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Uma pesquisa realizada no Recife avaliará a persistência do zika vírus em fluidos de seres humanos. O vírus já foi detectado em sangue, urina, sêmen, fluidos cerebrais e espinhais, saliva e líquido amniótico. O estudo será realizado pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco (Fiocruz-PE) com o financiamento e coordenação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Intitulada ZikaBRA, a pesquisa mapeará por quanto tempo o zika vírus pode ficar ativo no organismo, podendo provocar a transmissibilidade da doença entre humanos e se o vírus pode permanecer inativo e reaparecer em uma fase superior. O zika é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti, responsáveis por transmitir também dengue e chikungunya. 

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Os pacientes diagnosticados com a arbovirose pela Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Caxangá e por postos de saúde dos bairros da Várzea e Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife, terão uma agenda de coleta de seus fluidos no HC para o acompanhamento da pesquisa. “A transmissibilidade sexual, por exemplo, já está comprovada. Mas por quanto tempo o vírus atua? É importante avaliar o impacto dessa doença ao longo do tempo”, explica o professor da UFPE e médico do Hospital das Clínicas Carlos Brito, coordenador da parte clínica do projeto no Recife.

Os fluidos corporais serão recolhidos durante 24 meses. O resultado do levantamento está previsto para meados de 2019. Além do Recife, a pesquisa será feita em Manaus e Rio de Janeiro. 

Com informações da assessoria

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), três bairros da capital sofrem com novo surto de Chikungunya. O fato foi confirmado, nesta última quinta-feira (13), pela diretora de vigilância do órgão, Geruza Moraes. Segundo ela, os bairros de Coutos, Alto de Coutos e São João do Cabrito vêm sofrendo com a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Conforme dados da SMS, o número de casos vem crescendo desde o início de maio deste ano. As condições consideradas ‘normais’ de infestação do mosquito Aedes são de 1% e, segundo Geruza, os níveis nesses bairros, nos últimos meses, já atingiu quase 6% e 8%. No total, foram notificados até agora 171 casos, com 27 confirmações da doença. Os demais aguardam análise médica.

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As condições climáticas da cidade, no período de maio a julho, podem ter cooperado para o aumento da proliferação do mosquito, que se desenvolve em focos de água parada. Ainda de acordo com Geruza, a interrupção de fornecimento de água nesses bairros é uma das causas, já que é necessário estocar em baldes, que podem vir a ser criadouros do Aedes. A Vigilância em saúde e o Centro de Controle de Zoonoses e a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) já se manifestaram para controlar a infestação nessas localidades.


Os pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) descobriram uma planta que poderá ser usada contra o mosquito Aedes aegypti. Denominada "Aninga", a planta será utilizada para criar um larvicida, produto que destrói larvas, e um repelente.

A pesquisa começou há dez anos, após a constatação de ribeirinhos de que não havia mosquitos transmissores da malária nos locais onde era encontrada a Montrichardia linifera, nome científico da aninga.

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"Isso nos motivou a levar ao laboratório, estudar a composição química e fazer ensaios com a aninga. Vimos que, realmente, os extratos dessa planta inibiram o crescimento dos ovos do Plasmodium falciparum, que é o parasita causador da malária. Repetimos os testes e começamos a ter resultados positivos", relata uma das pesquisadoras, Cristine Bastos. 

De acordo com informações do Ministério da Saúde, em 2016, pelo menos 794 pessoas morreram no País em consequência de doenças transmitidas como dengue, zika e chikungunya.

O número de casos de chikungunya no País aumentou 88% em um mês. Boletim epidemiológico mostra que foram registrados até 13 de maio 80.949 pacientes com suspeita da doença. Até 15 de abril, haviam sido identificados 43.010. Apesar do aumento expressivo no período, os dados deste ano ainda são significativamente menores do que o registrado ano passado, quando foram feitas 179.026 notificações. Até agora, foram registradas 13 mortes. Em 2016, a doença provocou 196 óbitos.

A maior taxa de incidência de casos é no Nordeste. A região apresentou uma proporção de 93,3 notificações a cada 100 mil habitantes. Em seguida, vem a região Norte, com 45,6 casos a cada 100 mil. Ceará apresenta epidemia da doença, com incidência de 462,7 casos por 100 mil habitantes. Também preocupam o Ministério da Saúde Roraima e Tocantins.

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Embora em menor número do que o ano passado, os casos de zika também aumentaram no último mês. Até 13 de maio, foram contabilizados 9.351 casos prováveis da infecção, 18% a mais do que o registrado até o boletim de 15 de abril. Entre gestantes, foram notificados 1.419 casos, dos quais já foram confirmados 339. Mesmo com o aumento em relação a abril, os casos de zika este ano são expressivamente menores do que os apresentado em 2016. A queda é de 95,1%.

