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Depois da microcefalia, outro alerta em saúde foi dado em Pernambuco, desta vez em torno da febre chikungunya. O Estado registrou neste ano um aumento inexplicado de oito vezes no número de mortes supostamente causadas por arboviroses (vírus transmitidos por insetos). São 191 óbitos sob investigação até a segunda-feira (25) ante 23 no mesmo período do ano passado.

Uma equipe do Ministério da Saúde está há três semanas no Estado para investigar as causas das mortes. A Paraíba também relatou aumento significativo do número de óbitos e requisitou ajuda federal. Oficialmente, além de 12 mortes em Pernambuco, o País confirmou 3 óbitos na Bahia, 2 na Paraíba e 1 no Rio Grande do Norte.

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O alerta para o aumento dos indicadores de óbitos partiu do professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carlos Brito. "Boa parte dos pacientes que morreram apresentou sintomas relacionados à chikungunya", disse.

O coordenador do Programa Nacional de Controle de Dengue, Giovanini Coelho, confirma a preocupação. "Há na literatura registros de casos graves relacionados à chikungunya. Mas a letalidade esperada é próxima de zero", afirma.

Dos casos suspeitos de óbito de Pernambuco, 12 foram confirmados para chikungunya e apenas 1, para dengue. A gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Recife, Natalie Barros, conta que, até 2 de abril, dos 40 óbitos suspeitos de terem sido provocados por arboviroses na capital, 7 já foram confirmados para chikungunya. "A análise dos prontuários indica que, dos pacientes que morreram, 63% apresentaram quadro compatível com chikungunya: febre, dores fortes nas articulações", completou Natalie. Embora seja prematuro, ela também considera forte a hipótese de uma ligação com a febre. "Nunca vimos isso na literatura."

Dúvidas

"Há várias dúvidas que têm ainda de ser respondidas", comenta Coelho. Entre elas, por que o aumento de casos foi identificado apenas neste ano, em Pernambuco, uma vez que a febre chikungunya já havia provocado em 2015 um número significativo de casos na Bahia? Por que outros países que tiveram epidemias de chikungunya não identificaram aumento das mortes? Os óbitos seriam provocados pelo próprio vírus ou a infecção levaria a uma desestabilização da saúde do paciente?

Uma das hipóteses é de que em outros países a doença não tenha sido identificada porque a epidemia não atingiu grandes proporções. "Foi o mesmo que aconteceu com a microcefalia", afirma o professor. Já o diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, George Dimech, pede investigação. "Há indícios de que a Colômbia enfrenta um fenômeno semelhante."

Brito diz estar convicto da relação de causa e efeito. Ele observa que Pernambuco enfrenta neste ano uma epidemia pelo vírus, que, a exemplo da dengue e da zika, é transmitido pelo Aedes aegypti. "A letalidade por dengue nunca foi tão alta. Temos agora de investigar o fato novo: a chegada da chikungunya."

Brasil

Os casos de chikungunya registrados no Brasil quintuplicaram em relação ao ano passado. Até o dia 2 deste mês, foram identificados 39.017 pacientes com suspeita da infecção. Há registros em todo o País e, à exceção do Amapá e do Piauí, todos os Estados apresentaram aumento expressivo nos indicadores. Em São Paulo, os relatos, também até o dia 2, passaram de 49 (2015) para 1.566.

Na Bahia, que enfrenta epidemia desde o ano passado, a doença fez 13.836 pacientes até o início do mês. Em Pernambuco, de onde veio o alerta sobre aumento de mortes, a infecção foi identificada em 8.315 pacientes. O Estado com maior incidência da doença é Sergipe, com 108,2 por 100 mil habitantes.

"O número de casos deve ser muito maior do que o oficial", afirmou o professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Brito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Secretaria de Saúde do Recife divulgou em seu novo boletim sobre arboviroses, na terça-feira (19), o aumento do número de mortes provocadas pela chikungunya na capital pernambucana. Já são sete casos confirmados de óbitos causados pela doença, dois a mais do que o resultado do relatório anterior, lançado há duas semanas, que constava cinco mortes. 

De acordo com o novo boletim, uma criança de 1 ano, moradora do bairro da Caxangá, na Zona Oeste do Recife, e um homem de 94 anos, morador do bairro de Cajueiro, na Zona Norte, são as duas vítimas mais recentes que vieram a óbito pela chikungunya. O idoso faleceu em 5 de fevereiro deste ano e a menina em 13 de março. 

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Em 2016, já foram notificados 40 óbitos suspeitos de arboviroses, sendo 5 em janeiro, 23 em fevereiro, 11 em março e um no mês de abril. Destes, sete foram confirmados para chikungunya e os demais continuam em processo de investigação. No mesmo período no ano de 2015, foram notificados apenas dois óbitos suspeitos de dengue.

A Secretaria também divulgou o número de casos notificados e confirmados. O boletim informa que já foram notificados 12.967 casos de arboviroses, sendo 5.570 de dengue, 4.625 de Chikungunya e 2.772 de Zika. Dentre as notificações, já foram confirmados 2.218 casos de dengue, 610 de chikungunya e um de Zika. Comparando com o ano de 2015, foram notificados 11.991 de arboviroses, o que representa um aumento de 8,1% nos registros dos casos.

