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O número de brasileiros em busca de emprego há pelo menos dois anos chegou a 3,3 milhões no primeiro trimestre de 2019, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) divulgados nesta terça-feira (18). O número de desempregados nessa situação é 42,4% superior ao do mesmo período de 2015, primeiro ano da crise econômica que afeta o país.

A técnica de planejamento e pesquisa do Ipea, Maria Andréia Parente Lameiras, pondera que o mercado de trabalho é o mais atingido pela crise econômica enfrentada no país e que os trabalhadores menos escolarizados e as famílias de menor renda são os maiores prejudicados.

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"Estamos com o mercado de trabalho ainda muito deteriorado, embora nos últimos meses a gente veja alguma reação. Mas a crise tem dificultado a geração mais forte de postos de emprego. Além de reagir depois da economia como um todo, a reação [do mercado de trabalho] costuma ser muito lenta no começo", explica.

O Ipea avalia que a recuperação do mercado de trabalho está condicionada à aprovação da reforma da Previdência. Para Maria Andreia, uma tramitação mais rápida no Congresso Nacional pode aumentar a confiança do mercado e mostrar efeitos para o início de 2020, já a aprovação mais demorada pode adiar a recuperação para o segundo semestre do próximo ano.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 12,3% e 12,8%, com mediana de 12,6%.

Em igual período de 2018, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,9%. No trimestre até março, a taxa foi de 12,7%.

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A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.295 no trimestre encerrado em abril. O resultado representa alta de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 206,817 bilhões no trimestre até abril, alta de 2,8% ante igual período do ano anterior.

Há 131 anos, em 13 de maio de 1888, a escravidão dos negros foi abolida oficialmente no Brasil, com a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel. No entanto, mais de um século depois, as estatísticas mostram que a população negra, que corresponde a 53,6% dos brasileiros, ainda é a que mais enfrenta dificuldades para sobreviver no país.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a porcentagem de negros em situação de pobreza e extrema pobreza, vivendo com até R$ 387 por mês, dobrou em cinco anos. Em 2012, 5% da população de pretos e pardos viviam nessas condições. Já em 2017, esse índice saltou para 10%. Enquanto entre brancos, o percentual se manteve inalterado em 1% no período.

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O levantamento do IBGE sobre o desemprego nesse mesmo ano comprovou que dos 13 milhões de brasileiros desempregados, 63,7% eram pretos ou pardos, ou seja, 8,3 milhões. Segundo a mesma pesquisa, o rendimento dos trabalhadores negros em 2017 era de R$ 1.531, enquanto o de trabalhadores brancos era e R$ 2.757.

A violência também afeta mais os negros, conforme aponta o Atlas da Violência, lançado também em 2017 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública). O estudo revela que de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. Além disso, das 726.712 pessoas encarceradas no país nesse ano, mais da metade era composta por jovens de 18 a 29 anos, sendo 64% negros.

Ainda de acordo com o Atlas da Violência, as mulheres negras são as maiores vítimas de  feminicídios. Em 2016, a taxa de assassinatos de mulheres negras era bem maior que a de não negras, de 5,3% e 3,1%, respectivamente. A taxa de mortes violentas entre mulheres negras também aumentou entre 2006 e 2016, chegando a 15,4%. Ao passo que entre as não negras, a alta foi quase a metade (8%).

O fim de semana é o momento mais aguardado por quem deseja um lazer em família e muito descanso. No entanto, existem pessoas que aproveitam esses dias para trabalhar. “Eu vivia no interior com os meus pais e a vida lá era muito sofrida, então eu sempre trabalhei na casa das pessoas para ganhar uns trocados. Hoje, trabalho geralmente no sábado e no domingo porque não tem ninguém para ficar com o meu filho”, conta Juliana Maria da Silva, uma jovem de 26 anos, que trabalha como diarista para complementar as despesas de casa.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, de dezembro de 2018, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40,8% das pessoas de 14 anos ou mais ocupadas estão no mercado informal. Em Pernambuco esse número é ainda maior, chegando aos 52% e a área em que mais se concentra esse tipo de mão de obra é o serviço doméstico, com 70,1% dos trabalhadores atuando, por exemplo como diaristas e babás.