A dengue continua sendo a doença transmitida pelo Aedes aegypti mais difundida entre a população brasileira. Este ano, foram 144.326 casos suspeitos. Em um mês, os registros avançaram 27%. O Nordeste apresentou o maior número de casos prováveis (45.431, o equivalente a 31,5% do número nacional). Em seguida, vem a região Sudeste ( com 29,6% dos casos), o Centro-Oeste (com 24,1%) , Norte (12,5%) e Sul (2,4%). Quando se analisam os índices nacionais, os casos de dengue este ano sofreram uma redução de 89,3% em relação ao mesmo período de 2016.

O projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil, conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), conseguiu chegar a 90% de sucesso na substituição de mosquitos Aedes aegypti comuns por outros que não conseguem transmitir dengue, zika e chikungunya.

O projeto-piloto, que faz parte do programa internacional Eliminate Dengue: Our Challenge, liberou mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia na localidade Ponto Final, no bairro de Jurujuba, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A bactéria é natural e existe em outros insetos, e no Aedes aegypti tem a capacidade de impedir a transmissão das doenças.

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A bactéria é retirada da mosca da fruta e inoculada no ovo do Aedes aegypti para que o mosquito se desenvolva com a Wolbachia em seu organismo de forma intracelular. Os mosquitos modificados são liberados no ambiente e, com o tempo, a população de insetos é naturalmente substituída, de forma gradual, pelos que não têm condição de transmitir os vírus. “Significa que 90% dos mosquitos daquela área têm redução na capacidade de transmitir as doenças. O mosquito continua lá, mas não vai transmitir dengue, zika e chikungunya”, disse o pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, que lidera o projeto no Brasil.

A substituição dos mosquitos ocorre com o cruzamento entre eles, segundo o pesquisador, com a transmissão da bactéria pela fêmea aos seus filhotes. “Para os mosquitos com Wolbachia se estabelecerem, a gente precisa que, por um tempo, a gente faça a soltura e eles vão procriando e cruzando com os mosquitos do campo e isso faz com que a bactéria seja passada para os seus descendentes e vá aumentando em número até chegar a um tempo quem que não precisa mais soltar”, acrescentou.

O projeto também está sendo desenvolvido em Tubiacanga, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, onde, segundo o Moreira, vem obtendo resultados semelhantes aos registrados em Niterói. “Fizemos liberações de mosquitos de agosto de 2015 até janeiro do ano passado. Desde de janeiro, a gente parou de soltar mosquitos e faz o monitoramento. Toda semana vai a campo, coleta os mosquitos nas armadilhas e vê se estão positivos para a Wolbachia. A gente viu que a porcentagem foi aumentando ao longo do tempo e hoje cerca de 90% dos mosquitos estão positivos. Pensando que faz mais de 15 meses que não soltamos mosquitos ali, é um grande sucesso”, destacou.

Jurujuba e Tubiacanga foram escolhidas para mostrar que a técnica é eficaz em diferentes ambientes. “Tubiacanga é mais urbana e Jurujuba tem mais floresta perto. A gente queria mostrar que os mosquitos com Wolbachia conseguiam se estabelecer em diferentes situações”, disse Moreira.

Expansão

De acordo com o pesquisador, os mosquitos modificados estão sendo liberados em mais dois locais de Niterói: São Francisco e Charitas, e a ideia é expandir, em junho, para os bairros Cafubá, Jacaré, Jardim Ibuí, Piratininga, Santo Antônio e Camboinhas, na Região Oceânica do município. Pelos cálculos da Fiocruz, a iniciativa ajudará a proteger mais 32 mil habitantes dessas doenças.

Para o segundo semestre, a intenção é espalhar os mosquitos em mais áreas da Ilha do Governador, chegando também a outros bairros do Rio, que ainda serão escolhidos. De acordo com o pesquisador, devem ser beneficiados mais de 2 milhões de habitantes. “Tudo é feito juntamente aos municípios. A gente tem parceria com as secretarias e o plano é feito em comum acordo pensando também na incidência de dengue, na presença de mosquitos, o processo que ocorre na cidade e na cobertura do Programa de Saúde da Família”, disse.

Segundo a Fiocruz, o protocolo da fase de expansão do Projeto no Brasil foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) após rigorosa avaliação sobre a segurança para a saúde e para o meio ambiente.

O projeto tem apoio do Ministério da Saúde e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com contrapartida da Fiocruz. Cabe às secretarias de Saúde de Niterói e do Rio de Janeiro, como parceiros, fornecer pessoal e logística. O projeto também tem recursos internacionais da Fundação Bill & Melinda Gates, via Universidade Monash (Austrália), e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. 

Bebês infectados pela chikungunya no Ceará têm manifestado sintoma diferente dos normalmente relatados entre as vítimas, como febre, dores nas articulações e pequenas bolhas na pele. A Sociedade Cearense de Pediatria (Socep) alerta que as crianças estão sendo internadas em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com lesões graves na pele, semelhante a queimaduras causadas pelo sol.

