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A taxa de desemprego no conjunto das seis regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realizam a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) caiu para 10,3% em 2013, ante 10,4% em 2012. A PED é feita nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, do Recife, de Salvador e São Paulo.

Segundo o levantamento, o total de ocupados no conjunto das regiões foi estimado em 18,6 milhões de pessoas em 2013, uma alta de 0,4% na comparação com o ano anterior. Na mesma base de comparação, a População Economicamente Ativa também subiu 0,4%, para 20,754 milhões de pessoas. O total de desempregados no conjunto das regiões caiu 0,1%, para 2,148 milhões em 2013, considerado pelo estudo como relativa estabilidade.

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O nível de ocupação em 2013 cresceu em Belo Horizonte (2,5%), no Recife (0,9%), em Fortaleza (0,7%), Salvador (0,5%) e Porto Alegre (0,4%) e ficou relativamente estável em São Paulo (-0,2%). Já em dezembro do ano passado, a taxa de desempregados passou de 9,5% em novembro para 9,3%.

Rendimento

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões subiu 1,5% em 2013 ante 2012, para R$ 1,611 mil. Em novembro ante outubro, o rendimento médio real dos ocupados subiu 0,3%, para R$ 1,652 mil.

Na Região Metropolitana de São Paulo, o rendimento médio real dos ocupados recuou 0,5% em 2013, na comparação com 2012, passando para R$ 1,789 mil. A renda média real dos assalariados caiu 1,1%, para R$ 1,796 mil no ano.

Na comparação de novembro com outubro, a PED aponta redução de 0,3% nos rendimentos médios reais dos ocupados e alta de 0,1% no dos assalariados, para R$ 1,840 mil e R$ 1,800 mil, respectivamente, também na PMSP.

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo (RMSP) foi de 10,4% em 2013, o que representa um recuo na comparação com a taxa de desemprego de 2012, que foi de 10,9%, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) divulgada nesta quarta-feira, 29, pela Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o levantamento, o resultado de 2013 decorreu de reduções das taxas de desemprego aberto, dos que só procuraram emprego no último ano, que passou de 8,7% para 8,4%, e também do recuo do desemprego oculto (de 2,2% para 2,0%). O desemprego oculto reúne pessoas que procuraram emprego no último ano, mas fizeram os chamados bicos.

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Na região metropolitana, o nível de ocupação ficou relativamente estável, com leve recuo de 0,2% em 2013 em relação a 2012, ante queda de 0,8% na população economicamente ativa (PEA). Assim, a eliminação de 19 mil postos de trabalho, junto a menor número de pessoal da PEA, reduziu o contingente de desempregados em 64 mil pessoas.

Em 2013, o total de desempregados foi de 1,128 milhão, recuo de 5,4% na comparação com 2012. O número de ocupados foi de 9,722 milhões e o da PEA chegou a 10,850 milhões.

O ligeiro recuo no nível de ocupação no ano passado foi puxado pela indústria de transformação, que eliminou 62 mil postos de trabalho (queda de 3,6% ante 2012), pelo setor de serviços (-0,4% ou -21 mil postos de trabalho) e pela construção (-0,3% ou -2 mil postos de trabalho). Houve crescimento no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (geração de 65 mil postos de trabalho, ou +3,8%).

Dezembro

A taxa de desemprego em dezembro ficou relativamente estável, com leve recuo para 9,3%, de 9,4% em novembro, segundo a PED. O nível de ocupação se manteve estável e houve relativa estabilidade da força de trabalho da região, com redução de 10 mil pessoas, ou queda de 0,1%. Na passagem de novembro para dezembro, o total de desempregados passou de 1,024 milhão para 1,013 milhão (queda de 1,1%). Na comparação com dezembro do ano passado, a queda no total de desempregados chega a 7,4%.

A indústria de transformação na região eliminou dez mil postos de trabalho (-0,6%) e o setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas demitiu 39 mil (-2,2%). Em compensação, houve aumento na construção (+1,4% ou geração de 10 mil postos de trabalho) e nos serviços (+0,4% ou +21 mil postos).

Os preços do leite, da farinha de trigo, batata, banana e do pão francês subiram em 2013 todas as capitais em que foram pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O único produto da cesta básica que teve os preços reduzidos em todas as cidades, por sua vez, foi o óleo de soja.

No caso do leite in natura, o Dieese destaca que a alta foi superior a 13% em 17 das 18 capitais pesquisadas, exceção apenas em Manaus, que acumulou variação de 6,18% no ano passado.

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Já o preço da farinha de trigo, pesquisada nas cidades do Centro-Sul, subiu devido à dificuldade de importação do trigo da Argentina e perda de parte da produção no Rio Grande do Sul devido às chuvas, de acordo com o Dieese. Devido a isso, as altas chegaram a 67,06% em Florianópolis, 55,56% em Campo Grande, 46,24% em Goiânia, 37,96% em Porto Alegre, 33,47% em Curitiba, 31,25% em Brasília e 30,72% em São Paulo.