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Outro ponto mostrado na pesquisa é em relação à escolaridade dessas pessoas. Mais da metade de quem vive de "bicos", como muitos chamam, tem nível fundamental incompleto e 49% terminou o antigo primeiro grau, mas por algum motivo eses trabalhadores desistiram do ensino médio. “Eu cheguei a terminar os estudos, mas nunca levei adiante. Cheguei até fazer um curso de informática e fui monitora, mas não fui até o fim”, explica a jovem diarista, que sonha com um futuro mais positivo. “Eu sou feliz, porém quero sim daqui para frente buscar algo para minha melhoria”.

Popularmente, fazer um bico é realizar serviços para garantir uma renda. Não é algo certificado ou que resguarde direito aos trabalhadores. “Você tem de tudo. Tem aquela pessoa que é pedreiro, tem aquela que está fazendo um bolo para botar para vender no final de semana, quem está fazendo quentinha, tem gente em todos os segmentos. A gente viu que com a crise aumentou muito o número desses trabalhadores, muita gente que perdeu o emprego. Muitos voltaram sem carteira e muitos foram trabalhar por conta própria”, explica a técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Maria Andreia Lameiras.

Sobretudo no Nordeste, os homens são maioria nos serviços domésticos - segmento que reúne o maior percentual de trabalhadores (70,1%) -. Vagas na construção civil e na agropecuária ocupam o segundo e terceiro lugares, respectivamente, nos números de pessoas ocupadas informalmente, com 68,5% e 62,7%. Esse é o caso de Claudemir Freitas, que durante mais de 20 anos trabalhou como porteiro, vigilante, operador de máquina e em diversos outros serviços, mas agora ocupa seus dias em obras residenciais. “O que tiver de fazer a gente faz. O negócio é ganhar o pão”, conta.

Em meio à crise que assola o Brasil há alguns anos, a área da construção civil também foi afetada. As pessoas passaram a economizar e deixar a manutenção das casas para um segundo plano. Para não ficar sem ter o que fazer, Claudemir se adaptou ao momento. “A gente é feito formiga, tem que trabalhar no verão para garantir o inverno. Quando falta serviço não fica muito bom. Hoje em dia a situação não está fácil, nem para mim e nem para ninguém, a gente procura agradar, trabalhar para ajudar, mas não dá para passar necessidade não”.

Mesmo enfrentando algumas intempestividades, o pedreiro, que é especializado em fazer acabamentos, fala com satisfação do trabalho que tem hoje. “Gosto do que eu faço. Acho tão bonito a gente pegar uma casa e entregar ela bem bonita, ser elogiado, dão indicação da gente para os outros. Procuramos fazer o melhor possível”, diz. Claudemir que sempre está na companhia de Paulo Manoel, seu companheiro na hora de construir e reformar os lares dos clientes.

Paulo tinha a carteira assinada, mas há quatro anos se viu desempregado. “Já trabalhei em carga e descarga, operador de produção e hoje como pedreiro. A gente tem que trabalhar com prazer e gostar daquilo que faz. Se não é melhor nem sair de casa. O mais importante é a satisfação do cliente”, afirma.

Paulo faz parte da estatística de quem está fazendo algo para garantir o sustento da família, mas que aguarda uma oportunidade para voltar à formalidade. “Eu tenho uns 20 anos de carteira, aí fiquei parado. Agora só sou pedreiro. Dá para me manter. Não dá para enricar, mas dá para viver. Eu gostaria de voltar a ter carteira assinada porque você tem todo assegurado”, ressalta.

Para o economista Rafael Ramos, os trabalhos informais são muito importantes para a economia, mesmo que não desejáveis quando comparado com os formais. “A população precisa receber uma renda para poder consumir os bens, principalmente os de necessidades básicas, como alimentação, muitas vezes só conseguindo a vaga pela informalidade. Então mesmo que seja um perfil com praticamente nenhum direito trabalhista, é algo desejável quando não se consegue empregos com registro em carteira, principalmente em momentos de crise econômica acentuada, pois acaba comprimindo o setor produtivo e fechando muitos estabelecimentos. Para muitas famílias é a única forma de voltar a ter renda e a de se amenizar as dificuldades criadas”, explica.

