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A Barragem de Serro Azul, em Palmares, na Mata Sul de Pernambuco, inicialmente concebida para conter enchentes provocadas pelo Rio Una e seus afluentes, poderá servir para o abastecimento humano, é o que prevê a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A companhia está elaborando o projeto da Adutora do Serro Azul, que ofertaria no mínimo 560 litros de água por segundo para o Agreste, reduzindo a crise hídrica na região. 

A conclusão do projeto executivo para a construção da nova adutora está prevista para novembro deste ano, com obras iniciando em fevereiro de 2017 e a primeira fase entrando em operação no segundo semestre de 2018. O projeto prevê que a Adutora de Serro Azul se integre à Adutora do Agreste, complementando a água captada no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco. 

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Na primeira fase, a água de Serro Azul chegaria a Caruaru, São Caetano, Toritama, Pão de Açúcar, Santa Cruz do Capibaribe, Belo Jardim, Sanharó, São Bento do Una e Tacaimbó -  os quatro últimos através do Sistema Integrado Bitury, além de outras localidades. A segunda etapa alcançaria Bezerros e Gravatá.

A Barragem de Serro Azul está com 90% das obras concluídas. Dos 303 milhões de metros cúbicos que Serro Azul pode acumular, um terço deve ser utilizado para o abastecimento humano.  De acordo com a Compesa, se os estudos preliminares se confirmarem, será possível reduzir as retiradas do Sistema Jucazinho, que está em pré-colapso, para as cidades de Caruaru, Gravatá e Bezerros. “A alimentação dessas cidades pela nova adutora permitiria uma redução da vazão de exploração de Jucazinho, proporcionando mais segurança operacional a esse sistema”, explicou o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio Souza.

Guarulhos sofre com o rodízio no fornecimento de água desde antes da crise hídrica. A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) fornece 87% da água distribuída na cidade pelo SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Guarulhos. A demanda da cidade é de 4,6 mil litros por segundo, porém, mesmo com o fim do período crítico do nível de água nos reservatórios, o fornecimento está em 4 mil litros por segundo, o que gera o rodízio e a insatisfação da população. Parte da explicação vem da dívida de cerca de R$ 2,5 bilhões que o SAAE tem com a Sabesp, débito que existe desde 1996 e já foi discutido até na justiça. O município e a Sabesp não entram em acordo sobre o valor da tarifa a ser paga pela água fornecida.

O SAAE de Guarulhos solicitou permissão do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) para captar e distribuir água do Rio Jaguari, no Vale do Paraíba. Em 2012 já havia sido solicitada a outorga, porém foi negada pelo DAEE. Um dos empecilhos é que a Sabesp também manifestou interesse em captar água do mesmo rio para reforçar suas reservas e ter uma solução de contorno em caso de nova crise. Além do Jaguari, o SAAE possui autorização para explorar águas de outros dois mananciais: Barrocada e Engordador, ambos na região da Serra da Cantareira, porém ainda não fez as obras de infraestrutura necessárias para solicitar a autorização de uso, fornecida pelo DAEE depois de avaliar se os requisitos para a distribuição são atendidos.

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Contas mais caras

O SAEE começa a cobrar mais caro este mês pelo fornecimento. A Sabesp reajustou em 8,43% a tarifa sobre o consumo e a operadora do município aguardava decreto para poder repassar o índice para o consumidor. Com a medida publicada no Diário Oficial no mês passado, o aumento passa a valer para as contas de junho em todas as categorias: residencial, industrial, comercial e órgãos públicos.

Projeções da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em seu novo plano diretor de abastecimento apontam que a demanda por água na região metropolitana deve crescer 20% até 2045. A estimativa é de em 30 anos será necessário produzir 84 mil litros por segundo para atender 22,5 milhões de pessoas, ante os 70 mil l/s produzidos até o início da crise hídrica. Agora, a produção está em torno de 60 mil l/s.

Pelas cálculos da Sabesp, só a capacidade do Cantareira, o principal manancial que abastece a região, precisaria ser ampliada em 12%, dos atuais 33 para 37 mil l/s. Hoje, produz 22 mil l/s. Ou seja, serão necessárias mais obras além da conclusão do Sistema São Lourenço, que poderá produzir até 6,4 mil l/s e está previsto para outubro de 2017, para suprir a demanda por água.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após dois anos correndo atrás de obras emergenciais para evitar o colapso do abastecimento de água na região metropolitana durante a crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) se debruça agora sobre a elaboração de um novo plano de ações para garantir o fornecimento até 2045, quando terá de atender 2,5 milhões de pessoas a mais e 35% novos domicílios ligados à rede.

Dados registrados na última década e projeções de crescimento econômico e populacional futuros mostram que a região oeste da Grande São Paulo é o novo gargalo do abastecimento de água, a exemplo do que foi a região sul nas décadas de 1950 e 1960, a norte (1970) e a leste (1980 e 1990). Nos anos 2000, a porção oeste, que inclui a parte da zona oeste da capital e mais dez cidades, como Barueri e Itapevi, foi a que registrou o maior aumento da demanda por água (22,5%).

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A região se tornou um grande centro industrial e empresarial de São Paulo, atraindo novos moradores e empreendimentos imobiliários, como os bairros Alphaville, Tamboré e Granja Viana. Só nos últimos cinco anos, por exemplo, a taxa de crescimento anual da população em cidades como Cotia (2,3%) e Santana de Parnaíba (2,7%) foi três vezes maior que a média da região metropolitana (0,8%), segundo a Fundação Seade.

