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O papa Francisco realizou um encontro bastante informal nesta segunda-feira com a presidente argentina, Cristina Kirchner, antes de almoçar com ela em sua residência provisória do Vaticano, anunciou o porta-voz da Santa Sé em uma coletiva de imprensa.

O pontífice argentino e Kirchner realizaram uma reunião de cerca de 15 ou 20 minutos antes de almoçar, acrescentou Lombardi, informando que não será divulgado nenhum comunicado oficial do Vaticano sobre este encontro, classificado por ele de muito informal.

A presidente argentina, no entanto, convocou a imprensa a partir das 12h30 GMT (09h30 de Brasília) no hotel Eden, onde se hospeda e de onde saiu nesta manhã chuvosa com um chapéu preto.

Kirchner e o até a última quarta-feira arcebispo de Buenos Aires Jorge Bergoglio mantêm relações tensas e esperava-se que este encontro, que deveria começar às 12h50 GMT (09h50 de Brasília), servisse para aproximar as duas partes antes da missa de entronização oficial do pontificado de Francisco, na terça-feira.

As divergências entre ambos começaram durante a presidência de seu marido, o falecido Néstor Kirchner, que não apreciava as críticas nas homilias do então arcebispo, que denunciava com frequência o escândalo da pobreza ou o flagelo da droga e do crime na Argentina.

Néstor Kirchner chegou a classificar Bergoglio de "verdadeiro líder da oposição".

A relação ficou ainda mais tensa com a legalização, em 2010, do casamento homossexual na Argentina.

Desde sua eleição, na quarta-feira, a única sombra no início do papado deste austero Papa jesuíta que seduziu os fiéis com sua humildade, sua proximidade e seus discursos simples foram acusações sobre sua suposta passividade durante a ditadura que atingiu a Argentina entre 1976 e 1983, ressuscitadas em seu país e retomadas pela imprensa mundial.

O Papa é criticado por não ter feito o suficiente para proteger dois sacerdotes de sua ordem, Francisco Jalics e Orlando Yorio, sequestrados e torturados pelos militares.

Diante da proporção que o assunto tomou, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, publicou na sexta-feira uma declaração que rejeitava estas acusações como caluniosas e atribuía sua origem à esquerda anticlerical.

Cristina Kirchner é a primeira dos diversos chefes de Estado e de Governo que serão recebidos pelo novo Papa.

Após a cerimônia solene na terça-feira, o pontífice receberá os representantes das 130 delegações oficiais, entre eles a presidente Dilma Rousseff e o líder mexicano, Enrique Peña Nieto, que dirigem os dois países com mais católicos do mundo.

As habilidades diplomáticas do papa Francisco serão colocadas em teste em sua primeira audiência com um chefe de Estado. O novo pontífice vai receber a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, com quem teve grandes discórdias quando ainda era arcebispo de Buenos Aires, em razão das políticas liberais adotadas por seu governo.

A presidente telefonou para o novo papa nesta segunda-feira, um dia antes de ela e outros líderes mundiais participarem da missa de entronização de Francisco, na praça São Pedro.

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Cristina e seu antecessor e marido, Néstor Kirchner, desafiaram os preceitos da igreja ao adotar uma série de medidas, com forte apoio popular, que incluem a obrigatoriedade de aulas de educação sexual nas escolas, a distribuição gratuita de contraceptivos em hospitais públicos e o direitos dos transexuais de mudar de identidade. A Argentina foi o primeiro país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. As informações são da Associated Press.

A presidente argentina, Cristina Kirchner, chegou neste domingo a Roma para participar na terça-feira da missa de entronização de Francisco, o primeiro papa argentino e latino-americano da história, indicou a embaixada argentina na Itália.

Kirchner, que viajou acompanhada de uma delegação governamental, aterrissou pouco depois das três da tarde locais (11h00 de Brasília) no aeroporto de Fiumicino.

O papa Francisco receberá em audiência a presidente argentina na segunda-feira às 11h50 GMT (08h50 de Brasília) na Casa Santa Marta, a residência provisória do pontífice até que possa ser transferido ao seu apartamento no Palácio Apostólico.

A relação entre o até esta semana arcebispo de Buenos Aires Jorge Borgoglio e a presidente sempre foi tensa, especialmente desde a legalização do casamento homossexual, mas este encontro desperta expectativas de aproximação na Argentina.

Kirchner é uma das primeiras chefes de Estado e de governo a chegar a Roma para assistir à cerimônia de entronização do Papa, que neste domingo rezou seu primeiro Ângelus na Praça de São Pedro diante de mais de 100.000 pessoas.

Além de Kirchner, confirmaram presença os presidentes de México, Brasil, Chile, entre outros, assim como o herdeiro da Coroa espanhola e a argentina Máxima Zorreguieta, futura rainha da Holanda.