A banana acumulou alta de 73,89% em Natal a 4,46% em Brasília. O pão francês, influenciado pela alta da farinha de trigo, registrou variações entre 24,17% em Campo Grande e 2,13% em Aracaju.

O preço da batata subiu nas dez localidades do Centro-Sul onde é pesquisada, com taxas entre 4,41% no Rio de Janeiro e 45,60% em Porto Alegre.

Queda

O óleo de soja registrou a única queda de preço apresentada em todas as capitais no ano passado, com variações entre -27,10% em Curitiba e -13,66% em Natal. O Dieese cita as "sucessivas desvalorizações no mercado internacional e nacional no preço da soja, o que explica a redução do valor".

A tendência para o preço do óleo de soja em dezembro foi de alta em 12 capitais, com variações de 0,31% em Campo Grande a 2,39% em Goiânia.

Tomate

Apontado como "vilão da inflação" durante alguns meses de 2013 o tomate registrou a maior alta do ano em Natal (34,43%). Na sequência, aparecem as cidades de Vitória, com alta de 33,61%, Aracaju (28,87%), Porto Alegre (21,09%) e do Rio de Janeiro (20,57%). O preço ficou estável em Brasília e recuou em Salvador (-6,91%), Campo Grande (-4,01%), Manaus (-3,61%) e Goiânia (-2,46%).

O Dieese aponta que a entressafra de verão nos primeiros meses do ano passado gerou uma alta dos preços e a oferta só foi normalizada no meio do ano, voltando a subir nos meses finais por causa das condições climáticas no período de colheita.

O preço dos itens que compõem a cesta básica subiu em 2013 nas 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente sua pesquisa nacional. Nove capitais registraram altas acima de 10% no ano passado, com as elevações mais altas registradas em Salvador (16,74%), Natal (14,07%) e Campo Grande (12,38%). As menores altas foram apuradas em Goiânia (4,37%) e Brasília (4,99%).

O mercado financeiro, de acordo com a mais recente pesquisa semanal Focus, realizada pelo Banco Central, espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial da política de meta de inflação, tenha fechado o ano passado em 5,74%. O resultado oficial será anunciado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Considerando apenas o mês de dezembro, o preço da cesta básica subiu em 15 das 18 cidades pesquisadas, com estabilidade em Vitória e quedas apenas em Aracaju (-0,88%) e Rio de Janeiro (-0,43%). Goiânia e Florianópolis registraram as maiores altas no último mês do ano passado, de 7,95% e 7,86%, respectivamente.

O valor mais alto de cesta básica em dezembro foi encontrado em Porto Alegre, onde o preço dos itens somou R$ 329,18. Na sequência, vêm São Paulo (R$ 327,24) e Vitória (R$ 321,39). Já os valores mais baixos foram observados em Aracaju (R$ 216,78), João Pessoa (R$ 258,81) e Salvador (R$ 265,13).

São Paulo

São Paulo foi a capital que registrou o segundo maior valor de cesta básica em dezembro, de R$ 327,24, alta de 7,33% sobre o valor apurado em dezembro de 2012 (R$ 304,90). No último ano, a variação dos preços dos alimentos básicos em São Paulo foi superior ao aumento do salário mínimo, de acordo com o Dieese, o que fez com que o porcentual do salário comprometido com a compra da cesta subisse de 47,08% em 2012 para 48,44%.

O Dieese destaca altas de 30,72% na farinha de trigo, 19,92% no leite, 19,20% na banana, 15,10% na batata, 14,99% no pão francês, 13,44% na manteiga, 8,63% na carne e 3,76% no tomate em 2013 na capital paulista. Foram registradas quedas nos preços do óleo de soja (-22,38%), açúcar (-20,96%), feijão (-20,10%), café em pó (-7,83%) e arroz (-6,51%).

Em dezembro ante novembro, seis produtos registraram aumento de preço na capital paulista: tomate (8,73%), açúcar (3,43%), batata (2,92%), carne bovina (0,83%), óleo de soja (0,37%) e pão francês (0,32%). Manteiga e arroz continuaram com preços estáveis e foram registradas quedas nos valores do feijão (-9,86%), leite in natura integral (-2,49%), banana (-0,92%), farinha de trigo (-0,91%) e café em pó (-0,72%).

Salário mínimo

O salário mínimo deveria ter sido de R$ 2.765,44 em dezembro para suprir as necessidades básicas do trabalhador brasileiro e de sua família, estima o Dieese, com base nos números da Pesquisa Nacional da Cesta Básica em 18 capitais.

A instituição leva em conta o custo apurado para a cesta básica mais cara no período, a de Porto Alegre, de R$ 329,18, e o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Pelas contas do Dieese, portanto, o menor salário deveria ser 4,08 vezes o valor do mínimo vigente em dezembro, de R$ 678. Em dezembro de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família foi de R$ 2.561,47, ou 4,12 vezes o mínimo vigente no período, de R$ 622.

