva teve tímido crescimento de 1% em maio frente a abril, informou nesta terça-feira (8) a Anfavea, associação que representa as montadoras, em número que engloba carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

A atividade vem sendo comprometida por falta de componentes, sobretudo eletrônicos, e pressão de custo pelo aumento no preço de insumos como o aço.

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Frente a maio de 2020, o crescimento foi de 347,6%, porém a comparação aqui é contra um período em que as montadoras ainda estavam religando as máquinas depois da paralisação completa na chegada da pandemia ao País, com as concessionárias também fechadas por conta do risco de contaminação.

Após recomporem minimamente os estoques de materiais nas semanas paradas pela segunda onda da pandemia entre fim de março e começo de abril, a indústria funcionou com menos interrupções de linha no mês passado. O alívio na crise de abastecimento foi, no entanto, apenas momentâneo, já que diversas montadoras estão voltando a parar porque não há componentes eletrônicos suficientes à produção de automóveis.

Agora, a indústria automotiva acumula alta de 55,6% na produção do ano, com 981,5 mil unidades montadas entre janeiro e maio.

Vendas

As vendas no País, um total de 188,7 mil veículos, subiram 7,7% frente a abril, enquanto as exportações avançaram 9,1%, chegando a 37 mil unidades. No comparativo com maio, quando o mercado foi parado pela crise sanitária, o crescimento foi de 203,4% nas vendas e de 855,4% nos embarques, que têm a Argentina como principal destino.

De janeiro a maio, as vendas acumularam alta de 31,9%, num total de 891,7 mil veículos. Na mesma base de comparação, as exportações, de 166,6 mil unidades nos cinco primeiros meses do ano, tiveram alta de 66,5%.

Emprego

O balanço da Anfavea mostra ainda que as montadoras fecharam 605 vagas de trabalho no mês passado. O setor emprega agora 104,1 mil pessoas.

Tratores e máquinas

A entidade segue sem divulgar os resultados dos fabricantes de tratores e máquinas de construção, também associados à Anfavea, porque está revisando toda a série estatística do setor em função do desligamento da John Deere da associação.

O mercado automotivo encerrou 2020 amargando o maior tombo em cinco anos. Porém, com o pico em 12 meses apresentado em dezembro, as vendas de veículos novos no País acabaram sendo melhores do que o volume previsto pelas montadoras.

Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, o total emplacado no ano passado foi de 2,06 milhões de unidades, 26,2% abaixo das vendas de 2019. Trata-se de um recuo não observado desde 2015, quando a queda do setor, em meio à recessão brasileira, chegou a 26,6%.

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A Anfavea, entidade que representa os fabricantes, tinha, contudo, uma previsão pior, com o mercado fechando o ano em 1,92 milhão de unidades, o que seria uma queda de 31%.

O resultado final de 2020 teve a contribuição positiva de dezembro, mês em que as concessionárias entregaram 244 mil veículos, o melhor resultado nos 12 meses do ano passado. Na comparação com novembro, que era o recorde do ano, as vendas subiram 8,4%. Apesar disso, o consumo continuou abaixo dos números do ano anterior: queda de 7,1% em relação aos emplacamentos de dezembro de 2019.

Na reta final do ano, a falta de peças limitou a produção, que já tinha como entrave os protocolos de prevenção à covid-19, que obrigam as fábricas a operar com menos operários simultaneamente. Com isso, a indústria não consegue acelerar o ritmo para atender plenamente a fila de espera que se formou, sobretudo, entre clientes de frotas, como as locadoras.

Na sexta-feira, 8, a Anfavea vai divulgar suas previsões para 2021. Prognósticos divulgados individualmente por montadoras apontam um mercado de não mais do que 2,5 milhões de veículos. A expectativa no setor é de que os volumes de 2019 - antes, portanto, da pandemia - só sejam repetidos em 2023.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o maior volume mensal em dez meses, a produção das montadoras subiu 4,4% na passagem de agosto para setembro. No mês passado, 220,2 mil unidades - entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus - saíram das linhas de montagem, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira (7) pela Anfavea, a entidade que representa a indústria nacional de veículos.

O resultado confirma a recuperação da produção após o choque da pandemia, mas ainda em ritmo abaixo do ano passado. Na comparação com setembro de 2019, a produção de veículos caiu 11%. Ainda assim, desde novembro do ano passado, quando as montadoras produziram 227,5 mil unidades, a fabricação de veículos não alcançava patamar tão alto, o que, contudo, segue longe de reverter a queda no ano. De janeiro a setembro, a produção de 1,33 milhão de veículos significou um recuo de 41,1% em comparação com os nove primeiros meses de 2019.

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Desagregando os números por segmento, a produção de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, subiu 3,4% na comparação de setembro com agosto, chegando a 208,8 mil unidades no mês passado. Frente a setembro de 2019, houve queda de 11% no segmento.

