Tópicos | Cade

A condenação de duas cooperativas e de duas sociedades médicas por infrações à ordem econômica no mercado de prestação de serviços de anestesiologia no Rio Grande do Norte, Paraíba, Maranhão e Mato Grosso do Sul está sendo oficialmente defendida pela superintendência geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Pareceres nesse sentido, publicados nesta quarta-feira (5) e última sexta-feira (28) citam a Cooperativa de Médicos Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest-RN), a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest-PB), a Central de Anestesia Ltda. (Ceanest) e a Servan Anestesiologia e Tratamento de Dor de Campo Grande.

Em nota, o Cade destaca que em todos os casos foi identificado que as representadas têm como cooperados ou associados parcela significativa dos médicos anestesiologistas do Estado ou do município onde atuam. Na avaliação da Superintendência do Cade, essa concentração comprometeu a possibilidade de concorrência entre prestadores de serviços de anestesiologia e permitiu a adoção de condutas anticompetitivas.

##RECOMENDA##

As práticas adotadas pelas cooperativas ou sociedades variam em cada caso. Algumas das condutas consideradas anticompetitivas envolvem boicotes abusivos e ameaças de descredenciamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e a planos de saúde, exigência de exclusividade dos médicos associados, inviabilização de concorrência na contratação de serviços médicos ao SUS, garantindo a contratação das cooperativas com dispensa de licitação, além de acordos de não concorrência entre cooperativas. A superintendência geral do Cade considera que esse conjunto de práticas extrapolou o direito de associação legítimo dos médicos e teve como objeto elevar o poder de mercado das cooperativas e das sociedades médicas - muitas vezes gerando monopólios na prestação de serviços de anestesiologia.

"O aumento de custos aos planos de saúde e ao SUS, obtido por meio de práticas anticompetitivas, tende a ser arcado pelo consumidor, na forma de maiores preços na contratação de planos de saúde, restrições de atendimentos e sobrecarga do SUS", afirma nota sobre o assunto. Agora os processos seguirão para julgamento pelo Tribunal do Cade, responsável pela decisão final. Os indícios de infração obtidos nesses e em outros processos semelhantes também levaram a Superintendência Geral do Cade a instaurar, na última sexta-feira processo administrativo contra a Federação Brasileira de Cooperativas de Anestesiologia (Febracan), a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e um ex-diretor da SBA. Essas entidades representam em âmbito nacional as cooperativas e sociedades de anestesiologia estaduais, explica o Cade. Febracan, SBA e o ex-dirigente serão intimados para apresentar suas defesas. A superintendência irá analisar as provas produzidas nos autos e emitirá parecer recomendando ao Tribunal do Cade a condenação ou absolvição dos envolvidos.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou nesta quarta-feira, 5, um grupo de 19 empresas do Distrito Federal por formação de cartel no mercado de extintores de incêndio. Somadas, as multas aplicadas ultrapassam a marca de R$ 1,4 milhão.

As empresas atuavam no mercado de comercialização e manutenção de extintores de incêndio para residências, edifícios e estabelecimentos comerciais. O Cade também determinou a condenação da Associação das Empresas de Equipamentos Contra Incêndio do Distrito Federal (AEECI-DF) e de dois de seus dirigentes por participação na conduta anticompetitiva.

##RECOMENDA##

O conselheiro relator do caso, Ricardo Ruiz, destacou em seu voto que as empresas criaram, em comum acordo, diretrizes sobre os preços, condições de vendas e margens de lucro aplicáveis dos produtos e serviços oferecidos. A associação e seus dirigentes, por sua vez, tentaram legalizar o conluio registrando em cartório documento chamado "Instrumento Particular de Convenção", que apresentava regra da margem de lucro em 30%, além de tabela de preços e promoção de ações, para uniformizar o comportamento concorrencial.

As tabelas de preços foram elaboradas durante reunião realizada pelos membros do cartel, encontro patrocinado pela associação com o objetivo de fomentar entre as empresas a troca de informações sensíveis, explicou Ruiz. Para o relator, isso resultou em acerto entre as concorrentes cuja prova é o próprio instrumento de "Convenção" registrado em cartório.