Os bairros que apresentaram o maior 'coeficiente de incidência' entre os habitantes são Santo Antônio, Recife, Mangabeira, Pau Ferro, Cidade Universitária, Paissandu, Totó, Bomba do Hemetério, Alto do Mandu e Vasco da Gama, segundo um estudo feito pela secretaria.

Vigilância

A secretaria informou que o monitoramento viral no Recife é realizado através de unidades sentinelas que buscam fortalecer o sistema de vigilância local para identificar novos sorotipos do vírus da dengue ou outros arbovírus.

De acordo com o órgão, com os casos suspeitos de chikungunya a vigilância é realizada de forma 'universal', com a notificação de todos os casos suspeitos e realização de coleta laboratorial para áreas que ainda não possuem casos confirmados.

Microcefalia

Até o último dia 9 de abril, já foram notificados um total de 1.849 casos suspeitos da malformação relacionada à infecção pelo Vírus Zika em Pernambuco, sendo 316 em recém-nascidos residentes na capital pernambucana. 

Dos 316 casos suspeitos de microcefalia do município, 56 foram confirmados pormeio de exame de neuroimagem de microcefalia sugestiva de origem infecciosa. Outros 105 casos foram descartados e 155 continuam em investigação.

Na distruibuição geográfica dos casos de microcefalia, observou-se que 41,5% dos casos notificados de  estão concentrados em: Ibura (25), Nova Descoberta (17), Areias, Iputinga e Várzea (13), Cordeiro (11), Água Fria, COHAB e Pina (10) e Jardim São Paulo (09).

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--> Pernambuco registra mais seis óbitos por Chikungunya 

Em uma semana, Pernambuco descartou 174 casos suspeitos de microcefalia, segundo o último boletim, divulgado nesta quarta-feira (13). O alto número de descartes se deve ao segundo mutirão realizado pela Secretaria de Saúde de Pernambuco e a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no dia 8 de abril.

No primeiro mutirão, o Portal LeiaJá verificou que muitas crianças, entre quatro e cinco meses de vida, ainda aguardavam um diagnóstico final. No início do grande aumento de casos, em 2015, notificava-se crianças com um perímetro craniano de 33 cm ou menos, este número sofreu algumas atualizações e está em 31,9 cm para menino e 31,5 para menina.

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O boletim da Secretaria de Saúde confirmou mais nove casos de microcefalia. O número agora está em 312 confirmados, além de 1849 notificados e 761 prováveis. Do total de confirmados, 146 foram comprovados como relacionados ao zika vírus após exame laboratorial. 

O balanço da semana também atualiza o número de casos de arboviroses no estado. As notificações de zika vírus pularam de 7,9 mil, no dia 5 de abril, para 8337 nesta quarta. Não houve atualização no número de confirmações, que está em 16.

Após um aumento significativo no número de mortes por chikungunya, houve um freio e os óbitos permaneceram em nove. Os casos notificados subiram para 16488 e confirmados para 360. 

Já a dengue tem 55502 casos notificados em Pernambuco, sendo 8448 confirmados. 

Pernambuco possui 75 municípios em situação de alerta de infestação por arboviroses, 91 em risco de surto e 15 municípios em situação satisfatória. Três cidades não informaram a atual situação. 

Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram um estudo que relata detalhes sobre a epidemia de zika no Rio de Janeiro em 2015 e propõe uma mudança nos critérios atuais para o diagnóstico da doença. A pesquisa, publicada na revista científica PLoS Neglected Tropical Diseases é a primeira a ser realizada com uma alta proporção de casos confirmados por diagnóstico molecular.

A equipe liderada por Patrícia Brasil, da Fiocruz, analisou os dados de 364 pacientes que haviam manifestado sintomas - especialmente coceira e erupções na pele - entre janeiro e julho de 2015. O vírus da zika foi detectado em 119 dos pacientes.

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De acordo com os autores do estudo, o primeiro desafio enfrentado foi o diagnóstico correto da zika, já que a doença tem sintomas parecidos com os da dengue e chikungunya. Como há grande proximidade genética entre os vírus da zika e da dengue, os testes sorológicos têm problemas para distinguir os dois vírus.

Segundo a pesquisadora, os testes moleculares detectam o vírus com precisão, mas são caros e limitados ao período em que o vírus está circulando no organismo. Já os testes sorológicos têm uma frequência muito grande de reações cruzadas com o vírus da dengue. "Dos pacientes que foram diagnosticados com zika, 35% tinham feito testes que apontaram reação cruzada com a dengue", disse Patrícia ao jornal O Estado de S. Paulo.

Os testes moleculares mostraram que, entre os 119 pacientes diagnosticados com zika, não havia nenhum positivo para dengue ou chikungunya. No entanto, tinham sintomas que eram facilmente confundidos com os dessas duas doenças. Segundo Patrícia, uma das conclusões do estudo é que o critério de diagnósticos da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) deveria ser modificado.

"A definição de casos de zika da Opas inclui febre entre os sintomas e não inclui prurido (coceira). Mas nós constatamos no estudo que uma parcela muito pequena, inferior a 10% dos pacientes, apresentavam febre muito baixa. E a quase totalidade deles tinha pruridos, além da vermelhidão na pele", disse Patrícia.

