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Um militar ucraniano foi morto em uma troca de tiros com forças de segurança da Crimeia na capital da região, Simferopol, afirmou o ministério de Defesa da Ucrânia, de acordo com a agência de notícias Interfax.

No início desta terça-feira, o presidente russo Vladimir Putin anunciou que a Rússia está anexando a Crimeia, sob críticas do governo ucraniano e de países ocidentais. O Ministério da Defesa ucraniano disse que o soldado foi morto quando as forças de auto defesa locais, possivelmente apoiadas por tropas russas, invadiram um complexo de navegação. No entanto, não houve comentário imediato de autoridades locais. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu há pouco que o referendo da Crimeia foi legítimo e defendeu a anexação do atual território ucraniano ao país. Segundo Putin, a etnia russa foi abusada ao longo dos últimos anos pelo governo da Ucrânia.

Em um discurso no Parlamento russo, Putin afirmou que o referendo respeitou as leis internacionais. O presidente negou as acusações de invasão ao território crimeniano e reafirmou que respeita a integridade territorial da Ucrânia. "Nós não queremos dividir a Ucrânia, mas a Crimeia pertence à Rússia".

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Vladimir Putin citou como exemplo o processo de independência de Kosovo, que foi apoiada pelos países do Ocidente. Ele ressaltou que a cessão da Crimeia na Ucrânia repete o mesmo processo de divisão da União Soviética em 1991.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira (17) um decreto no qual reconhece a Crimeia como "um país independente e soberano". A notícia da assinatura foi divulgada pela assessoria de imprensa do Kremlin.

O reconhecimento de Moscou vem à tona apenas um dia depois de os eleitores da Crimeia terem aprovado em referendo a proposta para que a república autônoma torne-se independente da Ucrânia e busque sua reintegração à Rússia. Fonte: Associated Press.

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Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) concordaram em proibir viagens para o bloco e congelar ativos como sanções a 21 pessoas ligadas à pressão pela secessão da Crimeia da Ucrânia e possível anexação da região à Rússia.

As sanções ocorrem horas depois de o Parlamento da Crimeia declarar a região um Estado independente. No domingo, 96,77% dos eleitores que participaram do referendo decidiram que a península deve se separar da Ucrânia e passar a fazer parte do território russo.

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Os ministros, que estão reunidos em Bruxelas, não divulgaram imediatamente os nomes e nacionalidades das pessoas que serão alvo de sanções.

No entanto, segundo fontes ouvidas pela Dow Jones, das 21 pessoas que sofrerão sanções, 13 são militares e políticos russos e 8 são crimenianos. Fonte: Associated Press.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta segunda-feira, 17, mas continuam sujeitos a fatores tão diversos que ainda não existe um quadro claro nos mercados da commodity após o referendo da Crimeia.

Segundo David Hufton, analista da corretora PVM, os preços do petróleo "estão emaranhados numa complexa teia de riscos".

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"Crescentes tensões geopolíticas, possíveis interrupções da oferta de energia da Rússia, ameaças ao crescimento global e a possibilidade de uma violenta mudança no sentimento de risco", enumerou Hufton. "Esses (fatores) pairam sobre a dose diária de incertezas em relação à oferta da Líbia, Nigéria e Irã."

Na Líbia, o campo de petróleo de El Sharara voltou a ser fechado, depois de ter sido reativado na semana passado. Andrey Kryuchenkov, da VTB Capital, afirma que as notícias da situação líbia aumentaram o nervosismo na sexta-feira e devem continuar tendo o mesmo efeito nesta semana.

Kryuchenkov acrescentou, no entanto, que o mercado está em "equilíbrio hesitante", com risco de baixa para o brent.

"Nós ainda apostaríamos numa recuperação do brent a partir de agora, mas as tensões com a Ucrânia vão manter os negócios incertos, com o mercado ainda se movimentando de acordo com as notícias e o sentimento, e não com os fundamentos," disse o especialista da VTB Capital.

