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A presidente Cristina Kirchner celebrou em várias ocasiões na semana passada a "recuperação da soberania energética" e a "reargentinização" da empresa petrolífera YPF, expropriada na segunda-feira. Até a manhã daquele dia, a companhia era subsidiária da espanhola Repsol. Mas, ao meio-dia, a presidente, em rede nacional de rádio e TV, anunciou a expropriação da empresa, que antes de ser privatizada, em 1992, foi a maior estatal da história do país.

O discurso da presidente - em tom épico - foi interrompido por frenéticas ovações e cânticos de seu partido, o Justicialista (Peronista), de forma similar à declaração do calote da divida dos títulos públicos com os credores privados feita pelo então presidente provisório Adolfo Rodríguez Saá, em dezembro de 2001, em meio aos aplausos de todo o Parlamento.

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O analista político Rosendo Fraga disse ao Estado que a presidente Cristina está "malvinizando" a política econômica, em alusão às Ilhas Malvinas, arquipélago reivindicado pela Argentina e principal causa nacional do país. A presidente, segundo ele, está apelando ao nacionalismo para esconder os reais problemas do país, entre os quais a pobreza, a crescente criminalidade, a escalada da inflação, a queda dos investimentos estrangeiros e a fuga de divisas.

O Produto Interno Bruto (PIB), neste ano, deverá crescer 4%, muito inferior à expansão de 2011, de 9,2%, segundo cálculos da consultoria Econiews, comandada pelo ex-secretário de Finanças Miguel Kiguel. O consumo geral também acompanhará esse declínio. Segundo Guillermo Olivetto, presidente da consultoria W, passaria dos 8% de 2011 para um crescimento de somente 4% em 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O salário da presidente argentina Cristina Fernández de Kirchner está no centro das notícias locais por ter apresentado um aumento de 172,22% nos últimos quatro anos. Pela planilha de salários da presidente e dos ministros, divulgada pelo secretário Geral da Presidência, Oscar Parrilli, a presidente recebe mensalmente 30.991,28 mil pesos (cerca de R$ 12.936,70).

Em um ano o pagamento chega a um total de 402.886,64 mil pesos (R$ 168.177,00). Em 2008, a presidente declarou que seu salário anual somou 148 mil pesos (R$ 61.779,68). No mesmo período de comparação, o aumento médio dos salários dos setores público e privado foi de 139,22%, conforme dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec).

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Os números são divulgados logo após um polêmico aumento de 100% nos salários dos deputados e senadores, há um mês. Os presidentes da Câmara e do Senado, Julián Domínguez e Amado Boudou, respectivamente, são da ala governista Frente pela Vitória (FPV).

Em plena negociação de contratos coletivos de trabalho de várias categorias no país, o governo de Cristina tenta limitar os reajustes salariais em um porcentual abaixo de 20%, para reduzir as pressões inflacionárias. Mas a tarefa se mostra cada vez mais difícil de ser realizada diante de tantos exemplos de pouca austeridade dentro do governo.

A presidente Cristina Kirchner inaugurou nesta quinta-feira as sessões no Congresso Nacional Argentino com um balanço do governo desde 2003, quando assumiu o lugar de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em outubro de 2010. Vestida com o habitual luto, a presidente iniciou o discurso citando a presença do juiz espanhol Baltasar Garzón, acompanhado pelas Avós e Mães de Praça de maio, históricas organizações de defesa de Direitos Humanos no país.

Com as galerias repletas de militantes do grupo de jovens La Cámpora, liderado pelo filho Máximo Kirchner, e outros movimentos populares de apoio ao governo, Cristina foi fortemente aplaudida em cada um dos temas abordados em seu discurso. Ao destacar as vitórias de sua administração na economia, a presidente preferiu usar números do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e G-20 porque, segundo ela, "alguns confiam mais nesses indicadores do que nos argentinos".

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"Desde 2003, tivemos um dos maiores crescimentos econômicos que há na memória. Depois da Índia e China, a Argentina foi o país que mais cresceu nesses anos", disse Cristina. Também comparou a evolução do PIB nos últimos 40 anos. "A média de crescimento econômico da Argentina destes anos foi de 7,9%, o que coloca a Argentina com o processo econômico mais importante da região", ressaltou.