A descrição do novo sintoma foi feita pelo médico infectologista Robério Dias Leite, presidente do Departamento Científico de Infectologia da Socep, que observou o problema em seus pacientes e elaborou um documento, emitido pela entidade, com orientações para o reconhecimento das lesões.

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O objetivo, explica o médico, é adotar medidas de proteção específicas para os bebês, especialmente os que têm até 6 meses de idade. De acordo com ele, o surgimento dessas bolhas em crianças pequenas torna necessário o tratamento em centros especializados, dotados de UTIs. Ainda segundo Leite, há relatos semelhantes feitos na Ásia e no Caribe.

O infectologista afirma que o motivo da relação ainda é desconhecido. "Mas, como estamos enfrentando um quadro de epidemia no Ceará, é preciso fazer o alerta para evitar a morte desses bebês", explica Leite.

As lesões também podem manifestar-se em crianças maiores e em adultos. A preocupação com os bebês pequenos, no entanto, é maior porque a queimadura pode ocorrer de forma ainda mais agressiva. "O que mais preocupa, sobretudo nos bebês menores de 6 meses, é a disseminação dessas bolhas."

Como medida de proteção à doença, Leite recomenda aos pais que usem mosquiteiros (véus de proteção no berço ou na cama), já que o uso de repelentes está contraindicado para menores de seis meses. Para crianças acima dessa faixa etária, além dos mosquiteiros, é necessário o repelente.

Queda de registros

Dados divulgados no início do mês pelo Ministério da Saúde indicam queda de registros no País de dengue, zika e chikungunya - transmitidas pelo Aedes aegypty. Até 15 de abril, o número de casos suspeitos de dengue caiu 90% em relação ao mesmo período de 2016, de chikungunya, 68%, e de zika, 45%.

Neste ano, o Ceará já apontou 1.867 casos de chikungunya - mais da metade em Fortaleza - e cinco mortes, entre elas a de um bebê com dez dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos 794 pessoas morreram no Brasil em decorrência das três doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika e chikungunya. A maior parte das mortes, 629, foi provocada pela dengue. Os dados são do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, registados até 24 de dezembro de 2016.

Dengue

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Ao todo, foram notificados 1.496.282 casos prováveis de dengue no país, totalizando uma incidência 731 casos a cada 100 mil habitantes. Já em 2015, foram 1.677.013 casos prováveis. Segundo o boletim, mais 629 óbitos estão sendo investigados para serem cofirmados ou descartados quanto ao vírus.

Chikungunya

Em 2016, até a metade de dezembro, foram registrados 265.554 casos prováveis de febre chikungunya no país, com uma taxa de incidência de 129,9 casos para cada 100 mil habitantes. O número é cerca de seis vezes maior do que o de 2015, quando foram notificados 38.499 casos prováveis da doença. Ao todo, foram registrados no ano passado 159 óbitos pela doença, enquanto em 2015 foram 14.

Zika

Em 2016, até o meio de dezembro, foram registrados 214.193 casos prováveis de febre pelo vírus Zika no país (taxa de incidência de 104,8 casos/100 mil habitantes). Ao todo, foram confirmados laboratorialmente seis mortes por Zika. Em relação às gestantes, foram registrados 16.923 casos prováveis, sendo 10.820 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial. A notificação obrigatória de casos da doença pelo sistema de saúde passou a valer no começo de fevereiro de 2016.

Sintomas

De forma geral, as três doenças causam febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (rash cutâneo ou manchas vermelhas pelo corpo). No entanto, existem alguns sintomas marcantes que as diferem.

Os sintomas relacionados ao vírus Zika costumam se manifestar de maneira branda e o paciente pode, inclusive, estar infectado e não apresentar qualquer sintoma. Mas um sinal clínico que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas e é considerado como uma marca da doença é o rash cutâneo e o prurido, ou seja, manchas vermelhas na pele que provocam intensa coceira.  O quadro de febre causado pelo vírus Zika costuma ser mais baixo e as dores nas articulações mais leves. A doença ainda traz como sintomas a hiperemia conjuntival (irritação que deixa os olhos vermelhos, mas sem secreção e sem coceira), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.

As fortes dores nas articulações são a principal manifestação clínica de chikungunya. Essas dores podem se manifestar principalmente nas palmas dos pés e das mãos, como dedos, tornozelos e pulsos. Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.

Os quatro sorotipos da dengue causam os mesmos sintomas, não sendo possível distingui-los somente pelo quadro clínico. O principal sintoma da doença é a febre alta acompanhada de fortes dores de cabeça. Dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea também fazem parte do quadro clássico da dengue. Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente sob a pressão das mãos. O rash normalmente surge a partir do terceiro dia de febre. Diarreia, vômitos, tosse e congestão nasal também podem estar presentes no quadro e podem comumente levar à confusão com outras viroses.

Um ano após a explosão da epidemia de zika no Brasil e com boa parte da população protegida por anticorpos, a volta do forte calor no verão ameaça disparar outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti: a chikungunya.

