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Mais de 14 milhões de chilenos são chamados às urnas neste sábado (15) e domingo (16) para eleger entre 1.373 candidatos os 155 que irão redigir uma nova Constituição que buscará estabelecer um padrão de bem-estar social mais equitativo.

As assembleias de voto abriram às 8h00 (9h00 de Brasília) e vão fechar às 18h00 (19h00 de Brasília)

A nova Constituição deverá ser concluída num prazo de nove meses, prorrogável apenas uma vez por mais três meses, e em 2022 deverá ser aprovada ou rejeitada em referendo com voto obrigatório.

Essa eleição, fruto do plebiscito de 25 de outubro de 2020 - quando quase 80% dos chilenos aprovaram a mudança da Constituição herdada da ditadura de Augusto Pinochet por meio de uma Convenção Constitucional composta apenas por membros eleitos por voto popular - busca canalizar o descontentamento e a frustração de uma sociedade fraturada e que vê na antiga Carta Magna a base que beneficia uma elite econômica e política com um Estado fraco em educação, saúde e habitação.

"O Chile tem agora a possibilidade de fazer uma segunda transição (política), que demorou três décadas, devido a uma tendência muito forte de manter o status quo do sistema partidário", comentou à AFP Marcelo Mella, cientista político da Universidade de Santiago.

O processo também marcará a primeira vez no mundo que uma Constituição será escrita por constituintes eleitos de forma paritária, em igual número de homens e mulheres, e fará história ao reservar 17 cadeiras para os 10 povos originários do país.

Entre os 19 milhões de habitantes, 95% apoiam o reconhecimento constitucional dos indígenas, segundo levantamento do Centro de Estudos Interculturais e Indígenas (CIIR), 55% optariam por um Estado Multicultural e 16% por um Estado Plurinacional, este último um dos principais objetivos apontados pelos candidatos mapuches consultados pela AFP.

Cada eleitor votará em quatro cargos. Além de um constituinte, votará para prefeito, vereador e, pela primeira vez, para um governador regional, outro sinal de que uma sociedade mais participativa está sendo buscada em um dos poucos países da OCDE que não elegia autoridades regionais.

- Uma oportunidade -

O Chile chega a esta megaeleição em um contexto de otimismo devido ao boom do preço do cobre, principal produto de exportação chileno.

O país tem a maior renda per capita da América Latina e é o terceiro com mais bilionários da América Latina, embora também seja um dos mais desiguais.

Em uma sociedade em que a classe trabalhadora e mesmo a classe média alta vivem com alto nível de endividamento, há baixa satisfação com a qualidade de vida, segundo levantamento da consultoria Cadem.

A pandemia atingiu duramente o país - com mais de 1,2 milhão casos e quase 30.000 mortes por covid-19. Atualmente, porém, registra progressiva queda de contágios, óbitos e ocupação hospitalar, e mais de 48,5% da população-alvo (de 15,2 milhões de habitantes) já recebeu as duas doses da vacina.

Num contexto de frustração, "está em jogo a capacidade do sistema partidário de garantir a governança em um contexto de mudança", aponta Mella. Se não conseguir, o campo estará servido para que alternativas abertamente populistas possam se consolidar, acrescenta.

Sem pesquisa e restrições às campanhas eleitorais por conta da pandemia, "há muitas dúvidas sobre o resultado (...) Não sabemos ao certo quantas pessoas vão votar", disse à AFP Claudio Fuentes, acadêmico da Escola de Ciências Políticas da Universidade Diego Portales.

Para Gonzalo Müller, professor da Universidade de Desarrollo, "o voto moderado será majoritário" contra as opções mais radicais.

"As coalizões que oferecem governabilidade vão conquistar grande parte dos votos", beneficiando a centro-esquerda e a coalizão do governo conservador de Sebastián Piñera.

"O Chile é um país de classe média em sua maior parte e que fala de um certo grau de moderação. Eles querem mudanças e que essas mudanças sejam implementadas rapidamente, mas que sejam feitas com ordem e paz", acrescenta.

Por outro lado, Mella acredita que em um cenário muito "incerto" devido ao voto voluntário, é difícil antecipar resultados, mas observa que as pesquisas anteriores apontaram uma estagnação da centro-esquerda.

A França estabelecerá uma quarentena obrigatória de 10 dias para viajantes que chegarem do Brasil, Argentina, Chile e África do Sul, devido à crescente preocupação com as variantes da Covid-19, anunciou neste sábado (17) o gabinete do primeiro-ministro francês, Jean Castex.

As autoridades francesas, que já anunciaram na terça-feira a suspensão das conexões aéreas com o Brasil a fim de evitar a variante descoberta no país, manterão os voos com Argentina, Chile e África do Sul, mas seus tripulantes serão obrigados a fazer uma quarentena de 10 dias e, para que a medida seja respeitada, serão também endurecidas as multas.

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O gabinete do primeiro-ministro explicou que mantém voos com Argentina, Chile e África do Sul porque nesses países a presença de variantes "não atinge os níveis observados no Brasil".

A quarentena obrigatória para esses viajantes será aplicada progressivamente a partir de 24 de abril, e também afetará aqueles que vêm do território francês da Guiana.

“Será estabelecido um sistema para verificar, antes do embarque e na chegada, se existe um local adaptado aos requisitos de quarentena e as exigências sanitários, e controles de respeito à quarentena, realizados por policiais e gendarmes, o que que será acompanhado por um endurecimentodas multas no caso em que o isolamento não seja respeitado", especificou.

A administração francesa também vai tornar mais rígidos os critérios para quem pode viajar saindo desses países, permitindo apenas franceses, parentes diretos e outros cidadãos da União Europeia que residam na França.

A partir de agora será necessário ter um teste de PCR negativo feito menos de 36 horas antes, em vez de 72 horas. E esses viajantes também precisarão fazer um teste de antígenos ao chegar ao aeroporto.

A França vai discutir essas medidas com seus parceiros europeus no início da próxima semana e elas podem ser aplicadas aos que viajam para o país partindo de outros países.

