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O Governo de Pernambuco, através do Procon-PE, realizou uma estudo após a constatação do aumento no preço dos produtos no estado. O objetivo foi criar uma pesquisa de cesta básica mais ampla, que servisse também de um grande manual de compras do consumidor.

Entre os destaques da pesquisa está a variação do preço mais alto em comparação ao menor preço dos itens de higiene pessoal. A unidade do sabonete de 90/100 gramas ficou na primeira posição, com uma variação de 688,14%.  Seguido dele vem o pacote com oito unidades de absorvente (524,11%), escova dental de cerdas médias (368,72%), creme dental de 90 gramas (363, 57%) e papel higiênico com quatro unidades de 30 metros (348,43%). Mesmo o produto com menor variação, o saco de lixo de 60 litros, possui uma diferença de 20,31%, considerado alto.

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Os fiscais do Procon-PE fiscalizaram 195 produtos em sete estabelecimentos, entre atacadistas e varejistas, nos municípios de Recife e Olinda no mês de março. A constatação final foi de que o consumidor precisa ficar atento a certas manobras, como produtos em promoção com data de validade próxima ou diferença no preço de produtos da mesma marca mas com embalagens diferentes. 

O gerente de fiscalização do Procon-PE, Flávio Sotero, percebe que o alto custo tem modificado o perfil de consumidor dos pernambucanos. “A gente tem percebido um movimento migratório. Esses atacarejos, atacados que vendem para o consumidor comum, têm uma população que não frequentava esses locais, como a classe média. Também tem um movimento reverso dos grandes varejistas, de colocar produtos antes apresentados apenas nos atacadistas, com quantidade maior e litragens maiores”, destaca Sotero.

Algumas conclusões e recomendações dadas após a pesquisa do Procon-PE:

1- O consumidor ainda precisa pesquisar mais. A variação dos preços dos produtos mostra que isso pode pesar no final;

2- Ficar atento aos tipos de embalagens.  Produtos da mesma marca podem se apresentar em embalagens diferentes (caixa, lata), com pesos semelhantes, mas preços muito distintos;

3- Muitas redes varejistas possuem produtos de marca própria, que, na verdade, são fabricados por indústrias de outras marcas. Apesar da fama de serem mais baratos, o produto de marca própria nem sempre custa menos;

4- A lei federal 10.962/2004 determina que a afixação de preços de produtos mostre um valor referencial, baseado em uma medida como um quilo daquele mesmo produto. Nem todas as redes cumprem essa medida e o próprio Procon-PE deve convocá-las para fazer a cobrança. O valor referencial facilita a comparação de preços de itens de marcas diferentes com pesos também distintos;

5- Comprar no atacado nem sempre é mais barato, também valendo fazer a pesquisa;

6- Estímulo ao produto pernambucano. O Procon-PE verificou que nem todos os produtos do estado são mais baratos, mas recomenda os regionais para fortalecer e incentivar as empresas;

7- Programas de fidelidade podem gerar economia;

8- Vale a pena ficar de olho em promoções, mas também é preciso atentar para a validade dos produtos oferecidos. Se faltar 30 dias ou menos para um insumo em promoção sair da validade, esta informação deve estar visível junto com  o aviso promocional;

9- Se houver diferenciação do preço na etiqueta, promoção, gôndola e caixa, o consumidor tem o direito de pagar o menor valor.

O governo irá estudar a periodicidade do estudo. Todos os valores deverão ser divulgados em breve no site do Procon-PE ou da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco. 

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) não deve ter grandes elevações nos próximos meses, em um cenário em que os movimentos de alta de alguns itens são contrabalançados pelo de baixa de outros, sem grandes pressões inflacionárias, afirmou nesta sexta-feira (5) o superintendente adjunto de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Em agosto, houve elevação de 0,04%, após queda de 1,01% no mês anterior.

Os insumos industriais, por exemplo, puxam o índice para baixo. Os materiais para manufatura tiveram deflação de 0,37% em agosto. "São produtos que não têm espaço para aumentos, uma vez que a indústria brasileira está em marcha lenta e a demanda mundial por insumos está em banho-maria", afirmou Quadros.

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Apesar de já estar num nível baixo, o preço da soja no atacado deve se manter estável, sem expectativa de grandes aumentos dos preços nos próximos meses, segundo Quadros. "O preço já chegou a um nível muito baixo por uma sucessão de fatos positivos para a produção, mas não se espera uma subida nos próximos meses".

Um dos indicativos de que o preço está baixo, diz, é que começa a ter uma preocupação dos produtores em relação a safra seguinte, que será plantada neste mês e no seguinte, com colheita a partir de fevereiro. Em agosto, a soja ficou 0,26% mais cara no atacado, após queda de 5,60% no mês anterior. No caso do milho, outro importante item agrícola, houve deflação de 1,76% no mês passado e de 10,05% em julho.

Já os bovinos tiveram elevação de 1,46% em agosto, após ficarem 0,54% mais baratos em julho. O aumento é resultado do período de entressafra em agosto e setembro, com o gado engordando menos no período. Há ainda uma expectativa de mais subida nos preços diante da notícia de que a Rússia pode passar a demandar mais matéria-prima brasileira, em resposta aos embargos impostos por países da União Europeia e Estados Unidos.