Segundo ela, a mudança do critério dificultaria os diagnósticos errados causados pelas reações cruzadas dos testes sorológicos. "O ideal seria ter métodos sorológicos rápidos. Mas até hoje no Brasil ainda não temos um método sorológico validado. Há vários laboratórios testando técnicas diagnósticas, mas hoje a reação cruzada ainda é muito grande. Precisamos de testes rápidos e específicos", disse a pesquisadora.

Outra constatação feita pelos pesquisadores é que nenhum dos 119 pacientes de zika havia viajado para fora do Rio de Janeiro quando ocorreu a infecção. Isso permite concluir, segundo os cientistas, que todos foram infectados na cidade.

No entanto, 11% dos infectados por zika tiveram os sintomas diagnosticados antes de maio de 2015, quando os casos de zika foram detectados no Nordeste. Isso significa que talvez a epidemia não tenha começado no Nordeste e se espalhado para o resto do país, como foi cogitado.

"Na realidade, ninguém sabe exatamente quando e por onde o vírus entrou no Brasil. Após a divulgação do primeiro caso positivo, no Nordeste, começamos a procurar e a analisar amostras de casos anteriores a essa data, que haviam inicialmente sido notificados como dengue", disse.

De acordo com a pesquisadora, o estudo tinha o objetivo de identificar uma doença emergente, cujos sintomas começaram a ser detectados no início de 2015. "Logo vimos que era uma doença nova", disse.

Patrícia explica que seu grupo, que tem foco em doenças emergentes, contribui especialmente para a vigilância sindrômica - uma estratégia de vigilância de epidemias que se baseia na detecção de um conjunto de manifestações clínicas comuns a diferentes doenças. Captando um maior número de casos, é possível adotar medidas de controle mais eficazes.

"A importância maior do estudo está na questão da vigilância sindrômica. Como estamos na Fiocruz, pudemos nos beneficiar da estrutura variada de laboratórios disponíveis para investigar as diferentes síndromes", disse.

Segundo ela, como não há tratamento antiviral para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a precisão do diagnóstico não é tão importante para o cuidado individual. Mas é crucial para a vigilância e controle da epidemia. "O diagnóstico é especialmente importante para a vigilância e controle da epidemia. Acho que precisamos reforçar a estrutura nacional de laboratórios de diagnósticos", declarou.

Dos 119 casos positivos estudados, quatro eram mulheres grávidas. Uma delas perdeu o bebê na décima semana de gravidez e as outras três tiveram filhos normais. Além disso, uma paciente foi hospitalizada com febre e manifestações neurológicas, desenvolvidas mais tarde, que tinham características da síndrome de Guillain-Barré.

Diante do crescente número de casos de arboviroses provocadas pelo Aedes aegypti, a Chikungunya já apresenta mais de 15 mil notificações e, destas, 340 confirmações. As pessoas acometidas pela doença, além de sentirem febre alta, apresentam muitas dores em articulações e músculos.

A depender dos casos, é possível que o paciente ministre medicações para aliviar os incômodos causados. “Na fase aguda só é indicado Dipirona e Paracetamol, no máximo, analgésicos opioides – chamados também de analgésicos narcóticos ou de hipoanalgésicos - para os piores casos de dor. Mas na fase crônica está se fazendo muito uso de corticoide, mas apenas com acompanhamento médico”, explica a médica Fernanda Cazzoli.

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Conviver com as dores na musculatura e articulações torna-se uma tarefa complicada, visto que muitas vezes até mesmo realizar tarefas rotineiras se torna um desafio. “A pior parte é acordar e levantar da cama. Parece até artrite. Não conseguia pisar direito no chão, só andava arrastando os pés e a pior parte é que, três meses depois de ter pegado Chikungunya, as dores surgem novamente”, conta a professora Nelma Fonseca.  

Da crença popular às alternativas pela alimentação 

Para conseguir enfrentar as dores, a população tem se apegado até mesmo à cultura popular e métodos alternativos. “O que tem me ajudado muito é a água de alho”, declara a Nelma. A receita é: em uma garrafa colocar dois litros de água e cinco dentes de alho, deixar descansar de um dia para o outro e beber.

Entre os métodos apresentados por quem enfrenta a doença, a utilização de compressas quentes nas regiões doloridas. Além disso, o aumento do consumo de vitamina C (ajuda a fortalecer o sistema imunológico), que pode ser adquirido na ingestão de frutas cítricas como laranja, limão e acerola. Também a vitamina D (combate o cansaço muscular e agiliza o tempo de recuperação) que pode ser conseguido através de cápsulas de vitamina e banhos de sol.

As tentativas de fazer as dores irem embora chegam até nas dependências médicas. “No consultório já fui perguntada se o suco de maçã, limão e inhame resolve porque o paciente viu na TV”, contou a médica. 

Medicina chinesa

Além da força da cultura popular e dos métodos tradicionais de tratamento, a medicina chinesa pode ser uma alternativa para o alívio das dores. “Dentro da medicina chinesa, há várias técnicas que podem ajudar no combate às dores da Chikungunya, como a fitoterapia, massagem, acupuntura e acupuntura auricular”, destaca a terapeuta e enfermeira, Ilsa Carla. 

De acordo com a profissional, o paciente vai para a consulta e é feita uma anamnese para avaliar também a fase do ciclo viral a qual se encontra, a fim de identificar o melhor tratamento. “A medicina chinesa é muito individualizada, por isso, até mesmo a resposta para o tratamento depende de cada organismo”, isso inclui também o tempo e a quantidade de sessões necessárias no processo. 