O Chile é o quinto país que mais imunizou contra a Covid-19 no mundo. São 3,8 milhões de pessoas vacinadas, o que deu mais segurança em relação à doença. Apesar disso, o país passa por um período de aumento expressivo de casos diários e restrições cada vez mais severas.

Há 25 anos, Patricia França deixou São Paulo e se mudou para Santiago, onde constituiu família e se formou em psicologia. Em março, ela tomou a segunda dose da Sinovac.

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A psicóloga de 44 anos mora em Maipú, que desde o dia 25 de março está em quarentena total. "Sei que se eu for contaminada, não vou desenvolver a forma mais grave da doença. Antes de voltarmos para a fase de confinamento, eu estava indo com mais frequência ao supermercado, ao shopping. No trabalho, apenas entre nós médicos não usamos mais máscaras e tomamos café da manhã juntos", diz.

O advogado chileno Raul Riveros também está imunizado e se sente "um pouco mais livre". Ele vive em Antofagasta, norte do Chile, e voltaria ao escritório na segunda-feira. Mas, por conta da gravidade da pandemia na cidade, o retorno foi adiado para maio. "A vacina te dá uma certa proteção diante dos outros, mas é preciso ter a precaução e a consciência de que você pode transmitir a doença para quem não está vacinado. Não ando mais com álcool em gel para todos os lados, por exemplo", afirma.

Estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) mostra que, após ser vacinada, a pessoa pode se encontrar com outras sem usar máscara. Mas a infectologista da Universidad de Chile Claudia Cortes alerta que o trabalho foi feito com base nos imunizantes Pfizer e Moderna. Portanto, as recomendações não deveriam ser aplicadas no país sul-americano. "A vacina que vem sendo administrada no Chile é a Sinovac, que tem um nível de proteção mais baixo."

Desde fevereiro, o país vive a segunda onda da covid-19, mais agressiva.

Para Claudia, isso se deve, principalmente, a três fatores: relaxamento da população com medidas de proteção, permissões concedidas para o período das férias e as novas variantes do vírus, sobretudo a brasileira.

Segundo o Ministério da Saúde do Chile, 44% da população objetivo já recebeu ao menos uma dose da vacina.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A companhia aérea chileno-brasileira Latam Airlines informou nesta quinta-feira que irá cancelar grande parte de seus voos internacionais de/para o Chile, após o anúncio do fechamento das fronteiras do país devido ao aumento dos casos de coronavírus.

Autoridades chilenas anunciaram o fechamento das fronteiras durante o mês de abril, ante o número recorde de novos casos de Covid-19, registrado paralelamente a um avanço bem-sucedido da campanha de vacinação.

Segundo a Latam, os voos a partir de 5 de abril, data em que entra em vigor o fechamento da fronteira, serão cancelados, e a empresa irá operar "em capacidade reduzida, para manter a conectividade do país" e permitir a repatriação de moradores ou estrangeiros que desejarem sair do Chile, assinala o comunicado, sobre a exceção permitida pelo Executivo chileno para voar de/para o país.

A medida é anunciada no dia em que foi atingido o maior número diário de novos contágios no Chile desde o começo da pandemia: 7.830, o que levou o país a ultrapassar 1 milhão de infectados desde março de 2020.

O aumento dos casos no Chile acontece paralelamente ao avanço rápido da campanha de vacinação, que já imunizou mais de 6,8 milhões de pessoas com ao menos uma dose, dentro do objetivo de vacinar 15 milhões dos 19 milhões de habitantes até o fim de junho.

Com o aumento de novos casos de Covid-19 entre os chilenos, viajantes de qualquer nacionalidade que sigam do Brasil para o Chile terão de ficar isolados em um hotel por no mínimo 72 horas, mesmo que apresentem exame negativo realizado antes de entrar no país. Todos os gastos, estimados em US$ 418 (R$ 2.290), ficarão por conta dos passageiros.

Depois de 72 horas, se o novo teste PCR realizado no Chile for negativo, o passageiro será liberado para realizar a quarentena obrigatória de 10 dias no seu destino final. Se o resultado for positivo, a quarentena deverá ser realizada no mesmo hotel em que estiver.

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Apesar de liderar o processo de vacinação na América do Sul, o Chile registra um aumento dos casos e endureceu recentemente as medidas sanitárias para evitar a disseminação da cepa de Manaus. A medida que aumenta a fiscalização dos viajantes que chegam do Brasil, válida a partir de amanhã, foi determinada no fim de semana pelo Ministério da Saúde chileno.

"Estamos muito preocupados coma circulação de novas cepas vindas do exterior, por isso vamos endurecer algumas medidas", informou o ministro da Saúde, Enrique Paris. No mesmo dia, passará a valer uma quarentena para cerca de 13 milhões de habitantes após aumento de 36% dos novos casos nas últimas duas semanas.

Todos que entram agora no Chile precisam apresentar um passaporte sanitário - um aplicativo onde deve ser preenchido o nome, dados, antecedentes sintomáticos, eventuais contatos com alguém que contraiu a Covid-19, o país de procedência e anexar o exame de covid negativo.

"Este passaporte se conecta com nossa rede epidemiológica de casos positivos e cruzamos informações. A partir de amanhã, para baixar esse passaporte sanitário, quem vier do Brasil ou tiver estado no Brasil nos últimos 14 dias, terá de pagar previamente uma taxa de US$ 418 (R$ 2.290)", disse a subsecretária de Saúde do Chile, Paula Daza.

O valor servirá para arcar com os custos do hotel, do teste PCR na chegada ao aeroporto e do traslado. Os viajantes do Brasil só poderão sair da residência sanitária após o teste negativo, que permitirá continuar a quarentena em casa ou em outro local. Antes, o governo chileno estava bancando os custos dessas residências sanitárias.

O Chile ultrapassou 7 mil casos diários de Covid-19 pela primeira vez no sábado. O aumento contrasta com o processo de vacinação bem-sucedido, com mais de 5,5 milhões de pessoas que receberam pelo menos a primeira dose. O governo estima que, até 30 de junho, 80% da população será vacinada.