As quedas ininterruptas nos preços de produtos no atacado desafiam estimativas de analistas e traçam um cenário mais benigno para a inflação ao consumidor. Os Índices Gerais de Preços apurados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) caminham para a quarta deflação consecutiva em agosto, embora a previsão seja de que a sequência de resultados negativos tenha fim no próximo mês.

"Essa sequência entra para o histórico do índice, já que não temos uma realidade deflacionária", afirma o superintendente adjunto de inflação da FGV, Salomão Quadros. A última vez em que os IGPs medidos pela instituição tiveram uma deflação continuada foi em 2009, na esteira da crise financeira mundial detonada no ano anterior.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também apura deflação no atacado. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços dos bens da indústria de transformação na porta de fábrica, recua há quatro meses seguidos. "Desde fevereiro, os produtos ficaram 1,01% mais baratos", conta Alexandre Brandão, gerente do IPP.

Os dois setores que registraram maior corte nos preços foram produtos de fumo e de madeira, influenciados pelo câmbio. Segundo o IBGE, de fevereiro a junho, o real teve uma valorização de 6,21% em relação ao dólar. "Quando isso acontece, tem uma influência, os preços caem", explica Brandão.

Mas os segmentos que mais contribuíram para a deflação na indústria de transformação nos últimos meses foram produtos químicos, derivados de petróleo e alimentos, com as boas notícias da safra e da redução da nafta no mercado mundial.

A inflação acumulada em 12 meses pelo IPP diminuiu de 8,24% em fevereiro para 5,04% em junho, último número divulgado. Ao mesmo tempo, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), índice usado para reajustes no aluguel, saiu de um pico de 7,98% em abril deste ano para 5,32% em julho.

Nos índices de inflação apurados pela FGV, a queda nos preços, concentrada principalmente em alimentos como soja, milho, trigo e seus derivados, tem renovado o fôlego no atacado. A tendência é importante para o indicador, pois os preços entre os produtores respondem por 60% do resultado.

O economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), calcula que a queda de preços dos produtos no atacado leve três meses para chegar ao varejo e aí sim ter impacto sobre o bolso do consumidor. "Então tem mais redução de preços ao consumidor aí pela frente, o segundo semestre vai ser bom no sentido de inflação mais controlada", avalia.

A CNC prevê que a inflação no varejo diminuirá de 7,3% em 2013 para 5,9% este ano. "Quando a gente faz a previsão, levamos em consideração duas variáveis, o IPP e o câmbio. Nos dois casos, o cenário para frente é benigno", explicou o economista da CNC. "É uma previsão até um pouco conservadora, pode ser que diminua mais." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal publicou nesta quarta-feira, 30, no Diário Oficial da União (DOU) uma tabela de tributos sobre os fabricantes de bebidas frias diferente daquela anunciada anteontem à noite pela Receita Federal. Segundo uma fonte graduada do setor afirmou ao Estado, a tabela efetiva contém tarifas 10% maiores, em média. De acordo com cálculos feitos por empresas da área, como Ambev, Heineken, Coca-Cola entre outros, os preços no atacado devem aumentar "pelo menos 5%", e não 1,3%, como disse anteontem o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto. Para o consumidor, é possível que o aumento seja ainda maior, porque o varejo também pode repassar os custos mais elevados.

"Ninguém foi consultado previamente, o anúncio ontem pegou todos de surpresa. O setor recebeu como uma hecatombe", afirmou a fonte do setor, envolvida nas reuniões para formulação da estratégia que será tocada, a partir de agora, para "evitar, a qualquer custo, que esse aumento de tributo comece". O texto publicado no DOU determina que o aumento entre em vigor no dia 1º de junho, menos de duas semanas antes do início da Copa do Mundo no País.

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Trata-se do segundo aumento de tributos sobre os fabricantes de bebidas frias em 30 dias. Isto porque, no dia 1º de abril, a antiga tabela de preços sobre os produtos e embalagens foi reajustada em 4% pela Receita. Agora, o governo baixou uma nova tabela. "Aquele aumento de 4% foi trabalhado, conseguimos encaixá-lo na estrutura de custos. Agora não, o aumento foi inaceitável", disse a fonte, que criticou as escolhas do governo. "Bilhões são gastos em renúncia fiscal para setores que estão sempre em dificuldades, enquanto o nosso permanece sem auxílio, ao contrário."

Anúncio - O reajuste foi anunciado de surpresa, pela Receita, no início da noite de terça-feira. O objetivo do governo é levantar recursos para contrabalançar as despesas crescentes do setor elétrico, que vive uma crise provocada pela estiagem e devido às medidas tomadas pelo governo para obter um desconto na conta de luz. A situação foi agravada com o desempenho aquém do desejado da arrecadação de impostos no primeiro trimestre do ano, que coloca em dúvida o cumprimento da meta fiscal de 2014.

O setor atacadista brasileiro está dividido. Na segunda-feira, 28, durante o encontro anual da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), que reuniu representantes de empresas e associações em São Paulo, um tema foi tratado com cautela entre os empresários: a criação de uma entidade, liderada por executivos dos chamados 'atacarejos', que vendem também para o consumidor final e alegam não ser representados pela associação nacional, cujos principais membros são os atacadistas tradicionais.

