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O historiador Allan Lichtman, responsável por acertar o resultado de todas as eleições presidenciais norte-americanas desde 1984, deu uma má notícia ao atual presidente Donald Trump. De acordo com o anúncio do professor profeta, quem vai assumir a cadeira na Casa Branca a partir de 2021 é o candidato democrata Joe Biden.

Em um vídeo publicado pelo The New York Times, nessa quarta-feira (5), Lichtman fez sua previsão e criticou a metodologia dos demais analistas. "Os pesquisadores e especialistas cobrem as eleições como se fossem corridas de cavalos", apontou.

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Ele fez parte da minoria que previu a vitória de Trump em 2016, mesmo com as pesquisas contrárias ao seu palpite. “A história nos diz que os eleitores não são enganados pelos truques da campanha. Os eleitores votam pragmaticamente de acordo com o quão bem o partido que mantém a Casa Branca governou o país”, esclareceu.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comutou a sentença de prisão de seu amigo Roger Stone, condenado em fevereiro a 40 meses de prisão por obstruir uma investigação do Congresso ligada à conspiração russa nas eleições de 2016.

"Roger Stone agora é um homem livre!", indicou a Casa Branca em um comunicado dias antes do consultor político republicano de Trump e confidente aparecer na prisão federal para começar a cumprir sua sentença.

Stone foi condenado em novembro passado por mentir ao Congresso, manipular um testemunho e obstruir a investigação da Câmara dos Representantes sobre o apoio da Rússia na campanha de Trump em 2016.

A declaração da Casa Branca reiterou a acusação de Trump de que o procurador especial Robert Mueller investigou um suposto crime que nunca foi cometido.

Ele argumentou que Stone, portanto, nunca deveria ter sido acusado.

"O simples fato é que, se o procurador especial não tivesse realizado uma investigação absolutamente infundada, Stone não seria condenado à prisão", afirmou.

Um grupo de manifestantes tentou derrubar a estátua de um presidente dos Estados Unidos perto da Casa Branca na noite de segunda-feira (22), enquanto a polícia de Washington tentava dispersar o protesto com spray de pimenta.

Desde a morte de George Floyd, um afro-americano que foi sufocado por um policial branco em Minnesota em 25 de maio, uma onda de protestos antirracistas e contra a brutalidade policial se espalhou por todo o país.

Na segunda-feira, várias centenas de manifestantes foram repelidos por pelo menos 100 policiais depois de colocarem cordas em torno da estátua de Andrew Jackson, o sétimo presidente dos Estados Unidos, que fica na Praça Lafayette, a poucos metros da Casa Branca.

"A polícia nos atacou. Eles tomaram a justiça em suas próprias mãos", disse à AFP Raymond Spaine, um afro-americano de 52 anos que limpou os olhos com uma solução de água e sal.

Em 1º de junho, a polícia dispersou uma manifestação pacífica com bombas de gás lacrimogêneo naquela mesma praça, minutos antes de o presidente Donald Trump atravessar a sede do governo para tirar uma foto de si mesmo em frente a uma igreja que havia sido incendiada na noite anterior.

Em resposta aos tumultos derivados dos protestos em algumas cidades, Trump ordenou que as autoridades "dominassem as ruas".

O presidente também ameaçou tirar proveito da Lei da Insurreição, que foi usada excepcionalmente e permite o destacamento das forças armadas nos Estados Unidos.

O Brasil pode superar os Estados Unidos em número de mortes por Covid-19 no dia 29 de julho, indica projeção de um dos principais modelos matemáticos usados pela Casa Branca. O estudo aponta que, se não houver mudança significativa no avanço da pandemia no Brasil, o país terá 137,5 mil mortos e os EUA, 137 mil. As informações são da BBC News.

Para alcançar essa marca de mortes, o número atual teria que quase quadruplicar nos próximos 50 dias. Magnitude semelhante de crescimento ocorreu nos últimos 90 dias, quando o número de mortes no Brasil foi de 10 mil em 9 de março para 38 mil em 9 de junho.

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Segundo a projeção, o Brasil, ao atingir esse patamar, teria tanto o recorde mundial de mortos pelo novo coronavírus quanto o do número de mortes em um dia. Seriam 4.071 mortos em 24h, quase o dobro do recorde atual de 2.262 óbitos, registrados em 14 de abril nos Estados Unidos. Levando em conta a taxa de mortes por 100 mil habitantes, o Brasil superaria os EUA em 10 de julho.

As projeções são do Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade de Washington. Elas se baseiam em muitas variáveis que mudam ao longo do tempo, como o número de casos confirmados e adesão ao isolamento social. 

As estimativas são ajustadas diariamente a partir da atualização dos números oficiais e das estimativas do número real de casos na comunidade.

Os protestos diários em Washington por conta do assassinato de George Floyd fizeram com que o Serviço de Secreto dos Estados Unidos ordenasse a construção de uma cerca ao redor de toda a Casa Branca para proteger o presidente Donald Trump e sua família.