O Papa Francisco visitará Bento XVI no dia 23 de março em Castelgandolfo, a residência papal próxima de Roma onde o Papa emérito mora desde sua histórica renúncia em 28 de fevereiro, informou o Vaticano.

Antes, na próxima segunda-feira, o pontífice argentino receberá a presidente de seu país, Cristina Kirchner, com a qual mantém uma relação fria.

A audiência acontecerá na Casa Santa Marta, onde o Papa reside temporariamente à espera da mudança para o apartamento pontifício no Palácio Apostólico.

Cristina Kirchner também assistirá no dia seguinte à missa de entronização do novo Papa, ao qual desejou uma "frutífera tarefa pastoral".

Kirchner, que é católica, mantém no entanto uma fria relação com o até semana passada cardeal Jorge Mario Bergoglio, especialmente desde que o Congresso legalizou o casamento gay em 2010.

No próximo dia 23, o Papa Francisco viajará de helicóptero até Castelgandolfo, a 30 da capital italiana, para um almoço com o antecessor.

Francisco conversou por telefone com Bento XVI na quarta-feira, pouco depois da eleição.

Desde então, o novo pontífice reservou palavras afetuosas para o antecessor em cada uma de suas aparições públicas.

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Presidentes e chefes de estado de vários países do mundo se pronunciaram sobre a eleição do novo Papa, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, na última quarta-feira (13). A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em carta divulgada pelo Governo, desejou bom trabalho a Francisco I.

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Já o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que está ansioso para continuar as ações cooperativas entre as Nações Unidas e a Santa Sé. Na reportagem da AFP, confira mais detahes sobre os pronunciamentos da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e da cúpula da União Européia.

 

A presidente argentina, Cristina Kirchner, saudou nesta quarta-feira a designação de Jorge Bergoglio como Papa Francisco I, e lhe desejou um "trabalho pastoral frutífero", ressaltou, em uma carta divulgada pelo governo.

"É nosso desejo que tenha, ao assumir a condução e guia da Igreja, um frutífero trabalho pastoral desempenhando tão grandes responsabilidades em prol da justiça, da igualdade, da fraternidade e da paz da Humanidade", indicou a breve carta de Kirchner, de religião católica, mas mantém uma fria relação com o cardeal primado de Argentina.

Antes de encerrar o ano, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, abriu um novo conflito com os produtores rurais de seu país. A Sociedade Rural Argentina (SRA) confirmou que os pecuaristas vão fazer um locaute de 24 horas amanhã, para protestar contra decreto presidencial que expropriou o tradicional edifício de exposições La Rural, em Buenos Aires. O decreto pegou os produtores de surpresa na véspera do fim de semana.

"Vamos paralisar a comercialização em reação não só aos ataques reiterados do governo contra o campo, especialmente contra a tentativa de confisco da Sociedade Rural", explicou à reportagem o presidente da SRA, Luis Miguel Etchevehere. Segundo ele, o locaute é também contra a decisão oficial de impedir a Federação Agrária (FAA) de emitir um certificado (chamado de 1116), que facilitava a comercialização de grãos entre os associados. A FAA agrupa os médios e pequenos produtores.

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O certificado em questão desburocratizava o processo de comercialização e era vendido pela FAA aos seus sócios. Esse é o segundo documento que o governo tira das mãos da FAA. O primeiro foi a chamada "carta de portabilidade", sem a qual nenhum caminhão pode circular com alimentos produzidos pelo país. Ambos os papéis, que passam a ser emitidos eletronicamente pelo governo, provocam perdas de fluxo de recursos para a instituição e complicam seu financiamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio a uma série de protestos sindicais e uma onda de saques no interior da Argentina, a presidente Cristina Kirchner abriu mais uma frente de batalha político-econômica com a oposição ao confiscar o centro de exposições da Sociedade Rural Argentina, no bairro de Palermo. Militantes kirchneristas picharam as paredes do prédio, sede de dois eventos críticos ao governo, com frases peronistas para festejar a expropriação.

A tensão social é grande em diversas províncias argentinas governadas por aliados de Cristina que não estão recebendo fundos federais suficientes para pagar o funcionalismo provincial. Lenta e gradualmente, os governadores - outrora leais - começaram a criticar a presidente. Na sexta-feira, a onda de saques que começou em Bariloche chegou à Grande Buenos Aires, um tradicional reduto do kirchnerismo. Nos últimos meses, o governo de Cristina, que se depara com um crescente déficit fiscal, reduziu os subsídios que beneficiavam vários setores da população mais pobre.

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No início da semana, o anúncio do aumento de até 40% nas tarifas dos ônibus e trens na área metropolitana da capital do país também intensificou a irritação popular com a presidente.