Hoje, vivem nessa região mais de 4,2 milhões de pessoas, que dependem dos sistemas Alto e Baixo Cotia, que são antigos e pequenos, Cantareira e Guarapiranga, que abastecem diversas outras áreas e estão com suas estruturas próximas do limite. E a tendência é de que a região cresça ainda mais nos próximos anos, com a previsão de novos megaempreendimentos, tornando o principal desafio da Sabesp.

"A região oeste é a que mais cresce hoje e demanda uma atenção especial", afirma Regina Ferraz, gerente de planejamento técnico da companhia, destacando a importância da conclusão do Sistema São Lourenço, novo manancial que está em obra e deve abastecer cerca de 1,5 milhão de pessoas na região a partir de outubro de 2017, aumentando a oferta de água para uma demanda crescente e desafogando os outros sistemas.

Segundo ela, a maior parte dos novos moradores da região é fruto de uma migração interna da população dentro da Grande São Paulo, o que "torna ainda mais importante ter um sistema de abastecimento integrado e flexível".

Às margens da Rodovia Raposo Tavares, por exemplo, no limite da capital com Osasco e Cotia, está prevista a construção de um megacondomínio com 19 mil apartamentos distribuídos em 124 prédios e que deve ter shopping e supermercado. Técnicos da estatal já estudam no plano diretor a melhor forma de providenciar toda a infraestrutura de abastecimento de água e coleta de esgoto.

"É um empreendimento enorme que vai nos obrigar a construir um novo setor de abastecimento para atender cerca de 100 mil pessoas", diz Viviana Borges, gerente de planejamento operacional da região metropolitana. "Causa um baita impacto na nossa estrutura e precisamos estar preparados quando o empreendedor iniciar a construção."

Simulação

A Sabesp também já simulou a situação do abastecimento com a construção de outros dois empreendimentos gigantes, um no Jaraguá, parte noroeste da capital, onde hoje há vegetação, e outro na cidade de Cajamar, que deve quase duplicar a população do município, de 71 mil habitantes.

Nos dois casos, os técnicos já dimensionaram as obras necessárias para atender aos novos bairros e não prejudicar o abastecimento do entorno com a ajuda de um software capaz de simular quantos litros por segundo serão necessários para atender cada setor no futuro e se as tubulações instaladas na região hoje vão suportar esse volume. A Sabesp calcula agora o que precisará ser feito para evitar um novo racionamento, caso uma seca tão severa como a de 2014 ocorra novamente até 2045.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A receita da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) com a sobretaxa de até 50% na conta de quem aumentou o consumo de água durante a crise chegou a R$ 64,1 milhões em abril, último mês de vigência da medida. O valor é recorde e corresponde a quase o dobro (90,8%) dos R$ 33,6 milhões que a estatal deixou de arrecadar com a concessão dos descontos de até 30% para quem economizou.

Entre janeiro e abril deste ano, a arrecadação com a multa somou R$ 224,7 milhões e foi 20% maior do que toda a perda de receita registrada pela Sabesp com o bônus (R$ 187,4 milhões). Desde o início da aplicação da multa, em janeiro de 2015, a companhia arrecadou R$ 724,4 milhões, o suficiente para financiar toda a obra de transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, considerada essencial para a recuperação do manancial e prevista para 2017.

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O recorde mensal anterior, de R$ 60,2 milhões, havia sido registrado em março, quando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou o fim da crise hídrica no Estado após dois anos, e a Sabesp anunciou a suspensão da multa e do programa de bônus a partir de maio. Em abril de 2015, a receita com a sobretaxa foi de R$ 44,6 milhões.

Lançado em fevereiro de 2014, logo após a Sabesp tornar pública a crise de estiagem no Cantareira, o plano de descontos para quem economizasse água resultou em uma perda de receita da companhia de R$ 1,48 bilhão, valor que corresponde a 11 obras de transposição de água da Represa Billings para o Sistema Alto Tietê, concluída no fim do ano passado.

Economia

Ao mesmo tempo, em pouco mais de dois anos de vigência da medida, segundo a Sabesp, o programa de bônus resultou em uma economia de 332 bilhões de litros, volume equivalente a quase duas represas do Guarapiranga cheias (171 bilhões de litros) e suficiente para abastecer os cerca de 20 milhões de clientes da Grande São Paulo por mais de cem dias, de acordo com a companhia.

No início deste ano, a Sabesp dificultou a concessão do benefício, exigindo que o cliente economizasse 22% a mais para obter a mesma vantagem financeira. Após a mudança e um reajuste nas contas de 15,2% em junho de 2015, a estatal dobrou seu lucro líquido no primeiro trimestre deste ano (R$ 628,8 milhões), na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 318,2 milhões).

Na terça-feira, 31, os órgãos reguladores do Cantareira acolheram pedido da Sabesp e mantiveram em 23 mil litros por segundo o limite de retirada de água do manancial para junho, o que não deve afetar a população.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Simulações feitas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mostram que, mesmo se a seca registrada em 2014 se repetir nos próximos meses, o Sistema Cantareira não voltará a operar no volume morto neste ano. No pior cenário hidrológico projetado pela estatal, com as vazões mais baixas da história, o manancial chegaria em dezembro com 3% da capacidade normal, um pouco melhor do que no fim de 2015, quando o nível era zero, mas abaixo do índice de segurança (20%).

