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Na lanterna do Campeonato Brasileiro, a Chapecoense luta para evitar o seu primeiro rebaixamento na história e o agravamento de sua situação financeira. Desde que subiu para a elite nacional, em 2014, a equipe catarinense nunca passou por tantas dificuldades sob o ponto de vista econômico. Nem mesmo quando houve a tragédia que causou a morte da maior parte do elenco.

Antes da queda do avião em novembro de 2016, a Chapecoense era até citada como exemplo de administração e equilíbrio das contas. Após o acidente e a morte de alguns dirigentes, entre eles o presidente Sandro Pallaoro, as coisas começaram a mudar e a situação se agravou do ano passado para cá, quando os recursos diminuíram e os gastos aumentaram.

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De acordo com Paulo Magro, presidente em exercício no clube (ele ocupa o cargo de Plinio David de Nes Filho, que pediu licença por problemas médicos), houve uma sequência de complicações: mudanças na cota de TV, contratações erradas, constantes alterações de técnicos, queda no número de sócio-torcedor e as indenizações para as famílias dos mortos no acidente fizeram com que o time entrasse em parafuso financeiro. Já é sabido que o clube fechará o ano em déficit.

"Em 2017, montamos um bom time e conseguimos a classificação para a Libertadores graças a uma grande ajuda dos outros clubes. Palmeiras, Cruzeiro, Grêmio, Inter, vários nos ajudaram e esses clubes pagavam a maior parte dos salários, o que facilitou para nós. Mas, em 2018, as coisas mudaram", explicou Magro.

A folha salarial da Chapecoense era de R$ 57 milhões na temporada, mas ela pagou apenas R$ 42 milhões. O restante foi quitado por outros clubes. A Chapecoense encerrou 2017 com saldo positivo de R$ 22 milhões, mas tudo mudou em um ano. Em 2018, contratações mais caras e apostas "furadas" para a Copa Libertadores começaram a mexer no caixa. "Somado a isso, tivemos trocas de treinadores, que renderam gastos extras", afirmou o dirigente.

Em 2017, foram quatro treinadores: Vagner Mancini, Vinícius Eutrópio, Emerson Cris (interino) e Gilson Kleina, que iniciou 2018 no comando do clube, até ser trocado por Guto Ferreira e, pouco depois, Claudinei Oliveira assumiu o cargo. Neste ano, já foram três técnicos: Emerson Cris assumiu duas vezes, sendo a segunda de forma efetiva, e o time ainda teve Ney Franco e Marquinhos Santos, o atual treinador.

A queda para a Série B pode fazer com que a Chapecoense feche o ano com R$ 36 milhões de déficit. Se conseguir se manter na elite, as coisas ficam um pouco melhor, já que o clube irá receber um valor pelos direitos de transmissão que varia de acordo com a posição. Se ficar em 16.º, por exemplo, receberá R$ 11 milhões e o rombo nos cofres vai cair para "apenas" R$ 25 milhões.

Parte da dívida se refere aos acordos trabalhistas feitos com os familiares das vítimas do acidente de 2016. Magro diz que o valor representa cerca de 10% das dívidas e 80% dos acordos já foram fechados. "Temos duas folhas de pagamento: dos jogadores e funcionários e a dos familiares e vítimas do acidente", comentou.

O número de sócios-torcedores também impactou nas finanças. O clube chegou a ter 12 mil sócios, número alcançado pouco depois do acidente aéreo, mas foi caindo e hoje são 8.500 associados. Por isso, o clube tem feito uma campanha para recuperar seus sócios. Até as cotas de TV, algo que salva as finanças dos clubes, têm sido um problema em Chapecó (SC).

A previsão no início da temporada era a entrada de R$ 10 milhões referentes aos direitos de transmissão dos jogos do Brasileirão para o exterior. Era o valor que a CBF projetava enviar aos clubes, mas as negociações não saíram como o esperado e a Chapecoense recebeu apenas R$ 1,8 milhão.

Tudo isso fez com que a diretoria chamasse os atletas para uma reunião e negociasse a forma de pagamento dos direitos de imagem que estavam em atraso. Os salários estão em dia, mas não se sabe até quando. O clube que já viveu a maior tragédia do futebol brasileiro e se reergueu precisa mais uma vez mostrar a sua força.

Após a frustração de perder a final da Copa do Brasil para o Athletico-PR, o Internacional voltou a vencer. Neste domingo, o time gaúcho superou a Chapecoense por 1 a 0 no Beira-Rio, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, e emplacou o quarto triunfo seguido pelo torneio nacional.

O time colorado chegou a ter dois gols anulados pelo árbitro de vídeo antes de garantir o resultado nos minutos finais. O primeiro foi invalidado em razão de impedimento e o segundo, por conta de uma falta.

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Com a vitória, o Inter se manteve na quarta colocação, agora com 36 pontos. Flamengo, com 45, Palmeiras, com 39, e Santos, com 37, completam o topo da tabela. Desses, apenas o time paulista ainda joga na rodada.

Em situação oposta, a Chapecoense está na penúltima colocação com 14 pontos, acima apenas do rival Avaí, que tem um ponto a menos. O Fluminense, primeiro time fora da zona do rebaixamento, já soma quatro pontos a mais do que a Chapecoense e ainda joga neste domingo contra o Goiás.

O Inter começou melhor no primeiro tempo e dominou o adversário. De tanto insistir, Wellington Silva chegou a balançar as redes aos 31 minutos, mas o gol foi anulado por impedimento de Paolo Guerrero após consulta do árbitro de vídeo.

O gol invalidado deixou o time gaúcho ainda mais impaciente, tentando resolver a partida com pressa e forçando lançamentos diretos buscando o peruano Guerrero.

Na segunda etapa, a Chapecoense conseguiu equilibrar a partida. O time visitante deixou de ficar fechado como fazia na primeira metade do jogo e passou a incomodar o adversário não apenas nos contra-ataques, mas também construindo jogadas com tabelas de pé em pé quando tinha a posse de bola.

A pressão do Inter só se intensificou nos minutos finais e até parecia que tinha surtido efeito aos 35 minutos, quando Neílton aproveitou a sobra dentro da área e completou para o gol. No entanto, o lance foi anulado mais uma vez com o auxílio do VAR, frustrando ainda mais o torcedor presente ao Beira-Rio.

Pouco depois, aos 39, Rodrigo Lindoso aproveitou rebote do goleiro após cobrança de escanteio e finalmente o gol valeu, para alívio do Internacional e de seus torcedores.

O Inter volta a campo na próxima quarta-feira, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, para enfrentar o líder Flamengo, no Maracanã, às 21h30, enquanto a Chapecoense só joga no domingo, dia 29 de setembro, contra o Athletico-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba. O duelo contra o Corinthians, na Arena Condá, foi adiado para o dia 2 de outubro.