"O resultado advindo do acordo entre as empresas concorrentes, sob a influência da Associação e seus dirigentes, poderia acarretar um aumento geral dos preços ao consumidor final", afirmou Ruiz. O conselheiro destacou ainda que as empresas cartelizadas controlavam, à época, cerca de 60% do mercado em que atuavam. O processo administrativo sobre o caso foi instaurado em 2004 a partir da denúncia de um jornalista, informa o Cade.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adiou o julgamento do suposto cartel do cimento no Brasil, que estava na pauta da sessão do órgão que ocorre nesta quarta-feira, 5. O conselheiro Marcio Oliveira Junior, que havia pedido vista do processo no último dia 22 de janeiro, quando a ação começou a ser julgada, solicitou que o item fosse retirado de pauta. O caso não será julgado até que o conselheiro peça para que ele volte à pauta. A decisão só pode ocorrer após a proclamação do voto de Oliveira Junior.

No último dia 22 de janeiro, o conselheiro e relator do processo, Alessandro Octaviani, votou pela condenação das empresas Votorantim, Intercement, Cimpor, Holcim, Itabira e Itambé e associações setoriais - Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC), Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e Sindicato Nacional da Indústria do Cimento e Votorantim Cimentos Ltda (SNIC) - acusadas de participação no cartel do cimento e do concreto no Brasil.

##RECOMENDA##

O voto foi acompanhado pelos conselheiros Ana Frazão, Ricardo Ruiz e Eduardo Pontual, que concordaram com a proposta de multas de R$ 3,1 bilhões às companhias, além da alienação de ativos dessas empresas que, somados, chegam a 24% do mercado brasileiro de cimento. Até uma decisão final do plenário do Cade, qualquer conselheiro pode alterar seu próprio voto.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) atuou com mais rigor em 2013 contra práticas anticompetitivas das empresas. Ao todo, o órgão condenou 22 casos no ano passado, com multas que, somadas, chegam a R$ 491,6 milhões. As informações estão em relatório divulgado na tarde desta quinta-feira, 30, pelo órgão. O documento traz o balanço dos processos recebidos e julgados pelo Cade em 2013, com respectivas decisões.

Segundo o relatório, o número de condenações por infrações à ordem econômica em 2013 é o maior registrado nos últimos cinco anos. Em 2012 foram dois casos punidos e, em 2011, apenas um. Em 2010, o Cade aplicou sanções administrativas em quatro processos e, em 2009, em dois.

##RECOMENDA##

O órgão antitruste explica que o aumento de condenações decorre do fato de haver cada vez mais julgamentos de processos sobre condutas anticompetitivas, como denúncias de cartéis e tabelamento de preços. Somente em 2013, o Cade analisou 38 casos desse tipo. Desde 2009, esse número não era superior a 18.

"Desde a mudança da lei brasileira de defesa da concorrência em 2012, o Cade passou por uma reforma institucional e de gestão que tem conferido maior celeridade na análise de fusões e aquisições - as operações são decididas em um tempo médio de 25 dias. Com isso, o órgão antitruste ganhou eficiência e tem conseguido intensificar o combate a condutas anticompetitivas, em especial os cartéis. Das 22 condenações do ano passado, 13 eram casos de conluio", diz o órgão em nota.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu abrir processo administrativo contra as empresas Telemar Norte Leste e Brasil Telecom, do Grupo Oi, para investigar supostas infrações à ordem econômica. A decisão consta de despacho da Superintendência-Geral do órgão publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (30).

A denúncia foi representada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O documento no Diário Oficial cita que a instauração do processo está baseada nas leis que regulam a concorrência no País, mas não especifica as ações que poderiam caracterizar a conduta anticompetitiva das operadoras. As empresas têm 30 dias para apresentar sua defesa ao Cade.

##RECOMENDA##

A maioria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) optou naa quarta-feira, 22, por acompanhar o voto do conselheiro relator, Alessando Octaviani, e condenar as empresas acusadas de fazer parte do cartel do cimento no Brasil a pagar uma multa que soma R$ 3,1 bilhões e a vender parte de seus ativos, o que somaria 24% de toda a capacidade do mercado desse setor no País.

A decisão, porém, não foi concluída porque o conselheiro Marcio Oliveira Junior pediu vista dos autos do processo e não há prazo previsto para que ele apresente sua decisão. Até lá, os três conselheiros que acompanharam o voto do relator, inclusive ele, podem alterar suas posições e mudar o entendimento do órgão. Se aprovada, a multa será a maior já aplicada pelo Cade em sua história.