A infecção pelo vírus da chikungunya, recente na América Latina, provoca sintomas parecidos aos do zika e da dengue, como febre alta, dores musculares e articulares e manchas pelo corpo, e costuma ser mais grave em pessoas mais velhas.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alertou recentemente os serviços de saúde do Rio de Janeiro sobre o risco de que essa infecção possa afetar entre 30% e 50% da população da cidade, de mais de 6 milhões de habitantes. Em 2016, 14.000 casos foram registrados no Rio e 10 pessoas morreram pela doença.

Em entrevista à AFP, Rivaldo Venâncio, infectologista e diretor da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, afirma que a chikungunya é, sem dúvida, "a maior ameaça neste verão" no Brasil, e alerta que os serviços de saúde do país não estão "capacitados" para enfrentar uma grande epidemia deste tipo.

Pergunta: Como se chegou a esta estimativa inquietante para o Rio?

Resposta: São projeções baseadas em epidemias de chikungunya que ocorreram em outras regiões do mundo, como na ilha da Reunião, onde cerca de 40% da população foi atendida em 2005 e 2006. Na verdade, o pior cenário estaria em torno de 300.000 a 500.000 casos na cidade do Rio, o que é muita coisa se considerarmos que se trata de uma doença que muitas vezes exige que o paciente vá quase diariamente a uma unidade de saúde. Dentre as doenças transmitidas por mosquitos, com certeza, a chikungunya passa a ser a maior ameaça neste verão.

P: Por que o risco cresceu neste ano?

R: Porque é uma doença que está começando a descer da região nordeste para a região sudeste, mais populosa, e a população não têm anticorpos contra esse vírus. Ao contrário da dengue, que circula em todos os estados do Brasil há pelo menos trinta anos, a chikungunya só está aqui desde 2014. Por isso a nossa expectativa é que este seja um verão com grande possibilidade de explosão de epidemias de chikungunya em várias localidades do Brasil.

P: Por que não se espera que o zika volte com força?

R: O zika teve, em um curto espaço de tempo, uma dispersão gigantesca e surpreendentemente rápida pelo país. Mas isso significa que uma alta percentagem da população já possui anticorpos contra essa doença, o que não pode ser dito para a chikungunya. A quantidade de pessoas vulneráveis é infinitamente maior.

P: Uma eventual epidemia de chikungunya pode ser pior que a de zika?

R: As consequências de ambas são extremamente graves, mas as da chinkungunya seriam mais previsíveis, tendo como parâmetro o que tem sido observado em outros países. As reais consequências do zika ainda não são totalmente conhecidas. Temos observado, por exemplo, que algumas crianças que nasceram com um cérebro de tamanho aparentemente normal começaram a desenvolver malformações congênitas quatro, cinco ou seis meses depois do nascimento. Dito isto, mesmo sendo mais conhecidas, as consequências da chikungunya são devastadoras. Nem o sistema público nem o sistema privado de saúde estão capacitados para enfrentar adequadamente uma grande epidemia deste tipo.

P: Qual é o maior perigo da chikungunya?

R: A doença tende a ser mais grave quando a pessoa tem doenças de base, como diabetes, hipertensão ou artrite. Também pudemos observar aqui que quanto mais grave são os sintomas nos primeiros dias de surgimento, maior é a possibilidade de que essa doença venha a ser crônica e dure quatro, cinco, seis meses, ou um ano. A taxa de doentes crônicos tende a ser maior quanto mais avançada for a idade do paciente.

Os casos de dengue e Zika no Brasil devem se manter estáveis neste ano em relação ao ano passado, enquanto as infecções por chikungunya devem aumentar ainda mais. Este é o cenário previsto por especialistas do Ministério da Saúde para 2017.

Dados da pasta revelam que, em 2016, foram registrados 1,4 milhão de casos de dengue contra 1,6 milhão no ano anterior, além de 211 mil casos prováveis de infecção por Zika (não há comparativo com o ano anterior porque os dados só começaram a ser coletados em outubro de 2015).

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Em relação à febre chikungunya, os registros apontam para 263 mil casos em 2016 contra 36 mil no ano anterior – um aumento de cerca de 620%.

“O mosquito pica alguém, recebe o vírus e passa para outra pessoa. Como cresceu o número de pessoas que têm [o vírus], entendemos que haverá uma ampliação [dos casos]”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

A doença

A febre chikungunya é uma doença infecciosa febril que pode ser transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. O termo significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, e refere-se à aparência curvada de pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada no Leste da África entre 1952 e 1953.

O Ministério da Saúde definiu que devem ser considerados casos suspeitos todos os pacientes que apresentarem febre de início súbito maior de 38,5ºC, dor articular ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua.

Os sintomas podem ter início entre dois e dez dias após a picada, sendo que o prazo pode chegar a 12 dias. O vírus pode afetar pessoas de qualquer idade ou sexo, mas os sinais e sintomas tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. Além disso, pessoas com doenças crônicas têm mais chance de desenvolver formas graves da doença.