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, considera improvável que ocorra neste ano a repetição da pior estiagem da história do Cantareira em 85 anos de registros, mas diz que, se o fenômeno voltar a acontecer, a companhia está mais preparada para manter o abastecimento de cerca de 20 milhões de pessoas na Grande São Paulo por causa das obras executadas durante a crise hídrica e da menor retirada de água do sistema, 25% abaixo do praticado antes do início da crise, em 2014.

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Naquele ano, a entrada média de água nos reservatórios do principal manancial ficou 74% abaixo da média histórica, o que ajudou a empurrar o sistema para o volume morto, a reserva profunda das represas, a partir de maio, e levou a Sabesp a intensificar o racionamento com a redução da pressão na rede a partir de outubro. A situação hidrológica só melhorou a partir de fevereiro de 2015, fazendo com que o Cantareira recebesse no segundo ano da crise o dobro do volume de água de 2014, mas, ainda assim, 48% abaixo do esperado.

Segundo a Sabesp, se este cenário de 2015 se repetir, o manancial chega ao fim deste ano com 7,8% da capacidade normal, acima de zero. Nas duas simulações o nível ficaria abaixo dos 20% definidos como meta mínima de armazenamento para dezembro pela Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), do governo paulista, ambos reguladores do sistema.

Entre janeiro e abril deste ano, a vazão afluente às represas do manancial ficou apenas 12% abaixo da média. As projeções mostram que se o cenário se mantiver nos próximos meses, o Cantareira chegaria no final do ano com 37,6% da capacidade, um pouco acima do nível atual. Ontem, o nível de água armazenada no sistema subiu de 65,2% para 65,4% - sem considerar o volume morto, passou de 35,9% para 36,1%. Todas as simulações foram feitas pela Sabesp com a manutenção da retirada atual de água em 23 mil litros por segundo até dezembro.

Os números são usados pela Sabesp para reiterar a afirmação de que a crise hídrica acabou, conforme o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou em março após uma sequência de cinco meses chuvosos, mesmo após o recorde histórico de falta de chuva registrado em abril. Para técnicos da companhia, o manancial voltou à normalidade. "Abril não choveu nada e a vazão ficou muito acima da vazão de 2014 e 2015 porque o lençol (freático) está carregado. O nível está se mantendo, diferentemente de 2015, quando chovia e o nível continuava caindo", disse o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato.

Racionamento

Ele afirma que é possível manter a atual retirada de água do Cantareira em 23 mil l/s - antes da crise eram 31 mil l/s - e "não há neste momento um risco iminente" de voltar ao racionamento praticado entre 2014 e 2015, quando a produção do manancial caiu para 13 mil l/s.

"Claro que, se o cenário daqui para a frente for de total ausência de chuvas, como foi abril, lá pelo mês de agosto ou setembro teremos de tomar alguma providência. Não agora, porque as vazões afluentes estão boas se comparadas com os últimos dois anos", disse o diretor.

Segundo ele, mesmo que ANA e DAEE determinem uma pequena redução da exploração do Cantareira para atingir a meta de 20% ao fim do ano, há margem para remanejar água de outros sistemas dentro da rede, como Guarapiranga e Alto Tietê, sem precisar retomar o racionamento durante o dia - hoje a redução da pressão está concentrada à noite e de madrugada. "O consumo de água da população hoje é menor do que em 2014. Está equilibrado. Se precisar retirar mais dos outros sistemas a gente tira", disse Massato.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após declarar o fim da crise hídrica, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começa agora a negociar com grandes consumidores para que eles abandonem os poços perfurados durante o período crítico de abastecimento na região metropolitana, entre 2014 e 2015, e voltem a consumir água produzida pela estatal.

No auge da crise, em janeiro de 2015, cerca de 70% dos chamados clientes fidelizados, como supermercados, montadoras e condomínios comerciais, haviam migrado para uma fonte alternativa, provocando perda de receita para a empresa. "Estamos em negociação com quem furou poço, como redes de supermercado e algumas indústrias. Em um primeiro momento, há interesse de indústrias e comércios em abandonar o poço pois, apesar do investimento feito, o custo operacional é maior do que a tarifa praticada pela Sabesp", disse na terça-feira, 17, o diretor metropolitano da estatal, Paulo Massato, durante conferência.

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Dados do balanço financeiro da Sabesp mostram que o volume de água faturado pela companhia no primeiro trimestre, marcado por chuvas abundantes e pela declaração do fim da crise, só cresceu na categoria residencial (3,1%) na comparação com o mesmo período de 2015. Enquanto isso, nos setores industrial, comercial e público, onde se concentram os grandes consumidores, as quedas chegaram a 9,5%. "Na indústria, eu diria que a crise econômica é muito mais impactante do que a hídrica. Grandes consumidores, como a indústria automobilística, estão consumindo praticamente zero. No comercial é meio a meio", afirmou Massato.

Até o ano passado, a Sabesp mantinha mais de 600 contratos com grandes consumidores, que gastam pelo menos 500 mil litros por mês. A vantagem para o cliente é que o custo do litro de água vai caindo na medida em que o consumo cresce, lógica inversa da tarifa convencional. Por exemplo: na faixa de consumo de 500 mil a 1 milhão de litros, cada mil litros (metro cúbico) custa R$ 14,59. Já acima de 40 milhões de litros, o preço cai para R$ 9,65. Para ter a tarifa reduzida, o cliente tinha de atingir uma meta mínima de consumo. Essa exigência foi suspensa em fevereiro de 2014, após o início da crise, e os clientes liberados a captar água de outras fontes.