A produção de caminhões, de 9,4 mil unidades no mês passado, subiu 28,9% no comparativo com agosto e caiu 9,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Completa a estatística a produção de 1,96 mil ônibus, o que representa um aumento de 14,3% em relação ao número de agosto. Na comparação com setembro de 2019, a produção de coletivos caiu 18,8%.

Vendas

As vendas de veículos novos no País tiveram no mês passado o melhor volume do ano, com 207,7 mil unidades licenciadas, uma alta de 13,3% sobre agosto. Desde fevereiro, quando as vendas somaram 201 mil unidades, até então o maior volume do ano, o mercado não passava dos 200 mil veículos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Mesmo assim, o mercado segue abaixo do padrão de antes da crise. Na comparação com setembro de 2019, as vendas recuaram 11,6%. Já no acumulado de janeiro a setembro, a queda foi de 32,3%, com 1,37 milhão de veículos vendidos nos nove meses, segundo a Anfavea.

No segmento de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, as vendas do mês passado subiram 14,6% em relação a agosto e caíram 11,1% na comparação com setembro de 2019. No total, 199,2 mil carros saíram das concessionárias no mês passado.

As vendas de caminhões somaram 7,3 mil unidades no mês passado, com queda de 9,5% na comparação com agosto e de 19,6% em relação a setembro de 2019. Os emplacamentos de ônibus, de 1,2 mil unidades no mês passado, recuaram 17,6 % frente a agosto e 29% no comparativo anual.

Exportações

As montadoras exportaram 30,5 mil veículos no mês passado, um volume 16,7% inferior aos embarques registrados no mesmo período de 2019. Em relação a agosto, as exportações de veículos, que têm a Argentina como principal destino, avançaram 8,5%, conforme mostra o balanço divulgado nesta quarta pela Anfavea.

De janeiro a setembro, as montadoras embarcaram a mercados internacionais 207,3 mil veículos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O total é 38,6% menor do que o dos nove primeiros meses do ano passado.

Durante setembro, a indústria faturou US$ 693,2 milhões com exportações, em cifra que também inclui os embarques de peças, motores e veículos desmontados, além das vendas internacionais das fábricas de tratores agrícolas, também associadas à Anfavea.

O montante ficou 14,1% abaixo do registrado em setembro do ano passado, mas supera em 3,8% o faturamento obtido com vendas a mercados internacionais em agosto.

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, as exportações das montadoras alcançaram US$ 5 bilhões, com queda de 34% na comparação com igual período de 2019.

A indústria automobilística eliminou 663 postos de trabalho no mês passado, segundo balanço da Anfavea, a entidade que representa o setor. Agosto terminou com as montadoras ocupando 121,9 mil trabalhadores, 0,5% a menos do que no fim de julho.

O setor segue, assim, empregando menos gente do que um ano atrás.

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Em agosto de 2019, 128,2 pessoas trabalhavam em fábricas de veículos e de máquinas autopropulsadas, como tratores agrícolas e equipamentos de construção.

A produção de veículos recuou 1,6% em novembro, em comparação ao mesmo mês de 2017, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta quinta-feira (6).

Ao todo, 245.126 automóveis, ônibus, caminhões e comerciais leves foram produzidos em novembro pela indústria, já no mesmo mês do ano passado a fabricação foi de 249.075 unidades.

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Apesar disso, na comparação com outubro, mês que a produção chegou a 263.186 veículos, a queda foi muito maior, de 6,9%. Por outro lado, em novembro a venda de veículos novos aumentou 13,1%.

No acumulado entre janeiro e novembro, a indústria atingiu a produção de 2.703.379 unidades, o equivalente a um crescimento de 8,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A paralisação dos caminhoneiros afeta também o mercado automobilístico. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) informou que, a partir desta quinta-feira (25), todas as linhas de produção instaladas no Brasil estão paradas.

A indústria automobilística gera de impostos mais de R$ 250 milhões por dia e, por isso, a paralisação terá forte impacto na arrecadação do país.

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“A greve dos caminhoneiros afetará significativamente nossos resultados, tanto para as vendas quanto para a fabricação e exportação”, diz a Anfavea em nota divulgada à imprensa.

Segundo a associação, a média diária de produção foi de 12,6 mil unidades. A maioria das montadoras já está sem produzir e outras estão com os pátios lotados, sem o transporte das cegonhas, e não há como estocar veículos.

Dispostas a mostrar ao mundo que o Brasil tem uma solução viável no curto prazo até que a eletrificação dos automóveis seja adotada em grande escala, montadoras locais farão novos testes com o uso do etanol como gerador de energia das baterias de modelos híbridos ou a célula a combustível.