“A priori, o paciente que possui a doença terá um tratamento voltado a analgesia para amenizar as dores e, simultaneamente, é realizado um trabalho voltado ao fortalecimento do sistema imunológico“, explica a terapeuta que também acrescenta que, como parte da medicina chinesa, orientações são dadas a fim de melhorar a questão da alimentação e ingestão de líquidos, a fim de melhorar todo o processo metabólico. 

Apesar da existência da acupuntura, Ilsa alega que a procura pela técnica por paciente de Chikungunya ainda é baixa. “Acredito que ainda falta um pouco de conhecimento de que o método pode ser usado para tratar os sintomas envolvidos na doença. O método, em conjunto com medicamentos indicados pelo médico, pode ajudar a sanar as dores, pois uma medicina não anula a outra, trabalhamos de maneira complementar".

Os registros de casos suspeitos de zika e chikungunya dispararam no Estado do Rio de Janeiro. Os casos de zika passaram de 4.289 em 22 de março para 24.600 em 1º de abril - aumento de quase seis vezes. Desses, 17.799 casos foram confirmados e 105 descartados. Os casos de chikungunya dobraram. Eram 235 até 22 de março e passaram a 469. Do total, foram 123 confirmados e 22, descartados.

O salto nos números aconteceu porque municípios têm enfrentado dificuldades para registrar os casos suspeitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Algumas secretarias acabaram preenchendo tabelas manualmente, o que dificulta a compilação dos dados pelo Estado. Em 30 de março, não houve atualização das informações de zika e chikungunya por causa disso.

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Foram notificados 36.797 casos de dengue até o dia 5 de abril, um aumento de 16% em relação à semana anterior. Uma pessoa morreu. No mesmo período de 2015, foram registrados 18.159 casos de dengue. E, ao longo do ano, foram anotados 71.791 registros da doença e 23 mortes.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nesta terça-feira (5), mais um boletim da microcefalia e arboviroses com os números da última semana. De acordo com os números, o que surpreende negativamente é o aumento da quantidade de óbitos por Chikungunya.

O último boletim emitido pela Secretaria, no último dia 29 de março, informava que a quantidade de mortes pela doença causada pelo mosquito Aedes aegypti teve um aumento de mais seis vítimas. Nesta semana, foram somadas nove óbitos. Além disso, foram notificados 15.332 casos, com 340 confirmações, em 164 municípios. 

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Quanto à microcefalia, houve um acréscimo de 17 casos em relação à semana anterior, com 754 casos prováveis, 303 confirmados e 490 descartados. Dentre esse número, estão 18 casos de detecção intraútero através de exames de imagem. Esses casos foram registrados em 48 municípios do estado. A SES ainda confirma que 129 das confirmações estão relacionadas ao Zika Vírus, de acordo com critério laboratorial – sorologia IgM.

De acordo com o protocolo das gestantes, o registro divulgado no boletim informa que 3.690 grávidas apresentaram exantemas – manchas no corpo -, no entanto, a Secretaria esclarece que a presença dessa característica não é indicativo de que o bebê nascerá com a microcefalia. 

Zika e Dengue

Ao todo já foram notificados 7.900 casos de Zika Vírus em Pernambuco, sendo, dentre esse número, 16 confirmações em 12 regiões de saúde.  Já os casos de Dengue somam 50.030 notificações, 7.232 confirmações e um óbito, mesmo número apresentado no boletim da última semana. 

Índice de infestação predial

De acordo com a SES, há 74 municípios em situação de alerta, 91 em risco de surto, 14 em situação satisfatória e cinco cidades não informaram o seu panorama. 

O Rio enfrenta surto de chikungunya, vírus também transmitido pelo Aedes aegypti. Foram registrados 235 casos suspeitos da doença, 26 deles confirmados, até 22 de março. Não houve nenhuma notificação de chikungunya em 2015. "Ainda estamos longe de um cenário epidêmico, mas há um surto, um aumento de casos de transmissão acima do que se esperava", afirmou o subsecretário de Vigilância em Saúde do Estado, Alexandre Chieppe.

Além do chikungunya, estão circulando no Estado o vírus da zika, com 4.289 notificações, e o da dengue, com 28.611 casos até 22 de março (mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 13.150 casos). Este ano, uma pessoa morreu por complicações decorrentes da dengue.

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"A tendência é de que um vírus substitua o outro. O que temos hoje é uma parcela dos mosquitos infectado por zika e outra com dengue. A circulação por chikungunya é muito menor", afirmou o subsecretário.

Os casos de chikungunya foram registrados em cidades da Região Metropolitana, principalmente na Baixada Fluminense. A capital teve 52 casos. A Secretaria de Estado de Saúde atualiza nesta quarta, 30, os dados de casos registrados de chikungunya, dengue e zika.

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nesta terça-feira (29), o mais recente boletim da microcefalia e arboviroses em Pernambuco, que considera o levantamento realizado entre os dias 1 de agosto e 19 de março. De acordo com os números apresentados, os casos de microcefalia apresentaram desaceleração em relação às últimas semanas. Apesar da notícia animadora, foi registrado o primeiro óbito por dengue na última semana. Já o número de mortes por Chikungunya, aparentemente, foi freado, permanecendo em duas mortes. 