"Durante a crise foi permitido que a tarifa (reduzida) fosse praticada mesmo (o cliente) não atingindo o mínimo contratual", disse Massato. "Agora estamos conversando com a indústria e o comércio para que voltem ao volume contratado."

Segundo a Sabesp, esses grandes consumidores respondem por 11,7% de todo volume faturado com água - 77,6%% são de residências e 10% de cidades permissionárias, como Guarulhos e Santo André -, mas oferecem receita maior, pois consomem mais e ajudam a subsidiar a tarifa dos clientes comuns.

Tarifa

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, disse que uma das prioridades é propor revisão da estrutura tarifária da companhia, prevista para 2017, para "corrigir uma série de problemas e distorções", aumentar a base de clientes que recebem tarifas subsidiadas e a capacidade de investimentos da companhia para melhorar os serviços prestados. A tendência é de que as tarifas subam gradativamente para a classe média. Embora tenha registrado lucro 97% maior no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2015, a Sabesp não recuperou o padrão de receita pré-crise.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O lucro líquido da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) dobrou no período em que a estatal dificultou a concessão de descontos para quem economiza água e arrecadou mais com a multa aos "gastões" na região metropolitana. Balanço divulgado pela estatal na quinta-feira, 12, ao mercado financeiro mostra um ganho no primeiro trimestre deste ano R$ 310,6 milhões maior do que o obtido entre janeiro e março de 2015, quando a crise hídrica atingiu seu auge.

Segundo os dados da companhia, o lucro líquido saltou de R$ 318,2 milhões para R$ 628,8 milhões, alta de 97,6%. O valor superou o lucro registrado no primeiro trimestre de 2014, de R$ 477,6 milhões em valores da época. Aquele período foi marcado pelo início declarado da estiagem no Sistema Cantareira, principal manancial que abastece a Grande São Paulo, e pelo início do programa de bônus para quem economiza água. Em março deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou o fim da crise.

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Agora, a receita operacional da Sabesp com prestação de serviços de água e esgoto subiu 28,2% em relação ao primeiro trimestre de 2015, passando de R$ 2 bilhões para R$ 2,57 bilhões. A companhia afirma que os principais fatores responsáveis pelo aumento foram o reajuste de 15,2% na tarifa (desde junho de 2015), o aumento de 1,9% no volume faturado com água e esgoto, a queda na concessão de bônus para quem economiza água e o aumento da arrecadação com a sobretaxa para quem não poupou água na crise.

Só com a multa de até 50% da conta para os chamados "gastões", a Sabesp arrecadou entre janeiro e março deste ano R$ 81,3 milhões a mais do que em igual período de 2015. Já a perda de receita com o programa de descontos de até 30% na fatura de quem economizou caiu R$ 57,4 milhões na comparação entre os dois períodos.

Isso porque em janeiro deste ano a companhia dificultou a concessão do bônus, exigindo consumo 22% menor dos clientes para obtenção do mesmo benefício. A medida fez o porcentual de consumidores beneficiados cair de 70% para 40%. Tanto a multa quanto o descontos foram extintos pela Sabesp neste mês, após o lucro da Sabesp ter caído 40,8% no ano passado.

Reajuste

Na quinta-feira, passou a vigorar o reajuste de 8,45% na tarifa das cidades atendidas pela Sabesp. Quem consome até 10 mil litros por mês pagará R$ 44,76. Anteriormente, o valor era de R$ 41,28.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em plena crise hídrica, entre os anos de 2013 e 2014, a gestão Geraldo Alckmin (PSDB) executou 41% das metas previstas no Plano Estadual de Recursos Hídricos. O desempenho consta de relatório publicado ontem (6) pela própria Secretaria de Recursos Hídricos no Diário Oficial do Estado. No mesmo período, o governo investiu 44% da verba planejada.

O documento mostra também que das 382 metas estabelecidas pelo plano, um terço - ou 118 - nem sequer tinha sido iniciado em 2014, quando a oferta de água atingiu seu menor índice, levando a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a recorrer ao volume morto do Sistema Cantareira para ofertar água à população da Região Metropolitana. No mesmo ano, cerca de 50 cidades paulistas enfrentaram dificuldades para manter o abastecimento.

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Do total de compromissos, somente 15%, ou 57, haviam sido concluídos há dois anos. A maioria com recursos da Sabesp, que, segundo o relatório, assumiu, até aquele momento, 53% de todos os investimentos definidos no plano. Os recursos da companhia foram empregados na ampliação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Os dados apresentados pelo relatório apontam para uma "sensível diminuição na quantidade de água por habitante, calculada por meio do parâmetro vazão média em relação à população total". Os números mostram que essa queda foi bastante acentuada de 2012 para 2014, quando a taxa estadual passou de 2.346,8 metros cúbicos de água por habitante por ano para 2.305,7.

Entre as bacias consideradas mais críticas, neste sentido, está a bacia hidrográfica do Alto Tietê, com nascentes nas divisas dos municípios de Salesópolis e Paraibuna. Segundo o relatório, a quantidade de água por habitante ofertada por seus sistemas era de 100 metros cúbicos de água por habitante por ano.

Perdas no sistema

A baixa oferta se acentua com os altos índices de perdas ao longo do sistema. Apesar de a taxa geral ter se mantido estável entre 2012 e 2013 - houve variação positiva no período, de 37,3% para 34,3% -, os municípios das regiões metropolitanas do Estado continuaram ultrapassando essas taxas. Mogi das Cruzes, por exemplo, desperdiçava 56,4% da água potável disponível para seus habitantes. Em Osasco, esse índice era de 51,5% e em Itaquaquecetuba, de 51,4%.

