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Dominada por deputados bolsonaristas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Sem Terra (MST) mantém pressão sobre o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, ao focar os trabalhos do colegiado nas invasões dos sem-terra na Bahia. Costa foi governador do Estado entre 2015 e 2022.

Nessa quarta (12), a comissão deu aval a 21 requerimentos. Embora a convocação do ministro da Casa Civil tenha sido transformada em convite - a ser apreciado na volta do recesso parlamentar, a partir de 1.º de agosto -, foram aprovados pedidos para ouvir o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, e o comandante da Polícia Militar do Estado, Paulo José Reis de Azevedo Coutinho. Os dois serão convidados a comparecer à CPI. O autor dos requerimentos é o deputado Capitão Alden (PL-BA).

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Da ala governista, o deputado Alencar Santana (PT-SP) conseguiu negociar um acordo que deixou a análise do convite a Costa para depois do recesso, mas não conseguiu evitar que a oposição aprovasse a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias.

Abin

De acordo com o relator da CPI, deputado Ricardo Salles (PL-SP), a presença de Costa e de G. Dias se justifica pelo fato de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) faz o monitoramento das atividades de grupos de sem-terra. Salles tem repetido durante as sessões da comissão que a Abin controla "as ações das invasões de propriedade no Brasil". "A Abin esteve subordinada ao GSI de janeiro até março, e, daí em diante, à Casa Civil", afirmou o relator. "O que queremos com Gonçalves Dias? Que ele nos explique que informações ele coletou, que medidas adotou no GSI. Dali por diante, quem vai prestar (esclarecimentos) é Rui Costa", declarou Salles no mês passado.

Durante a gestão de G. Dias no GSI, a Abin esteve subordinada ao gabinete. Em março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva transferiu a agência para a Casa Civil, pasta diretamente ligada à Presidência da República e comandada por um dos ministros mais próximos do chefe do Executivo. Desde o início dos trabalhos, em maio, a CPI do MST busca associar o governo Lula ao MST.

Atritos

A relação entre Costa e o MST, no entanto, tem um histórico de atritos, o que tem potencial para desgastar o governo na CPI. Em 2016, integrantes do movimento protestaram em Salvador contra o então governador e invadiram a sede de onde Costa despachava. Segundo o grupo, promessas feitas a trabalhadores rurais do Estado não estavam sendo cumpridas. Em maio deste ano, o MST disse que Costa, já na Casa Civil, vetou a participação do movimento em evento com Lula, também na capital baiana.

Invasões

As primeiras ações significativas do MST neste terceiro mandato de Lula começaram na Bahia e provocaram imediata reação do agronegócio, acentuando o clima de desconfiança do setor sobre a garantia de segurança jurídica no campo. No fim de fevereiro, cerca de 1,7 mil integrantes do movimento invadiram três fazendas de cultivo de eucalipto da Suzano, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul do Estado. As invasões, com dois meses de governo, contrariaram o discurso de Lula na campanha. Na ocasião, o petista declarou que o MST não ocupava propriedades produtivas.

'Banco da esquerda'

Além dos requerimentos de convocação e convites, a CPI do MST também aprovou antes do início do recesso parlamentar um pedido de informações e documentos ao Banco Central sobre o LeftBank. Trata-se de uma instituição financeira que se autointitula como "banco da esquerda" e "banco sem banqueiros".

O banco digital foi fundado pelo advogado Daniel Gonçalves e pelo contador e administrador de empresas Volnei de Borba Gomes. O ex-presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia (PT-RS) é o diretor-geral da empresa.

Relação

A CPI do MST na Câmara foi instalada em maio, após o chamado "Abril Vermelho", quando o movimento intensificou invasões e ampliou a lista de exigências ao governo Lula enquanto mantinha áreas produtivas e de pesquisa sob o controle de militantes. O governo nomeou 19 superintendentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e anunciou um "plano emergencial de reforma agrária". Em contrapartida, áreas deveriam ser desocupadas, o que não ocorreu.

A atuação do MST provocou, ainda, uma crise interna no governo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comparou as invasões do movimento aos atos golpistas de janeiro. O titular do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, por sua vez, poupou o grupo. "Não vejo nenhuma relação das ocupações do MST com o 8 de Janeiro", afirmou ele em abril.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados resistiu e adiou o convite ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), principal ativo da oposição composta pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A negociação avançou mediante acordo com o líder do governo na CPI, Alencar Santana (PT-SP), que retirou a obstrução da pauta para deixar o chamamento apenas após o recesso parlamentar. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional general Marco Edson Gonçalves Dias não escapou e foi convocado.

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O presidente da Suzano, Walter Schalka, também teve o requerimento derrubado. A Suzano, empresa produtora de papel e celulose, por sua vez, foi um dos alvos do chamado "abril vermelho", mês em que integrantes do MST intensificaram invasões a terras pelo Brasil.

No Espírito Santo, os sem terra ocuparam duas fazendas da empresa e permaneceram lá por dez dias, após liminar dada pela Justiça para que eles saíssem.

Na proposta inicial, Rui, G. Dias e Schalka seriam convocados - o que os obrigariam a participar - mas após mais de 50 minutos de diálogo o consenso se estabeleceu, ainda que sob críticas de bolsonaristas mais ferrenhos.

O deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA) criticou a falta de combatividade da oposição já que, para ele, o governo controla a CPMI. "Aqui a gente começou a virar cordeirinho", afirmou.

Segundo o relator, Ricardo Salles (PL-SP), a convocação de Rui e de G. Dias são justificadas pelo entendimento de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora a atividade de grupos sem terra. Durante o governo Lula, o órgão esteve subordinado tanto ao GSI, quando ainda sob comando de G. Dias, e da Casa Civil.

Como mostrou a Coluna, na última sessão, que aconteceu há três semanas, a recusa da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) em seguir um acordo estabelecido anteriormente levou a decisão do presidente, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), de resgatar as convocações da pauta.

Rui é alvo de críticas tanto do centrão como dos próprios governistas pela desarticulação entre o Executivo e o Legislativo, por não prestigiar ou atender deputados.

O ápice da crise chegou na véspera da votação da medida provisória dos ministérios, que quase foi derrubada tamanha a insatisfação de líderes partidários com a falta de distribuição de cargos. Como mostrou o Estadão, o ministro deu preferência a atender políticos baianos, onde governou por oito anos, em sua agenda.

