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Trabalhadores informais do Recife estão recebendo cestas básicas nesta sexta-feira (15). Segundo a Prefeitura do Recife, serão entregues 16 mil cestas para esse grupo em vários pontos do município.

Entre as categorias beneficiadas a prefeitura cita artesãos, cooperativas de catadores, comunidade de terreiros, quiosqueiros, ambulantes, feirantes, grafiteiros, barqueiros, guias de turismo, flanelinhas, condutores e condutores auxiliares de táxi e transporte complementar, entre outros. "As cestas serão entregues, sobretudo, àqueles profissionais que precisam da clientela para desenvolverem suas atividades e garantirem a renda", diz a prefeitura.

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Os insumos foram garantidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Cada secretaria que tem interlocução com os setores beneficiados foi responsável por mobilizar a entrega aos seus cadastrados.

A Prefeitura do Recife diz ter distribuído mais de 286 mil cestas básicas e outros 286 mil kits de higiene e limpeza nos últimos dois meses para famílias dos 90 mil alunos da rede municipal de ensino. A rede de assistência social do município também entregou mais de 100 mil cestas básicas para famílias que recebem Bolsa Família ou que estão na fila de espera, ou seja, têm o perfil para participar do programa, mas ainda não foram incluídas pelo Governo Federal.

A rede de solidariedade mobilizada pela prefeitura, com apoio da sociedade civil e de empresas, distribuiu ainda mais de 60 mil cestas. Os restaurantes populares garantiram 70 mil refeições na forma de quentinhas para a população em situação de rua.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil público para investigar a necessidade de ordenamento do comércio informal na Avenida Conde da Boa Vista, no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O objetivo, segundo o órgão, é permitir a mobilidade e garantir a acessibilidade dos transeuntes.

De fato, em horários de pico, caminhar pela Avenida Conde da Boa Vista se torna um desafio. Nas calçadas, ambulantes vendem principalmente capas de celular, óculos e caixas de som. Em 2015, a Prefeitura do Recife retirou vários camelôs da via, na altura do Shopping Boa Vista. Vários protestos foram realizados nos dias que seguiram. Atualmente, a situação já se assemelha a de 2015 antes das retiradas.

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Na época, a gestão municipal afirmava que ambulantes haviam sido cadastrados após trabalho de acompanhamento de fiscais e que seriam direcionados para mercados populares. Aqueles que eram retirados não estariam cadastrados. O plano de sair da rua para um mercado não agrada os camelôs, que temem perder receita.

A instauração do inquérito civil público agora pode resultar em ajustamento de conduta, ação civil pública ou arquivamento do caso. A promotora que assina o texto, Maria Lizandra Lira de Carvalho, solicita que a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife se pronuncie em 30 dias sobre as medidas adotadas e encaminhe o Projeto de Revitalização da Avenida Conde da Boa Vista.

O projeto ao qual a promotora se refere foi apresentado em novembro de 2018. Com investimento de R$ 15 milhões, a promessa é que a revitalização desestimule o uso de transporte individual motorizado.  Com relação ao comércio, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano afirmou que apenas 40 fiteiros serão fixados ao longo da via e os ambulantes serão instalados em outros locais do centro do Recife.

De acordo com os últimos dados lançados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego recuou para 12,1% no país. Ainda assim, ele atinge 12,7 milhões de brasileiros apenas segundo os dados levantados no último trimestre. Esses dados revelam uma carga histórica, originária da Revolução Industrial, quando as produções operárias começaram a ser realizadas em grande escala.

Com início na Europa, nos séculos 18 e 19, a Revolução Industrial teve como mote a modernização do processo de produção de materiais de consumo antes feitos artesanalmente. Com o advento da máquina a vapor, a fabricação pôde ser realizada em escala e com tempo e custo reduzidos. Nesse panorama, houve quem não se adaptou e entrou no desemprego ou precisou embarcar no comércio informal.