"A universalização do acesso dos serviços de água, além do combate às perdas no sistema de distribuição são objetivos centrais de qualquer política de recursos hídricos ou de saneamento. Para tanto, é importante que os municípios, comitês de bacias hidrográficas e Estado direcionem maior financiamento para a elaboração de bons planos de saneamento básico, abordando este tema de maneira integrada, considerando o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem de águas fluviais e os resíduos sólidos", afirma o documento.

Uma das soluções citadas no relatório para ampliar o financiamento está a cobrança pelo uso da água, mecanismo já previsto em lei, mas ainda pouco aplicado no Estado. De acordo com o documento, foram arrecadados, até 2014, R$ 222,4 milhões com esse tipo de outorga. "Com a ampliação do instrumento seria possível investimentos em recuperação, manutenção e gerenciamento dos recursos hídricos, contribuindo para a melhora da qualidade e da oferta da quantidade de água."

Na conclusão, o relatório atribui os problemas constatados à ocorrência da pior estiagem já vivenciada em São Paulo desde 1953, o que provocou, nos sistemas públicos de abastecimento de água, a adoção de medidas emergenciais, visando a aumentar a oferta hídrica. Boa parte delas não constava do planejamento inicial.

A Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos se posicionou em nota. Leia a íntegra abaixo:

São Paulo é Estado brasileiro mais próximo da universalização dos serviços de saneamento.

Elaborado em 2011, antes da crise hídrica, o Plano Estadual de Recursos Hídricos reúne compromissos de diversos órgãos estaduais e municipais, comitês de bacias e sociedade civil para o período de 2012 a 2015. Os dados a que a reportagem se refere são parciais, pois computam apenas até 2014.

A maior seca da história da região Sudeste obrigou o redirecionamento de investimentos de maneira emergencial em todos os setores. Foram executadas, portanto, diversas obras e intervenções que não estavam previstas no Plano.

No caso da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos e da Sabesp, são exemplos de investimentos realizados emergencialmente para assegurar o abastecimento público a interligação do Rio Grande com o Alto Tietê, a obra para captação do Rio Guaió, a estrutura para utilização da reserva técnica do Sistema Cantareira, a ampliação da capacidade de produção de água da ETA Alto da Boa Vista por meio de membranas ultrafiltrantes, campanhas de conscientização, entre tantos outras.

O nível do Sistema Cantareira está mantido em 36,3%, como ontem. O Alto Tietê ficou em 40,2%, um pouco abaixo dos 40,3% de sexta-feira. Por sua vez, o Guarapiranga caiu para 78,5%, de 78,8%. O nível do Alto Cotia também recuou para 97,5%, de 97,7% um dia antes. O sistema Rio Grande teve queda mais acentuada, a 84,8%, ante 85,2%, enquanto o Rio Claro ficou estável em 98,7%.

Assim, após uma sequência de cinco meses chuvosos, os seis mananciais que abastecem a Grande São Paulo encerraram o abril mais seco da história. A falta de chuvas superou a estiagem recorde de 2000, quando houve rodízio na capital paulista, e derrubou pela metade a entrada de água prevista no Sistema Cantareira. Projeções feitas pelos gestores dos reservatórios apontam que, se essa vazão repetir-se nos próximos meses, o principal manancial chegará em dezembro com apenas 12% da capacidade, sem incluir o volume morto, nível bem pior do que os 31% do início da crise hídrica, em dezembro de 2013.

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Em março, em meio a uma sequência de meses de altas no nível das represas, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou o fim da crise hídrica e a Sabesp decidiu encerrar, a partir de amanhã, o programa de descontos e multas para estimular a economia de água, que vigoravam desde 2014 e 2015, respectivamente. As medidas foram criticadas por entidades e especialistas em recursos hídricos, que as classificaram como prematuras.

Atravessando período seco, o Sistema Cantareira sofreu mais uma queda e completou nesta terça-feira, 26, duas semanas sem registrar aumento no volume armazenado de água, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Com exceção do Alto Cotia, todos os outros mananciais responsáveis por abastecer a capital e Grande São Paulo também tiveram perda.

Segundo a Sabesp, o Cantareira opera com 65,7% da capacidade - 0,1 ponto porcentual a menos comparado ao dia anterior, quando os reservatórios do sistema registravam 65,8%. O índice, tradicionalmente divulgado pela Sabesp, considera no cálculo duas cotas de volume morto, que já deixaram de ser captadas, como se fossem volume útil do sistema.

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Responsável por abastecer 7,4 milhões de paulistas, número ainda inferior ao do início da crise hídrica, o Cantareira registrou o último aumento no dia 12 de abril. Na ocasião, o nível do manancial avançou de 66,1% para 66,2%. Desde então, o volume de água represada caiu em cinco dias e se manteve estável nos demais.

Uma das razões para a sequência negativa é o período seco. Apesar de o mês estar perto do acabar, choveu apenas 0,9 milímetro em abril, enquanto a média histórica é de 88,7 mm para os 30 dias. Antes, o Cantareira chegou a ficar quase seis meses sem sofrer queda. Com a recuperação, o governador Geraldo Alckmin decretou o fim da crise hídrica em março e a Sabesp cancelou programas de economia de água de bônus para quem consumir menos e multa para os "gastões".

