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O valor da cesta básica caiu em agosto em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), repetindo o comportamento observado em julho. De acordo com a Pesquisa Mensal da Cesta Básica de Alimentos, as maiores quedas foram registradas em Manaus (-7,69%), Aracaju (-3,84%) e Fortaleza (-2,96%). O menor recuo foi observado em Vitória (-0,48%).

Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 340,62). O segundo maior preço foi observado em São Paulo (R$ 337,80), seguida por Vitória (R$ 329,13). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 230,52), Salvador (R$ 266,34) e João Pessoa (R$ 268,87).

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No acumulado dos primeiros oito meses de 2014, 13 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Florianópolis (6,67%), Aracaju (6,34%) e Recife (5,93%). As principais reduções foram verificadas em Campo Grande (-4,29%), Belo Horizonte (-2,80%) e Manaus (-1,95%). Em 12 meses, 15 cidades tiveram alta - Manaus, Aracaju e Campo Grande foram na contramão.

Em agosto, os recuos dos preços da cesta básica foram influenciados principalmente pelas quedas de óleo de soja, batata, feijão, tomate e farinha de mandioca nas regiões Norte e Nordeste. Por outro lado, carne (produto de maior peso na cesta) e leite começaram a mostrar elevação na maior parte das cidades pesquisadas. "A baixa oferta tem pressionado o preço da carne no atacado e o valor no varejo já começa a indicar tendência de alta, principalmente porque a carne inicia o período de entressafra", diz o relatório do Dieese.

Salário mínimo

Com base no custo apurado para a cesta mais cara, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o valor do salário mínimo em agosto deveria ser de R$ 2.861,55, ou seja, 3,95 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em julho, o mínimo necessário era maior, equivalendo a R$ 2.915,07, ou 4,03 vezes o piso vigente. Em agosto de 2013, ficava em R$ 2.685,47, ou 3,96 vezes o mínimo da época.

Quase 93% das 340 unidades de negociação da Indústria, Comércio e Serviços analisadas pelo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-Dieese) conquistaram, no primeiro semestre de 2014, reajustes acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo divulgou o Dieese, o aumento real médio foi de 1,54% acima da inflação. O órgão não divulgou os valores desses pisos, como faz no balanço anual.

Na desagregação por setor econômico, a pesquisa mostra que, em todas as áreas, o porcentual de unidades de negociação com aumento real nos pisos salariais foi superior a 90%. A maior incidência de pisos com reajustes acima do INPC foi no Comércio (95,7%), seguido pela Indústria (92,9%) e Serviços (92,8%). Já aos reajustes abaixo da inflação, observados em 2,6% das categorias, foram mais frequentes na Indústria (4,5% das unidades de negociação), seguido por Comércio (2,2%) e Serviços (0,7%). Em 4,1% dos setores analisados, o reajuste foi igual ao INPC.

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No relatório, o Dieese destaca que os resultados do primeiro semestre de 2014 são melhores do que o registrado para as mesmas unidades de negociação no ano anterior, tanto no crescimento do número de reajustes acima do INPC quanto na elevação dos valores negociados. Segundo o órgão, a melhora foi observada em todos os setores econômicos e regiões geográficas. Desde 2008, quando o Dieese passou a analisar os reajustes salariais, a entidade observa que os reajustes dos seis primeiros meses deste ano só ficam atrás do verificado em 2012 "e, em certos aspectos, em 2010".

Menos inflação

Entre os fatores que justificam o bom resultado das negociações, o departamento cota três principais. O primeiro é a redução das taxas de inflação, que resultou em índices de reposição inflacionária menores do que os verificados no ano anterior. Outro fator seria a manutenção das taxas de desemprego em patamares baixos, o que, em geral, "denota um mercado de trabalho aquecido e encoraja a mobilização dos trabalhadores". O terceiro aspecto apontado é o que o Dieese chama de efeito catalisador de algumas paralisações "bem sucedidas" realizadas no primeiro semestre, em especial de trabalhadores das áreas de limpeza urbana e transporte coletivo, o que teria encorajado outras categorias.

O Dieese ressalta ainda que esses mesmos fatores devem ser considerados em qualquer tentativa de prognóstico para as campanhas salariais do segundo semestre. Em relação à inflação, o órgão afirma que vários indicadores, entre eles o INPC e a pesquisa de Cesta Básica feita pelo Dieese, sinalizam para manutenção da tendência de queda captada nas últimas pesquisas, "o que é positivo para as negociações coletivas". "No entanto, é preciso avaliar o quanto a redução da inflação é devida ao desaquecimento econômico, o que pode resultar em efeito negativo aos trabalhadores", pondera.