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Uma nova manifestação foi realizada no início da tarde desta quarta-feira (26) pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Comércio Informal (Sintraci). O protesto ocorreu próximo ao Shopping Tacaruna, na Avenida Cruz Cabugá. Segundo Edvaldo Gomes, presidente do Sindicato, a movimentação dos comerciantes informais deve continuar acontecendo no mesmo local até que seja apresentada uma solução.

A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, responsável pelas obras da Praça General Carlos Pinto, informou que serão construídos boxes para os comerciantes trabalharem após a conclusão da reforma, que promete melhorar o acesso. As obras foram iniciadas ainda em julho deste ano, contudo não há previsão de término.

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A prefeitura afirmou, em nota, que os comerciantes cadastrados não estão impedidos de trabalhar, uma vez que possuem autorização para exercer o comércio em outra rua da mesma região.

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O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou na tarde desta sexta-feira, 14, que existe "total falta de controle" hoje em relação ao comércio ambulante na capital. O tucano afirmou que, em sua gestão, não haverá mais camelôs nas ruas.

"Eles vão atuar em espaços públicos organizados, iluminados, seguros e em locais com movimento para atrair potenciais compradores. Não nas ruas", disse em Buenos Aires, durante entrevista concedida a jornalistas que o acompanham na primeira agenda que cumpre fora do País após as eleições. Doria está na capital argentina para participar do 21º Meeting Internacional, evento promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais, entidade fundada e presidida por ele até maio.

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Apesar de polêmica, a decisão de retirar camelôs das ruas não será feita de forma a gerar confronto, assegura Doria, que ressalta a "questão humana" do problema. "São dois milhões de desempregados. Não vamos hostilizar os ambulantes e gerar confronto, mas dar a eles uma oportunidade. A alternativa é criar os shoppings do povo."

Esses shoppings funcionariam em áreas com forte movimentação de pedestres e em bairros com característica comercial, como o Brás. A ideia, no entanto, não é nova. A gestão Fernando Haddad (PT) já promoveu uma concorrência para requalificar a chamada Feirinha da Madrugada, no Pari, mas a concessão enfrenta resistência e está temporariamente suspensa pela Justiça. Só ali são cerca de 4 mil ambulantes.

Ao mesmo tempo em que promete retirar camelôs das ruas, o tucano também afirma que vai melhorar a parceria com a Polícia Militar por meio da ampliação da Operação Delegada, na qual a Prefeitura paga policiais em folga para combater o comércio irregular nas ruas da cidade. Iniciado em 2009, pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD), o programa foi esvaziado no governo Haddad e o número de soldados contratados caiu de 3,8 mil para 1.063.

A 600 metros da Praça Mauá, onde turistas e torcedores acompanham os Jogos nos telões do Boulevard Olímpico Porto Maravilha, um comum retrato urbano do Rio de Janeiro. Ambulantes correndo da polícia, tentando carregar consigo os produtos que estavam vendendo. A reportagem do Portal LeiaJá presenciou o famoso "rapa", enquanto passava pela Rua Miguel Couto, no centro da cidade.

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O momento foi de tensão, diante da ação truculenta da polícia que chegou quebrando e recolhendo os produtos encontrados pela frente. Os ambulantes conseguiram fugir e logo se formou um aglomerado de pessoas, curiosas para saber o que havia acontecido. Boa parte dos produtos apreendidos eram óculos falsificados. 

"Eles são assim mesmo. É isso o que eles fazem", exclamou uma senhora próximo ao local, fazendo referência negativa à ação dos policiais. Um idoso, indignado com a situação, começou a discutir com os policiais dizendo que "eles deveriam estar prendendo bandido e não perseguindo esses pais de família".

Por ser a capital olímpica da vez, acredita-se que a ação ostensiva no policiamento é, na verdade, uma tentativa de maquiar a realidade. Mostrando uma cidade "limpa" sem vestígios de comércios informais ilegais.

 

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Clima tenso na tarde desta sexta-feira (4), no centro do Recife. Viaturas policiais foram encaminhadas à Avenida Conde da Boa Vista e ruas adjacentes para a retirada de comerciantes informais das calçadas destes locais. A ação faz parte do calendário da prefeitura para reorganização dos passeios públicos do bairro. 