##RECOMENDA##

Segundo Octaviani, de cada R$ 100 que os brasileiros gastaram na compra de cimento nas últimas décadas, pelo menos R$ 20 foram cobrados de forma ilegal, "O cartel de cimento e concreto subjugou a sociedade brasileira durante décadas." Os efeitos de um cartel, que é a lesão mais grave à concorrência, são de aumento dos preços para o consumidor e de restrição da oferta do produto.

O superfaturamento do cimento e do concreto no País teria causado prejuízos de mais de R$ 2 bilhões ao programa Minha Casa Minha Vida, segundo o relator, suficientes para construção de mais 50 mil moradias. O grau de articulação das empresas torna a estimativa de prejuízos subestimada, na avaliação de Octaviani.

Octaviani declarou já ter encontrado provas suficientes para caracterizar a prática de cartel. Em documentos apreendidos nas sedes da empresas e com as associações do setor, foram identificadas práticas de fixação de preço e de quantidade produzida, divisão regional de mercado e de clientes, criação de barreiras artificiais a entrada de novos concorrentes e criação de barreiras a importação de cimento.

Multas

A multa para a Votorantim é de R$ 1,565 bilhões. Para a Itabira Agro Industrial, R$ 411,669 milhões. Para a Cimpor do Brasil, R$ 297,820 milhões. No caso da InterCement Brasil (antiga Camargo Corrêa Cimentos), a multa proposta é de R$ 241,7 milhões.

Para a Holcim, é de R$ 508,593 milhões. Para a Cia de Cimento Itambé, R$ 88,022 milhões. As empresas Holcim é reincidente, pois já foi condenadas no chamado cartel da brita. Por isso, sua multa foi dobrada.

Para as entidades de classe do setor envolvidas no esquema, a multa soma R$ 5,3 milhões. Para a Associação Brasileira de Cimentos Portland (Abcp), a multa proposta foi de R$ 2,128 milhões. Para a Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Concretagem (Abesc), também R$ 2,128 milhões. A multa sugerida para o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento é de R$ 1,064 milhão.

Vendas

Outra penalidade para as empresas acusadas de formar o cartel do cimento é venda de parte de seus ativos, que, somados, representam 24% do mercado do produto. A Votorantim terá que se desfazer de 35% da sua capacidade instalada. A venda deverá ocorrer para um só comprador, de forma que possa existir mais um grande integrante nesse mercado.

A Intercement e a Cimpor, que fazem parte do mesmo grupo - Camargo Corrêa -, devem vender 25% da sua capacidade instalada. A Itabira deve se desfazer de 22% de sua capacidade e a Holcim, também 22%. Nesses casos, a venda pode ser para vários compradores. "Serão distintos focos de pressão", explicou o relator, em referência aos diferentes compradores.

O relator apontou que é necessário o desinvestimento das condenadas e a entrada de novos concorrentes nesse mercado. "A adoção de medidas estruturais são mais eficazes que as comportamentais e mais fáceis de se monitorar", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Alessandro Octaviani propôs multas que, somadas, totalizam R$ 3,113 bilhões para as empresas envolvidas no cartel do cimento no Brasil. Para as entidades de classe do setor envolvidas no esquema, a multa soma R$ 5,320 milhões.

A multa para a Votorantim é de R$ 1,565 bilhão. Para a Itabira Agro Industrial, R$ 411,669 milhões. Para a Cimpor do Brasil, R$ 297,820 milhões. No caso da InterCement Brasil (antiga Camargo Corrêa Cimentos), a multa proposta é de R$ 241,7 milhões. Para a Holcim, é de R$ 508,593 milhões. Para a Cia de Cimento Itambé, R$ 88,022 milhões. A Holcim é reincidente, pois já foi condenada no chamado cartel da brita. Por isso, sua multa foi dobrada.

##RECOMENDA##

A multa para as empresas referem-se a um porcentual confidencial que varia de 0,1% a 20% do valor do faturamento do grupo obtido no exercício de 2006, ano anterior à instauração do processo administrativo, em valores atualizados.

Para a Associação Brasileira de Cimentos Portland (ABCP), a multa proposta foi de R$ 2,128 milhões. Para a Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Concretagem (Abesc), também R$ 2,128 milhões. A multa sugerida para o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento é de R$ 1,064 milhão.

As penas foram dadas pelo tamanho dos danos causados à economia e pela descaracterização da boa fé. "Os envolvidos na infração tinham consciência de sua conduta", afirmou Octaviani, relator do caso. Alguns dos critérios para definir a pena, segundo ele, são a gravidade da infração, a boa fé do infrator, a consumação ou não da infração, grau de lesão à concorrência, efeitos negativos ao mercado e reincidência.