O índice que mede o custo de vida dos paulistanos acelerou entre junho e julho, passando de estabilidade para uma alta de 0,68%, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O avanço, segundo o Dieese, foi influenciado principalmente pelo grupo Habitação, que saiu de 0,44% para 2,32%, apesar da queda de 0,15% registrada na classe de despesa de Alimentação (de baixa de 0,27%). A aceleração na taxa de Habitação foi puxada pelo aumento de 17,92% da energia elétrica na cidade de São Paulo, conforme o Dieese.

Enquanto os grupos Habitação (2,32%), Saúde (1,18%), Educação e Leitura (0,43%) e Transporte (0,25%) tiveram uma contribuição positiva de 0,74 ponto porcentual no Índice de Custo de Vida (ICV) em julho, o conjunto de preços de Alimentação teve influência negativa de 0,05 ponto porcentual.

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Em 12 meses, o ICV-Dieese acumula alta de 6,81%. De um total de 10 grupos que fazem parte do índice, cinco apresentaram variações superiores ao índice geral nesta base de comparação. Em 12 meses finalizados em julho, o conjunto de preços de Despesas Diversas registrou alta de 11,59%, seguido por Despesas Pessoais (10,06%), Educação e Leitura (9,22%), Alimentação (8,36%) e Saúde (7,13%).

O valor da cesta básica diminuiu em dez das 18 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para a realização da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos em junho ante maio.

Belo Horizonte registrou a maior queda no preço médio da cesta (7,33%), seguida por Campo Grande (4,55%), Porto Alegre (4,00%) e São Paulo (3,25%). Do outro lado, as maiores altas foram registradas em Manaus (6,08%), João Pessoa (3,43%), Aracaju(2,45%) e Recife (1,53%).

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De acordo com o Dieese, os recuos dos preços da cesta básica em junho foram puxados pelos preços de feijão, batata, óleo de soja, banana e tomate. Na contramão, carne, leite e arroz apresentaram aumento nos preços na maioria das capitais analisadas.

Em junho, São Paulo foi a capital com cesta básica mais cara (R$ 354,63). Florianópolis é a cidade com o segundo valor mais alto para a cesta, de R$ 353,76, seguida de Porto Alegre (R$ 351,36). Já os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 247,64), Salvador (R$ 278,97) e João Pessoa (R$ 281,70).

No acumulado do primeiro semestre, as 18 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica, com destaque para as elevações em Aracaju (14,24%), Recife (11,92%) e

Brasília (11,86%). Os menores valores da cesta foram registrados em Belo Horizonte (2,43%), Campo Grande (2,62%) e Salvador (5,22%).

Já na análise em 12 meses encerrados em junho, 16 cidades registraram alta, sendo as maiores apuradas em Florianópolis (15,07%), Curitiba (12,84%) e Rio de Janeiro (10,79%). As únicas capitais que registraram recuo no preço médio da cesta básica foram João Pessoa (de 1,32%) e Aracaju (0,17%).

Cesta básica x salário mínimo

De acordo com o Dieese, o salário mínimo deveria corresponder a R$ 2.979,25 em junho para suprir as necessidades básicas do trabalhador brasileiro e de sua família. A instituição leva em conta o custo apurado para a cesta básica mais cara no mês, a de São Paulo, e a determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Pelas contas da instituição, portanto, o menor salário deveria ser 4,11 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724.

Temendo uma crise política, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e lideranças sindicais do conselho do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) vão entregar na segunda-feira (7), um documento ao governo Dilma Rousseff pedindo que o projeto de lei que altera toda a estrutura trabalhista federal seja discutido somente após as eleições.

Uma versão preliminar do documento preparado pelo Dieese e o Codefat obtido pelo jornal "O Estado de S. Paulo" avalia positivamente os planos gerais do projeto do governo, que cria o Sistema Único do Trabalho (SUT) e altera o FAT, criado com a Constituição, que passará a ser chamado Fundo Nacional do Trabalho (FNT).

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O FNT será "blindado" das desonerações tributárias concedidas pelo governo às empresas, que diminuem a arrecadação do PIS e do Pasep, as fontes de recursos do FAT - e do futuro FNT. "A constituição de um sistema único que articule, coordene, integre e aprimore as políticas públicas de trabalho é uma demanda histórica dos trabalhadores e de suas organizações sindicais", diz o documento. Mas a mensagem central é de calma à gestão Dilma Rousseff.

O governo tem pressa

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disparou a minuta do projeto de lei a todos os 27 Estados e às prefeituras de cidades com mais de 200 mil habitantes, além das centrais sindicais e do Codefat. No ofício, Dias pede uma resposta dentro de 15 dias, prazo que vence amanhã.

Celeridade

O objetivo do governo é receber as eventuais sugestões de Estados, municípios e sindicalistas e então remeter o projeto para consulta pública. Os planos são de enviar a reforma ao Congresso o mais rápido possível. "Essa busca de celeridade pode inviabilizar avanços tão esperados por todos nós", afirmam os técnicos do Dieese e os sindicalistas do Codefat no documento.