Tempo de trabalho

A jornada de trabalho necessária para comprar os alimentos essenciais por um trabalhador que ganhava o salário mínimo em dezembro, na média das capitais, subiu para 94 horas e 47 minutos. Em novembro, o tempo médio de trabalho era de 93 horas e 25 minutos e, em dezembro de 2012, de 94 horas e 23 minutos.

O Dieese fez a comparação do custo da cesta com o salário mínimo líquido, após o desconto da Previdência Social, e apurou que o trabalhador remunerado pelo piso comprometeu em dezembro 46,83% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que, em novembro, comprometiam 46,16%. Em dezembro de 2012, o comprometimento era de 46,64%.

Entre os produtos alimentícios essenciais apurados para a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aqueles que tiveram alta na maior parte das capitais em novembro foram carne bovina (aumento em 15 capitais, das 18 pesquisadas), tomate (14), pão francês (13), açúcar (10) e manteiga (10).

De acordo com o Dieese, a elevação do valor da carne pode ser explicada pelo período de entressafra, que ocorre desde setembro. Além disso, houve ampliação do montante exportado, "o que manteve o patamar de preços alto no mercado interno". A carne é o produto de maior peso na cesta e apresentou acréscimo entre 0,51% em Salvador e 6,35% em Vitória. Somente três capitais tiveram retração: Belém (-0,56%), Aracaju (-0,51%) e Fortaleza (-0,12%).

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O aumento do tomate em 14 capitais é atribuído às chuvas que prejudicaram a colheita das lavouras de inverno e provocaram a valorização dos frutos de melhor qualidade. O preço do tomate subiu de forma expressiva em Natal (56,33%), Fortaleza (53,69%), Belo Horizonte (25,26%), Salvador (23,57%), João Pessoa (18,93%) e Manaus (10,15%).

A elevação do pão francês ocorreu em 13 das 18 capitais pesquisadas e oscilou entre 0,14% em Manaus e 3,81% em Porto Alegre. Conforme o Dieese, o valor do pão continua acompanhando o aumento do trigo, causado pelas chuvas nas lavouras brasileiras e pelo alto valor do insumo importado.

No caso do açúcar, houve aumento em 10 cidades, estabilidade em Goiânia e redução em sete capitais. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (7,23%), Vitória (5,00%), Campo Grande (4,90%), Belo Horizonte (4,00%) e Rio de Janeiro (3,41%). A elevação se deve em parte à procura do açúcar de boa qualidade e à postura das usinas brasileiras em manter o valor em um patamar alto.

A manteiga, por sua vez, mostrou acréscimo em 10 das 18 cidades pesquisadas. Em Manaus e Campo Grande, as variações foram superiores a 6%. Segundo o Dieese, houve crescimento do preço em muitos dos derivados do leite, impulsionados pela alta do produto nos meses anteriores.

Destaques de queda - Após um período de alta, o preço do leite decresceu em 14 cidades em novembro, com variações negativas entre 4,02% no Rio de Janeiro e 0,34% em Manaus. A ampliação da oferta em quase todas as regiões e a redução da demanda por leite resultaram na diminuição do preço do item no varejo.

Prato típico do brasileiro, o feijão foi destaque de queda pelo segundo mês consecutivo. Houve redução do valor do produto em 14 localidades, entre elas Goiânia (-16,72%), Campo Grande (-13,12%), Manaus (-8,78%) e Belo Horizonte (-8,20%). Como no mês anterior, a terceira safra de feijão abastece o mercado e garante a redução dos preços.

O diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lucio, afirmou nesta segunda-feira (18), que eventuais mudanças no sistema de pagamento de abonos salariais não ocorrerão neste ano. O Poder Executivo está preocupado com o tema, pois a previsão é de que deverão ser gastos R$ 47 bilhões neste ano com o abono e seguro-desemprego. "Essa questão envolve o Congresso, pois precisaria de alteração da legislação que trata do tema. E o parlamento tem seus trâmites. Portanto, qualquer mudança só ocorrerá em 2014", comentou.

"O governo chegou à conclusão que precisa reduzir as despesas com o pagamento de benefícios, como o abono e seguro desemprego. Contudo, para fazer isso é preciso investir em várias frentes. É preciso, por exemplo, que se comuniquem os sistemas de informação relativas a homologações de demissões e o sistema que visa empregar pessoas que estão sem trabalho", destacou o diretor do Dieese.

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Lucio confirmou que o governo não apresentou nenhuma proposta para diminuir os gastos com seguro-desemprego e abono na reunião realizada hoje em São Paulo entre o secretário de Política Econômica, Márcio Holland, e dirigentes de seis centrais sindicais: CUT, UGT, Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores, CTB e CGTB. "Ficou acertado que o Ministério do Trabalho fará uma análise em detalhes sobre os setores que recebem o abono e isso depois será a base para o governo fazer uma proposta de alteração no abono, que depois será apresentada aos trabalhadores", disse. Contudo, ele afirmou que não foi marcada nenhuma data para a próxima reunião entre o Poder Executivos e os dirigentes sindicais.