Liberdade

Reuter Vieira tem 45 anos e desde os 18 recorre ao que sabe fazer para fugir da desocupação. “Sempre trabalhei muito, mas quando as coisas apertavam meus familiares ajudavam”, diz. Reuter é o tipo de profissional que vai se adaptando e aproveitando as oportunidades que aparecem no caminho. Passou 20 anos atuando em áreas ligadas à segurança eletrônica, instalando câmeras, portões, motores e cercas elétricas. Mas a dinamicidade fez com que também trabalhasse no desmanche de navios para venda de peças. “Desmanchava ele todo, tudo que fosse de ferro velho. Depois saí e voltei para área de segurança eletrônica, e depois fui fazer Uber”, conta.

Um dos motivos alegados por Reuter para viver de trabalhos informais é gostar de ser ‘livre’. Ele aproveita o que lhe aparece e desenvolve bem, virando referência na hora que aparece uma nova chance. Quando estava atuando como motorista de aplicativo encontrou um amigo que lhe chamou para voltar à área de ferro velho. “Não gosto de trabalhar preso em um só lugar. Hoje eu estou fazendo móveis de paletes na área de marcenaria”, concluiu o trabalhador.

Consumo X Informalidade

Nos últimos 3 anos, Pernambuco tem tido saldo negativo na geração de postos de trabalho. Só nos três primeiros meses deste ano foram 20 mil vagas fechadas. São 729 mil pessoas trabalhando na informalidade, fazendo com que muitos cidadãos busquem alternativas para ganhar dinheiro.

“O rendimento médio para um pessoa com carteira no setor privado no último trimestre de 2018 foi de R$ 1.693,00, enquanto que para o trabalhador sem carteira ficou em R$ 877,00. É importante destacar que o saldo negativo no início do ano em Pernambuco é influenciado pelo fim do período de produção das atividades ligadas à cana-de-açúcar, que por questões de safra tem a redução das pessoas ocupadas em fevereiro e março”, afirma o economista Rafael Ramos.

Para a técnica de Planejamento do Ipea Maria Andreia Lameiras, a economia padece com o quadro de falta de oportunidades no Brasil, já que enquanto aumenta a quantidade de pessoas vivendo de bicos, diminui o número de gente disposta a gastar. “Como esse movimento é fruto de uma recessão, ele não é um dado positivo, porque quando você está na informalidade não consegue projetar decisões de consumo, você não sabe ao certo sua renda no mês seguinte e isso faz com que as pessoas acabem segurando o seu consumo, evitando tomar decisões de gastos a longo prazo. E se você segura o consumo o que acontece? Se eu não consumo a indústria não tem como produzir, vai produzir para quem comprar? E se a empresa não produz, ela também não contrata novos trabalhadores, ela não investe e aí eu tenho uma economia que continua patinante. O aumento da informalidade acaba segurando o consumo das famílias”.  

A cobrança social baseada no acúmulo de capital está entre os faores que podem desencadear pensamentos suicidas, entende o psicólogo Márcio Valente, mestre em Psicologia e professor da Universidade da Amazônia - UNAMA“Não importa se é bom ou ruim para nós, importa que isso gere dinheiro para que a gente possa pagar nossas contas”, observou.

No Brasil, atualmente, existe um conjunto de serviços públicos que atuam na prevenção ao suicídio. Entre as iniciativas estão o atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nas Unidades Básicas de Saúde (saúde da família, postos e centros de saúde). No primeiro semestre do ano passado, o Ministério da Saúde liberou meio milhão de reais para ampliação do alcance do Centro de Valorização à Vida (CVV) - que atende o número de apoio 188.

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LeiaJá: O senhor acredita que as estratégias assumidas pelo Ministério da Saúde para atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de redução de 10% dos óbitos por suicídio até 2020 são efetivas?

Márcio Valente: A Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com a noção de que a saúde se comporta ou se institui como uma lógica de pleno acesso a todos os serviços e condições de possibilidade de viver. Nesse sentido da OMS, a gente está cada vez mais doente. Num sentido bem pessoal, você tem um sujeito vivendo em um universo que diz para ele que basta se movimentar que vai vencer, ao mesmo tempo que você tem cada vez menos opções de estabilidade econômica. E esse sujeito vai enfrentar uma rede cada vez mais pobre.

LeiaJá: Quais situações podem gerar gatilhos suicidas e como lidar com estes?

Márcio Valente: A situação de morte, de perda, essas situações de vazio podem funcionar como convites à experiência do suicídio. Porém, quando eu falo isso, acabo falando de suicídios que estão muito ligados a condições socioeconômicas. No sentido de um certo adoecimento, do que nós poderíamos chamar de uma depressividade. Embora nem todo depressivo seja um suicida em potencial. Mas também existem os suicídios que vão acontecer em virtude de outros elementos.