Mencionando dados do FMI, a presidente disse que o "crescimento do PIB em relação ao poder aquisitivo de um dólar em cada país, considerando a cotação do câmbio, em 2003 era de US$ 8.700 mil e hoje é de US$ 17.366 mil per capita". Os resultados, segundo ela, não vieram por ventos externos favoráveis, mas pela política econômica consistente. Sempre citando números, a presidente repassou cada um dos setores produtivos do país e áreas do governo. E defendeu a criticada política de subsídios que, segundo ela, foi uma das responsáveis pelo "desenvolvimento e crescimento dos argentinos e de inúmeras empresas".

"O crescimento da Argentina se explica a partir de um modelo de desenvolvimento que fez do consumo popular e a distribuição de renda suas principais bandeiras, que nos permitiu crescer", afirmou. A presidente também se gabou de não precisar de financiamentos externos para sustentar a economia e mencionou a legislação de 2005 que "impede a chegada ao país de capitais financeiros especulativos, que evita saltos monetários que não temos tido, à margem do sistema de flutuação administrada do câmbio que temos tido com sucesso".

Em plena escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, a presidente argentina Cristina Kirchner decidiu realizar visita oficial ao Chile nos dias 15 e 16 de março. A viagem já havia sido postergada duas vezes e foi anunciada um dia após notícia de uma ligação telefônica do primeiro ministro britânico, David Cameron, ao presidente chileno, Sebastián Piñera. Na conversa, Piñera teria confirmado o apoio do Chile à causa argentina, segundo informou o jornal chileno La Tercera. Porém, o governo britânico prepara uma visita do chanceler William Hague ao Chile nas próximas semanas.

Fontes do governo disseram à imprensa chilena que Piñera e Cameron conversaram sobre a posição de cada país sobre o conflito envolvendo o arquipélago. E ambos respeitaram suas respectivas opiniões sobre o assunto. Em dezembro, o Chile se uniu aos demais países do Mercosul no apoio à decisão argentina de não permitir embarcações com bandeira das Malvinas (Falkland para os ingleses) em seus portos. Durante a ligação, Cameron confirmou visita ao Chile, no início de 2013 por ocasião da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia.

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Segundo nota do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Cristina vai viajar acompanhada por uma "importante delegação" para realizar reuniões de trabalho com o Piñera e discutir assuntos da agenda bilateral e regional. O Chile é uma peça fundamental na disputa, já que o único voo ao arquipélago sai do território chileno, em Punta Arenas, com escala em El Calafate, na Patagônia argentina. Desde o fim do ano passado, a presidente argentina trabalha fortemente para conquistar apoios para obrigar o Reino Unido a negociar a soberania das Malvinas.

A tensão entre os dois países tem se aprofundado com a proximidade do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. Nesta quarta-feira (15), o governo argentino soube que integrantes da Comissão de Defesa do Parlamento britânico vão visitar as Ilhas Malvinas no próximo mês para inspecionar as atividades militares no arquipélago. A informação que foi publicada pelos jornais The Times e The Guardian, não indicou nenhuma data para a viagem, mas especificou que o objetivo é conhecer as instalações militares da base de Mount Pleasant. A decisão dos parlamentares foi tomada após apresentação de denúncia do governo argentino junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de uma "militarização do Atlântico Sul". Em nota, a chancelaria argentina afirmou que a presença dos parlamentares britânicos "é uma confirmação das prioridades do Reino Unido, que corroboram as denúncias realizadas pela Argentina".

"As Ilhas Malvinas têm sido transformadas pelo Reino Unido em uma peça chave de um sistema de bases militares a milhares de quilômetros de Londres para o controle do Atlântico Sul, os acessos interoceânicos e a projeção à Antártida, assegurando também, desta forma, a exploração dos recursos naturais do Atlântico Sul que pertencem ao povo argentino", disse a nota.

A causa argentina para que o Reino Unido aceite sentar-se para discutir a soberania das Ilhas Malvinas ganhou um defensor famoso: o ator norte-americano Sean Penn. Após visita à presidente Cristina Kirchner, nesta segunda-feira, Penn opinou que o conflito deve ser solucionado por meio de negociações diplomáticas com o Reino Unido.

"O enfoque para solucionar o conflito entre a Argentina e o Reino Unido deve ser o diálogo, já que o mundo não pode tolerar focos ridiculamente arcaicos que apontem a continuidade do colonialismo", disse o ator, em entrevista aos jornalistas que cobrem a Casa Rosada.

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Sean Penn visitou a Argentina como embaixador itinerante do Haiti, pelo trabalho comunitário que realiza na reconstrução daquele país devastado por um terremoto em 2010. Penn foi nomeado para o cargo há um mês. "Embora eu esteja aqui como embaixador representante do Haiti, queria aproveitar a oportunidade para destacar o importante que é continuar com os esforços diplomáticos e com as comunicações como única maneira de solucionar a disputa travada entre os dois países pela soberania do arquipélago".