O Cantareira também recuou no índice que desconsidera o volume morto do sistema. De acordo com o cálculo, o manancial está com 36,4% da capacidade, ante 36,5% no dia anterior. A queda foi de 0,1 ponto porcentual. No terceiro índice, a variação negativa foi a mesma e o sistema caiu de 50,9% para 50,8%.

Outros mananciais

Usado para socorrer o Cantareira durante a crise, o Guarapiranga caiu pelo 28º dia seguido e está com 79,7% do volume de água represada. O recuo foi de 0,5 ponto porcentual em relação ao dia anterior, quando registrava 80,2%.

Já o Alto Tietê caiu pelo nono dia. A perda de 0,1 ponto porcentual fez o nível do sistema descer de 40,6% para 40,5% - índice que considera um volume morto acrescentado ao cálculo em 2014.

O Rio Grande sofreu perda de 0,5 ponto porcentual e opera com 86,6%, contra 87,1% no dia anterior. Por sua vez, o Rio Claro caiu 0,4 ponto e está com 98,7%. O Alto Cotia permanece com 98,2% da capacidade.

O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da capital paulista e da Grande São Paulo, permaneceu estável neste sábado (23) após perda identificada no dia anterior, conforme dados divulgados há pouco pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Além dele, o reservatório de Alto Cotia também manteve o mesmo volume de água enquanto Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Grande e Rio Claro registraram perda.

Sem considerar o volume morto, o sistema Cantareira apresentou índice de armazenamento de 36,6%, idêntico indicador de ontem. Também permaneceram com a mesma capacidade o índice que considera o volume armazenado pelo volume total, em 51,0%, e o outro cálculo, que trabalha com o volume armazenado sobre o volume útil, em 65,9%. Ainda o sistema Alto Cotia manteve o nível de água e opera com 98,6% da capacidade.

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O nível do Guarapiranga, utilizado para socorrer o Cantareira durante a crise hídrica, baixou de 81,1% para 80,8%. A maior queda, contudo, foi registrada pelo manancial Rio Claro, cujo índice de volume armazenado passou de 100,6% ontem para 100,1% hoje. No Rio Grande, a queda foi de 0,4 ponto porcentual, para 88,1%. O sistema Alto Tietê apresentou índice de capacidade de 40,9% ante 41,0% ontem.

O Rio Piracicaba, um dos principais do interior de São Paulo, registrou nesta segunda-feira (18), a vazão mais baixa do ano, com 66,5 metros cúbicos por segundo, no ponto de medição localizado na área urbana de Piracicaba. Há uma semana, o rio estava com 74,4 m3/s, ainda assim muito longe do nível atingido em janeiro deste ano, no pico do período chuvoso, quando registrou vazão de 779,4 m3/s e alagou as áreas ribeirinhas.

A trégua nas chuvas causou a baixa no volume de água. Turistas que foram à cachoeira, no domingo, 17, na região do Beira-Rio, ficaram decepcionados com a pouca água em meio às pedras.

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Com a entrada da estiagem este mês, a previsão é de que as chuvas se tornem ainda mais escassas. O período mais crítico para os rios se estende ao menos até o fim de agosto. No ano passado, nesse mês, o Piracicaba chegou à vazão de 11 metros cúbicos por segundo e praticamente secou.

Outros rios que abastecem cidades das regiões de Campinas, Jundiaí e Piracicaba também tiveram queda nos níveis. O Rio Atibaia estava com 13,1 m3/s - três metros cúbicos a menos que na semana passada. O Jaguari tinha 7,0 m3/s - quase a metade da vazão de uma semana atrás -, e o Camanducaia, 7,7 m3/s - 2,1 metros cúbicos a menos.

Com tempo seco e sem chuvas em abril, o Sistema Cantareira se manteve estável nesta segunda-feira (18)com 66,1% da sua capacidade. Após quase seis meses sem registrar perda de água, o manancial responsável por abastecer 5,2 milhões de habitantes da capital, da Grande São Paulo e de parte do interior, voltou a ter queda no nível de armazenamento neste domingo (17) segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Na região que abastece o Cantareira, a pluviometria acumulada deste mês registra 0,9 milímetros, ante 88,7 milímetros da média histórica para abril. Nesta segunda-feira, o Sistema Rio Claro também se manteve estável (101,6%), enquanto o nível de armazenamento de todos os outros reservatórios caiu.

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Outros mananciais

O Guarapiranga teve queda de 0,3 ponto porcentual, atingindo 82,4%. Já o Alto Tietê, que juntamente com o Guarapiranga ajudou a "salvar o Cantareira", caiu 0,1 ponto porcentual. O Sistema opera com 41,4%, ante 41,5% do dia anterior.

A maior queda ocorreu no Sistema Rio Grande, que teve perda de água armazenada em 0,5 ponto porcentual nas últimas 24 horas. O Rio Grande tem 90,4% da sua capacidade - neste domingo, era 90,9%. O nível de água no Alto Cotia também caiu, passando de 99,3% para 99,1%, uma queda de 0,2 ponto porcentual.

Após quatro dias de manutenção do nível de água armazenada, o Sistema Cantareira, considerado o principal do Estado de São Paulo, voltou a registrar alta do volume nesta terça-feira (12) segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O Cantareira foi o único sistema que aumentou o nível - três tiveram queda, enquanto dois se mantiveram estáveis.

De acordo com a Sabesp, o nível do Cantareira subiu de 66,1% para 66,2%. Esses dados, tradicionalmente divulgados pela companhia, incluem ao volume útil do sistema duas cotas de volume morte que já deixaram de ser captadas.

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A última queda no nível do Cantareira aconteceu há mais de cinco meses, no dia 22 de outubro. Na ocasião, o porcentual do sistema baixou de 15,7% para 15,6%.

Há oito dias não chove na região do manancial. Até o momento, a pluviometria acumulada é apenas 0,9 mm - bem abaixo do volume esperado para a época, mesmo sendo período seco. Se a média histórica de abril, que é de 88,7 mm para o mês inteiro, estivesse se repetindo, já deveria ter chovido 35,4 mm.

Segundo o índice que calcula a reserva profunda como volume negativo, o nível do manancial se manteve estável com 36,9% da capacidade. O Cantareira também manteve o nível de acordo com o terceiro porcentual, que está em 51,2%.

Outros mananciais

Usado para socorrer o Cantareira durante a crise, o Guarapiranga perdeu água novamente e recuou 0,2 ponto porcentual da sua capacidade. Com a queda, o nível do sistema desceu de 84,6% para 84,4%.

Já o Alto Tietê desceu 0,1 ponto porcentual e variou de 42,1% nesta segunda-feira, 11, para 42% nesta terça-feira. Esses índices já consideram um volume morto acrescentado ao cálculo em 2014.

Outro manancial que registrou queda do nível de água armazenada foi o Rio Grande. O sistema opera com 93,2% da capacidade, 0,3 ponto porcentual a menos do que no dia anterior.

Cheios, os Sistemas Alto Cotia e Rio Claro mantiveram o volume em 100% e 101,7%, respectivamente.

Após 52 dias, o Sistema Cantareira, considerado o manancial mais importante de São Paulo, interrompeu a sequência positiva de aumentos no volume de água represada e ficou estável, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta sexta-feira (8). Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande voltaram a sofrer queda.

De acordo com a Sabesp, o nível do Cantareira permanece em 66,1%, mesmo índice do dia anterior. Esse dado, tradicionalmente divulgado pela companhia, inclui ao volume útil do sistema duas cotas de volume morto que já deixaram de ser captadas.

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O Cantareira ficou estável após 52 dias seguidos de aumento de água armazenada nos reservatórios. O manancial havia deixado de registrar variação pela última vez no dia 15 de fevereiro, quando estava com 47,7% da capacidade. Já a última queda ocorreu há mais de cinco meses, no dia 22 de outubro. Na ocasião, o nível do sistema baixou de 15,7% para 15,6%.

Há quatro dias, não chove na região do manancial. Até o momento, a pluviometria acumulada é apenas 0,9 mm - bem abaixo do volume esperado a época, mesmo sendo período seco. Se a média histórica de abril, que é de 88,7 mm para o mês inteiro, estivesse se repetindo, já deveria ter chovido 23,65 mm.

O índice que desconsidera o volume morto do sistema aponta o Cantareira com 36,8% da capacidade, mesmo índice do dia anterior. Por sua vez, o terceiro cálculo permaneceu em 51,1% pelo terceiro dia seguido.

Outros mananciais

Usado para socorrer o Cantareira durante a crise, o Guarapiranga perdeu água represada pelo décimo dia e recuou 0,3 ponto porcentual da sua capacidade. Com a queda, o nível do sistema desceu de 85,6% para 85,3%.

O Alto Tietê caiu pelo sétimo dia, desta vez 0,2 ponto porcentual. A perda fez o nível do sistema descer de 42,6% para 42,4%. Esse índice já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo em 2014. Já o Rio Grande desceu 0,3 ponto, e o sistema opera com 94,5%.

Tanto o Rio Claro quanto o Alto Cotia ficaram estáveis pelo segundo dia. Enquanto o primeiro está com 101,7% da capacidade, o segundo se manteve em 100%.

Mesmo sem chuva há três dias, o Sistema Cantareira, considerado o mais importante de São Paulo, foi o único dos mananciais a registrar aumento no volume armazenado de água, de acordo com relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado nesta quinta-feira (7). Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande tiveram queda, enquanto Alto Cotia e Rio Claro ficavam estáveis.

Segundo a Sabesp, o nível do Cantareira subiu 0,1 ponto porcentual e os reservatórios que compõe o subiram operam com 66,1% da capacidade nesta quinta. No dia anterior, o índice estava em 66%. Esse dado, tradicionalmente divulgado pela companhia, calcula o volume morto como se fosse volume útil do sistema.

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Esta é a 52ª alta consecutiva do manancial, que há mais de cinco meses não registra perda no volume de água represada. O Cantareira caiu pela última vez no dia 22 de outubro. Na ocasião, o nível do sistema baixou de 15,7% para 15,6%.

Há três dias, não chove na região do manancial. Até o momento, a pluviometria acumulada é apenas 0,9 mm - bem abaixo do volume esperado, mesmo abril sendo considerado período seco. Se a média histórica, que é de 88,7 mm para o mês, estivesse se repetindo, já deveria ter chovido 20,7 mm. Em março, no entanto, o sistema superou a expectativa de chuva, com 179,6 mm acumulados, enquanto a média é de 178 mm.

O índice que desconsidera o volume morto do sistema aponta o Cantareira com 36,8% da capacidade - 0,1 ponto porcentual acima do dia anterior, quando os reservatórios registravam 36,7%. Já o terceiro índice permaneceu em 51,1%, o mesmo da quarta-feira, 6.

Outros mananciais

Usado para socorrer o Cantareira durante a crise, o Guarapiranga perdeu água represada pelo novo dia e recuou 0,3 ponto porcentual da sua capacidade. Com a queda, o nível do sistema desceu de 85,9% para 85,6%.

O Alto Tietê caiu 0,1 ponto pelo sexto dia seguido, descende de 42,7% para 42,6%. Esse índice já considerando um volume morto acrescentado ao cálculo em 2014. Por sua vez, o nível do Rio Grande desceu 0,3 ponto e o sistema opera com 94,8%.

Tanto o Rio Claro quanto o Alto Cotia ficaram estáveis. Enquanto o primeiro está com 101,7% da capacidade, o segundo se manteve em 100%.

O índice de armazenamento do Sistema Cantareira continua subindo, mostra relatório divulgado neste domingo pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp). Considerando o volume morto, o manancial atingiu 65,7%, 0,1 ponto porcentual acima de ontem. Sem essa reserva extra, o nível do Cantareira é de 36,4%, também avanço de 0,1 p.p.

A alta ocorreu mesmo sem chover. No mês, a pluviometria acumulada é de 0,1 milímetro, bem abaixo da média histórica de abril, que é de 88,7 milímetros. O resultado de hoje marca a 48ª alta consecutiva para o reservatório - a última queda foi em 22 de outubro, quando o nível baixou de 15,7% para 15,6%.

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Outros mananciais

Por outro lado, os outros mananciais monitorados pela Sabesp apresentaram queda no nível de água. O do Guarapiranga recuou 0,92 p.p., para 86,9%, e o Alto Cotia, 0,2 p.p., para 100%. Os índices do Alto Tietê (43%), do Rio Grande (96%) e do Rio Claro (101,9%) diminuíram 0,1 p.p. do sábado para hoje.

No primeiro dia do considerado período seco na Grande São Paulo, o Sistema Cantareira continua melhorando seu índice de armazenamento de água, de acordo com relatório divulgado pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), nesta sexta-feira (1º). Considerando o volume morto como volume útil, o manancial alcançou 65,5%, 0,1 ponto porcentual a mais do que o dia anterior; desconsiderando essa reserva extra, o Cantareira opera com 36,2%, também subindo 0,1 ponto porcentual.

A média histórica de chuvas para abril no Cantareira é de 88,7 milímetros, muito abaixo do que foi registrado em março deste ano: 179,6 milímetros. Nas últimas 24 horas, não choveu na região do Cantareira, mas há mais de cinco meses o manancial não registra perda no volume de água represada - a última queda foi em 22 de outubro, quando o nível baixou de 15,7% para 15,6%. A alta desta sexta é a 46ª seguida para o reservatório.

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No Sistema Guarapiranga, que também não registrou chuva, a queda no armazenamento foi de 0,3 ponto porcentual. O manancial, utilizado durante a crise hídrica como alternativa ao Cantareira, opera agora com 87,3%. O Sistema Alto Tietê se manteve estável, com 43,2%, completando seis dias sem registrar alta.

No último dia 7 de março, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decretou o fim da crise hídrica em São Paulo, afirmando que a questão da água estava "resolvida".

Outros mananciais

Os sistemas Rio Grande e Rio Claro diminuíram o armazenamento de água nas últimas 24 horas. O Rio Grande baixou 0,1 ponto porcentual, trabalhando com 96,5% da capacidade; o Rio Claro tem 102,2%, 0,4 ponto porcentual a menos do que o dia anterior. O Alto Cotia se manteve estável, com 100,2%.

Após 45 dias sem sofrer queda, o Sistema Cantareira fechou março acompanhando a tendência do período e completou o quinto mês consecutivo de estabilidade no nível de armazenamento de água. Há mais de cinco meses que o Cantareira não registra perda no volume de água represada - a última queda foi em 22 de outubro, quando o nível baixou de 15,7% para 15,6%. Outros quatro sistemas tiveram queda; além do Cantareira, somente o nível de água do Rio Claro registrou aumento.

De acordo com dados divulgados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o principal manancial da Grande São Paulo opera com 65,4% da sua capacidade, 0,2 ponto porcentual a mais em relação ao dia anterior.

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Esse cálculo leva em consideração o volume morto como o volume útil do sistema. Todos os outros sistemas da região metropolitana se mantiveram estável ou diminuíram os índices de armazenamento.

Sem levar em consideração o volume útil, o Cantareira opera com 36,1%, também 0,2 ponto porcentual de crescimento nas últimas 24 horas. O sistema registrou 0,5 milímetros de chuva nas últimas 24 horas. O acumulado para março é de 179,6 milímetros, 1,6 a mais do que a média histórica do mês, considerado o último do período chuvoso.

Usado como alternativa ao Cantareira durante a crise hídrica, o Guarapiranga registrou baixa de 0,2 ponto porcentual, trabalhando com 87,6% da capacidade. O Alto Tietê também teve queda, de 0,1 ponto porcentual, e opera com 43,2% de armazenamento de água.

Outros mananciais

Os Sistemas Alto Cotia e Rio Grande também perderam água nas últimas 24 horas. O Alto Cotia voltou a perder 0,3 ponto porcentual, trabalhando nesta quinta-feira com 100,2%. O Rio Grande tem 96,6% de água acumulada, 0,2 ponto porcentual a menos do que o último relatório.

Além do Cantareira, o Rio Claro também teve aumento. O sistema opera com índice de 102,6%, um aumento de 0,7 ponto porcentual.

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