O impasse começou no fim do ano passado quando a nova gestão da Abad, presidida por José do Egito Frota Lopes Filho, diretor comercial da Jotujé Distribuidora, levantou como uma de suas bandeiras a questão tributária. Uma das propostas é tornar obrigatória a identificação do comprador do atacarejo, com a inclusão do CPF dele na nota fiscal. Hoje, estabelecimentos desse tipo, como o Atacadão, do grupo Carrefour, ou Assaí, do Grupo Pão de Açúcar, vendem tanto para empresas quanto para o consumidor final e, nesse último caso, a identificação não é obrigatória. Já nos atacados tradicionais a venda só pode ser feita com a informação do CNPJ da empresa.

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"O atacarejo não está errado. Eles fazem tudo conforme a lei, mas o microempresário, que está inserido no Simples, pode se aproveitar dessa diferença de modelos para não ser tributado", diz José do Egito. O que ele quer dizer é o seguinte: para ser inserida no Simples - e assim pagar menos imposto - a empresa tem de faturar no máximo R$ 3,6 milhões por ano. Quando o dono do mercadinho ou do restaurante supera o limite de compras do mês no atacado tradicional, ele tem a opção de comprar no atacarejo emitindo apenas cupom fiscal. "Sem a exigência do CPF no cupom fiscal, a Receita Federal não consegue identificar essa compra."

O tema gerou polêmica no setor. Em entrevista à revista Distribuição, no mês passado, o empresário Luiz Antônio Tonin, do Grupo Tonin - dono de sete atacarejos, quatro supermercados e um atacado distribuidor - disse que considera a medida um erro. "Uma pessoa pode comprar com o CPF de outra, por exemplo", afirmou. "Seria mais um encargo em cima do atacadista e do varejista, sendo que as secretarias da fazenda já têm instrumentos suficientes de controle de arrecadação."

Com 20 lojas em São Paulo, o Tenda Atacado também se posicionou contra a proposta. O presidente do grupo, Carlos Eduardo Severini, afirmou, na mesma ocasião, que essa é uma "medida retrógrada" que, se aprovada, vai dificultar compras simples.

Para que essa mudança passe a vigorar no País, o setor atacadista teria de convencer as secretarias de fazenda estaduais de que ela vale a pena. Hoje, apenas dois Estados exigem a identificação de CPF e CNPJ na nota fiscal: no Rio Grande do Sul, desde 2012, e em Sergipe, desde julho de 2013.

Associação

O debate acabou motivando um grupo de atacarejos a articular a criação de uma entidade, que ainda está em fase de gestação. À frente desse movimento estão o presidente do Roldão Atacadista, Ricardo Roldão, o presidente do Atacadão Roberto Mussnich e o presidente do Spani Atacadista, Cleber Gomez. Nenhum deles concedeu entrevista, mas suas assessorias de imprensa confirmaram as conversas para a criação da Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço (Abaas).

Na Abad, ontem, o assunto causou certo constrangimento. "Não fomos informados sobre uma nova associação", disse José do Egito. "O clima é de conciliação."

Ele e outros atacadistas preferiram concentrar o debate em um pleito que é mais consensual no setor e que está mais perto de se concretizar, que é o aumento do teto de faturamento para que micro e pequenas empresas sejam enquadradas no Simples. A proposta do setor é de que esse limite passe de R$ 3,6 milhões ao ano para R$ 6 milhões. Em outubro do ano passado, uma frente parlamentar foi criada para tratar dos assuntos de interesse do setor em Brasília.

O teto proposto pelos atacadistas está longe de ser aprovado, mas hoje será votado no plenário da Câmara dos Deputados um projeto de lei que eleva de R$ 3,6 milhões para R$ 4,3 milhões o limite para adesão ao programa. "Já será um avanço para esse segmento", diz o deputado Antonio Balhmann, que preside a frente parlamentar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A piora do Índice de Confiança do Comércio (Icom) foi determinada pela avaliação menos favorável das empresas dos setores atacadista e automobilístico. O Icom caiu 3,1% no trimestre findo em abril contra igual período de 2013, informou, nesta segunda-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Nos três meses até março, a queda havia sido de 2,1%.

No atacado, segmento que responde por quase um terço do total de empresas representado no indicador, a piora foi trazida pela queda de 3,3% na confiança no trimestre encerrado em abril (contra igual período do ano passado). Em março, a variação havia sido de 0,5%, na mesma base.

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No varejo restrito, a evolução da confiança foi "favorável", segundo a FGV. A taxa passou de -0,9% no trimestre até março para -0,6% até abril, na comparação com igual período de 2013.

No varejo ampliado, houve leve deterioração, com queda de 2,8% no Icom do trimestre até abril, em relação a igual período de 2013. No mês anterior, o recuo foi de 2,7%, na mesma base de comparação. Apesar de a mudança ter sido pequena, o segmento de Veículos, Moto e Peças perdeu confiança pelo sexto mês consecutivo, ao passar de -9,9% no trimestre até março para -12,9% até abril - sempre na comparação com igual período de 2013.