Para a médica Carolina Herrera, especialista em doenças respiratórias da Força Aérea do Chile, o aumento dos casos está ligado a uma confluência de fatores, como viagens de férias, o cansaço da população, falhas de comunicação e a sensação de fim da pandemia com o avanço da vacinação. Milhares de chilenos viajaram para praias, entre janeiro e fevereiro, época das férias. "Isso causou interações entre pessoas cujo resultado está sendo demonstrado agora em forma de aumento e de pico nas infecções. Nunca havíamos tido mais de 7 mil casos em um dia", afirmou a médica, lembrando que o número de 172 mortes também foi o mais alto registrado no país.

Herrera cita falhas na comunicação por parte das autoridades, dos jornais e dos principais programas de TV. "A linguagem permitiu entender que, se houvesse 15 milhões de chilenos vacinados, a circulação do vírus acabaria e estaríamos todos salvos, que não precisaríamos nem de máscara", disse. "É preciso esclarecer: o fato de estar vacinado não exime da possibilidade de estar infectado. Imunidade não significa nunca mais correr riscos."

A epidemiologista Ana Bierrenbach, assessora da organização internacional Vital Strategies, disse que é compreensível que a realidade da pandemia no Brasil preocupe os vizinhos, pois o País tornou-se um "berçário de novas variantes". Para ela, a melhor saída para o Brasil controlar o vírus seria adotar medidas drásticas.

O paradoxo da vacinação

O Chile conseguiu vacinar 30% de sua população com uma dose e 15% com duas em uma velocidade recorde. Mas o governo começou a relaxar as medidas de prevenção já no início da vacinação.

A epidemiologista Muriel Ramírez, da Faculdade de Medicina da Universidade Católica do Norte, diz que a cobertura das vacinas ainda é parcial e a maior imunidade é alcançada somente duas semanas após a segunda dose e, mesmo assim, isso não impede que a pessoa seja infectada.

Segundo a especialista, a vacina é uma ferramenta que evita a doença grave, mas não a transmissão, por isso é importante manter as medidas de prevenção.

Brasileira monitorada elogia hospedagem

A atriz brasileira Izabela Borges ficou em um dos hotéis sanitários chilenos por 36 horas - tempo para que o resultado de seu teste negativo saísse. Ela definiu o processo como cansativo e curioso, mas necessário. Ela chegou a Santiago às 19h, mas só conseguiu entrar em um dos quartos à 1h por causa das longas filas no aeroporto e os trâmites do traslado para a residência sanitária.

Izabela explica que os locais têm um sistema próprio de vigilância e seria impossível sair sem ser notado. Ao chegar em um hotel no tradicional bairro de Providência, ela foi direcionada a um quarto com três camas, chuveiro, frigobar, internet e televisão.

"Venho para o Chile desde 2016 e foi a melhor hospedagem que tive na minha vida", disse. Ela recebia café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Não gostou muito da comida, mas era possível pedir delivery. "Para quem for ficar apenas esperando o resultado do PCR, é tranquilo."

Desde que saiu da residência sanitária, Izabela responde questionários diários do Ministério da Saúde sobre se teve sintomas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O bom planejamento na compra de imunizantes contra a covid-19, colocando de lado o peso ideológico, e a estrutura centralizada fizeram com que o Chile garantisse doses suficientes para vacinar duas vezes sua população e se tornasse o único país da América do Sul com mais de 10% de seus habitantes vacinados até meados de fevereiro.

O país foi o primeiro da região a começar a imunização em massa. Em 21 dias, mais de 3 milhões de habitantes haviam recebido a vacina - ao menos a primeira dose -, ou 15,6 de cada 100 chilenos receberam o imunizante, segundo dados do Our World in Data, da Universidade Oxford. O plano é chegar a 5 milhões de vacinados, um quarto da população de 19 milhões, até o fim de março, e 15 milhões até o fim de julho.

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"O país começou a trabalhar em maio do ano passado para ter vacina segura e eficaz, em quantidade adequada para os chilenos. O trabalho dos ministérios da Saúde, Relações Exteriores e Ciências, comandados pelo presidente Sebastián Piñera, foi fundamental porque não envolveu apenas a compra das vacinas, mas a logística, organização e distribuição", disse o Ministério da Saúde em nota enviada ao Estadão.

Com 14% da população vacinada, o Chile está atrás apenas de Israel (49%), Reino Unido (25%), Bahrein (16%) e EUA (14%). A razão para isso está, entre outros fatores, no planejamento. "O Chile negociou mais cedo do que outros países e começou a vacinação em um ritmo muito forte, com cerca de 150 mil a 200 mil cidadãos vacinados por dia", afirmou Moisés Marques, professor de relações internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp).

A maior parte das vacinas administradas pelo governo foi adquirida da chinesa Sinovac, 4 milhões de doses já foram entregues e outras 4,5 milhões devem chegar entre os dias 25 e 26, segundo o Ministério da Saúde.

Ideologia

Em paralelo à negociação com a China, o Chile atuava em outras frentes: o embaixador do país em Londres, David Gallagher, ajudou a garantir doses da AstraZeneca, Pfizer e Johnson & Johnson. O foco do governo não estava em saber de onde a vacina chegaria, mas em ter o maior número de doses possível.

Segundo dados oficiais, o Chile tem 315 mil doses do imunizante da Pfizer e receberá nesta quarta-feira mais 190 mil. O país agora trabalha com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para atuar no programa Covax, de acesso global a vacinas, que prevê a distribuição de imunizantes para países mais pobres.

"O Chile deve atingir a imunidade de rebanho muito mais rápido. Isso se deve à organização e não colocar o peso ideológico na negociação", disse Marques. Segundo nota do JP Morgan, o país pode ser o primeiro emergente a chegar à imunidade coletiva.

Para Marques, o fato de o Estado chileno ser unitário - e não um federalismo - também tem impacto. "O país é centralizado, tudo fica se concentra na presidência, até questões da cidade de Santiago. Isso facilita. No Brasil, temos a União, Estados, municípios. Vemos municípios vacinando professores de pilates, por exemplo. Isso faz uma diferença brutal."

O ritmo da vacinação foi determinado por um plano atualizado semanalmente por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI) e único para todo o país, de acordo com o Ministério da Saúde, que ressaltou o papel importante da população. "Os chilenos têm uma cultura histórica de vacinação que permitiu a imunização até agora de 3 milhões de compatriotas", explicou o ministério.

