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O governo da Argentina baniu quatro companhias de petróleo britânicas de atuar no país por 20 anos, sob o argumento de que elas violaram as leis do país ao operar nas águas em torno das ilhas Malvinas, controladas pelo Reino Unido. A proibição se aplica a Borders & Southern Petroleum, Desire Petroleum, Argos Resources e Falkland Oil & Gas.

As relações entre a Argentina e o Reino Unido, que chegaram a travar uma guerra pelo controle das ilhas em 1982, deterioraram novamente a partir de 2010, quando companhias britânicas começaram a explorar petróleo e gás na região. As ilhas são controladas pelo Reino Unido desde a década de 1830, quando tropas britânicas expulsaram os moradores e instalaram uma colônia Desde então, a Argentina vem exigindo a devolução do arquipélago.

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O Reino Unido também está em uma disputa com a Espanha sobre o território de Gibraltar, no extremo sudeste da península ibérica, que controla a passagem entre o Atlântico e o Mediterrâneo. A Marinha britânica enviou navios de guerra para a região esta semana, numa tentativa de intimidar o governo espanhol e levá-lo a reduzir um novo imposto sobre o tráfego de veículos na fronteira de Gibraltar. Muitas das pessoas que trabalham na colônia britânica, que é um paraíso fiscal, moram em território espanhol e não pagam Imposto de Renda no país onde vivem. Fonte: Dow Jones Newswires.

O ex-ditador argentino Leopoldo Galtieri aguarda no inferno a chegada da ex-primeira-ministra britânicaLeopoldo Galtieri, ironizou nesta terça-feira o jornal argentino Página/12, em referência aos governantes que, em 1982, se lançaram em uma guerra pelas Ilhas Malvinas (Falklands).

A morte de Thatcher aos 87 anos ocupou as primeiras páginas da imprensa de Buenos Aires, que basicamente destacou sua participação na guerra das Malvinas, que se estendeu por 74 dias e deixou mais de 900 mortos (649 argentinos, 255 britânicos e três moradores das ilhas).

O Clarín, o jornal de maior circulação do país, destacou, por sua vez, que o legado da ex-primeira-ministra britânica "é tão controvertido como foi seu governo, que deixou um reino dividido por suas políticas, um país privatizado e sem indústrias, sindicatos arrasados, mineiros sem meios de vida, um partido conservador que se esqueceu da responsabilidade social e enterrou a solidariedade, a favor de um individualismo onde floresceram os novos ricos".

O jornal La Nación destacou, por outro lado, o silêncio do governo argentino diante da notícia da morte e o episódio do afundamento do navio "General Belgrano", em 2 de maio de 1982, com um saldo de 323 mortos.

"Para muitos argentinos, tratou-se de um crime de guerra, já que Belgrano estava fora da zona de exclusão delimitada unilateralmente pelos britânicos", afirmou La Nación.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que pediu ao papa Francisco que ajude na longa disputa entre Argentina e Reino Unido a respeito das ilhas Malvinas, chamadas de Falklands pelos britânicos.

Cristina disse aos jornalistas após o encontro nesta segunda-feira com o novo papa, no Vaticano, que pediu sua intercessão para "facilitar o diálogo" sobre as ilhas.

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Na semana passada, o primeiro-ministro britânico David Cameron disse que não concorda com a opinião de Francisco sobre as ilhas. Quando o papa, que nasceu na Argentina, ainda era arcebispo de Buenos Aires, ele foi citado declarando que o Reino Unido "usurpou" as ilhas.

Argentina e Reino Unido travaram uma guerra em 1982 por causa das ilhas. No início deste mês, os moradores locais, conhecidos como kelpers, participaram de um referendo no qual a grande maioria decidiu que o arquipélago deve permanecer como um território britânico ultramarino.

Não se sabe como o papa respondeu ao pedido de Cristina. As informações são da Associated Press.

Buenos Aires – As Ilhas Malvinas (Falkland, para os ingleses) se preparam para um referendo que começa neste domingo (10). Durante dois dias, pouco mais 1,6 mil eleitores vão dizer se querem que o pequeno arquipélago no Atlântico Sul mantenha o status de território ultramar britânico. A votação aumentou a tensão entre os governos britânico e argentino, que reivindicam a soberania do arquipélago.

O Reino Unido diz que cabe aos moradores decidirem seu futuro, mas a Argentina afirma que o referendo não passa de um golpe publicitário. “As Malvinas são um território colonizado pelos britânicos, que instalaram nas ilhas uma população britânica”, explicou o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado argentino, Daniel Filmus. “Agora os britânicos vão perguntar aos britânicos se querem ser cidadãos britânicos. Todo mundo já sabe o que vão responder. É uma provocação.”