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Revoltados, os ambulantes chegaram a fechar a Conde da Boa Vista e jogaram lixo no meio da via para impedir a passagem de carros. Cerca de dez viaturas da Polícia chegaram ao local para afastar os manifestantes. Diretor do Sindicato dos Trabalhadores Ambulantes do Comércio Informal, Edvaldo Gomes disse que a prefeitura se utiliza de ditadura contra os profissionais. 

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“Mais uma vez, a prefeitura botando Polícia Civil e Polícia Militar, um batalhão todinho, para perseguir pais de família. A prefeitura continua usando de má fé, prendendo a mercadoria e devolvendo só com o pagamento de uma taxa de R$ 400, um absurdo”, explicou Edvaldo, muito exaltado, durante a intervenção policial. Comerciantes angolanos também tiveram problemas com os policiais e tiveram as mercadorias apreendidas.

Há menos de um mês, os ambulantes fecharam a própria Avenida Conde da Boa Vista, travando os dois sentidos da via. A reivindicação era a mesma: pediam o direito de trabalhar, negado pela prefeitura, segundo os participantes. 

Com informações de Camilla Assis

Ambulantes fecharam a Avenida Conde da Boa Vista, no cruzamento com a Rua Soledade, no centro do Recife, na manhã desta segunda-feira (9). Os manifestantes atearam fogo nos dois sentidos da via, deixando o trânsito travado no local.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal (Sintraci) Severino Souto, o ato faz parte da Jornada de Lutas do Comércio Informal. Protestos estão previstos para acontecer durante toda a semana em diferentes pontos da cidade. “Estamos reivindicando o direito de trabalhar. A prefeitura está apreendendo carrocinhas e mercadorias dos trabalhadores”, acusa Severino.

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As vias, que estavam bloqueadas desde as 10h55, foram liberadas por volta das 11h45. Os manifestantes encerram o ato por volta das 12h, em frente ao shopping Boa Vista.  

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Mais um protesto dos ambulantes no Recife na manhã desta sexta-feira (27). Desta vez, os comerciantes informais fecharam os dois sentidos da Avenida Norte, no bairro de Casa Amarela, na zona norte do Recife. Na noite de ontem, a categoria fez um ato na Avenida Cruz Cabugá e, na quarta, na Avenida Caxangá

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Os ambulantes negociaram com a Polícia Militar (PM) para bloquearem a via durante 30 minutos. Por volta das 9h15, o fogo colocando em entulhos foi apagado pelo Corpo de Bombeiros e a pista foi liberada. A reclamação da categoria continua sendo a retirada dos camelôs da Avenida Conde da Boa Vista, no centro do Recife. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Informais (Sintraci), Severino Souto, é preciso abrir um canal de negociação. “Eles precisam colocar público os critérios desse cadastramento. Há 55 pessoas cadastradas de um total de 200”, critica Severino.

Na terça-feira (24), em coletiva, o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, alegou que sua equipe passou seis meses cadastrando os camelôs em 2013. Segundo Braga, todos os ambulantes que trabalhavam no centro do Recife na época foram registrados.

Não há novas manifestações agendadas para esta sexta-feira. Os diretores do Sintraci prometem uma reunião ainda hoje para decidirem as novas ações, mas garantem que enquanto não forem convocados pela prefeitura para discutirem a questão os protestos vão continuar.

A Secretaria de Planejamento e Controle Urbano agendou para a primeira semana de março a retirada de ambulantes irregulares do último trecho da Avenida Conde da Boa Vista, que vai da Rua Soledade até a Rua José de Alencar. Em seguida, a operação vai seguir para a Avenida Guararapes.

Com informações de Damares Romão

Os ambulantes que irão trabalhar no bairro do Recife durante o Carnaval 2015 passaram por uma capacitação ministrada pela Vigilância Sanitária (Visa) nesta quarta-feira (4). Os comerciantes receberam orientações sobre o manuseio e armazenamento dos produtos que serão vendidos aos foliões. Questões de higiene pessoal também foram abordadas durante o evento. 