Desafiante, o governo celebrou o anúncio da estatização do edifício dos ruralistas. Segundo o kirchnerismo, a venda do prédio à Sociedade Rural, durante o governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99), em 1991, havia sido irregular e por isso foi anulada. Os produtores agropecuários encararam a medida como uma vingança pelos diversos locautes que o setor realizou em 2008 e 2009 em protesto contra o tarifaço agrário da presidente.

Os analistas políticos dizem que esse é mais um caso em que a presidente abre uma frente de batalha gratuita, sem chances de obter dividendos políticos úteis com os confrontos. O governo busca culpados na oposição.

Outra área onde Cristina encontra problemas é a relação com os sindicatos. Neste ano, o governo rachou com o líder da Confederação Geral do Trabalho (CGT), o caminhoneiro Hugo Moyano. No ano passado, o sindicalista havia pedido mais espaços de poder dentro do Parlamento e nos ministérios. No entanto, Cristina optou por menosprezar o aliado e cedeu-lhe apenas uma vaga na Câmara de Deputados.

Cristina tem desagradado também a classe média. As restrições que aplicou desde novembro do ano passado sobre o dólar impediram o acesso dos argentinos à moeda americana, o principal refúgio financeiro da classe média do país, o que provocou uma queda em sua popularidade. Irritada com a presidente, a classe média realizou dois grandes panelaços no segundo semestre deste ano.

Os analistas também destacam que a presidente encerra-se cada vez mais em um círculo menor de colaboradores. Além disso, confere cada vez mais poder aos ultrakirchneristas, agora conhecidos como "cristinistas". Grande parte dos novos aliados que demonstram lealdade incondicional à presidente são os integrantes de La Cámpora, a juventude kirchnerista, fundada por seu filho, Máximo Kirchner. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A tensão política e os saques a supermercados se alastraram de Bariloche para outras cidades da Argentina nesta sexta-feira, com centenas de saqueadores invadindo e atacando supermercados em Rosario, Campana, Zárate e até em San Fernando, na grande Buenos Aires. Pelo menos duas pessoas foram mortas durante os tumultos nesta sexta-feira em Rosario e pelo menos 137 foram detidas. A administração da presidente Cristina Kirchner despachou 400 agentes federais para a província de Rio Negro, na noite de ontem, após os saques em Bariloche. Segundo o jornal Clarín, pelo menos mais duas pessoas ficaram gravemente feridas em Rosario e em Campana foram detidos 100 suspeitos de saques.

A onda de saques aos supermercados, às vésperas do Natal, é mais um problema em uma crescente lista de desafios econômicos e políticos para o governo de Cristina. Após ter crescido 8,9% em 2011, a economia luta para fechar 2012 com um crescimento de 2%, enquanto muitas projeções feitas pelo setor privado colocam a inflação anual acima de 20%, informa o Wall Street Journal.

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O estilo confrontador de Cristina na política também tirou grande parte da popularidade da presidente. Ela enfrenta sérios desafios à sua autoridade que partem do próprio Partido Justicialista (peronista), com rumores de que tentará fazer emendas na Constituição que lhe permitam disputar um terceiro mandato em 2015.

Hugo Moyano, um poderoso chefe sindicalista e ex-aliado da presidente, conduziu uma greve geral no mês passado por melhores salários e impostos mais baixos para os trabalhadores. Foi a primeira greve geral contra o governo desde 2008, quando os agricultores fizeram um locaute contra a política agrícola de Cristina, que começou a taxar a exportação de grãos.

O chefe de gabinete da presidente, Juan Manuel Medina, acusou os sindicatos de caminhoneiros de Moyano de terem organizado a violência de ontem e desta sexta-feira. "Esses foram eventos isolados e claramente organizados. Em nenhum deles as pessoas buscavam comida. Elas levaram televisores e bebidas dos supermercados", disse Medina. Um porta-voz de Moyano não pôde ser encontrado hoje para comentar as declarações de Medina.

A mídia argentina reportou que os saqueadores pareciam organizados e em vários casos usaram automóveis para levar embora as mercadorias saqueadas. Hugo Filippini, gerente de um supermercado saqueado em Campana (província de Buenos Aires), disse que os criminosos usaram a rede social Facebook para planejar o ataque.

Lojas em Bariloche e em Zarate, na grande Buenos Aires, permaneciam fechadas nesta sexta-feira. "Não sabemos se vamos abrir hoje...foi um ano muito ruim, com a criminalidade, e esperávamos vender mais neste mês. Agora veja, a loja está fechada", disse um lojista em Zarate, atrás das grades protetoras que mantinham sua loja fechada hoje.

As informações são da Dow Jones.

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Brasília – As presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner, se reuniram nesta sexta-feira (7) por cerca de três horas, no Palácio da Alvorada. Elas conversaram sobre parcerias bilaterais e marcaram uma reunião técnica para meados de janeiro, quando definirão detalhes dos projetos.