FICHA TÉCNICA

INTERNACIONAL 1 X 0 CHAPECOENSE

INTERNACIONAL - Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel (Neilton); Rodrigo Lindoso, Edenílson e Patrick; Nico López (Sarrafiore), Guerrero e Wellington Silva (Guilherme Parede). Técnico: Odair Hellmann.

CHAPECOENSE - Tiepo; Eduardo, Gum (Maurício Ramos), Rafael Pereira (Douglas) e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Elicarlos e Camilo; Arthur Gomes, Renato (Henrique Almeida) e Everaldo. Técnico: Marquinhos Santos.

GOL - Rodrigo Lindoso, aos 39 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Diego Pombo Lopez (BA).

CARTÕES AMARELOS - Tiepo, Gum, Camilo e Everaldo (Chapecoense).

RENDA - R$ 904.128,00.

PÚBLICO - 20.104 pagantes (24.362 total).

LOCAL - Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

A Chapecoense continua em busca de um treinador para a sequência do Campeonato Brasileiro. Isso porque o plano A foi por água abaixo. Nesta quarta-feira, o clube anunciou por meio de uma nota oficial que as conversas com Lisca estão encerradas.

"A Chapecoense informa que a negociação com o treinador Lisca está encerrada. O treinador, através de seus empresários, justificou que tem o desejo de iniciar um trabalho desde o princípio e não tem a intenção de assumir nenhum compromisso neste restante de ano", disse a nota oficial.

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Lisca está sem clube desde o dia 21 de abril, quando foi demitido pelo Ceará após ser derrotado na final do Campeonato Cearense pelo rival Fortaleza. Recentemente, seu nome chegou a ser especulado no São Bento, de Sorocaba (SP), que contratou Milton Mendes.

A diretoria da Chapecoense acredita ser necessário a chegada de um treinador mais experiente para livrar o clube do rebaixamento. Principalmente porque o aproveitamento do interino Emerson Cris é de apenas 28,50%.

Com uma vitória em sete jogos sob o comando do interino - além de três empates e três derrotas -, a Chapecoense amarga a 19.ª e penúltima colocação do Brasileirão, com 14 pontos. Primeiro time fora da degola, em 16.º lugar, o Cruzeiro tem 18.

Neste sábado, a Chapecoense faz um confronto direto na briga contra o rebaixamento contra o Vasco, às 19 horas, na Arena Condá, em Chapecó (SC), pela 19.ª rodada, a última do primeiro turno.

Quase três anos após a queda do avião, em novembro de 2016, representantes da Associação das Famílias das Vítimas do Voo da Chapecoense (Afav-C), Fabienne Belle e Mara Paiva estão na expectativa de um encontro com o presidente, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. A audiência, está marcada para a tarde da próxima terça-feira (20) e foi intermediada pelo senador Jorge Kajuru (Patriota – GO).

O senador já tinha uma reunião prevista com o presidente e conseguiu incluir na pauta a situação das famílias que ainda aguardam um acordo de indenização que considerem justo. Também devem participar os senadores Romário (Podemos- RJ), Leila Barros (PSB-DF) e o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS).

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No encontro a Afav-C quer saber de Bolsonaro de que maneira o governo brasileiro poderia, por vias diplomáticas, ajudar na batalha judicial que envolve a empresa Lamia, dona da aeronave, a seguradora Aon, as autoridades bolivianas e colombianas de aviação e as famílias das vítimas. Segundo a associação, na apólice da segurada Aon para o voo há pontos “inaceitáveis”. Um deles, explicou Mara Paiva, é que mesmo sabendo que a boliviana Lamia operava frequentemente voos para a Colômbia, uma cláusula de exclusão territorial, exime a empresa de responsabilidade em caso de acidente em território colombiano. Outra queixa das famílias é a aprovação de um plano de voo, sem pausa para abastecimento, de uma aeronave que não tinha automima para voar de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia para o Aeroporto  José Maria Córdova, em Rionegro, na Colômbia.

 “Precisamos envolver o governo na causa e tratarmos deste tema diretamente com o presidente Bolsonaro. A última esperança das famílias que perderam seus entes queridos é o governo brasileiro. Elas precisam de ajuda e tenho certeza que o presidente vai entender”,  afirmou Romário.

Indenizações

Até agora o escritório que representa a seguradora,  já fechou acordos com 23 famílias das vítimas, pagando U$ 225 mil dólares para cada uma em condição de auxílio. Em troca, elas abriram mão de ações contra seguradoras e autoridades regulatórias.

Representantes das famílias das vítimas questionam o valor. Elas afirmam que até meses antes da queda do avião da Lamia, o valor da apólice que era  UD 300 milhões de dólares, passou a ser de UD 25 milhões de dólares.

“ As famílias depositam sua última esperança no Senado e no governo brasileiro. Temos que ir ao presidente da República, pois a maior parte das ações movidas pela Afav-C prescrevem em novembro. É preciso que o Itamaraty seja acionado e estabeleça um plano de ação junto às autoridades colombianas e bolivianas”, cobrou o senador  Kajuru.

CRE

O assunto tem sido debatido desde o ano passado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado que já realizou três audiências públicas, duas delas somente este ano. Na última semana, o advogado inglês Alex Stovold, representando o escritório de advocacia Clyde & Co. lembrou que além da cláusula de exclusão, a Lamia havia parado de pagar as apólices, o que também eximiria as seguradoras, conforme a lei daquele país.

Já o zagueiro Neto, um dos seis sobreviventes da tragédia, também participou da audiência. Chorou ao lembrar do pânico que tomou conta da delegação quando perceberam que o avião havia entrado em colapso.

“ Perdi muitos amigos extremamente queridos, que me fizeram melhorar enquanto jogador e, mais do que isso, enquanto ser humano. Éramos de fato um grupo muito unido, éramos amigos fora do campo, nossas famílias se encontravam nos momentos de folga, nossos filhos eram amigos uns dos outros. Só Deus sabe o que eu e minha família já sofremos desde essa tragédia. O que dói tanto quanto a tragédia é a impunidade. Que o Brasil não seja de novo o país da impunidade, não aguento mais ver nosso país assim”.

 Histórico

A aeronave da Lamia trazia 77 pessoas a bordo. Entre os passageiros estavam os jogadores, a equipe técnica da Chapecoense, jornalistas e convidados que iriam a Medelin, onde o clube disputaria a primeira partida da final da Copa Sul- Americana contra o Atlético Nacional . Entre passageiros e tripulantes 71 pessoas morreram.

 

Quase três anos após a queda do avião, em novembro de 2016, representantes da Associação das Famílias das Vítimas do Voo da Chapecoense (Afav-C), Fabienne Belle e Mara Paiva estão na expectativa de um encontro com o presidente, Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. A audiência, está marcada para a tarde da próxima terça-feira (20) e foi intermediada pelo senador Jorge Kajuru (Patriota – GO).