Em referendo realizado no domingo, 16, mais de 96% da população da Crimeia decidiu votar a favor de separar a região da Ucrânia e voltar a integrá-la à Rússia. O resultado da votação já era esperado.

Às 8h04 (de Brasília), o brent para maio recuava 0,55%, a US$ 107,62 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres, enquanto na Nymex, o petróleo para abril caía 0,23%, a US$ 98,66 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

Dezenas de milhares de manifestantes contrários à intervenção do governo russo na Crimeia protestaram no centro de Moscou neste sábado (15), apenas um dia antes da realização do referendo que vai decidir sobre a incorporação ou não da república autônoma pela Rússia. O protesto é a maior demonstração contra a administração do presidente Vladimir Putin desde 2012.

Perto dali, outras milhares de pessoas para apoiar a atuação russa na península. Os manifestantes agitavam bandeiras da Ucrânia e da Rússia, enquanto os ativistas opositores, incluindo duas integrantes da banda punk Pussy Riot, gritavam "Diga não à guerra!" e "Putin, vá embora!". Faixas diziam "Para sua e para nossa liberdade!".

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O referendo na Crimeia previsto para este domingo (16) foi altamente condenado e considerado ilegítimo por grande parte da comunidade internacional. Enquanto tropas militares fortemente armadas (aparentemente sob comando russo) têm efetivamente tomado o controle da península, um referendo sobre a sua incorporação é criticado como sendo mera formalidade.

Apesar de dados oficiais afirmarem que a avaliação de Putin só aumentou desde o anúncio do uso das forças russas na Ucrânia, o protesto deste sábado demonstra a insatisfação de boa parte da população. Nenhum dos canais de televisão estatais da Rússia mostrou as imagens dos manifestantes contrários ao governo. Fonte: Associated Press.

Países apoiadores da integralidade territorial da Ucrânia esperam demonstrar a força da oposição a possível anexação da Crimeia pela Rússia em votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) neste sábado. A resolução em voto pode culminar na declaração de que não tem validade o referendo de domingo sobre se a Crimeia deve se tornar parte da Rússia.

O Conselho de Segurança pode reafirmar seu compromisso com a integralidade territorial da Ucrânia e considerar que o referendo "não tem validade e não pode formar a base para qualquer alteração de status da Crimeia". A resolução, patrocinada pelos Estados Unidos, deve receber a rejeição da Rússia, membro permanente do Conselho.

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A embaixadora dos Estados Unidos Samantha Power afirmou que a resolução é destinada a "mostrar a extensão do isolamento da Rússia enquanto ela persegue um caminho não-pacífico". Os países que defendem a unidade da Ucrânia estão certos de que 13 dos 15 membros do Conselho de Segurança devem votar "sim" e esperam que a China, um forte aliado da Rússia, se abstenha. A China é sensível a temas de unidade territorial por conta do Tibete e o embaixador da China na ONU, Liu Jieyi, reiterou apoio à soberania ucraniana e à não interferência em assuntos internos de outros países.

O Conselho de Segurança teve seis reuniões sobre a Ucrânia em menos de duas semanas, mas não conseguiu tomar nenhuma ação por conta do poder de veto da Rússia. Um encontro de mais de seis horas em Londres nesta sexta-feira entre o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, falhou em adiar o referendo. Fonte: Associated Press.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta sexta-feira que a crise na Crimeia não é culpa da Rússia e que o país irá respeitar o resultado do referendo marcado para domingo, que decidirá se a região autônoma passa a fazer parte da Rússia ou se permanece no território ucraniano. O ministro apontou ainda que a Rússia tem o direito legal de anexar a Crimeia.

Lavrov falou à imprensa após se encontrar com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para discutir a situação na Ucrânia, em Londres. Lavrov argumentou que uma intervenção internacional não é necessária para resolver as relações entre Rússia e Ucrânia.