O documento também revela uma preocupação com a tensão eleitoral que o projeto pode voltar a provocar. Depois que o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou os detalhes do projeto da gestão Dilma, há duas semanas, a reação da oposição foi pesada.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato à Presidência, afirmou que a proposta do governo era uma "decisão autoritária", e que visava atacar o FAT. No mesmo dia, o PSDB soltou uma nota oficial afirmando que "o governo do PT quer acabar com o FAT". A resposta federal veio de Manoel Dias, que disse ter "faltado conhecimento" ao senador.

No documento que será enviado pelo Dieese ao Ministério do Trabalho, os técnicos e sindicalistas apontam que " a consulta está sendo feita justamente num momento em que o País inicia um novo processo eleitoral, no qual as tensões do debate político se amplificam e muitas vezes dificultam a construção de pactos".

O valor da cesta básica manteve a tendência de alta em maio e subiu em 15 das 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com a Pesquisa Mensal da Cesta Básica de Alimentos, as maiores elevações foram registradas em Fortaleza (5,42%) e Recife (4,90%). Já as três capitais que apresentaram queda nos preços da cesta básica foram Campo Grande (-2,05%), Florianópolis (-0,38%) e Brasília (-0,10%).

No acumulado dos primeiros cinco meses de 2014, as 18 capitais apresentam alta no valor da cesta básica. Neste cenário, as maiores elevações foram registradas em Brasília (14,31%), Curitiba (13,24%) e São Paulo (12,01%). Já as capitais que tiveram os menores aumentos foram Manaus (1,76%) e Salvador (4,67%).

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Entre todas as capitais, em maio, São Paulo foi a que registrou o maior valor para o conjunto de itens essenciais, R$ 366,54. O valor representou uma alta de 2,43% na comparação com abril. A segunda maior cesta foi observada em Porto Alegre (R$ 366,00), seguida por Vitória (R$ 352,76). Já os menores valores médios no mês passado foram apurados em Aracaju (R$ 241,72), João Pessoa (R$ 272,35) e Salvador (R$ 277,52).

De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário em maio para suprir as necessidades básicas de uma família deveria ser de R$ 3.079,31, ou seja, 4,25 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em abril, o mínimo necessário era menor, equivalendo a R$ 3.019,07, ou 4,17 vezes o piso vigente.

Preços

Os aumentos da cesta básica, segundo o levantamento, foram influenciados em maio principalmente pela alta nos preços do tomate, café em pó, manteiga, óleo de soja e arroz. O tomate subiu em 17 capitais, exceto Manaus, e o destaque foi a elevação registrada em Belo Horizonte (33,33%).

No caso do café em pó, apenas Natal não registrou aumento dos preços em maio, sendo que a maior alta foi apurada em Recife (5,11%). Já a manteiga teve elevação em 14 cidades, com destaque para Curitiba (3,91%). O valor do óleo de soja subiu em 13 capitais e a maior elevação ocorreu em Manaus (6,51%). Por fim, o preço do arroz também registrou elevação na maior parte das cidades pesquisadas (12) e a maior taxa foi verificada no Rio de Janeiro (4,90%).

Em maio, segundo o Dieese, os preços da carne bovina tiveram recuo em 11 cidades, com destaque para Vitória (-2,39%). Já a batata registrou queda nos preços em oito capitais. A capital do Espírito Santo também foi a que registrou a maior retração (-26,38%).

Depois apresentar um arrefecimento nos últimos meses, inclusive com a eliminação de postos de trabalho, o setor de serviços pode estar iniciando uma trajetória de recuperação, de acordo com a economista Ana Maria Belavenuto, técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "Há a percepção de que o setor de serviços possa voltar a segurar o emprego", afirmou, lembrando que o segmento vinha dando sustentação ao mercado de trabalho no passado recente.

Segundo ela, o comércio também pode ajudar na tarefa de manter o mercado aquecido, influenciado positivamente por eventos como a Copa do Mundo. "Mas a indústria vai levar um certo tempo ainda, mesmo com o câmbio mais valorizado", explicou.

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A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Dieese e pela Fundação Seade e divulgada na manhã desta quarta-feira, mostrou que a taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas aumentou de 10,3% em fevereiro para 11% em março.

Segundo Ana Maria, o resultado é atribuído à queda de 0,7% do nível de ocupação. O levantamento mostra que, entre fevereiro e março, houve redução de 137 mil vagas nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Fortaleza, Recife, Belo Horizonte, São Paulo e Salvador.

Na avaliação por categorias de atividade econômica, o setor de Serviços se manteve estável, enquanto todos os outros tiveram diminuição de postos de trabalho: Indústria de Transformação (corte de 88 mil vagas), Construção (26 mil) e Comércio (24 mil).