Ainda no varejo ampliado, o segmento de Material para Construção ajudou a segurar um pouco o índice, já que a confiança registrou leve melhora. A queda de 3,6% no trimestre até abril foi menos intensa do que a queda de 4,9% nos primeiros três meses deste ano, sempre em relação a igual período do ano passado.

Os preços no atacado ganharam força em fevereiro e impulsionaram a taxa do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que registrou avanço de 0,85% no mês passado, contra 0,40% em janeiro. O resultado superou as expectativas do mercado.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) foi o único subíndice que acelerou na passagem do mês, marcando uma alta de 1,00% em fevereiro, após uma sucessão de desacelerações que havia resultado em elevação de 0,12% em janeiro. Nos bens finais, o destaque ficou com o subgrupo alimentos in natura, que subiram 7,03%, revertendo totalmente a queda de 2,99% de janeiro. Com isso, os bens finais subiram 1,11%, ante alta de 0,13% em janeiro.

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Os bens intermediários, que passaram a subir 1,17% em fevereiro, contra 0,78% no mês anterior, foram impulsionados pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura. A alta dessa classe ficou em 1,17%, contra elevação de 0,39% no primeiro mês do ano. As matérias-primas brutas também foram fonte de pressão, com alta de 0,68%, depois da queda de 0,68% em janeiro.

Os destaques ficaram com soja em grão (-8,41% para -1,84%), leite in natura (-6,58% para -0,57%), bovinos (1,32% para 2,28%), milho em grão (2,33% para 4,47%), laranja (7,08% para 10,05%) e café em grão (7,45% para 19,46%). Vale mencionar as desacelerações de minério de ferro (2,07% para -0,56%), mandioca (8,76% para -2,50%) e suínos (1,99% para -5,27%).

Os preços de pães, massas e biscoitos sobem no varejo do Brasil, ao contrário do que acontece no atacado, onde o trigo em grão cai há três meses consecutivos. Apesar de os preços da matéria-prima da farinha seguirem pressionados pela oferta superior à demanda, economistas consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, dizem que o consumidor ainda continuará a pagar caro pelos derivados do cereal.

O que limita o repasse da queda dos preços do grão para o varejo é a depreciação cambial. O dólar tem oscilado bastante desde o início de janeiro, mas em um ano acumula alta de mais de 20%. Além disso, há outros custos, como mão de obra, a considerar e a demanda por alimentos segue aquecida.

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Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que o preço do trigo no atacado cai, seguidamente, desde novembro, com quedas de 9,06% no penúltimo mês de 2013, 8,96% em dezembro e 2,85% em janeiro, no âmbito do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que mede boa parte da inflação ao produtor. No acumulado em 12 meses até janeiro, o trigo em grão acumula alta de apenas 1,07%.

O aumento de 1,07% do cereal no atacado destoa, significativamente, da alta de um dos derivados dos trigos mais consumidos no País: o pão francês. Só em janeiro, o pãozinho subiu 1,10% e acumula uma alta de 14,78% em 12 meses terminados em no mês passado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), o pão francês acumula uma alta ainda maior em 12 meses até janeiro, de 16,07%, de acordo com dados enviados pelo coordenador do indicador, o economista Paulo Picchetti.

Segundo o analista Étore Sanchez, da LCA Consultores, grande parte do encarecimento do pão francês no varejo está atrelada ao dólar, que segue com tendência de aceleração. Sanchez relembra que, quando o trigo começou a cair no mercado brasileiro, o câmbio passou a se depreciar mais. "Como o Brasil não é autossuficiente em trigo, tem de importar. Por isso, essa sensibilidade dos preços ao dólar", avaliou.

A demora no repasse da queda vista no atacado para o varejo intriga o superintendente adjunto de Inflação do Instituto de Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Salomão Quadros. "Não há uma explicação muito fácil e convincente na parte dos derivados do trigo. A matéria-prima caiu muito e registra pelo menos três meses consecutivos de baixa no IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo, do IGP-M). Só que quando olhamos o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) é como se nada tivesse acontecido", afirmou.

Além do avanço nos preços do pão francês, outros derivados do trigo também estão registrando altas expressivas no varejo, na contramão da queda da matéria-prima no atacado. De acordo com a FGV, a farinha de trigo subiu 0,30% em janeiro, mas tem ganhos acumulados de 25,82% até o mês em questão. O macarrão, que avançou 0,73% no primeiro mês do ano, acumula alta de 16,25% até janeiro. Já os biscoitos têm elevação mensal de apenas 0,09%, mas de 11,93% no acumulado em 12 meses terminados em janeiro. "É verdade que o trigo subiu muito ao longo do ano, mas os derivados subiram muito mais", disse Quadros.

Apesar de também refletirem o comportamento do mercado doméstico, como os custos dos moinhos, os preços do cereal "de alguma forma" também têm de acompanhar o desempenho do exterior, diz o economista da FGV. Portanto, ele acredita que o repasse ainda poderá atingir o varejo. "Se tudo estiver funcionando dentro da normalidade, vai desacelerar. Vamos dar o benefício da dúvida e esperar mais alguns dois meses", analisou.