Acompanhado pelo chanceler argentino, Héctor Timermann, o ganhador do Oscar de melhor ator em 2003 e em 2009 e de vários outros prêmios internacionais, destacou que "foi um grande privilégio manter uma reunião com a presidente Kirchner". A declaração de Penn foi feita em um contexto de escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido, próximo ao aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. A Argentina insiste que a Grã Bretanha sente e negocie a soberania das Ilhas, mas os ingleses reiteram que o assunto não está em negociação.

O chanceler Timerman informou que o governo argentino vai formalizar, por escrito, a aceitação da mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito com o Reino Unido. A oferta de mediação foi feita pela ONU na sexta-feira, após denúncia que Timerman apresentou sobre o aumento da presença militar inglesa no arquipélago. "O governo argentino aceita a mediação com o objetivo de buscar uma solução pacífica através do diálogo", disse a chancelaria.

O anúncio sobre a decisão ocorreu no mesmo dia que o jornal inglês The Mirror publicou informação de que dois aviões de guerra TAF Typhoons escoltaram um jato particular que pousou nas Ilhas Malvinas. Segundo o jornal, viajaram na aeronave o capitão de voo da British Airways, Chris McLaughlin, de 51 anos, e sua esposa, em uma escala para abastecer a aeronave com combustível.

O governo da Argentina acusou o Reino Unido de enviar armas nucleares para as Ilhas Malvinas e de manter no arquipélago um sistema militar de controle do Atlântico Sul, desde a Amazônia até a Antártida e desde a costa oriental sul-americana à costa ocidental africana, assim como os acessos entre os oceanos Atlântico e Pacífico e Atlântico e Índico. A denúncia foi feita nesta sexta-feira pelo ministro de Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, na sede da ONU, em Nova York.

Timerman apresentou um documento detalhado da ação militar britânica nas Malvinas, que aponta o aumento da presença das Forças Armadas na região. "O orçamento militar inglês foi reduzido em todo o mundo, menos nas Malvinas", acusou o chanceler durante entrevista coletiva que foi transmitida ao vivo pelas emissoras de TV da Argentina. Segundo ele, "os exemplos mais notáveis da militarização por parte do Reino Unido são a recente incorporação ao sistema bélico das Malvinas de um destroier HMS Dauntless tipo 45 e de aviões Typhoon II com mísseis Taurus e o envio de um submarino nuclear".

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O submarino com propulsão nuclear, segundo detalhou o ministro, tem capacidade para transportar armamento nuclear. "Informações recebidas pela Argentina através de fontes indicam que se trataria do submarino Vanguard", disse ele, queixando-se da falta de confirmação do governo britânico sobre o assunto. Timerman também disse que os aviões Typhoon Eurofighter, que realizam exercícios na base aérea das Malvinas, são do mesmo modelo usado na Líbia, no Afeganistão e no Iraque.

"Por que esse tipo de avião se encontra na nossa região? Nenhum país da América do Sul dispõe dessa capacidade bélica", reclamou o ministro argentino. Ele disse que os pilotos britânicos são treinados nesses aviões para depois ser enviados a zonas de conflito. Timerman disse ainda que os britânicos estão realizando no arquipélago provas com o míssil Taurus, com um alcance de até 500 km. "Combinado com o avião Typhoon II, o míssil se transforma na arma mais ofensiva e letal em operação no Atlântico Sul, que pode alcançar grande parte da Argentina e do Chile, o Uruguai e o Brasil", afirmou.

A base aérea britânica, segundo o documento argentino, possui 16 hangares e duas pistas de pouso. Por último, o chanceler citou que o sistema de comunicações e de radar é o mais moderno da indústria, conectado com o Reino Unido, os EUA, a França, o Canadá e o Japão. "O sistema está sendo usado para executar tarefas de vigilância, reconhecimento e controle marítimo e aéreo do Atlântico Sul e da América do Sul", afirmou. Na quarta-feira, a presidente Cristina Kirchner havia dito que a região possui a maior reserva de recursos naturais do planeta e que as guerras futuras serão por esses recursos.

"O Reino Unido usa a infundada defesa da autodeterminação de 2.500 habitantes das ilhas como desculpa para o estabelecimento de uma poderosa base militar, que serve aos seus interesses estratégicos no Atlântico Sul", disse o ministro. Nesse sentido, Timerman reiterou o apelo de seu governo para que o Reino Unido cumpra determinação da ONU de sentar-se para negociar uma solução pacífica e definitiva para a disputa em torno da soberania sobre as Malvinas, chamadas pelos britânicos de Falkland.