Para o que resta de 2014, Ana Maria espera uma certa estabilidade no mercado de trabalho. "Penso que vai ainda este ano se manter, não acho que o mercado de trabalho ficará tão ruim, mas também não será tão maravilhoso quanto se esperava anteriormente", disse.

O economista da Fundação Seade Alexandre Loloian endossa a visão, mas alerta que alguns fatores de risco podem influenciar cenário. "Eu não estou absolutamente pessimista como a maioria do mercado está. Mas não vamos ter um ano deslumbrante, até por causa de fatores recentes, como falta de água e de energia", afirmou. "É uma coisa que pode afetar. Alguns acreditam que essas variáveis já vêm entrando no radar dos empresários, o que pode diminuir o ânimo para investimento."

A taxa de desemprego no conjunto das seis regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) subiu de 10,3% em fevereiro para 11,0% em março. De acordo com o levantamento, o nível de ocupação nas regiões caiu 0,7%, com eliminação de 137 mil postos de trabalho.

Segundo a Seade e o Dieese, o nível de ocupação diminuiu em Porto Alegre (1,5%), Fortaleza (1,3%), Recife (1,2%), Belo Horizonte (0,9%) e São Paulo (0,5%). Em Salvador, o nível de ocupação apresentou relativa estabilidade, ficando 0,2%.

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Entre os setores avaliados, em março houve retração do nível ocupacional na Indústria de Transformação, que eliminou 88 mil postos de trabalho (uma queda de 3,1%); na Construção, com redução de 26,7 mil vagas (queda de 1,7%); e no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, que eliminou 24 mil postos (queda de 0,7%). O setor de Serviços permaneceu estável.

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões cresceu 0,8% em fevereiro de 2014 ante janeiro, para R$ 1,689 mil. A renda média real dos assalariados subiu 0,7%, atingindo R$ 1,710 mil.

A proporção de ganhos salariais acima de inflação deve registrar este ano um resultado bastante próximo ao de 2013 e manter uma trajetória de estabilidade. A avaliação é do coordenador de relações sindicais do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), José Silvestre Prado de Oliveira. "Isso estará condicionado à variação da inflação e também ao crescimento da economia", ponderou, durante entrevista coletiva em São Paulo.

Segundo balanço da entidade divulgado nesta quarta-feira (2), 87% dos reajustes salariais de 671 unidades de negociação em 2013 ficaram acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para Silvestre, a expectativa é que o crescimento da economia em 2014 não seja muito diferente de 2013, quando o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 2,3%. "Além disso, o mercado de trabalho vai na mesma direção, e não deve ter alteração do ponto de vista da taxa de desemprego", disse. "Considerando esse quadro, se essas expectativas se confirmarem, os resultados (de reajustes salariais) devem seguir uma trajetória de estabilidade", complementou.

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Em relação à alta de preços, Silvestre considerou que, caso a inflação saia do controle, isso pode gerar uma dificuldade adicional para alguns setores na conquista de ganhos reais de salários. Sérgio Luiz Leite, o Serginho, secretário da Força Sindical, que também esteve na coletiva, disse que uma das preocupações é que alguns preços represados possam subir após as eleições, prejudicando as negociações salariais no segundo semestre.

Ainda segundo Serginho, outros fatores que devem ser levados em consideração são o término das obras da Copa do Mundo, que pode afetar o desempenho de serviços, e o crescimento da indústria, que tem uma influência expressiva sobre os outros setores.

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta quarta-feira, 2, aponta que 87% dos reajustes salariais de 671 unidades de negociação em 2013 ficaram acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Dieese mostrou ainda que apenas 6% das negociações tiveram reajustes salariais abaixo do INPC-IBGE, cujo índice varia de acordo com o período da data-base das negociações salariais. Essas categorias tiveram reajustes entre 0,01% e 2% abaixo da inflação. Do total de categorias, 7% conseguiram reajustes iguais ao INPC-IBGE e que a faixa com o maior número de aumentos acima da inflação (34,7%) foi no intervalo de 1,01% a 2% de ganho real.

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Os dados do Dieese apontam ainda que, na média de todas as categorias, o valor médio do aumento real dos salários sobre o INPC-IBGE foi de 1,25% nas negociações de 2013. As categorias de trabalhadores avaliadas pelo Dieese estão nos setores de indústria, comércio e serviços.

Comércio

O comércio foi o setor que apresentou maior incidência de reajustes com ganhos reais em 2013, chegando a 98% do total de negociações analisadas. O valor médio dos aumentos reais no comércio em 2013 (1,42%) é inferior ao observado em 2012 e, ainda que ligeiramente, em 2010 e 2011.