Na avaliação do diretor do Dieese, o governo poderia fazer uma boa economia de recursos caso tornasse mais eficiente o processo de recolocação no mercado de trabalho de funcionários de empresas que são demitidos. "Se houvesse um sistema de proteção do emprego, poderia ser feito um cruzamento de dados para verificar as empresas que estão dispensando funcionários em grande número constantemente. É preciso verificar o que está de fato ocorrendo e se tais demissões se justificam", ponderou. "Por outro lado, se o governo tem um programa eficiente de informação, ele poderia acelerar o processo de acesso ao novo emprego pelas pessoas que foram dispensadas, o que inclusive reduziria os gastos com o seguro desemprego", ponderou.

Ele avalia ainda que a questão que envolve a alta rotatividade de trabalhadores no Brasil poderia contar com uma significativa contribuição dos governos estaduais e municipais. "Um professor contratado pela CLT pelo sistema de ensino público em muitos casos é admitido em fevereiro e é dispensado em dezembro do mesmo ano. Isso poderia ser revisto", destacou. "Um fato semelhante ocorre para um segmento de profissionais da saúde, que são contratados por dois anos e depois desse prazo deixam suas funções", acrescentou.

Os negros no Brasil carecem de igualdade de oportunidades e, com isso, acabam ocupando cargos de menor qualificação e consequentemente de salários mais baixos. É o que mostra o estudo "Os Negros no Trabalho", divulgado nesta quarta-feira, 13, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A pesquisa revelou que um trabalhador negro ganha em média 36,11% a menos que um trabalhador não negro. No entanto, o levantamento não compara salários dos dois segmentos em cargos iguais - apenas verifica quanto recebem negros e não negros em diferentes setores de atividade e faz uma média.

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Em São Paulo, por exemplo, no biênio 2011-2012, a proporção de ocupados negros era de 67,4% na Construção, nos empregos de pedreiro, servente, pintor, caiador e trabalhador braçal. Para os não negros, esse porcentual era de 52,6%. Da mesma forma, os não negros eram 22,8% nos Serviços em São Paulo, nos empregos de faxineiro, lixeiro, servente, camareiro e empregado doméstico. Para os não negros, o porcentual era de 11,1%.

Isso mostra que os negros se concentram nas ocupações de menor prestígio e valorização, consequentemente as de salários mais baixos. "O problema é falta de oportunidades iguais para negros e não negros para se alcançar postos de trabalho mais valorizados", disse a economista Lúcia Garcia, coordenadora do Sistema Pesquisa Emprego e Desemprego (Sistema PED) do Dieese. "A discriminação no Brasil é uma constante." De acordo com o levantamento, 58,7% dos ocupados negros se encontram na Construção e 43,3% nos Serviços, além de 48,4% no Comércio e 47,8% na Indústria.

As informações analisadas foram apuradas pelo Sistema PED, realizado por meio do convênio entre o Dieese, a Fundação Seade, o Ministério do Trabalho e parceiros regionais no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O segmento de negros é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos e amarelos.

Carne, tomate, pão francês, leite e manteiga foram os produtos da cesta básica que mais subiram em outubro, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os itens registraram aumento na maioria das 18 localidades pesquisadas pela entidade.

Segundo o Dieese, a elevação do preço da carne reflete o impacto da entressafra, "uma vez que as más condições das pastagens no inverno reduzem a quantidade de animais para abate", comentou, em nota. A carne é o produto de maior peso na cesta e apresentou variações entre 0,51% em Brasília e 6,55% em Recife. Apenas duas capitais registraram retração no preço do produto: Manaus (-0,65%) e Florianópolis (-0,26%).

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A alta no valor do tomate em 15 capitais em outubro é explicada pelo clima no momento da colheita e, segundo o Dieese, indica uma trajetória de recuperação do baixo preço do item nos meses anteriores. O tomate subiu 52,2% no Rio de Janeiro, 51,46% em Vitória e 41,38% em Florianópolis. As menores elevações foram observadas em Belém (0,33%) e Natal (0,64%). Os recuos foram verificados em João Pessoa (-6,11%), Campo Grande (-3,47%) e Manaus (-2,53%).

A elevação do preço do pão francês oscilou entre 0,35% em Vitória e 4,44% em Salvador. Houve redução no preço do pão em Goiânia (-3,36%), Natal (-0,59%) e Recife (-0,26%). O movimento de alta do produto reflete o aumento do seu principal insumo, o trigo. De acordo com o Dieese, o preço do trigo vem subindo desde setembro devido ao excesso de chuva nas lavouras do Rio Grande do Sul.

No caso do leite, a alta nos preços ao consumidor em 13 das 18 capitais pesquisadas foi influenciada pelo aumento dos valores no atacado e também pela valorização dos derivados do produto. O valor do leite teve variações entre 0,33% em João Pessoa e 4,60% em Campo Grande. Houve diminuição em Goiânia (-3,41%), Porto Alegre (-1,67%), Recife (-1,47%), Rio de Janeiro (-1,14%) e Belém (-0,30%).