Após o término da leitura do relatório, os demais conselheiros do Cade votarão a proposta do relator.

 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de diversas empresas do grupo Abonos Colombianos, que atua na indústria de fertilizantes, pela norueguesa Yara International. A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 20. A operação, conforme explica o Cade, será implementada por meio da compra, pela Yara, de todas as ações da OFD Holding, que controla diversas companhias do grupo Abonos Colombianos.

O negócio, anunciado em novembro do ano passado, foi fechado por US$ 425 milhões e compreende instalações da OFD em Cartagena, na Colômbia, e empresas de distribuição em toda a América Latina. As principais companhias envolvidas na transação são a Abocol (Colômbia), Misti (Peru), Omagro (México), Fertitec (Panamá e Costa Rica), Cafesa (Costa Rica) e Norsa (Bolívia).

##RECOMENDA##

A Yara é a controladora do Grupo Yara, que oferece, no Brasil e mundialmente, produtos e serviços relacionados à produção de fertilizantes, incluindo extração mineral e produção de fertilizantes básicos, além de soluções industriais.

O Cade explica que a operação não resulta em integração vertical. "Há apenas uma sobreposição horizontal mínima que afeta o mercado brasileiro, considerando que tanto a Yara quanto o Grupo Abocol exportam fertilizantes básicos à base de nitrogênio para o Brasil".

"Do ponto de vista da Yara, a operação se justifica por garantir uma sólida posição downstream e uma plataforma em crescimento na América do Sul e na América Latina, complementando a aquisição do negócio de fertilizantes downstream da Bunge no Brasil", diz documento do Cade. "Do ponto de vista da Abocol, o grupo entende que o seu negócio de fertilizantes chegou em um nível de maturidade que o tornou atrativo para empresas globais interessadas na América Latina, especialmente nos países em que o Grupo Abocol tem focado suas atividades (Colômbia, Peru, Bolívia, México, Costa Rico e Panamá). Assim, tornou-se interessante para os vendedores desinvestirem o Grupo Abocol para um grupo capaz de melhorar sua performance - no caso a Yara", acrescenta.

A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nomearam Victor Santos Rufino para exercer o cargo de procurador-chefe do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), com mandato de 2 anos. Rufino era procurador-chefe adjunto do órgão e substitui Gilvandro Vasconcelos Coelho de Araújo, que estava à frente da procuradoria do Cade desde 2012.

Gilvandro Araújo passa agora a atuar como conselheiro do Tribunal do Cade, com mandato de 4 anos. Ele também foi nomeado hoje no novo cargo. Os decretos das duas nomeações estão publicados na edição desta segunda-feira, 13, do Diário Oficial da União.

##RECOMENDA##

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a saída da Portugal Telecom (PT) do capital social da Contax Participações, empresa de call center da Oi. A decisão está em despacho publicado nesta quarta-feira, 8, no Diário Oficial da União (DOU).

Pela operação, serão reorganizadas as participações no controle da Contax detidas pelos grupos Andrade Gutierrez (AG Telecom) e Jereissati, por meio da LF Tel. Assim, a Portugal Telecom deixa de ter participação na sociedade de contact center para concentrar seus investimentos no Brasil exclusivamente em atividades de telecomunicações por meio da operadora Oi, empresa com a qual pretende se fundir, conforme acordo preliminar anunciado em outubro, também em análise do Cade. A intenção das companhias - que juntas dariam origem à CorpCo - é realizar um aumento de capital de cerca de R$ 13,1 bilhões na operadora brasileira.

##RECOMENDA##

A saída da PT da Contax será efetivada por meio de cisões da Pasa, EDSP75, AG Telecom e LF Tel, seguidas de permuta de ações detidas direta ou indiretamente pela Portugal Telecom por ações das demais acionistas em companhias do Grupo Oi. O controle da Contax passará, portanto, a ser exercido pelos grupos AG e LF, em conjunto com o outro acionista controlador, a Fundação Atlântico de Seguridade Social (FASS).

A fatia atual da Portugal Telecom na CTX participações é de 19,9%, da AG, de 34,9%, da LF Tel, de 34,9% e da FASS, de 10,1%. Já na Contax Participações a PT tem 6,2%, a LF Tel, 3,9%, a AG, 3,9%, a FASS, de 1,1%, CTX Participações, de 27,5% e as ações livres no mercado somam 57,5%. Na nova estrutura da CTX participações, a AG terá 44,9%, a LF Tel, 44,9%% e a FASS, 10,1%. Na Contax Participações, a nova configuração deverá ser de 27,5% da CTX, 7% da AG, 7% da LF Tel, 1,1% da FASS e 57,5% free float.