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Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, as parcerias deverão incluir as áreas de infraestrutura e energia. “Elas conversaram sobre o conjunto da agenda bilateral envolvendo questões de comércio e projetos de integração relacionados à infraestrutura e energia. Enfim, uma conversa muito abrangente”, disse.

De acordo com o ministro, um novo encontro entre as duas chefes de Estado deverá ocorrer entre os dias 14 e 18 de janeiro de 2013, na Argentina. Cristina deixou o Palácio da Alvorada por volta das 21h45.

As duas presidentas ainda participaram da Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. Na ocasião, foi assinado o Comunicado Conjunto dos Estados Partes e Associados do Mercado Comum do Sul.

O documento tem 61 itens, entre eles o acordo para ingresso da Bolívia no bloco, embora o ato seja ainda simbólico, pois depende de uma série de etapas e aprovação dos parlamentos dos países-membros. Também são destaques no comunicado o ingresso da Venezuela no grupo e a concessão do título de Cidadão Ilustre Post Mortem ao arquiteto Oscar Niemeyer.

O texto final diz que os líderes políticos da região reiteram os esforços para o desenvolvimento integral, o combate à pobreza e à exclusão social em busca da consolidação da democracia. O documento cita ainda os impactos da crise internacional e ressalta que os países em desenvolvimento são propulsores do crescimento econômico.

A presidenta Dilma Rousseff passa o dia desta quarta-feira (28) em Buenos Aires, capital da Argentina. Dilma tem reuniões com a presidenta Cristina Kirchner e participa da 23ª Conferência Industrial Argentina. A conferência é promovida pela União Industrial Argentina, equivalente à Confederação Nacional da Indústria, e o tema neste ano é Argentina e Brasil: Integração e Desenvolvimento ou o Risco da Primarização.

De acordo com integrantes do governo, o objetivo da conferência é examinar a integração econômica entre os dois países e buscar ações que respondam aos desafios da inserção internacional no mundo contemporâneo. Na reunião com Cristina Kirchner, Dilma examinará os temas das agendas bilateral, regional e global.

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O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina. O intercâmbio comercial entre os países passou de US$ 12,9 bilhões, em 2004, para US$ 39,6 bilhões, em 2011. O comércio bilateral é marcado principalmente por bens industrializados. Juntos, Brasil e Argentina têm 60% da população, 64% do território e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) da América do Sul.

No primeiro semestre deste ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou estudo que mostra os planos de investimento do setor industrial brasileiro. Pelos planos, devem ser investidos R$ 597 bilhões nos próximos quatroanos. Apenas o setor automotivo receberá 58% dos investimentos, enquanto o de petróleo e gás deve ficar com 48%.

O levantamento englobou dez setores industriais, que foram os principais responsáveis pelos avanços obtidos no Brasil nos últimos anos. Pelo estudo, os setores considerados líderes são: petróleo e gás, mineração, automotivo, papel e celulose, química e eletrônica, siderúrgica, têxtil e confecções, assim como farmacêutico e aeronáutico.

O governo da presidente argentina, Cristina Kirchner, esforçava-se nesta sexta-feira para minimizar o impacto do "panelaço" de protesto da véspera, do qual mais de 700 mil pessoas participaram, segundo cálculos da polícia. Os manifestantes repudiaram os escândalos de corrupção dos integrantes do governo, a escalada da inflação e o aumento da criminalidade, entre outros temas.

Até a residência presidencial de Olivos, onde estava a presidente Cristina, foi rodeada por 30 mil pessoas que se manifestaram contra sua administração e seus gastos em luxos, entre eles, os RS$ 1 milhão destinados à reforma de um banheiro da Casa Rosada. No interior do país centenas de milhares de pessoas também protestaram batendo panelas. O panelaço foi convocado pelas redes sociais e não teve a participação oficial dos partidos políticos da oposição.

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Os analistas sustentam que o panelaço da quinta-feira à noite foi a maior mobilização popular ocorrida desde os tempos da volta à democracia, em 1983. No entanto, os membros do governo tentavam na sexta-feira reduzir seu impacto.

"Poucas pessoas. Foi um fracasso", analisou o piqueteiro Luis D’Elía, o principal líder social aliado do governo Kirchner. Fervoroso kirchnerista, D’Elía sustentou que "somente 50 mil pessoas se manifestaram na cidade de Buenos Aires"."Essa manifestação não me tira o sono. Não sei até onde é necessário levar esse tipo de coisa em conta", afirmou o senador Aníbal Fernández, braço direito da presidente Cristina no Senado. Segundo Fernández, que foi chefe do gabinete de Cristina, a manifestação foi organizada pelo prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, de oposição, além da Sociedade Rural e simpatizantes da ditadura militar (1976-1983).

Cristina evitou nesta sexta-feira referências diretas ao panelaço. No entanto, durante um discurso a um grupo de prefeitos, ela defendeu o "modelo" kirchnerista e sustentou que existe uma "falta de líderes políticos que representem um modelo alternativo".