O senador já tinha uma reunião prevista com o presidente e conseguiu incluir na pauta a situação das famílias que ainda aguardam um acordo de indenização que considerem justo. Também devem participar os senadores Romário (Podemos- RJ), Leila Barros (PSB-DF) e o presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS).

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No encontro a Afav-C quer saber de Bolsonaro de que maneira o governo brasileiro poderia, por vias diplomáticas, ajudar na batalha judicial que envolve a empresa Lamia, dona da aeronave, a seguradora Aon, as autoridades bolivianas e colombianas de aviação e as famílias das vítimas. Segundo a  associação, na apólice da segurada Aon para o voo há pontos “inaceitáveis”. Um deles, explicou Mara Paiva, é que mesmo sabendo que a boliviana Lamia operava frequentemente voos para a Colômbia, uma cláusula de exclusão territorial, exime a empresa de responsabilidade em caso de acidente em território colombiano. Outra queixa das famílias é a aprovação de um plano de voo, sem pausa para abastecimento, de uma aeronave que não tinha automima para voar de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia para o Aeroporto  José Maria Córdova, em Rionegro, na Colômbia.

“Precisamos envolver o governo na causa e tratarmos deste tema diretamente com o presidente Bolsonaro. A última esperança das famílias que perderam seus entes queridos é o governo brasileiro. Elas precisam de ajuda e tenho certeza que o presidente vai entender”,  afirmou Romário.

Indenizações

Até agora o escritório que representa a seguradora,  já fechou acordos com 23 famílias das vítimas, pagando U$ 225 mil dólares para cada uma em condição de auxílio. Em troca, elas abriram mão de ações contra seguradoras e autoridades regulatórias.

Representantes das famílias das vítimas questionam o valor. Elas afirmam que até meses antes da queda do avião da Lamia, o valor da apólice que era  UD 300 milhões de dólares, passou a ser de UD 25 milhões de dólares.

“ As famílias depositam sua última esperança no Senado e no governo brasileiro. Temos que ir ao presidente da República, pois a maior parte das ações movidas pela Afav-C prescrevem em novembro. É preciso que o Itamaraty seja acionado e estabeleça um plano de ação junto às autoridades colombianas e bolivianas”, cobrou o senador  Kajuru.

CRE

O assunto tem sido debatido desde o ano passado pela Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado que já realizou três audiências públicas, duas delas somente este ano. Na última semana, o advogado inglês Alex Stovold, representando o escritório de advocacia Clyde & Co. lembrou que além da cláusula de exclusão, a Lamia havia parado de pagar as apólices, o que também eximiria as seguradoras, conforme a lei daquele país.

Já o zagueiro  Neto, um dos seis sobreviventes da tragédia, também participou da audiência.  Chorou ao lembrar do pânico que tomou conta da delegação quando perceberam que o avião havia entrado em colapso.

“ Perdi muitos amigos extremamente queridos, que me fizeram melhorar enquanto jogador e, mais do que isso, enquanto ser humano. Éramos de fato um grupo muito unido, éramos amigos fora do campo, nossas famílias se encontravam nos momentos de folga, nossos filhos eram amigos uns dos outros. Só Deus sabe o que eu e minha família já sofremos desde essa tragédia. O que dói tanto quanto a tragédia é a impunidade. Que o Brasil não seja de novo o país da impunidade, não aguento mais ver nosso país assim”.

Histórico

A aeronave da Lamia trazia 77 pessoas a bordo. Entre os passageiros estavam os jogadores, a equipe técnica da Chapecoense, jornalistas e convidados que iriam a Medelin, onde o clube disputaria a primeira partida da final da Copa Sul- Americana contra o Atlético Nacional . Entre passageiros e tripulantes 71 pessoas morreram.

A Chapecoense entra em campo nesta segunda-feira querendo acabar com um jejum de pouco mais de dois meses para respirar no Campeonato Brasileiro. Na Arena Grêmio, em Porto Alegre, o time catarinense enfrenta o Grêmio, às 20 horas, pela 13.ª rodada.

A última vitória alviverde ocorreu no dia 26 de maio sobre o Cruzeiro, por 2 a 1, em Belo Horizonte. Depois disso, foram quatro derrotas e dois empates. Com nove pontos, o time está na zona de rebaixamento.

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Sem fazer mistério, o técnico Emerson Cris confirmou qual será a escalação inicial da Chapecoense. O zagueiro Douglas foi vetado pelo departamento médico e será substituído por Maurício Ramos. Outro desfalque é o atacante Henrique Almeida, que pertence ao Grêmio. Arthur Gomes entra em seu lugar.

Em busca da sua primeira vitória desde que assumiu o lugar de Ney Franco, Emerson Cris tem boas lembranças do adversário. Em 2017, também na Arena Grêmio, o treinador interino ganhou do Grêmio por 1 a 0. Na época, ele entrou no lugar de Vinícius Eutróprio.

"Espero que se repita. Nada acontece por acaso. A gente está trabalhando forte e estudamos muito o adversário. Nesse momento, tentamos fechar todas as pontes para deixar tudo em condições de fazer um bom trabalho", afirmou Emerson Cris.

Em jogo de poucos lances de perigo, em que predominaram os erros individuais, Chapecoense e Bahia não saíram do 0 a 0 na manhã deste domingo, na Arena Condá, em Chapecó, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O resultado é ruim para os dois times na sequência da competição.

Com nove pontos, a Chapecoense segue dentro da zona do rebaixamento, ocupando a 18ª posição, atrás do 17º Fluminense pelo saldo de gols (-5 a -9 para os cariocas). O Bahia, com 16 pontos, perdeu a oportunidade de encostar na briga pelas primeiras posições e segue no meio da tabela, agora na 11ª colocação.

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Os dois times ainda não venceram na retomada do torneio depois da Copa América e amargam uma série de partidas sem vitória. O time catarinense está há seis jogos sem vencer e não triunfa desde a sexta rodada, no final de maio, quando derrotou o Cruzeiro no Mineirão.

Já a equipe baiana saiu vitoriosa pela última na sétima rodada, em 1º de julho, quando fez 1 a 0 no Grêmio. Entre Brasileirão e Copa do Brasil, o Bahia tem sete jogos sem triunfar, com quatro empates e três derrotas.

O JOGO - O primeiro tempo teve poucos lances de perigo, com os dois times brigando muito pela posse de bola no meio de campo, mas construindo poucas jogadas de ataque. E não foi culpa da névoa, que tomou conta da Arena Condá antes do jogo, mas foi embora aos poucos e permitiu a realização da partida. Faltou, mesmo, criatividade e inspiração para as duas equipes.

