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O dólar opera em baixa nesta quarta-feira (15), alinhado à tendência global, em meio a esperanças renovadas com uma vacina para o novo coronavírus, que instiga o apetite por ativos de risco. Os agentes financeiros operam ainda na expectativas de retomada hoje da discussão da reforma tributária na Câmara, além da sanção do marco do saneamento básico, que pode atrair fortes investimentos estimados pelo governo entre R$ 40 bilhões e R$ 50 bilhões ao ano.

Mais cedo, os agentes de câmbio olharam o salto de 1,91% do IGP-10 em julho, acima do teto das estimativas do mercado financeiro (+1,84%) e também superior à alta de 1,55% do indicador em junho. Às 9h27 desta quarta-feira, o dólar à vista caía 0,67%, a R$ 5,3134. O dólar futuro para agosto recuava 1,06%, a R$ 5,3134.

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O dólar passou a subir levemente na manhã desta segunda-feira (13) após iniciar os negócios em baixa, em meio à liquidez bastante reduzida. O avanço da moeda americana ocorre também após uma sequência de três baixas no mercado doméstico. O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, diz que o dólar passou a subir em meio a um giro baixo de negócios e com ajustes de posições, após a queda registrada desde a última quarta-feira.

"Os investidores estão animados no exterior com o avanço de vacinas contra o novo coronavírus e à espera dos balanços do segundo trimestre nos EUA", diz Nagem. Segundo ele, a expectativa é que os resultados corporativos e de bancos possam vir melhores do que o esperado, após a recuperação de vários indicadores da economia americana. Nesta terça-feira serão divulgados os resultados trimestrais des bancos JPMorgan e CitiGroup e, na quarta-feira, do Goldman Sachs.

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Nagem acrescentou que, no Brasil, o foco está na votação dos vetos presidenciais pelo Congresso, que podem criar uma despesa de R$ 83 bilhões em 2020 e de R$ 22,39 bilhões no próximo ano, programada para quarta-feira. Hoje, o humor no exterior tende a pesar mais, afirma.

Os investidores aguardam ainda a agenda de amanhã, dada a ausência de indicadores econômicos de peso nesta segunda-feira. Para esta terça, é esperado o IBC-Br de maio, que atualiza o cenário do PIB e pode provocar ajuste fino nas apostas para a Selic.

Às 9h31 desta segunda, o dólar à vista subia 0,70%, a R$ 5,3602. O dólar futuro para agosto avançava 0,68%, a R$ 5,3640.

O dólar se enfraqueceu no exterior com a melhora dos índices futuros das Bolsas de Nova York em meio à alta das commodities, como petróleo, cobre e minério de ferro, e direciona os negócios locais, após duas alta seguidas.

Os dados de vendas no varejo em maio ante abril acima das previsões e a aceleração dos preços trazida pelo IGP-DI e o IPC-S de junho ajudam na baixa também ao corroborar para uma pausa no afrouxamento monetário, reforçando as chances de Selic estável em 2,25% em agosto.

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As vendas do comércio varejista subiram 13,9% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,90% e 11,60%, com mediana positiva de 5,90%. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 19,6% em maio ante abril, na série com ajuste sazonal, superando o teto do intervalo das estimativas dos analistas, entre 0,50% e 13,10%, com mediana positiva de 7,70%.

O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,60% em junho, após um avanço de 1,07% em maio, acima da mediana estimada de 1,40%, mas dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma alta desde 1,10% a 1,75%, de acordo com as instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. Já o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a 0,50% na primeira quadrissemana de julho, de 0,36% em junho.

Às 9h26, o dólar à vista caía 0,15%, a R$ 5,3752. O dólar futuro para agosto cedia 0,03%, a R$ 5,3790.

O dólar sobe com investidores atentos à cautela no exterior, após o parlamento chinês aprovar uma lei de segurança nacional para Hong Kong. A nova lei passa a valer a partir de amanhã e agrava as já tensas relações com os EUA. Por isso, ficam em segundo plano os dados de atividade industrial e de serviços na China melhores que o esperado em junho. Analistas avaliam como negativa também a notícia de que as exportações de carnes de quatro frigoríficos brasileiros para a China foram suspensas.