A sessão da CPI retomará na quarta-feira, 19, quando serão apreciados mais de 20 requerimentos.

Sessão volta a ter brigas

Como de costumeiro, o hiato de duas semanas sem sessão não foi suficiente para acalmar os ânimos. Sâmia Bomfim trocou acusações com o relator da comissão, Ricardo Salles, ao longo desta terça-feira. A parlamentar queixou-se de ser interrompida por Salles enquanto falava.

O encontro então virou uma série de trocas de insultos, provocações e interrupções. "Estava tudo indo bem", queixou-se o presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-SP), quando a primeira confusão aconteceu.

As discussões voltaram a se repetir entre diferentes parlamentares lulistas e bolsonaristas.

O deputado Abilio Brunini (PL) é acusado por parlamentares de transfobia contra Erika Hilton (Psol) durante sessão da CPI Mista dos Atos Golpistas nesta terça-feira (11). Na ocasião, Hilton falava que Brunini precisava "tratar sua carência em outro espaço", pois, o Congresso é um espaço "sério".

O tempo de fala da deputada foi interrompido pelo senador Rogério Carvalho (PT), que denunciou uma fala transfóbica de Abilio, que é aliado do ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro. "O seu Abílio foi homofóbico. Fez uma fala homofóbica, quando a companheira estava se manifestando, ele acusou e disse que ela estava oferecendo serviços. Isso é homofobia, é um desrespeito. Peço a vossa excelência que o senhor peça para o deputado se retirar do plenário", afirmou.

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Logo após a manifestação do petistas, outros parlamentares confirmaram o ato. No entanto, aliados de Abilio Brunini negaram a fala. Em meio ao tumúlto, o presidente da comissão, Arthur Maia (União), anunciou uma investigação do caso. 

"Eu não ouvi, mas outros deputados disseram que ouviram. O deputado Abílio disse que não falou. A nossa decisão é a seguinte: nós vamos fazer uma investigação, vendo as filmagens. Se vossa excelência falou, vai ter a leitura labial e vai ser fácil que isso seja identificado. Se vossa excelência de fato agir dessa forma, vai ter uma penalidade contra o senhor”, disse Maia.

Ao retomar a palavra, Erika Hilton questionou Mauro Cid, que estava depondo na CPI, e finalizou se manifestando sobre o episódio. "Todas as sessões o deputado parece querer chamar a nossa atenção. Isso me parece um comportamento baseado na psicanálise".

Em uma rede social, a deputada alegou que seguirá "forte e cumprindo com duas pautas que foram acordadas com meus eleitores: que Bolsonaro seja preso, e nossa comunidade protegida".

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O ex-taxista Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado à bomba nas imediações do Aeroporto de Brasília no fim do ano passado, afirmou que esteve no acampamento golpista na capital federal por duvidar do código-fonte das urnas eletrônicas. No entanto, não soube dizer o que é código-fonte em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta quinta-feira (29).

"O senhor falou mais de uma vez aqui que os protestos eram para terem informações sobre o código-fonte. O que é o código-fonte?", perguntou o deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da CPI. "É isso que eu queria saber", respondeu Alan. Questionado novamente, disse: "Não cabe a mim dizer o que que é, porque eu não sou entendido e não sei responder a essa pergunta".

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Alan dos Santos disse que os bolsonaristas acampados no Quartel-General do Exército em Brasília criaram expectativas sobre supostas fraudes nas urnas eletrônicas que indicariam a vitória do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais. "Na época, eu vi as pessoas criticando. (...) Nós achávamos que o Supremo Tribunal Federal não poderia ter o medo de revelar se tinha fraude ou não", disse.

No depoimento, ele culpou os parlamentares federais por terem deixado as redes sociais repercutirem informações falsas sobre o código-fonte das urnas eletrônicas. "Se fosse para não ter estimulado a população, porque deixaram as redes sociais informar sobre esse código que dava a certeza se o Bolsonaro havia ganhado ou não ou se o Bolsonaro havia ganhado ou não?", questionou o ex-taxista.

Ele também admitiu que levou uma dinamite para um caminhão carregado de querosene que estava próximo ao Aeroporto de Brasília. Segundo Alan, a confecção dos explosivos foi feita por George Washington, gerente de postos de combustível também condenado pela tentativa de atentado. Ele que também foi ouvido pela CPI do DF nesta quinta.

George Washington foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego foi sentenciado a cinco anos e quatro meses, ambos em regime inicial fechado. Os dois estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Código-fonte

O código-fonte de um software é um conjunto de arquivos de texto contendo todas as instruções que devem ser executadas, expressas de forma ordenada numa linguagem de programação. Essas instruções determinam o que um programa de computador deve fazer - o que ele deve apresentar e como ele deve se comportar.

De acordo com o TSE, a urna eletrônica e todos os demais programas do sistema eletrônico de votação contêm seus próprios códigos-fonte, que podem ser acessados por partidos políticos e diversas outras entidades e autoridades previstas em resolução da Corte eleitoral, além dos investigadores do Teste Público de Segurança (TPS).

A CPI das ONGs aprovou nesta terça-feira (27) requerimentos para obrigar todos governadores e prefeitos de capitais da Região Norte a prestarem informações sobre contratos e parcerias feitas com organizações da sociedade civil entre 2002 e 2023. 

Os requerimentos foram feitos pelo senador Marcio Bittar (União-AC), que é o relator da comissão. Bittar explicou que as solicitações são semelhantes aos requerimentos aprovados na terça-feira passada (20) para prestação de informações por órgãos como Tribunal de Contas da União (TCU), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Controladoria-Geral da União (CGU). 

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Meio ambiente

O colegiado analisará os documentos contratuais, sigilosos ou não, sobre temas relacionados à preservação do meio ambiente, mudanças do clima ou populações indígenas que foram firmados com organizações não governamentais (ONGs) ou organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips). As mesmas informações deverão ainda ser fornecidas pelos governos dos estados do Maranhão e Mato Grosso, que se somarão a informações do Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Tocantins. 