A medida foi ironizada nas redes sociais e por diversas publicações norte-americanas críticas ao mandatário. "Donald Trump está de certa forma, finalmente fazendo seu 'grande, bonito muro' - não ao longo da fronteira sul, lembre-se, mas ao redor da Casa Branca", diz a matéria da revista "Vanity Fair", uma das mais atacadas pelo republicano.

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Segundo a publicação, já havia uma cerca protegendo em parte a residência oficial do presidente, mas ela foi alargada e teve seu tamanho aumentado, como é possível ver nas fotos dos manifestantes na capital norte-americana.

"A nova fortificação - que uma fonte do Serviço Secreto disse à Fox News estar 'no padrão das cercas antimotim e varia entre sete pés e nove pés de altura' - aparece em meio aos dias de protestos pacíficos do lado de fora da Casa Branca", escreveu ainda o jornalista Eric Lutz.

Outra publicação sempre atacada pelo chefe do Executivo norte-americano, a "The Atlantic", também publicou um artigo sobre a nova cerca e destacou que o "presidente Donald Trump está preso dentro da Casa Branca, após um alto e imponente muro ser erguido ao seu redor, e os guardas de prisão em constante observação".

"A cerca pretende manter as pessoas do lado de fora, óbvio, e garantir a segurança para a Casa Branca. Mas, muros não mantêm apenas as pessoas fora - eles mantêm as pessoas dentro também, uma realidade dramatizada pelo fato de que alguns que estão na vigilância sejam agentes do sistema federal de prisões", escreveu o jornalista David A. Graham.

A prefeita de Washington, a democrata Muriel Bowser, lamentou a decisão e mostrou preocupação com a construção da grande cerca, ressaltando que cresceu na capital norte-americana e sempre foi "acostumada a ter acesso às nossas instalações federais e andar na frente da Casa Branca". "Agora, tudo isso está sob ameaça", pontuou Bowser.

Os atos pedindo justiça pela morte de Floyd pelo policial branco Derek Chauvin, no dia 25 de maio, se espalharam por todos os estados norte-americanos, em inúmeras cidades, incluindo Washington. Trump tem sido duramente criticado por sua resposta aos protestos, tendo ameaçado usar a força- até mesmo o Exército - contra os manifestantes.

Segundo o jornal "The New York Times", a família Trump chegou a ser levada para o bunker dentro da Casa Branca durante atos na semana passada.

Entre suas promessas de campanha, Trump tinha como um dos principais pontos a construção de um muro na fronteira entre os EUA e o México, em um projeto de bilhões de dólares, para frear a imigração ilegal. Até hoje, no entanto, o orçamento para a obra total nunca foi aprovado pelo Congresso, tendo a construção começado em partes.

Da Ansa

A Casa Branca defendeu veementemente nesta quarta-feira (3) a polêmica aparição de Donald Trump com a Bíblia na mão em frente a um templo perto da residência presidencial, depois de ordenar a dispersão repressiva a uma manifestação nos arredores do local.

"O presidente queria enviar uma mensagem forte", disse a porta-voz Kayleigh McEnany, garantindo que Trump seguiu os passos de grandes figuras como o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill.

"Ao longo dos séculos, vimos presidentes e líderes experimentarem momentos fortes de liderança e símbolos importantes para um país", disse McEnany.

Foi assim que Churchill agiu, disse ela, "que foi pessoalmente ver os danos causados pelas bombas (em Londres durante a Segunda Guerra Mundial), em uma poderosa mensagem de liderança para o povo britânico".

Trump caminhou na segunda-feira da Casa Branca até a Igreja de São João, um edifício icônico localizado nas proximidades e danificado em meio aos protestos no fim de semana, para fazer uma foto logo após a repressão aos manifestantes.

O fato provocou críticas indignadas dos líderes políticos e religiosos, que também lamentaram que o morador da Casa Branca se apresentasse com uma Bíblia nas mãos diante dos fotógrafos.

Mariann Budde, episcopisa da diocese de Washington, à qual pertence a igreja de São João, classificou como "profundamente ofensivo" o uso de algo sagrado "incorretamente para um gesto político".

Após sete noites de protestos pela morte de George Floyd, espalhados por todo o território dos Estados Unidos, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, decretou um toque de recolher entre 23h e 6h a partir deste domingo (31).

A medida foi tomada após um aumento dos atos na capital do país o que, segundo o jornal "The New York Times", também fez com que o presidente Donald Trump e sua família fossem levados para o bunker da Casa Branca na sexta-feira (29).

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Já a revista "Times" publicou que funcionários do governo informaram que a família não chegou a correr perigo, mas que eles foram levados para lá após manifestantes se aproximarem da residência oficial do mandatário.

As manifestações pela morte de Floyd pelo policial branco Derek Chauvin, ocorrida na última segunda-feira (25, começaram em Minneapolis, mas se espalharam de leste a oeste do país. Os atos pedem justiça para o homem de 46 anos e também uma revisão da postura da polícia contra pessoas negras, evidenciando o racismo na sociedade norte-americana.

Conforme o jornal "Washington Post", já são 2.564 pessoas detidas em protestos em mais de 20 cidades norte-americanas.