O governo da Argentina vai apresentar uma denúncia formal contra o Reino Unido junto à Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pela militarização do Atlântico Sul. O anúncio foi feito pela presidente Cristina Kirchner na noite desta terça-feira.

"Estão militarizando o Atlântico Sul uma vez mais e isso implica em um grave risco para a segurança internacional, porque ocorre em momentos em que sucedem situações fora de controle em outras regiões", disse a presidente.

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Segundo ela, o envio do "imenso e moderníssimo" destroier inglês "HMS Dauntless", Tipo 45, anunciado na semana passada, e o treinamento militar do príncipe William nas Ilhas Malvinas não podem ser interpretados de outra forma. "Teríamos gostado de ver o herdeiro da coroa britânica vestido de roupas civis e não militares", criticou a presidente. Cristina foi taxativa em alertar sobre a resistência dos governos da região à militarização. "Se há algo que vamos preservar, além de nossos recursos naturais, é de uma região inteira em paz, onde temos tido conflitos, mas nunca precisamos da mediação de nenhum organismo internacional. Resolvemos entre nós, sul-americanos", ressaltou.

Cristina Kirchner afirmou ainda que a reivindicação argentina pela soberania do país sobre o arquipélago chamado pelos ingleses de Falkland e pelos argentinos de Malvinas. "Malvinas deixou de ser uma causa só dos argentinos para transformar-se em uma causa dos americanos, da América do Sul, da América Latina. É uma causa global", afirmou. "Essa causa é regional e global, porque cada país se vê refletido no potencial do que pode ocorrer com qualquer um porque a guerra deste século será por recursos naturais e a América do Sul é uma das regiões mais ricas do planeta", alertou.

A presidente descartou qualquer hipótese de uma ação militar de seu governo. "Que ninguém espere de nós gestos fora da política ou da diplomacia. Que não se iludam. Somos gente que sofremos muito a violência em nosso país. Não nos atraem o jogo das armas, nem as guerras", afirmou.

As declarações da presidente foram feitas durante a assinatura de um decreto que constitui uma comissão para analisar um relatório militar sobre a Guerra das Malvinas, em 1982. A comissão terá um prazo de 30 dias para abrir os documentos à população.

O vice-presidente da Argentina e presidente do Senado, Amado Boudou, apoia uma reforma constitucional na Argentina que permita uma terceira eleição da presidente Cristina Kirchner. Em reunião com cerca de 70 dirigentes políticos ligados ao governo, realizada nesta quinta-feira (26), em Mar Del Plata, Boudou disse que a discussão sobre o assunto não pode esperar até 2015, ano das próximas eleições presidenciais.

Boudou deu a declaração no encerramento do encontro, após a deputada provincial (estadual) de Buenos Aires, Fernanda Raverta, representante do movimento de jovens kirchneristas, ter defendido a continuidade de Cristina Kirchner na presidência da Argentina. "Eu peço ao presidente do Senado (Amado Boudou) e ao presidente da Câmara de Deputados (Julian Domínguez) a reforma constitucional pela segunda reeleição de Cristina", disse a deputada, segundo relatam fontes que participaram da reunião.

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Em entrevista a uma rádio de Buenos Aires, na manhã desta sexta-feira (27), Boudou tentou suavizar a declaração. Segundo ele, se tratou de um contexto de "uma reunião de verão, de militantes, muito interna, onde foram debatidos muitos assuntos do tempo político". "Eu estava ali como militante político", disse Boudou, tentando evitar a pergunta se ele confirmava a intenção do 'kirchnerismo' de propor a mudança na legislação.

Ele argumentou que "não é tempo de falar de engenharias eleitorais ou candidaturas", mas fez uma veemente defesa da administração de Cristina Kirchner. "O que eu sei é que a Argentina encontrou uma líder, que é muito mais que uma governante. Reúne características muito especiais porque não é só a capacidade de ação ou de gestão, mas também o contato que conseguiu estabelecer com o povo argentino", elogiou Boudou.

O debate sobre uma possível reforma eleitoral começou há um ano, quando Cristina se preparava para a campanha de reeleição. Na ocasião, a deputada Diana Conti, também da ala governista do Partido Justicialista, tentou emplacar a campanha "Cristina eterna", mas a Casa Rosada barrou a iniciativa. Agora, após a esmagadora vitória com 54% dos votos, os defensores de um terceiro mandato parecem ter retomado a campanha. A última reforma constitucional na Argentina ocorreu em 1994, durante o primeiro mandado de Carlos Menem (PJ), abrindo caminho para sua reeleição.