O Colo-Colo encara um jogo decisivo contra o Universidad de Concepción nesta quarta-feira. A partida define quem vai cair para a segunda divisão chilena. Na véspera do duelo, o time de Santiago já enfrenta a pressão da torcida, que chegou a ameaçar o elenco de morte em caso de derrota.

Os jogadores foram surpreendidos pela torcida no CT do clube com uma faixa "Ou ganham, ou os matamos". Além de ameaçar a própria equipe, os fãs também deixaram recados para o Concepción no hotel. Outra faixa mostrava a frase: "Não saem vivos".

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Em campo, quem for derrotado vai se unir ao Deportes Iquique e ao Coquimbo Unido, times já rebaixados. Em caso da empate o jogo vai para a prorrogação e pode seguir para a cobrança de pênaltis até definir quem permanece na elite do campeonato.

Apesar dos protestos, alguns torcedores foram ao CT do Colo-Colo demonstrar apoio na véspera do importante confronto.

O policial acusado de matar um jovem artista de rua em Panguipulli, no sul do Chile, um caso que gerou protestos violentos na cidade, permanecerá detido provisoriamente conforme determinou neste sábado (6) um tribunal do país.

O agente, que não teve sua identidade divulgada, foi preso ontem (5) após ter atirado diversas vezes, em plena luz do dia, contra o artista de rua Francisco Martínez em Panguipulli, que fica a cerca de 800 quilômetros da capital Santiago. O caso provocou indignação no país e derivou em protestos violentos na cidade, nos quais centenas de moradores atearam fogo na prefeitura e em outros prédios públicos.

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Durante um audiência de custódia realizada neste sábado (6) e transmitida pela Internet, o tribunal decidiu conceder mais dois dias de detenção para o policial para que a promotoria possa reunir provas e apresentar formalmente a denúncia na próxima segunda-feira (8).

O incidente ocorreu na sexta-feira (5), no centro da pequena cidade de 32.000 habitantes, quando dois policiais realizavam um controle de identidade, que obriga todos a mostrarem seus documentos por lei. Durante a verificação, o jovem malabarista, que portava alguns facões que utilizava em suas performances para arrecadar dinheiro nos sinais de trânsito, se recusou a cooperar com os policiais.

Em seguida, houve uma discussão entre Martínez e os agentes, que o ameaçaram com suas armas e fizeram disparos contra o solo. De acordo com imagens divulgadas nas redes sociais, o jovem avança contra um dos agentes, que acaba disparando à queima-roupa contra ele. Segundo as informações divulgadas pela Polícia de Investigações do Chile, o malabarista foi atingido por pelo menos cinco disparos.

O tenente-coronel dos Carabineiros, a polícia militarizada do Chile, Boris Alegria Michellod, disse, citado pela agência de notícias Associated Press, que o jovem insistiu em avançar contra os policiais, que, "em defesa de sua própria integridade e de suas próprias vidas, decidiram e tiveram que fazer uso das armas de fogo, em um contexto de legítima defesa''.

Por sua vez, o prefeito da cidade Rodrigo Valdivia, disse, citado pela agência AFP, que o jovem malabarista era "uma pessoa pacífica", que estava em situação de rua, e lamentou a atuação dos policiais no incidente e nos protestos que se seguiram.

A polícia chilena foi alvo de críticas devido à conduta violenta de seus agentes e por cometer violações dos direitos humanos durante as manifestações ocorridas no país em 2019. Após os distúrbios, uma comissão especial foi formada para elaborar um projeto de reforma que atualmente se encontra em tramitação no Congresso do país.

Da Sputnik Brasil

Cento e quarenta mil pessoas receberam injeções contra a Covid-19 no primeiro dia do programa de vacinação em massa, que começou nesta quarta-feira (3) no Chile, um processo que visa a imunizar 5 milhões de chilenos até março, informou o governo.

O programa de vacinação em massa começou com idosos de mais de 90 anos, que foram aos mais de 1.400 espaços esportivos e médicos estabelecidos em todo o país, onde foram distribuídas mais de um milhão de doses do laboratório chinês Sinovac de um lote total de 4 milhões que o Chile recebeu na semana passada.

Durante o dia, foram vacinadas 140.412 pessoas, "o que nos enche de orgulho e alegria e nos permite estar no caminho do progresso para conseguir derrotar o coronavírus", disse o ministro Enrique Paris, em um relatório divulgado na noite desta quarta.

Com esta cifra, o Chile já superou as 209.501 pessoas vacinadas desde que começou a imunizar seu pessoal sanitário em 24 de dezembro, depois de ter recebido um primeiro lote de 154.000 doses do laboratório americano Pfizer/BioNtech.

O processo maciço continuará nesta quinta com pessoas com idades entre os 87 e os 89 anos, e continuará diariamente em ordem etária decrescente.

O governo espera vacinar até o fim de março cinco milhões de pessoas, sobretudo adultos com mais de 60 anos, pessoal de saúde e do serviço básico do Estado.

Em julho, o objetivo do governo é alcançar mais de 70% da população de 18 milhões de habitantes neste país que, com média de 4.000 casos diários de covid, totaliza 735.000 contágios e 18.576 mortos em 11 meses de pandemia.

O presidente Sebastián Piñera acordou com a SinoVac adquirir 10 milhões de doses da CoronaVac, mas um novo convênio permitirá ao Chile obter mais de 13 milhões destas vacinas entre fevereiro e março, informou o ministro chileno.

Ele também anunciou a chegada de 400.000 vacinas da Pfizer a partir de 15 de fevereiro. O laboratório também prometeu dez milhões de doses.

O Chile fechou convênios para a compra de cerca de 36 milhões de doses com Pfizer, Sinovac, Johnson & Johnson e AstraZeneca. Por enquanto, não há acordo com a Moderna e não se descartam avanços com a russa Sputnik V.

Um incêndio ocorrido na madrugada deste sábado (30) no hospital San Borja, em Santiago do Chile, obrigou a evacuação de parte do prédio devido à fumaça e chamas, sem feridos ou mortos registrados no incidente, que afetou uma unidade de pediatria.