O Brasil registrou, em 2016, 1.946.765 casos de dengue, chikungunya e zika e 734 mortes em decorrência dessas doenças . O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde leva em conta apenas os casos que foram notificados. 

Este ano já pode ser considerado o segundo em número de casos de dengue na história do país desde 1990 (quando se iniciaram os registros), atrás apenas de 2015, quando foram notificados 1.649.008 casos. Foram registradas 590 mortes e 812 casos graves, sendo Minas Gerais o estado mais afetado com 526.064 casos, com São Paulo contando 204.568 e Goiás 113.098 casos em seguida. 

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O chikungunya foi identificado no Brasil em 2014, crescendo 727,3% se comparado ao mesmo período de 2015, passando de 31.418 para 259.928 casos. Ocorreram 138 mortes, sendo a Bahia o estado mais afetado com 50.236 casos, em seguida Pernambuco, com 46.484 e Ceará, com 44.596. Fevereiro, março e maio foram os meses mais graves.

Os primeiros casos de zika foram confirmado no Brasil em abril de 2015, com 210.897 registros e 102608 casos confirmados em grávidas.  O Rio de janeiro foi o estado mais afetado com 66.295 casos, seguidos por Bahia e Mato Grosso com 51.033 e 22.090 respectivamente. A doença matou 6 pessoas. 

O Brasil registrou um aumento de 8.877 casos de chikungunya em quatro semanas, de acordo com dados apresentados nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Saúde. Até agora, foram contabilizados 259.928 casos da infecção, com 138 mortes suspeitas. O número é cerca de 10 vezes maior do que o que havia sido contabilizado no ano passado.

Os indicadores de dengue também subiram no último mês, mas de forma menos expressiva. Em cinco semanas, o salto foi de 17.585 casos, passado de 1458.355 para 1.475.940 infecções prováveis, com 601 mortes confirmadas.

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Os números apresentados pelo Ministério da Saúde mostram que o comportamento da chikungunya é bem diferente do que foi registrado com a zika, doença que provocou neste ano 210.897 casos suspeitos. No caso da zika, houve uma explosão da epidemia nos primeiros meses do ano, com pico de casos registrados em março. A queda do número de casos, porém, veio quase tão rapidamente quanto a expansão. A partir de abril, os números começaram a cair de forma expressiva atingindo patamares pouco expressivos a partir de julho.

No caso da chikungunya, no entanto, a doença se mostrou muito mais persistente. Neste ano, os casos atingiram o ápice em fevereiro e até maio, embora uma queda tivesse sido registrada, o número de novos casos ainda era bastante significativo.

Até agora, foram identificados 16.763 casos prováveis de zika entre gestantes no Brasil. Desse total, 10.608 foram confirmados. A maior parte das gestantes reside nos Estados de São Paulo, Rio, Minas, Bahia e Mato Grosso. A confirmação de zika durante a gravidez, no entanto, não significa que os bebês nascerão com síndrome congênita provocada pela infecção. Não há ainda dados que indiquem qual o risco real de o bebê se contaminar pelo vírus durante a gestação e nascer com a síndrome.

O número de casos de microcefalia identificados até o momento indicam estabilidade. "Não registramos um aumento de nascimentos com bebês com a síndrome. Pelo contrário. Em comparação com números apresentados ano passado, houve uma redução significativa", afirmou Eduardo Hage, do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Até 26 de novembro, foram notificados 10.342 casos suspeitos, acumulados durante 2015 e 2016, em todo o País. De setembro a novembro, por exemplo, o número de casos suspeitos da má-formação subiram de 743 para 830 no Rio e de 696 para 820 em São Paulo. Um crescimento pequeno, sobretudo quando se leva em consideração a população em cada um desses dois Estados.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (24) que o governo prevê um aumento significativo de casos de infecção pelo vírus Chikungunya no Brasil em 2017. Os casos confirmados da doença aumentaram 15 vezes de 2015 para este ano (de 8.528 para 134.910) e os suspeitas, quase dez vezes (de 26.763 para 251.051).

Barros destacou ainda que, para 2017, a expectativa da pasta é de que os casos de infecção por dengue e pelo vírus Zika se mantenham estáveis em relação ao que foi registrado em 2016. “Estamos nos preparando para um aumento de casos de chikungunya”, enfatizou o ministro.

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Este ano, pelo menos 138 óbitos por febre chikungunya foram registrados nos seguintes estados: Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1). Atualmente, 2.281 municípios brasileiros já registraram casos da doença.

Dados divulgados pelo ministério apontam que 855 cidades brasileiras estão em situação de alerta ou de risco de surto de dengue, chikungunya e Zika. O número representa 37,4% dos municípios pesquisados.

Classificada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, como o pior problema de saúde que o Brasil deverá enfrentar no próximo verão, a chikungunya já mostra seu poder de disseminação antes mesmo da chegada da estação. Dados do Ministério da Saúde mostram que a doença já está presente em dois de cada cinco municípios brasileiros e, só neste ano, já provocou 138 mortes.