Entre os boletins do dia 8 e 15 de março, o número de casos notificados com microcefalia sofreu aumento de 57, enquanto o documento divulgado entre os dias 15 e 22 apresentaram um acréscimo de 40 notificações. Já no levantamento da SES, emitido nesta terça-feira (29), o número de notificações apresentou um aumento de dez casos em relação ao último boletim. Entre os números divulgados, o número de casos prováveis é de 728; 273 confirmados e 349 descartados. 

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Dentre os casos confirmados, 99 estão relacionados ao Zika vírus por critério laboratorial (sorologia IgM). Apesar da aparente desaceleração, o número de óbitos continua a crescer. Nesta semana somam-se 45 mortes, seis a mais do que divulgado no último boletim e mesmo acréscimo em relação ao dia 15.

A SES divulgou que também foram registrados 24 casos de bebês natimortos e 21 que vieram a óbito logo após o nascimento. Destaca-se que nenhum dos casos teve microcefalia como causa básica de morte.

Quanto às gestantes, o protocolo registrou 3.438 grávidas com exantema [manchas no corpo] entre os dias 2 de dezembro e 26 de março. Outro número que permaneceu o mesmo em relação à última semana é o número de casos detectados intraútero, somando 18 casos. A SES alerta que o exantema não é indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia. 

Arboviroses

O número de pessoas afetadas pelo Zika vírus passou para 16, sendo esse o número de confirmações. Enquanto isso, o número de notificações passou a ser de 7.166. 

Já para Chikungunya, Pernambuco possui 13.947 casos notificados, 303 confirmados, em 160 municípios e dois óbitos, mesmo número registrado nas últimas semanas.

Enquanto a microcefalia parece estar desacelerando, o estado registrou seu primeiro caso de morte por Dengue. Além disso, foram 45.117 casos confirmados, 6.448 confirmados, em 183 municípios e o distrito de Fernando de Noronha. 

Índice de infestação predial

A SES divulgou o levantamento que consta 69 municípios em situação de alerta, 84 em risco de surto, 15 em situação satisfatória e 16 cidades não informaram.  

O número de casos suspeitos de chikungunya notificados na cidade de São Paulo nos três primeiros meses deste ano já supera os registros de todo o ano passado, segundo balanço apresentado ontem pela Secretaria Municipal da Saúde. De 1º de janeiro a 23 de março, foram 1.158 notificações da doença, ante 728 nos 12 meses de 2015. Do total de casos de 2016, cinco já foram confirmados como autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do próprio Município, especificamente nos bairros de Pirituba (zona norte), Vila Curuçá (zona leste) e Sacomã (zona sul), este último com três casos.

Há outros 75 casos confirmados em que os pacientes ou são moradores de outras cidades ou foram infectados fora da capital. Do restante de registros, 274 foram descartados e 831 estão sob investigação. "O número de confirmações é pequeno porque, com a chikungunya, ainda não conseguimos fazer todo o diagnóstico pela Prefeitura, precisamos de exames confirmatórios do Instituto Adolfo Lutz (laboratório do governo do Estado) e isso demora um pouco mais", explicou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.

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Ele afirma que a administração municipal já considera que tanto os vírus da chikungunya quanto da zika estão em circulação na capital. "Temos de trabalhar com a hipótese de que, assim como a dengue, elas serão doenças endêmicas, que vieram para ficar enquanto não houver uma vacina", disse.

O número de casos notificados de vírus zika na capital também cresceu em relação ao ano passado. Já são 190 pacientes com suspeita da doença, ante 49 em 2015. Apenas um caso autóctone foi confirmado, de uma moradora da Freguesia do Ó, na zona norte. A cidade tem ainda seis casos de microcefalia cuja ligação com o vírus zika está confirmada e outros 27 sob investigação.

Dengue

Na contramão do crescimento das outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue teve redução de 47% no número de casos nos dois primeiros meses deste ano na capital. O total de registros confirmados caiu de 6.653, no primeiro bimestre de 2015, para 3.484 no mesmo período deste ano.

Segundo Padilha, o resultado se deve ao esforço das ações de combate a criadouros do mosquito tanto por parte da população quanto dos agentes municipais. O secretário destacou como ação bem-sucedida o, até então inédito, uso de larvicida em mais de 6 mil terrenos e imóveis considerados estratégicos pela Prefeitura, como espaços que acumulam objetos e entulhos ou locais de grande circulação de pessoas.

"Foi uma estratégia acertada que está relacionada à redução de casos de dengue", disse o secretário, que ressaltou que, apesar da queda no número de pessoas infectadas, o período de pico da doença ainda está por vir. "É um dado bastante positivo, mas não podemos baixar a guarda porque, historicamente, o número de casos aumenta ainda mais em março e em abril."

A zona leste da cidade é a região mais afetada pela dengue neste ano. Lajeado, Penha e Cangaíba lideram em número de casos, com 251, 209 e 94 infectados, respectivamente. Até agora, a cidade registrou uma morte por dengue.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Recife lançou nesta quarta-feira (23) o Protocolo de Manejo da Dor na Chikungunya. O documento visa melhorar a condição do médico e do enfermeiro a identificar os melhores medicamentos, recomendações e estratégias de acordo com o período da doença e a gravidade da dor. Pernambuco registrou as primeiras mortes por chikungunya na capital neste ano. 