Já o setor de serviços foi o que apresentou a menor porcentagem de negociações com conquistas acima da inflação do período (78%). Os reajustes abaixo do INPC no segmento representaram 11%, e outros 11% tiveram ganhos iguais à inflação. O aumento real médio nas unidades de negociação do setor chegou a 1% em 2013, abaixo do registrado em 2012.

As negociações na indústria que tiveram reajustes acima do INPC responderam por 89% do total. Aquelas que ficaram abaixo do registrado pelo índice somaram 4,7%, enquanto as que tiveram reajuste igual à inflação chegaram a 6,4%. O aumento real médio do setor no ano passado foi de 1,34%, o menor porcentual em relação aos três anos anteriores.

As oportunidades de emprego diminuíram, no mês de fevereiro, na Região Metropolitana do Recife - RMR de acordo com os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgados pela Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo (STQE), em parceria com a Agência CONDEPE/FIDEM, DIEESE e Fundação SEADE, nesta quarta-feira (26). Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego caiu de 12,9% para 12,2%, tendo uma redução de 0,7%. Já na ocupação mensal, registrou crescimento de 0,9 ponto percentual, chegando a 12,2%.  

Segundo o coordenador da PED pelo Dieese, Jairo Santiago, a retratação da taxa já era prevista. "A série histórica revela que a taxa cresceu em noves meses e caiu durante seis meses. Todas as regiões, exceção Porto Alegre, apresentaram crescimento na taxa de desemprego. Esse é um comportamento típico para o mês de fevereiro", frisou Santiago, conforme informações da assessoria.

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De dezembro de 2013 a janeiro de 2014, o salário dos ocupados (0,8%), assalariados (0,5%) e autônomos (4,2%) cresceu. Em termos monetários, passaram a corresponder a R$ 1.207, R$ 1.309 e R$ 926, respectivamente. Na comparação anual, o salário dos ocupados também aumentou 2,6%, com massa de rendimentos dos ocupados e assalariados ampliados em 4,6% e 8,8%, respectivamente.

Com o quantitativo de ocupados estimado em 1.646 mil pessoas, o nível da ocupação na RMR teve variação negativa de 0,4%. Entretanto, no demonstrativo anual, a taxa cresceu 2,0%. Foram avaliados também os principais setores de atividade e constatou-se o crescimento na Indústria de Transformação (5,2% ou 8 mil postos de trabalho), seguido pelo desempenho negativo na Construção Civil (-3,7% ou -6 mil), Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-0,8%, ou -3 mil) e Serviços (-0,4% ou -4 mil).

Em relação à posição na ocupação, houve estabilidade para os assalariados (-0,2%) e os ocupados (0,9%), redução entre os autônomos (-1,5%) e estabilidade para os empregados domésticos. Ainda de acordo com a pesquisa, o desempenho do emprego assalariado foi resultado do declínio no setor privado (-0,6% ou -5 mil) e do acréscimo no setor público (1,5% ou 3 mil). O desempenho do emprego assalariado privado decorreu das oscilações do assalariamento com carteira de trabalho assinada (-0,5% ou -4 mil) e sem carteira assinada (-0,7% ou -1 mil).

De acordo com a PED, no mês de fevereiro foram extintos seis mil postos de trabalho na RMR, que reflete o contingente de desempregados estimado em 229 mil pessoas. A taxa de participação - indicador que aponta o número de pessoas com mais de 10 anos incorporadas ao mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas - manteve-se estável, passando de 55,9% para 56,2%.

A taxa de desemprego no conjunto das seis regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realiza a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) subiu de 9,5% em janeiro para 10,3% em fevereiro. De acordo com a Seade e o Dieese, o nível de ocupação nas regiões caiu 0,6%, com a eliminação de 119 mil postos de trabalho.

Segundo a Seade e o Dieese, o nível de ocupação diminuiu em Belo Horizonte (-1,3%); Salvador (-0,8%); São Paulo (-0,7%) e Recife (-0,4%). Manteve-se relativamente estável em Porto Alegre (0,2%) e Fortaleza (-0,2%).

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Entre os setores avaliados, houve diminuição em Serviços (-0,9% ou eliminação de 96 mil postos), em Indústria de Transformação (-0,7% ou redução de 21 mil postos). Em Construção, foram eliminados 17 mil postos, queda de 1,1%. Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas registrou geração de 4 mil vagas (alta de 0,1%)

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões caiu 1,2% em janeiro de 2014 ante dezembro de 2013, para R$ 1.668. A renda média real dos assalariados não variou, mantendo-se em R$ 1.690.

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em fevereiro subiu para 10,6%, ante 9,6% em janeiro, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada pela Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nesta quarta-feira, 26.