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Os argentinos acusam os britânicos de terem tomado deles as ilhas em 1833 e de descumprirem as resoluções das Nações Unidas para negociar a soberania do arquipélago, que fica a menos de 500 quilômetros de distância da costa argentina e a 12 mil quilômetros de Londres. O ex-ditador argentino Leopoldo Galtieri tentou resolver o impasse pela força, enviando tropas ao arquipélago em 1982.

O resultado foi uma guerra com o Reino Unido que terminou em derrota para os militares argentinos: o fracasso militar contribuiu para a queda da ditadura em 1983. Mas mesmo na democracia, a Argentina continua reivindicando a soberania das Malvinas. E, apesar das resoluções das Nações Unidas, o Reino Unido diz que não vai negociar.

A tensão entre os dois países aumentou no ano passado. O trigésimo aniversário da guerra coincidiu com a descoberta de petróleo nas águas que rodeiam as ilhas. Desde o fim do conflito armado, o arquipélago enriqueceu: a presença militar britânica permitiu aos habitantes desenvolverem a pesca, porque contavam com navios de guerra para protegê-los de embarcações piratas. Investimentos em infraestrutura deram lugar ao turismo.

Hoje os 2,5 mil residentes das ilhas têm uma renda per capital anual de US$ 32 mil – três vezes maior que a argentina. “Vai ser um referendo sem surpresas. Não consigo pensar em uma única pessoa que prefira ser argentino que britânico”, disse à Agência Brasil, Arlette Betts, proprietária de uma pensão nas Malvinas. Ainda assim, as ilhas nunca estiveram tão cheias como nos últimos tempos. “Não temos mais quartos para alugar, tamanha a quantidade de jornalistas e observadores que estão vindo para ca para acompanhar o referendo”, acrescentou Arlette.

Os resultados da votação serão divulgados na madrugada de terça-feira (12), de acordo com o horário oficial de Brasília. Mas o referendo é apenas mais um capítulo de um debate que dura dois séculos. Nas Nações Unidas, as Malvinas (ou Falkland) ainda são um território em disputa.

O governo britânico se declarou nesta sexta-feira (1°) "decepcionado" com a recusa da Argentina de aceitar a presença de uma delegação de funcionários das Ilhas Malvinas durante uma reunião ministerial bilateral prevista para a próxima semana em Londres.

O chefe da diplomacia britânica, William Hague, convidou o colega argentino Héctor Timerman, que deve viajar a Londres na próxima semana, a celebrar uma reunião com autoridades deste arquipélago do Atlântico Sul, cenário de uma guerra entre os dois países em 1982.

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Mas Timerman rejeitou a presença de "uma terceira parte", alegando que se trata de "um conflito de soberania", e considerou que a proposta representa uma negativa a uma reunião bilateral que ele havia solicitado.

"Estamos decepcionados que a reunião tenha sido cancelada", disse um porta-voz do Foreing Office.

"Estamos abertos a discutir assuntos bilaterais e queremos desenvolver uma relação construtiva com a Argentina", completou.

Os quase 3.000 habitantes das Malvinas (Falkland, para os ingleses) participarão em um referendo nos próximos 10 e 11 de março para decidir se desejam continuar como Território de Ultramar do Reino Unido, uma consulta rejeitada pela Argentina, que considera os moradores como uma "população implantada".

O navio "Santíssima Trinidad", que liderou o desembarque das tropas argentinas pouco antes da guerra das Ilhas Malvinas (1982), sofreu uma avaria e afundou diante de uma base da Marinha, 600km ao sul de Buenos Aires, informou a instituição.

A embarcação, que foi retirada do serviço ativo em 2004, sofreu uma avaria por causa da ruptura de uma tubulação de 6 polegadas, o que ocasionou a entrada de água que superou a capacidade das bombas, informou a marinha em um comunicado.

Os técnicos estão esperando que o destroier que estava atracado no Porto Belgrano toque o fundo do mar para começar a repará-lo.

As autoridades tinham previsto converter o navio num museu.

O "Santíssima Trinidad", que Argentina comprou da Grã-Bretanha pouco antes do conflito bélico, é da mesma classe que os destroieres da Marinha britânica, "Sheffield" e "Coventry", afundados pelas tropas argentinas.

A Guerra das Malvinas deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, publicou uma carta aberta no jornal britânico Guardian e em outros periódicos do Reino Unido, nesta quinta-feira (3), pedindo ao primeiro-ministro do país, David Cameron, que devolva as disputadas Ilhas Malvinas (ou Falkland, como são conhecidas na Inglaterra). Na nota, Kirchner afirmou que o território localizado no Atlântico Sul foi "tirado à força" da Argentina há 180 anos "em um exercício flagrante do colonialismo do século XIX".

"Desde então, o Reino Unido, potência colonial, tem se recusado a devolver os territórios para a República da Argentina, impedindo assim a restauração da integridade territorial", escreveu a presidente. Kirchner também declarou que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) adotou uma resolução, em 1965, que considerava as ilhas como um caso de colonialismo e convidava o Reino Unido e a Argentina a manter negociações sobre as reivindicações territoriais.