A taxa de desocupação no Brasil de 12,9% no trimestre encerrado em maio, divulgada mais cedo, veio pouco abaixo da mediana do mercado (13,0%) e dentro do intervalo das expectativas dos analistas (entre 12,3% e 14,8%). O dado fica em segundo plano no câmbio. Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,3%. No trimestre até abril de 2020, a taxa de desocupação estava em 12,6%.

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Já disputa técnica em torno da definição da última Ptax de junho, do segundo trimestre e do primeiro semestre pode trazer pressão adicional até o início da tarde. A tendência é que os investidores vendidos em contratos cambiais (apostaram na baixa) pressionem o dólar à vista para baixo perto das horas cheias até às 13h.

Às 9h20 desta terça-feira, o dólar no mercado à vista subia 0,41%, a R$ 5,4480. O dólar para agosto, contrato mais negociado no mercado futuro a partir de hoje, avançava 0,81%, a R$ 5,4495.

Mais cedo, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 11,2 pontos na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, alcançando 71,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da melhora de 20,6 pontos nos últimos dois meses, o índice recuperou apenas 48% das perdas sofridas em março e abril.

Em uma sexta, 26, de fuga de ativos de risco no mercado financeiro mundial, o dólar subiu e fechou com a maior cotação em um mês, a R$ 5,4604. O aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos, que vem batendo recordes diários de infecções, fez as bolsas em Nova York caírem forte e a moeda americana subiu de forma generalizada nos emergentes, com o real novamente ficando com o pior desempenho. As mesas de câmbio também monitoraram o noticiário político doméstico e a nova troca de ameaças entre China e Estados Unidos. Na semana, o dólar acumulou valorização de 2,68%, a terceira semana seguida de ganhos.

No pior momento do dia, no final da manhã, o dólar encostou em R$ 5,50, levando o Banco Central a fazer um leilão de dólar à vista, vendendo US$ 502 milhões. Foi a primeira operação do tipo desde 1º de junho, quando o BC fez dois leilões na mesma sessão, vendendo US$ 530 milhões. Em junho, a moeda americana passou a acumular alta de 2,3%, enquanto no ano avança 36%.

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"Mais do que uma aversão a risco, é um movimento de aversão a perdas, por causa da total incerteza", afirma o sócio da Monte Bravo Investimentos, Bruno Madruga. Ele ressalta que com o crescimento dos casos nos EUA e em outras regiões, crescem as dúvidas sobre a recuperação da economia e como vai ficar a retomada dos negócios.

Com o quadro de aversão a perdas, Madruga ressalta que o investidor que havia trazido dinheiro este mês para a Bolsa, retira os recursos, ajudando a pressionar o câmbio e tornando as oscilações mais pronunciadas. "Não é natural ter oscilação em pouco tempo de R$ 6,00 para R$ 4,80. As empresas não conseguem se planejar." Para o sócio da Monte Bravo, o mais normal é o dólar ficar na casa dos R$ 5,00 a R$ 5,30.

Na B3, apesar dos ingressos de estrangeiros no começo do mês, os últimos dias têm sido de fuga de recursos, com saldo negativo, por exemplo, nos dias 22 e 23. Apenas neste último dia saíram R$ 840 milhões. O saldo no mês, embora menor, ainda segue positivo, em R$ 1,386 bilhão.

Para o dólar, o economista da consultoria inglesa Capital Economics, Oliver Jones, avalia que a performance recente da moeda americana tem sido determinada principalmente pela demanda por proteção, com o diferencial de taxas de crescimento dos EUA com o resto do mundo e de juros ficando em segundo plano. "Qualquer notícia boa sobre os esforços para conter a rápida disseminação do coronavírus nos EUA, ao melhorar o apetite por risco, seria um mal fator para o dólar", ressalta.

O dólar perdeu força no exterior após os dados mistos divulgados nos EUA e o mercado local acompanhou, disse o operador Hideaki Iha, da corretora Fair. A moeda americana passou a cair ante o real e desacelerou os ganhos frente outras divisas emergentes, como peso mexicano.