A manteiga, por ser derivada do leite, apresentou alta em 11 capitais. Foram registrados os maiores aumento em Curitiba (4,80%) e Belém (4,17%). As reduções mais expressivas ocorreram em Florianópolis (-6,14%), Manaus (-3,12%) e Porto Alegre (-2,62%).

Arroz e feijão- Itens do prato típico do brasileiro, o arroz e o feijão foram destaques de queda na pesquisa de outubro. O feijão mostrou redução em 15 localidades, sendo as mais expressivas em Aracaju (-13,28%), São Paulo (-11,48%) e Natal (-10,95%). Os aumentos foram verificados em Vitória (4,70%), Curitiba (1,13%) e Rio de Janeiro (0,68%). Segundo o Dieese, a terceira safra de feijão vem abastecendo o mercado e garantindo a redução dos preços.

Já o preço do arroz caiu em nove cidades em outubro e ficou estável em quatro (Rio de Janeiro, Vitória, Manaus e Natal). As maiores reduções ocorreram em Florianópolis (-4,18%), João Pessoa (-1,80%) e Recife (-1,18%). O aumento do arroz variou de 0,84% (Belo Horizonte e Fortaleza) a 3,20% (Goiânia). "A oferta da terceira safra ainda reduziu o preço do arroz em algumas localidades e os produtores não apresentaram interesse em comercializar o alimento pelo valor de mercado considerado baixo", explicou o Dieese.

No mês passado, a cesta básica subiu no mês de outubro em 15 das 18 capitais pesquisadas. As maiores altas foram registradas no Rio de Janeiro (5,86%), em Curitiba (4,80%), Porto Alegre (4,35%) e Vitória (4,06%). As quedas mais expressivas foram registradas em João Pessoa (-2,06%), Manaus (-1,23%) e no Recife (-0,08%).

O preço dos itens que compõem a cesta básica subiu no mês de outubro em 15 das 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram registradas no Rio de Janeiro (5,86%), em Curitiba (4,80%), Porto Alegre (4,35%) e Vitória (4,06%). As quedas mais expressivas foram registradas em João Pessoa (-2,06%), Manaus (-1,23%) e no Recife (-0,08%).

Com o terceiro aumento dos preços mais expressivo, Porto Alegre passou a ser capital com a cesta mais cara (R$ 324,87). Desde outubro de 2012, a liderança era da capital paulista, que desta vez ficou com o segundo maior valor: R$ 321,14. Na sequência vieram Vitória (R$ 313,78) e Rio de Janeiro (R$ 312,90). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 222,55), João Pessoa (R$ 254,45) e Salvador (R$ 256,78).

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Conforme cálculos do Dieese, o valor do salário mínimo necessário (com base no custo apurado para a cesta de Porto Alegre) em outubro deste ano deveria ser de R$ 2.729,24, ou seja, 4,03 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678. Em setembro, o mínimo necessário era de R$ 2.621,70 ou 3,87 vezes o piso vigente.

Acumulado

Entre janeiro e outubro deste ano, somente em duas localidades a variação acumulada do preço dos itens essenciais apresentou queda: Florianópolis (-0,58%) e Goiânia (-0,27%). As demais cidades registraram aumento dos preços no período, com destaque para Salvador (13,06%), Rio de Janeiro (11,02%), Natal (10,95%) e Porto Alegre (10,36%).

As 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese são Vitória (ES), Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Recife (PE), Natal (RN) e Florianópolis (SC).

A inflação do paulistano medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) subiu de 0,24% em setembro para 0,64% em outubro, informou nesta quarta-feira, 06, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Nos últimos 12 meses, o índice acumula taxa de 6,16%.

A Alimentação foi o grupo que apresentou a maior variação em outubro, com alta de 1,33%. Como o peso deste grupo é o maior do índice, de 30,52%, a variação contribuiu com 0,41 ponto no cálculo do mês. Segundo a pesquisa do Dieese, as taxas dos subgrupos que compõem o segmento de Alimentação foram de 0,82% para a indústria alimentícia, 1,23% para alimentação fora do domicílio e 1,79% para produtos in natura e semielaborados.

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Na subgrupo da indústria da alimentação, as principais altas foram registradas nas carnes industrializadas (2,27%), refrigerante (1,42%), pão francês (1,41%) e leite em pó (1,33%). Já na alimentação fora de casa, a refeição principal subiu 1,05% e lanches, +1,46%).

No subgrupo de alimentos in natura e semielaborados, o comportamento dos alimentos foi bastante diversificado, com destaque para a alta da mandioquinha (19,24%), do maracujá (8,40%) e da carne de frango (6,17%). Já os alimentos que registraram as maiores reduções de preço foram cebola (-20,93%), feijão (-11,54%), cenoura (-8,12%) e batata (-3,13%).