Por determinação da Visa, está proibida a utilização de pedaços de bambu nos espetinhos, além da fabricação e comércio de bebidas alcoólicas caseiras e venda de produtos sem indicação do prazo de validade. “Também não é permitido cortar, temperar, tratar e produzir alimentos na via pública. Eles devem vir previamente prontos”, alertou Emília Resque, nutricionista da Vigilância Sanitária.

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O acondicionamento de bebidas alcoólicas e o manuseio de gelo também são preocupações da Visa. Ainda segundo Emília, os ambulantes só podem usar gelo industrializado e, no caso das bebidas, o armazenamento deve ser feito em caixas de isopor limpas e conservadas. “As caixas térmicas plásticas deve ser usadas para guardar e manter os alimentos na temperatura adequada”, explica a nutricionista. 

A Vigilância Sanitária estará de plantão antes e durante os dias de Momo para inspecionar o comércio formal e informal de alimentos. Caso sejam constatadas irregularidades em bares e restaurantes, a Visa irá interditar e multar os estabelecimentos. O valor poderá variar dos R$ 40 aos R$ 400 mil. No caso de irregularidades no comércio informal, os ambulantes terão o material apreendido e, posteriormente, inutilizado. 

Os fiscais da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Secom) realizam uma manifestação por mais segurança na manhã desta sexta-feira (16) no centro do Recife. Na última terça-feira (13), Giovani Bezerra da Costa, um dos fiscais do comércio informal, foi morto a tiros em frente ao Mercado São José. Segundo a categoria, este foi o terceiro auxiliar de fiscalização assassinado na atual gestão.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação de Pernambuco (Stealmoaic), que representa a categoria, a função de Giovani, como auxiliar de fiscalização, era apenas recolher o material apreendido pela equipe de fiscalização da prefeitura, que é responsável pela abordagem e atua com o apoio da Polícia Militar. Por isso, os fiscais cobram um reforço no policiamento que os acompanham.

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Os manifestantes estão concentrados na Praça Dezessete, no bairro de Santo Antônio. De lá, o grupo sairá em caminhada até a Prefeitura do Recife, para articular uma reunião com o prefeito Geraldo Júlio ou o secretário da Secom, João Braga. A família de Giovani também participará da passeata.

O comércio informal do Marco Zero, no Centro do Recife, receberá fiscalização mais intensa a partir da noite desta quinta-feira (6). A ação, das Secretarias de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) e de Turismo e Lazer, terá duração de dois meses devido ao aumento de visitantes e de trabalhadores informais na área nesse período do ano. 

Ao todo, 30 fiscais da Semoc farão rondas das quintas aos domingos, das 19h às 2h, proibindo o comércio de qualquer tipo de produto ou a instalação de equipamentos de venda no Marco Zero. Segundo Cândida Bomfim, Secretária Executiva de Controle Urbano, a proibição acontece porque a área é voltada totalmente para os pedestres.

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O Secretário de Turismo e Lazer, Camilo Simões, reafirma o propósito da medida: "O Marco Zero é um dos nossos principais cartões-postais. Precisamos mantê-lo livre para que o recifense e os visitantes possam usufruir dele e dos interessantes ângulos de contemplação da cidade que oferece", explica. 

Em outubro, a Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon) realizou um levantamento para cadastrar os comerciantes que atuavam na área. Ao todo, foram contabilizados 92 vendedores ambulantes, que irão receber crachás de identificação, além de estarem autorizados a comercializar apenas na Rua Vigário Tenório, próxima à praça do Marco Zero. Segundo a Semoc, os comerciantes já estão cientes da medida e não apresentaram resistência. 

Cerca de 50 ambulantes que protestaram no centro do Recife na manhã última quinta-feira (11) estiveram reunidos com Promotor de Justiça de Direitos Humanos da Capital, Maxwell Vignoli, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Durante o encontro, os comerciantes informais que participaram da manifestação apresentaram denúncias de irregularidade da atuação dos órgãos de controle urbano em relação aos ambulantes. Um novo encontro foi agendado para o próximo dia 3 de outubro.