LeiaJá: Sendo o suicídio um fenômeno complexo e multifacetado existem maneiras de identificar tendências suicídas?

Márcio Valente: Existem tentativas de suicídio que podem acontecer envolvendo outros elementos. Por exemplo, é muito comum a tentativa de suicídio em adolescentes e, às vezes, em crianças que na verdade escondem outro quadro. Escondem quadros de violências muito próximas, em algumas condições familiares. Não é a mesma coisa, não dá para falar que esse suicida é o suicida para quem a vida se torna sem saída. São razões aparentemente próximas, mas distintas. Esse jovem ou essa jovem que tenta se matar, isso aparece como uma tentativa de comunicar esse sofrimento.

LeiaJá: Segundo estudo realizado pelo Ministério da Saúde, em 2017, os homens concretizaram o ato mais do que as mulheres, correspondendo a 79% do total de óbitos registrados. Quais os fatores influenciadores dessa taxa?

Márcio Valente: Ele (o machismo) impõe a nós, homens, assim como impõe às mulher, metas e regras muito rígidas em que alguns contextos são quase inegociáveis. Aquele homem que está justamente nessa posição de desempregado há anos, não conseguindo fazer aquilo que socialmente ele aprendeu que deveria fazer que é sustentar as pessoas, apoiar as pessoas no sentido financeiro, material, ele não consegue executar essa função e isso pode, a longo prazo, conduzi-lo a um adoecimento, a uma depressão e, em alguns casos, a uma tentativa de suicídio. Há uma relação direta entre essa cultura machista, misógina, patriarcal com o suicídio dos homens, que são muito maiores do que as mulheres.

Por Weslei Lima.

 

O País perdeu 873 mil de novos postos de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 1,235 milhão de pessoas se somaram ao contingente de desempregados. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e foram divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego passou de 11,6% em dezembro de 2018 para 12,7% em março de 2019. No trimestre até março de 2018, a taxa havia sido de 13,1%.

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A alta na taxa de desocupação no período só não foi mais elevada porque houve aumento da população inativa. A população inativa totalizou 65,250 milhões no trimestre encerrado em março de 2019, 117 mil a mais que no trimestre anterior.

13,387 milhões

O País tinha 13,387 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em março deste ano, segundo o IBGE.

Há menos 248 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 1,8%. O total de ocupados cresceu 1,8% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,591 milhão de postos de trabalho.

O contingente de inativos avançou 1,0%, 649 mil pessoas a mais nessa condição. A população desalentada alcançou o recorde de 4,843 milhões de brasileiros no trimestre até março.

O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,9% no trimestre até março deste ano, ante 53,6% no trimestre até março de 2018. No trimestre até dezembro do ano passado, o nível de ocupação era de 54,5%.

O deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, utilizou sua conta oficial no Twitter nesta quarta-feira (24) para comentar sobre a situação do desemprego que assola o país há alguns anos.

 “Sabemos que o problema do desemprego não é de agora, mas 43 mil vagas formais foram fechadas em março e preocupa o fato de o governo não ter a mínima ideia do que fazer sobre isso”, opinou o deputado.

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Aproveitando o gancho da empregabilidade, o psolista ainda alfinetou o projeto de reforma da Previdência, proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que vem causando polêmica em sua tramitação.

“E o desmonte da Previdência Social só vai piorar a situação dos trabalhadores mais vulneráveis”, pontuou o parlamentar, fazendo referência que o novo modelo de Previdência irá prejudicar os mais pobres.

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Diante do alto índice de desemprego revelado recentemente por pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ex-prefeito do Recife e atual deputado estadual João Paulo (PCdoB) trouxe a problemática para a realidade vivenciada em Pernambuco.

A instalação de uma Frente Parlamentar sobre os Impactos da “Quarta Revolução Industrial em Pernambuco” voltou a ser tema de discurso de João Paulo na tribuna da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

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“Só no Brasil, 30 milhões de empregos podem desaparecer em sete anos, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)”, afirmou o proponente do colegiado nessa segunda-feira (1). O grupo irá analisar as possíveis mudanças no mercado de trabalho em razão do desenvolvimento das novas tecnologias.

Também conhecida como Revolução 4.0, a mudança no campo do trabalho diz respeito à substituição de profissionais especializados por computadores, bem como ao surgimento de novas especialidades no ramo da tecnologia. “Com todo o avanço tecnológico, está havendo um processo seletivo no qual os trabalhadores têm de se submeter a condições cada vez mais precárias de trabalho”, analisou o deputado.

O parlamentar questionou, ainda, a Reforma Trabalhista, aprovada durante o Governo Temer, que classificou como “o maior retrocesso de toda a história do trabalho formal no Brasil”.

“A liberdade sindical, o direito de greve, as férias, o 13º salário, todas as conquistas sociais estão em vias de desaparecer”, opinou, alertando que o desemprego no setor privado deve também atingir o serviço público.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) está causando reações por conta de comentários sobre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)O órgão divulgou, no último dia 29, uma pesquisa que aponta o aumento do desemprego no Brasil. Em entrevista à RecordTV, Bolsonaro criticou a metodologia usada pelo IBGE e afirmou que os números “parecem índices que são feitos para enganar a população”.

“Leva-se em conta só quem está procurando emprego. Quem não procura, não é tido como desempregado. Então, quando há uma pequena melhora na questão de emprego no Brasil, essas pessoas [beneficiários de programas como o Bolsa Família] que não estavam procurando emprego, procuram”, afirmou o presidente.

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Bolsonaro ainda continuou pontuando que “quando procuram e não acham, aumenta a taxa de desemprego”. Entretanto, o trabalho do IBGE mede, também, o número de pessoas desalentadas - que são desempregados que desistiram de procurar emprego.

De acordo com dados do Instituto, atualmente o Brasil vive um recorde de pessoas fora da força de trabalho, subutilização e desalento. A taxa de desocupação é de 12,4% e a taxa de subutilização é de 24,6% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano.

Assim como fez a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, o ex-candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, também criticou o desemprego nesta sexta-feira (29).

“O desemprego subiu para 12,4% (IBGE). Enquanto se insistir na política recessiva, que vem desde 2015, não teremos geração de emprego no país”, disse Boulos, pedindo atenção à parcela da população que está fora do mercado de trabalho.

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O psolista ainda continuou afirmando que “quanto mais corta, menos emprego e menor arrecadação”. A opinião de Boulos, dada através de sua conta no Twitter, rendeu muitos comentários em apoio.

Boulos finalizou sendo enfático quanto à situação da economia do Brasil. “O ajuste reproduz um desajuste, que mantém déficit fiscal e joga a economia no buraco”, criticou o psolista.

A taxa de desemprego no país ficou em 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) – Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

O percentual é maior que o do trimestre anterior (encerrado em novembro de 2018), que havia sido de 11,6%, mas menor que o resultado do trimestre encerrado em fevereiro do ano passado (12,6%).

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A população desocupada no país era de 13,1 milhões em fevereiro, um crescimento de 7,3% na comparação com novembro. Ou seja, o número de desempregados teve aumento de 892 mil pessoas. Na comparação com fevereiro de 2018, houve estabilidade.

O total de ocupados ficou em 92,1 milhões em fevereiro, uma queda de 1,1% (menos 1,06 milhão de pessoas) em relação a novembro, mas uma alta de 1,1% na comparação com fevereiro do ano passado.

O número de empregados com carteira assinada (sem contar trabalhadores domésticos) foi de 33 milhões de pessoas em fevereiro, ficando estável em ambas as comparações. Já o número de empregados sem carteira assinada (11,1 milhões) caiu 4,8% na comparação com novembro (menos 561 mil pessoas) e subiu 3,4% (mais 367 mil pessoas) comparado a fevereiro.

Subutilização - A população fora da força de trabalho, ou seja, que não está nem trabalhando nem procurando emprego, chegou a 65,7 milhões, um recorde na série histórica. O número é 0,9% maior (mais 595 mil pessoas) do que novembro e 1,2% superior (mais 754 mil pessoas) do que fevereiro daquele ano.

A população subutilizada (ou seja, que está desempregada, que trabalha menos do que poderia, que não procurou emprego, mas estava disponível para trabalhar ou que procurou emprego, mas não estava disponível para a vaga) chegou a 27,9 milhões de pessoas em fevereiro deste ano.

O número também é recorde na série histórica, 3,3% maior (mais 901 mil pessoas) em relação a novembro e 2,9% maior (mais 795 mil pessoas) do que em fevereiro de 2018.

A taxa de subutilização da força de trabalho chegou a 24,6%, superior aos 23,9% de novembro e aos 24,2% de fevereiro de 2018.

O total de pessoas desalentadas (ou seja, aquelas que desistiram de procurar emprego) chegou a 4,9 milhões, outro recorde da série histórica. O percentual de desalentados chegou a 4,4%.

O rendimento médio real habitual do trabalhador (R$ 2.285) cresceu 1,6% frente ao trimestre anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de rendimento real habitual (R$ 205,4 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.

O senador por Pernambuco Humberto Costa (PT) foi mais um que alfinetou a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação ao aumento do índice de desemprego no Brasil.

Assim como fizeram nomes como Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos, Humberto foi direto quanto à situação de empregabilidade no país. “Sem dó, o governo da destruição vai propor a redução do reajuste do salário mínimo”, pontuou.

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O petista ainda disse que “eles não querem que os milhões de brasileiros que recebem R$ 998 tenham aumento real e justo e estão jogando a política de valorização do mínimo, criada por Lula, no lixo”.

Números foram trazidos pelo senador, que assegurou que são “13,1 milhões de desempregados. Aumento de 12,4%. A maior taxa de desalentados da história”. Para finalizar, Humberto Costa aproveitou para adjetivar o Governo Bolsonaro: “A marca de uma gestão inepta, inoperante e incompetente”.

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 696/19 que isenta do pagamento da taxa de inscrição em concursos públicos o candidato que estiver desempregado há mais de 12 meses. A matéria está tramitando conclusivamente pelas comissões da Casa e não há prazo para ir à votação em Plenário.

Autor do projeto, o deputado Charles Fernandes (PSD-BA) argumenta que pesquisas sobre o número de desempregados no País mostram números alarmantes – cerca de 12 milhões de pessoas –, sem considerar os números do subemprego, que é praticado por trabalhadores informais.
“O desemprego atinge em cheio os jovens de 15 a 24 anos que querem entrar no mercado de trabalho e não dispõem de recursos e nem de qualquer auxílio do governo federal para pagar a taxa de inscrição", diz Fernandes.

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O deputado criticou ainda o que chamou de “indústria” dos concursos públicos. “A realização de concursos virou uma verdadeira indústria, com taxas que variam de R$ 50,00 a R$ 150,00”, disse. 

O projeto também obriga a contratação do candidato aprovado e classificado dentro do número de vagas oferecidas em até 360 dias após o resultado final.

O texto, por fim, também proíbe bancas de professores responsáveis pela elaboração das provas de proporem questões sobre assuntos não ministrados em grau de escolaridade, conforme diretrizes definidas pelo Ministério de Educação.

*Da Agência Câmara

 

A taxa de desemprego no Brasil cresceu 12% no trimestre encerrado em janeiro, atingindo 12,7 milhões de pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Esse é o maior número de desempregados desde agosto do ano passado, depois de oito meses seguidos de queda e um de estabilidade. O índice no trimestre anterior foi de 11,7%, chegando a afetar 12,2 milhões de brasileiros.

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Além disso, o número de pessoas trabalhando por conta própria e de empregadores bateu o recorde, sendo 23,9 milhões e 4,5 milhões de pessoas, respectivamente. Em relação ao trimestre anterior, houve uma alta de 1,2% (291 mil a mais).

Já o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 2,8% em relação ao trimestre anterior, ficando em 32,9 milhões, índice considerado estável pelo IBGE.

A técnica em nutrição Jessica Santana, 21 anos, é uma entre os 12,7 milhões de pessoas desempregadas. Embora tenha esperança de encontrar emprego na área em que se formou, a jovem acredita que o desemprego tende a aumentar no país. "A cada ano formam-se novos profissionais e as empresas muitas vezes exigem experiências e qualificações que os recém-formados muitas vezes não possuem”, afirma.

Para o advogado trabalhista José Rodrigues Dias, o cenário para os próximos dois anos não é positivo, mas a taxa de desemprego deve começar a cair. “A mudança de governo trouxe expectativas positivas para a economia e os empresários, em um futuro próximo, voltarão a investir no país, contribuindo para o desenvolvimento econômico e consequentemente abrindo portas de emprego com carteira assinada, diminuindo esse elevado número de desemprego”, avalia.