Policiais, militares, bombeiros e trabalhadores da saúde foram mobilizados para ajudar a evacuar os pacientes do interior para um estacionamento ou área segura fora do hospital, com as medidas sanitárias adequadas devido à pandemia do coronavírus.

Enquanto os bombeiros entravam no recinto carregados de mangueiras e equipamentos especiais, os trabalhadores da saúde saíam carregando macas com pacientes, muitos deles em estado crítico, pois o hospital é especializado em situações médicas de alta complexidade.

O ministro da Saúde, Enrique Paris, disse em entrevista coletiva que quatro hospitais da capital se ofereceram para receber os pacientes do San Borja.

"Pacientes com coronavírus serão transferidos com muito mais cuidado. Eles têm que ser retirados do ventilador mecânico, desconectados das bombas de infusão e monitores, transferidos para uma maca especial com monitor e ventilação portátil e transferidos em ambulâncias mais complexas", afirmou o titular da pasta.

A emergência afetou o quarto andar do recinto, "onde estão as caldeiras", informou o Escritório Nacional de Emergências em seu site.

Até 40 caminhões de bombeiros chegaram ao local para combater as chamas, que causaram uma densa coluna de fumaça, visível de vários pontos da capital chilena.

Mais de 150 bombeiros voluntários tentavam apagar o fogo ainda ativo e descontrolado, que coincide com um momento de ressurgimento da pandemia de Covid-19 no Chile, onde grande parte do sistema de saúde está funcionando em sua capacidade máxima.

O coronavírus deixou mais de 4.000 novas infecções por dia durante um mês e, devido ao aumento das infecções, vários pacientes chegaram ao hospital San Borja de outras regiões para aliviar o fardo suportado pelos hospitais em certas cidades do Chile.

Oito países das Américas registraram a variante do novo coronavírus detectada no Reino Unido em meados de dezembro, enquanto dois relataram ter identificado a mutação localizada na África do Sul também no mês passado, disse a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) na quarta-feira (13).

Até as 12h de Brasília desta quarta, 13 de janeiro, Brasil, Canadá, Chile, Equador, Jamaica, México, Peru e Estados Unidos relataram a variante britânica, enquanto Brasil e Canadá encontraram a da África do Sul em suas amostras de laboratório, disse Sylvain Aldighieri , gerente de incidentes para covid-19 na OPAS, a repórteres.

“Queremos encorajar os países a aumentarem seu nível de alerta”, disse Aldighieri, pedindo a “implementação estrita” das medidas de saúde pública recomendadas.

Na mesma coletiva de imprensa, a Diretora da OPAS, Carissa Etienne, destacou que até agora não há evidências de que essas variantes afetem os pacientes de maneira diferente, mas sugerem que o vírus pode se espalhar mais facilmente, colocando em risco a resposta dos sistemas de saúde.

“Manter o distanciamento social, usar máscaras faciais em público e lavar as mãos com frequência ainda são nossa melhor opção para ajudar a controlar o vírus neste momento, em todas as suas formas”, disse ele.

- 2021 será pior que 2020? -

A Opas, escritório regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), informou que a região das Américas registrou um recorde de infecções na semana passada desde o primeiro caso identificado no continente há quase um ano.

"Só na última semana, 2,5 milhões de pessoas foram infectadas com covid-19 em nossa região, o maior número de casos semanais desde que o vírus chegou à nossa costa", disse ele.

“Praticamente todos os países das Américas estão experimentando uma aceleração na disseminação do vírus”, acrescentou.

A expansão é mais expressiva nos Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia no mundo, com picos também no Canadá e no México. Na América Central, as infecções aumentaram na Costa Rica e Belize, enquanto houve um rápido aumento de casos em muitas ilhas do Caribe.

Na América do Sul, onde o verão meridional causa mais viagens e reuniões, todos os países relataram mais casos, mesmo aqueles como Chile e Argentina em que as infecções diminuíram.

Etienne disse que a trajetória do vírus depende da capacidade coletiva de cumprir as medidas para contê-lo.

“Se relaxarmos, não se engane: 2021 será muito pior do que 2020”, alertou.

- Politizar "poderia custar vidas" -

Diante dos desafios colocados pelo novo coronavírus, e enquanto a região inicia suas campanhas de vacinação, a OPAS pediu aos governos que atuem de maneira transparente e com base científica para controlar a pandemia, alertando que colocar a política acima do interesse público "pode custar vidas".

“Politizar vacinas e outras medidas de controle não é apenas inútil, mas pode alimentar o vírus e custar vidas”, disse Etienne. "Esta pandemia nos ensinou repetidamente que a liderança determina a eficácia da resposta de um país."

A organização Human Rights Watch denunciou nesta quarta-feira que no Brasil, segundo país do mundo mais atingido pelo covid-19, o presidente Jair Bolsonaro tentou "sabotar" medidas sanitárias para conter a pandemia, divulgando "informações erradas" ou tentando "Impedir que os estados imponham regras de distanciamento social".

Embora otimista sobre a disponibilidade de vacinas contra covid-19, Etienne pediu acesso equitativo aos recursos, priorizando os mais vulneráveis e defendendo a solidariedade entre os países.

“Os próximos dois anos serão críticos, visto que a vacinação da maioria da população não será realizada da noite para o dia”, afirmou.

O vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, disse que seis países americanos já começaram a distribuir vacinas a partir de acordos bilaterais com laboratórios produtores: Argentina, Canadá, Costa Rica, Chile, Estados Unidos e México.

Mas ele ressaltou que a imunização ainda não é massiva: os Estados Unidos, que lideram os esforços até agora, vacinaram 3% de sua população, disse ele, enquanto o resto dos países estão abaixo de 1%.

Um terremoto de 6,1 graus foi registrado às 00h54 (horário local) deste domingo (10) na cidade de San Antonio de Los Cobres, no noroeste da Argentina, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

A cidade, próxima da fronteira com o Chile, fica a 1.623 quilômetros da capital do país, Buenos Aires. O tremor ocorreu a uma profundidade de 217 quilômetros e teve epicentro a 37 quilômetros a noroeste da cidade. Não há até o momento informações sobre danos materiais ou feridos.