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Segundo ele, as sanções em discussão no Ocidente contra a Rússia são contraprodutivas e afetarão negativamente as empresas ocidentais. O ministro disse ainda que a Ucrânia se recusa a formar relações por meio de negociações com ex-Estados soviéticos e expressou preocupações com a segurança dos russos étnicos que vivem na Crimeia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Os líderes do G7, grupo formado pelos sete países mais ricos e desenvolvidos do mundo, não estão de acordo com as supostas tentativas do governo russo em anexar a península ucraniana da crimeia ao território do país liderado por Vladimir Putin. Eles pediram nesta quarta-feira (12) para que a Rússia cesse todas as ações nesse sentido.

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O presidente da Comissão Européia, José Barroso, escreveu no Twitter uma mensagem onde diz que, junto com outros integrantes do G7, condena as intervenções russas. Em outra postagem no microblog, Barroso define a situação da península como "inaceitável". "O que aconteceu na Crimeia foi uma injustificável e inaceitável violação da soberania e integridade territorial ucraniana", disse.

O referendo para definir se a península será ou não anexada à Rússia está programado para o próximo domingo (16). Mesmo assim, na última terça-feira (11), o parlamento da crimeia aprovou uma declaração de independência. Confira outros detalhes no vídeo.

 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, presidiu nesta quinta-feira uma reunião de seu conselho de segurança com foco na crise na Ucrânia. Putin disse no início da reunião de hoje que quer discutir laços com os "amigos e parceiros na Ucrânia" da Rússia, assim como as relações da Rússia com os Estados Unidos e a União Europeia com os recentes acontecimentos na Ucrânia.

Forças russas avançaram sobre a península ucraniana da Crimeia. O Parlamento russo deu a Putin permissão para usar as Forças Armadas do país para proteger russos étnicos na Ucrânia.

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A Crimeia deve promover neste domingo referendo perguntando à população se aceita a separação da Ucrânia e anexação da região à Rússia. Fonte: Associated Press.

Os líderes do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e EUA) publicaram há pouco uma declaração onde exigem que a Rússia deve paralisar os esforços para incorporar a península da Crimeia, localizada na Ucrânia, para seu território. Caso os russos não aceitem as reivindicações do grupo, os países afirmam que devem tomar medidas de bloqueio econômico e político contra o governo de Vladimir Putin.

O documento também rechaçou o referendo regional na Crimeia, marcado para o próximo domingo (16), que vai decidir sobre o futuro da península. "Nós não vamos reconhecer o resultado sobre o status político na Crimeia. Pedimos que a Rússia retire o seu apoio a esse movimento ilegal", afirmaram os países.

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O G7 disse que o anexo da Crimeia à Rússia seria uma "clara violação dos Direitos das Nações Unidas". "Nós pedimos ao governo russo para reduzir a atuação das suas tropas em território ucraniano e volte a abrir as negociações com o governo daquele país. Nós, do G&, pedimos que eles se juntem a nós neste desafio de resolver essa crise diplomática".

Por fim, o documento relembrou à Federação Russa sobre a decisão do grupo de suspender sua participação em qualquer atividade na preparação do G8 neste ano, marcado para a cidade de Sochi, até que o governo russo altere sua opinião.

O parlamento regional da Crimeia aprovou há pouco, durante sessão extraordinária, uma declaração de independência da Ucrânia para se juntar ao território russo. Segundo a agência Interfax, esse é mais um passo processual necessário para o território pedir a homologação da incorporação com a Rússia. A decisão emergencial ocorre antes do referendo marcado para o dia 16 de março, no próximo domingo, que vai consultar a população sobre a decisão. Na semana passada, o mesmo parlamento já havia votado a favor da separação.

Segundo a agência russa Ria Novotis, a declaração foi aprovada por 78 dos 100 membros do parlamento crimeniano. "Esse documento é muito importante para reforçar nosso referendo e ajudar a Crimeia a se incorporar a Rússia", disse o parlamento em comunicado.