A atuação da polícia durante o protesto também foi denunciada ao MPPE. Ao longo da manifestação, o Batalhão de Choque disparou balas de borracha e bombas de efeito moral. Alguns dos comerciantes foram atingidos pelos disparos ou detidos pela polícia.

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Durante a reunião, os ambulantes solicitaram a implantação de uma política direcionada ao comércio informal do Recife. Apesar de a Prefeitura da Cidade do Recife ter desapropriado terrenos no Centro para a construção de shoppings populares, a construção dos espaços ainda não foi iniciada e, segundo os comerciantes, os pontos escolhidos irão prejudicar as vendas. 

Na reunião do próximo mês, devem estar presentes as Promotorias de Direitos Humanos da Capital e de Urbanismo e Habitação, além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal do Recife (Sintraci), da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano e Defesa Social dos Direitos Humanos. 

Com informações da assessoria

O comércio informal do centro do Recife não tem data certa de realocação para os terrenos desapropriados pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). Os prazos determinados para o início das obras em seis espaços destinados à construção de shoppings populares não têm sido cumpridos, fazendo com que os ambulantes permaneçam nas calçadas de grande circulação de pedestres, como é o caso da Avenida Conde da Boa Vista e da Rua Sete de Setembro. 

Muitos dos comerciantes que ocupam a Sete de Setembro trabalham com o comércio informal há mais de duas décadas e, segundo eles, os locais desapropriados pela Prefeitura são escondidos e podem prejudicar os lucros. “Já estou vendendo pouco e, se for pra lá, vou vender menos ainda”, disse a comerciante Mônica Maria. 

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Áreas que vão dos 182m² aos mais de 1.300m² estão distribuídas entre as Ruas Giriquiti, Rua da Saudade, da Penha e do Riachuelo para a realocação dos ambulantes, mas alguns terrenos ainda estão da fase de estudos estruturais. No espaço da Rua Sete de Setembro – o maior de todos os terrenos, com 1.361,92m² -, a previsão é de que as obras tenham início no próximo mês. 

Segundo nota oficial da PCR publicada em outubro de 2013, a realocação dos comerciantes informais da Avenida Conde da Boa Vista estaria marcada para janeiro de 2014. Entretanto, a assessoria da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc) afirmou, nesta quarta-feira (20), que não há prazo para iniciar as obras e reformas nos terrenos das ruas da Penha, do Giriquiti e da Saudade. 

ALTERNATIVA – O Sintraci solicitou à Prefeitura a desapropriação do terreno do Colégio Marista, situado na Conde da Boa Vista. Para os ambulantes que têm ponto de venda em frente ao local, o espaço seria a melhor localização para as vendas. “Seria a solução para todo mundo aqui na Conde”, diz Alexandre Francisco, que trabalha com o comércio informal há mais de quinze anos.

De acordo com Maria Joselita Pereira, membro da diretoria do Sindicato, a Prefeitura diz que a desapropriação seria inviável. “Os seis terrenos em que a Prefeitura quer colocar os ambulantes estão muito escondidos. O comércio de rua só sobrevive onde tem muita gente circulando, vai ser o mesmo erro cometido no Camelódromo, na Dantas Barreto”, afirma. Segundo ela, o terreno do Colégio Marista é grande e poderia ser aproveitado não só para a construção de um shopping popular, mas também para a integração de serviços como o Expresso Cidadão e o posto de carregamento do Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). 

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Os ambulantes informais voltaram a realizar novos protestos nesta quarta-feira (9), desta vez na Avenida Caxangá, em frente ao Hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Comércio Informal (Sintraci), Severino Alves, o grupo, formado por cerca de 50 pessoas, fechou a Caxangá e volta a pedir diálogo com a prefeitura para a negociação da retirada de ambulantes do entorno.

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“Estamos fazendo uma semana de mobilizações, então a cada dia estaremos em um local para lembrar ao secretário [João] Braga que ele precisa negociar com a nossa categoria, pois sempre que vamos a uma reunião, nada fica definido, é sempre a mesma conversa”, salientou Souto. Segundo ele, um outro grupo deve se manifestar ainda hoje na Avenida Conde da Boa Vista, em frente ao Shopping Boa Vista.