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Outros terremotos de menor intensidade foram registrados no Chile, também na madrugada deste domingo. Um deles, com 4,5 graus, foi a 79 quilômetros ao leste de Arica, na região norte do país e a 2.035 quilômetros da capital, Santiago. O abali aconteceu a 118,5 quilômetros de profundidade e foi registrado, de acordo com o USGS, às 00h27, também pelo horário local.

Um segundo terremoto, com 4,7 graus, teve epicentro a 41 quilômetros ao oeste da cidade de Santa Cruz, a 182 quilômetros ao Sul da capital chilena. O tremor teve profundidade de 41,5 quilômetros, e foi registrado às 5h15, também pelo horário local. Nos dois casos, também não há registros de danos ou feridos.

O México e o Chile começarão a vacinar a população contra a Covid-19 hoje após a chegada aos países das primeiras remessas da vacina desenvolvida pela parceria Pfizer/BioNTech.

No Chile, o anúncio do início da campanha foi feito ontem pelo presidente Sebastián Piñera. "Queremos dar boas notícias a todos nossos compatriotas, pois esta manhã, às 5 horas, saiu da Bélgica o avião que traz as primeiras 10 mil doses", disse.

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Segundo Piñera, a expectativa é que a segunda remessa da vacina, que será gratuita e voluntária para todos os chilenos, chegue na próxima semana - o governo espera receber nesse período mais 10 milhões de doses das parceiras americana e alemã.

No total, afirmou o presidente, está assegurada a distribuição de mais de 30 milhões de doses do imunizante - o país também tem um acordo com a chinesa Sinovac.

O Chile já registrou 590.914 casos de contágio, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, dos EUA. A covid-19 já matou 16.228 chilenos.

No México, o chanceler Marcelo Ebrard afirmou que o país deve receber da Bélgica 1,4 milhão de doses, das 34,4 milhões que as farmacêuticas prometeram entregar em um acordo já firmado com o governo.

O México, que possui 128 milhões de habitantes, registra 119.495 mortes e 1,33 milhão de infecções pelo novo coronavírus, segundo dados oficiais. O país ocupa o quarto lugar com mais mortes em números absolutos no mundo - depois de Estados Unidos, Brasil e Índia - e o 15.º em óbitos por 100 mil habitantes.

O México também tem acordos preliminares de compra com o projeto sino-canadense CanSinoBio para 35 milhões de doses, e com a britânica AstraZeneca, para 77,4 milhões de doses, além de fazer parte do mecanismo internacional Covax, que permite comprar 51,6 milhões de vacinas adicionais. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Chile aprovou nesta quarta-feira (16) a importação da vacina Pfizer-BioNTech contra a Covid-19 e determinou que tenha início a administração da mesma à população maior de 16 anos.

"A partir de hoje, o Ministério da Saúde tem autorização para importá-las", declarou o diretor em exercício do Instituto de Saúde Pública (ISP), Heriberto Garcíansa. A decisão foi tomada por um comitê de 22 especialistas, que "analisou questões relevantes, como, por exemplo, se o Chile estava preparado ou não na logística para receber as vacinas", explicou Garcia. "O Chile tem hoje um sistema adequado para receber as vacinas, tem uma logística muito complexa para poder vacinar a população", acrescentou.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, informou em pronunciamento à nação que a data de início da vacinação não está confirmada e que o ministério irá determinar "oportunamente as datas e os locais de vacinação para os diferentes grupos da população. Neste mês de dezembro, irá pousar no Chile o avião com as primeiras 20 mil doses de vacina, o que nos permitirá começar a imunizar imediatamente todas as pessoas que trabalham em UTIs."

O Reino Unido foi o primeiro país ocidental a dar sinal verde para a vacina da Pfizer, em 2 de dezembro. Na América Latina, México, Panamá e Costa Rica também já a aprovaram.

Em setembro, o Chile assinou acordos para obter milhões de vacinas contra a covid-19, incluindo um com a Pfizer e a BioNTech para ter acesso a 10 milhões de doses. Além disso, ingressou no Covax - iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), União Europeia, países da América Latina e fundações como a Bill e Melinda Gates -, o que permitirá ao país acessar mais 8 milhões de doses da vacina de sua escolha, se validada pela OMS.

O Chile também reservou 14,4 milhões de doses do imunizante que está sendo desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca em conjunto com a Universidade de Oxford, e fechou um acordo com o laboratório Sinovac, da China, para obter outras 20 milhões de doses.

O governo anunciou que a população mais vulnerável ao vírus, estimada em 5 milhões de chilenos (26% de seus cidadãos), será inoculada primeiro. Este grupo inicial inclui trabalhadores de saúde, maiores de 65 anos, doentes crônicos e pessoas que vivem em centros fechados.

O Chile registra mais de 576 mil infectados pelo coronavírus e mais de 15.900 mortes desde que o primeiro caso de covid-19 foi confirmado, em 3 de março.

O sul do Chile desperta, nesta segunda-feira (14), com os olhos voltados para um céu coberto, através do qual busca uma clareira entre as nuvens para observar o eclipse total do Sol, que fará cair a noite ao meio-dia meridional.

Da costa do Oceano Pacífico à cordilheira dos Andes, a luz do Sol será obscurecida pela Lua, e a noite cairá por volta das 13h locais (mesmo horário em Brasília) por pelo menos dois minutos, ao longo da zona de umbra, uma faixa de 90 quilômetros de largura que avançará para além das montanhas pela Patagônia Argentina até a costa atlântica.

A poucas horas do eclipse, não está claro se o fenômeno astronômico poderá ser visto pelos milhares de turistas que chegaram à região de La Araucanía - 800 km ao sul de Santiago -, ou pelos cientistas estacionados ao pé do vulcão Villarrica com seus telescópios. Há dias estes instrumentos estão preparados para conseguir registrar o segundo eclipse consecutivo no Chile. O anterior foi em julho de 2019, no norte do país.