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Hoje pela manhã, o presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, disse que ainda se considera o presidente legítimo do país e que as eleições marcadas para maio são ilegais. Em comunicado entregue na Rússia, onde está refugiado, Yanukovich não emitiu opinião sobre o referendo na CrimEia. Contudo, culpou o governo interino por alimentar as divisões que têm impulsionado a dissolução da península na Ucrânia.

"A Ucrânia está passando por um momento difícil", disse Yanukovich. "Suas divergências levaram à cisão da Crimeia. Acima de tudo, vamos sobreviver a este tumulto".

Yanukovich manteve o tom desafiador com os países do ocidente, acusando os líderes de legitimar um novo governo ucraniano que tomou o governo ilegalmente através da força. "Eu gostaria de lembrar a todos que não sou apenas o líder legítimo da Ucrânia, mas também o chefe do Exército. "Ainda estou vivo e não fui cassado de acordo com as normas da Constituição ucraniana", afirmou.

Guarda Nacional

Com a situação agravante na Crimeia, o presidente em exercício da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, pediu nesta terça-feira a formação de uma Guarda Nacional para combater os movimentos militares russos no país. O Parlamento Nacional vai avaliar a possibilidade de transformar as tropas do Ministério do Interior em uma guarda defensiva, incluindo todos os voluntários e membros do Exército.

O primeiro-ministro interino do país, Arseniy Yatsenyuk, viaja amanhã para Washington, nos Estados Unidos, para se encontrar com o presidente Barack Obama. Ele tem intensificando os pedidos às nações ocidentais para que defendam a Ucrânia contra um país (Rússia) "que está armado até os dentes e tem armas nucleares".

O ministro da Defesa ucraniano, Igor Teniuj, assegurou hoje (9) que não pretende enviar tropas para a república autônoma ucraniana da Crimeia, território que está, na prática, sob domínio de forças pró-russas. “Não estava, nem está previsto qualquer movimento ou destacamento das forças armadas [ucranianas] para a Crimeia”, disse, segundo a agência russa Interfax.

O ministro informou que o exército ucraniano realiza manobras de rotina para verificar a sua capacidade de combate, e podem ocorrer movimentações de algumas unidades em áreas destinadas ao exercício de tiro e manobras da artilharia.

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Cresceu o número de denúncias sobre a ocupação de instalações militares e de postos fronteiriços da Crimeia por indivíduos armados, mas sem identificação, supostamente membros do exército russo.

Um grupo de autodefesa da Crimeia colocou minas em uma barragem localizada na zona norte da república autônoma, informou o chefe do centro de investigações políticas e militares da Ucrânia, Dmitri Timchuk.

O ministro denunciou também que as patrulhas de autodefesa pró-russas, que ocuparam a estação ferroviária da capital da Crimeia (Simferopol), estão registrando todos os passageiros procedentes de outras regiões ucranianas.

Mais de 30 caminhões militares sem matrícula de identificação e um carro de transporte blindado entraram em território ucraniano, a partir da vizinha Rússia, pela fronteira marítima do estreito de Kerch, indicaram os serviços fronteiriços ucranianos.

As autoridades da Crimeia não reconhecem o novo governo de Kiev e defendem o regresso de Viktor Ianukóvitch ao poder. Ele foi destituído em fevereiro e está refugiado na Rússia. Na quinta-feira passada o parlamento autônomo da Crimeia anunciou um referendo sobre uma união da península à Rússia.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse neste domingo (09) em um telefonema ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, que desejar encontrar uma "solução diplomática" para a crise na Ucrânia.

A declaração de Putin ocorre depois que a Rússia expandiu neste fim de semana sua presença militar na península da Crimeia. Em Simferopol, na capital da Crimeia, uma multidão de mais de 4 mil pessoas tomaram a praça Lenin neste domingo para defender uma unificação com a Rússia. A região fará um referendo em 16 de março para decidir se deixa a Ucrânia para se juntar aos russos.