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"Em nome do povo da Argentina, eu reitero nosso convite para que respeitemos a resolução das Nações Unidas", escreveu Cristina, na carta. As exigências foram feitas agora, no começo do ano, quando os cidadãos das ilhas devem realizar um referendo sobre o status político do arquipélago em uma tentativa de acabar com a disputa pelo território.

As tensões entre o Reino Unido e a Argentina ressurgiram em 2012 por causa do 30º aniversário da curta, mas sangrenta, guerra pelo controle das ilhas. Na batalha, 255 soldados britânicos e 649 militares argentinos foram mortos.

Cameron se recusou a discutir a soberania das ilhas e os dois líderes entraram em choque publicamente por causa do tema na cúpula do G-20, em junho de 2012, no México. Em uma mensagem de Natal para os cidadãos das ilhas, o primeiro-ministro do Reino Unido acusou a Argentina de negar aos três mil residentes o direito de escolha sobre qual governo eles preferem, além de subestimar a economia da região.

Na carta publicada hoje (3), Kirchner, acusa o Reino Unido de expulsar os cidadãos argentinos das ilhas quando os britânicos tomaram controle da região e começaram "o processo de ocupação populacional similar ao aplicado em outros territórios sob regime colonial". Ela acrescentou que o tema é "uma causa abraçada pela América Latina e pela vasta maioria das pessoas e governos no mundo que rejeitam o colonialismo".

Em resposta, uma porta-voz do ministério de Relações Exteriores do Reino Unido disse que os residentes das ilhas "são britânicos e escolheram essa cidadania". "Eles ainda são livres para escolher seus próprios futuros, tanto politicamente quanto economicamente, e têm o direito da autodeterminação como estabelecido pela Carta da ONU", declarou. A porta-voz ainda afirmou que "negociações não podem ser feitas sobre a soberania das Ilhas Falkland a não ser, até o momento que os cidadãos queiram".

As informações são da Dow Jones.

Aviões argentinos usaram o território brasileiro - mais especificamente, o aeroporto do Recife - para trazer um amplo arsenal da Líbia de Muamar Kadafi para a junta militar de Buenos Aires durante a Guerra das Malvinas. A informação, que inclui detalhes sobre as armas líbias e acusações contra o governo de João Batista Figueiredo, está entre os 6 mil documentos secretos da guerra de 1982 que o National Archives, de Londres, liberou ontem.

A inteligência britânica usava um informante no Recife que conseguiu entrar em um dos aviões que faziam a "ponte aérea" Líbia-Argentina. Londres confrontou o Itamaraty com a informação, mas a chancelaria brasileira silenciou sobre o caso. Em uma reunião de gabinete, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, chegou a estudar a possibilidade de abater um desses aviões argentinos que faziam escala no Brasil.

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Os britânicos estavam convencidos de que o "mais alto escalão" do governo brasileiro tinha pleno conhecimento da operação entre argentinos e líbios. O Brasil, que representava os interesses da Argentina em Londres, não teria coragem de enfrentar a questão, acusam os britânicos.

Rubens Ricupero, à época responsável do Itamaraty para assuntos sul-americanos, confirma que o embaixador britânico no Brasil, George Hardings, reclamou do suposto uso do Recife como entreposto para envio de armas da Líbia à Argentina. "Ele me trazia com muita frequência esse tipo de reclamação. Eu reportava isso ao ministro (Ramiro Saraiva Guerreiro) e o assunto ia para a área de inteligência do governo, principalmente para o Serviço Nacional de Inteligência (SNI). Nunca tive um retorno", diz Ricupero.

No entanto, ele afirma ser "pouco plausível" a informação de que o Brasil tinha participação na operação. "Não havia intenção nossa em manter a disputa (nas Malvinas) acesa. Sempre houve muita especulação, mas acho que era fantasia (dos britânicos)." Londres pediu ajuda à Casa Branca para pressionar o Brasil. De acordo com um telegrama de 1.º de junho, os americanos sabiam da rota Líbia-Argentina via Recife. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, disse que seu país não tocará em assuntos políticos durante a Olimpíada de Londres, apesar da disputa de longa data com o Reino Unido pelas Ilhas Malvinas, que os ingleses chamam de Falkland.

"Eles estão esperando alguma atitude tola de nossa parte, mas não misturamos as coisas", afirmou Cristina, durante cerimônia ontem para o envio da delegação argentina aos Jogos Olímpicos, que acontecerão entre 27 de julho e 12 de agosto. "Não precisamos fazer nada para interferir com os esportes. Defendemos nossos direitos nos fóruns apropriados", acrescentou.