"A previsão é que a frente de mau tempo se antecipe um pouco à frente, e as chuvas comecem mais cedo e haja clareiras para poder observar o Sol diretamente", disse à AFP o astrônomo da Universidade Católica Simón Ángel, enquanto testava seu telescópio no terraço do abrigo de esqui do vulcão, a cerca de 1.500 metros de altitude.

Nicolás Tamayo, um visitante de 28 anos que chegou à cidade de Pucón, aos pés do vulcão, disse à AFP que "as expectativas são boas", apesar da previsão de tempo ruim para a hora do eclipse.

"O clima que se vai vier nesse momento não tem preço", celebra.

A chuva foi constante nos últimos dias, devido a uma frente climática que cobriu de nuvens e trouxe ventos para toda área de visibilidade do eclipse.

Ontem, porém, uma agradável tarde e um céu azul se abriram depois da densa nebulosidade da manhã, trazendo esperança de que essa mesma dinâmica se repita nesta segunda-feira.

A região Metropolitana do Chile, a mais populosa do país, retornará com a quarentena nos finais de semana a partir de quinta-feira (10), devido ao aumento de 18% dos novos casos de coronavírus, que tem atingido o país com mais de 15.600 mortos desde o inicio da pandemia.

"Há um aumento de 18% [na última semana] na região Metropolitana. Como medida preventiva e com o objetivo de poder rapidamente deter o aumento de contágios, será adotada essa decisão em toda a região, apesar da fase 2, a partir da quinta-feira, de 10h até as 5h da manhã", anunciou nesta segunda-feira (7) a vice-secretária de governo, Katherine Martorell, ao anunciar a quarentena para os finais de semana na capital deste país de 18 milhões de habitantes.

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Esta medida preventiva é tomada depois que a região Metropolitana teve três dias registrando mais de 400 casos diários.

Em todo o país, o balanço desta segunda-feira (7) registrou 1.760 novos casos e 35 mortes nas últimas 24 horas, se somando a outros 563.142 contágios e 15.663 mortes já registradas desde 3 de março, quando foi confirmado o primeiro caso da doença no Chile, que em junho figurou entre os quatro países com maior número de contágios no mundo.

"Entendemos que isto é um esforço que deve ser realizado na região Metropolitana para evitar o aumento dos contágios e sobretudo evitar que voltemos atrás em nosso plano", enfatizou a vice-secretária em declaração feita durante uma coletiva de imprensa junto do ministro da Saúde, Enrique Paris.

Os habitantes da região metropolitana deverão voltar a pedir salvo-conduto para se deslocar durante os finais de semana, e serão mantidas as permissões especiais para viajar dentro do país.

As aulas presenciais poderão ser mantidas nos poucos colégios que tinham conseguido retomar as atividades no último trecho do ciclo escolar no hemisfério sul. Em vários países da América do Sul, como Chile, Peru e Bolívia, os estudantes não tiveram aulas presenciais este ano porque a pandemia coincidiu com o início do ano letivo em março, que termina em dezembro, no início do verão.

Os centros comerciais, porém, continuarão fechados aos sábados e domingos com esta medida, apesar de estarem em plena temporada de vendas de natal.

As ações da Bolsa de Santiago, particularmente as referentes ao comércio, tiveram uma forte queda depois do anúncio do governo sobre este recuo.

Um terremoto de magnitude 6,1 foi registrado neste domingo no norte do Chile, segundo informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

O epicentro do tremor, de acordo com o USGS, se deu a 99,9 quilômetros de profundidade, a 112 quilômetros de distância da cidade costeira de Iquique, a oeste do deserto do Atacama.

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O abalo foi sentido em diferentes localidades ao redor do epicentro, inclusive no sul do vizinho Peru. Até o momento, não há relatos de vítimas ou grandes danos provocados pelo fenômeno.

“No momento, não foram relatados danos a pessoas, alteração de serviços básicos ou de infraestrutura como resultado deste terremoto. Por sua vez, as organizações técnicas estão avaliando a situação regional”, tuitou a conta da Oficina Nacional de Emergencia del Ministerio del Interior y Seguridad Pública (ONEMI).

No último sábado (5), o Chile já tinha sido atingido por dois terremotos, de magnitudes 4,3 e 4,2, nos arredores das províncias de Huasco e El Loa, respectivamente.

Da Sputnik Brasil

O meia chileno Jorge Valdivia, ex-Palmeiras, fechou nesta terça-feira o seu retorno ao Colo-Colo. Revelado pelo time de Santiago, o jogador de 37 anos estava no Mazatlán, do México, e terá a terceira passagem pelo clube alvinegro. O diferencial agora é que o experiente atleta chega com a missão de salvar a equipe do rebaixamento à segunda divisão. O Colo-Colo é o último colocado na tabela de classificação.

Valdivia atuou pela equipe entre 2003 e 2006, quando se transferiu para o Palmeiras. Depois, o meia atuou também entre 2017 e 2019. Após essa passagem, o jogador reforçou o Morelia, do México, e na sequência passou pelo Mazatlán, do mesmo país. O Colo-Colo anunciou a vinda do chileno com festa: "A magia está de volta ao Monumental".

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"Eu não me sinto um salvador. Quando a equipe ganha, ganham todos. Volto porque o time necessitava se reforçar e eu entro por isso. Eu me sinto como alguém que pode somar no futebol e na parte anímica", disse Valdivia na sua apresentação, nesta terça-feira. O contrato dele terá apenas três meses de duração, período que servirá apenas para garantir sua participação na reta final da temporada do futebol chileno.

Valdivia disse que até gostaria de ter assinado por um período maior, mas disse que entende a situação delicada do clube. "Eu gosto de enfrentar desafios. Eu me sinto bem e contente. Na parte física eu vivi dois anos muito peculiares. Eu estava em casa tranquilo e descansando quando recebi a oportunidade de vir para o Colo-Colo. Eu me sinto muito feliz por estar de volta", completou.

O chileno teve duas passagens pelo Palmeiras. Uma entre 2006 e 2008 e outra de 2010 a 2015. Pela seleção do seu país, o meia disputou duas Copas do Mundo e conquistou a Copa América de 2015.