A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, o ato de concentração entre a Eletrosul e a Telebras para compartilhamento de infraestrutura. Segundo edital de aprovação, disponível no site do Cade, trata-se de um contrato de parceria técnico-operacional e comercial firmado entre as duas empresas para estabelecer a base do relacionamento técnico-operacional e comercial entre as partes, as premissas da parceria, as responsabilidades e atribuições das partes e os prazos para avaliação da parceria e eventual correção de rumo.

Segundo dados do processo, a parceria entre as duas empresas "permitirá a sinergia de infraestruturas e otimização de recursos de rede para a prestação conjunta de serviços de telecomunicações, a diminuição dos custos com equipamentos pela reunião dos ativos das partes em prol da melhoria das redes de telecomunicações, a reunião de competências para incremento dos objetivos societários das partes e a divisão da receita proveniente dos contratos com os clientes". O despacho com a aprovação da operação foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 23.

##RECOMENDA##

A Swiss Re obteve aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para adquirir 11,1% do capital social da Sul América, detidos pela ING Insurance International. A Swiss Re pertence ao Grupo Swiss Re, que tem atuação mundial no mercado de resseguros e seguros.

Segundo documento do Cade sobre a operação, "a aquisição de participação minoritária na Sul América está associada à estratégia global do Grupo Swiss Re de investir em empresas já estabelecidas e bem-sucedidas em seus mercados de atuação. Além disso, trata-se de excelente oportunidade para que o grupo amplie seus investimentos no setor de seguros brasileiro, que vem registrando altos níveis de crescimento". Hoje, a participação do Grupo Swiss Re no mercado de seguros do Brasil é inferior a 1%.

##RECOMENDA##

"Este ato de concentração também se alinha ao plano estratégico do Grupo ING de desinvestimento global das suas operações de seguros e gestão de ativos", diz o texto. O despacho com aprovação do negócio é assinado pela Superintendência-Geral do Cade e está publicado na edição desta segunda-feira, 16, do Diário Oficial da União (DOU).

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica anuncia, nesta segunda (16), novo concurso da casa para 26 cargos de nível médio e superior. A informação foi publicada no Diário Oficial.

As inscrições iniciam no dia 30 de dezembroe seguem até o dia 20 de janeiro de 2014 no site do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Universidade de Brasília (Cespe/UnB), empresa responsável pelo certame. A taxa varia entre R$ 65 e R$ 100. 

##RECOMENDA##

As oportunidades são para os cargos de Analista Técnico-Administrativo (5), Bibliotecário (1), Contador (1), Economista (1) e Agente Administrativo (18). Os salários variam entre R$ 2.818,02 (Agente Administrativo); R$ 4.247,82 (Analista Técnico-Administrativo, Bibliotecário e Contador); e R$ 5.334,90 (Economista). 

A seleção é composta de provas objetivas, de caráter eliminatório e classificatório; e prova discursiva, somente para os cargos de nível superior, também de caráter eliminatório e classificatório. Os testes serão realizados soomente na cidade de Brasília (DF). 

Mais informações podem ser obtidas no edital

A Justiça eleitoral barrou estratégia do presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius de Carvalho, que pretendia reconhecimento retroativo de sua desfiliação do PT para 16 de maio de 2008 - data em que afirma ter comunicado sua decisão ao Diretório Municipal do partido. Como não fez o mesmo perante a Justiça, ele continua ligado ao PT, segundo a decisão.

Para a juíza Rosângela Maria Telles, da 252.ª zona eleitoral de São Paulo, o fato de Carvalho ter informado apenas o partido não lhe confere formalmente a desfiliação no âmbito da Justiça. Ao requerer a retroatividade, Carvalho alegou que pretendia evitar questionamentos acerca da legitimidade do exercício de seu mandato no Cade, cadeira que ocupa desde 30 de maio de 2012, mas que lhe seria vedada caso não tivesse efetuado a comunicação de sua desfiliação.

##RECOMENDA##

São antigos os vínculos de Carvalho com o PT. Ele trabalhou no gabinete do deputado licenciado Simão Pedro, secretário de Serviços da gestão Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, mas omitiu esse dado de seu currículo em pelo menos 4 oportunidades. O gesto lhe custou investigação da Comissão de Ética da Presidência. Ele alegou "um lapso".