Os líderes da oposição não participaram das marchas desta quinta-feira e também mantiveram discrição nas redes sociais na internet. O prefeito Macri foi um dos poucos a se manifestar e disse que a presidente "deveria ouvir os pedidos do povo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Ariel Palacios, correspondente)

O nível de aprovação à presidente da Argentina, Cristina Kirchner, subiu em outubro, após quatro meses seguidos de queda, embora a maioria dos argentinos não considere que sua administração está tratando de suas principais preocupações.

Segundo pesquisa da Management & Fit, divulgada este final de semana, cerca de 31,6% dos pesquisados aprovam a presidente, porcentual superior aos 30,6% de aprovação em setembro. O porcentual de aprovação à presidente estava em 64,1% em outubro de 2011, mês em que venceu as eleições para um segundo mandato.

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O porcentual dos que reprovam a administração de Cristina subiu para 59,3% em outubro, de 29,4% um ano antes.

A Management & Fit entrevistou 2,1 mil pessoas, entre 18 e 29 de outubro, e a pesquisa tem uma margem de erro de 2,3%.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou na tarde desta quarta-feira à Casa Rosada, sede do Executivo argentino, para almoçar com a presidente Cristina Kirchner. Antes, Lula se reuniu por quase duas horas com a base de apoio ao governo Kirchner, com quem comentou os resultados do primeiro turno das eleições e destacou as vitórias do Partido dos Trabalhadores (PT) e de seus aliados, segundo informou a assessoria de imprensa do ex-presidente.

Acompanhado pelo ex-ministro Luiz Dulci e pelo embaixador do Brasil em Buenos Aires, Enio Cordeiro, Lula discutiu "a necessidade de construir uma doutrina na região para aprofundar a integração latino-americana do ponto de vista da sociedade civil, além da questão comercial", voltou a informar a assessoria do ex-presidente. Ao sair do encontro, Lula evitou perguntas dos correspondentes brasileiros sobre o mensalão e a decisão do Supremo Tribunal Federal de concluir o caso antes do segundo turno das eleições. Lula saiu rapidamente e desviou-se de qualquer encontro com jornalistas.

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A integração latino-americana também será tema da palestra que o ex-presidente vai fazer à noite, em Mar del Plata, por ocasião da abertura do encontro anual de três dias do Instituto de Desenvolvimento Empresarial Argentino (IDEA), organização que reúne as maiores e mais importantes empresas do país. Lula já havia sido convidado pelo IDEA para o evento do ano passado, mas não pode comparecer em razão de seu estado de saúde. O jantar que será servido na abertura do fórum empresarial será a oportunidade para Lula fazer um contraponto às reuniões mantidas em Buenos Aires com o governo argentino.

Ele vai compartilhar a mesa com líderes sindicais opositores ao governo, como Hugo Moyano (CGT-opositora) e Victor De Gennaro (atual deputado e ex-líder da CTA, a Central Trabalhador Argentino). Lula desembarcou na terça-feira (16) à noite na capital argentina e jantou na residência do embaixador brasileiro.

O Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, reiterou nesta segunda-feira que a Argentina escolheu o caminho correto ao reestruturar sua dívida. "A Argentina demonstrou que não foi fácil, mas que é possível responder à crise. A economia pode seguir adiante e a Argentina teve um alto crescimento durante muitos anos", disse o economista durante seminário sobre políticas para superar a crise de endividamento soberano, em Buenos Aires.

Stiglitz voltou a criticar as receitas de austeridade desenhadas por bancos e organismos internacionais aplicadas na Eurozona e que a América Latina seguiu no passado. Também apontou contra o Banco Central Europeu que, segundo ele, durante a crise na Grécia teve maior preocupação com os bancos. "Isso ocorre frequentemente com os bancos centrais que são captados pelos banqueiros e, às vezes, pelos especuladores", afirmou. Stiglitz também afirmou que "em 2008, nos Estados Unidos e, atualmente, na Europa, os banqueiros usam táticas de medo, dizendo que se os governos não fazem o que eles querem, se acaba o mundo".

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Ao lado do Nobel de Economia, a presidente da Argentina Cristina Kirchner aproveitou cada palavra para justificar medidas adotadas e promover seu governo. "Quem está dando razão à Argentina é o professor de Universidade, economista premiado, um homem do quilate de Stiglitz, que já foi funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI) e conhece o monstro desde suas entranhas", disse ela ao criticar os ajustes econômicos na Europa e as receitas do organismo multilateral.

Ela disse que uma das chaves que a Argentina usou para pagar a dívida foi não ter acesso ao mercado de capitais, foi não endividar-se mais. "Muitos nos criticam e nos perguntam por que não nos endividamos. Não nos endividamos porque o vamos fazer quando as taxas forem convenientes para nós. E, não com essas taxas de loucos. Essas taxas de loucura e de especulação que qualifica a dívida argentina com risco muito mais elevado que a espanhola", disparou. A presidente também fez menção ao forte controle do mercado de câmbio que exerce em seu país. "Os únicos que podem emitir dólares estão em Washington. Quem dera se pudéssemos emitir dólares", comentou.