O ano de 2012 promete ser o mais complicado para a liberdade de imprensa na Argentina desde a volta da democracia, em 1983. De acordo com analistas políticos e profissionais da área de comunicação, o governo da presidente Cristina Kirchner deve usar todas as ferramentas ao seu dispor para intensificar a pressão contra a imprensa não alinhada à administração.

Segundo jornalistas e parlamentares, Cristina, reeleita em outubro para um segundo mandato, usará sua ampla maioria no Parlamento, as organizações de militantes kirchneristas, a máquina estatal de comunicação e grupos empresariais aliados para atingir esse objetivo. A maior parte das pressões seria direcionada contra o Grupo Clarín - a maior holding multimídia do país - rotulado pelo governo de "inimigo midiático".

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Um parlamentar aliado a Cristina disse sob condição de anonimato que a meta, neste ano, é concretizar a ordem dada pelo ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), que morreu em outubro de 2010, para "colocar o Clarín de joelhos".

Como presente de Natal para a viúva, parlamentares kirchneristas aprovaram a lei que declara "bem de interesse público" a produção, distribuição e comercialização do papel-jornal, concentrada na fábrica Papel Prensa, propriedade dos jornais Clarín, La Nación e do Estado argentino. A nova lei, já em vigor, permitirá ao governo aumentar sua participação acionária na Papel Prensa até ficar com seu controle total.

"Nunca, desde a volta da democracia, em 1983, nós jornalistas não alinhados com um governo tivemos tantos problemas", afirmou Luis Majul, jornalista e autor de O Dono, livro que relata os negócios obscuros do casal Kirchner. Na mesma sintonia, o jornalista e advogado Adrián Ventura sustenta que desde a aprovação da Lei de Mídia "o governo conseguiu encolher o espaço no qual se move a imprensa independente". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cristina Kirchner,58, recebeu alta este sábado, após ser submetida a uma cirurgia na quarta-feira (4) para a retirada de um carcinoma, diagnosticado durante realizações de exames de rotina no final do ano passado.

Durante a intervenção cirúrgica a equipe médica faria um maior mapeamento da área afetada, mas um exame revelou que não existem células cancerígenas. O boletim da mandatária deixa claro que a tireoide possui apenas adenomas foliculares e que não é preciso fazer um tratamento com iodo radioativo, como estava previsto.

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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, passa bem e se recupera dentro do previsto pelos médicos, segundo boletim divulgado há pouco pelo porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro. "A presidente da nação se encontra cumprindo o primeiro dia pós-cirúrgico sem complicações", disse Scoccimarro, interrompido pelos gritos e aplausos dos milhares de militantes que se encontram acampados na porta do Hospital Austral.

"Os médicos agregaram que os controles clínicos e exames de laboratório realizados se encontram dentro dos parâmetros normais", continuou o porta-voz. Segundo o boletim, "a presidente descansou normalmente durante a noite, começou a alimentar-se, a caminhar e se encontra de bom ânimo". Scoccimarro informou que o próximo boletim médico será divulgado na sexta-feira, por volta do meio-dia (13 horas de Brasília). Cristina poderia ter alta amanhã após ter sido submetida a uma cirurgia para a retirada de um câncer na tireoide na quarta-feira.

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Em frente ao Hospital Austral, apoiadores e simpatizantes do governo argentino faziam filas e oravam empunhando cartazes desejando força a presidente do país Cristina Kirchner, recentemente detectada com um tumor na glândula da tireoide.

Cristina chegou desde a noite passada e está hospitalizada para a retirada do tumor. De acordo com governo argentino, em declaração para a imprensa, a cirurgia foi realizada com êxito e durou cerca de três horas e meia, conforme se esperava.

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A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está bem após ter sido submetida a uma cirurgia, que durou cerca de três horas e meia nesta manhã, para retirada de um câncer no lóbulo superior da glândula tireoide, de acordo com o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro. "A unidade médica presidencial comunica que a cirurgia se realizou sem nenhum inconveniente, nem complicações", disse Scoccimarro.

A nota oficial afirma que foi retirada toda a glândula tireoide. Informa também que a presidente está acordada e reage bem. Cristina receberá os cuidados pós-operatórios no apartamento da ala de cuidados gerais, sem necessidade de terapia intensiva. O boletim confirma que a presidente permanecerá internada durante as próximas 72 horas e ficará de repouso até o dia 24 deste mês. Um novo boletim médico será divulgado na quinta-feira, ao meio-dia.