Além da inflação do setor de Alimentos, os grupos Habitação (0,52%) e Transporte (0,48%) influenciaram com mais força a taxa de outubro. Juntos, os três grupos contribuíram com 0,60 ponto no cálculo do índice do mês passado.

Na Habitação, os aumentos de preços que mais se destacaram foram botijão de gás (3,57%), serviços domésticos (1,47%) e condomínio (0,73%). Já no grupo Transporte, ônibus interestaduais, com alta de 5,15%, e combustíveis, com aumento de 0,6%, foram as maiores elevações.

A Agência Condepe/Fidem e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgaram, nesta terça-feira (5), os resultados de um estudo sobre a inserção dos negros no mercado de trabalho na Região Metropolitana do Recife (RMR) nos anos de 2011 e 2012. Durante este período, 48 mil domicílios foram visitados para a realização da pesquisa.

O estudo revela que a taxa de desemprego do negro na RMR diminuiu de 13,5%, em 2011, para 12,0%, no ano passado, sendo a menor taxa desde 1998. A pesquisa revela, ainda, que os negros estão inseridos em menores parcelas do setor público e atividades com melhores rendimentos.

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A construção civil é o setor que apresenta maior participação dos negros (9,2%) se comparado aos não negros (brancos e amarelos), atividade com maior jornada de trabalho, menores rendimentos, relações de trabalho mais precários e menor exigência de qualificação profissional.

De acordo com o economista do Dieese, Jairo Santiago, as mudanças são pouco perceptíveis, mas, ainda assim, os resultados apresentam redução na taxa de desemprego da população negra. “Torcemos para que em 2014 possamos apresentar dados melhores dos desse ano”, afirmou.

No quesito rendimento, em 2011 o ganho médio mensal do trabalhador negro era de R$ 938, enquanto o dos trabalhadores não negros chegou a R$ 1.488. Em 2012, o rendimento foi de R$ 1.041 para os negros e R$ 1.552 para não negros. Embora o estudo tenha mostrado redução na taxa de desemprego, a relação de desigualdade entre as taxas de negros e não negros persiste. 

A diferença entre as taxas de desemprego total de negros e não negros na Grande São Paulo foi, em 2012, a menor da série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego feita pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), iniciada em 1985. A taxa de desemprego dos negros no ano passado chegou a 12,4% e a do outro grupo, a 10%. Uma diferença de 2,4 pontos porcentuais. Em 2003, por exemplo, a diferença entre as duas taxas era de 6,9 pontos porcentuais. O segmento de negros é composto também por pardos e o de não negros engloba ainda os amarelos.

Apesar de também terem mostrado avanço em benefício dos pretos e pardos, os rendimentos médios por hora ainda mostram grande desigualdade: em 2003, os salários dos negros representavam 51,8% dos não negros; em 2012, passaram para 63,2%.

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Os setores em que os negros superam a proporção de não negros no mercado de trabalho foram construção civil e serviços domésticos, aqueles, segundo a Fundação Seade, "em que predominam postos de trabalho com menores exigências de qualificação profissional, remunerações mais baixas e relações de trabalho mais precárias, sendo, por consequência, menos valorizados socialmente".

Para a Fundação Seade, no entanto, as mudanças na legislação trabalhista para empregados domésticos e nas condições de trabalho na construção civil "têm atenuado algumas distorções em relação a outros setores de atividade, inclusive no que diz respeito aos rendimentos".

A Agência Condepe/Fidem e o Dieese, em homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), apresentam, nesta terça-feira (5), o boletim especial sobre a inserção dos negros no mercado de trabalho na Região Metropolitana do Recife. O anúncio será feito às 10h, na própria Agência, no bairro da Boa Vista, área central da capital pernambucana.

Participam do evento o economista do Dieese, Jairo Santiago, e o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas pela Agência Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães. O estudo faz parte do Sistema PED, formado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), entre outras instituições.

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A taxa de 10% de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é a menor para o mês de setembro desde 1989, quando foi de 7,9%, disse nesta quarta-feira (30), o coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), Alexandre Loloian. "Todo mundo diz que o terceiro trimestre apresentará um PIB (Produto Interno Bruto) ruim, mas, em relação ao mercado de trabalho, setembro teve um belíssimo resultado", afirmou.

Loloian destacou que o desemprego deve continuar a cair. Segundo ele, o quarto trimestre vai apresentar números ainda melhores em razão da sazonalidade nesse período. "Com isso, a tendência é de que a taxa de desemprego em São Paulo feche o ano em um dígito."

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No entanto, o coordenador da Fundação Seade citou que os números de trabalhadores autônomos e sem carteira assinada cresceram em São Paulo em setembro ante agosto (3,3% e 4,2%, respectivamente), enquanto o total com carteira assinada recuou 0,6%. "Deixa a gente com o pé atrás em relação ao tipo de contratação neste quarto trimestre", salientou.