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Cristina também classificou de "divina" uma propaganda muito divulgada na Argentina, na qual um atleta é mostrado treinando nas Malvinas, com o slogan: "Para competir em solo inglês, treinamos em solo argentino".

O Comitê Olímpico argentino já havia pedido anteriormente que o evento em Londres não fosse usado como "plataforma de política".

As tensões entre a Argentina e o Reino Unido em relação às disputadas ilhas ganharam força após o 30º aniversário do fim da Guerra das Malvinas, no último dia 14.

A invasão das ilhas pela Argentina, em 1982, causou uma guerra que matou 255 soldados ingleses e 650 argentinos ao longo de 74 dias.

A Argentina perdeu o conflito, mas já fez inúmeras reivindicações de soberania sobre o arquipélago, que está sob domínio inglês desde 1833.

Há poucos dias, o governo local das Malvinas disse que fará um referendo no ano que vem para determinar a que país os residentes gostariam de pertencer, mas a troca de palavras ásperas entre argentinos e ingleses continua. As informações são da Dow Jones.

A disputa entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania das Ilhas Malvinas interrompeu nesta terça-feira a segunda sessão plenária do G-20, em Los Cabos, no México. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e a presidente argentina, Cristina Kirchner, foram protagonistas de um bate-boca sobre o assunto, segundo relatou o porta-voz da Casa Rosada, Alfredo Scoccimarro, em entrevista aos jornalistas argentinos que trabalham na cobertura da reunião.

"O primeiro-ministro britânico se aproximou da bancada da presidente, para agradecer-lhe o apoio à criação de um banco central europeu que atue como provedor de crédito de última instância, para dissipar temores pelo euro", disse o porta-voz. Cristina respondeu, conforme relato do porta-voz, que havia visto nas manchetes dos principais jornais internacionais e que a informação que estava circulando não era reflexo fiel do que estava ocorrendo na cúpula do G-20. Porém, inesperadamente, segundo Scoccimarro, Cameron a interrompeu e exigiu-lhe que respeite o resultado do referendo que os kelpers (habitantes das ilhas) realizarão em 2013 sobre o status político do arquipélago.

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"A presidente que justamente tinha um envelope com os papéis de todas as resoluções das Nações Unidas sobre a questão das Malvinas, disse que queria entregar-lhe, porque o que realmente havia que respeitar são as cláusulas das 40 resoluções das Nações Unidas e de seu Comitê de Descolonização", detalhou o porta-voz. Cameron respondeu que não ia falar de soberania e Cristina contestou que "tampouco pretendia falar sobre o assunto" e que "só queria entregar em mãos o envelope". Sempre de acordo ao relato do porta-voz argentino, Cameron pegou o envelope e regressou à sua bancada.

O ministro argentino das Relações Exteriores, Héctor Timerman, afirmou que a situação evidencia que "o aumento do apoio que a posição argentina tem tido no mundo está pesando no governo britânico". E que "é a primeira vez que esse diálogo sucede" e o governo britânico "se vê obrigado a responder publicamente". No último dia 14, aniversário do fim da Guerra das Malvinas, enquanto Cristina Kirchner defendia a soberania argentina perante o Comitê de Descolonização da ONU, Cameron hasteava a bandeira das Falkland (como os britânicos chamam as Malvinas) em sua residência oficial. Na ocasião, Cristina reiterou pedido para que o Reino Unido se sente para negociar.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, voltaram a elevar o tom no conflito diplomático entre os dois governos em torno da soberania das Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos). No dia de seu primeiro discurso perante o Comitê de Descolonização do Conselho das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o governo argentino publicou em jornais britânicos um anúncio publicitário de meia página no qual Cristina Kirchner reitera o pedido ao Reino Unido para que "dê uma chance à paz" e se sente para negociar a soberania do arquipélago.

Intitulado "Vamos colocar um fim ao colonialismo acatando resoluções das Nações Unidas", o texto afirma que as ilhas do Atlântico Sul - Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul - "são um caso colonial anacrônico". O anúncio é parte do cronograma de ação do governo argentino para recordar o aniversário de 30 anos do fim da Guerra das Malvinas, que durou três meses, deixou um saldo de centenas de mortos e feridos e uma dura derrota para a Argentina. Cristina ressaltou que as ilhas e área marítima circundante estão localizadas no extremo sul do continente americano, a menos de 700 quilômetros da costa argentina e a 14 mil quilômetros de distância do Reino Unido.

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"Há 179 anos, no dia 3 de janeiro de 1833, a força naval britânica expulsou as autoridades legítimas argentinas e a população das Ilhas Malvinas. Desde então, a Argentina tem pedido, sem descanso, sua restituição em foros nacionais e internacionais", relatou. Também destacou que, "desde 1965 a ONU adotou 39 resoluções exigindo que o Reino Unido e a Argentina negociem uma solução pacífica para colocar fim na disputa". Além destas, continuou, outras resoluções no mesmo sentido foram adotadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA), o Grupo do Rio, a União das Nações Sul-americanas (Unasul), a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e o Mercosul, entre outros. Porém, lamentou a mandatária argentina. A "Grã-Bretanha se negou, invariavelmente, a cumprir estas resoluções".