O mercado de trabalho no País perdeu 380 mil vagas com carteira assinada no setor privado no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 1,1% no trimestre encerrado em janeiro de 2019 ante o mesmo trimestre de 2018, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 2,9% em um ano, com 320 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 3,3% ante o trimestre até janeiro de 2018, com 146 mil pessoas a mais.

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O trabalho por conta própria cresceu 3,1% no período, com 719 mil pessoas a mais. A condição de trabalhador familiar auxiliar recuou 3,2%, com 73 mil ocupados a menos.

O setor público gerou 196 mil vagas, um avanço de 1,7% na ocupação. Houve redução de 83 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico.

A crise no mercado de trabalho penalizou mais os brasileiros que se autodeclaram pretos e pardos, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O contingente dos desocupados no Brasil no primeiro trimestre de 2012, quando começa a série histórica da pesquisa, era de 7,6 milhões de pessoas. À época, os pardos representavam 48,9% da população desempregada, seguidos por brancos (40,2%) e pretos (10,2%).

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No quarto trimestre de 2018, esse contingente de desocupados totaliza 12,2 milhões de pessoas. A participação dos pardos subiu para 51,7%, e a dos pretos aumentou para 12,9%, enquanto a dos brancos encolheu para 34,6%.

"Na crise, o desemprego subiu para todo mundo, mas subiu mais entre os pretos e pardos. Foi uma crise que afetou canteiro de obra, que afetou chão de fábrica. E a população mais presente nesse tipo de ocupação é a população preta ou parda. A crise pegou muita gente de baixa renda, que reside na camada da população menos abastada", explicou Azeredo.

Juntos, pretos e pardos representavam 64,6% dos desempregados no quarto trimestre de 2018. No quarto trimestre de 2018, a taxa de desocupação dos que se declararam brancos foi de 9,2%, abaixo das registradas pelos pretos (14,5%) e pardos (13,3%). Na média nacional, a taxa de desemprego foi de 11,6%.

No quarto trimestre de 2018, os pardos representavam 47,4% da população fora da força de trabalho, seguidos pelos brancos (42,5%) e pelos pretos (9,0%).

O desemprego, medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), caiu em 18 das 27 unidades da federação de 2017 para 2018, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior queda foi observada no Amazonas: recuo de 15,7% para 13,9%.

Na região Norte, houve queda no Acre (de 14,1% para 13,5%), Pará (de 11,8% para 11,1%) e Tocantins (de 11,7% para 10,6%). No Sul, foram registradas reduções no Rio Grande do Sul (de 8,4% para 8,1%), Santa Catarina (de 7,1% para 6,4%) e Paraná (de 9% para 8,8%).

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Houve recuo em todo o Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (de 8,5% para 7,6%), Mato Grosso (de 9% para 7,9%), Goiás (de 10,6% para 9,2%) e Distrito Federal (de 13,2% para 12,7%).

No Sudeste, caíram as taxas de desemprego em São Paulo (de 13,4% para 13,3%), Minas Gerais (de 12,2% para 10,7%) e Espírito Santo (de 13,1% para 11,5%).

Já no Nordeste, recuaram as taxas no Piauí (de 12,9% para 12,8%), Ceará (de 12,6% para 11,3%), Rio Grande do Norte (de 14,5% para 13,6%), Paraíba (de 11,4% para 11,1%) e Pernambuco (de 17,7% para 16,7%). Na Bahia, a taxa permaneceu em 17%.

Em outros sete estados, as taxas não só cresceram de 2017 para 2018 como também foram as maiores da série histórica, iniciada em 2012: Rio de Janeiro ( passou de 14,9% em 2017 para 15% em 2018), Sergipe (de 14,3% para 16,6%), Alagoas (de 16,7% para 17%), Maranhão (de 14,3% para 14,4%), Roraima (de 9,9% para 12,3%) e Amapá (de 17,8% para 20,2%).

O Amapá, além de ter a maior alta de 2017 para 2018, junto com Roraima, teve a maior taxa de desemprego do ano passado.

Quarto trimestre

O IBGE informou que, do terceiro para o quarto trimestre, a taxa caiu em apenas seis das 27 unidades da federação, com destaque para o Sergipe, que passou de 17,5% para 15%, e Pernambuco: de 16,7% para 15,5%.

O desemprego subiu na Bahia - de 16,2% para 17,4% - e se manteve estatisticamente estável em outras 20 unidades da federação.