Em maio, o Cade fez acordo de leniência com a Siemens que revelou cartel no sistema metroferroviário em governos do PSDB em São Paulo (1998/2008), e no governo do DEM, do Distrito Federal. Entre os lenientes estão 6 executivos da multinacional alemã, inclusive Everton Rheinheimer, que fez delação premiada na Polícia Federal e apontou suposto esquema de propinas envolvendo parlamentares.

Em meio à polêmica sobre a folha de serviços ao PT, Carvalho bateu à porta da Justiça eleitoral. Mas não teve êxito. Em despacho de 17 de outubro, a juíza Rosângela Telles assinalou. "O requerente comunicou a sua desfiliação tão somente ao Diretório do Partido dos Trabalhadores. Contudo, nada comunicou ao Juízo eleitoral."

A juíza cita que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já se posicionou sobre a matéria. "Dessa forma, o eleitor deveria ter comunicado não apenas a desfiliação ao diretório do partido, como também ao Juízo Eleitoral. Caso não adote esta última providência, continuará a ser considerado filiado ao partido.

Isto vale para as hipóteses em que o eleitor pretende apenas a sua desfiliação, sem se filiar novamente a outro partido, como também no caso de desfiliar-se de um partido e filiar-se a outro, situação que configurará dupla filiação partidária. De sorte que não há como acolher a pretensão inicial (de Carvalho)."

Desfiliação comprovada

Vinícius Carvalho já entrou com recurso. Ele pede que a sua desfiliação, nos registros do Tribunal Superior Eleitoral, seja datada de 16 de maio de 2008. "Uma vez que desfiliação partidária é ato unilateral de vontade, e cabe ao partido e à Justiça Eleitoral apenas tomar ciência dessa vontade, o recurso pleiteia que nos registros do TSE conste a data de desfiliação de fato", diz a assessoria de Carvalho.

"Independentemente da decisão da Justiça, fato é que Carvalho já comprovou estar desfiliado desde 2008, o que, por si só, já o impediria de exercer atividade partidária, conforme a Lei 12.529/11." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Tim Brasil, Rodrigo Abreu, afirmou nesta quinta-feira (5), que a decisão do Cade de determinar que a Telefônica ache um sócio para a Vivo ou venda a participação indireta na Tim terá impacto zero no dia-a-dia operacional da operadora no País.

O executivo também lembrou que a Tim continua com seu projeto de ganhar mercado com uma estratégia agressiva. "Já viu uma empresa a venda aumentar investimentos?", questionou.

##RECOMENDA##

O grupo ampliou o investimento, até 2015, de R$ 10 bilhões para R$ 11 bilhões. Abreu afirmou que não existe possibilidade da Telefônica forçar a venda da Tim. A operadora espanhola é sócia da Telco, que detém 22,4% do capital da Telecom Italia, holding da Tim.

Ele lembrou que na época em que a Telefônica comprou uma participação na Telco, se comprometeu em contrato a não interferir no dia a dia da Tim. Na entrevista, o executivo afirmou que a decisão do Cade pode ter reflexo na fusão da Portugal Telecom com a Oi. "É natural que a decisão seja, no mínimo, analisada", disse.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), decidiu nesta quarta-feira (4), punir a Telefônica e a TIM Brasil com duas multas que, somadas, chegam a R$ 16 milhões. Ambas as penalidades dizem respeito ao descumprimento de cláusulas de um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) firmado pelo órgão antitruste com as duas companhias ainda em abril de 2010. O tribunal também impôs a reversão do aumento da participação da Telefônica na Telco. "Ou a Telecom Italia vende a TIM no Brasil, ou a Telefônica deixa sua participação na Telecom Italia", afirmou o presidente do Cade, Vinicius Carvalho.

A primeira e maior multa, de R$ 15 milhões, refere-se ao acordo anunciado em setembro deste ano pela Telefônica, para aumento de sua participação na Telco. A Telco possui 22,4% do capital da Telecom Italia, que controla a TIM Brasil. No entendimento do presidente do Cade, Vinicius Carvalho, esse potencial acesso a informações da TIM violou os termos do TCD firmado pelas companhias com o órgão antitruste. Além disso, segundo ele, a possibilidade de compra de 100% da Telco pela Telefônica a partir de janeiro de 2014 também viola diversos termos do TCD. É fora de dúvida que o Termo de Compromisso é desrespeitado pela operação em questão", disse Carvalho. "Houve violação grave", completou.