A seleção colombiana busca, nesta sexta-feira (13), confirmar o bom momento que está vivendo. O duelo, às 17h30 (de Brasília), no Estádio Metropolitano, em Barranquilla, válido pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo do Catar, será contra um Uruguai prejudicado por desfalques importantes.

A Colômbia tenta se manter invicta na competição, já que venceu na estreia a Venezuela por 3 a 0 e empatou o jogo seguinte por 2 a 2 com o Chile. Com isso, soma quatro pontos e briga pelos primeiros lugares.

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Já os uruguaios aparecem com três pontos, fruto do triunfo por 2 a 1 sobre os chilenos na rodada inaugural. No outro compromisso, a equipe levou 4 a 2 do Equador fora de casa, em Quito.

Apesar de o atacante Falcao García não ter sido convocado por conta de lesão, o técnico Carlos Queiroz vai contar para esta partida com a base da equipe que atuou nos dois primeiros confrontos. O elenco é liderado por James Rodríguez, do Everton, e Juan Guillermo Cuadrado, da Juventus, além da dupla artilheira da Atalanta, formada por Luis Muriel e Duván Zapata.

As únicas mudanças previstas são o retorno do goleiro David Ospina, ausente no mês passado por conta dos casos de covid-19 no Napoli, e a presença de Orejuela, do Grêmio, ou Daniel Muñoz, do Atlético Nacional. Os dois brigam pela titularidade na lateral direita, setor que não terá Stefan Medina e Santiago Arias, lesionados.

O zagueiro Davinson Sánchez também não deve começar. Ele chegou a Barranquilla nesta quinta-feira após ter solicitado permissão para ficar mais alguns dias em Londres por razões familiares. Então, então a dupla de zaga deve ser composta por Yerry Mina e Jeison Murillo.

Para Queiroz, o jogo será especial porque terá a oportunidade de enfrentar Óscar Tabárez, técnico que admira. Os dois são os treinadores com mais classificações conquistadas para Copas do Mundo, com quatro edições cada.

"O plano do Uruguai será ter uma intensidade alta, sabemos da garra com que jogam. O jogo vai ser bastante físico. Esperamos ter sucesso com o nosso jogo", analisou o atacante Zapata.

A seleção uruguaia terá de superar duas adversidades para vencer: os desfalques e o forte calor que fará durante o duelo em Barranquilla, marcado para 15h30, no horário local.

Para Tabárez, o clima está "a favor do rival porque ele trabalha com isso, tenta forçar a partida de acordo com as dificuldades que podem ter times que não estão tão acostumados a atuar nessa temperatura".

O técnico uruguaio não poderá contar com Federico Valverde, do Real Madrid, Maximiliano Gómez, do Valencia, e Sebastián Coates, do Sporting, todos lesionados, além de Arrascaeta, que estava machucado, mas voltou a atuar pelo Flamengo na quarta-feira.

A boa notícia para o estrategista veterano é o retorno de dois de seus jogadores mais experientes: o artilheiro Edinson Cavani, contratado recentemente pelo Manchester United, e o zagueiro José María Giménez, fora anteriormente devido a uma lesão muscular. Outro jogador que pode aparecer entre os titulares é Torreira, meia do Atlético de Madrid.

EM BUSCA DA PRIMEIRA VITÓRIA - Em outro duelo desta sexta, o Chile recebe o Peru com o objetivo de triunfar pela primeira vez na competição. Os chilenos somam apenas um ponto, uma vez que empataram com a Colômbia e, antes, foram derrotados pelo Uruguai.

Os peruanos também têm um ponto, fruto da igualdade com o Paraguai por 2 a 2, na rodada de abertura. Depois, o time do técnico Ricardo Gareca foi superado por 4 a 2 pela seleção brasileira e, assim, também quer conquistar o primeiro resultado positivo no torneio.

O Clássico do Pacífico, disputado em Santiago, às 20 horas (horário de Brasília), sem público, opõe duas seleções cujos vários jogadores tiveram dificuldades para se apresentar em razão da pandemia de covid-19. Também há atletas importantes lesionados, casos do zagueiro Zambrano e dos atacantes Jefferson Farfán e Paolo Guerrero, pelo Peru, e de Gary Medel e o meio-campista Charles Aránguiz, pelo Chile.

Mais de dois terços dos chilenos votaram pela redação de uma nova constituição para o país, informou o serviço eleitoral que apurou mais de 97% das urnas do plebiscito realizado neste domingo (25). A autoridade eleitoral afirmou que de 7,3 milhões de votos contados, 78% favoreciam uma nova constituição e menos de 21,7% a opunham.

A maneira de se fazer a nova constituição também estava em jogo. Os resultados preliminares revelaram 79% votos favoráveis à que a lei seja elaborada por um grupo 155 cidadãos que serão eleitos apenas para esse propósito em abril e 20,76% votaram pela redação da lei por um grupo de 172 pessoas - dividido igualmente entre delegados eleitos e parlamentares.

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Entre os 60.000 chilenos que vivem fora do país, o voto foi de 86% por uma nova constituição e 13% contra, afirmaram as autoridades. Cerca de 15 milhões de chilenos estavam aptos a votar e participação era voluntária. O resultado do referendo é vinculativo, ou seja, deve ser respeitado.

A votação estava inicialmente marcada para abril, mas foi adiada em virtude da pandemia do novo coronavírus. O governo conservador do país concordou com a oposição de centro-esquerda em permitir o plebiscito após a eclosão de vastos protestos de rua realizados há um ano. Em discurso ao país, após a votação, o presidente Sebastián Piñera, que se opôs a uma nova Carta Magna, reconheceu o resultado, mas advertiu que é apenas o início de um longo processo. "Este plebiscito não é o fim. É o início de um caminho que devemos percorrer juntos para chegar a um acordo sobre uma nova constituição para o Chile", afirmou, enquanto milhares de chilenos comemoravam o resultado nas praças de Santiago.

Após a aprovação da medida, uma convenção especial começará a redigir uma nova constituição que será submetida ao voto em 2022. A constituição atual do Chile foi feita durante o governo ditatorial de Augusto Pinochet, e foi colocada em votação num período em que partidos políticos haviam sido banidos e o país estava sujeito a censura pesada. Fonte: Associated Press.

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