Loloian atribuiu a alta no nível de ocupação no mês passado à criação de 50 mil postos de trabalho na indústria de transformação, alta de 3,1% ante agosto. Na mesma base de comparação, a construção e o comércio subiram 0,7% e serviços teve ligeiro avanço de 0,1%. "Desde maio, o nível de ocupação sobe em São Paulo. No terceiro trimestre, avançou 0,7% em julho, 0,6% em agosto e 0,7% em setembro."

O economista ainda afirmou que a diminuição no número de desempregados nos últimos 12 meses se deve menos ao aumento da taxa de ocupação e mais à redução da População Economicamente Ativa (PEA), que foi de 11,035 milhões de pessoas para 10,9 milhões no período. "Esse aumento da inatividade não está relacionado a um movimento demográfico, mas a uma conjuntura econômica não favorável."

Sete regiões - Na pesquisa que avalia a taxa de desemprego em seis regiões metropolitanas e o Distrito Federal, a indústria de transformação também foi o destaque positivo no que se refere ao nível de ocupação, ao crescer 2,5% em setembro ante agosto. Em seguida, aparecem o comércio (1,3%), construção (0,4%) e serviços (0,1%).

"O dado da indústria foi puxado principalmente pela atividade da Região Metropolitana de São Paulo, onde a taxa de ocupação cresceu 3,1%, acima do resultado geral de 2,5%, considerando as sete regiões pesquisadas", disse a técnica do Dieese Ana Maria Belavenuto. A pesquisa engloba as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, além do Distrito Federal.

Em setembro, o preço da cesta básica caiu em 14 das 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese). Segundo o levantamento divulgado hoje (3), a cesta básica subiu em Belo Horizonte (1,87%), Curitiba (0,66%), Campo Grande (0,48%) e no Recife (0,02%). As maiores quedas ocorreram em Aracaju (-5,36%), Brasília (-3,61%) e Vitória (-2,74%).

Os produtos da cesta básica que puxaram a queda de preço foram o tomate, o feijão, o açúcar e o arroz. Os produtos que mais subiram são a manteiga, a carne, e o leite. A cesta mais cara do país é a de São Paulo, onde custa R$ 312,07, seguida pela de Porto Alegre (R$ 311,34). A cesta mais em conta é a de Aracaju, onde o preço médio é R$ 220,68.

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No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, o preço da cesta teve alta em 16 das 18 capitais analisadas. Houve queda em Florianópolis (-3,09%) e em Goiânia (-1,97%). A maior alta ocorreu em Salvador (12,79%), seguida por Natal (10,08%).

Ante a Constituição, que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese calcula que o salário mínimo deveria ser R$ 2.621,70 em setembro, ou seja, 3,87 vezes maior do que mínimo em vigor (R$ 678,00).

O preço da cesta básica calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) caiu em 14 das 18 capitais em setembro. As quedas mais expressivas foram registradas em Aracaju (-5,36%), Brasília (-3,61%) e Vitória (-2,74%). As capitais que registraram alta no conjunto dos preços foram Belo Horizonte (1,87%), Curitiba (0,66%), Campo Grande (0,48%) e Recife (0,02%).

Apesar de registrar queda de 2,37% em setembro, a capital paulista continua ser a que tem maior valor para os gêneros alimentícios de primeira necessidade, chegando a R$ 312,07. O segundo maior custo (R$ 311,34) foi registrado em Porto Alegre. Na sequência, aparecem Manaus (R$ 304,33) e Vitória (R$ 301,55).

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Os menores valores da cesta básica foram apurados em Aracaju (R$ 220,68), Salvador (R$ 256,16) e Goiânia (R$ 257,99).

Acumulado

No acumulado do ano até setembro, o preço da cesta básica caiu somente em Florianópolis (-3,09%) e Goiânia (-1,97%). As demais 16 localidades registraram alta, com os aumentos mais expressivos em Salvador (12,79%), Natal (10,08%), João Pessoa (9,22%) e Campo Grande (8,93%). As menores elevações foram registradas em Brasília (0,07%), Belo Horizonte (1,75%) e Fortaleza (2,21%).

Em 12 meses, entre outubro de 2012 e setembro deste ano, 13 localidades registraram alta nos produtos básicos, com as maiores variações em Salvador (17,66%), Recife (12,90%) e Belém (11,41%). Houve recuo nos preços em Florianópolis (-9,60%), Brasília (-2,03%), Rio de Janeiro (-0,53%) e Porto Alegre (-0,03%). Nesta análise, são consideradas apenas 17 capitais, sem análise de Campo Grande (MS).

O diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) Clemente Lúcio Ganz disse, nesta segunda-feira, 30, em entrevista ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, que duplicar a renda per capita nos próximos 15 anos é uma meta "ousada" e que, se o País chegasse próximo disso, já seria satisfatório.

De acordo com ele, no entanto, é importante um debate público para discutir as condições a fim de atingir esse crescimento da renda per capita, como proposto hoje pelo tema do 10º Fórum de Economia "Uma estratégia para dobrar a renda per capita do Brasil em 15 anos", organizado pela Escola de Economia de São Paulo (EESP), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Dieese. "A presidente Dilma (Rousseff) já manifestou recentemente em um seminário a ideia de fixar uma meta de crescimento", lembrou.