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Ao tomar conhecimento do boletim, argentinos que estão acampados na entrada do hospital comemoraram com aplausos e cantos.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chegou há nesta manhã ao Hospital Austral, onde será submetida a uma cirurgia para retirar um tumor maligno no lóbulo direito da glândula tireoide. A operação, cujo início estava previsto para as 9 horas (de Brasília), pode durar entre uma hora e meia e três horas. A expectativa é de que o primeiro boletim médico seja divulgado às 12 horas.

Um forte esquema de segurança foi montado dentro e fora do hospital, onde uma vigília de seguidores de Cristina foi montada desde ontem, com cartazes, bandeiras, flores, velas, orações e cantos para apoiar a presidente. O hospital está localizado em Pilar, na província de Buenos Aires, distante cerca de uma hora do centro da capital federal. Segundo o chefe da Casa Militar, coronel Agustín Rodríguez, o hospital foi cercado por grades de proteção para evitar a aproximação dos milhares de argentinos que estão em frente à instituição.

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A presidente passou a terça-feira na residência oficial da Quinta de Olivos, onde desembarcou no começo do dia, regressando de um breve descanso de fim de ano na cidade de El Calafate, na Patagônia. Cristina será operada pelo cirurgião mais importante do país especializado em cirurgias oncológicas, Pedro Saco. O médico é chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço do Instituto Angel H. Roffo, o hospital de maior prestígio no tratamento de câncer da Argentina. Um dos médicos da equipe de Saco, Santiago Zund, explicou à imprensa local que o prognóstico sobre a cirurgia e a cura de Cristina é "positivo", já que não há metástase.

O pós-operatório de Cristina será de entre 48 e 72 horas de internação, e 20 dias de licença médica, período em que a Presidência do país será exercida pelo vice-presidente, Amado Boudou. Após a internação, a Presidente passará alguns dias na residência oficial para se fortalecer e, logo depois, se não houver complicações, continuaria com o repouso na residência familiar de El Calafate, acompanhada pelo médico presidencial, Luis Buonomo.

Aos 58 anos de idade, Cristina Kirchner assumiu o segundo mandato no último dia 10 de dezembro, para o qual foi eleita com 54% dos votos. Doze dias depois, em um exame de rotina, segundo informou o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, se detectou a doença, que foi confirmada posteriormente por exames detalhados. A notícia foi anunciada somente no dia 27 passado.

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, de 58 anos, pretende trabalhar normalmente até amanhã (3) véspera da cirurgia a que será submetida para a retirada de um tumor no lobo direito da tireóide, marcada para o dia 4. Ela quer retomar as atividades políticas no dia 25. Na semana passada, a Presidência da República da Argentina confirmou que sofre de um câncer na glândula tireóide e será operada.

Após a confirmação do diagnóstico da presidenta, o médico oncologista Santiago Zund, que integra a equipe de profissionais que cuidam da saúde de Cristina, disse que o prognóstico relativo à governante é “positivo”. Segundo ele, a cirurgia para a retirada do tumor deve durar de duas a três horas. De acordo com o oncologista, os exames mostraram que não há metástase (contaminação de outros órgãos pela doença).

Zund explicou que a cirurgia envolve uma pequena incisão no pescoço, o que não impedirá a presidenta de ter vida normal depois. Ele ressaltou, porém, que é necessário obedecer o período de convalescença de 72 horas e complementar o tratamento com iodo radioativo.

Cristina Kirchner é a quinta líder latino-americana a tratar-se de um câncer. Também está em tratamento o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que no ano passado retirou um abcesso na pélvis, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que faz sessões de quimioterapia para se curar de um tumor na laringe. A presidenta Dilma Rousseff e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, conseguiram vencer um linfoma. Ambos se submeteram a sessões de quimioterapia e radioterapia.

Após a realização de exames de rotina, realizados no último dia 22, médicos detectaram um câncer na glândula tireoide da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. O carcinoma papilar na glândula tireoide é localizado e não compromete os gânglios linfáticos, informou o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro.

A presidente terá de ser submetida a uma cirurgia no próximo dia 4 de janeiro e permanecerá em licença médica até o dia 24 do mesmo mês. Neste período, a presidência do país será ocupada pelo vice-presidente, Amado Boudou. Este é o quinto caso de câncer em presidentes da América Latina, a mesma doença já acometeu os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Fernando Lugo, do Paraguai, e Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do Brasil.