Bittar também foi o responsável por requerimentos que convidam o ex-ministro do Meio Ambiente durante o governo Bolsonaro, Joaquim Leite, e o diretor da Associação dos Moradores do Alto Tapajós (Amot), José Altino Machado. 

Audiências públicas A CPI aprovou debate a ser realizado nas cidades de Altamira e Santarém, no estado do Pará, requerido pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Para o senador, é importante ouvir a opinião dos locais sobre a atuação dessas entidades. 

— São duas cidades emblemáticas pela força das ONGs, são as que mais esse setor se movimenta. Seria necessário a gente ouvir as pessoas e outras organizações que tenham sido prejudicadas frontalmente pelas ações de ONGs — disse Zequinha. 

Indígenas

Também foi aprovado o requerimento (REQ 58/2023) do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) para realização de audiência pública com a presença do líder ianomâmi Davi Kopenawa. O objetivo será informar sobre a atuação de ONGs especialmente no estado de Roraima.

O líder indígena Aurélio Tenharim também foi convidado para comparecer à CPI, a pedido do senador Plínio Valério (PSDB-AM).  Plínio também foi autor de requerimento aprovado para que o ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) informem sobre estudos técnicos empregados na expansão de terras indígenas e criação de unidades de conservação, respectivamente. 

Objetivos

A CPI das ONGs, instalada em 14 de junho, terá 130 dias para investigar a liberação de recursos públicos para ONGs e OSCIPs.

Os senadores investigarão se houve concentração de recursos em atividades-meio, desvirtuamento dos objetivos da ação dessas entidades, casos de abuso de poder e possível intromissão dessas entidades em funções institucionais do poder público.

Plínio Valério, que presidiu a reunião, reforçou que "o objetivo da comissão não é demonizar as ONGs, mas separar o joio do trigo”. A afirmação foi dada em resposta à senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que defendeu os trabalhos do terceiro setor em geral e cobrou responsabilidade da CPI em sua investigação.

*Da Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aprovou, nesta terça-feira, 20, requerimentos de convocação para o presidente do MST, João Pedro Stédile, e o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha Junior.

A decisão foi inicialmente negociada mediante um longo acordo com o governo para não chamar o ministro da Casa Civil, Rui Costa e para derrubar uma auditoria do plano nacional de reforma agrária pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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Anteriormente, mediante acordo entre membros do governo, o colegiado transformou todos os outros chamamentos em convite. No caso de convocação, os depoentes são obrigados a comparecer sob a pena de poderem estar cometendo um crime.

Durante a sessão, porém houve desacordo. Deputados da base governista alegam que itens de solicitação de informação deveriam ser votados individualmente e não em bloco. A ação provocou obstrução do PSOL.

O presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), entendeu que houve quebra de acordo e votará, extrapauta, as matérias derrubadas anteriormente - entre elas a convocação de Rui Costa - nesta quarta-feira. Internamente, a base governista espera não haver quórum suficiente para haver sessão na CPI.

As negociações pelo acordo já começaram desde a manhã desta terça-feira. Por volta das 11h, o deputado Alencar Santana (PT-SP) visitou o gabinete do relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP).

Uma reunião entre petistas, Salles, Zucco e o vice-presidente da CPI, Kim Kataguiri (União-SP), atrasou o início da sessão desta terça-feira, em mais de 45 minutos. Fizeram coro na reunião que derrubou a convocação de Rui Costa, parlamentares baianos, como Valmir Assunção (PT-BA) e Lídice da Mata (PSB-BA).

A CPI ainda guarda como próximo movimento um requerimento para participação do ex-ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Edson Gonçalves Dias. O texto é de autoria do relator da comissão, Ricardo Salles (PL-SP).

Ele disse que o chamamento não tem ligação com as derrotas da direita na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, que foi derrotado e não conseguiu aprovar a convocação de G. Dias por lá. Para ele, tanto no caso do general como no de Rui - derrubado mediante acordo - a decisão passa por onde está subordinada a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

"A Abin historicamente faz o monitoramento das ações das invasões de propriedade no Brasil. A Abin esteve subordinada ao GSI de janeiro até março, e, daí em diante à Casa Civil", diz Salles. "O que queremos com Gonçalves Dias? Que ele nos explique que informações ele coletou, que medidas adotou no GSI no 1º de janeiro até a data que foi transferido e depois essas mesmas informações, dali por diante, quem vai prestar é Rui Costa."

Como mostrou o Estadão, a CPI do MST inicia um movimento para associar o governo Lula ao MST. Na quarta-feira, a comissão aprovou requerimento de informação que solicita saber quem estava na tripulação que acompanhou o presidente na viagem à China. Stédile apareceu em imagens ao lado de integrantes do governo brasileiro com o presidente do país asiático, Xi Jinping.

Rainha, líder do FNL, estava detido desde março, acusado de extorquir produtores do Pontal. Ele teve a prisão revogada por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo na semana passada.

Um grupo de deputados participou de uma diligência na região em 29 de maio; visitaram fazendas e se reuniram com delegados do 8º Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), que acompanharam a prisão de Rainha e a série de invasões promovidas pela FNL durante o carnaval.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Sem Terra debate nesta terça-feira, 13, o balanço da visita à região do Pontal do Paranapanema, área de conflitos rurais em São Paulo, e ouve o depoimento do ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Francisco Graziano. A ideia dos parlamentares é que o também ex-deputado federal e ex-secretário do Meio Ambiente e Agricultura do governo paulista possa dar detalhes dos principais problemas no Estado e avaliar o andamento da reforma agrária na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva.

Xico Graziano, como é mais conhecido, atuou nos governos do PSDB e acompanha de perto a atuação tanto do MST quanto da Frente Nacional de Luta, Campo e Cidade, que realizou as últimas invasões registradas no Pontal. A FNL é liderada por José Rainha Júnior, que teve a prisão revogada por ordem do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta segunda-feira, 12. Rainha estava detido desde março, acusado de extorquir produtores do Pontal.

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Um grupo de deputados participou de uma diligência na região em 29 de maio; visitaram fazendas e se reuniram com delegados do 8º Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-8), que acompanharam a prisão de Rainha e a série de invasões promovidas pela FNL durante o carnaval.

Será instalada na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (13), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar pirâmides financeiras que utilizam criptomoedas. A reunião está marcada para as 14 horas, no plenário 10.