O economista Pedro Ramos, do Banco Sicredi, também ressalva que o processo de repasse, nesse caso, deve demorar para acontecer, pois o mercado de trigo tem características peculiares, como tributação especial e o próprio fato de o Brasil ter de importar o produto de outros países. Outro ponto, disse, é que os preços no atacado tendem a oscilar mais, enquanto no varejo o comportamento é um pouco mais rígido. "Quando o processo sofre influência da oscilação cambial, tende a demorar um pouco mais. É normal. Mais cedo ou mais tarde o repasse poderá acontecer, mas têm outras questões por trás", disse, ao referir-se ao mercado de trabalho, que continua aquecido e manter a demanda em alta.

Ramos ainda acrescentou a teoria do custo de menu pode explicar em parte o não repasse da queda do atacado para os preços ao consumidor. A teoria, disse, leva em conta o fato de quem existem custos para modificar os preços nas tabelas e isso poderá criar rigidez na passagem de preços.

Estoques - Outro ponto destacado pelo diretor presidente do Moinho Pacífico, Lawrence Pih, são os estoques, já que a indústria faz compras da matéria-prima para os próximos meses sem saber ao certo como estará o preço do produto à frente. "É mais lento, mesmo porque tem o efeito do estoque, que é muito importante. Se aumentou a farinha, nem sempre o varejo está utilizando um produto com preço novo. Portanto, o aumento tende a vir dosado", explicou, acrescentando que o fator câmbio também tem participação relevante nessa conta. Segundo Lawrence Pih, o cenário para o setor é positivo, dada a expectativa de safra recorde no mundo este ano. O diretor, porém, faz uma ressalva: "Desde que o dólar não suba mais."

Embora também considere normal o repasse da queda nos preços do trigo no atacado para o varejo, o analista Arthur Viário, da Tendências Consultoria Integrada, afirma que o dólar elevado pode limitar "um pouco" o efeito da baixa para os preços ao consumidor. Segundo ele, à medida que for aumentando a disponibilidade do trigo da Argentina, os preços dos derivados do cereal podem diminuir ao consumidor, mas a expectativa de elevação do dólar em relação ao real tende a "amenizar" esse efeito. "Talvez os preços desacelerem, mas ainda deverão continuar em patamares elevados", estimou.

A desaceleração do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em janeiro ante dezembro foi puxada pelo atacado, cujos preços avançaram em ritmo menor no primeiro mês do ano, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,12%, depois de aumentar 0,78% em dezembro.

Um dos principais efeitos sentidos neste mês é o fim do impacto do reajuste dos preços do diesel e da gasolina, que impulsionaram a taxa de dezembro. Com isso, os bens intermediários passaram a subir 0,78%, ante 1,16% no último mês de 2013. Os combustíveis e lubrificantes para a produção deram alívio, com avanço de 1,7%, depois de aumentar 4,86% em dezembro.

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A desaceleração no IPA também foi influenciada pelas matérias-primas brutas, que tiveram queda de 0,68% em janeiro. Os produtos agrícolas foram os principais responsáveis por esse movimento, com destaque para soja em grão (0,77% para -8,41%), leite in natura (-4,05% para -6,58%) e milho em grão (5,40% para 2,33%).

As matérias-primas industriais também contribuíram para a desaceleração, mas em menor medida, já que o minério de ferro acelerou o ritmo de alta, de 1,16% para 2,07%. Também influenciaram positivamente o indicador a mandioca (aipim) (-2,97% para 8,76%), e a cana-de-açúcar (0,06% para 0,44%). Os bens finais desaceleraram ligeiramente, de 0,14% para 0,13% em janeiro, influenciados pelos alimentos processados (0,88% para 0,01%).

Os produtos no atacado voltaram a acelerar a alta dos preços e impulsionaram o resultado final do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de dezembro, que fechou o mês passado com alta de 0,69%, ante 0,28% em novembro.

Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) avançou 0,78%, de uma alta de 0,12%, no mesmo período. As matérias-primas brutas e os bens intermediários foram os principais motores dessa aceleração.

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Do ponto de vista da origem, foram os produtos industriais que mais deram força à inflação medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) no fim do ano passado. A exemplo disso, a maior influência positiva foi o óleo diesel. O bem intermediário teve alta de 7,71% em dezembro, contra 0,27% no mês anterior. O resultado reflete o reajuste de 8% nas refinarias anunciado no fim de novembro.

Com isso, o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção acelerou para 4,86%, contra deflação de 0,09% em novembro. Nos bens finais, os combustíveis também foram o destaque. O subgrupo teve alta de 3,29%, contra 0,53% em novembro. Nas matérias-primas brutas, a aceleração foi menos intensa e concentrada em produtos agrícolas. Os bovinos foram uma das principais influências positivas, com alta de 2,52%, ante 0,18% em novembro. Também ganharam força o café em grão (-6,34% para 11,29%), as aves (-6,21% para 1,34%) e o milho em grão (4,55% para 5,40%).

Os preços no atacado dos Estados Unidos caíram pelo terceiro mês consecutivo em novembro, no último sinal de que as pressões inflacionárias estão se enfraquecendo num momento em que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) considera reverter sua política de estímulos. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) do país recuou 0,1% em novembro ante outubro, segundo dados do Departamento do Trabalho.

Por outro lado, o núcleo do índice, que exclui os voláteis preços de energia e de alimentos, subiu 0,1% na comparação mensal.