##RECOMENDA##

A segunda multa, de R$ 1 milhão, refere-se à contratação pela TIM de uma empresa vinculada à Telefônica na ocasião da prestação dos serviços, o que daria a uma companhia o potencial acesso a informações de estratégicas de outra, o que viola o TCD. No termo firmado pelas operadoras com o Cade, elas se comprometiam a manter suas operações totalmente em separado no País.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu nesta quarta-feira (4), por unanimidade, abrir processo administrativo contra o Consórcio Gemini, formado por Petrobras, White Martins e GásLocal (joint venture das duas primeiras). O tribunal decidiu inclusive abrir outro processo para rever sua própria aprovação - com restrições - para a criação do consórcio, ainda em 2006. O órgão antitruste acolheu as denúncias feitas pela Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), que acusa as empresas integrantes do consórcio da prática de subsídios cruzados e discriminação de preços no fornecimento de gás dentro do grupo, o que prejudicaria os demais fornecedores do mercado.

Segundo as denúncias, a estatal estaria fornecendo gás natural ao consórcio a preços menores do que o oferecido às distribuidoras de gás nas regiões onde a empresa atua, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, além de prejudicar companhias fornecedoras de gás natural comprimido (GNC), que disputam o mesmo mercado das empresas de GNL.

##RECOMENDA##

Para a conselheira relatora do caso no órgão antitruste, Ana Frazão, existem indícios suficientes de abuso de posição dominante no mercado para a abertura do processo. "Entendo estarem presentes não só justificativas para a abertura do processo administrativo, como também para rever a aprovação com restrições dada para formação do consórcio", disse Ana.

O presidente do Cade, Vinicius Carvalho, destacou que a possibilidade de revisão do que foi decidido sobre o ato de concentração em 2006 abre a possibilidade de imposição de novas regras às restrições estabelecidas inicialmente para a operação. "Acho que uma solução negociada que abarcasse todas essas preocupações seria a melhor solução possível. Mas só o tempo irá dizer se isso ocorrerá", completou.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidirá, nesta quarta-feira (4), o futuro do Projeto Gemini, um consórcio firmado entre Petrobras e White Martins para atuar no mercado de gás natural liquefeito (GNL). A Gás Local - com participação de 40% da Petrobras e 60% da White - entrou em operação em 2006 para atuar em regiões não servidas por gasodutos.

A empresa é acusada de adotar práticas anticompetitivas, uma vez que a estatal estaria fornecendo gás natural ao consórcio a preços menores do que o oferecido às distribuidoras de gás nas regiões onde a empresa atua, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, além de prejudicar companhias fornecedoras de gás natural comprimido (GNC), que disputam o mesmo mercado das empresas de GNL.

##RECOMENDA##

Um estudo encomendado pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Gás Natural Comprimido (ABGNC) à FA Consultoria Econômica mostra que, para ter custos competitivos no mercado, a Gemini estaria sendo beneficiada por preços subsidiados da Petrobras. Procurada, a estatal não comenta o assunto.

É com base nesse estudo que a relatora desse caso no Cade, Ana Frazão, decidirá hoje se a autarquia vai dar prosseguimento à investigação. A Comgás também já tinha denunciado ao Cade as condições de venda (com contratos de longo prazo) e a discriminação de preços para a Gemini.

Em 2007, a Petrobras entrou na Justiça contra a decisão do Cade referente ao ato de concentração na formação do consórcio. A Comgás recorreu, no mesmo ano, como empresa terceira interessada no caso, apresentando denúncia à Secretaria de Defesa Econômico (SDE). A distribuidora de gás canalizado pediu ao Cade que investigasse os preços da Petrobras e maior transparência da estatal em relação aos contratos firmados.

O gás natural comprimido representa, assim como o gás natural liquefeito, uma alternativa para consumo do gás natural em locais que não possuem estrutura de dutos. Segundo Horácio Andrés, presidente da ABGNC, esses dois produtos apresentam vantagens por permitir o transporte de maior quantidade de gás por caminhão.

Os custos operacionais para o transporte de GNC são menores quando transportados em um raio de até 200 quilômetros. Acima disso, os custos são mais atraentes para as empresas de GNL. No entanto, o consórcio Gemini estaria atuando nessas duas frentes, levando a suspeita de prática de preços subsidiados.