Entre elas, está a filha do prefeito de Nova York, Chiara de Blasio, que foi detida na noite deste domingo após se recusar a deixar uma manifestação entre a 12th Street e a Broadway.

- Trump ameaça usar Exército: Após anunciar que classificaria as organizações antifascismo dos Estados Unidos como "grupos terroristas", o presidente dos Estados Unidos ameaçou usar o Exército para conter os protestos nas cidades que são governadas por democratas.

O mandatário também voltou a criticar a imprensa por "fazer de tudo para fomentar o ódio e a anarquia" nos protestos.

Apesar de ter se manifestado logo após o crime, pedindo a intervenção do FBI nas investigações sobre a morte de Floyd, Trump criticou constantemente as manifestações e enviou a Guarda Nacional para Minneapolis para controlar os atos.

Da Ansa

Um alto funcionário da Casa Branca criticou duramente neste domingo (17) os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), aos quais culpou pelos atrasos iniciais dos Estados Unidos na detecção da Covid-19.

"No começo da crise, os CDC, que desfrutavam da maior reputação nesta área em nível mundial, realmente decepcionaram o país nas testagens", declarou o assessor econômico da Casa Branca Peter Navarro à emissora NBC.

"Além disso, conceberam um teste ruim. E isso nos fez ficar para trás", acrescentou. O único teste utilizado nos estágios iniciais da pandemia foi o desenvolvido pelos CDC, segundo uma tecnologia validada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada em todo o planeta.

Mas devido a problemas com os reagentes, os primeiros kits distribuídos nos Estados Unidos apresentaram resultados inconclusivos, nem positivos, nem negativos.

O secretário de Saúde e Serviços Humanos, Alex Azar, saiu em defesa dos CDC, destacando que nunca se supôs que a agência fosse "a coluna vertebral dos testes em massa nos Estados Unidos".

"Não acho que os CDC tenham decepcionado o país. Acredito que os CDC desempenham um papel importante na saúde pública. E o que sempre foi crítico foi incorporar o setor privado", acrescentou Azar em entrevista ao canal CBS.

Os laboratórios públicos dos diversos estados e agentes privados estavam autorizados inicialmente a distribuir seus próprios testes e não puderam agir até 29 de fevereiro, após o anúncio da primeira morte por coronavírus nos Estados Unidos, que hoje soma quase 90.000 falecimentos.

Desde então, o país aumentou enormemente sua capacidade de detecção e mais de 12 milhões de americanos foram testados.

O presidente Donald Trump não deixa de destacar os avanços neste campo, mas a cifra representa apenas 4% da população nacional, o que coloca a primeira potência mundial em 39º lugar, atrás de Itália, Espanha e Rússia segundo o site de estatísticas Worldometer.

Os críticos de Trump temem que a capacidade de detecção seja insuficiente para evitar uma segunda onda de contágios, em um momento em que muitos estados dão os primeiros passos no desconfinamento.

Um segundo funcionário da Casa Branca, que de acordo com relatos da imprensa poderia ser a porta-voz do vice-presidente, deu positivo para o coronavírus, informaram autoridades do governo nesta sexta-feira (8), quando o presidente Donald Trump participou, sem máscara, de uma comemoração pelo fim da Segunda Guerra Mundial ao lado de veteranos com 90 anos de idade.

Um funcionário do alto escalão do governo disse que um membro da equipe do vice-presidente Mike Pence havia testado positivo para coronavírus.

Durante uma reunião com parlamentares republicanos, Trump identificou a pessoa como "Katie" e disse que trabalha na assessoria de imprensa de Pence.

Essa declaração confirma várias informações veiculadas na imprensa de que seria Katie Miller, porta-voz de Pence e esposa de Stephen Miller, um dos conselheiros mais influentes de Trump, com acesso frequente ao Salão Oval.

Katie Miller foi vista ao lado de autoridades na quinta-feira em uma cerimônia ao ar livre organizada por Trump e assistida por dezenas de pessoas, incluindo as esposas de Trump e Pence e muitos integrantes do alto escalão do governo.

Nesta sexta-feira, essa fonte do governo informou que seis pessoas que tiveram contato com infectados pela COVID-19 e que deveriam viajar com Pence tiveram que deixar o avião antes da decolagem da Base Andrews, perto de Washington.

"Como medida de precaução, revisamos todos os contatos recentes da pessoa", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.

"É por isso que pedimos a alguns de nossos funcionários que deixassem o avião. Ninguém mais apresentou sintomas da doença. Pedimos que eles fossem testados e voltassem para casa como precaução", acrescentou.

Na quinta-feira, um porta-voz de Trump declarou que um membro das Forças Armadas que está em estreito contato com o presidente testou positivo para o novo coronavírus.

Trump e Pence foram testados e os resultados foram negativos. Ambos são examinados diariamente.

A secretária de imprensa da Presidência, Kayleigh McEnany, disse que não havia risco de um surto na Casa Branca ou uma ameaça a Trump.

"Tomamos todas as precauções para proteger o presidente", declarou em entrevista coletiva.