Por volta das 10h50, os manifestantes desbloquearam a Avenida Caxangá. Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), apesar da via estar liberada, o trânsito no local permanece complicado.

Histórico – A Região Metropolitana do Recife (RMR) tem sido palco de diversos protestos realizados por ambulantes nos últimos meses. No dia 19 de fevereiro, o grupo bloqueou a Avenida Cruz Cabugá, perto do Hospital do Câncer.

No dia 18 de março, outro grupo fechou um trecho da PE-15, na altura da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho). No dia 24 do mesmo mês, representantes da categoria protestaram no bairro da Boa Vista para pedir a construção de um shopping popular.

Na última sexta-feira (4), comerciantes fecharam os dois sentidos da Avenida Norte, contra a expulsão de quatro barracas do local. A última manifestação promovida por ambulantes foi realizada na BR-101 e na Avenida Rosa e Silva nessa terça-feira (8).

Após o protesto realizado pelos comerciantes informal na manhã desta terça-feira (8), a Prefeitura do Recife emitiu uma nota sobre as reivindicações sobre o ocorrido. Os ambulantes pediram a saída do Secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, e a construção de um shopping popular. A PCR não pronunciou sobre Braga e relatou que imóveis estão sendo desocupados para poder deslocar todo o pessoal.

Os comerciantes informais pedem a desocupação do antigo Colégio Marista, mas a PCR revelou que o lugar questionado é inviável economicamente, por tanto, os novos pontos para onde serão deslocados são na Boa Vista (Rua do Giriquiti, Rua Sete de Setembro, dois na Rua da Saudade, Rua do Riachuelo e Rua da Penha). A capacidade total do novo local total é de mil ambulantes.

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Quem trabalha informalmente no entorno do campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) também terá, segundo a PCR, seu local para vender. O órgão está em negociação com a instituição para que desloque os comerciantes para dentro do campus. Enquanto as negociações não chegam ao fim, todos poderão continuar vendendo nas ruas.

A Prefeitura do Recife vem promovendo ações no sentido de tentar organizar o comércio informal da cidade. Além de melhorar a mobilidade, o ordenamento também pretende 'deixar mais limpo' o visual das vias, uma vez que há uma grande quantidade de camelôs aglomerados. Entretanto, logo na abertura oficial do Carnaval 2014, alguns pontos do centro recifense estão cheios de comerciantes que atrapalham a circulação do povo.

Na Ponte Buarque de Macedo, uma as principais vias de acesso ao Marco Zero, onde ocorre a grande abertura da festa de Momo, ambulantes vendem bebidas, comidas e adereços carnavalescos e, com suas barracas, atrapalham a grande massa de foliões. As pessoas estão tendo que andar entre os carros, deixando o trânsito ainda mais lento. Durante esse percurso, a reportagem do LeiaJá não encontrou nenhum fiscal da Prefeitura. Só há alguns agentes de trânsito que focam apenas no ordenamento dos veículos.

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A estudante Angela Maria da Silva, natural de São Luis do Maranhão, encontrou dificuldade para andar pela ponte. “Eu acho que isso está errado. Aqui era para passar somente os foliões. A Prefeitura do Recife deveria fiscalizar mais”, disse. Para o gerente administrativo Fausto Silva, que também é de São Luis do Maranhão, a via deveria estar livre. “Teria que estar tudo livre. Muita gente passa por aqui. O trânsito também está muito complicado”, opinou.

Uma das ambulantes, Fernanda Menezes, que comercializa bebidas e água mineral, disse que a Prefeitura não autorizou ninguém a ficar na Ponte. “Há um ano eu trabalho vendendo bebida no Carnaval, mas só andando. Estou aqui, mas a Prefeitura não autorizou”, falou.