Aos 38 minutos, a Chapecoense chegou a balançar as redes em lance polêmico. O goleiro Douglas Friedrich, do Bahia, tentou cortar um cruzamento e acabou sofrendo falta. O árbitro paraense Dewson Freitas da Silva não marcou nada e, mesmo após Henrique Almeida pegar a sobra e completar para o gol, o juiz seguiu sem fazer nenhuma sinalização. No entanto, após a consulta ao árbitro de vídeo, ele constatou falta no goleiro e anulou o gol.

A partida seguiu pouco movimentada na segunda etapa. Mesmo com substituições ofensivas, como as entradas de Arthur Gomes e Diego Torres na Chapecoense, e Fernandão, Shaylon e Clayton no Bahia, os dois times mostraram pouco repertório ofensivo.

A maioria das tentativas de ataque eram em bolas alçadas para a área, nas quais as defesas levavam vantagem, ou em chutes de longa distância, mas sem direção. Dessa forma, o placar final não poderia ser outro senão o empate sem gols.

O Bahia volta a campo no próximo domingo, às 16 horas, quando recebe o Flamengo, na Fonte Nova, em Salvador, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na segunda-feira, dia 5 de agosto, às 20 horas, a Chapecoense enfrenta o Grêmio, em Porto Alegre.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE 0 X 0 BAHIA

CHAPECOENSE - Tiepo; Eduardo, Gum, Douglas (Maurício Ramos) e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Augusto, Gustavo Campanharo e Camilo (Diego Torres); Henrique Almeida (Arthur Gomes) e Everaldo. Técnico: Emerson Cris.

BAHIA - Douglas Friedrich; Ezequiel, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Gregore, Flávio e Ramires (Shaylon); Artur, Gilberto (Clayton) e Lucca (Fernandão). Técnico: Roger Machado.

ÁRBITRO - Dewson Fernando Freitas da Silva (PA).

CARTÕES AMARELOS - Ezequiel (Bahia).

RENDA - R$ 113.980,00.

PÚBLICO - 5.780 pagantes.

LOCAL - Arena Condá, em Chapecó (SC).

Chegou ao fim a passagem de Ney Franco pela Chapecoense. Após uma reunião realizada na noite desta quarta-feira (24), a diretoria do time do interior catarinense anunciou a saída do treinador. O auxiliar Rodney Gonçalves também deixou o clube.

"Por toda dedicação e o trabalho desempenhados frente à instituição, a Chapecoense agradece e deseja aos profissionais sucesso em seus futuros projetos", comunicou a diretoria através de uma nota oficial.

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Ney Franco assumiu a Chapecoense no fim de março e se despede com um aproveitamento de 35,19%. Em 18 jogos sob seu comando, o clube teve cinco vitórias, quatro empates e nove derrotas.

A demissão do treinador já era esperada depois do presidente Plínio David de Nes Filho não ter garantido sua permanência após a goleada sofrida para o São Paulo, por 4 a 0, na última segunda-feira, no Morumbi.

Enquanto a diretoria não define o substituto de Ney Franco, o auxiliar-técnico fixo do clube, Emerson Cris, assumirá o comando interinamente. A Chapecoense voltará a joga no domingo, contra o Bahia, na Arena Condá, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Sem ganhar há cinco jogos, o time catarinense está na zona de rebaixamento, em 18º lugar, com apenas oito pontos.

A Chapecoense encara o São Paulo nesta segunda-feira (22) com apenas um objetivo em mente: sair da zona de rebaixamento. O time catarinense cumprirá esta missão apenas se vencer o confronto que começa às 20 horas, no estádio do Morumbi. Para tentar o feito, o técnico Ney Franco testou diversas formações durante a semana. Tudo com muito mistério.

O último treinamento para montar a equipe, no sábado, foi feito com portões fechados. Durante a semana, contudo, o treinador da equipe catarinense trabalhou diversas formações para mandar a campo. Na primeira, ele armou o time com cinco homens no meio-campo, com Alan Ruschel e Diego Torres na armação das jogadas.

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O técnico também testou um time mais ofensivo com as entradas de Arthur Gomes e Renato Kayser nas vagas de Alan Ruschel e Diego Torres. Uma coisa é certa, independentemente da formação escolhida. Amaral, de volta após dez jogos fora, ganhará uma oportunidade entre os titulares. Campanharo acabou sacado da equipe.

Apresentados como reforços durante a semana, Maurício Ramos e Henrique Almeida ainda não estrearão como titulares. O primeiro foi relacionado e viajou com a delegação, enquanto o atacante ficou em Chapecó.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), Nelsinho Trad (PSD-MS), reclamou durante a reunião desta quinta-feira (27) que, passados quase três anos da tragédia com o voo da Chapecoense, o caso permaneça com inúmeras pendências judiciais, indenizatórias e securitárias, como aponta a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo da Chapecoense (Afav-C).

O senador anunciou que fará gestões, junto ao Poder Público, para que seja dado andamento a negociações com relação a indenizações às famílias. Para isso, a CRE decidiu, na reunião desta quinta-feira, que fará audiências públicas em agosto, envolvendo representantes da Afav-C e autoridades do Itamaraty, do Ministério Público, da Advocacia-Geral da União (AGU), da Aeronáutica, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e das emissoras Fox Sports e RBS (Rede Brasil Sul). Também estão sendo chamados representantes das embaixadas da Colômbia e da Bolívia e da Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos (ligada à OEA, Organização dos Estados Americanos), uma vez que a Afav-C reclama não obter qualquer resposta ou avanço nas ações que move nas nações vizinhas.

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“Fomos muito mal-recebidas e maltratadas pelas autoridades com as quais buscamos informações e tratativas. O vice-presidente da Bisa (empresa de seguros boliviana) chegou a gritar comigo no meio de uma audiência, tratou o assunto como uma discussão pessoal”, contou a presidente da Afav-C, Fabienne Belle, durante audiência pública da CRE realizada na semana anterior.

A tragédia ocorreu em 28 de novembro de 2016, quando o avião da empresa boliviana Lamia que transportava a equipe de futebol de Santa Catarina e outros profissionais caiu perto de Medellín, na Colômbia. A Chapecoense iria enfrentar no dia seguinte o Atletico Nacional pela final da Copa Sul-Americana. A queda do avião provocou a morte de 71 pessoas, entre atletas, dirigentes, jornalistas e tripulantes.