A necessidade do protocolo específico pretende combater a automedicação e possíveis prescrições precipitadas que ocorriam nas unidades básicas de saúde. “A doença não é necessariamente nova, mas para nossos profissionais de saúde é de recente conhecimento”, explica o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. A aplicação de corticoides e antiinflamatórios, para atenuar os sintomas da doença, dependendo da fase, podem causar irritação gástrica, sangramentos e levar o paciente a morte. "O que serviu para seu vizinho não necessariamente servirá para você", destaca o secretário.

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Um questionário deverá ser aplicado ao paciente. Nele, há uma escala de dor que varia de 0 a 10, da dor leve para a dor intensa. Dentro dessas escalas ainda há a subdivisão de fases da doença, sendo elas aguda, subaguda e crônica. Cada nível significa uma orientação terapêutica específica. 

Segundo a Secretaria de Saúde, o protocolo de manejo foi elaborado por um grupo de especialistas a partir do que vem sendo discutido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Panamericana de Saúde. A pasta fez a aquisição de analgésicos mais potentes para serem usados com prescrição pelos profissionais. Houve um investimento de cerca de R$ 1 milhão. 

Além disso, técnicas como acupuntura deverão ser consideradas pelos médicos no tratamento da doença. “Quando nada adianta, a acupuntura pode ser mais uma medida no controle dos sintomas”, comenta a gerente geral do Plano Emergencial de Enfrentamento ao Mosquito, Zelma Pessôa. 

Dados – O último boletim de arboviroses registra a notificação de 2.632 casos de chikungunya, com a confirmação de 385. Há um aumento de 42% de registros de arboviroses, incluído dengue e zika, em relação ao mesmo período em 2015.

Capacitação – Simultaneamente ao lançamento do protocolo, a Secretaria de Saúde do Recife realizou o treinamento de 400 profissionais da Rede de Saúde Municipal, ou seja, médicos e enfermeiros que atuam na Atenção Básica e fisioterapeutas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), para qualificar o atendimento dos pacientes com a doença. “Além de normatizar a conduta dos médicos, estamos focando também no acolhimento e apoio psicossocial a esses pacientes, que ficam muito deprimidos por não poderem seguir com a rotina natural”, conclui Zelma Pessôa. 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou, na tarde desta terça-feira (22), mais um boletim com o número de casos de microcefalia e arboviroses em Pernambuco. Em uma semana foram registradas mais seis mortes de crianças com a condição. Já o número de óbitos por Chikungunya permaneceu em dois casos. 

Em relação ao boletim divulgado na última semana, houve um aumento para 1.819 (equivalente a mais 40) casos notificados. São 720  prováveis, 268 confirmados e 341 descartados. 

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Após realização de exames, foram detectados 18 casos intraútero entre os dias 1 de agosto e 19 de março. A SES ainda aponta que subiu para 39 o número de óbitos de bebês com microcefalia, seis a mais em relação ao balanço divulgado na última semana. Ao todo, são 133 com registro de casos de microcefalia. 

No protocolo do governo está presente a avaliação das gestantes. Foram detectadas 3.317 com exantemas – manchas no corpo – entre os dias 2 de dezembro e 19 de março de 2016. Já, diante desse número, 18 grávidas possuem detecção de microcefalia intraútero. A Secretaria alerta que exantema não é indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia.  

Arboviroses

No relatório também foi divulgado os casos de Zika em Pernambuco. Somam-se 6.843 casos notificados somente em 2016 e quatro confirmados.

Em relação aos casos de Chikungunya, o número é de 12.269, em 153 municípios. A SES informa que dois óbitos foram registrados, o mesmo número divulgado no boletim do último dia 15. 

Os casos de Dengue continuam crescendo. Ao todo já foram notificados 41.531 casos, sendo 5.844 confirmados em 182 municípios e o distrito de Fernando de Noronha. Não há registro de mortes por Dengue. Isso representa um aumento de 70,26% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram notificados 24.393 (sendo 12.360 confirmados).

Em todo o estado, 63 municípios estão em situação de alerta, enquanto 84 têm risco de surto.  

O surto de arboviroses provocadas pelo mosquito Aedes aegypti em todo o Brasil tem provocado alerta na população quanto à prevenção dessas doenças. Pensando nisso, a CBF, em conjunto com a nova patrocinadora da Seleção Brasileira, a Cimed, irá realizar uma ação durante a partida que vale pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, na Arena Pernambuco, na próxima sexta-feira (25). 

Na ocasião, durante Brasil e Uruguai, serão distribuídos aos torcedores, nas áreas internas e externas do local do confronto, 100 mil sachês do repelente "Xô, inseto”. De acordo com o diretor de marketing da Cimed, Hélio Souza, essa é a primeira ativação através de uma ação social entre a empresa e a CBF. Além disso, a Secretaria de Saúde já foi informada sobre a distribuição do produto durante o evento. A CBF informa que material como folheto com informações sobre formas de evitar proliferação do mosquito também será entregue ao público que irá comparecer à quinta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia de 2018, na Arena Pernambuco, às 21h45 da sexta-feira. 

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A Secretaria de Saúde do Recife confirmou em boletim a segunda morte por chikungunya na cidade. A vítima, uma mulher de 54 anos, identificada pelas iniciais A.R.M.C, morreu no dia 30 de janeiro deste ano e teve a causa do óbito confirmada após teste sorológico realizado em laboratório.