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fará nesta quinta-feira um pronunciamento no Comitê de Descolonização da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo intermediação da organização na negociação com o Rei Unido sobre a soberania nas ilhas Malvinas, conhecidas pelos britânicos como Falklands. A data marca o 30º aniversário do final da guerra travada entre os dois países em 1982.

Trata-se da primeira vez em que um chefe de Estado participa da reunião anual do comitê, criado em 1961. A reivindicação da presidente conta com o apoio de vários países. Já o arquipélago será representado por dois integrantes de sua Assembleia Legislativa, acompanhados por seis jovens moradores das ilhas.

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A Argentina afirma que o Reino Unido ocupa ilegalmente das ilhas desde 1833. Os britânicos contestam a reivindicação argentina afirmando que o país sul-americano ignora as vontade dos 3 mil moradores locais, que já expressaram seu desejo de se manterem ligados ao Reino Unido. Já o governo argentino afirma que os moradores não têm o direito unilateral de decidir o destino da ilha.

A disputa resultou numa breve guerra em 1982, quando o governo do ditador militar argentino Leopoldo Galtieri invadiu o arquipélago, que fica a 460 quilômetros da costa da Argentina.

Cristina pediu que o Comitê de Descolonização, formado por 24 membros, marcasse sua reunião anual nesta quinta-feira para coincidir com o fim do conflito, que durou 74 dias. O objetivo da medida parece ter sido de dar mais visibilidade à disputa.

Há cerca de uma ano a Argentina tem intensificado sua campanha para levar o Reino Unido a realizar conversações sobre a soberania das ilha, tema enfatizado em todos os fóruns internacionais. A Argentina afirma que sua reivindicação tem amplo apoio na América Latina. Nesta semana, os Estados Unidos reiteraram sua neutralidade sobre a questão.

O governo das ilhas Malvinas anunciou na terça-feira a realização, no ano que vem, de um referendo sobre o futuro político do arquipélago.

O primeiro-ministro britânico David Cameron disse que seu país vai obedecer a escolha dos moradores das ilhas expressada no referendo e pediu à Argentina e seus aliados que façam a mesma coisa.

Em mensagem sobre o aniversário do final da guerra, ele disse que "o referendo do ano que vem vai estabelecer a escolha definitiva dos moradores das Falklands de uma vez por todas". "E da mesma forma como apoiamos os moradores das ilhas no passado, o faremos no futuro", afirmou ele. As informações são da Associated Press.

O governo das ilhas Malvinas, chamadas de Falklands pelos britânicos, anunciou nesta terça-feira que realizará um referendo para que os moradores locais digam se querem que o território continue a pertencer ao Reino Unido.

O presidente da Assembleia Legislativa das ilhas, Gavin Short, disse que quer realizar o referendo "não porque temos dúvidas sobre o que somos e o futuro que queremos, mas sim para mostrar ao mundo a certeza que temos".

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Os moradores das Malvinas "querem que as ilhas continuem sendo um território autônomo ultramar do Reino Unido", acrescentou Gavin.

As ilhas são reclamadas tanto pelo Reino Unido como pela Argentina. A guerra de palavras entre os dois países tem aumentado com o 30º aniversário da guerra, fruto da tentativa argentina de recuperar o arquipélago à força em 1982. As informações são da Associated Press.

Trinta anos depois da Guerra das Malvinas, documentos secretos mostram que o governo militar brasileiro temia que o conflito entre Argentina e Grã-Bretanha abrisse as portas do continente para a influência comunista da União Soviética e até mesmo acelerasse o programa nuclear argentino.

Papéis confidenciais guardados no Arquivo Nacional, em Brasília, aos quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, revelam que o Brasil monitorou diariamente o andamento da crise entre os dois países. Os militares brasileiros, porém, tiveram especial preocupação com a ajuda que a então União Soviética poderia prestar aos argentinos como contraponto à aliança da Grã-Bretanha com os EUA.

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O documento de número 350, produzido pelo Centro de Informações da Marinha (Cenimar), de 19 de abril de 1982 e classificado como secreto, revela que a inteligência brasileira soube que os soviéticos teriam se comprometido a repassar uma carga de 100 quilos de urânio enriquecido aos argentinos. O relatório não informa o grau de enriquecimento do material. "Obteve-se informe de que, em cumprimento a negociações secretas anteriores, a União Soviética comprometeu-se a entregar à Argentina 100 quilos de urânio enriquecido para seu programa nuclear, tendo sido assinado em Buenos Aires um convênio entre a Comissão Nacional de Energia Atômica e a Teschmabexport (entidade soviética de comércio exterior)."