Proposta pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), com o apoio de 171 deputados, a CPI vai investigar 11 empresas identificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que teriam realizado operações fraudulentas com uso de criptomoedas.

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Essas empresas são acusadas de se utilizar de divulgação de informações falsas sobre projetos e promessa de rentabilidade alta ou garantida para atrair as vítimas e sustentar um esquema de pirâmide financeira.

A CPI terá prazo de 120 dias, prorrogável por até 60 dias. Criado em maio, o colegiado será formado por 32 titulares e 32 suplentes.

As comissões parlamentares de inquérito têm poderes de investigação semelhantes às autoridades judiciais. Podem convocar autoridades, requisitar documentos e quebrar sigilos pelo voto da maioria dos integrantes.

Da Agência Câmara

A Câmara dos Deputados cancelou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar pirâmides financeiras que utilizam criptomoedas. A instalação estava marcada para esta terça-feira (7) e ainda não foi reagendada.

Proposta pelo deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), com o apoio de 171 deputados, a CPI vai investigar 11 empresas identificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que teriam realizado operações fraudulentas com uso de criptomoedas.

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A CPI terá prazo de 120 dias, prorrogável por até 60 dias. Criado em maio, o colegiado será formado por 32 titulares e 32 suplentes. 

CPIs As comissões parlamentares de inquérito têm poderes de investigação semelhantes às autoridades judiciais. Podem convocar autoridades, requisitar documentos e quebrar sigilos pelo voto da maioria dos integrantes.

*Da Agência Câmara de Notícias

A Comissão Parlamentar de Inquérito do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) da Câmara dos Deputados está longe de ter dias de calmaria. As diferentes defesas em relação ao assunto têm acirrado os ânimos dos deputados da direita e da esquerda. Mas um deputado bolsonarista, em especial, tem tentado dificultar o andamento dos trabalhos da Comissão durante as sessões. Trata-se de Abilio Jacques Brunini Moumer (PL-MT).

O parlamentar na sessão desta quarta-feira (31) protagonizou novo embate com as parlamentares da esquerda, integrantes da CPI. Desta vez, Abílio fez provocações as deputadas Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Daiana Santos (PCdoB/RS). No meio da sessão, ele ficou na frente das deputadas agindo com deboche e em uma tentativa de intimidar as parlamentares. 

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No vídeo publicado por Sâmia, pode-se ouvir ela e Talíria pedindo insistentemente que ele saia da frente delas. No entanto, só após o presidente da CPI, deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) pedir para que voltasse para seu lugar é que o bolsonarista parou a provocação e foi sentar. Na publicação no Instagram, Sâmia se queixou de ter tido seu microfone cortado pelo relator, o deputado e ex-ministro, Ricardo Salles (PL-SP), quando ela denunciava que os barracos onde integrantes do MST moram foram invadidos e que houve abuso de autoridade por parte dos policiais que integraram a ação.

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"Não satisfeitos em cortar microfones e impedir questões de ordem, os bolsonaristas agora querem apelar para a intimidação física. A truculência, a misoginia e o autoritarismo não vão nos impedir de denunciar a farsa que é essa CPI, tampouco os crimes cometidos pelos ruralistas no nosso país!", escreveu a deputada do PSOL.

Abílio e sua atuação polêmica

Na sessão da Comissão do dia dia 24, o parlamentar bolsonarista também causou tumulto, numa tentativa de atrapalhar os trabalhos do colegiado. Em sua fala na mesma sessão da CPI, ele chegou a pediu para que os deputados que afirmaram integrar o MST sejam investigados como "financiadores" do Movimento.

Nesta quarta-feira (31), pela manhã, na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o bolsonarista fez um discurso com ataques às escolas do Rio de Janeiro e em ataque ao deputado do PSOL, Tarcísio Motta. “Vejo deputados de esquerda (Tarcísio) atacando escolas militares, mas no seu estado o crime organizado invade a sala de aula, ataca o professor. Usa as escolas para fazer cadastramento, selecionar alunos para participar do crime organizado”, disse sem apresentar qualquer elemento que confirmasse sua declaração.

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) estiveram na manhã desta segunda-feira (29), em Presidente Pudente, interior paulista, quando se reuniram com o Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter).

Os parlamentares realizam diligências na zona rural do Pontal do Paranapanema, local de assentamentos e acampamentos, segundo informações da secretaria executiva da CPI, que não especificou os locais a serem visitados.

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Segundo o integrante do MST, Zelitro Luz, que atua pelo movimento naquela região, a comitiva estava visitando hoje dois acampamentos - Olga Benário e Miriam Farias - no município de Sandovalina, e a Fazenda Santa Mônica, no município de Rosana. Todos acampamentos são da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL).

“A CPI não tem noção dessas várias organizações sociais do campo. Para eles [parlamentares], tudo é MST, é por isso. Embora o foco seja MST, eles queriam atingir todos os movimentos de luta pela terra independente do MST”, disse.

Acrescentou que teria chamado a atenção da CPI o fato de a FNL ter feito uma ação recente no Pontal do Paranapanema, em fevereiro, chamado de Carnaval Vermelho, quando houve a prisão de alguns líderes da frente.   

Nota do MST

Os parlamentares inicialmente confirmados na comitiva eram o presidente da CPI, Tenente Coronel Zucco, o relator Ricardo Salles, Capitão Alden, Caroline de Toni, Magda Mofatto, Messias Donato, Nilto Tatto e Rodolfo Nogueira.

Em nota, o MTS afirmou que a CPI é uma tentativa de perseguição e criminalização da luta popular e que o movimento realiza sua luta há quase 40 anos para que a Constituição Federal seja cumprida e a função social da terra seja respeitada.   

“Querer criminalizar nossa luta por meio de uma CPI é uma estratégia para omitir os reais problemas e contradições do modelo de produção do agronegócio no campo brasileiro, como o crescente desmatamento, grilagem de terra, queimadas, violência no campo, uso de mão de obra análoga à escravidão e destruição e contaminação dos bens naturais pelo uso de agrotóxicos”, diz o comunicado do MST.

No segundo dia de atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), deputados discutem se a palavra "porra" é um palavrão. Tudo começou com um protesto de um outro parlamentar após Delegado Éder Mauro (PL-PA) falar o xingamento.