A mulher era moradora do bairro de Água Fria, na Zona Norte da capital, que faz parte do Distrito Sanitário 2. Em 2016, o distrito registra 213 notificações de chikungunya, com 20 confirmações e 12 descartes. O bairro de Água Fria possui três confirmações da doença. 

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O primeiro caso divulgado de morte por chikungunya no Recife ocorreu no dia 21 de fevereiro deste ano. A idosa M.N.M.S., de 88 anos, moradora da Ilha do Retiro, Zona Oeste da cidade, teve a causa da morte confirmada por exames sorológico e virológico.

Microcefalia – O boletim da Secretaria de Saúde também registra a notificação de 1799 casos suspeitos de microcefalia relacionada à infecção pelo zika vírus em Pernambuco, sendo 299 desses em recém nascidos do Recife. Dos 299, 117 são considerados prováveis, 47 foram confirmados por meio de exame de neuroimagem de microcefalia sugestiva de origem infecciosa, 49 foram descartados. O período entre os meses de outubro e dezembro de 2015 concentrou o maior número de notificações de casos suspeitos de microcefalia na capital. 

Subiu para 19 o número de casos suspeitos de bebês com microcefalia ligada ao vírus zika no Pará, de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado na quarta-feira (16). Até o momento, somente uma das ocorrências notificadas foi confirmada.

Os dados computados pelo Ministério da Saúde são fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde semanalmente. Em relação à semana passada, o balanço do Pará indicava 17 casos. Em todo o País são investigadas 4,2 mil ocorrências suspeitas – 863 já analisadas foram confirmadas.

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Queda – Em janeiro e fevereiro deste ano foram registrados 510 casos de dengue, 18 de zika e um importado de febre chikungunya no Pará, de acordo com o quarto informe epidemiológico de 2016 da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Em relação ao mesmo período em 2015, aponta o levantamento, houve redução de 30% na quantidade de ocorrências confirmadas de dengue.

Com informações de Raiany Pinheiro. 

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou, na tarde desta terça-feira (15), o novo boletim com dados sobre a microcefalia e arboviroses em Pernambuco. Os dados concluem o aumento dos casos, inclusive, de óbitos que acometeram mais bebês. 

O número de mortos ainda continua em uma crescente. Já se somam sete mortes de bebês com microcefalia em relação à semana anterior, chegando no total a 33 , sendo os maiores números contabilizados no Recife (3) e Ipojuca (3). Nos últimos boletins, a SES também tem divulgados as principais causas motivadoras da microcefalia nos casos registrados. Ao todo são 256 casos confirmados como sugestivo de causa infecciosa, sendo 69 relacionadas ao zika vírus, de acordo com critérios laboratoriais por detecção do anticorpo IgM no líquido cefalorraquidiano.

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Em Pernambuco, entre os dias 1 de agosto de 2015 e 12 de março de 2016, foram notificados 1.779 casos de microcefalia, quatro a mais em relação à semana anterior. Dentre esse número estão 703 prováveis (correspondem a 39% do número total); 256 confirmados e 297 descartados. Em meio aos casos confirmados, estão 17 que foram diagnosticados ainda intraútero. 

De acordo com a SES, o número de municípios a contabilizarem os casos também subiu em relação ao boletim anterior. Atualmente, o número de cidades a constatarem a doença chegou a 133. O novo boletim também registrou 3.053 grávidas com exantema (manchas na pele). No entanto, a SES afirma que a existência de exantemas não é indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia. 

Zika, Chikungunya e Dengue

O boletim contabiliza 5.766 casos de zika notificados em 2016 em 12 regiões de saúde. Já quanto à incidência de Chukungunya são 10.880 casos notificados e 272 confirmados em 149 municípios. A doença já fez uma vítima fatal. 

Quanto a Dengue, foram notificados, em 182 municípios, 37.702 casos, sendo 5.091 confirmados sem casos de óbito. 

A Secretaria ainda divulga que há 63 municípios em situação de alerta e 84 cidades em risco de surto. 

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou nesta quarta-feira, 9, a primeira morte causada pelo vírus da chikungunya no Estado. A vítima é uma idosa de 88 anos que faleceu em 21 de fevereiro, no Recife.

Segundo a secretária-executiva de Vigilância à Saúde, Cristiane Penaforte, a idosa apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 11 de janeiro e chegou a receber atendimento hospitalar por três vezes. Em uma das ocasiões, foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de uma unidade pública de Saúde.

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A confirmação laboratorial foi feita por meio de duas técnicas diferentes que deram resultados positivos para a presença de anticorpos de chikungunya e de fragmentos do vírus. O óbito foi registrado no boletim apresentado na última terça-feira com os dados das enfermidades transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, chikungunya e zika).

Os registros dizem respeito aos casos notificados entre 1º de agosto de 2015 e 5 de março de 2016. Até o momento há 84 óbitos por suspeita de doenças transmitidas por mosquitos.

A identidade da paciente está sendo mantida em sigilo a pedido da família. Ela era moradora do bairro da Ilha do Leite, um dos campeões em registros dessas doenças na capital pernambucana, ocupando o 4º lugar no ranking do Recife.

Balanço

Comparado com o balanço divulgado na semana passada, houve um aumento de mais de mil casos suspeitos de zika no Estado. O número saltou de 3.746 para 4.849 casos notificados. Em relação à chikungunya, as notificações aumentaram de 6.076 para 9.160 casos. De agosto até março, as notificações de dengue chegaram a 31.481 (4.210 confirmados), distribuídos em 179 municípios, o que representa um aumento de 131,70% em relação ao mesmo período de 2015.

As três viroses que mais assustam o Brasil no momento – dengue, Zika e chikungunya – são doenças infecciosas agudas transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. As semelhanças não param por aí: todas elas podem provocar febre, dor e manchas pelo corpo. “A diferença é sutil e o diagnóstico precisa ser clínico e epidemiológico, levando em conta a situação de infecções naquela localidade”, explicou a infectologista e epidemiologista Helena Brígida.

Em entrevista à Agência Brasil, a integrante do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia destacou que, no caso da dengue, o sintoma de maior destaque é a febre, sempre alta e de início súbito. Já a característica mais marcante na infecção por chikungunya são as dores nas articulações, bem mais intensas que nas outras duas doenças. Por fim, o Zika tem como principal manifestação manchas pelo corpo bastante avermelhadas e que coçam muito, além de joelhos e tornozelos inchados.

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“A gente tem que perguntar ao paciente se coça muito, se ele teve febre, se a febre passa quando ele toma remédio, se há dor nas juntas, se o pé está inchado. Não dá pra dizer logo de cara o que é. O médico tem que ouvir todo o conjunto de sintomas para definir a melhor conduta”, destacou. A especialista contou ainda que, em seis horas de plantão em um único dia, se deparou com quatro casos de Zika em seu consultório. A colega que atendia na sala ao lado, segundo ela, registrou outros quatro casos da mesma doença.

A infectologista também ressaltou que o tratamento para as três doenças é sintomático, ou seja, estabelecido com base nos sintomas apresentados pelo paciente e não muda diante de um resultado laboratorial positivo ou negativo. A confirmação por teste, segundo ela, é importante sobretudo entre gestantes, diante da possível associação de microcefalia com o vírus Zika, e entre pacientes com quadro de complicações neurológicas também possivelmente associadas à infecção.

A Prefeitura do Recife iniciou, nesta segunda-feira (29), a entrada obrigatória em imóveis abandonados para a vistoria de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. Para conseguir acesso aos locais fechados, os agentes estão autorizados a forçar a entrada no imóvel com o uso de ferramentas, contando, ainda, com o auxílio de um chaveiro na equipe.

Segundo a prefeitura, a entrada compulsória acontece após os agentes de saúde constatarem o abandono dos estabelecimentos em três visitas distintas. A Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos elaborou um padrão legal para que as equipes de agentes de Vigilância Ambiental e Controle de Endemias e soldados do Exército atuem nos imóveis abandonados ou em casos em que os moradores não aceitem a entrada das equipes.

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O parecer considera que o decreto 29.279/2015, que declarou Situação de Emergência no município, enquadrou a atual situação do Recife no padrão 1.5.1.1.0 da Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade), ou seja: “desastre natural causado por epidemia de doença infecciosa viral”. Com isso, e estando o interesse público acima do interesse privado , ficam autorizadas às equipes de saúde à verificação do abandono do imóvel, podendo ingressar no local e proceder com os trabalhos de vistoria normalmente.

Para considerar a situação de abandono ficou estipulada a visita em três dias distintos, incluindo o devido registro documento das características de abandono, para salvaguarda legal do município. Nos casos em que não seja verificado o abandono do imóvel, mas que os proprietários dificultem ou impeçam o acesso dos agentes, a Procuradoria Judicial da Secretaria de Assuntos Jurídicos do Recife ficou responsável por tomar as providências para conseguir a autorização judicial.

Com informações da assessoria

O combate ao Aedes aegypti tem sido uma das principais questões atuais em que forças diferentes têm sido canalizadas para um mesmo fim. Sociedade civil e pública tem se manifestado para que o mosquito-causador da Zika Vírus, Chikungunya e Dengue seja eliminado. 

Em um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), no período pós-carnavalesco, a população do Recife foi consultada e questionada sobre quem ou quais são os principais responsáveis pelo combate ao mosquito Aedes aegypti. 

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Os entrevistados, em sua grande maioria (74,8%), julgaram como sendo de responsabilidade da sociedade juntamente com o governo o papel de sanar o problema. De acordo com a voz das ruas, a união desses dois lados deve ser o melhor cenário para que essa luta seja satisfatória, afinal, é apontado que o governo deve ter a responsabilidade de conscientizar a população e os cidadãos, eliminarem os focos. 

Já 19,4% apontaram que somente a sociedade tem a responsabilidade de combater o Aedes aegypti. Dos consultados, 100% - provenientes da Classe A – deixam a cargo da população, a tarefa de eliminar focos e prevenir o mosquito. 

Outros 5,8% dos questionados, afirmam que somente o governo deve exercer o papel de combater o causador da Zika Vírus, Chikungunya e Dengue. 

 

*A pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio. Com o objetivo de investigar a opinião dos recifenses sobre o atual cenário da saúde pública e as epidemias que o assolam, o estudo ouviu mais de 600 pessoas, durante os dias 15 e 16 de fevereiro de 2016. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados do Censo IBGE.

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