Segundo o mesmo documento, os soviéticos teriam elaborado uma espécie de operação com outros países de seu grupo de influência, como Cuba, Angola e Líbia, para poder repassar armas aos argentinos de forma indireta, sem chamar a atenção da comunidade internacional.

O avião que levava o embaixador de Cuba em Buenos Aires chegou a ser interceptado quando sobrevoou o espaço aéreo brasileiro. O documento do Cenimar faz referência ao episódio citando ainda a participação do líder cubano Fidel Castro e de seu colega líbio Muamar Kadafi na suposta operação de ajuda militar para a Argentina.

"Há indícios de que militares soviéticos se encontram em Buenos Aires auxiliando a Marinha argentina a levantar dados sobre a força-tarefa britânica que foi deslocada para a área das Malvinas. Os soviéticos solicitaram a Kadafi que a Líbia fornecesse à Argentina aviões e mísseis de procedência russa para que a URSS não aparecesse sozinha como responsável pelo fornecimento de armas", diz o documento.

"O embaixador cubano em Buenos Aires, cujo avião foi interceptado no espaço aéreo brasileiro, foi portador de uma mensagem de Fidel Castro aos argentinos em que, em nome do governo de Angola, oferece as bases aéreas angolanas como escala operacional para manter uma ponte aérea entre a Líbia e a Argentina", acrescenta o relatório. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às vésperas do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, a pressão da Argentina para abrir o diálogo com o Reino Unido sobre a soberania do arquipélago ganhou apoio de seis prêmios Nobel da Paz: Adolfo Pérez Esquivel (Argentina), Rigoberta Menchu Tum (Guatemala), Jody Williams (Estados Unidos), Desmond Tutu (África do Sul), Shirin Ebadi (Irã) e Mairead Corrigan Maguire (Irlanda do Norte). Eles lançaram uma campanha internacional para recolher assinaturas a uma mensagem endereçada ao primeiro ministro do Reino Unido, David Cameron, na qual transmitem a preocupação em relação à disputa territorial e pedem a abertura do diálogo.

A mensagem transcreve trecho da Resolução 2065 da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), de dezembro de 1965, na qual o organismo reconhece a existência da disputa sobre a soberania das Ilhas Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul, e "convida os governos do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte e da República Argentina a prosseguir, sem demora, as negociações recomendadas pelo Comitê Especial de Descolonização (...), a fim de encontrar uma solução pacífica ao problema". A carta replica partes de várias outras decisões da ONU no mesmo sentido, algumas delas, ressaltando "os contínuos esforços realizados pelo governo argentino" para cumprir as determinações.

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"Queremos recordar que na atualidade, a região latino-americana e o Caribe constituem um território de paz e de prosperidade, enquanto que no resto do mundo, muitas regiões padecem conflitos bélicos que colocam em sério risco a paz mundial", disse a carta.

Os prêmios Nobel da Paz fizeram uma grave advertência: "o não cumprimento por parte do Reino Unido das resoluções da ONU, a falta de vontade para dialogar com um país democrático (Argentina) e com vocação de paz plenamente demonstrada, e a instalação e manutenção de uma base militar neste continente (nas Ilhas Malvinas), seu constante reforço e a realização de manobras militares aeronavais, colocam em sério risco a paz e a convivência nesta parte do mundo".

Por isso, concluiu a carta, "solicitamos que o governo britânico reveja sua posição de não dialogar este tema e reiteramos nosso pedido de cumprimento das Resoluções das Nações Unidas para dialogar com a República Argentina". A campanha liderada pelos seis prêmios Nobel da Paz foi anunciada hoje pelo argentino Adolfo Pérez Esquivel, em entrevista coletiva à imprensa estrangeira e através de seu site www.adolfoperezesquivel.org. As adesões podem ser feitas pelos endereços de email: granosdesalpormalvinas@gmail.com e grainofsaltformalvinas@gmail.com.

O governo do Peru cancelou, nesta segunda-feira, a visita de uma fragata da Marinha do Reino Unido ao país, em solidariedade à Argentina, que reivindica a posse da Ilhas Malvinas (Falkland), controladas pela Grã-Bretanha.

A decisão reforça o apoio do Peru à Argentina na questão envolvendo a soberania do arquipélago, disse o chanceler peruano Rafael Roncagliolo à agência de notícias oficial "Andina". A fragata britânica Montrose deveria atracar quinta-feira no porto de Callao, em Lima, para uma visita de cortesia. Roncagliolo disse que o evento foi cancelado como parte do acordo promovido pela União de Nações Sul-Americanas (Unasul) em apoio à Argentina.