Entre a multidão que curte os shows no palco principal do Marco Zero, também há muitos ambulantes, mas eles se locomovem em meios aos foliões com caixas de isopor vendendo seus produtos. As barracas também podem ser encontradas em bom número, porém, ficam nas laterais das ruas do Recife Antigo, deixando os foliões andarem com mais tranquilidade.

Os ambulantes da Conde da Boa Vista seguem trabalhando nas ruas do bairro ainda sem a definição de um novo local de atuação. De acordo com o comerciante José Marcos, que trabalha na região, foi oferecido um terreno por trás do Shopping Boa Vista. “Nós não queremos o terreno, porque é muito escondido e perigoso”, afirmou.

Segundo o comerciante, o terreno de interesse da categoria é o do antigo Marista, que fica localizado por trás do Atacadão dos Presentes. “Esse terreno já está desativado há anos, mas estão embargando o terreno, pois fica ao lado do Atacado e seria uma competição direta”, acrescentou.

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Procurada pela reportagem, a Prefeitura do Recife explicou que ainda não há uma data para a remoção dos ambulantes para um novo local, mas que existem quatro opções para abrigar a categoria: Rua da Saudade com a Rua Sete de Setembro, na Rua da Saudade com a Rua do Riachuelo, na Rua da Penha e na Rua Águas Verdes, próximo ao Pátio do Terço. No momento, segundo a secretaria, estão sendo feitas as desapropriações nos terrenos, que devem ser entregues todos de uma vez. Ainda segundo a a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), as negociações com os ambulantes continuam em curso.

Ambulantes da Conde da Boa Vista já podem ter seu rumo definido. De acordo com integrantes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal (Sintraci), o presidente Severino Souto recebeu uma ligação da prefeitura, e foi informado sobre um possível terreno para realocá-los. Por enquanto, ainda não se sabe o tamanho e a localização do imóvel.

O presidente da categoria deve se encontrar com representantes da prefeitura na próxima semana. “Ele vai escutar a proposta da prefeitura e depois fazer uma assembleia com os demais ambulantes para saber se todos têm interesse em se mudar para este terreno que foi cedido para nós”, disse Ivonaldo Marcos.

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O real desejo dos ambulantes é a transferência para o terreno do antigo Colégio Marista, no bairro da Boa Vista, que possui um prédio tombado como patrimônio da humanidade. “Naquele terreno cabe todo mundo, e o prédio seria conservado para ser o Shopping Popular. Teria espaço para estacionamento e tudo”, revelou José Marcos, ambulante que tem acompanhado as negociações e atos da categoria e confia numa solução para a situação dele e dos colegas.

A retirada dos ambulantes do centro do Recife ainda não tem data certa para acontecer. O prazo que deveria ter vencido no começo deste ano ganhou um novo espaço de negociação. 

Nessa terça-feira (7), representantes do Sindicato dos Trabalhadores Ambulantes do Comércio Informal do Recife (Sintraci) e lideranças do governo municipal se reuniram novamente. Na ocasião, foi retomada a negociação entre as duas partes.

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De acordo com a assessoria Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), no encontro o diretor do Comércio Informal da Companhia de Serviços Urbanos do Recife (Csurb), Paulo de Mato, explicou que os espaços reservados para receber os comerciantes ainda estão em fase de análise.

Sendo assim, ficou acordado que os ambulantes só serão orientados a sair das ruas quando os galpões estiverem devidamente organizados. A Semoc adiantou que o processo está em fase de conclusão. Os espaços já foram desapropriados e faltam apenas algumas questões burocráticas. 

Histórico – No dia 30 de setembro do ano passado, os ambulantes bloquearam vias do centro do Recife em protesto contra decisão da Prefeitura de relocar o comércio da Ponte de Ferro para o Camelódromo. Um mês depois, eles voltaram a realizar manifestação na capital pernambucana.

Em outubro, os comerciantes que vendiam produtos na Ponte de Ferro foram relocados para uma área localizada nas proximidades da Igreja do Carmo, na Avenida Dantas Barretos, no Centro do Recife. A maioria deles desaprovou a mudança, alegando que no novo espaço a movimentação de clientes era fraca, o que estava prejudicando as vendas.

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