"Querer pensar em colocar na cabeça do povo brasileiro que está nos assistindo que MST planta alguma coisa, que MST é produtor. Porra nenhuma. Não plantam nada", afirmou Éder Mauro. Então o deputado Paulão (PT-AL) pediu para que as palavras fossem tiradas dos anais. "Não é prudente para a imagem da Câmara", disse.

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A tréplica do delegado seguiu com um deboche. "Quero dizer ao colega que procure no dicionário a palavra porra e me diga se é alguma coisa depreciativa. Que eu saiba é uma interjeição que causa espanto e simplesmente isso" disse. "Se ele me provar o contrário, aí o senhor pode tirar dos anais de quem quiser, mas por enquanto não."

Segundo o dicionário Michaelis, a palavra "porra" tem, entre os possíveis significados, "pênis" e "esperma". Em outro contexto, diz o verbete no glossário, pode também exprimir espanto ou aborrecimento, como aconteceu no caso.

Nesta quarta-feira, 24, deputados apreciaram 15 requerimentos e aprovaram 11 - destes, sete são convites. Entre os chamados, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Raul Jungmann, o secretário de Segurança Pública de do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, dois ex-integrantes do MST e a ex-secretária especial do ministério da Agricultura Luana Ruiz.

Em outro episódio de embate, a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) propôs um minuto de silêncio a dez trabalhadores rurais mortos por policiais em Pau d’arco (PA), proposta rejeitada por Éder Mauro. A situação gerou mais uma confusão generalizada, com gritos de protestos do deputado paraense, que chamou os trabalhadores assassinados de "bandidos".

O pedido de minuto de silêncio foi negado.

Um relatório feito por uma comissão externa da Câmara dos Deputados para acompanhar a investigações classificou o incidente em Pau d’arco como uma "chacina". A equipe foi coordenada pela deputada federal Elcione Barbalho (MDB-PA). Éder Mauro participou da comissão.

No dia anterior, a sessão foi marcada por ataques, discussões e insultos trocados entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O relator da CPI, Ricardo Salles (PL-SP), chegou a beber um suco de uva tinto integral feito pelo MST, oferecido pela deputada Camila Jara (PT-MS). Marcon (PT-RS) usou o espaço para divulgar o arroz produzido pelo movimento para bolsonaristas.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal (PF) a dar continuidade às investigações contra o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da CPI do MST, por suspeita de ter incentivado atos golpistas em Brasília e no Rio Grande do Sul.

A notícia-crime contra Zucco foi enviada pelo Ministério Público Federal ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Como o deputado, eleito em 2023, passou a ter prerrogativa de foro, o caso foi enviado ao STF. A decisão de Moraes é da última quarta-feira, 17.

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Na tarde de nesta terça-feira, 23, no primeiro dia da CPI, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) começou a ler uma notícia sobre a investigação. Zucco cortou seu microfone e interrompeu sua fala.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (4) a Polícia Federal (PF) a ter acesso integral às provas produzidas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 do Senado. A comissão encerrou os trabalhos em outubro de 2021.

De acordo com o ministro, o acesso poderá auxiliar as investigações sobre eventuais responsabilidades em mortes ou prática de corrupção durante a pandemia. “O acesso integral trará elementos para contextualizar os fatos e conclusões da autoridade policial e irá possibilitar o efetivo exercício da ampla defesa por parte dos investigados”, decidiu o ministro.

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O relatório final da CPI foi encerrado com 1.299 páginas e sugeriu o indiciamento de 80 pessoas. Entre elas, do ex-presidente Jair Bolsonaro por nove crimes que vão desde delitos comuns, previstos no Código Penal; a crimes de responsabilidade, conforme a Lei de Impeachment. Há também citação de crimes contra a humanidade, de acordo com o Estatuto de Roma, do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia.

Foi adiada a sessão do Congresso Nacional que estava marcada para esta terça-feira (18). O requerimento de adiamento foi apresentado pelos líderes da Maioria no Senado e na Câmara dos Deputados ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O adiamento se deu em meio a protestos de parlamentares da oposição, que defendem a leitura do requerimento que pede a instalação da CPI mista para investigar as invasões ocorridas em 8 de janeiro, quando os prédios dos três Poderes foram depredados. A nova data para a sessão é o dia 26 de abril.

De acordo com o presidente do Senado, o pedido dos governistas para o adiamento se deu porque na tarde desta terça-feira será apresentado o projeto de lei do Congresso Nacional que garantirá a margem orçamentária para o pagamento do piso da enfermagem (Lei 14.434, de 2022). A decisão foi esperar para que o projeto possa ser apreciado junto com os que já estão na pauta.

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— Houve o arbitramento, por parte da Presidência do Congresso Nacional, de que haverá sessão na quarta-feira da próxima semana, dia 26, ao meio-dia, de modo que nós teremos a oportunidade de apreciar os vetos, todos os projetos de lei do Congresso, inclusive o da enfermagem, e fazer a leitura do requerimento da comissão parlamentar de inquérito — disse Rodrigo Pacheco após reunião com os líderes.

De acordo com o líder do governo, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), há um compromisso de acordo, da parte do governo, para que a próxima sessão seja feita na data marcada, com a leitura do requerimento.

— Seria totalmente impróprio realizar uma sessão do Congresso Nacional no dia de hoje [18] e, na semana que vem, a nova sessão para votar o PLN da enfermagem. É por essas notórias razões que, a pedido da Maioria, o presidente do Congresso adiou a sessão. De nossa parte, da parte do governo, há acordo para que a sessão seja inaugurada e aberta com a leitura de quaisquer requerimentos que estejam pendentes e, na sequência, com a deliberação sobre os vetos que foram acordados — garantiu o líder, após a reunião.

CPMI 

A mobilização para a coleta das assinaturas do requerimento foi do deputado federal André Fernandes (PL-CE), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro. A criação da CPI gera divergências entre os parlamentares porque integrantes da oposição querem investigar possíveis omissões do governo e até a suposta presença de infiltrados nos atos, enquanto senadores governistas argumentam que os crimes já estão sendo investigados pela Polícia Federal e que o país tem outras prioridades.