O nível de ocupação diminuiu 0,7% e o número de ocupados foi estimado em 9,747 milhões de pessoas. Na passagem de janeiro para fevereiro, o total de desempregados foi previsto em 1,156 milhão de pessoas, 70 mil a menos do que em janeiro (queda de 0,7%). Na comparação com fevereiro do ano passado, a taxa de desemprego ficou ligeiramente acima, em 10,6%, ante 10,3%.

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A indústria de transformação na região eliminou 50 mil postos de trabalho (-3,0%) e o setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas houve redução de 1 mil (-0,1%). Já o setor de serviços, gerou 86 mil vagas (1,6%) e na construção foram criados 13 mil postos de trabalho (1,8%).

Os pequenos negócios tiveram um aumento real nos salários pagos, em comparação com as médias e grandes empresas. A informação é de um estudo concluído recentemente pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em trabalho conjunto com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o levantamento, o aumento foi de 33% entre 2002 e 2012, superando um reajuste de 22% praticado no mesmo período pelos médios e grandes empreendimentos. Segundo o Sebrae, a diferença salarial entre os empregados de pequenos negócios – aqueles que faturam até R$ 3,6 milhões anualmente – e companhias de maior porte caiu para o menor nível desde o começo da pesquisa, em 1999.

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“Um trabalhador de micro ou pequena empresa ganha 38% menos que o funcionário de uma média ou grande companhia. Embora ainda significativa, a diferença salarial era de 44% e vem caindo ano a ano”, frisa o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, conforme informações da instituição.

No contexto dos setores, o salário real médio do comércio registrou um aumento de 37%. O resultado superou os segmentos da construção civil (35%), indústria (32%) e serviços (28%).

Ainda segundo o estudo, a quantidade de vagas formais nos pequenos negócios teve um crescimento de 70% entre os anos de 2002 e 2012. Isso quer dizer que o resultado passou de 9,5 milhões de postos de trabalho para 16,2 milhões. De acordo com o Sebrae, os pequenos negócios são responsáveis por mais da metade do total de empregos gerados no Brasil.

   

 

 

JOÃO PESSOA (PB) - A cesta básica de João Pessoa teve a maior queda de preços e ficou entre as mais baratas do país, segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ao todo, 18 capitais foram pesquisadas.

Em relação ao mês anterior, houve uma redução de 3,47%. Segundo o Dieese, a queda foi impulsionada pelo preço reduzido do tomate (-17,05%), da banana (-9,28%), do feijão (5,69%), do leite (-3,39%), do açúcar (-2,82%), do óleo de soja (-2,11%), da farinha (-1,78%), da manteiga (0,49%) e do pão (-0,13%).

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A cesta básica na capital paraibana ficou em R$ 255, o segundo menor custo, atrás apenas de Aracaju, com R$ 225,57. O maior custo foi identificado em Florianópolis (R$ 330,75), seguida por Vitória (R$ 328,43) e São Paulo (R$ 325,35).

Enquanto nove capitais apresentaram elevação nos preços da cesta básica em fevereiro em relação a janeiro, outras nove registraram queda, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta terça-feira (11), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Aracaju e Florianópolis foram as capitais que registraram as maiores altas no preço do conjunto de itens básicos, com elevação de 5,31% e 2,49%, respectivamente. Além disso, tiveram alta em fevereiro a cidade do Rio de Janeiro (1,35%), Campo Grande (1,22%), Belém (0,83%), São Paulo (0,58%), Goiânia (0,54%), Vitória (0,40%) e Natal (0,04%).

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Já as quedas mais expressivas foram registradas em João Pessoa (-3,47%), Manaus (-3,44%) e Brasília (-2,91%). Também apresentaram queda no segundo mês do ano Fortaleza (-1,74%), Belo Horizonte (-1,49%), Porto Alegre (-1,40%), Salvador (-1,16%), Recife (-0,75%) e Curitiba (-0,19%).

Em fevereiro, o maior custo da cesta foi registrado em Florianópolis (R$ 330,75), seguido de Vitória (R$ 328,43) e São Paulo (R$ 325,35). Já os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 225,57), João Pessoa (R$ 255,00) e Salvador (R$ 262,78).

No acumulado nos últimos 12 meses - entre março de 2013 e o mês passado -, 5 capitais registraram alta no conjunto de itens básicos: Florianópolis (5,18%), Vitória (4,80%), Belém (4,24%), Rio de Janeiro(2,57%) e Curitiba (0,08%). Nas demais localidades, os recuos oscilaram entre -5,58% (João Pessoa) e -0,10% (Recife).

A taxa de desemprego total entre as mulheres voltou a cair em 2013, passando de 12,5% em 2012 para 11,7% no ano passado, retomando a trajetória de redução iniciada em 2004. É a menor taxa de desemprego total registrada na década de 2000. Para os homens, a taxa passou de 9,4% para 9,2%. A pesquisa foi elaborada pelo Dieese e pela Fundação Seade.