Em um longo discurso transmitido por cadeia nacional de rádio e de televisão, Cristina criticou a lógica das agências de classificação de risco e opinou que "quando um governo se endivida, quem tem mais responsabilidade é o credor porque é ele que tem experiência". Ela também afirmou que o problema da crise internacional é a falta de liderança política da Eurozona. "É preciso domar o touro pelas hastes e tomar a decisão que tem que ser tomada. A falta de liderança é um problema que a Eurozona", acusou a presidente que tentou mostrar-se conhecedora da economia mundial e de sua história. Segundo ela, se as decisões não são tomadas pelos presidente, são os mercados e os bancos que as tomam. Cristina criticou os bancos e reiterou que é preciso regular os mercados de capital.

"O problema que estamos vivendo hoje é que não encontramos um marco teórico pós neoliberalismo", disse ela, ressaltando que "esse capitalismo não é verdadeiro. É capitalismo de cassino, de especulação", disparou. A presidente ainda teve um parágrafo do discurso dedicado ao Mercosul e seu principal sócio, sem deixar de dar uma estocada: "Se o Brasil for mal, a Argentina vai mal. Se a Argentina vai mal, o Brasil vai pior, já que tem superávit comercial", conclui.

Brasília – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comemorou a entrada do país no Mercosul. A incorporação será oficializada nesta terça-feira (31), durante uma cúpula extraordinária, que contará coma presença de Dilma Rousseff, do presidente uruguaio, Pepe Mujica, e da presidenta argentina, Cristina Kirchner. Como o Paraguai está suspenso – decisão tomada após o impeachmeant do então presidente Fernando Lugo – o país não será representado na reunião.

Entre os planos de negócios com o Brasil está a exportação de petróleo cru para o País. Dona de uma das maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela chegará a produção diária de 3,5 milhões de barris.“Propusemos hoje [ontem] e a presidenta se mostrou muito interessada que a Venezuela exporte petróleo cru ao Brasil. O Brasil ainda importa petróleo e nós estamos incrementando nossa produção”, disse Chávez, na madrugada desta terça, quando deixava o Palácio da Alvorada, residência oficial de Dilma, após uma longa reunião com a presença de vários ministros. Nesta manhã, Dilma assinou um contrato de venda de jatos da Embraer para a Venezuela. O consórcio entre a Embraer e a venezuelana Conviasa envolve a venda imediata de seis aeronaves e opção de compra de outras 14.

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Chávez também mostrou-se satisfeito com a integração ao Mercosul, que, segundo ele, irá fortalecer o bloco. “Esperamos este dia por muitos anos. Para a Venezuela é muito importante, porque esse é o nosso rumo, é o nosso projeto, a união sul-americana. E para o Mercosul uma porta gigantesca se abriu. O Mercosul agora é Caribe. É um passo histórico e reformará completamente a união sul-americana”, avaliou.

Apesar de a cerimônia de incorporação da Venezuela ao Mercosul acontecer nesta quinta, na prática isso só acontecerá no dia 13 de agosto, quando todos os prazos tiverem sido cumpridos, segundo as normas do Mercosul.

De acordo com o Itamaraty, com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes (70% da população da América do Sul), um PIB de US$ 3,3 trilhões (83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de km² (72% da área da América do Sul). A incorporação da Venezuela, ainda de acordo com o Itamaraty, altera o posicionamento estratégico do bloco, que passa a estender-se do Caribe ao extremo sul do continente e torna-se potência energética global tanto em recursos renováveis quanto em não renováveis.

No final de junho, quando assumiu a presidência pro tempore do Mercosul, Dilma convidou outros países para se unirem ao bloco e reafirmou o compromisso com a democracia. “Nós temos, na constituição do Mercosul, um compromisso democrático fundamental, que é aquele que prima por respeitar os princípios do direito de defesa, é aquele que prima por rejeitar ritos sumários e zelar para que a manifestação dos legítimos interesses dos povos dos nossos países sejam assegurados”, frisou

O Equador e a Bolívia já articulam a incorporação ao Mercosul. As negociações com a Venezuela duraram seis anos e foi anunciada em junho, quando os presidentes do Brasil, Uruguai e Argentina também decidiram suspender temporariamente o Paraguai.

O governo da presidente Cristina Kirchner destinou US$ 45 milhões extras para o programa de transmissão estatal dos jogos de futebol, denominado de "Futebol para todos". Em plena crise, com o governo segurando a entrega de fundos para os falidos governos das províncias argentinas, a verba para as partidas, administrada pelo chefe do gabinete de ministros, Juan Abal Medina, soma-se aos US$ 888 milhões gastos pelo governo Kirchner desde a implantação da estatização das transmissões em 2009.