Deputados oposicionistas chegaram a se manifestar em frente à Presidência do Senado. Líderes de partidos de oposição na Câmara e no Senado emitiram nota afirmando que era imprescindível a leitura do requerimento de criação da CPI mista (CPMI). O líder da oposição no Senado, Rogerio Marinho (PL-RN), disse que o adiamento parece uma manobra do governo para tentar desmobilizar a comissão.

— O nosso sentimento, que acho que deve ser comum: esse adiamento claramente é uma manobra do governo, que pretende aproveitar esse período de tempo para tentar cooptar senadores e deputados para que retirem suas assinaturas, demonstrando um medo, um temor e um pavor que, pra nós, parece inexplicável. Essa CPMI interessa ao Brasil e em especial ao Congresso Nacional — acusou.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), líder da Minoria no Congresso, afirmou que a realização da sessão desta terça seria a manutenção de um compromisso que já havia sido feito pela Presidência do Senado.

— Hoje se completam 100 dias desde o dia 8 de janeiro e nós queríamos reforçar com a aprovação desse requerimento de CPMI para que fosse investigado a fundo e saber quem de fato foram aqueles que diretamente promoveram o quebra-quebra ou que de alguma forma se omitiram ou estimularam que esses atos acontecessem.

Vice-líder da oposição no Senado, Eduardo Gomes (PL-TO) afirmou que a sessão do Congresso obedece à preferência da indicação dos líderes sobre os temas que que serão tratados. A prioridade apontada pela oposição, explicou o senador, era a leitura do pedido da CPMI. Para ele, a divergência é uma questão de agenda legislativa, com debate acirrado, algo comum na política.

Acusações 

Em entrevista coletiva após a reunião, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse acreditar que o governo se omitiu com relação às manifestações e afirmou que a CPI mista será o caminho para revelar a verdade.  — Não há explicação de um movimento do governo de tentar impedir essa CPMI, a não ser porque ele sabe que vai ser mostrada a verdade, e assim encerra-se o governo do Lula, porque vai ser automático o passo seguinte: o pedido de impeachment do presidente. Não tem outro caminho — afirmou o senador.

Para o senador Eduardo Girão (Novo-CE), esse adiamento da leitura “afunda” ainda mais a imagem do governo, que, na sua visão, já está ruim perante a sociedade. Ele afirmou que o medo do governo pode ter influenciado o adiamento e classificou esse fato como preocupante.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, rebateu a acusação. Ele afirmou que o governo não tem motivo para ter medo e que essa crítica busca mudar a narrativa sobre os ataques, cujos financiadores estão “em outro lugar”. 

— Evidentemente deve haver algum plano de tentar mudar a narrativa sobre a responsabilidade de quem quer que seja. Eu não vejo, sinceramente, nenhum motivo para o governo temer uma CPI que vai investigar, repito, uma agressão, e todo mundo sabe quem foi o grupo que estimulou a agressão; não fomos nós, não foram os partidos da nossa base. Quem estimulou agressão foram outros. Então se a gente for investigar os financiadores, eu acho que o medo deve estar em outro lugar — argumentou.

Na visão do líder, o presidente do Congresso, em vez de simplesmente cancelar a sessão, como poderia ter feito, fez uma reunião para ouvir as lideranças. Na opinião de Wagner, o país espera muito mais por questões como a do piso da enfermagem do que por uma CPI — que, para ele, não tem utilidade, porque os fatos já estão sendo investigados.

Para o líder o PSD, senador Omar Aziz (AM), a CPMI pouco ou nada vai acrescentar às investigações já existentes. Por esse motivo, ele disse acreditar que não há nenhum motivo para preocupação por parte do governo.  Fonte: Agência Senado

O coronel da Polícia Militar Jorge da Silva Pinto afirmou nesta quinta-feira, 30, que o ex-secretário do governo do Distrito Federal Anderson Torres foi avisado sobre um grupo de atiradores que planejava "tomar o poder" em Brasília, nas vésperas do dia 8 de janeiro. O oficial depôs nesta manhã à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), e confirmou que Torres foi alertado pela equipe de inteligência sobre os atos. O coronel disse também ter feito ao menos sete avisos aos seus superiores sobre os extremistas.

Jorge Pinto foi coordenador de Assuntos Institucionais da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. "No dia 5 de janeiro recebemos um único documento de inteligência do Ministério da Justiça. Esse documento tratava sobre essa possibilidade [de tomada do poder]", afirmou. "Alguém que integrava o grupo verificou que algumas pessoas tratavam dessa tomada de poder, mas não havia a possibilidade de indicar que era uma quantidade grande, quem eram as principais pessoas envolvidas e se já estavam em Brasília", prosseguiu o coronel, ao detalhar, em seguida, que se tratava de um grupo de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs).

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Em depoimento à Polícia Federal, Torres afirmou que as informações que recebeu da inteligência não indicavam 'ações radicais' na Praça dos Três Poderes. O ex-secretário disse também 'estranhar a facilidade' com que os extremistas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto. Na ocasião, Torres estava nos Estados Unidos. Ele viajou ao País norte-americano quatro dias depois de assumir a pasta e não teria avisado o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Em seu depoimento, o coronel disse também que os informes se intensificaram a partir do dia 5 de janeiro, e apontavam confronto entre golpistas e policiais. O oficial afirmou ter apontado a chegada de 126 ônibus e 2,5 mil extremistas na capital.

"Eu não sei de que forma os decisores entenderam os meus alertas. Mais uma vez, a inteligência produz conhecimento para o auxílio ao processo decisório, mas quem decide não é a intelingência", afirmou.

O ex-ministro Anderson Torres foi convidado pelo menos três vezes para prestar depoimento à CPI dos atos antidemocráticos, mas recusou todos os pedidos. O Estadão apurou que o ex-secretário ficou empolgado com os convites, mas foi convencido pelo seu ex-advogado, Rodrigo Roca - que já atuou a favor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) - a recusar os pedidos.

Nessa quinta-feira, contudo, Roca informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não faz mais parte da defesa de Anderson Torres. Agora, ele será representado pelo advogado Eumar Roberto Novacki, ex-chefe da Casa Civil de Ibaneis.

O procurador-geral da República Augusto Aras saiu em defesa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e defendeu, nessa terça-feira (28), que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeite o pedido para obrigá-lo a criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Em manifestação enviada ao gabinete do ministro Gilmar Mendes, decano do STF e relator do caso, Aras afirmou que não vê omissão do presidente do Senado e que Pacheco "adotou as medidas que entendeu serem necessárias" em relação ao pedido de CPI.