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Economistas consultados pela Dow Jones Newswires previam estabilidade do PPI em novembro, em bases mensais, e alta de 0,1% do núcleo. Na comparação anual, o PPI subiu 0,7%.

O Fed está monitorando de perto a inflação dos EUA, que é fundamental para a decisão de quando iniciar a redução de estímulos monetários. Fonte: Dow Jones Newswires.

A aceleração dos preços entre os bens finais e os produtos agrícolas, no atacado, e dos preços ao consumidor levaram a primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de dezembro a indicar leve avanço. O indicador, divulgado nesta terça-feira, 10, Fundação Getulio Vargas, registrou alta de 0,32%, contra 0,30% na primeira prévia de novembro.

Nos bens finais, o subgrupo de alimentos in natura registrou queda menos intensa nesta prévia, com variação de -2,72%, ante -3,98% na primeira apuração de novembro. Isso ajudou a acelerar os preços dos bens finais, que tiveram leve alta de 0,02%, ante -0,22% na primeira prévia do mês passado.

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Nos produtos agrícolas, ganharam força os preços do café em grão (-6,06% para 2,07%), do milho em grão (0,07% para 4,29%) e da laranja (0,51% para 10,38%), além da soja (1,39% para 1,89%). Apesar disso, esses itens (que fazem parte do grupo de matérias-primas brutas) não conseguiram fazer frente a desacelerações importantes nos preços do minério de ferro (3,56% para 0,47%), cana-de-açúcar (0,52% para -1,45%) e suínos (7,43% para -2,57%). Com isso, as matérias-primas brutas tiveram variação de 0,81%, contra 1,09% na primeira prévia de novembro.

Os bens intermediários também desaceleraram para 0,03%, contra 0,11% na primeira prévia do mês passado, puxados pelos componentes para manufatura (0,28% para -0,01%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou alta de 0,47% na primeira prévia de dezembro. Em igual período do mês anterior, a taxa foi de 0,39%. Quatro das oito classes de despesas componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,17% para 0,93%). Também aceleraram os grupos: Vestuário (0,42% para 0,81%), Despesas Diversas (0,13% para 0,60%) e Alimentação (0,55% para 0,61%).

Em contrapartida, duas classes de despesa perderam força nos preços: Habitação (0,47% para 0,34%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,47% para 0,42%). Os grupos Transportes e Comunicação repetiram as taxas de variação registradas na última apuração, 0,16% e 0,36%, respectivamente. Vale ressaltar a aceleração da gasolina (-0,41% para 0,03%), já no período pós-reajuste.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, na primeira prévia de dezembro, taxa de variação de 0,36%, acima do resultado do mês anterior, de 0,15%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços avançou 0,26%, contra 0,32% no mês anterior. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 0,44%, em dezembro. No mês anterior, este índice não registrou variação.

O efeito do câmbio sobre os preços no atacado está chegando ao fim, afirmou o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) André Braz. Segundo ele, todos os níveis da cadeia produtiva apurados no Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) apresentaram desaceleração em novembro - e devem seguir nesse ritmo nas próximas semanas.

Mas o IGP não deve apresentar novos recuos em sua taxa, uma vez que a influência do câmbio se transferiu para os preços ao consumidor. Em novembro, as carnes bovinas aceleraram para 2,22%, de 1,66% na apuração anterior. O produto apresenta elevação em função do reajuste mais intenso no farelo de soja (utilizado como ração animal) nos últimos meses, além do maior incentivo à exportação (o que diminui a oferta interna). As carnes suínas seguiram o mesmo rumo e apresentaram alta de 4,79%, contra 1,45% em outubro.

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Além do câmbio, as hortaliças e legumes também ajudaram a elevar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) a 0,61%, contra 0,33% no mês anterior. O tomate foi o principal vilão, com alta de 27,56%.

Apesar disso, o nível atual das taxas no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) indica que haverá alívio em alguns itens do IPC. "A aceleração do IPC não deve se sustentar no curto prazo", disse Braz, que aposta em estabilidade do indicador nas próximas apurações. Como exemplo, ele enumerou as reduções no ritmo de alta das próprias carnes bovinas no IPA, de 6,61% para 1,66%, e na inflação do trigo (4,08% para -6,15%) e da farinha de trigo (2,68% para -0,79%), que eram afetados pelo câmbio.

Descartando choques sazonais nos alimentos, Braz afirma que há apenas dois itens que podem provocar forte aceleração no IPC nas próximas apurações. O tomate, que subiu 48,77% no âmbito do IPA e pode provocar novos reajustes para o consumidor, e os combustíveis, caso o reajuste seja aprovado no fim do mês. "Tomate às vezes prega umas peças, vítima de outros efeitos que não são sazonais, como menor área plantada ou pragas. Com isso, está subindo muito forte ao produtor", explicou Braz. "Se o tomate e os combustíveis subirem juntos, vai ser um choque para o IPC", acrescentou.

O IPC ainda pode continuar refletindo reajustes em tarifas de energia elétrica e nos cigarros, como já se observou no IGP-10 de novembro. As tarifas de energia apresentaram alta de 1,12%, contra 0,23% no mês anterior, enquanto os cigarros saíram da estabilidade para alta de 0,72%. Mas esse é um impacto secundário, observou Braz.

Sem choque

As oscilações recentes do dólar frente o real não são suficientes para gerar novo choque nos preços, afirmou o economista Braz. Segundo ele, a não ser que haja um overshooting na cotação da moeda americana, a inflação não deve acelerar a níveis semelhantes aos observados em setembro - o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) avançou 1,5% naquele mês, o maior resultado do ano.

"São pequenas volatilidades. O que repercute mais são fortes choques, e mesmo assim não é de imediato. Demora um ou dois meses para se consolidar", explicou Braz. Assim, mesmo que o dólar se valorizasse nessa reta final de 2013, o choque só seria sentido nos preços no próximo ano.

Com isso, Braz vê espaço para desacelerações em produtos fortemente influenciados pela questão cambial, como é o caso de materiais e equipamentos para a construção, que ainda subiram 0,65% no IGP-10 de novembro, ante 1,15% em outubro.

Os produtos vendidos no atacado também podem desacelerar um pouco mais, como o trigo (-6,15% em novembro, de 4,08%) e os bovinos (2,04%, de 3,50%). Os preços ao consumidor, contudo, ainda refletem os repasses do câmbio e podem ser atingidos ainda pela alta do tomate (devido a problemas de safra) e pelo reajuste dos combustíveis.

A inflação no atacado da Índia acelerou para uma máxima em sete meses em setembro, impulsionada pela alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, aumentando os rumores de que o banco central pode elevar a taxa de juros no final deste mês, mesmo com enfraquecimento da economia indiana.

O índice de preços no atacado, principal indicador da inflação da Índia, subiu 6,46% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, em comparação com alta de 6,10% no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pelo ministério de Comércio e Indústria.

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A leitura foi melhor do que a mediana das estimativas de 6% de 13 economistas consultados pelo The Wall Street Journal. O governo também revisou a leitura de inflação de julho para 5,85% em relação aos 5,79% registrados anteriormente.

A inflação oscila em níveis acima da zona de conforto do banco central de 5,0% desde junho, impulsionado por um forte aumento dos preços dos alimentos. Aumentos regulares nos preços dos combustíveis nos últimos meses à medida que a rupia se enfraquece, o que incentivou os custos de importação da Índia foram determinado para o aumento da inflação no atacado da Índia.

Para economistas, com a inflação a esse nível não é possível descartar um novo aumento da taxa de juros pelo Banco da Reserva da Índia (RBI, na sigla em inglês). A próxima reunião de política monetária do RBI será em 29 de outubro.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Os preços no atacado perderam força na primeira prévia do IGP-M de outubro, influenciados por desacelerações dos preços das matérias-primas brutas e dos bens intermediários. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou variação de 1,14% na leitura deste mês, ante 1,42% na primeira prévia do indicador de setembro.

O alívio no grupo de matérias-primas brutas veio das reduções no ritmo de alta da soja em grão (de 9,72% na prévia de setembro para 0,01%), do leite in natura (de 4,31% para 0,59%) e da laranja (de 19,67% para 3,92%). Esses itens conseguiram, em alguma medida, compensar os avanços observados no minério de ferro (2,79% para 6,64%), bovinos (-0,28% para 2,65%) e mandioca (-4,01% para 0,23%).

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Nos bens intermediários, a desaceleração no subgrupo de suprimentos (de -0,08% para -1,03%) foi o que permitiu que a taxa arrefecesse, de 1,44% na primeira prévia de setembro para 1,21% na primeira prévia de outubro. Dentro do IPA, a única categoria que ampliou a alta foi a de bens finais, com alta de 0,61% ante -0,16% na prévia anterior. O subgrupo de alimentos processados foi o principal impulso para esse movimento, com avanço de 2,93% ante 1,13% na prévia anterior.

No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o desempenho das classes de despesa foi equilibrado, com quatro apresentando acréscimo nas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo vestuário, passando de -0,11% na primeira prévia de setembro para +0,83% na leitura anunciada hoje. Também avançaram, no período, os grupos habitação (de 0,38% para 0,46%), comunicação (de -0,12% para 0,15%) e transportes (-0,18% para -0,12%).

Os itens que contribuíram para estes movimentos foram móveis para residência (de 0,09% para 1,18%), tarifa de telefone móvel (de -0,59% para 0,22%) e automóvel novo (de -0,42% para 0,24%), respectivamente. As passagens aéreas, que já vinham de alta de 4,56% na primeira prévia de setembro, aceleraram para 9,92% na primeira prévia de outubro. Já as tarifas de ônibus urbano saíram de alta de 0,70% para queda de 0,70%, no mesmo tipo de comparação. Em contrapartida, outras quatro classes de despesa desaceleraram: alimentação (de 0,21% na primeira prévia de setembro para 0,14% na primeira prévia de outubro), saúde e cuidados pessoais (de 0,43% para 0,28%), educação, leitura e recreação (de 0,52% para 0,44%) e despesas diversas (0,31% para 0,08%).

Nestes grupos, destacam-se os itens laticínios (de 1,26% para -0,10%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,55% para 0,06%), hotel (de 1,43% para 0,09%) e clínica veterinária (de 1,25% para 0,12%), nesta ordem.