A última aparição pública de Trump foi na manhã desta sexta-feira, em uma cerimônia pelo 75º aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

O presidente, de 73 anos, que pertence ao grupo de maior risco para a COVID-19, teve um encontro com oito veteranos de guerra com idades entre 96 e 100 anos.

Nem ele, nem os veteranos usavam máscaras, embora o presidente permanecesse a alguns passos deles.

Segundo McEnany, os veteranos "escolheram colocar seu país em primeiro lugar. Eles queriam estar com seu comandante-em-chefe neste dia importante. Foi uma decisão deles virem aqui".

Usar a máscara é uma questão puramente pessoal, acrescentou.

"Eu nunca mentirei para vocês", disse nessa sexta-feira (1º) Kayleigh McEnany, a nova porta-voz da Casa Branca, relançando uma tradição perdida: as entrevistas coletivas diárias.

Rompendo com uma prática firmemente estabelecida por décadas sob presidentes republicanos e democratas, a Casa Branca abandonou esse ritual há mais de um ano, deixando o presidente Donald Trump como seu próprio porta-voz.

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A jovem secretária de imprensa de 31 anos marcou seu estilo em flagrante contraste com Stephanie Grisham, a quem substituiu em meados de abril e que nunca havia aparecido no pódio.

As porta-vozes anteriores Sarah Sanders e Sean Spicer estavam muito mais presentes na sala de imprensa de James Brady, embora Sanders tenha parado de dar instruções em março de 2019.

Combativa, mas longe dos agressivos ataques do presidente à imprensa de "notícias falsas" e "inimigos do povo", McEnany respondeu às perguntas dos jornalistas por 30 minutos nesta sexta.

A sala de imprensa mais famosa do mundo tem 49 assentos, mas apenas 14 foram ocupados devido a ordens de distanciamento social para impedir a propagação do novo coronavírus.

"Eu nunca mentirei para vocês, vocês têm minha palavra", disse McEnany, observando que planeja "continuar" com os contatos diários.

Sua profissão de fé em sua honestidade e comprometimento será, é claro, testada nos nos próximos meses.

Graduada nas universidades de Georgetown e Harvard, Kayleigh McEnany, que era comentarista da Fox e da CNN antes de se tornar porta-voz da campanha de Trump em 2020, sabe que suas declarações serão cuidadosamente analisadas.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (2) que se submeteu a um segundo exame na Casa Branca desde que a pandemia teve início e que o mesmo deu negativo, assim como o primeiro.

"Eu fiz (o exame) esta manhã", disse Trump durante coletiva de imprensa. "Ele diz que o presidente testou negativo para a COVID-19".

Este é o segundo exame que Trump faz para o novo coronavírus. Desta vez, ele usou um novo método rápido que, segundo ele, leva um minuto para ser feito e menos de 15 para dar o resultado.

"Eu fiz por curiosidade para ver quão rápido funcionaria. É muito mais fácil. Fiz os dois. O segundo é muito mais agradável", afirmou.

O primeiro exame, feito em meados de março, usou um método mais invasivo e os resultados só saíram horas depois.

Trump, de 73 anos, havia resistido inicialmente a se submeter ao teste de coronavírus e argumentava que a doença não era mais grave que a gripe comum e não exigiria a paralisação maciça da economia.

Desde então, tem se apresentado como um "presidente de tempos de guerra" e supervisiona o aumento maciço das capacidades de testagem.

O primeiro exame de Trump foi realizado depois de ele ter tido contato com alguns membros da delegação presidencial brasileira durante visita ao seu resort na Flórida e que testaram positivo para o novo coronavírus.

O presidente americano, Donald Trump, defendeu neste domingo (8) a resposta "perfeitamente coordenada" dos Estados Unidos ao novo coronavírus em meio a críticas pelos cortes na saúde e erros estratégicos que não conseguiram deter sua rápida propagação.

O vírus chegou a 30 estados americanos e matou pelo menos 21 pessoas, enquanto a capital americana anunciou o primeiro caso no sábado (7) e milhões de pessoas em Califórnia, Nova York e mais recentemente Oregon estão em estado de emergência.

Trump, acusado de entregar informação errada sobre o surto, culpou os meios de comunicação em um tuíte mais cedo por tentar fazer com que seu governo "fique mal" à medida que aumentam as críticas pelos quase 500 casos registrados.

"Temos um plano perfeitamente coordenado e ajustado na Casa Branca para nosso ataque ao coronavírus", tuitou.

"Agimos de forma muito precoce para fechar fronteiras em certas áreas, o que foi um presente dos céus. O vice-presidente está fazendo um grande trabalho. Os veículos de notícias falsas está fazendo tudo o possível para que fiquemos mal. Triste!".

Mas Larry Hogan, governador republicano de Maryland, criticou as mensagens de Trump a respeito do surto. O presidente "não se comunicou da forma como eu faria e da forma como gostaria que o fizesse", disse à NBC.

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse que as autoridades federais de saúde tinham sido "pegas de surpresa" e bloqueado a capacidade individual dos estados de responder. "Suas mensagens estão por todas as partes, francamente", disse à Fox News.