Entre 2010 e 2011, seis clientes dos associados da ABGNC migraram para o GNL do Gemini, o que não é compatível com a desvantagem de custos que este último teria para atender clientes a menos de 200 quiômetros de distância das plantas de GNC.

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou, nesta sexta-feira, 29, processo administrativo contra dez postos de combustíveis, três proprietários, um agente da polícia civil de Minas Gerais e o sindicato desses postos, o Minaspetro. O processo apura suposto cartel no mercado de combustíveis em Uberlândia (MG), informou o Cade por meio de nota.

O caso teve início a partir de denúncias, acompanhadas de depoimentos e interceptações telefônicas autorizadas judicialmente. Todo esse material foi enviado ao Cade pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais.

##RECOMENDA##

O conselho informa que há indícios de que, em 2009, os proprietários dos postos teriam pressionado, com o apoio de um agente da polícia civil de Minas Gerais, outros donos de estabelecimentos a elevarem os preços cobrados dos consumidores, que estavam em queda naquela época. Para forçar o aumento de preços, os acusados teriam organizado manifestações para dificultar o funcionamento de postos concorrentes.

Empresas e pessoas físicas serão notificadas para apresentar defesa, informa o Cade. Ao final da instrução, a Superintendência-Geral emitirá parecer opinando pela condenação ou pelo arquivamento do processo, e enviará o caso para julgamento final pelo Tribunal do Cade. Se condenados, os envolvidos poderão pagar multas que variam de 0,1% a 20% de seu faturamento.

Por unanimidade, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu aplicar nesta segunda-feira, 9, advertência ao presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinicius Carvalho. Na prática, a punição será "uma mancha" no currículo de Carvalho.

O processo foi aberto após o jornal O Estado de S.Paulo revelar que Carvalho omitiu, em ao menos quatro currículos oficiais, ter trabalhado para o deputado estadual Simão Pedro (PT), responsável por representações que apontavam suspeitas de formação de cartel, superfaturamento e pagamento de propina envolvendo contratos do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

##RECOMENDA##

O Cade, órgão que regula a concorrência empresarial no País, fechou neste ano um acordo de leniência com a Siemens, empresa alemã detentora de uma série de contratos com o governo paulista nas últimas décadas.

De acordo com o presidente da comissão, Américo Lacombe, o motivo que levou à aplicação de advertência a Vinícius Carvalho foi o fato de ele ter assumido a presidência do Cade sem ter sido efetivada a sua desfiliação do Partido dos Trabalhadores.

"Ele (Carvalho) não tomou providências necessárias para cancelar o registro dele do partido. Ele pediu, mas não foi atrás, não foi à Justiça Eleitoral. Tanto que algum tempo depois, depois de ele já ter se desligado do partido, numa relação do partido aparece o nome dele como integrante. Ele já não era mais integrante, mas não tomou esses cuidados, entendeu? Ele não teve essa cautela, foi isso", afirmou Carvalho.

"Ele (Carvalho) não tomou as providencias burocráticas, só isso. Ainda, sem ele saber, ele não teve o cuidado, foi imprudente. Ele já tinha pedido o cancelamento, mas não tomou as providencias totais, completas para que esse cancelamento fosse efetivado. Ele não se considerava mais (filiado ao PT), mas ainda tecnicamente era (filiado)."

Na prática, a aplicação de advertência serve como uma "mancha" no currículo do presidente do Cade, explicou o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. "Vamos imaginar que amanhã ele (presidente do Cade) queira ou alguém o convide pra ser ministro do Supremo (STF). Sabe-se que uma das condições é ter reputação ilibada. Será que ele terá depois de uma advertência? É o que eu pergunto. Eu por enquanto não respondo nada. Porque isso vai depender do tempo. É uma mancha, sem dúvida nenhuma", afirmou Lacombe.

Para Lacombe, não há semelhanças entre o caso Cade e o de Elano Figueiredo, que foi demitido da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), após o jornal "O Estado de S.Paulo" revelar que Figueiredo omitiu do currículo público ter trabalhado para a operadora de saúde Hapvida.

"Ele (presidente do Cade) não omitiu. Ele disse sempre que estava desvinculado do PT. Ele nunca omitiu isso. Ele não tomou as providencias burocráticas, só isso. Ainda, sem ele saber, ele não teve o cuidado, foi imprudente. O outro, não (Elano). O outro fez omissão", disse Lacombe.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando