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Segundo informado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), por conta da falta de chuvas na região de influência da Barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, agreste de Pernambuco, será preciso alterar o calendário de abastecimento para a população de 11 cidades da região até o período de inverno. Serão 240 mil pessoas afetadas.

Sendo assim, o novo calendário  de abastecimento já está em vigor. Os  municípios de Passira, Cumaru e Riacho das Almas passaram a ter um regime de distribuição  de oito dias com água e 22 dias sem. Já nas cidades de Surubim, Casinhas, Salgadinho, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Vertentes, Vertente do Lério e Toritama o rodízio de abastecimento agora é de 11 dias com água e 19 dias sem o abastecimento.

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O volume do manancial está hoje com 2,78% da sua capacidade, que corresponde a um pouco mais de 9 milhões de metros cúbicos de água - do total de 327 milhões de metros cúbicos. A compesa garante que os seus técnicos estão monitorando o volume da barragem e realizando cálculos para a retirada do volume de água, com o objetivo de não deixar as cidades sem atendimento pela rede de distribuição. “A severa estiagem provocou uma queda acentuada do volume do manancial, que já não tem água suficiente para atender simultaneamente os onze municípios. Por isso, fomos obrigados a ampliar o rodízio”, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Bruno Adelino.

A companhia espera que com esse novo calendário garanta o abastecimento de água até o período de chuvas na região Agreste, que ocorre entre os meses de abril e julho. A Barragem de Jucazinho é o maior reservatório de abastecimento humano do interior do Estado e responsável pelo atendimento de 240 mil pessoas nessas 11 cidades.

"Nos últimos oito anos, Jucazinho entrou em colapso uma vez - em setembro de 2016 - e vem apresentado baixos índices de acumulação, tendo em vista que as chuvas registradas na região não foram suficientes para recuperar o manancial", acentua a Compesa.

Bruno Adelino reforça que “o maior índice de acumulação alcançado pela Barragem de Jucazinho, nesse período de seca prolongada, foi de 8% da sua capacidade total, chegando a reservar 16,3 milhões de metros cúbicos de água."

Pelo menos duas barragens de Pernambuco, que fazem contenção de água, estão apresentando problemas com infiltração e rachaduras nas estruturas. Por uma fissura na barragem de Serro Azul, em Palmares, Mata Sul de PE, bastante água ultrapassa a barreira.

Confira o vídeo:

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Em Jucazinho, Surubim, Agreste do Estado, está localizada a terceira maior barragem do Estado, com capacidade máxima de 327 bilhões de litros; hoje, a barragem está com 3% de sua totalidade. Nela, segundo a TV Jornal de Caruaru, parece que os problemas que estão acontecendo em Serro Azul, se repetem.

Uma avaliação da Agência Pernambucana de Águas e Climas (APAC), em 2016, confirmou que a estrutura de Jucazinho estava comprometida. Prometendo solução, na época, o Governo Federal destinou um total de R$ 12 milhões.

Segundo constatado pela TV Asa Branca, na área onde deveria ser feito uma espécie de tobogã para diminuir o impacto da água no solo no caso da barragem transbordar, tem apenas a estrutura de ferros.

Conforme reportagem, a obra está parada desde junho de 2018, por conta de uma ordem do Tribunal de Contas da União (TCU), que revogou a decisão no dia 23 de janeiro. Agora, a expectativa é que a construtora responsável retome a obra, com conclusão prevista para julho de 2019.

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) anunciou nesta segunda-feira (23) a contratação de empresas que irão realizar supervisão e obras de recuperação e melhorias dos vertedouros laterais e da bacia de dissipação da barragem de Jucazinho, em Surubim, no Agreste de Pernambuco. 

No ano passado, o Ministério Público Federal em Caruaru convocou uma reunião de urgência para discutir as obras de adequação da barragem. Na época, o MPF afirmou que, entre os problemas que indicam a necessidade de readequação de Jucazinho, estava o fato da bacia de dissipação não ser capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. O ministério denunciou, ainda, que o Dnocs não havia dado andamento às obras, mesmo com a expedição de recomendação pelo MPF em 2016.

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No anúncio feito pelo Dnocs nesta segunda-feira, não ficou claro a data de início dos trabalhos, mas, de acordo com o diretor-geral da pasta, Angelo Guerra, os recursos federais, que somam R$ 39 milhões, já estão garantidos por meio do Programa de Recuperação de Barragens. “Significa que teremos gente trabalhando no local ao longo de toda esta quadra invernosa, que é justamente o período que se teme o enchimento do reservatório”, afirmou Guerra. A previsão é que a obra dure um ano. 

A laje da bacia de dissipação de Jucazinho se rompeu em 2004 durante vertimento e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas já havia desembolsado R$ 8,9 milhões em ações emergenciais. Agora, segundo a pasta, será feito um novo vertedouro do tipo “salto esqui”, que é capaz de suportar uma lâmina d’água de até três metros e que vai lançar o escoamento a 90 metros de distância do pé da barragem, dando uma maior segurança à operação.

PROTOCOLOS
Na reunião desta segunda-feira, também foram anunciados os protocolos de operação das barragens de contenção de cheias durante o inverno. As ações são voltadas para os reservatórios das barragens de Jucazinho, Carpina, Glória do Goitá e Tapacurá, na bacia do Rio Capibaribe; e de Serro Azul, na bacia do Rio Una. 

Entre os protocolos definidos, estão abertura e fechamento de comportas, interdição de estradas, alertas e mobilização de populações ribeirinhas, que serão acionados caso sejam ultrapassadas as cotas pré-estabelecidas pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) para cada reservatório. Além controlar ou minimizar uma possível enchente, a definição desses protocolos também tem como objetivo chegar ao fim do período chuvoso com o maior volume possível de água acumulada. 

Nos próximos 15 dias, a Apac irá se reunir com a Defesa Civil do Estado e dos municípios para identificação e monitoramento dos pontos críticos dos rios no intuito de minimizar o impacto para as populações locais em caso de inundações.  A ação envolve, além da agência, a Secretaria Executiva de Recursos Hídricos (SERH), vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão; a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa); a Coordenadoria de Defesa Civil (Codecipe); o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER); e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação judicial cobrando que o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a União adotem as medidas necessárias para o início das obras de adequação da Barragem de Jucazinho, localizada em Surubim, município do Agreste de Pernambuco. O objetivo é evitar a possibilidade de rompimento da barragem em período de chuvas intensas, por conta de problemas estruturais já existentes.

De acordo com o MPF, entre as questões que indicam a necessidade de obras está o fato da bacia de dissipação não ser capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. Documentos revelariam que a situação de risco da barragem já é conhecida pela diretoria-geral do Dnocs desde 2014, inclusive, com a demonstração de dados de engenheiros da própria autarquia.

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No último dia 1º, uma reunião de urgência foi realizada para tratar do tema. Com base nas discussões, o MPF expediu ofício ao Ministério da Integração Nacional para que fossem prestadas informações sobre os recursos necessários para a readequação. Para o procurador da República Luiz Antônio Miranda Amorim Silva, entretanto, "a resposta não foi minimamente satisfatória e não apresenta garantia alguma de que a obra será realizada em curto espaço de tempo, nem implica a tomada de medidas imediatas, o que é exigível diante da potencial tragédia por fato já conhecido há longa data pelo Dnocs e pelo Ministério da Integração Nacional, a fragilidade na bacia de dissipação da Barragem de Jucazinho".

O corpo técnico do Dnocs informou, durante a reunião, que um eventual rompimento da barragem afetaria várias cidades próximas e se propagaria até o Recife. Para o MPF, a postura do Ministério da Integração Nacional, que defende a necessidade de novo pedido pelo Dnocs em 2018, não atende à delicadeza da situação e coloca em risco as famílias que vivem no local, além dos potenciais danos materiais ao ecossistema. 

Pedidos - A previsão orçamentária deve ser apresentada até o dia 8 de janeiro de 2018, cobra o MPF. Assim, seriam realizadas, no mínimo, as adequações na bacia de dissipação e extravasores laterais da barragem, para ser aberto procedimento licitatório até o dia 14 de janeiro de 2018. Também foi requerido que seja apresentado o cronograma das obras. A Justiça também aplicaria uma multa de 10% do valor das adequações em caso de descumprimento de possível decisão judicial.  

As últimas chuvas conseguiram regularizar as barragens que atendem o município de Gravatá, no Agreste de Pernambuco. Com isso, o rodízio de abastecimento de água na cidade foi reduzido.

Três mananciais, de Vertente Doce, Brejinho e Cliper, recuperaram seus níveis e, inclusive, estão vertendo água. O novo calendário da cidade agora é de dois dias com água e oito dias sem. Durante o período de seca, a população recebia água a cada 15 dias.

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Por causa do colapso da Barragem de Jucazinho desde setembro do último ano, que era responsável por 30% da água distribuída em Gravatá, a maior contribuição para o sistema é feita atualmente pela Barragem de Vertente Doce, localizada em Chã Grande, também no Agreste, que opera numa vazão de 210 litros de água por segundo. As barragens de Brejinho e Cliper, em Gravatá, fornecem vazão de 30 L/s cada.  

“As chuvas registradas em maio e junho permitiram a recuperação das barragens de Vertente Doce e Brejinho. A pluviometria deste mês foi fundamental para que a barragem de Cliper também tivesse uma excelente recuperação”, explica o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Ricardo Malta.  Em Gravatá, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) atende 80 mil moradores e mais uma população flutuante de 30 mil pessoas atraída pelo turismo e eventos realizados na cidade. 

Com informações da assessoria

A Barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, no Agreste de Pernambuco, continua em colapso. Segundo a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), as chuvas registradas nos últimos dias no Agreste não alcançaram a Bacia do Capibaribe, responsável pela alimentação do manancial. 

A capacidade da barragem de acumulação é de 327 milhões de metros cúbicos de água e está seca desde setembro do ano passado. Este é considerado o pior cenário de Jucazinho desde a sua inauguração em 2000.

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O sistema abastece as cidades de Santa Cruz do Capibaribe, Riacho das Almas, Cumaru, Passira, Salgadinho, Casinhas, Surubim, Vertentes, Vertente do Lério, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Toritama, Caruaru, Bezerros e Gravatá, além de distritos e povoados dos 15 municípios que fazem parte do sistema integrado.

A expectativa da Compesa é que o manancial tenha uma boa recuperação até o próximo mês de julho, quando termina a estação invernosa. A capacidade de produção do sistema é de 1300 l/s e atende a uma população de 800 mil pessoas ao longo de seus 206 quilômetros de adutoras. 

"Tinha peixe, muitos pescadores vinham pra cá. Olhe lá os barcos encostados. Aqui era cheio de plantio: coentro, alface, feijão, milho. Agora? Agora vamos esperar por Deus". Sob o sol impiedoso do Agreste pernambucano, o agricultor José Rodrigues Tavares, 70 anos, observava da sua casa a Barragem do Bitury, em Belo Jardim. Seca, completamente seca. No relato de quem, há mais de 30 anos, é vizinho do local, há um misto de melancolia e esperança por dias melhores.

A pior seca do século, como tem sido considerada por muitos, atingiu de maneira devastadora os municípios agrestinos. Desde 2012, todos os anos chove menos que o esperado na região. Dezenas de barragens entraram em colapso, como Bitury e Pedro Moura Júnior, em Belo Jardim, e a principal do Agreste, Jucazinho, no município de Surubim. "Muita gente tá começando a sair daqui. Indo pra Petrolina, pra um bocado de canto. A crise tá séria e é pra todo mundo", lamenta José Rodrigues ao comentar sobre os moradores locais. 

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Sem água nas torneiras, a população fica à mercê de carros-pipa e poços artesianos. Nivaldo Francisco Lins, nascido em Belo Jardim há 56 anos, trabalha como distribuidor de galões de água na cidade. "É de cortar o coração. Situação dramática. É a pior (seca) de todos os tempos e isso já era para (o Governo) ter cuidado há muito tempo". 

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A ausência de recursos básicos impacta diretamente a criação de animais e muitos perecem. Nas proximidades de São Caetano, carcaças e ossadas de cavalos eram o reflexo do cenário preocupante na região. O racionamento de água é cada vez mais rigoroso. Nesta segunda-feira (30), a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) confirmou um novo calendário de abastecimento para quatro cidades do Agreste: João Alfredo, Bom Jardim, Orobó e Surubim. Estas duas últimas passarão a ter um rodízio de dois dias com água e 24 sem. A medida é para preservar o pouco de água restante na Barragem de Pedra Fina.

Bilhões investidos, obras arrastadas 

Lançada em 2004, a homérica obra de transposição do rio São Francisco segue em câmera lenta. Em agosto do ano passado, o governo federal lançou o Plano Novo Chico e prevê, até 2028, investimentos de mais de R$ 10 bilhões. O projeto afeta a vida dos moradores do Sertão e Agreste de Pernambuco. Nesta segunda (30), o presidente Michel Temer veio ao estado para inaugurar a terceira estação de bombeamento do Eixo Leste da obra, na cidade de Floresta.

Antes da transposição, o governo de Pernambuco promete acelerar os serviços da Adutora do Agreste, iniciada em 2013, cujo orçamento total é de R$ 1,4 bilhão. De acordo com a Compesa, dos 420 quilômetros da adutora, quase 300 estão prontos (cerca de 70%). Interligada à do Agreste, a Adutora do Moxotó também ganhará celeridade nas obras, segundo o governo do Estado. São R$ 100 milhões em investimentos e uma previsão de entrega para março de 2018. 

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Há ainda R$ 60 milhões destinados ao Sistema do Pirangi, que deve levar água do município de Catende, na Mata Sul, para a Barragem do Prata, em Bonito, beneficiando dez cidades do Agreste. Entre outras obras em andamento estão a da Adutora do Siriji (R$ 33 milhões investidos), a recuperação da Barragem de Jucazinho (R$ 53 milhões), a transposição do Rio Serinhaém (R$ 2,1 milhões) e a ampliação no abastecimento de água de Limoeiro (R$ 1,6 milhão).

Não há previsão de melhora

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) oficializará a previsão para os municípios do agreste no mês de março. De antemão, o Gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas do órgão, Patrice Oliveira, explicou que as perspectivas não são as melhores. 

"Nós teríamos que ter um ano muito chuvoso para melhorar a situação. Coisa que em 2017 não vai acontecer. Não temos parâmetro algum que diga que será um ano chuvoso". De acordo com Oliveira, tanto a agricultura como os recursos hídricos continuarão a sofrer o impacto da longa estiagem na região. 

O governador Paulo Câmara comemorou a primeira visita do presidente Michel Temer a Pernambuco e os recursos viabilizados pelo governo federal ao Estado durante sua ida a cidades do Agreste e Sertão, nesta sexta-feira (9). Pelo Facebook, Câmara garantiu que com os R$ 34 milhões destinados pela União, a integração entre os sistemas de Siriji, em Vicência; Palmeirinha, em Bom Jardim; e do Jucazinho será realizada em cinco meses. 

A implementação do projeto elaborado pelo governo de Pernambuco reforçará o abastecimento da região setentrional, atenuando a situação da seca no Estado. “Não sabemos o que vai vir de chuva em 2017, mas é importante manter o foco nessas obras estruturadoras do sistema hídrico. Nós sabemos que água é vida, faz parte do contexto do dia a dia das pessoas, e nós governantes temos que garantir que chegue água às casas das pessoas”, escreveu o gestor. 

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Câmara também comentou sobre as obras estruturadoras que o governo estadual está fazendo, enquanto a Transposição do Rio São Francisco, os ramais e as adutoras não ficam prontas. “Em dois anos, Pernambuco investiu R$ 1,2 bilhão em obras de infraestrutura hídrica em todas as regiões”, assegurou.

De acordo com o governador, a recuperação da barragem da Jucazinho, que abastece de 15 cidades pernambucanas, contará com um aporte de R$ 53 milhões. “O reservatório será revitalizado e ficará pronto dentro de quatro meses. Nesta solenidade, já foram liberados R$ 12 milhões de imediato”, disse.

Seca – Pernambuco tem, atualmente, 27 cidades com sérios problemas de falta d’água. O agreste é a região que tem maior número de municípios afetados pela estiagem, são 24. 

O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco recomendou à diretoria-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional, a realização urgente de obras de recuperação da Barragem de Jucazinho, no município de Surubim, no agreste pernambucano. A estrutura entrou em colapso ontem (26) e corre risco de romper quando as chuvas regularizarem a vazão do reservatório.

A possibilidade de rompimento foi indicada por engenheiros do Dnocs em reunião na semana passada com o MPF. Entre os problemas citados no encontro, estão infiltrações e trincas no concreto e na laje, ferragens expostas e poços de alívio danificados e obstruídos. Apesar de a barragem estar praticamente seca atualmente, os técnicos alertaram que a estrutura não vai aguentar a elevação do volume de água do Rio Capibaribe.

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“Além disso, a bacia de dissipação não é capaz de sustentar a vazão de água do rio em período de cheia. Documentos revelam que a situação de risco da barragem já é conhecida pela diretoria-geral do Dnocs desde 2004, inclusive, com a demonstração de dados de engenheiros da própria autarquia”, informou o MPF.

A Barragem de Jucazinho é operada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), mas a responsabilidade pela segurança do reservatório é do Dnocs, de acordo com o MPF. A própria Compesa chegou a enviar ofício para a autarquia federal em fevereiro de 2016 alertando para a necessidade de obras emergenciais.

A Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) também já notificou o Dnocs sobre os riscos de possível rompimento da barragem. De acordo com o MPF, a necessidade de obras de adequação e recuperação da represa foi submetida ao Ministério da Integração Nacional em 2014.

De acordo com a Apac, como o período chuvoso do Agreste já passou, é provável que a barragem permaneça seca até o ano que vem. Os recursos estimados para realizar os reparos totalizam R$ 49,4 milhões.

Na recomendação, o MPF pede que o Dnocs inicie as obras da represa em, no máximo, 45 dias, a contar da notificação. Um plano de emergência da barragem e a descrição das ações necessárias em caso de rompimento também devem ser elaborados no mesmo prazo. O Dnocs tem dez dias para informar se acatará a recomendação. Caso a resposta seja negativa, o Ministério Público poderá entrar com uma ação na Justiça para garantir o cumprimento da medida. O responsável pelo caso é o procurador da República Luiz Antônio Miranda de Amorim Silva.

Procurados pela Agência Brasil, o Dnocs e o Ministério da Integração Nacional não responderam até a publicação desta reportagem.

Jucazinho em colapso

A Barragem de Jucazinho entrou em colapso nesta segunda-feira (26). Desde novembro do ano passado, a represa operava com volume morto, e a captação de água era feita por meio de bombeamento. Com o nível da água em 0,01%, o reservatório parou. Com a interrupção, dez das 11 cidades atualmente atendidas pela represa serão abastecidas exclusivamente por carros-pipa.

A Barragem de Serro Azul, em Palmares, na Mata Sul de Pernambuco, inicialmente concebida para conter enchentes provocadas pelo Rio Una e seus afluentes, poderá servir para o abastecimento humano, é o que prevê a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A companhia está elaborando o projeto da Adutora do Serro Azul, que ofertaria no mínimo 560 litros de água por segundo para o Agreste, reduzindo a crise hídrica na região. 

A conclusão do projeto executivo para a construção da nova adutora está prevista para novembro deste ano, com obras iniciando em fevereiro de 2017 e a primeira fase entrando em operação no segundo semestre de 2018. O projeto prevê que a Adutora de Serro Azul se integre à Adutora do Agreste, complementando a água captada no Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco. 

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Na primeira fase, a água de Serro Azul chegaria a Caruaru, São Caetano, Toritama, Pão de Açúcar, Santa Cruz do Capibaribe, Belo Jardim, Sanharó, São Bento do Una e Tacaimbó -  os quatro últimos através do Sistema Integrado Bitury, além de outras localidades. A segunda etapa alcançaria Bezerros e Gravatá.

A Barragem de Serro Azul está com 90% das obras concluídas. Dos 303 milhões de metros cúbicos que Serro Azul pode acumular, um terço deve ser utilizado para o abastecimento humano.  De acordo com a Compesa, se os estudos preliminares se confirmarem, será possível reduzir as retiradas do Sistema Jucazinho, que está em pré-colapso, para as cidades de Caruaru, Gravatá e Bezerros. “A alimentação dessas cidades pela nova adutora permitiria uma redução da vazão de exploração de Jucazinho, proporcionando mais segurança operacional a esse sistema”, explicou o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Rômulo Aurélio Souza.