Trump foi duramente criticado por contradizer reiteradamente os conselhos de especialistas de sua administração em seus pronunciamentos públicos sobre o coronavírus.

O presidente minimizou a ameaça representada pela epidemia, que matou mais de 3.500 pessoas desde que surgiu na China, sugerindo que os casos estavam "diminuindo substancialmente, não subindo".

Também prometeu falsamente que em breve estaria disponível e assegurou, sem ter provas, que a estimativa oficial da taxa de mortalidade era "falsa".

Desde o começo de fevereiro, o governo Trump se concentrou em bloquear as viagens da China e impor quarentenas em um esforço por manter o vírus fora dos Estados Unidos.

Os epidemiologistas asseguram que o esforço de contenção inicial pode ter atrasado a chegada do vírus, mas acusam a Casa Branca de perder tempo com uma estratégia mais ligada à narrativa política do que ao preparo interno.

A principal queixa é a falta de testes provocada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) que desenvolvem seus próprios kits defeituosos, ao invés de usar os aprovados pela Organização Mundial da Saúde. Os críticos também destacam profundos cortes nos CDC.

O Oregon se tornou o último estado a declarar emergência, ao elevar a 14 os pacientes afetados. A governadora Kate Brown disse que a medida visa a "desbloquear" recursos-chave e estará vigente por pelo menos 60 dias.

O magnata da mídia americano Michael Bloomberg anunciou nesta quarta-feira que deixou a corrida democrata à Casa Branca e declarou apoio a Joe Biden, depois de ter sido desprezado pelos eleitores na Superterça.

"Três meses atrás, entrei na corrida para derrotar o presidente Donald Trump. Hoje, estou saindo da corrida pelo mesmo motivo: derrotar Donald Trump - porque é claro para mim que permanecer nessa situação dificultaria a realização desse objetivo", disse ele em comunicado.

O bilionário, ex-prefeito de Nova York, gastou centenas de milhões de dólares em sua corrida presidencial, mas não conseguiu vencer nenhum dos 14 estados que votaram na Superterça - o dia mais importante das primárias do Partido Democrata.

O pré-candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, recebeu nesta quarta-feira (26) um apoio-chave que aumenta suas esperanças de vencer na Carolina do Sul e deter o avanço de Bernie Sanders, favorito em todo o país para obter a indicação do partido para enfrentar Donald Trump nas eleições de novembro.

O apoio do legislador Jay Clyburn, o democrata mais influente da Carolina do Sul e o afro-americano de mais alto nível no Congresso, poderia consolidar a adesão de Biden entre os eleitores negros, um eleitorado crucial para conseguir a indicação e para que o Partido Democrata vença em novembro.

"A Carolina do Sul deveria votar em Joe Biden", disse Clyburn, em um evento onde o considerou o "melhor preparado" para "restaurar a dignidade e o respeito do país".

Clyburn destacou os oito anos de Biden como vice-presidente de Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos. "Joe continuará o legado de Obama", assegurou em um vídeo no Twitter.

Biden, que até o mês passado liderava as intenções de voto entre os democratas de todo o país, chega abalado à disputa na Carolina do Sul, após ficar em quatro em Iowa, em quinto em New Hampshire e em um distante segundo lugar com relação a Sanders em Nevada.

Mas o ex-vice-presidente confia em que uma vitória no sábado vá projetá-lo para a "Superterça" em 3 de março, quando votam 14 estados e se elege um terço de todos os delegados que definirão o candidato presidencial na convenção do Partido Democrata, em julho.

"Vou vencer na Carolina do Sul", disse na terça-feira à noite Biden, durante um debate televisionado na histórica cidade de Charleston entre os sete principais candidatos na disputa.

"Ganharei o voto afro-americano", insistiu.

Biden, de 77 anos, e primeiro nas pesquisas na Carolina do Sul, mostrou-se combativo diante das câmeras, com permanentes alusões à sua trajetória junto com Obama e comentários dirigidos ao eleitorado negro.

Mas sua leve gagueira e alguns erros continuam gerando dúvidas sobre sua capacidade para enfrentar Trump.

Um oficial do exército que testemunhou na Câmara de Representantes durante o julgamento sobre o impeachment do presidente Donald Trump foi demitido da Casa Branca nesta sexta-feira (7), segundo o seu advogado.

O tenente coronel Alexander Vindman foi escoltado para fora da Casa Branca, onde trabalhava no Conselho de Segurança Nacional, e o seu advogado considera a medida como um ato de vingança por parte do presidente.

Horas antes, Trump teria dito que gostaria que Vindman deixasse a sua função.

"Não estou feliz com ele", disse Trump, que foi absolvido no Senado pelas acusações de abuso de poder e obstrução.

"Acreditam que estou feliz com ele?", perguntou a jornalistas. "Não estou", acrescentou.

Vindman, que foi diretor de Assuntos Europeus no Conselho de Segurança Nacional, foi testemunha da ligação realizada em 25 de julho entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na qual o americano solicitou a investigação do seu adversário político Joe Biden.

Intimado pelo Congresso a testemunhar durante uma das audiências, Vindman, nascido na Ucrânia, disse que os atos de Trump foram "inapropriados".

"É inapropriado que o presidente do Estados Unidos exija que um governo estrangeiro investigue um cidadão americano e adversário político", disse o oficial.

O advogado de Vindman, David Pressman, disse que o oficial do exército foi "escoltado para fora da Casa Branca, onde sempre serviu devidamente ao seu país e ao seu presidente".

"Não há dúvidas na cabeça de nenhum americano do motivo pelo qual o trabalho desse homem acabou", disse Pressman em comunicado.

O presidente Jair Bolsonaro acompanhou nesta quinta-feira (6), pela televisão, a transmissão ao vivo do discurso do presidente Donald Trump, diretamente da Casa Branca, em Washington, nos Estados Unidos.

Na quarta-feira (5), Trump foi absolvido pelo Senado do país no processo de impeachment, aberto no final do ano passado. O presidente brasileiro fez comentários sobre o discurso do norte-americano durante uma transmissão no Facebook (live), acompanhado de auxiliares, incluindo um tradutor. Ele criticou o processo de impeachment, que teria trazido reflexos negativos também para o Brasil.

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"Um processo que atrapalhou os Estados Unidos. Quando atrapalha os Estados Unidos, atrapalha o Brasil também. Ninguém fique pensando que estou aqui bajulando o Donald Trump. Com os Estados Unidos indo bem, quanto menos problemas no mundo, mais fácil para nós tratarmos de nossa relação bilateral", afirmou.

Ao todo, o discurso durou cerca uma hora. Bolsonaro disse que não pode deixar de acompanhar o que de mais importante acontece no mundo. "O motivo de eu estar assistindo aqui é o grande líder mundial [falando], e eu tenho que acompanhar o que está acontecendo", disse. Bolsonaro ainda afirmou que torce pela reeleição do colega norte-americano, que disputará o pleito no segundo semestre.

"Eu estou feliz com o fim do processo de impeachment do Donald Trump, um processo político, e vamos respeitar o Legislativo. É ano de eleições, vai facilitar a reeleição do Donald Trump. Bem preciso dizer que torço por ele, não tenho problema nenhum em dizer que torço por ele. Acho que ajuda o Brasil a ir bem também". 

Durante a transmissão, Bolsonaro confirmou que irá novamente aos Estados Unidos este ano, em viagem prevista para o mês de março. "Está prevista uma viagem minha aos EUA, agora em março. Não sabemos se vou me encontrar com o presidente americano ainda. É uma viagem com um senador norte-americano, vamos tratar de questões empresariais, acordos com o Brasil também", disse.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu nesta quarta-feira (5) na Casa Branca Juan Guaidó mas, um ano depois de o líder parlamentar se autoproclamar presidente interino, num encontro que foi ofuscado pelo julgamento do processo de impeachment do americano.

A reunião carregada de simbolismos aconteceu às 14h15 (horário local), quando Guaidó foi recebido por Trump na porta da Casa Branca, escoltado por uma guarda de honra.

É um incentivo importante para o líder da oposição, que Washington e mais de cinquenta governos reconhecem como presidente interino de seu país, e que também está hospedado na residência de líderes estrangeiros localizada em frente à Casa Branca, onde a bandeira venezuelana agora tremula.

"A visita é uma oportunidade para reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com o povo da Venezuela e discutir como trabalhar com o presidente Guaidó para acelerar uma transição democrática", afirmou a Casa Branca em comunicado, no dia em que Trump foi absolvido do impeachment.

A Casa Branca cancelou abruptamente o acesso à reunião no Salão Oval, que estava agendada um pouco antes da votação no Senado.

Guaidó participou na noite de terça-feira como convidado no discurso anual sobre o Estado da União no Capitólio, durante o qual Trump o apresentou como "o presidente verdadeiro e legítimo" da Venezuela e prometeu "esmagar" a tirania do governo de Nicolás Maduro.

Trump descreveu Guaidó, um engenheiro de 36 anos que se tornou político, como "um homem muito corajoso que carrega consigo as esperanças, sonhos e aspirações de todos os venezuelanos".

Guaidó foi aplaudido de pé de republicanos e democratas, numa época em que o clima político em Washington é marcado por divisão.

Para Guaidó, o convite é um incentivo que encerra sua viagem ao exterior, iniciada há duas semanas com uma reunião com o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo.

Ele também foi a Davos, na Suíça, sede do Fórum Econômico Mundial, e para a França, onde foi recebido pelo presidente Emmanuel Macron. Depois, visitou o primeiro-ministro Justin Trudeau, no Canadá, e neste fim de semana realizou uma manifestação com venezuelanos que moram em Miami.

"Continuaremos a trabalhar com nossos parceiros na região para enfrentar a ditadura ilegítima na Venezuela", afirmou a Casa Branca.

- Com Almagro na OEA -

Depois, Guaidó visitou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a única organização financeira multilateral que o reconhece.

"Estamos trabalhando há muito tempo para estarmos prontos para dia em que o presidente Guaidó tiver todos os instrumentos de poder", disse o presidente do BID, Luis Alberto Moreno.