Os fundos são basicamente redirecionados à Associação de Futebol da Argentina (AFA), entidade controlada desde 1979 por Julio Grondona, que é aliado da presidente Cristina. As verbas também servem para cobrir os gastos operacionais das transmissões.

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"Temos o acesso livre do esporte mais importante dos argentinos!". Com estas palavras - e com toda pompa - Cristina Kirchner celebrou, no dia 11 agosto de 2009, a estatização das transmissões do esporte mais popular dos argentinos. Na ocasião, o governo argumentou que a ideia era "levar o futebol a todos os argentinos".

No dia do anúncio da estatização, a presidente prometeu que o lucro excedente obtido com as transmissões dos jogos seria destinado ao estímulo dos esportes olímpicos. No entanto, nem um peso sequer saiu dali para o setor olímpico, já que - apesar de ter entrado no geralmente lucrativo business esportivo - a estatização dos jogos só gerou déficit para o Estado argentino.

Os jogos, transmitidos pela TV Pública, não possuem publicidade de empresas privadas, já que estas foram proibidas em fevereiro de 2010 pelo ex-presidente Nestor Kirchner, na época considerado o verdadeiro poder no governo de sua mulher. O único anunciante é o próprio governo argentino, que concentra ao longo dos jogos somente publicidade sobre os feitos e obras da presidente Cristina. Desta forma, a estatização não gerou lucro algum.

A produção das transmissões é realizada desde 2009 por "La Corte". Esta produtora que, coincidentemente, também está a cargo da transmissão dos atos oficiais na Casa Rosada, a sede do governo argentino.

POPULISMO ESPORTIVO - A medida implementada pelo governo salvou os times argentinos, que estavam - em sua imensa maioria - à beira da falência após anos de administrações irregulares. Além disso, o fornecimento de centenas de milhões de dólares à AFA fortaleceu o poder de Grondona, que no ano passado foi reeleito mais uma vez para continuar no comando da entidade.

O "Futebol para todos", único caso mundial de estatização das transmissões dos jogos, é uma das bandeiras do governo da presidente Cristina, que afirma que está "democratizando" o acesso dos jogos para todos os argentinos. No entanto, líderes da oposição acusam a presidente Cristina de "populismo esportivo".

Hugo Moyano, líder da principal central sindical argentina, ratificou nesta quarta-feira seu distanciamento da presidente Cristina Kirchner, que já foi sua fiel aliada, ao exigir que ela deixe de lado sua "soberba" e atenda aos pedidos dos trabalhadores.

O poderoso sindicato de caminhoneiros encabeçado por Moyano e outros grupos sindicais ligado a ele por meio da Confederação Geral do Trabalho (CGT) realizaram uma greve nacional de um dia nesta quarta-feira que teve como ato principal uma mobilização na Praça de Maio, em Buenos Aires, onde o sindicalista fez um discurso cheio de críticas à Cristina.

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"Não custaria nada à senhora presidenta...dialogar com os trabalhadores e com outros setores...isso demonstra a grandeza de quem conduz os destinos do país. Espero que com sua capacidade de inteligência que dá a entender se dê conta que não pode seguir com essa soberba", disse Moyano, perante milhares de trabalhadores que lotaram a praça, onde também se encontra a sede do governo.

Cristina Kirchner preferiu viajar durante os protestos para a província de San Luis, oeste do país, para inaugurar uma fábrica de processamento de embutidos.

O protesto encabeçado por Moyano foi o primeiro deste tipo desde que o kirchnerismo chegou ao poder, em 2003. Até alguns meses atrás, Moyano era um incondicional aliado de Cristina e de seu antecessor, Néstor Kirchner, mas nos últimos meses sua relação com a presidente piorou e o diálogo entre os dois se rompeu.

Uma das principais exigências de Moyano é que o Executivo eleve a dedução fiscal sobre os salários, uma antiga demanda, para que o poder aquisitivo dos trabalhadores aumente, tendo em vista que a inflação anual do país é de 25%. O sindicalista também exige que os subsídios recebidos por filhos de desempregados, trabalhadores de baixa renda e informais sejam extensíveis a todos os empregados.

A paralisação não teve forte impacto no transporte de passageiros e o comércio funcionou quase que normalmente em Buenos Aires e em outras cidades importantes como Rosário e Córdoba, onde os principais sindicatos não apoiam Moyano.

Mas funcionários públicos, professores, integrantes do judiciário e da área da saúde ligados à CGT marcharam em várias províncias. Moyano destacou seu desacordo com o estilo do governo de "fazer tudo como se fosse uma ditadura". "Nós não atacamos (o Executivo), reclamamos o que, legitimamente, corresponde aos trabalhadores", afirmou. As informações são da Associated Press.