Prescrição e negligência

Nelsinho chamou atenção ainda para os prazos de prescrição envolvendo diversas das ações, que se aproxima. Em requerimento aprovado anteriormente, também já foram chamados para as audiências representantes do Ministério da Cidadania, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Lamia, das seguradoras Bisa e Aon UK e da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

A Afav-C reclama que até hoje nem mesmo o seguro obrigatório dos passageiros foi pago pelas autoridades da Colômbia e da Bolívia. Apenas algumas famílias que fecharam acordos com a Aon receberam indenizações de um "fundo humanitário" criado pela seguradora, em troca do fim dos processos judiciais. A Afav-C alega que uma cadeia de erros levou à queda do avião, a partir do momento em que a aeronave decolou de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). O plano de voo jamais deveria ter sido aceito pelas autoridades de aviação daquele país, pois entre as infrações cometidas pela Lamia, constava uma quantidade de combustível restrita, suficiente para um voo sem qualquer tipo de contratempo.

Esta falha acabou sendo determinante para a tragédia, pois o pouso em Medellín precisou aguardar por alguns minutos no ar antes de pousar, devido ao tráfego aéreo intenso no aeroporto. Sabedores de que a aeronave operava no limite, os comandantes da tripulação forçaram o pouso com o consentimento dos controladores de voo e a equipe operacional do aeroporto, mas o pequeno atraso que houve provocou a pane e a subsequente queda.

Falhas primárias

Os processos judiciais da Afav-C na Colômbia e na Bolívia envolvem todas as autoridades reguladoras de aviação destes países, além das empresas seguradoras, pois dados coletados pela associação indicariam que esses setores faziam "vista grossa" às práticas da Lamia voltadas a baixar custos. Os advogados apresentaram planilhas de diversos voos anteriores à tragédia com combustível restrito, e até mesmo com burlas a planos de voo, que jamais chegaram a ser punidos. Também encontraram casos em que aeronaves operaram com excesso de peso de bagagens e tripulação, além de outras falhas que descrevem como "primárias, jamais advertidas".

*Da Agência Senado

 

O Fortaleza se reabilitou no Campeonato Brasileiro ao vencer a Chapecoense por 3 a 1, de virada, neste domingo, na Arena Condá, pela quinta rodada. O destaque do jogo foi o atacante Marcinho que marcou dois gols e deu a assistência para o outro do seu time.

A vitória deixou o clube cearense com seis pontos, e recuperado da derrota em casa para o São Paulo, por 1 a 0, na rodada passada. A Chapecoense, que vinha de derrota para o Flamengo, por 2 a 1 no Maracanã, continua com quatro pontos.

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Com os times armados no mesmo esquema tático, o 4-3-3, a expectativa era de um jogo movimentado. Os donos da casa começaram mais agressivos e ameaçaram pela primeira vez aos sete minutos, quando Everaldo passou por Quintero, pelo lado esquerdo da grande área, mas chutou em cima de Felipe Alves.

O primeiro gol saiu aos 12 minutos, quando Everaldo desceu pelo lado direito e cruzou rasteiro. A bola cruzou a pequena área e encontrou Rildo na segunda trave só para empurrar às redes. Ele ainda se chocou com a trave.

O time cearense ameaçou somente em um chute de longe de Edinho, que Tiepo rebateu, quase dando chances a Júnior Santos chegar para completar, aos 27 minutos. Aos 35, o técnico Rogério Ceni fez sua primeira troca. Tirou Júnior Santos, para a entrada de Romarinho, apostando na sua maior movimentação. Dois minutos, depois saiu o empate, em um lance parecido ao do gol da Chapecoense. Desta vez, o lance começou com Wellington Paulista pelo lado direito, que fez o cruzamento rasteiro. Na pequena área Marcinho esticou os pés para empatar aos 37 minutos.

No segundo tempo, o jogo ganhou mais velocidade. Ney Franco colocou Arthur Gomes no lugar de Régis e foi o atacante que fez jogada individual, passou por dois adversários e chutou no pé da trave direita de Felipe Alves. Depois. o técnico catarinense arriscou ao tirar o volante Augusto para a entrada do atacante Lourecny. A sua ousadia acabou sendo castigada.

Rogério Ceni respondeu à troca com a entrada de Osvaldo no lugar de Edinho. Com isso, o Fortaleza ganhou mais velocidade. E quem desequilibrou foi Marcinho. Aos 17 minutos, ele marcou o segundo gol, o da virada, ao receber passe de Juninho e, dentro da área, encobrir com leve toque, o goleiro Tiepo. Dois minutos depois, Marcinho deu o passe diagonal para Osvaldo que bateu cruzado com a perna esquerda e fez 3 a 1.

A partir daí, tudo ficou mais fácil para o Fortaleza. Tanto que Ceni ainda se deu ao luxo de poupar Marcinho, substituído aos 26 minutos por Marlon, um jogador com mais características de marcação. Nesta altura, a Chapecoense já sentia o desgaste e não teve forçar para reagir.

Na sexta rodada, os dois times vão jogar no dia 16, às 19 horas. A Chapecoense vai ao Mineirão para enfrentar o Cruzeiro, que vem de duas derrotas seguidas na competição, para o Internacional, por 3 a 1, e para o Fluminense, por 4 a 1. O Fortaleza vai receber o Vasco no Castelão.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE 1 X 3 FORTALEZA

CHAPECOENSE - Tiepo; Caíque Sá (Bryan), Gum, Rafael Pereira e Bruno Pacheco; Elicarlos, Márcio Araújo e Augusto (Lourency); Régis (Arthur Gomes), Everaldo e Rildo. Técnico: Ney Franco.

FORTALEZA - Felipe Alves; Gabriel Dias, Roger Carvalho, Quintero e Carlinhos; Felipe, Juninho e Edinho (Osvaldo); Marcinho (Marlon), Wellington Paulista e Júnior Santos (Romarinho). Técnico: Rogério Ceni.

GOLS - Rildo, aos 12, e Marcinho, aos 37 minutos do primeiro tempo. Marcinho, aos 17 e Osvaldo, aos 19 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Thiago Duarte Peixoto (SP)

CARTÕES AMARELOS - Caíque Sá (Chapecoense) e Wellington Paulista (Fortaleza).

RENDA - R$ 129.680,00.

PÚBLICO - 6.765 torcedores.

LOCAL - Arena Condá, em Chapecó (SC).

O Corinthians jogou bola somente nos dez minutos iniciais do segundo tempo. Mas foi o suficiente para vencer a Chapecoense por 1 a 0 nesta quarta-feira, na arena em Itaquera, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de uma derrota na estreia para o Bahia, fora de casa, o time alvinegro conseguiu somar os primeiros pontos na competição.

O problema é que a equipe fez uma fraca apresentação. A etapa inicial foi de dar sono aos pouco mais 30 mil torcedores pagantes. O técnico Fábio Carille, então, colocou Vagner Love na vaga de Ramiro. O time voltou ligado e garantiu a vitória com gol do jovem lateral Carlos Augusto, o primeiro dele com a camisa alvinegra.

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O Corinthians volta a campo no sábado, contra o Vasco, na Arena Amazônia, pela terceira rodada do Brasileirão. A Chapecoense, no domingo, receberá o Athletico-PR.

Nesta quarta, Carille repetiu a escalação da estreia, mas as dificuldades foram semelhantes. O time se mostrou mais uma vez pouco criativo e enfrentou dificuldades para furar a retranca do adversário. A Chapecoense marcava atrás do meio de campo.

Clayson errou os primeiros três passes que tentou dar. A saída foi arriscar pela direita. Aos 17, Fagner cruzou e Boselli, em impedimento, desviou para defesa de Tiepo. Ramiro também aparecia para triangular no setor e arriscou um chute por cima da meta adversária.

A Chapecoense se segurava no campo defensivo e, aos poucos, passou a se arriscar um pouco. Regis, em dois chutes, levou perigo ao gol de Cássio. Mas foi só também. As equipes desceram para o intervalo com uma apresentação sonolenta.

Insatisfeito com a equipe, Carille arriscou com Love. A marcação também foi adiantada. O Corinthians pareceu enfim ter acordado para a partida e passou a pressionar o adversário. O gol não demorou a sair.

Aos 9, Clayson arriscou de fora da área, a bola desviou e Tiepo defendeu com os pés. Carlos Augusto aproveitou a sobra e mandou de cabeça para as redes. A comemoração foi comedida, pois era preciso aguardar a confirmação do VAR. Mas o lateral estava em posição legal e marcou seu primeiro gol com a camisa alvinegra após 16 jogos.

À frente do placar, o Corinthians diminuiu o ritmo e passou a dar campo para a Chapecoense jogar. O time adversário, no entanto, demonstrava imensa dificuldade técnica para assustar Cássio. Carille aproveitou para promover a estreia no profissional do atacante Janderson, que substituiu Pedrinho, mas nada mudou, o 1 a 0 parecia estar de bom tamanho.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 1 x 0 CHAPECOENSE

CORINTHIANS - Cássio; Fagner, Manoel, Pedro Henrique e Carlos Augusto; Ralf, Ramiro (Vagner Love) e Sornoza; Pedrinho (Janderson), Boselli e Clayson (Mateus Vital). Técnico: Fábio Carille.

CHAPECOENSE - Tiepo; Eduardo (Perotti), Gum, Douglas e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Tharlis (Aylon) e Gustavo Campanharo; Alan Ruschel (Renato), Regis e Everaldo. Técnico: Ney Franco.

GOL - Carlos Augusto, aos nove minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Manoel e Vagner Love(Corinthians); Aylon (Chapecoense).

ÁRBITRO - Ricardo Marques Ribeiro.

RENDA - R$ 1.551.364,50.

PÚBLICO - 30.442 pagantes.

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo.

A atuação do árbitro Bráulio da Silva Machado na final do Campeonato Catarinense, perdida na disputa por pênaltis para o Avaí, após empate por 1 a 1 no tempo normal, deixou todos na Chapecoense indignados. Um dos mais exaltados era o presidente Plínio David de Nes Filho, que pediu a anulação do jogo realizado no estádio da Ressacada, em Florianópolis.

O pedido foi encaminhado na noite de domingo, logo após a derrota para o Avaí nos pênaltis, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e também à Federação Catarinense de Futebol (FCF). Mas o mandatário da Chapecoense acredita que será em vão.

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"Primeiramente, queremos esclarecer que não reconhecemos esse resultado. Foi uma péssima arbitragem. Estamos entrando com a solicitação de suspensão desta partida, embora a gente saiba o resultado. A gente sabe de tudo isso", disse Plínio em entrevista à rádio Super Condá.

A disputa de pênaltis foi marcada por polêmica e a principal reclamação é a não validação do gol de Bruno Pacheco. A cobrança do lateral acertou no travessão e depois, para o árbitro, não entrou inteira. Bráulio da Silva Machado ainda consultou o VAR (árbitro de vídeo) para tomar a decisão e decretou a vitória do Avaí por 4 a 2.

"A possibilidade de recurso existe. Se quiser entrar, pode entrar. O Tribunal vai julgar se compete. Ele acha que entrou, outro acha que não. Teve o VAR. Direito de reclamar ele tem", comentou o presidente da FCF, Rubens Angelotti.

O foco agora da Chapecoense está voltado para o jogo decisivo contra o Corinthians, nesta quarta-feira, na Arena Corinthians, em São Paulo, pela quarta fase da Copa do Brasil. O time tem a vantagem do empate depois de ter vencido em Chapecó (SC) por 1 a 0.

Ney Franco é o novo técnico da Chapecoense. Sem clube desde que recusou a oferta de renovação do Goiás em novembro de 2018, o treinador foi uma indicação de José Carlos Brunoro, que presta consultoria ao presidente Plinio David de Nes Filho. Com uma carreira com passagens por alguns dos principais times do futebol nacional, o novo comandante do time do interior catarinense já comandou São Paulo, Flamengo, Botafogo, Sport, Coritiba e a seleção brasileira sub-20.

A Chapecoense procurou Ney Franco ainda na semana passada, logo após a demissão de Claudinei Oliveira, mas não obteve sucesso em um primeiro contato. As conversas só foram retomadas graças à boa relação com Brunoro, que intermediou o acerto. Com 52 anos, o treinador é aguardado em Chapecó nesta quinta-feira para uma última reunião, quando será assinado o contrato até o final da temporada.

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Porém, Ney Franco dificilmente comandará a Chapecoense contra o Brusque no próximo domingo, às 18 horas, pela 16ª rodada do Campeonato Catarinense. Com 28 pontos, o clube está a um empate de confirmar a classificação antecipada para as semifinais, que já tem Avaí e Figueirense assegurados. Nas duas últimas rodadas da primeira fase, o time vai enfrentar justamente os rivais de Florianópolis, como uma prévia para o mata-mata.

Antes de acertar com o treinador, a Chapecoense buscou outros nomes no mercado. O clube fez proposta por Vagner Mancini, atual técnico interino do São Paulo, que preferiu continuar no Morumbi, onde retomará a função de coordenador técnico assim que Cuca iniciar o seu trabalho. A ideia do clube era contratar um nome experiente, mas dentro da realidade financeira do clube. Ney Franco foi um dos responsáveis pelo acesso do Goiás na Série B do ano passado, com 14 vitórias, cinco empates e 11 derrotas à frente do time.

A Chapecoense vem de vitória pro 3 a 2 sobre o Criciúma no primeiro jogo da terceira fase da Copa do Brasil. Logo após o triunfo na Arena Condá, Emerson Cris, que dirigiu o time interinamente, pediu uma oportunidade para continuar no cargo. Com a contratação de Ney Franco, ele voltará para a função de auxiliar técnico e William será o preparador físico.

"O projeto era até esse jogo contra o Criciúma. Não tivemos uma outra conversa. Estou à disposição. Sou funcionário e recebo ordens. Tenho que aguardar e ver. Defendo a Chapecoense, pois tenho um carinho especial. Claro que estou pronto para ser treinador", disse.

Em noite de homenagens ao jornalista Rafael Henzel, sobrevivente da tragédia aérea que veio a morrer na noite de terça-feira, a Chapecoense derrotou o Criciúma, com direito a muita emoção, pelo placar de 3 a 2 na noite desta quarta, na Arena Condá, pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Rafael Henzel sofreu um mal súbito quando jogava futebol com os amigos. Ele era um dos seis sobreviventes da tragédia da Chapecoense, que vitimou 71 pessoas no final de 2016. O time alviverde estampou o nome do jornalista na camisa dos atletas, que entraram em campo com uma faixa de luto. Os jogadores, de ambos os clubes, subiram ao gramado com balões brancos, em homenagem ao narrador.

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Em campo, os times fizeram um jogo digno de homenagem. A Chapecoense teve o controle na primeira etapa, mas viu o Criciúma buscar o empate no segundo tempo. No entanto, viu o time alviverde marcar o gol da vitória no apagar das luzes. Com isso, a equipe de Chapecó jogará por um empate no duelo de volta, marcado para o dia 10 de abril (quarta-feira), às 19h15, no estádio Heriberto Hülse. Quem avançar embolsará R$ 1,9 milhão como premiação.

A Chapecoense começou o jogo pressionando o Criciúma e perdeu inúmeras oportunidades de abrir o placar logo no começo. Em uma delas, Everaldo girou em cima da marcação e chutou rente à trave. O gol saiu apenas aos 26 minutos. Márcio Araújo deixou com Elicarlos, que acertou um bonito chute de fora da área.

O segundo saiu aos 38 minutos. Eduardo fez boa jogada pela direita e cruzou, Derlan tentou tirar, mas jogou de bandeja para Gustavo Campanharo. Ele chutou no fundo das redes. Na comemoração, pegou um microfone em alusão a Rafael Henzel. O meia por muito pouco não fez o terceiro no fim, em um chute que passou por cima de Bruno Grassi.

No segundo tempo, o Criciúma cresceu e diminuiu aos 20 minutos. Após cobrança de escanteio, a bola parou em Vinícius. O atacante jogou para a área e Sandro mergulhou para fazer o primeiro do time carvoeiro. O empate saiu aos 23 minutos. Caíque cruzou para Bruno Consendey desviar, de cabeça, para o gol.

Após o baque, a Chapecoense conseguiu encontrar forças para buscar a vitória aos 44 minutos. Eduardo cruzou, Everaldo cabeceou e Bruno Grassi salvou. Na sobra, Loucency deu um carrinho para dar o triunfo ao time alviverde.

Poucas horas após a morte do jornalista Rafael Henzel, a diretoria do Chapecoense informou nesta terça-feira (26) que pediu à CBF o adiamento do jogo contra o Criciúma, agendado para a noite desta quarta (27), pela ida da terceira fase da Copa do Brasil. A partida está marcada para as 19h15, na Arena Condá, em Chapecó (SC).

Segundo o clube, o pedido foi negado inicialmente. Portanto, o confronto está mantido para esta quarta. Mesmo assim, o clube avisou que fará nova tentativa para adiar o jogo. "Entendendo que não há clima para a realização da partida e, em consideração a tudo que Henzel fez e representou para a Chapecoense, bem como por respeito aos familiares e amigos, o clube entrará com uma nova solicitação de adiamento e aguardará o posicionamento da CBF", informou a diretoria da Chapecoense.

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Publicamente, a CBF não se manifestou. O Criciúma lamentou a morte do jornalista, porém não comentou o pedido de adiamento do rival. "O Criciúma lamenta profundamente o falecimento do jornalista Rafael Henzel. Ele, que faleceu na noite desta terça-feira, foi um dos sobreviventes no acidente trágico da Chapecoense na Colômbia em 2016. O Criciúma presta condolências aos amigos e familiares de Rafael Henzel nesse momento tão difícil", registrou o clube do sul de Santa Catarina.

Ainda nesta terça, a prefeitura de Chapecó decretou luto oficial de três dias. "Neste momento de dor, a Administração Municipal de Chapecó se solidariza com os familiares, amigos e colegas de profissão do Rafael, ratificando os votos de pesar pela grande perda e agradecimento à dedicação e trabalho prestado ao Município", disse a prefeitura, em comunicado.

Henzel será velado a partir das 7 horas desta quarta-feira no centro de eventos da cidade. Um dos seis sobreviventes da tragédia aérea da Chapecoense, ocorrida em novembro de 2016, o jornalista de 45 anos faleceu na noite desta terça em razão de um mal súbito sofrido quando jogava futebol com amigos e colegas de profissão.

De acordo com o Hospital Regional do Oeste, ele deu entrada no pronto-socorro com uma parada cardiorrespiratória. "Todas as medidas para ressuscitação cardiorrespiratória foram adotadas, resultando inexitosas", informou o hospital. A morte aconteceu às 21h10.

LUTO - Clube que enfrentou a Chapecoense na final da Copa Sul-Americana de 2016, o Atlético Nacional lamentou nas redes sociais a morte do jornalista. "Lamentamos profundamente o falecimento de Rafael Henzel, jornalista brasileiro que estabeleceu uma relação próxima com a nossa equipe e a nossa cidade. Um abraço forte a toda a sua família e amigos #SempreEmNossosCorações", registrou o time de Medellín.

A equipe colombiana criou fortes laços com o Brasil e com a Chapecoense após a tragédia sofrida pelo time brasileiro quando viajava de avião até a cidade de Medellín para a disputa da segunda partida daquela final. Torcedores e clube promoveram diversas homenagens às vítimas. E a diretoria do Atlético fez questão de pedir à Conmebol que concedesse o título daquele torneio à Chapecoense.

Um dos sobreviventes do acidente aéreo da Chapecoense, o jornalista catarinense Rafael Henzel morreu na noite desta terça-feira após sofrer um enfarte fulminante. O narrador esportivo, de 45 anos, passou mal durante partida de futebol com os amigos, na cidade de Chapecó. Ele era casado e tinha um filho.

A morte foi confirmada pela Rádio Oeste Capital, onde ele trabalhava. "Ele veio a falecer na noite desta terça, dia 26 de março. O Rafael jogava futebol com amigos no início da noite de hoje e acabou sofrendo um enfarte fulminante. E foi conduzido ao Hospital Regional de Chapecó e foi confirmado há poucos instantes o falecimento do nosso colega, jornalista e narrador", anunciou a rádio.

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Henzel foi uma das seis vítimas que sobreviveram no acidente aéreo que causou a morte de 71 pessoas no voo que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia para a disputa da final da Copa Sul-Americana, no fim de novembro de 2016.

Único jornalista a sobreviver à tragédia, ele trabalhava na Rádio Oeste Capital e havia retomado suas atividades normalmente no veículo de comunicação um ano após sobreviver à tragédia que abalou o futebol mundial.

Ao voltar a trabalhar, lançou em maio de 2017 o livro "Viva como se estivesse de partida", cujo complemento é "um relato otimista e emocionante do jornalista que sobreviveu à tragédia da Chapecoense". No mesmo ano, passou a atuar como comentarista da RBS TV, afiliada à TV Globo, nas transmissões dos jogos da Chapecoense na Copa Libertadores daquele ano - para a qual o time catarinense entrou por ter sido considerado o campeão da Sul-Americana, mesmo sem jogar a partida da volta.

Em comunicado, o clube de Chapecó lamentou a morte do jornalista. "A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de manifestar o profundo pesar e toda a consternação pela notícia do falecimento do jornalista Rafael Henzel, ocorrido na noite desta terça-feira", registrou o clube.

"Durante a sua brilhante carreira, Rafael narrou, de forma excepcional, a história da Chapecoense. Tornou-se um símbolo da reconstrução do clube e, nas páginas verde e brancas desta instituição, sempre haverá a lembrança do seu exemplo de superação e de tudo o que fez, com amor, pelo time, pela cidade de Chapecó e por todos os apaixonados por futebol. Desejamos, de todo o coração, que a família tenha força para enfrentar mais um momento tão difícil e esta perda irreparável. Os sentimentos e as orações de todos os chapecoenses, torcedores e ouvintes, estão com vocês."

Uma megaoperação da polícia da Itália levou à prisão nesta terça (26) de ao menos cinco brasileiros e de um padre que atuavam em esquemas ilegais para a concessão de cidadania italiana.

As autoridades italianas acreditam que mais de 800 cidadanias e 200 passaportes foram emitidos pelo grupo, que teria lucrado 5 milhões de euros com o esquema, atuando na província de Verbano Cusio Ossola, na região do Piemonte, no norte da Itália.

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Esses 800 brasileiros terão seus documentos italianos anulados. Um deles era um jogador da Chapecoense, morto no acidente aéreo de 2016 e cuja identidade foi mantida em sigilo pela polícia. Na época do acidente na Colômbia, o atleta estava inscrito como residente de Ossola.

De acordo com a polícia, duas pessoas foram presas em Ornavasso, duas em Domodossola e uma em Meina, totalizando cinco prisões. No entanto, circula a informação que ao menos sete detenções foram realizadas hoje.

Eles respondem por crimes como falsidade ideológica e corrupção. Um dos membros do grupo teria convencido um padre da província de Pádua, no Vêneto, a falsificar um atestado de batismo para um solicitante de cidadania italiana.

O grupo atuava na falsificação de documentos, reconstruindo relações parentais de imigrantes italianos que, na realidade, nunca existiram. Os documentos eram usados para a solicitação de cidadania a brasileiros.

A operação, batizada de "Super Santos", foi coordenada pelo procurador Sveva de Liguoro, após a Prefeitura de Macugnaga desconfiar do elevado número de brasileiros firmando residência na cidade.

As investigações duraram mais de um ano e desmascararam a organização criminosa que tentava enganar os oficiais italianos.

O grupo gerenciava cerca de 60 apartamento em cidades como Verbania e Novara, onde acomodavam os solicitantes de cidadania.

Eles cobravam cerca de 7 mil euros (R$ 30 mil) para um pacote que incluía a confecção dos documentos falsos, a residência na Itália, o auxílio no processo para a solicitação de cidadania e passeios turísticos ao Lago Maggiore.

"Eles conseguiram obter quase mil cidadanias italianas falsas, com um volume de 5 milhões de euros. Oitocentos brasileiros investigados, sete prisões. São os números do enorme 'negócio' ilegal descoberto pela operação 'Super Santos'", disse o vice-premier italiano e ministro do Interior, Matteo Salvini. "É preciso respeito e controle", pediu o político da Liga Norte.

Da Ansa

O goleiro da Chapecoense Gilsivan Soares da Silva, de 34 anos, conhecido como Ivan Soares, é procurado por ferir a ex-namorada e roubar o celular dela e de outro homem na tarde da última quarta-feira. O crime foi registrado na cidade de Espinosa (MG). O motivo teria sido ciúme. O jogador fugiu e ainda não foi localizado.

A polícia foi acionada por um jovem de 21 anos, o primeiro a ser vítima do atleta, no bairro São Cristóvão. Acreditando que o rapaz estaria saindo com sua ex-companheira, Ivan o abordou e, simulando estar armado, exigiu que ele entregasse o celular. Em seguida, o acusado foi até um salão de beleza onde se encontrava Laise Fernandes, de 30 anos, com quem se relacionou. Munido com uma faca, ele também a obrigou a entregar o telefone.

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O objetivo seria conferir se os dois estariam trocando mensagens, mas como o celular da ex tinha senha, ele retornou ao salão e exigiu que ela desbloqueasse o aparelho. A mulher se negou e houve briga, ocasião em que ela cedeu, após ter a faca encostada em seu pescoço.

Durante a confusão, móveis e outros objetos do estabelecimento foram danificados. A mulher feriu-se após a faca cair sobre seu pé esquerdo, ocasionando uma fratura. Ela foi levada ao hospital. A proprietária do salão confirmou esta versão e contou que o atleta se mostrava muito alterado.

FUTURO - Ivan chegou à Chapecoense no início de 2018. Ele teve seu contrato renovado até o fim deste ano. No último sábado, o jogador pediu licença do clube para tratar de assuntos pessoais no norte de Minas Gerais, onde possui familiares, mas não se apresentou na última terça-feira, como previsto. A ocorrência envolvendo o atleta pegou de surpresa os diretores do time de Santa Catarina.

O clube informou que, por enquanto, não se manifestará a respeito. Já Ivan, que estaria negando as acusações, é esperado para uma reunião com a diretoria.

O Fortaleza oficializou nesse sábado (2) a contratação por 2 anos do atacante Wellington Paulista, que estava na Chapecoense.

O atleta foi revelado pelo Juventus de São Paulo e tem passagens em clubes como Cruzeiro, Fluminense, Botafogo e Coritiba. Fora do Brasil, defendeu o West Ham da Inglaterra e o Alavés da Espanha. 

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O atacante, de 34 anos, estava na Chapecoense desde começo de 2017, onde disputou 117 jogos, anotou 30 gols e conquistou o Estadual de 2017. Na atual temporada tem 7 jogos e 2 gols marcados.

Do site oficial do Fortaleza

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