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Nesta quinta (27), o presidente do PDT, Carlos Lupi, compartilhou em suas redes sociais um vídeo publicitário do partido em que defende a impressão do voto para recontagem após a eleição. A pauta vem sendo encampada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que já chegou a ameaçar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE): “vai ter voto impresso, porque se não tiver, não vai ter eleição”, afirmou.

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“Desde o surgimento da urna eletrônica, há 25 anos, nosso líder, nossa referência do partido, Leonel Brizola já defendia uma coisa simples de se fazer: a impressão do voto. [...] Quando tiver desconfiança, uma votação muito diferente de outros locais, pode conferir esse voto. Eis o segredo de toda democracia no mundo: a possibilidade de recontagem de conferência do voto”, diz Lupi, na propaganda. 

O sistema eleitoral brasileiro é considerado um dos mais confiáveis do mundo, por dispor de mecanismos que garantem a segurança do voto. Desde que foi adotada, a urna eletrônica já foi usada em 12 eleições, sem qualquer indício ou comprovação de fraude.

“Hoje algumas pessoas mais à direita querem defender a impressão do voto. Não é porque estão hoje defendendo que vamos deixar de defender aquilo que pra democracia é salutar”, justificou Lupi, que ainda acrescentou: “sem recontagem, a fraude impera”.

Corrida eleitoral

O PDT pretende lançar candidatura própria às eleições de 2022, em que deverá ser representado pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes. O pedetista, contudo, vem apresentando desempenho tímido nas pesquisas eleitorais. De acordo com o estudo do Datafolha, divulgado neste mês, Ciro aparece apenas em quarto lugar, atrás do ex-presidente Lula (41%), do atual presidente Jair Bolsonaro (23%) e até do ex-juiz Sérgio Moro (7%). A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Em meio à aglomeração de apoiadores reunidos na Esplanada dos Ministérios na tarde deste sábado (15), o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) voltou a defender o voto impresso e disse que, caso seja vencido pelo ex-presidente Lula em uma disputa presidencial realizada no atual formato, isso se dará por meio de “fraude”. Bolsonaro ainda chamou o petista de “bandido de nove dedos”.

“Se tiraram da cadeia o maior canalha da história do Brasil, se para esse canalha foi dado o direito de concorrer, o que me parece é que se não tivermos o voto auditável, esse canalha pela fraude ganha as eleições do ano que vem. Nós não podemos admitir um sistema eleitoral que é passível de fraude. E eu tenho dito se o nosso Congresso Nacional aprovar a PEC do voto auditável da Bia Kicis, e ela for promulgada, nós teremos voto impresso em 22″, disse o presidente.

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Bolsonaro também voltou a atacar a imprensa, mencionando os jornais Folha de São Paulo e O Globo, dos quais, segundo ele, “apanha 24 horas por dia”. Disse ainda que “O maior poder do Brasil não é o Executivo, não é o Judiciário e não é o Legislativo, o maior poder são vocês”. “Mas o que esses caras não entendem é que eu sou 'imbrochável'”, completou.

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e advogado Sepúlveda Pertence agora faz parte do movimento Cala-Boca Já Morreu, uma iniciativa idealizada pelo youtuber Felipe Neto, que visa prestar ajuda gratuita a alvos de processos de intimidação contra liberdade de expressão. A movimentação vem ganhando adesão de nomes de peso.

Dentre os participantes estão Augusto de Arruda Botelho, Beto Vasconcelos, Davi Tangerino e André Perecmanis. Também integra o movimento a advogada Taís Gasparian, uma das maiores especialistas em liberdade de expressão do País, ao lado de seus sócios (que já defenderam presos políticos), Marco Antônio Barbosa e Samuel Mac Dowell. Outro nome envolvido na iniciativa é o do ex-deputado federal Miro Teixeira, conhecido por sua atuação no processo de redemocratização e promulgação da Constituição.

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Felipe Neto iniciou a articulação depois de se tornar alvo da Lei de Segurança Nacional, que tem sua origens ligadas à Ditadura Militar. O youtuber chamou o presidente Jair Bolsonaro de "genocida", em razão de sua controversa gestão da pandemia do novo coronavírus.

Durante o encontro dos delegados do PT, o momento mais marcante foi quando o senador Humberto Costa chegou ao evento. Ele foi recebido, na tarde dessa quinta-feira (2), aos gritos por militantes de forma geral: “golpista”, entoaram os petistas em tom de protesto pela possibilidade do senador disputar a reeleição na chapa de Paulo Câmara. No entanto, mesmo após o resultado no qual foi favorável à candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) para disputar o Governo de Pernambuco, Humberto continuou se mostrando decidido ao afirmar em uma rápida entrevista: “Defendi a aliança com o PSB e amanhã vou defender de novo”, ressaltou.

Logo após a decisão em prol de Arraes, uma cena chamou a atenção dos presentes: Marília e Humberto Costa levantaram os braços em forma de comemoração. Humberto também foi questionado o que significava o gesto. “Ela me convidou a levantar a mão. Se ela vier a ser a candidata, se amanhã o diretório mudar a decisão da Executiva, eu serei o candidato ao Senado do mesmo jeito”, esquivou-se. 

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Humberto foi perguntado novamente sobre o motivo de ter estendido as mãos junto à Marília. “É isso que eu estou dizendo. Se a posição mudar, se a decisão da Executiva nacional mudar, independentemente disso eu serei candidato a senador. É isso”.

O senador também falou sobre o recurso impetrado pelo grupo de Marília, após a decisão da Executiva Nacional do PT em apoiar o PSB em Pernambuco. “O partido vai discutir. Eu não vou discutir essa decisão não. Vamos aguardar a decisão de amanhã, depois da decisão de amanhã, se não houver nada novo, será manter a decisão da Executiva”.

Se é possível que a convenção do PT seja realizada junto com a do PSB, no próximo domingo (5), caso o PT decida em continuar a apoiar Câmara, ele não deixou nada claro. “Aí é junto com o presidente do partido”, respondeu. 

 

Quando comemorava o resultado do encontro, ao lado de Humberto, Marília chegou a dizer que teria “orgulho” de dividir uma chapa com o senador. A petista ainda disse que todos que a apoiam continuassem no mesmo ritmo em prol da luta. 

 

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