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"O que, todavia, só não deu ensejo à abertura do procedimento investigatório por desistência dos próprios parlamentares que subscreveram o pedido original", diz um trecho da manifestação do PGR.

Pacheco vem resistindo em instalar a comissão. O argumento apresentado ao STF é que o pedido foi feito em janeiro, mas o regimento interno do Senado proíbe que as investigações parlamentares se estendam por mais de uma legislatura.

A Constituição prevê que as CPIs são um direito de fiscalização das minorias e, por isso, não precisam do apoio da maioria absoluta dos parlamentares e nem se sujeitam ao crivo dos presidentes da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

Os ministros do STF vêm reafirmando o posicionamento de que, uma vez cumpridos os requisitos constitucionais, como a assinatura de um terço dos parlamentares e a indicação de um fato concreto a ser investigado, não há margem para engavetar os pedidos.

Aras, no entanto, endossou o posicionamento de Pacheco. O procurador-geral afirma que, embora o presidente do Senado não possa "exercer juízo de valor sobre a conveniência da instauração" da comissão, há "requisitos formais imprescindíveis" que precisam ser observados pelos senadores. "Além dos requisitos constitucionais, os regimentos internos das Casas Legislativas também podem estabelecer outros limites", defendeu.

O PGR afirmou que o "princípio maior" da unidade de legislatura serve para evitar a criação de comissões parlamentares "a qualquer momento, sem um marco temporal preclusivo". Ele acrescentou que é "plenamente possível" a apresentação de um novo pedido pelos senadores.

"É nesse contexto, e para avaliar as consequências decorrentes da continuidade de produção de efeitos das proposituras apresentadas em legislaturas anteriores, que se confere ao Presidente da Casa a possibilidade de análise acerca da admissão de requerimentos apresentados em legislaturas passadas", defendeu.

Cabe agora a Gilmar Mendes decidir se determina ou não a instalação da CPI. O parecer da PGR era a última pendência para a decisão. O decano foi decidir monocraticamente ou enviar o caso para análise direito no plenário.

Quem acionou o STF foi a senadora Soraya Thronicke (União-MS). Ela afirma ter reunido 42 assinaturas, de parlamentares em exercício, para instalar a CPI.

Deputados se desentenderam, nesta sexta-feira (24), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), após Eduardo Suplicy (PT), de 81 anos, usar o Estatuto do Idoso e pedir preferência na ordem de abertura de proposituras na Casa por causa da sua idade. Tratava-se de uma estratégia da oposição para conseguir lugar no rito de protocolo das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que funcionarão nos próximos seis meses. A manobra, porém, não prosperou, e parlamentares da base de Tarcísio de Freitas (Republicanos) conseguiram preencher o registro de todos os colegiados do início desta legislatura (leia lista abaixo).

Assessores parlamentares estavam "acampados" em uma fila na porta do plenário desde a tarde de terça-feira (21). Pela norma da Casa, somente cinco comissões de inquérito podem funcionar simultaneamente, o que ocasionou a disputa por um lugar na mesa de protocolo dos pedidos.

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A formação da fila gerou um impasse entre os deputados, uma vez que deixou a dúvida se a Mesa Diretora consideraria a ordem de quem estava acampado nos corredores da Alesp ou se, em vez disso, valeria a ordem de registro de proposituras no sistema online "Alesp sem papel", que permite o envio dos requerimentos via internet. A Casa, porém, decidiu pela adoção da via presencial para os registros, alegando que um terço dos deputados está em sua primeira legislatura e não tem acesso ao sistema.

Na manhã desta sexta-feira, parlamentares do PT se apresentaram na fila e pediram que Suplicy fosse o primeiro a registrar uma CPI. A ação iniciou um tumulto na porta do plenário. Parlamentares da base do governo acusaram a oposição de tentar furar a fila com Suplicy e gritaram que "não vai ter golpe". Já a oposição alegava o Estatuto do Idoso para dar preferência ao petista e que atos normativos da Casa "não estão acima da lei federal".

"Uma lei federal (Estatuto do Idoso) se sobrepõe ao ato da Casa. Vamos questionar o presidente e fazer a ação jurídica necessária para garantir o funcionamento dessa CPI", afirmou o deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT).

Por volta das 9h45, a bancada do PT foi ao gabinete do presidente da Alesp, deputado André do Prado (PL), argumentar que Suplicy deveria ser o primeiro a registrar um pedido de CPI. Enquanto isso, as portas do plenário foram abertas e teve início o registro dos requerimentos, seguindo a ordem da fila. Dessa forma, deputados da situação conseguiram emplacar os cinco primeiros pedidos.

1. Thiago Auricchio (PL) - Apurar denúncias de problemas técnicos recorrentes na prestação de serviço de energia elétrica pela concessionária Enel na região metropolitana de São Paulo, em especial no ABC paulista.

2. Itamar Borges (MDB) - apurar práticas de golpes envolvendo fraudes tanto por meio de transferências via Pix quanto por clonagem de cartões de crédito e de débito.

3. Gil Diniz (PL) - apurar a conduta de um tratamento realizado no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) para fazer a transição de gênero em crianças e adolescentes. O protocolo foi feito pelo deputado Carlos Cezar, líder do PL

4. Fabiana Barroso (PL) - apurar quais políticas públicas estão sendo promovidas e quais deveriam ter sido realizadas em relação a deslizamentos de terra em encostas e morros no Estado.

5. Paulo Correia Júnior (PSD) - apurar a "epidemia de crack" na capital paulista, mas também em outras cidades do Estado.

Oposição

O principal objetivo da oposição era protocolar uma CPI para investigar tiroteio ocorrido na favela de Paraisópolis durante uma agenda de campanha de Tarcísio no ano passado, que resultou em uma morte. Quando Suplicy enfim conseguiu protocolar o requerimento, a mesa já havia registrado pelo menos outros 30 pedidos de CPI. Agora, a bancada promete acionar a Justiça para garantir a investigação.