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Moscou está disposta a providenciar US$ 1,1 bilhão em ajuda à península da Crimeia, disse Pavel Dorokhin, vice-presidente do comitê de indústria do Estado de Duma. "O governo russo já reservou muito dinheiro, cerca de 40 bilhões de rublos, para apoiar o desenvolvimento da infraestrutura industrial e econômica da Crimeia", relatou a repórteres na capital regional de Simferopol, de acordo com a agência de notícias Interfax.

"Principalmente esse é um apoio a empresas ligadas à indústria de defesa, construção de máquinas, manutenção de navios, incluindo embarcações da frota do Mar Negro. Aqui nós prevemos medidas muito claras", disse Dorokhin. A Rússia tem profundos interesses econômicos na Crimeia. Como parte de um acordo que expira em 2035, Moscou arrenda o porto de Sevastopol em troca de 30% de redução no preço do gás russo. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

A Câmara Alta do Parlamento da Rússia disse que vai apoiar o governo local da Crimeia se a população decidir se juntar ao território russo. A afirmação foi da presidente da casa, Valentina Matvienko, que se reuniu nesta sexta-feira (7) com o representante do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov.

"Se o povo da Crimeia decidir se juntar à Rússia no referendo, nós, da Câmara Alta, certamente vamos apoiar essa decisão", afirmou Valentina. Uma delegação da península, que atualmente pertence à Ucrânia, foi até Moscou para encontrar os parlamentares russos, que demonstraram apoio à decisão do governo crimeniano.

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Na quinta-feira, as autoridades de Moscou também apoiaram a Crimeia, que ontem votou a favor da incorporação do território à Rússia e convocou um referendo popular para o dia 16 de março. A etnia russa é maioria nesta região da Ucrânia, que faz divisa com o território russo.

Em uma conversa por telefone, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que a discórdia entre os dois países sobre a crise na Ucrânia não deve afetar as relações das nações. "Essa relação não deve ser sacrificada devido à discórdia sobre pensamentos individuais nesses conflitos internacionais", disse o Kremlin em comunicado. Fonte: Dow Jones Newswires.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatseniuk, exortou a Rússia nesta quinta-feira a iniciar um diálogo com seu governo e rejeitar um pedido formal por parte do Parlamento da Crimeia de separação da Ucrânia e integração ao território da Rússia.

"Essa é uma decisão ilegítima", disse Yatseniuk, poucas horas depois do movimento do Parlamento da Crimeia, que inclui um referendo sobre o assunto marcado para o dia 16 de março. "Esse suposto referendo não tem nenhum fundamento legal... Crimeia foi, é e será parte integrante da Ucrânia."

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Os comentários de Yatseniuk foram feitos em uma viagem a Bruxelas para se reunir com líderes da União Europeia, que parecem estar se afastando de qualquer ação firme contra a Rússia, na expectativa de que ainda possa ocorrer diálogo diplomático entre Moscou e Kiev.

Yatseniuk também enfatizou sua intenção de avançar rapidamente com um "acordo de associação" político e comercial com a UE. Os líderes da UE, embora tenham dito que desejam assinar o acordo, temem que fazê-lo muito rapidamente possa inflamar Moscou em um momento delicado.

O premiê evitou pressionar publicamente o bloco, recusando-se a dizer se o governo quer selar o acordo antes das eleições da Ucrânia em maio. "Acreditamos firmemente que tanto Ucrânia como União Europeia estão prontas para assinar o acordo de associação e para tomar medidas reais para estabilizar a situação", disse Yatseniuk. Ele se recusou a comentar a decisão dos líderes da UE de não adotar fortes sanções contra a Rússia por enquanto.

Líderes franceses e alemães disseram que sanções só seriam implantadas se os esforços para intermediar o contato direto entre a Rússia e a Ucrânia falharem. Até agora, o Kremlin tem mostrado poucos sinais que vai reconhecer a legitimidade do novo governo da Ucrânia. "Haverá a mais forte pressão possível sobre a Rússia para iniciar um processo de redução das tensões, e há uma possibilidade de utilização de sanções", salientou o presidente francês, François Hollande, a repórteres. "Mas as sanções não estão aí para aumentar tensões. Pelo contrário, elas devem abrir o caminho para o diálogo." Fonte: Dow Jones Newswires.