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O subsecretário de Comércio Exterior da Argentina Iván Heyn, cujo corpo foi encontrado ontem, durante a realização da Cúpula do Mercosul, foi homenageado pela presidente Cristina Kirchner, durante solenidade na periferia de Buenos Aires, nesta quarta-feira (21). Em sua primeira declaração pública sobre a morte de um dos integrantes de sua comitiva, Cristina o recordou como "um jovem militante e economista popular e brilhante". Visivelmente emocionada, Cristina relatou como recebeu a trágica notícia e contou algumas passagens da história familiar do economista que tinha 34 anos.

"Ontem foi um dia muito difícil para mim. Senti que ficava sem ar... Ele tinha a idade do meu filho", desabafou a presidente. "Em 2001 (ano da pior crise Argentina), ele deixou de pertencer à classe média alta para ser um garoto que teve que ir à luta para ganhar a vida", disse Cristina, referindo-se ao pai de Heyn, cuja empresa entrou em falência e a família teve que imigrar para a Espanha. Porém, Heyn "decidiu ficar no seu país e continuar seus estudos. Fazia pulseirinhas para pagar a pensão onde vivia e os estudos", contou ela. Cristina chorou e com a voz embargada, leu um trecho de uma reportagem publicada na imprensa local, na qual destacava a honestidade de Heyn como funcionário público.

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Quando entrou em falência, há exatamente 10 anos, o pai de Heyn tentou suicídio, segundo havia contado em uma entrevista ao jornal La Nación. O corpo de Heyn foi encontrado enforcado no quarto em que se hospedava em um luxuoso hotel de Montevidéu, onde a delegação argentina costuma ficar hospedada. A notícia paralisou a reunião de Cúpula dos Presidentes dos países do Mercosul, provocando um atraso nas decisões, que só foram anunciadas por volta das 22 horas. Heyn, que havia sido nomeado para o mais alto cargo de sua carreira há apenas 10 dias, teria se "suicidado, enforcando-se com um cinto pendurado em um cabide do guarda-roupas".

As investigações policiais afirmam que "não há sinais de violência" e que os resultados da perícia "são normais". Porém, segundo o jornal uruguaio El Observador, o juiz Homero de Costa disse que as investigações ainda não descartaram se foi um suicídio ou "morte acidental".

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, lembrou emocionada nesta quarta-feira do subsecretário de Comércio Exterior, Iván Heyn, jovem de 33 anos cujo corpo nu foi encontrado enforcado no quarto do Hotel Radisson, onde a delegação argentina estava hospedada ontem em Montevidéu, durante a Cúpula do Mercosul. Segundo fontes da polícia uruguaia, o jovem se suicidou.

Em discurso na localidade de Lomas de Zamora, perto de Buenos Aires, Cristina disse que Heyn foi um "militante incansável" e um "economista brilhante". A mandatária, à beira das lágrimas, lembrou que Heyn tinha praticamente a mesma idade do seu filho Máximo Kirchner, de 34 anos. Os dois eram amigos.

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"Quando ontem me comunicaram seu falecimento eu me senti sem ar", disse Cristina. Heyn militava no grupo peronista (justicialista) La Cámpora, um dos mais leais a Cristina e comandado por Máximo Kirchner.

Cristina lembrou que Heyn, jovem de uma família de posses, não quis imigrar à Espanha com seus pais quando a Argentina atravessou uma severa crise em 2001 e esteve nos protestos de 20 de dezembro daquele ano, quando o então presidente argentino Fernando de la Rúa renunciou ao cargo, em meio à crise econômica e social sem precedentes que abalava a Argentina.

A polícia uruguaia apreendeu o microcomputador e o celular de Heyn para análise. O comissário José Luis Roldán, relações públicas da polícia de Montevidéu, disse que a perícia sobre a morte de Heyn não levará muito tempo, "dada a situação, o lugar e a vítima. A polícia técnica trabalha rapidamente", disse. Segundo ele, não existem sinais de violência no corpo e o jovem morreu por enforcamento, afirmou o médico legista da polícia uruguaia. A polícia trabalha como uma "hipótese primária" de suicídio, embora o jovem não tenha deixado nenhum bilhete ou nota explicando o ato.

As informações são da Associated Press.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, receberá hoje de si mesma a faixa e o bastão presidenciais, em uma cena protagonizada até agora somente pelos reeleitos Juan Domingo Perón, em 1952, e Carlos Menem, em 1995. Cristina iniciará seu segundo mandato, que concluirá em dezembro de 2015, sem chances constitucionais de tentar nova reeleição.