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Um dos pontos colocados pelo dirigente para o País atingir um grande crescimento da renda per capita é a qualificação profissional. Ganz disse que 60% dos empregos são ofertados hoje por micro e pequenas empresas e 80% deles são de segmentos de baixa produtividade. No entanto, de acordo com ele, é preciso olhar a desigualdade social como uma oportunidade e um desafio.

A taxa de desemprego nas sete regiões metropolitanas onde a Fundação Seade e o Dieese realizam a pesquisa de emprego e desemprego recuou de 10,9% em julho para 10,6% em agosto. O nível de ocupação cresceu 0,4%, na comparação com julho.

A pesquisa é realizada nas regiões metropolitanas das seguintes capitais: Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O total de ocupados nas sete regiões foi estimado em 19,9 milhões e o total de desempregados chega a 2,355 milhões de pessoas.

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Segundo o levantamento, o nível de ocupação subiu em Salvador (+2,1%) e em São Paulo (+0,6%), apresentou ligeira variação em Belo Horizonte (+0,1%), no Recife (+0,2%) e em Fortaleza (+0,3%), entre julho e agosto. Não houve variação no Distrito Federal, mas em Porto Alegre o nível de ocupação caiu 1,0%, no mesmo período.

Os rendimentos médios reais dos ocupados no conjunto das sete regiões cresceu 1,2% entre junho e julho, para R$ 1.632,00. Os rendimentos médios reais dos assalariados também cresceram, em +0,6% no período, para R$ 1.677,00.

Muito se discute sobre a desigualdade salarial e profissional que há em algumas áreas profissionais. Porém, um estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que essa diferença é cada vez menor nas micro e pequenas empresas (MPE).

De acordo com a Agência Sebrae de Notícias, nas micro e pequenas empresas - aquelas que faturam até R$ 3,6 milhões anualmente – os homens ganham, em média, 24% a mais do que as mulheres. Nas médias e grandes empresas, a diferença aumenta para 44%. Quase 40% dos 15,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada são mulheres nas micro e pequenas companhias.

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“Nas grandes corporações, a estrutura organizacional é maior e nem sempre as mulheres ocupam cargos mais altos na hierarquia. Já nos pequenos negócios, o acesso às decisões é mais facilitado e a convivência com os donos das empresas, mais próxima”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, conforme informações da Agência. O estudo também aponta que a remuneração média das trabalhadoras das micro e pequenas empresas cresceu mais do que a dos homens. Do ano de 2000 a 2011, o salário médio real das mulheres aumentou 21%, enquanto que entre os homens o crescimento foi de 18%.

Seguindo a mesma tendência, a participação na massa salarial das mulheres também teve destaque. De acordo com o levantamento, a soma das remunerações femininas aumentou 250% e, dos homens, 194%. No que diz respeito ao ingresso no mercado de trabalho, o número de trabalhadoras nas micro e pequenas empresas mais do que dobrou – cresceu 108% –, enquanto a de trabalhadores homens aumentou 67%. As informações dos empreendimentos analisadas correspondem ao período que vai do ano de 2000 a 2011.

Com informações da Agência Sebrae de Notícias

Os preços dos itens que compõem a cesta básica foram influenciados principalmente pela queda de produtos como tomate, feijão, manteiga e óleo de soja, o que levou os preços a recuar em agosto em 13 das 18 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta quarta-feira (4).

Em agosto, o tomate continuou em queda, com recuo em 13 localidades. As retrações mais expressivas ocorreram Fortaleza (-21,62%), Aracaju (-20%) e no Recife (-19,08%). De acordo com o Dieese, esse comportamento está associado ao aumento da oferta do produto no mercado nacional e a possíveis transmissões das baixas de preços ao produtor para o consumidor final.

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O feijão também teve seu preço reduzido em 13 capitais, com destaque para Belo Horizonte (-15,19%), Natal (-12,40%), Fortaleza (-11,13%) e Recife (-10,60%). Da mesma forma, o preço da manteiga recuou em 13 localidades. As maiores quedas ocorreram em Brasília (-8,52%), no Recife (-4,30%) e em Campo Grande (-3,06%).

Já o preço do óleo de soja diminuiu em 12 capitais, com destaque para João Pessoa (-5,67%), Recife (-4,78%), São Paulo (-4,47%) e Belém (-3,80%). Em 12 meses, o óleo barateou em todas as localidades. Os recuos mais intensos ocorreram em Belo Horizonte (-17,60%), Salvador (-16,92%) e Curitiba (-16,46%).

Na direção contrária, o leite subiu em 17 capitais em agosto. Os aumentos variaram entre 0,31%, no Recife, e 8,75%, em Belém. Apenas em Salvador (-5,26%) houve queda.

As 18 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese são Vitória (ES), Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Aracaju (SE), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Recife (PE), Natal (RN) e Florianópolis (SC).

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