Um grupo de militares e civis da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) foi impedido de entrar na península da Crimeia nesta quinta-feira, após tentativas em dois postos de fronteira, afirmou a porta-voz da organização Tatyanna Baeva em Viena. "Eles estão indo para Kherson, a noroeste da península da Crimeia", apontou a porta-voz, acrescentando que o grupo está avaliando seus próximos passos.

O grupo, composto por 41 pessoas das 21 nações integrantes da OSCE, viajou para a Crimeia para avaliar a situação na península por uma perspectiva militar, disse Tatyanna.

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Uma outra delegação, liderada por Tim Guldimann, enviado especial do escritório suíço da OSCE, deixou a Crimeia esta manhã depois de passar a quarta-feira lá, informou a porta-voz. Astrid Thors, alta comissária da OSCE em minorias nacionais, que também integrava a delegação, irá sair da região ainda nesta quinta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

Duas militantes do movimento feminista Femen foram detidas nesta quinta-feira em Simferopol, a capital da península ucraniana da Crimeia, depois de aparecerem com os seios nus ante uma concentração pró-russa organizada junto ao parlamento local.

Uma delas foi rapidamente detida. A outra conseguiu correr aos gritos de "Parem com a guerra de Putin". Depois ela foi detida por cossacos e levada por membros das forças de ordem.

No momento, seu paradeiro é ignorado.

Quase 100 manifestantes presentes começaram a insultar as militantes aos gritos de "prostituta".

Uma mulher, usando o microfone, também gritou: "Vejam como o Ocidente nos provoca!".

O parlamento da Crimeia aprovou há pouco, por unanimidade, a incorporação da região ao território da Rússia. Em comunicado, a instituição disse que o movimento é uma resposta "ao resultado de um golpe inconstitucional" na Ucrânia, que instaurou um novo governo em Kiev e "violou às leis do país". O governo local também convocou um referendo no dia 16 de março para ouvir a população sobre a decisão.

"Esta é a nossa resposta à desordem e anarquia em Kiev", disse Sergei Shuvainikov, deputado do parlamento local. "Nós vamos decidir o nosso próprio futuro", complementou.

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A decisão teve 78 votos a favor, nenhum voto contra e oito abstenções. Em entrevista à agencia russa RIA, o vice-premier da Crimeia, Rustam Temirgaliev, explicou que o referendo terá duas perguntas. A primeira questionará se a população é a favor da integração do território com a Rússia e a segunda perguntará se a região deve retomar a Constituição de 1992, onde afirma que a Crimeia é parte da Ucrânia.

O governo central da Ucrânia ainda não se manifestou sobre a decisão. Ontem, o atual primeiro-ministro do país, Arseny Yatseniuk, afirmou que o território da Crimeia ainda faz parte da Ucrânia.

O recém-nomeado ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Andreï Dechtchitsa, pediu para a Rússia encerrar pacificamente a sua ocupação na região da Crimeia. O pedido foi feito durante uma reunião de emergência na França, em Paris, com o ministro francês Laurent Fabius.

Os diplomatas estavam participando de um encontro para discutir uma ajuda econômica para o Líbano, mas os dois países aproveitaram o evento para estimular o diálogo entre Moscou e o governo interino da Ucrânia.

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"Queremos resolver essa situação da forma mais pacífica possível. Nós não queremos lutar contra o povo russo", disse Dechtchitsa. O ministro ucraniano também se disse orgulhoso pela presença da Marinha do país na Crimeia, mesmo com a chegada das tropas russas. "Eles estão de pé e lutando contra a ocupação militar", acrescentou. Fonte: Dow Jones Newswires.

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