O segundo mandato de Cristina - único caso de uma mulher reeleita presidente na América Latina - será o terceiro governo do kirchnerismo. E será o primeiro mandato de Cristina sem a figura de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), que morreu há 14 meses. A presidente Dilma Rousseff estará entre os convidados.

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Cristina assume com amplo poder, conseguido com os 54,1% dos votos obtidos nas eleições presidenciais de outubro, além de iniciar o mandato com maioria - graças a parlamentares próprios e aliados - no Senado e na Câmara.

Entre os 24 governadores das províncias, Cristina terá a obediência direta de 19. Com apoios ocasionais de outros 3, somente dois governadores - Maurício Macri, do Distrito Federal de Buenos Aires, e Cláudio Poggi, de San Luis - representam a oposição. Macri diz que pretende evitar confrontos com a presidente.

Na Câmara de Deputados, a presidente Cristina - que comanda a Frente pela Vitória, uma sublegenda do Partido Justicialista (peronista) - contará com 115 parlamentares próprios, além de 20 aliados. Portanto, ela terá 135 deputados (6 cadeiras a mais do número necessário para o quórum, de 129 cadeiras). Encerra-se a fase dos últimos dois anos, quando o governo ficou em minoria.

Cristina herdará do governo anterior - isto é, dela mesma - uma série de problemas econômicos. A equipe da área permanecerá praticamente a mesma, à exceção do ministro da Economia - já que o ocupante dessa pasta, Amado Boudou, será seu vice-presidente.

Desde as eleições, em 23 de outubro, a presidente afastou-se dos sindicatos - o histórico suporte político dos governos peronistas - e aproximou-se do empresariado, com o qual havia tido uma relação tensa desde sua posse, em 2007. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Cristina Kirchner designou hoje o diplomata de carreira Luis María Kreckler para ser o novo embaixador da Argentina em Brasília. Kreckler, que substituirá o embaixador Juan Pablo Lohlé - que estava no posto há oito anos e meio - é o atual Secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina. Kreckler, que também é o vice-chanceler, foi o responsável na prática por grande parte das negociações comerciais argentinas nos últimos tempos.

A presidente Cristina solicitou nesta segunda-feira o placet ao Brasil. A resposta positiva do governo da presidente Dilma Rousseff foi imediata.

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Com esta designação a presidente Cristina pretenderia estabelecer uma coordenação mais fluida com o Brasil nos âmbitos das negociações internacionais. Esta é a primeira vez em décadas que a Argentina envia como embaixador ao Brasil um diplomata que ocupou o cargo de vice-chanceler (ao contrário do Brasil, que quase sempre enviou à Argentina diplomatas de peso para o posto de embaixador em Buenos Aires). Além disso, será a terceira vez em 23 anos que a Argentina terá um diplomata de carreira na embaixada em Brasília.

O Palácio San Martín, sede da chancelaria argentina, emitiu um comunicado no qual ressaltou que, com esta designação, "o governo argentino ratifica a importância do Brasil como um sócio estratégico de máxima prioridade. Os novos desafios que o contexto internacional apresenta implica em maximizar a coordenação das decisões políticas e econômicas de ambos países, tanto na esfera bilateral como nos foros regionais e globais".

O Palácio San Martín também informou que Kreckler fez parte de seus estudos de segundo e terceiro grau no Brasil.

Homem de confiança de Cristina Kirchner, Kreckler era um dos nomes especulados para ocupar o posto de chanceler no segundo mandato da presidente, reeleita dia 23 de outubro. Os rumores no âmbito diplomático indicam que a presidente Cristina estaria a ponto de remover o chanceler Héctor Timerman.

Lohlé é um dos nomes cotados para ocupar o comando do palácio San Martín, sede de chancelaria argentina. Outro nome que circula com força para substituir Timerman é o de Jorge Arguello, atual embaixador argentino na ONU.

Habilidade

Formado em Sociologia, Kreckler é famoso por sua habilidade de adaptar-se às mais variadas circunstâncias. No início dos anos 90, desde seu posto de cônsul no Panamá, colocou o governo do então presidente Carlos Menem em contato com o cubano Jorge Mas Canossa, líder dos grupos anticastristas de Miami, que lhe abriu as portas para o governo do presidente George Bush. No entanto, uma década e meia depois, durante o governo de Cristina Kirchner, Kreckler foi o responsável pelo sucesso de uma missão empresarial argentina a Cuba que aumentou o comércio bilateral argentino com a ilha caribenha.

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