Apesar desse movimento de redução do desemprego, a proporção de mulheres no total de ocupados pouco se alterou, passando de 45,8%, em 2012, para 45,9%, em 2013. Para a Fundação Seade, a relativa estabilidade do nível de ocupação das mulheres é resultado do desempenho positivo do Comércio, Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (8,3%), praticamente contrabalançado pela redução na Indústria (-2,3%), Construção (-13,9%) e Serviços (-1,2%).

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A pesquisa apontou ainda que houve um ligeiro aumento do rendimento médio real por hora das mulheres (0,8%), enquanto o dos homens diminuiu (-1,3%). "Esse desempenho alterou a diferença entre os dois segmentos: em 2012, os valores médios auferidos pelas mulheres correspondiam a 75,5% dos obtidos pelos homens e, em 2013, essa proporção passou para 77,1%", diz a nota.

A proporção de mulheres com dez anos de idade ou mais inseridas no mercado de trabalho, na situação de ocupadas ou de desempregadas - a chamada taxa de participação feminina -, caiu de 56,1%, em 2012, para 55,1% no ano passado. Para os homens, esse indicador também caiu e passou de 71,5% para 70,6% na mesma base de comparação. Segundo as entidades, a atual taxa de participação feminina é a mesma observada para os anos de 2003 e 2007, que apresentam os menores patamares da década de 2000.

A formalização das relações de trabalho assalariado manteve a trajetória de crescimento para ambos os sexos, porém de forma mais intensa entre as mulheres. Essa alta é resultado exclusivamente das ocupações com carteira de trabalho assinada no setor privado, que passou de 47,7%, em 2012, para 50,3%, em 2013, uma vez que as ocupações formais no setor público caíram(de 10,5% para 10,2%, no período).

O levantamento destaca ainda que a proporção das empregadas domésticas no total das ocupações femininas diminuiu de 14,7% para 14,0%, entre 2012 e 2013, sendo a menor da série histórica da pesquisa.

A taxa de desemprego no conjunto das seis regiões pesquisadas pela Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no mês de janeiro, teve ligeira elevação e passou de 9,3% para 9,5% da População Economicamente Ativa (PEA). De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), há um total de 1.984 milhão de desempregados, o que significa um acréscimo de 37 mil pessoas em relação ao mês de dezembro.

No mês passado, houve um corte de 68 mil postos de trabalho, número superior ao volume de pessoas que deixaram de concorrer a uma das vagas. O montante superou a saída de 31 mil pessoas do mercado de trabalho. O nível de ocupação aumentou em Salvador (1%) e Fortaleza (0,7%). Em Belo Horizonte (-1,6) e São Paulo (-0,6%) houve redução. Já em Porto Alegre (0,1%) ficou estável e também não houve alteração no Recife. 

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De dezembro para janeiro, a taxa de desemprego aumentou em Porto Alegre (6,8% para 7,3%), Belo Horizonte (6,6% para 6,7%), São Paulo (9,3% para 9,6), Salvador (16,9% para 17%) e Fortaleza (6,8% para 7,3%). Já no Recife houve um leve recuo (11,4% para 11,3%).

A surpresa em janeiro, segundo o coordenador da PED pelo Seade, Alexandre Loloian, ficou com a indústria: fechou 88 mil postos de trabalho, representando uma queda de 3%. Já o segmento da construção civil criou 39 mil postos, alta de 2,6%. O comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas ampliou em 17 mil o número de vagas, 0,5% acima de dezembro. E a a oferta no setor de serviços ficou praticamente estável, com eliminação de 20 mil postos (-0,2).

Os preços do leite, feijão e café apresentaram as maiores quedas de preços em janeiro e tiveram redução na maioria das capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). No caso do leite, o produto registrou recuo em todas as cidades pesquisadas, com as maiores quedas verificadas em Campo Grande (-13,38%), Porto Alegre (-10,33%), Natal (-9,35%) e Brasília (-6,93%).

Segundo o Dieese, o comportamento dos preços do leite pode ser explicado por conta do período de safra. Apesar do desempenho de janeiro, em 12 meses, o preço do leite acumulou altas de 22,85% em Recife, 21,05% em Belém, 18,00% em João Pessoa e 16,94% em Fortaleza. Apenas em Florianópolis foi verificada retração (-8,53%).