Guaidó, que na quinta-feira será recebido na Organização dos Estados Americanos (OEA) pelo seu secretário da entidade, Luis Almagro, às 15H30, horário local (12H30 de Brasília), disse que está procurando "as ferramentas e oportunidades para desenvolver um país novamente".

Esta série de apoio é importante após ter passado mais de um ano desde que Guaidó se autoproclamou presidente interino, depois que Maduro assumiu um segundo mandato questionado após irregularidades nas eleições de 2018.

O sucessor de Hugo Chávez permanece no poder, apesar das sanções dos Estados Unidos, incluindo um embargo de fato ao petróleo bruto da Venezuela que é crucial para sua economia, em forte recessão desde 2013.

Maduro conta com o apoio da China e Rússia.

Um funcionário do governo americano expressou nesta quarta-feira "preocupação" com o papel da petrolífera russa Rosneft como parceira comercial da Venezuela.

"Estamos muito preocupados com o comportamento da Rosneft", disse a autoridade a repórteres sob condição de anonimato. O ministro do Exterior da Rússia, Sergey Lavrov, visitará Caracas esta semana.

- "Um fracasso" da política contra Maduro -

O tratamento de Guaidó durante o discurso presidencial sobre o Estado da Nação gerou rejeição em Caracas. O governo Maduro denunciou as "ameaças violentas" de Trump após o presidente Trump prometer "esmagar" a "tirania" na Venezuela.

O convite da visita de Guaidó aos Estados também gerou críticas de parlamentares norte-americanos que desejam que o apoio se traduza em benefícios migratórios para os venezuelanos.

"Um convite é fácil. Garantir a proteção do TPS para quem foge da Venezuela exige que Trump desafie sua base xenofóbica", disse a congressista Debbie Wasserman Schultz no Twitter, referindo-se ao Estatuto de Proteção Temporária (TPS), que os Estados Unidos concedem a países cujas circunstâncias isentam seus cidadãos de deportação.

Trump promove uma política de imigração dura, que foi a base de sua campanha, enquanto vários congressistas buscam pressionar as leis para proteger os migrantes venezuelanos.

O chefe da minoria democrata do Senado, Chuck Schumer, disse que a política de Trump sobre a Venezuela "fracassou".

"Se a política estivesse funcionando, Juan Guaidó não estaria na galeria, ele estaria na Venezuela, ele estaria sentado no palácio presidencial", disse o líder democrata.

Em meio à situação caótica da economia venezuelana caracterizada por recessão aguda e hiperinflação, 4,7 milhões de pessoas fugiram do país, segundo dados da ONU.

Ao denunciar uma investigação "injusta", a Casa Branca anunciou no domingo (1°) à noite que recusa o convite para participar em uma audiência no Congresso dos Estados Unidos que marca o início de uma nova fase no processo de destituição contra o presidente Donald Trump.

Após dois meses de investigação, a Câmara de Representantes - de maioria democrata - começa nesta semana o debate jurídico para determinar se as alegações contra o presidente são suficientemente graves para justificar uma acusação contra Trump e a abertura de um julgamento político.

O Comitê Judicial da Câmara deve iniciar a avaliação do tema na quarta-feira em uma audiência com especialistas constitucionais. Trump foi convidado a participar pessoalmente, por meio de seus advogados ou enviando perguntas escritas às testemunhas.

Mas a Casa Branca rejeitou o convite.

"Não podem esperar que participemos de maneira justa em uma audiência quando as testemunhas ainda devem ser designadas e enquanto continua sem ser explicado se o Comitê Judicial permitirá ao presidente um processo justo por meio de audiências adicionais", escreveu o advogado da Casa Branca, Pat Cipollone, em uma carta ao presidente do comitê, Jerry Nadler.

"Sob as atuais circunstâncias não pretendemos participar em sua audiência de quarta-feira. Mas se realmente decidirem fazer um processo justo no futuro, poderíamos avaliar participar", completou.

Trump está no meio de uma tempestade política porque pediu à Ucrânia uma investigação sobre Joe Biden, um de seus potenciais adversários na eleição presidencial de 2020 e cujo filho integrou a diretoria de uma grande empresa de gás no país do leste europeu.

O presidente republicano afirma que estava em seu direito de apontar um possível caso de corrupção e alega que não exerceu nenhuma pressão sobre Kiev.

Mas a oposição democrata está convencida de que Trump abusou de seu poder para favorecer sua campanha de reeleição, especialmente ao bloquear uma ajuda militar de quase 400 milhões de dólares destinada a um país que está em guerra com a Rússia.

Durante dois meses, a Câmara de Representantes avançou na investigação. Embora a Casa Branca tenha se recusado a cooperar, o Congresso ouviu 15 depoimentos que apresentaram elementos comprometedores para o presidente.

"A questão é saber se constituem um ato de traição, corrupção ou outros crimes ou delitos graves", afirmou a representante democrata Zoe Lofgren, ao citar os motivos para impeachment mencionados na Constituição dos Estados Unidos.

Depois de permanecer à margem da fase de investigação, Trump foi convidado a apresentar sua defesa durante a nova etapa do processo.

"O presidente deve decidir: pode usar a oportunidade de estar representado nas audiências ou pode parar de reclamar", afirmou Nadler na semana passada.

O Comitê Judicial deve considerar ao menos quatro acusações ou artigos de impeachment: abuso de poder, corrupção, menosprezo ao Congresso e obstrução de justiça.

Os republicanos parecem preparados para refutar tudo. "Estejam preparados para um espetáculo sem substância", declarou Doug Collins, o congressista responsável por liderar o contra-ataque.

Collins afirma que o presidente "não fez nada errado".

Uma vez redigidos, os artigos de acusação seriam submetidos a uma votação na Câmara de Representantes, o que pode acontecer antes do Natal.

Levando em consideração a maioria democrata na Câmara, Trump tem grandes probabilidades de entrar para os livros de história como o terceiro presidente a ser acusado, depois de Andrew Johnson em 1868 e Bill Clinton em 1998, ambos depois exonerados. Richard Nixon renunciou antes da etapa definitiva do processo, em 1974.

O Senado seria o responsável por julgar em seguida do presidente, com a necessidade de maioria de dois terços para a destituição, o que parece bastante improvável. Os republicanos são maioria no Senado e, no momento, apoiam Trump em peso.

A Força Aérea dos Estados Unidos mobilizou caças devido à entrada de uma aeronave não identificada no espaço aéreo restrito de Washington, o que forçou a Casa Branca e o Capitólio a fecharem brevemente.

O comandante Andrew Hennessy, porta-voz do Comando Norte-americano de Defesa Aeroespacial (NORAD), disse à AFP que um rastro tinha aparecido nos radares na primeira hora desta terça, provocando preocupação.

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"Algo que emitiu um sinal que nosso radar registrou" acendeu o alarme, explicou. Um helicóptero deslocado pelo NORAD para investigar o que parecia ser um avião não identificado não encontrou nada na zona restrita.

"Não havia aeronave a interceptar", disse Hennessy, que não quis especular se tinha sido um bando de pássaros que havia disparado o alerta.

Hennessy também considerou incorreta uma mensagem publicada no Twitter pelo NORAD horas antes em que dizia que caças tinham sido enviados para interceptar a ameaça.

"Estes aviões participavam de um exercício previsto na região", acrescentou. As restrições para entrar no espaço aéreo da capital dos Estados Unidos foram endurecidas após os ataques de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.

Os jihadistas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões naquele dia. Dois foram jogados contra as Torres Gêmeas de Nova York, um terceiro contra o Pentágono, nos subúrbios de Washington.

Este último caiu em um campo na Pensilvânia quando ele estava indo, com toda a probabilidade, para a Casa Branca ou o Congresso.

Desde então, baterias de mísseis e aviões de combate monitoram a capital dos Estados Unidos. Mas algumas vezes algum alerta passa despercebido.

Em 2015, um sexagenário chegou a pousar seu helicóptero a alguns metros do Congresso após ter lançado cartas nas quais denunciava a "corrupção" do sistema político americano.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, de maioria democrata, deu mais um passo no processo de impeachment de Donald Trump, ao aprovar as regras para a próxima fase do inquérito, o que inclui audiências públicas.

Na votação, considerada um importante teste para a continuidade do impeachment, as regras do processo estabelecidas pelo Partido Democrata foram aprovadas por 232 a 196. Nenhum republicano votou a favor, enquanto dois democratas ficaram contra. Foi decidido também que o presidente poderá comparecer ao Congresso para se defender.

"Hoje é um dia triste. Ninguém veio ao Congresso para destituir um presidente", afirmou a porta-voz da Casa, a democrata Nancy Pelosi, segundo publicado pela agência Reuters.

O republicano é acusado de colocar a segurança nacional em risco ao pedir ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, ajuda para investigar o pré-candidato presidencial democrata Joe Biden e seu filho Hunter, que trabalhou até o início deste ano em uma empresa de gás ucraniana. Segundo os opositores de Trump, ele usou seu poder na Casa Branca para obter vantagens pessoais.

Os republicanos, por seu lado, acusam os adversários de querer derrubar os resultados das eleições de 2016. As eleições presidenciais americanas acontecem no ano que vem.

A Casa Branca disse que os democratas têm uma "obsessão desequilibrada" pelo impeachment. Por meio do Twitter, Trump acusou o processo de ser a "maior caça às bruxas da história americana". Ele nega que tenha cometido qualquer irregularidade.

Se aprovado, impeachment segue para o Senado

A abertura do impeachment foi anunciada em 24 de setembro por Pelosi. O pedido se baseia em uma ligação de Trump para Zelensky realizada em 25 de julho. O conteúdo da conversa foi divulgado em setembro, após uma denúncia anônima de um agente da inteligência americana.

Caso a Câmara aprove o impeachment, o Senado, de maioria republicana, faria um julgamento do caso. Trump, no entanto, ao contrário do que acontece segundo as regras brasileiras, não seria removido do cargo durante o processo. Para ser aprovado, é preciso dois terços dos votos, o que parece improvável numa Casa controlada pelo partido do presidente.

Da Sputnik Brasil

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