12 capitais têm maior taxa de desemprego em 7 anos

Doze capitais brasileiras tiveram uma taxa de desemprego recorde na média de 2018, desde que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) começou a fazer o levantamento em 2012. Uma delas foi Macapá (18,2%), o maior nível de desemprego entre todas as 27 capitais.

 Outras cidades da região Norte com taxa de desemprego recorde foram Porto Velho (13,7%) e Boa Vista (12,4%). O Nordeste, no entanto, concentrou a maior parte dessas capitais: Teresina (13,6%), João Pessoa (11,9%), Recife (16,3%), Maceió (16,7%) e Aracaju (16,4%).

Também tiveram o maior percentual em sete anos o Rio de Janeiro (12,6%), Vitória (12,5%), São Paulo (14,2%) e Porto Alegre (9,5%).

Os dados da Pnad foram divulgados hoje (22), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

A pesquisa mostra ainda que Florianópolis e Campo Grande foram as capitais que tiveram as menores taxas médias de desemprego em 2018, inferiores a 7%. Na capital catarinense, 6,5%, já em Campo Grande, 6,6%.

Também registraram percentuais abaixo da média nacional, de 12,3%, Goiânia (7%), Curitiba (9,4%), Cuiabá (10%) e Fortaleza (10,8%), além de Porto Alegre e João Pessoa.

O Brasil tinha 12,195 milhões de pessoas em busca de emprego no trimestre encerrado em dezembro de 2018. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Há menos 116 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 0,9%. O total de ocupados cresceu 1,0% no período de um ano, o equivalente à criação de 894 mil postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 1,1%, 733 mil pessoas a mais nessa condição.

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Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,8% no trimestre até dezembro de 2017 para 11,6% no trimestre encerrado em dezembro de 2018, mesmo patamar registrado em novembro do ano passado.

O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 54,5% no trimestre até dezembro de 2018, ante 54,4% no trimestre até setembro. No trimestre até dezembro de 2017, o nível de ocupação era de 54,5%.

Novos postos

O País ganhou 381 mil novos postos de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 297 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados, segundo o IBGE.

A criação de vagas no trimestre encerrado em dezembro em comparação ao trimestre terminado em setembro superou o total de pessoas que deixaram de procurar emprego no período, puxando a taxa de desemprego para baixo. No entanto, houve também ajuda do aumento da população inativa, que cresceu em 171 mil pessoas no período.

A taxa de desemprego passou de 11,9% no trimestre terminado em setembro para 11,6% no trimestre encerrado em dezembro. A população inativa totalizou 65,369 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro.

Desalentados

O Brasil tinha 4,706 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em dezembro de 2018, segundo os dados da Pnad Contínua iniciada em 2012 pelo IBGE. O resultado significa 69 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em setembro. Na comparação com o último trimestre de 2017, porém, 355 mil pessoas a mais caíram no desalento.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

No ano de 2018, o País teve uma média de 4,736 milhões de desalentados, uma alta de 13,4% ante 2017.

Um em cada cinco jovens de 15 a 24 anos da América Latina não conseguem emprego, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A taxa de desemprego entre os jovens (19,6%) é três vezes maior que da população acima dos 25 anos (6,3%).

O percentual de desemprego juvenil na região se manteve em 14% entre 2012 e 2014, mas disparou em cinco pontos percentuais desde então. Além disso, a taxa de desocupação é maior entre as mulheres do que entre os homens.

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O índice médio de desemprego na América Latina era de 7,8%, no terceiro semestre deste ano, com 25 milhões de pessoas à procura de emprego.

 

A construção cortou 131 mil postos de trabalho no período de um ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28).

A indústria demitiu outros 131 mil trabalhadores no trimestre encerrado em novembro de 2018 em relação ao trimestre até novembro do ano anterior. Também houve corte de vagas nos serviços domésticos, com 99 mil trabalhadores a menos em um ano.

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Na direção oposta, a atividade de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas - que inclui alguns serviços prestados à indústria - registrou um crescimento de 184 mil vagas em um ano. O setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura contratou 60 mil empregados a mais.

Também houve aumento no contingente de trabalhadores do comércio (85 mil), alojamento e alimentação (215 mil empregados), outros serviços (338 mil pessoas), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (605 mil vagas) e transporte, armazenagem e correio (113 mil vagas).

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