No dia 19, a Toyota iniciará viagem de São Paulo a Brasília com um Prius híbrido usando etanol no lugar da gasolina, que é o combustível da versão original importada do Japão. O protótipo foi desenvolvido por engenheiros da empresa no País, que acompanharão o trajeto de mil quilômetros do teste.

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No segundo semestre, a Nissan trará de volta ao Brasil o utilitário-esportivo NV200 para nova etapa de testes. No inédito modelo, a célula combustível usa etanol misturado à água como gerador da eletricidade e rodou exclusivamente por ruas e estradas do País no ano passado. "Ele foi enviado à matriz com os resultados da avaliação e sugestões de ajustes necessários e agora vai retornar para nova fase de testes", informa o presidente da Nissan, Marco Silva.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, defende o etanol e o biodiesel como solução mais eficiente e mais barata para o curto e médio prazos.

"No futuro, toda a propulsão será elétrica, mas precisamos avaliar como levar isso para dentro dos veículos", diz o executivo, que ontem participou, em São Paulo, de evento promovido pela agência Autodata para discutir as tendências para o setor automotivo.

Megale criticou a demora do governo brasileiro em aprovar o novo regime automotivo, chamado de Rota 2030, que inclui incentivos à pesquisa e desenvolvimento e, paralelamente, redução de impostos para carros elétricos e híbridos.

Opção

"Se temos essa opção (de usar o etanol) é impensável que o governo não tenha essa possibilidade como prioridade", diz Megale. "É um potencial que outras regiões do mundo não têm", diz Megale.

Tanto o Rota 2030 quanto uma medida provisória com redução do IPI para esses veículos são promessas feitas no ano passado e ainda não cumpridas pelo governo. Na semana passada, integrantes do Planalto afirmaram que não há prazo para a adoção desses programas em razão de desavenças entre os Ministérios da Fazenda (contrário a incentivos) e o da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), que é favorável.

O presidente da Bosch no Brasil, Besaliel Botelho, ressalta que a empresa é muito ativa na Europa no desenvolvimento de tecnologias para os carros elétricos, mas afirma que iniciativas no País só serão avaliadas quando houver demanda.

"Criamos várias tecnologias com o uso do etanol, como a injeção eletrônica e o próprio motor flex", lembra ele, para quem o Brasil pode ser um dos protagonistas globais no uso do combustível da cana em carros híbridos e a célula de combustível. Diz que, com a Argentina e demais países da América do Sul, a região teria "massa crítica" (produção) para fazer frente às novas tecnologias com soluções próprias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mercado de carros novos deu sinais de reação em março e deve fechar o mês com vendas acima de 180 mil unidades, segundo previsão de executivos do setor automobilístico. Será a primeira vez. Será a primeira vez em 26 meses que as vendas vão superar o volume mensal no comparativo anual. A última vez que isso ocorreu foi em dezembro de 2014, o último mês em que as vendas superaram 300 mil unidades.

Até quinta-feira (30), faltando portanto os dados de sexta (31), foram licenciados 174,9 mil veículos, segundo dados preliminares do mercado. Do total, 170,2 mil unidades são automóveis e comerciais leves.

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Como a média diária de vendas está pouco acima de 8 mil unidades, o setor deve encerrar março com vendas superiores a 183 mil veículos, ante 179,2 mil no mesmo mês do ano passado.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera pelo início da recuperação desde janeiro, mas até agora suas expectativas vinham sendo frustradas.

A entidade trabalha com projeção de alta de 4% nos negócios este ano, para 2,13 milhões de veículos, ante 2,05 milhões no ano passado. O setor vem de quatro anos seguidos de recuo nas vendas, depois de ter atingido 3,8 milhões de unidades em 2012.

Férias.Mesmo com sinais de possível melhora nas vendas, as montadoras adotam medidas de corte na produção. Na quinta-feira, a Volkswagen anunciou que vai suspender toda a produção da fábrica de Taubaté (SP) por dez dias, a partir de 28 de abril.

Para reduzir estoques, a marca alemã dará férias coletivas aos 3,6 mil trabalhadores da produção dos modelos Gol, up! e Voyage. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos local, a maioria dos funcionários retornará entre 28 de abril e 2 de maio. Um grupo de 260 empregados ficará em casa por 20 dias. Em nota, a Volkswagen afirmou que "tem feito uso de ferramentas de flexibilização para adequar o volume de produção à demanda do mercado".

Caminhões. A operação de caminhões e ônibus da Volkswagen no Brasil, controlada pela MAN Latin America, fechou nesta semana contrato de exportação de 304 veículos para o México, sendo 150 caminhões 154 ônibus.

Segundo o presidente da MAN, Roberto Cortes, o negócio faz parte de um esforço para ampliar a participação das exportações nos negócios, em uma tentativa de driblar a baixa demanda no Brasil. As vendas de caminhões e ônibus caíram 30,5% em 2016 ante 2015, e acumulam recuo de 33% no primeiro bimestre deste ano.

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