Se o verão de 2014/2015 foi marcado por uma epidemia recorde de dengue no País e o de 2015/2016 causou pânico pela descoberta da relação do vírus zika com a ocorrência de microcefalia, a estação de 2016/2017 deverá, segundo especialistas, registrar uma explosão de casos de chikungunya se a circulação do vírus seguir a mesma tendência observada neste ano.

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O número de notificações da doença passou de 38,3 mil, em 2015, para 251 mil em 2016. No ano passado, 696 cidades brasileiras foram atingidas pela chikungunya. Em 2016, já são 2.281 municípios. Pelo menos sete Estados brasileiros já registram índices epidêmicos do problema - mais de 300 casos por 100 mil habitantes -, todos no Nordeste.

"Eu diria que 2016 já é o ano em que a chikungunya está muito preocupante e, apesar disso, ainda temos muita falta de informação", diz o infectologista Rivaldo Venâncio, diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul.

Dimensionar com exatidão o alcance da epidemia esbarra nas limitações dos métodos diagnósticos. As semelhanças entre os vírus da chikungunya, zika e dengue e de alguns dos seus sintomas dificultam a criação de testes precisos e podem causar confusões quando o diagnóstico é feito somente por avaliação clínica, prática comum em períodos epidêmicos.

Presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, o infectologista Artur Timerman afirma que, de um modo geral, as epidemias costumam começar com poucos casos, que se tornam crescentes, chegam ao ápice e caem. "A chikungunya teve relatos de casos há cinco anos no Nordeste. Depois, houve um grande número de casos relatados há dois anos, um ano antes da zika. Está seguindo o trajeto que seguiu a dengue", diz.

Sudeste - A chegada do vírus à Região Sudeste neste ano também deve contribuir para que o próximo verão seja marcado por mais registros da doença. "Aqui, a gente tem uma população maior e cidades mais urbanizadas, com condições de ter um surto de qualquer um desses arbovírus", diz Celso Granato, virologista e professor de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, 62 das 645 cidades paulistas já tiveram casos confirmados da doença em 2016. Considerando também as suspeitas, são 298 municípios do Estado com registros da patologia. Na capital paulista, 23 dos 96 distritos já confirmaram casos de chikungunya.

Uma das principais preocupações com a expansão da doença é que ela pode ser incapacitante. "Estamos aprendendo muito agora, porque os efeitos mais complicados aparecem quando há muitos casos. É uma doença que pode afetar a pessoa por um ou dois anos e não há tratamento eficiente para a artrose crônica que ela causa. E a doença pega as articulações mais usadas", explica Granato.

Timerman diz que a postura do Ministério da Saúde de alertar sobre a possibilidade de maior disseminação da doença não terá efeitos na população sem ações de combate ao mosquito associadas a mudanças nas cidades.

"Estamos com três vírus circulando e não sabemos o impacto disso. Esse é um dos problemas de saúde pública mais dramáticos. Fala-se em combater o vetor de forma emergencial, mas é preciso pensar em saneamento básico, cidades menos impermeabilizadas e com mais áreas verdes."

O ministério afirmou, em nota, que o aumento de casos era previsto, uma vez que a doença é recente e, por isso, há mais pessoas suscetíveis. A pasta diz ainda que tem se preparado para o próximo verão, intensificando as ações de prevenção e combate ao mosquito, com medidas como mobilizações nacionais para coleta de pneus e conscientização da população sobre a importância da continuidade das ações de combate ao mosquito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo trabalha com a perspectiva de que a chikungunya seja o maior problema enfrentado neste verão no País. Questionado pelo Estado, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta quinta-feira, 10, que essa avaliação, feita por técnicos da Organização Mundial da Saúde (OMS), é compartilhada por integrantes da equipe.

"Achamos de fato que este ano o número de casos de chikungunya será mais intenso", disse. Ele não escondeu a preocupação, sobretudo pelo fato de a doença ser incapacitante temporariamente. "O impacto econômico é muito forte."

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O governo prepara para lançar no fim deste mês uma campanha de prevenção contra doenças relacionadas ao Aedes aegypti. Conforme o Portal do Estadão adiantou nesta quarta-feira, 9, pela primeira vez, uma das campanhas será direcionada ao risco da transmissão sexual do zika. Até agora, embora OMS já tenha alertado para o risco dessa forma de contágio, as informações destinadas para prevenção do zika se concentravam ao combate do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

A campanha para prevenção do Aedes aegypti, que será lançada nos próximos dias, terá um tom mais forte, bem diferente das peças já apresentadas. Em vez da ênfase sobre a forma de se evitar criadouros, a campanha quer mostrar o impacto que a picada do mosquito pode trazer para toda a família.

De acordo com técnicos ouvidos pela reportagem, a campanha se assemelha às peças de advertência de trânsito, com tom por muitos considerado chocante. "Pesquisas demonstram que a população já sabe como evitar os focos do Aedes", disse o ministro nesta quinta-feira, durante uma reunião no Conselho Nacional de Saúde.

Além das campanhas, conforme a reportagem anunciou, o governo deverá divulgar novos protocolos para diagnóstico e tratamento de zika, dengue, chikungunya. O manual deverá trazer informações integradas, para que profissionais consigam de forma rápida diferenciar entre as três infecções e encaminhar o paciente ao tratamento mais adequado.

Um alerta também será feito a Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para que elas façam os ajustes necessários para atender pacientes com chikungunya. Isso porque a doença em muitos casos pode se tornar crônica, exigindo um atendimento a longo prazo, com fisioterapia e atenção especializada sobretudo para o alívio da dor.

Há também preocupação com gestantes. A exemplo da zika, o chikungunya pode ser transmitido para o feto, durante a gestação. A diferença com zika, no entanto, é que o maior risco de contágio ocorre nos últimos três meses de gestação. Não há, por enquanto, recomendação para que o parto nesses casos seja cesáreo.

Mas, de acordo com o diretor do departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, é preciso que, nesses casos, a rede esteja preparada para a eventual necessidade de o bebê ser encaminhado para a unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal.

Em 2016, o número de infectados com chikungunya teve um aumento significativo em relação ao ano anterior, saltando de 650 municípios notificados para 2.250 só até setembro deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde. No entanto, se a esperança era de que esses números caíssem em 2017, o diretor da Fiocruz Mato Grosso do Sul, o médico infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha, aponta para uma situação contrária. 

Uma análise foi realizada para o blog do Centro de Estudos Estratégicos-Fiocruz, explica que a doença será um desafio dos gestores em nível, municipal, estadual e federal. De acordo com o infectologista, os brasileiros terão que se preparar para enfrentar um problema maior do que se imagina no próximo verão. Questionando as soluções, o profissional explica que as medidas imediatas não resolvem a questão e trazem mais danos à saúde e meio ambiente, como é o caso dos inseticidas utilizados em pulverizações.

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Apesar das tentativas de evitar a proliferação da doença, os dados apresentados indicam que o número só cresce. Em 2015, durante todo o ano, foram notificados cerca de 38 mil casos de chikungunya no país. Já em 2016, somente até setembro, foram 215 mil casos. Diante disso, o infectologista explica que os desafios estão focados em conquistar recursos e infraestrutura para as pesquisas em andamento, início de outras e parcerias com instituições do exterior, a fim de conquistar mais conhecimento e formas de erradicar a doença.

Surtos da doença

O médico indica que a tendência é as localidades que tiveram epidemia de zika entre 2014 e 2015 não terem grandes epidemias no próximo verão. Isto porque esses surtos criam uma barreira de pessoas com anticorpos ao vírus. Portanto, é possível que nesses locais não haja epidemias como as anteriores. No entanto, a maior preocupação é em relação aos locais onde os surtos foram mais amenos de zika e chikungunya. 

Os critérios para doação de sangue estão mais rígidos. Diante do avanço de zika e chikungunya no País, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fizeram uma nota conjunta em que estabelecem uma série de regras para evitar que as duas doenças sejam transmitidas durante a transfusão de sangue. "Desde o ano passado, já havia precauções nesse sentido. O que fizemos agora foi ampliar as recomendações", afirmou o gerente de sangue e tecidos da Anvisa, João Batista da Silva Júnior.

No caso da zika, afirma, os cuidados agora se estendem já levando em consideração o risco de transmissão do vírus por via sexual. Até há dois meses, infectados pelo zika eram considerados inaptos para doação por 30 dias ou após a recuperação laboratorial. A partir de agora, também são considerados inaptas para doação por 30 dias pessoas que até três meses antes tiveram relação sexual com parceiro que apresentou diagnóstico da infecção.

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No caso de chikungunya, devem ser considerados inaptas, durante 30 dias, pessoas que tenham se deslocado para regiões endêmicas ou com epidemias confirmadas da doença. No caso de pessoas que vivem em regiões com epidemia confirmada da doença, também devem ser consideradas inaptas por 30 dias.

Estados Unidos

Em fevereiro, Brasil e EUA se comprometeram a desenvolver testes para doadores de sangue contra zika. No dia 26, a agência reguladora de alimentos e medicamentos americana (FDA) recomendou que todos os estoques de sangue doado fossem submetidos a testes para o vírus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambuco ultrapassou a marca de 300 notificações de morte por arboviroses, segundo o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde. Do dia 3 de janeiro deste ano até o último dia 3 de setembro, foram registrados 309 casos.

Desse total, 88 mortes tiveram resultados laboratoriais positivos, sendo 18 para dengue, 54 para chikungunya e 16 para dengue e chikungunya. O mesmo período em 2015 registrou 64 óbitos suspeitos apenas para dengue, com 21 casos confirmados.