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Chanceleres de 12 nações da Unasul solicitaram, no sábado, que o Reino Unido discuta a soberania das ilhas com a Argentina, "em conformidade com as resoluções das Nações Unidas." A embaixada do Reino Unido em Lima "lamentou" o cancelamento da visita, cujo convite havia sido feito pelo Peru. As informações são da Dow Jones.

A Argentina ganhou a defesa de mais um famoso na briga com o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas. Primeiro, foi o ator norte-americano Sean Penn que defendeu a reivindicação argentina para que os ingleses se sentem para negociar a disputa. Agora, foi a vez do músico inglês Roger Waters, ex-líder da legendária banda Pink Floyd. "As Malvinas são argentinas", disse Waters em uma entrevista para a emissora Televisão Nacional de Chile (TVN), em Santiago, no Chile.

Segundo relatou o repórter que o entrevistou, Amaro Gómez-Pablos, em seu twitter, o músico opinou que "em 1982, a Guerra das Malvinas salvou a carreira política da primeira-ministra Margaret Thatcher, mas matou muitos britânicos e argentinos". Waters desembarcou na capital chilena nesta terça, para realizar shows na sexta e no sábado. A turnê "The Wall" chegará a Buenos Aires no dia 7, para nove espetáculos no estádio de futebol River Plate.

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As declarações do músico foram dadas no mesmo dia em que o governo britânico protestou contra a decisão da província de Tierra del Fuego de impedir o entrada de dois cruzeiros com bandeira inglesa ao porto de Ushuaia. O secretário de Estado Jeremy Bowne disse que a medida foi "uma fonte de tristeza e frustração" para o grupo de britânicos que está de férias. "Nós inscrevemos a relação com a Argentina em um espírito de amizade e é triste que eles nem sempre façam o mesmo", disse Bowne no parlamento, segundo as agências internacionais.

O deputado trabalhista John Spellar defendeu que o governo britânico apresente uma denúncia formal junto à Organização Marítima Internacional sobre a medida considerada por ele "completamente injustificada". Spellar afirmou que os britânicos "estão indignados" pela decisão das autoridades portuárias de Ushuaia, ontem, de não permitir a entrada dos cruzeiros "Carnival Adonia" e "Star Pincess" no porto da cidade. O conflito entre a Argentina e o Reino Unido tem escalado com a proximidade do aniversário de 30 anos da guerra entre os dois países pela posse do arquipélago, ocupado pelos ingleses.

Em plena escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, a presidente argentina Cristina Kirchner decidiu realizar visita oficial ao Chile nos dias 15 e 16 de março. A viagem já havia sido postergada duas vezes e foi anunciada um dia após notícia de uma ligação telefônica do primeiro ministro britânico, David Cameron, ao presidente chileno, Sebastián Piñera. Na conversa, Piñera teria confirmado o apoio do Chile à causa argentina, segundo informou o jornal chileno La Tercera. Porém, o governo britânico prepara uma visita do chanceler William Hague ao Chile nas próximas semanas.

Fontes do governo disseram à imprensa chilena que Piñera e Cameron conversaram sobre a posição de cada país sobre o conflito envolvendo o arquipélago. E ambos respeitaram suas respectivas opiniões sobre o assunto. Em dezembro, o Chile se uniu aos demais países do Mercosul no apoio à decisão argentina de não permitir embarcações com bandeira das Malvinas (Falkland para os ingleses) em seus portos. Durante a ligação, Cameron confirmou visita ao Chile, no início de 2013 por ocasião da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia.

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Segundo nota do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Cristina vai viajar acompanhada por uma "importante delegação" para realizar reuniões de trabalho com o Piñera e discutir assuntos da agenda bilateral e regional. O Chile é uma peça fundamental na disputa, já que o único voo ao arquipélago sai do território chileno, em Punta Arenas, com escala em El Calafate, na Patagônia argentina. Desde o fim do ano passado, a presidente argentina trabalha fortemente para conquistar apoios para obrigar o Reino Unido a negociar a soberania das Malvinas.

A tensão entre os dois países tem se aprofundado com a proximidade do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. Nesta quarta-feira (15), o governo argentino soube que integrantes da Comissão de Defesa do Parlamento britânico vão visitar as Ilhas Malvinas no próximo mês para inspecionar as atividades militares no arquipélago. A informação que foi publicada pelos jornais The Times e The Guardian, não indicou nenhuma data para a viagem, mas especificou que o objetivo é conhecer as instalações militares da base de Mount Pleasant. A decisão dos parlamentares foi tomada após apresentação de denúncia do governo argentino junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de uma "militarização do Atlântico Sul". Em nota, a chancelaria argentina afirmou que a presença dos parlamentares britânicos "é uma confirmação das prioridades do Reino Unido, que corroboram as denúncias realizadas pela Argentina".