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O feijão também foi um produto que registrou queda de preços em 13 das 18 capitais pesquisadas em janeiro. O item teve o maior recuo em Campo Grande (-17,82%), Goiânia (-10,20%), Fortaleza (-10,13%) e Manaus (-9,15%). Nas cidades em que houve aumento de preços, o destaque foi Belo Horizonte (15,01%). Para o Dieese, a explicação também está na safra do feijão irrigado "que abasteceu grande parte do mercado interno e reduziu os preços do grão". No acumulado (de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014), o preço do quilo do feijão caiu em 10 cidades, com taxas que chegaram a -27,76% em São Paulo, -27,74% em Goiânia, -27,52% em Fortaleza, -27,39% em João Pessoa e -25,27% em Natal. As maiores altas foram apuradas em Florianópolis (26,44%) e Porto Alegre (21,18%).

O café, por sua vez, registrou queda nos preços da cesta básica em 12 cidades em janeiro. As maiores quedas foram registradas em Manaus (-4,44%) e Vitória (-3,02%). Já a maior elevação foi apurada em Goiânia (4,93%). Apesar do comportamento de queda, o Dieese afirma que o calor excessivo pode prejudicar as lavouras e elevar o preço do grão nos próximos meses. Em 12 meses, o café registrou queda de preços em 17 capitais, sendo Aracaju (1,53%) a única que teve aumento do preço.

Pressão de alta

Produto com maior peso na composição da cesta básica, a carne bovina ficou mais cara em 14 das 18 capitais pesquisadas, sendo que Brasília (6,94%), Vitória (5,83%) e Florianópolis (5,00%) foram as localidades que registraram as maiores altas. As quatro capitais que tiveram recuo no preço em janeiro foram: Manaus (-2,96%), Natal (-0,79%), Belém (-0,22%) e Aracaju (-0,07%). Na comparação anual, os preços subiram em 17 capitais, e a única exceção foi Manaus (-2,21%).

Para o Dieese, as condições adversas das pastagens "devido à falta de chuvas e a elevação do preço dos insumos aumentaram os custos ao produtor que, somado à ampliação do consumo do produto, elevaram o preço do bem", explicou, em nota.

Outros itens que mostraram alta em quase todas as capitais foram: farinha de trigo (que em 12 meses acumulou aumentos que variaram entre 46,81% em Campo Grande e 22,67% em Vitória) e o pão francês, que mostrou elevação de 23,50% em Florianópolis e 20,16% em Campo Grande, item que ficou mais caro em todas as capitais no ano.

O arroz também apresentou queda nos preços em janeiro em 13 cidades, porém na comparação anual ficou mais barato em 16 capitais, estável no Rio de Janeiro e mais caro apenas em Manaus (4,82%). As maiores quedas foram verificadas em Aracaju (-33,99%) e Salvador (-23,25%).

Salário Mínimo

De acordo com a estimativa do Dieese, com base nos números da Pesquisa Nacional da Cesta Básica em 18 capitais, o salário mínimo deveria ter sido de R$ 2.748,22 em janeiro para suprir as necessidades básicas do trabalhador brasileiro e de sua família.

A instituição leva em conta o custo apurado para a cesta básica mais cara no período, a de Vitória, de R$ 327,13, e o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Pelas contas do Dieese, portanto, o menor salário deveria ser 3,80 vezes o valor do mínimo de R$ 724 que passou a vigorar em 1º de janeiro de 2014. Em janeiro de 2013, o valor necessário para atender às despesas de uma família era de R$ 2.674,88, ou seja, 3,95 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 678,00).

Enquanto nove capitais apresentaram elevação nos preços da cesta básica em janeiro em relação ao mês anterior, outras nove registraram queda, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Brasília e Manaus foram as capitais que registraram a maior alta no preço do conjunto de itens básicos, com elevação de 5,49% e 5,04%, respectivamente. Além disso, tiveram alta em janeiro Recife (2,21%), João Pessoa (2,07%), Vitória (1,79%), Florianópolis (0,87%), Fortaleza (0,41%), Salvador (0,28%) e Belém (0,02%).

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Já as quedas mais expressivas foram registradas em Campo Grande (-4,19%), Porto Alegre (-2,47%) e Curitiba (-2,41%). Também apresentaram queda no primeiro mês do ano Rio de Janeiro (-1,58%), Belo Horizonte (-1,47%), Natal (-1,25%), Aracaju (-1,19%), São Paulo (-1,15%) e Goiânia (-0,30).

Em janeiro, o maior custo da cesta foi registrado em Vitória (R$ 327,13), seguido de São Paulo (R$ 323,47), Manaus (R$ 323,22) e Florianópolis (R$ 322,12). Já os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 214,19), João Pessoa (R$ 264,17) e Salvador (R$ 265,86).

No acumulado nos últimos 12 meses - de fevereiro de 2013 a janeiro deste ano -, 14 capitais registram aumento no preço da cesta básica, com destaque para Recife (9,06%), Manaus (7,12%) e Fortaleza (6,30%). No período, os locais que tiveram queda nos preços foram Aracaju (-7,60%), Goiânia (-4,90%), Salvador (-0,67%) e Brasília (-0,49%).

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