Segundo o deputado Donato (PT), também será possível tentar a instauração pela via legislativa, buscando um acordo na Casa. "Se houver sensibilidade da Mesa, temos um caminho regimentar. Pode haver uma sexta CPI caso o requerimento seja votado em plenário, com aprovação de 48 deputados", afirmou. Para isso, porém, seria necessário um acordo amplo na Assembleia, uma vez que a oposição tem 26 dos 94 parlamentares da Casa.

Filas

Numa tentativa de acabar com a fila nesta semana, a Alesp distribuiu senhas na quarta-feira (22), para ordenar a apresentação de requerimentos nesta sexta. A oposição, porém, afirmou que não houve distribuição de senha preferencial para idoso e o impasse continuou. Na quinta-feira (23), a oposição decidiu retirar seus assessores da fila como forma de boicote. Parlamentares alegaram que os partidos que apoiam Tarcísio formaram a fila sem avisar e posicionaram mais de um servidor por gabinete, de forma a excluir a oposição.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) busca uma solução para a fila de assessores parlamentares que se formou na Casa na tarde desta terça-feira (21), se estendeu pela madrugada e permanece na manhã desta quarta-feira (22), em busca de vagas para protocolar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) e apresentar projetos.

A assessoria do presidente André do Prado (PL) informou que ele convocou colégio de líderes para reunião ainda na manhã desta quarta e que tentará um acordo para desfazer a aglomeração nos corredores. Os líderes de todos os partidos participarão da reunião, que ocorrerá a portas fechadas.

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Segundo a assessoria do presidente, a tentativa de acordo vai na direção de ordenar a apresentação de proposituras e, assim, anular a necessidade da fila. O Estadão revela que pelo menos 48 assessores parlamentares "acamparam" e passaram a noite na Alesp em busca de garantir um lugar para os deputados no rito de protocolo de requerimentos, que ocorrerá na sexta-feira (24).

A disputa se deve ao fato de a Casa permitir o funcionamento de no máximo cinco CPIs simultaneamente, o que leva parlamentares da oposição e da base a se apressarem para propor a instauração de investigações de interesse próprio ou de aliados. As CPIs têm início por ordem de protocolo.

Na noite de terça-feira (21), a Alesp afirmou em nota que não cabe à Mesa Diretora cercear a liberdade dos deputados de formar uma fila na Casa, mas o que presidente está pessoalmente incomodado com a situação e quer resolvê-la, segundo a sua assessoria. A primeira tentativa de solucionar o caso foi distribuindo senhas para os assessores parlamentares, mas a fila continuou, já que representantes de outros deputados poderiam tomar os primeiros lugares à porta do plenário e pedir anulação das senhas.

A Assembleia tem um sistema online para receber protocolos que, em tese, tornaria desnecessária a fila. Contudo, um terço dos deputados da nova legislatura são novos na Casa e nem todos ainda têm acesso ao sistema.

Oito senadores da base governista e um da oposição retiraram a assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretende investigar os protestos vândalos e golpistas do 8 de janeiro, que é rejeitada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dois parlamentares do PSD, PDT e do PSB fizeram coro à retirada de assinatura protocolada do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e dos petistas Humberto Costa (PT-PE) e Fabiano Contarato (PT-ES), que impede que a autora do requerimento, Soraya Thronicke (União-MS) alcance o número mínimo de 27 adesões para a abertura da apuração. Apenas 15 senadores ratificaram o posicionamento.

Ainda que a possibilidade da CPI no Senado esteja agora esvaziada, o governo ainda precisará lidar com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, mobilizada por congressistas da linha mais dura de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa frente, aliás, levou a retirada de assinatura de Zequinha Marinho (PL-PA) do requerimento de Soraya, por instrução do líder na Casa, Zequinha Marinho (PL-PA). A CPMI tem a adesão de 193 deputados e 37 senadores e satisfaz as exigências de um terço da Câmara (181) e do Senado (27).

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"Essa comissão, além se contar com o trabalho de senadores e deputados, vai investigar a omissão do governo federal e a verdade dos fatos envolvendo a invasão na sede dos 3 poderes", escreveu no Twitter. Ele também lembrou que foi o primeiro senador a assinar o requerimento de autoria do deputado André Fernandes (PL-CE). O outro senador do PL que aderiu à abertura da CPI do Senado, Luiz Carlos Heinze (RS), nem ratificou nem fez a retirada de assinatura até o momento.

Soraya e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) travavam uma disputa levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a abertura da CPI. A sul-mato-grossense entrou com um mandado de segurança acatado pelo ministro decano, Gilmar Mendes, pedindo que o mineiro justificasse porque o processo estava parado. Pacheco alegou que as assinaturas foram colhidas no dia 9 de janeiro - quando a legislatura anterior ainda estava em curso - e que, para ter validade, precisariam ser recolhidas após o início do mandato dos novos senadores, a partir de fevereiro, definindo pra a última sexta-feira, 17, como o dia limite para que a senadora fizesse a recontagem.

Ângelo Coronel (PSD-BA) chegou a fazer a ratificação de assinatura na quinta-feira, 16, mas fez a retirada no dia seguinte. Além de ter três ministérios no governo Lula, o PSD faz parte da base de apoio ao governador petista na Bahia, Jerônimo Rodrigues. Além dele, de Costa e de Contarato, Flávio Arns (PSB-PR), Leila Barros (PDT-DF), Zenaide Maia (PSD-RN), Weverton (PDT-MA) e Zequinha Marinho (PL-PA) também se afastaram do requerimento.

Em uma lista enviada nesta segunda-feira, 20, a partir de pedido à secretaria geral da mesa, a assessoria de Soraya dividiu os senadores entre aqueles que assinaram e ratificaram a assinatura, aqueles que protocolaram o pedido de retirada de assinatura e aqueles nem ratificaram e nem retiraram assinatura. Na interpretação da senadora, aqueles que assinaram a assinatura anteriormente e não protocolaram a retirada e nem ratificaram manteriam o posicionamento de assinatura: 20 nomes fazem parte da lista e, unidos aos que ratificaram, somariam no número exigido para poder abrir a CPI.

No começo, Soraya tanto contava com o número necessário de assinaturas como também tinha o apoio de petistas, mas Lula logo manifestou rejeição ao tema. À GloboNews, ele disse que a instalação de uma CPI pode "criar uma confusão tremenda".

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