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Ao todo, foram notificadas 101.241 pessoas com dengue, com 26.715 casos confirmados e outros 35.354 descartados. Com chikungunya, os números são 53.131 notificações, 21.905 confirmações e 9.880 descartes. Zika tem 10.912 registros e a confirmação de 148 infectados e 433 descartes.

O Governo do Estado contabiliza 53 municípios com risco de surto, 91 municípios em situação de alerta e 37 em situação satisfatória. 

A Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) informou seu boletim epidemiológico semanal e apontou que a cidade saiu do período de epidemia de arboviroses – dengue, zika e chikungunya. A queda apresentada neste balanço varia de 30% e quase 60%. O índice de infestação predial também sofreu redução. 

Comparados dez bairros - Brasília Teimosa, Monteiro, Torreão, Fundão, Campo Grande, Derby, Encruzilhada, Cohab, Campina do Barreto e Cajueiro –, o número dos infectados pelas doenças caiu em até 59,9%. Já o Levantamento Rápido do Índice de Infestação (LIRA-a 04/2016), realizado entre 4 e 7 de julho, apresentou 1,34% (risco médio), sendo o melhor índice alcançado nos últimos 10 anos, no mesmo período. 

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Outro dado apresentado é que um total de 36 bairros se encontram com resultado abaixo de 1% de incidência do mosquito, o que representa que a área está sob controle para o Aedes aegypti. 

Apesar de os dados serem positivos, a Sesau alerta que a população deve continuar o controle contra o mosquito e sigam as orientações de combate. Afinal, os números de casos das doenças continuam altos, sendo 11.458 casos confirmados de arboviroses, sendo 8.445 de dengue, 2.973 de chikungunya e 40 de zika. Apesar de alta a quantidade de casos, a Secretaria aponta que é considerado sob controle. 

O boletim divulgado na tarde desta terça-feira (30) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulga o crescimento dos óbitos provocados por chikungunya e dengue. As arboviroses tem feito vítimas, inclusive, infectadas por ambas as doenças, conforme informações divulgadas no último mês.

Foram contabilizadas 52.468 notificações de casos de chikungunya em Pernambuco, sendo 21.891 confirmados e 9.909 descartados. O número de óbitos chegou, durante esta semana, a 53. Em 2015, só houve 3.649 confirmações da doença e nenhuma morte. 

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Para dengue, foram notificados 99.542 casos, alcançando 27.201 confirmações e 33.994 descartes e o número de óbitos chegou a 18. De acordo com a SES, os dados de 2015 constam que houve 112.136 casos suspeitos - em relação a 2016, redução de 11,2% -, com 49.093 confirmações.

A Secretaria esclarece que há registro de mortes em que as vítimas apresentavam tanto dengue quanto chikungunya, chegando ao número de 16 óbitos que se encaixam neste perfil. 

Foram registrados também casos de zika, chegando a 10.884 notificações, 147 confirmações e 433 descartes. Em contrapartida, em 2015 foram confirmados 46 casos da doença. 

 

Em um novo balanço das arboviroses, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), na manhã desta terça-feira (16), Pernambuco ocupa o 1º lugar em óbitos por chikungunya no país. De acordo com dados do último boletim do Ministério de Saúde, divulgado em 9 de julho, no país já foram confirmadas 38 mortes pela doença. Nesta terça (16), só em Pernambuco, já estão confirmadas 46 mortes, dez a mais do que a estatística da SES da última semana. A região com maior taxa de incidência da infecção foi o Nordeste, com 267,8 casos por 100 mil habitantes.

No país, ja foram notificados 169.656 casos prováveis de chikungunya desde 3 de janeiro até o dia 9 de julho. Já em Pernambuco, as notificações chegaram a 50.305, quase 30% dos casos nacionais, com 20.677 confirmações e 9.913 descartes, em 183 municípios e em Fernando de Noronha. Em 2015, no mesmo período, o número de notificações chegou 330 casos. Já em todo o ano de 2015, foram notificados 6.840 casos suspeitos de chikungunya, sendo 3.649 confirmados e 1.420 descartados.  

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Entre os dias 3 de janeiro e 13 de agosto de 2016, já foram notificados 96.293 casos de dengue em Pernambuco. Desses, foram confirmados 25.433 registros e 31.188 casos descartados. No Brasil, o Ministério da Saúde informou que, em 2016, foram confirmadas 419 mortes por dengue. Já no estado de Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou que no mesmo período são contabilizadas 24 mortes. Em 2015, no mesmo período, foram 62 óbitos suspeitos de dengue e 20 com resultado laboratorial positivo para a doença.

Com relação ao vírus da zika, o Brasil registrou 174.003 casos prováveis de febre pelo vírus da zika no Brasil em 2016, até o dia 9 de julho. Já no boletim epidemiológico de Pernambuco, foram notificados 10.809 casos da arbovirose. Ao todo, foram confirmados 147 casos e 433 descartados. No país, o estado com maior número de infecções pelo vírus da zika é a Bahia, com 48.010 casos notificados.

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