A disputa entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania das Ilhas Malvinas interrompeu nesta terça-feira a segunda sessão plenária do G-20, em Los Cabos, no México. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, e a presidente argentina, Cristina Kirchner, foram protagonistas de um bate-boca sobre o assunto, segundo relatou o porta-voz da Casa Rosada, Alfredo Scoccimarro, em entrevista aos jornalistas argentinos que trabalham na cobertura da reunião.

"O primeiro-ministro britânico se aproximou da bancada da presidente, para agradecer-lhe o apoio à criação de um banco central europeu que atue como provedor de crédito de última instância, para dissipar temores pelo euro", disse o porta-voz. Cristina respondeu, conforme relato do porta-voz, que havia visto nas manchetes dos principais jornais internacionais e que a informação que estava circulando não era reflexo fiel do que estava ocorrendo na cúpula do G-20. Porém, inesperadamente, segundo Scoccimarro, Cameron a interrompeu e exigiu-lhe que respeite o resultado do referendo que os kelpers (habitantes das ilhas) realizarão em 2013 sobre o status político do arquipélago.

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"A presidente que justamente tinha um envelope com os papéis de todas as resoluções das Nações Unidas sobre a questão das Malvinas, disse que queria entregar-lhe, porque o que realmente havia que respeitar são as cláusulas das 40 resoluções das Nações Unidas e de seu Comitê de Descolonização", detalhou o porta-voz. Cameron respondeu que não ia falar de soberania e Cristina contestou que "tampouco pretendia falar sobre o assunto" e que "só queria entregar em mãos o envelope". Sempre de acordo ao relato do porta-voz argentino, Cameron pegou o envelope e regressou à sua bancada.

O ministro argentino das Relações Exteriores, Héctor Timerman, afirmou que a situação evidencia que "o aumento do apoio que a posição argentina tem tido no mundo está pesando no governo britânico". E que "é a primeira vez que esse diálogo sucede" e o governo britânico "se vê obrigado a responder publicamente". No último dia 14, aniversário do fim da Guerra das Malvinas, enquanto Cristina Kirchner defendia a soberania argentina perante o Comitê de Descolonização da ONU, Cameron hasteava a bandeira das Falkland (como os britânicos chamam as Malvinas) em sua residência oficial. Na ocasião, Cristina reiterou pedido para que o Reino Unido se sente para negociar.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fará nesta quinta-feira um pronunciamento no Comitê de Descolonização da Organização das Nações Unidas (ONU) pedindo intermediação da organização na negociação com o Rei Unido sobre a soberania nas ilhas Malvinas, conhecidas pelos britânicos como Falklands. A data marca o 30º aniversário do final da guerra travada entre os dois países em 1982.

Trata-se da primeira vez em que um chefe de Estado participa da reunião anual do comitê, criado em 1961. A reivindicação da presidente conta com o apoio de vários países. Já o arquipélago será representado por dois integrantes de sua Assembleia Legislativa, acompanhados por seis jovens moradores das ilhas.

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A Argentina afirma que o Reino Unido ocupa ilegalmente das ilhas desde 1833. Os britânicos contestam a reivindicação argentina afirmando que o país sul-americano ignora as vontade dos 3 mil moradores locais, que já expressaram seu desejo de se manterem ligados ao Reino Unido. Já o governo argentino afirma que os moradores não têm o direito unilateral de decidir o destino da ilha.

A disputa resultou numa breve guerra em 1982, quando o governo do ditador militar argentino Leopoldo Galtieri invadiu o arquipélago, que fica a 460 quilômetros da costa da Argentina.

Cristina pediu que o Comitê de Descolonização, formado por 24 membros, marcasse sua reunião anual nesta quinta-feira para coincidir com o fim do conflito, que durou 74 dias. O objetivo da medida parece ter sido de dar mais visibilidade à disputa.

Há cerca de uma ano a Argentina tem intensificado sua campanha para levar o Reino Unido a realizar conversações sobre a soberania das ilha, tema enfatizado em todos os fóruns internacionais. A Argentina afirma que sua reivindicação tem amplo apoio na América Latina. Nesta semana, os Estados Unidos reiteraram sua neutralidade sobre a questão.

O governo das ilhas Malvinas anunciou na terça-feira a realização, no ano que vem, de um referendo sobre o futuro político do arquipélago.

O primeiro-ministro britânico David Cameron disse que seu país vai obedecer a escolha dos moradores das ilhas expressada no referendo e pediu à Argentina e seus aliados que façam a mesma coisa.

Em mensagem sobre o aniversário do final da guerra, ele disse que "o referendo do ano que vem vai estabelecer a escolha definitiva dos moradores das Falklands de uma vez por todas". "E da mesma forma como apoiamos os moradores das ilhas no passado, o faremos no futuro", afirmou ele. As informações são da Associated Press.

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