Por fim, no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,73%, uma leve aceleração ante a prévia anterior, quando o índice avançou 0,70%. O índice que representa o custo da Mão de Obra não registrou variação pelo segundo mês consecutivo.

O segmento atacadista distribuidor cresceu 9,01% em julho sobre junho, mostram dados da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) com base em pesquisa da Fundação Instituto de Administração (FIA), divulgados nesta quinta-feira (12). Na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 8,62%. No acumulado do ano até julho, houve expansão de 4,14% em relação aos sete primeiros meses de 2012.

De acordo com o presidente da Abad, José do Egito Frota Lopes Filho, os números revelados até o momento vão de encontro à perspectiva do setor de crescimento de 3,5% para este ano. "O fechamento do primeiro semestre, de quase 3,4%, bem como o resultado de 4,14% até julho, permanecem alinhados com a nossa previsão", disse, em nota distribuída à imprensa. "Avaliamos que, embora os indicadores mais recentes apontem para uma pequena queda no consumo, é esperado o crescimento natural das vendas a partir de setembro, em função das festas natalinas, como ocorre todos os anos", completou. A pesquisa mensal da FIA reúne um conjunto de empresas que equivalem a 21% do faturamento do setor.

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A desaceleração de preços na indústria de transformação, como demonstra o Índice de Preços aos Produtos (IPP), que passou de 0,69% em setembro para 0,21% em outubro, dá continuidade à trajetória de perda de ritmo da inflação no atacado iniciada em maio. Naquele mês, o IPP foi de 1,69%, seguido de 1,11% em junho.

Mais uma vez, em outubro, o desaquecimento da economia fez com que a indústria optasse por conter os preços dos seus produtos. Além disso, contribuíram para a desaceleração do índice as quedas de preços de produtos agropecuários, como a soja e o açúcar, e das carnes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Com isso, o grupo alimentos, responsável por 20% da formação do IPP, foi o de maior influência na desaceleração do índice. O grupo apresentou queda de 1,51% em outubro, por causa, principalmente, da desvalorização do preço da soja no mercado americano e da queda de preço do açúcar nos mercados interno e externo, informou o técnico do IPP, Manoel Campos Souza. A maior oferta de carnes no Brasil também contribuiu para a desaceleração da inflação medida pelo IPP.

Na contramão, o aumento de preços da nafta petroquímica influenciou o índice para cima. Em alta no mercado internacional, a nafta foi reajustada no segmento de outros químicos, que avançou 3,48%; e gerou a alta do grupo de refino de petróleo e produtos de álcool, de 0,99%.

Os preços dos produtos agropecuários no atacado no âmbito do Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M) caíram 0,41% em novembro, depois de registrarem queda de 0,57% em outubro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Já os preços de produtos industriais passaram de declínio de 0,05% no mês anterior para baixa de 0,10% este mês. Os preços dos bens intermediários subiram 0,25%, ante alta de 0,41% em outubro.

Os preços dos bens finais tiveram queda de 0,50%, ante ganho de 0,07% no mês anterior. Os preços das matérias-primas brutas recuaram 0,41% neste mês, na comparação com a baixa de 1,24% em outubro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve baixa de 0,19% em novembro, após queda de 0,20% no período anterior. No ano até novembro, o IPA acumula alta de 7,85% e em 12 meses, de 7,33%.

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A inflação agropecuária perdeu força no atacado. Os preços dos produtos agrícolas no atacado subiram 2,01% na primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de setembro, em comparação com a elevação de 4,39% na primeira prévia do mesmo índice em agosto. A informação foi anunciada nesta terça-feira pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A trajetória da inflação industrial atacadista também foi de desaceleração. A FGV divulgou que os preços dos produtos industriais no atacado subiram 0,26% na primeira prévia do índice deste mês, em comparação com a alta de 0,75% na leitura inicial de agosto.

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Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,57% na primeira prévia de setembro, em comparação com a taxa de 0,58% na primeira prévia de agosto.

Por sua vez, os preços dos bens intermediários tiveram alta de 0,53% na leitura deste mês anunciada nesta terça-feira, após subirem 1,27% em igual prévia do mesmo indicador no mês passado. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram alta de 1,23%, em comparação com a elevação de 3,63%, no mesmo período.

A 7ª edição da Supermix - Feira das Indústrias, Atacadistas, Distribuidores e Supermercadistas de Pernambuco, segue até esta sexta-feira (27), no pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco. 

O evento tem o objetivo de promover a visibilidade do mercado de abastecimento do nordeste, além de ser uma oportunidade de negócios entre os empresários atacadistas e varejistas. A expectativa é de que 30 mil visitantes circulem pelo Centro de Convenções até a sexta-feira. A previsão de negócios gira em torno de R$ 800 milhões durante e no pós-feira, até o final do ano. 

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A Supermix é realizada pela Aspa e Apes com promoção da Greenfield Business Promotion. Além das exposições, o público conta com workshops e palestrantes convidados. Ao todo, serão realizados 80 ações integradas ao evento como cursos, palestras, conferências e workshops.

No fim de cada palestra, os organizadores sorteiam prêmios. O horário da feira é das 16h às 22h e o pré-credenciamento pode ser feito pelo site www.supermix2012.com.br

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