A partir do início de 2017, as cidades de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano, poderão contar com as águas vindas da adutora Pirangi. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a intenção é inaugurar o sistema já em janeiro e irá se integrar aos já existentes Prata/Camevô e a Jucazinho. A medida irá proporcionar maior suporte às outras estações que estão num nível crítico. 

O presidente da Compesa, Roberto Tavares, informou que a licitação da obra já foi concluída e os trabalhos terão início nos próximos dias. A ideia é trazer água da Mata Sul em direção ao sistema do Prata. Desse ponto, será encaminhado a Caruaru, quando se integrará a Jucazinho que abastecerá Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. 

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A obra, que pretende amenizar o problema da seca, foi orçada em R$ 40 milhões e o valor para a realização dos trabalhos veio de um convênio com o Banco Mundial. No entanto, de acordo com o presidente da Companhia, não seria necessária se a Adutora do Agreste – custeada em R$ 1,4 bilhão - estivesse concluída. Roberto Tavares acrescentou que essa é uma alternativa para amenizar a grave seca na região e que não seria necessária se a Adutora do Agreste estivesse concluída. Ainda, segundo Tavares, já há uma extensão de quase 300 km de tubulação enterrada sem poder ser utilizada porque os recursos não foram enviados por completo para a conclusão da obra. 

 

Na tentativa de reverter a situação crítica que atinge a barragem de Jucazinho, em Surubim, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) iniciou uma obra emergencial no local. Por falta de chuvas na Bacia do Capibaribe, a barragem está com 3,7% da capacidade. O sistema, um dos mais importantes da região Agreste, é responsável pelo abastecimento de 15 municípios. 

A Compesa, com o objetivo de retirar Caruaru do sistema Jucazinho, decidiu realizar uma inversão do fluxo de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro de Petrópolis para a ETA Salgado; com isso, o município receberá, exclusivamente, água da barragem do Prata, que está com 67% de sua capacidade. Segundo a gerência regional da Compesa, R$ 1,3 milhões será investido para assegurar esta sobrevida a Jucazinho. 

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Previsão dada é de que a obra seja concluída em até 30 dias. A expectativa é melhorar o abastecimento para os bairros do Salgado, Cedro, Cidade Jardim, Inocoop, José Antônio Liberato, Monte Sinai, além do Alto do Moura e do sítio de Lagoa de Pedra. Sem a contribuição de Jucazinho, será necessário ampliar o racionamento de água na cidade. 

Nesta quarta-feira (9), parte do município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, ficará sem abastecimento de água. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), a paralisação ocorrerá devido a reparos no Sistema de Jucazinho e deve voltar a funcionar, gradativamente, a partir da quinta-feira (10).

Os bairros antigidos pela interrupção são: Centenário, Vassoural, Santa Rosa, Maurício de Nassau, Maria Goreti, Alto do Moura, Salgado, Universitário, Loteamento São José I e II, Rendeiras, Loteamento Gonçalves de Vieira, Serranópolis, Luiz Gonzaga, Fernando Lira, Boa Vista I e II, Nova Caruaru, Jardim Panorama, Maria Auxiliadora, João Mota, Caiucá, Vila Kennedy, Sol Poente, Hosana, José Carlos de Oliveira, Vila Padre Inácio, Jardim Boa Vista, Severino Afonso, Residencial Vitória, Posto Agamenon, Sítio Campos, João Barreto, Vila Andorinha, Vila do Aeroporto, Demóstenes Veras, Três Bandeiras, Pinheirópolis (Vila dos Oficiais), Parque Real, Santos Dumont, João Batista, Vila Cipó.

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O fornecimento de energia elétrica para o sistema que atende a adutora Jucazinho, no Agreste do Estado será interrompido no próximo domingo (4) pela Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). A paralisação ocorrerá a partir das 6h30 e o horário de restabelecimento está previsto para as 16h30 do mesmo dia.

A medida tem a finalidade de dar prosseguimento às obras de construção de uma nova linha de transmissão para a cidade de Gravatá, que reforçará o suprimento de energia aos municípios da região, favorecendo, inclusive, o sistema Jucazinho.

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