"As Ilhas Malvinas têm sido transformadas pelo Reino Unido em uma peça chave de um sistema de bases militares a milhares de quilômetros de Londres para o controle do Atlântico Sul, os acessos interoceânicos e a projeção à Antártida, assegurando também, desta forma, a exploração dos recursos naturais do Atlântico Sul que pertencem ao povo argentino", disse a nota.

O ator norte-americano Sean Penn está acusando a imprensa britânica de pressionar por uma guerra em vez do uso da diplomacia para resolver a disputa do Reino Unido com a Argentina sobre as ilhas Malvinas, chamadas de Falkland pelos ingleses. Ele afirmou ainda que os jornalistas britânicos haviam distorcido as declarações dele no dia anterior em apoio à pressão da Argentina por um acordo negociado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a soberania do arquipélago. "Bom jornalismo salva o mundo. Mau jornalismo o destrói", disse.

O jornal conservador Daily Mail, de Londres, classificou a declaração do ator como "um ataque vergonhoso à imprensa" por um "ator norte-americano de inclinação esquerdista" e citou Patrick Mercer, um membro do Parlamento, que chamou os comentários de Penn de "idiotas".

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"As pessoas não são pessoas sensíveis à palavra colonialismo, principalmente aquelas que implementam o colonialismo", disse Penn na terça-feira. Em seguida, ele avançou em suas críticas em relação às ações britânicas dias antes do aniversário de 30 anos do conflito pelas Malvinas, ocorrido em 1982 e que resultou na morte de mais de 900 pessoas.

O Reino Unido informou que não vai negociar com a Argentina enquanto os moradores da ilha preferirem ser britânicos. O país enviou o príncipe William para uma missão de seis semanas no arquipélago, junto com o poderoso destroier HMS Dauntless. O governo inglês negou reportagens de que havia enviado um submarino nuclear, possivelmente com mísseis nucleares, para os disputados mares do Atlântico Sul.

"É impensável que o Reino Unido possa ter tomado uma decisão consciente para enviar um príncipe em meio aos militares para as Malvinas, dada a grande sensibilidade emocional de pais e mães, tanto do Reino Unido quanto da Argentina, que perderam filhos e filhas na guerra nas disputadas ilhas, que possuem uma população tão pequena", disse Penn.

O Reino Unido negou que esteja militarizando a disputa e disse que o príncipe William está servindo simplesmente como um piloto de helicóptero de buscas e resgate. Entretanto, Penn classificou isso como uma provocação. As informações são da Associated Press.

A causa argentina para que o Reino Unido aceite sentar-se para discutir a soberania das Ilhas Malvinas ganhou um defensor famoso: o ator norte-americano Sean Penn. Após visita à presidente Cristina Kirchner, nesta segunda-feira, Penn opinou que o conflito deve ser solucionado por meio de negociações diplomáticas com o Reino Unido.

"O enfoque para solucionar o conflito entre a Argentina e o Reino Unido deve ser o diálogo, já que o mundo não pode tolerar focos ridiculamente arcaicos que apontem a continuidade do colonialismo", disse o ator, em entrevista aos jornalistas que cobrem a Casa Rosada.

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Sean Penn visitou a Argentina como embaixador itinerante do Haiti, pelo trabalho comunitário que realiza na reconstrução daquele país devastado por um terremoto em 2010. Penn foi nomeado para o cargo há um mês. "Embora eu esteja aqui como embaixador representante do Haiti, queria aproveitar a oportunidade para destacar o importante que é continuar com os esforços diplomáticos e com as comunicações como única maneira de solucionar a disputa travada entre os dois países pela soberania do arquipélago".

Acompanhado pelo chanceler argentino, Héctor Timermann, o ganhador do Oscar de melhor ator em 2003 e em 2009 e de vários outros prêmios internacionais, destacou que "foi um grande privilégio manter uma reunião com a presidente Kirchner". A declaração de Penn foi feita em um contexto de escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido, próximo ao aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. A Argentina insiste que a Grã Bretanha sente e negocie a soberania das Ilhas, mas os ingleses reiteram que o assunto não está em negociação.

O chanceler Timerman informou que o governo argentino vai formalizar, por escrito, a aceitação da mediação da Organização das Nações Unidas (ONU) no conflito com o Reino Unido. A oferta de mediação foi feita pela ONU na sexta-feira, após denúncia que Timerman apresentou sobre o aumento da presença militar inglesa no arquipélago. "O governo argentino aceita a mediação com o objetivo de buscar uma solução pacífica através do diálogo", disse a chancelaria.

O anúncio sobre a decisão ocorreu no mesmo dia que o jornal inglês The Mirror publicou informação de que dois aviões de guerra TAF Typhoons escoltaram um jato particular que pousou nas Ilhas Malvinas. Segundo o jornal, viajaram na aeronave o capitão de voo da British Airways, Chris McLaughlin, de 51 anos, e sua esposa, em uma escala para abastecer a aeronave com combustível.

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