O PIB dos EUA (3ª leitura) se contraiu à taxa anualizada de 5% no primeiro trimestre do ano, como previsto. Porém, os pedidos de auxílio-desemprego totalizaram 1,48 milhão, ficando acima da previsão 1,35 milhão. Nas mínimas, o dólar à vista foi cotado a R$ 5,2926 (-0,45%) e o dólar julho, a R$ 5,2935 (-0,94%).

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O dólar teve a maior alta em três meses, em meio ao noticiário negativo no exterior, que potencializou um movimento de realização de lucros após três dias seguidos de quedas. Renovadas preocupações com o crescimento de casos de coronavírus nos Estados Unidos, após a Flórida anunciar recorde de infecções, aumento da tensão comercial, agora entre a Casa Branca e a Europa, e a piora das projeções de crescimento mundial pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) provocaram um movimento internacional de fuga de ativos de risco e busca de proteção na moeda americana.

O real teve nesta quarta-feira, 24, o pior desempenho mundial ante o dólar em uma cesta de 34 divisas mais líquidas. A moeda dos EUA subiu 1,58% no México e 1% na África do Sul. Perante divisas fortes, avançou 0,50%.

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No mercado à vista, o dólar subiu 3,33%, e fechou em R$ 5,3231. Foi a maior alta porcentual desde 18 de março, quando subiu 3,74%, dia de forte nervosismo no mercado por conta dos temores com a pandemia de coronavírus, obrigando o Banco Central a fazer quatro leilões. Hoje o BC não fez leilão extraordinários, mantendo apenas as rolagens.

"Os casos de covid-19 estão crescendo rapidamente em muitos estados americanos", afirmam os estrategistas do Wells Fargo nesta quarta-feira. No Texas, por exemplo, a rede hospitalar está perto do limite, enquanto a Flórida anunciou hoje novo recorde diário de casos, observa o banco. "No geral, o aumento de novos casos representa uma ameaça à recuperação da atividade dos EUA e mundial."

Hoje o FMI reduziu a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da economia mundial para 4,9%. O Brasil deve ter desempenho bem pior, com contração de 9,1%.

Na avaliação do gestor da Canvas Capital, Eduardo Bodra, a elevada volatilidade do câmbio, com subidas fortes e quedas também fortes a cada dia, se deve muito a um rearranjo dos fundamentos da economia brasileira, por conta da queda dos juros para mínimas históricas. Empresas deixaram de emitir no exterior, brasileiros passaram a remeter recursos para fora em busca de retorno e o dinheiro externo que antes vinha lucrar com a rentabilidade, as chamadas operações de carry trade, já não vem mais, disse durante evento pela internet do BTG Pactual com gestores.

Para Bodra, se tiver "alguma segurança" de que o Brasil não vai virar algo desgovernado e a agenda econômica não vai mudar, existe chance de o real ganhar um pouco de força, assim como a curva de juros a termo ficar menos inclinada. A piora maior do real que outras moedas emergentes é reflexo da redução do diferencial de juros, mas se deve também ao receio da continuidade das políticas econômicas, ressaltou ele.

Os juros futuros renovaram pouco antes das 10h desta terça-feira (23) as mínimas da sessão, acompanhando a queda mais acentuada do dólar. Às 9h55, todos os principais vencimentos estavam nos menores níveis desde a abertura do pregão.

O DI para janeiro de 2021 apontava 2,040% ante 2,035% no ajuste de segunda-feira; o DI para janeiro de 2027, 6,78%, ante 6,90% ontem no ajuste. O dólar à vista valia R$ 5,1685 neste mesmo horário, em queda de 1,94%.

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O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (22) pelo Banco Central (BC), mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2020.

A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 5,20, ante R$ 5,40 de um mês atrás. Já para 2021, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 5,00, ante R$ 5,03 de quatro pesquisas atrás.

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O dólar engatou nesta quinta-feira, 18, a sétima alta seguida, período em que acumulou valorização de 10%. A quinta-feira teve amplo noticiário negativo para a moeda brasileira, interno e externo. Lá fora, a cautela com indicadores fracos da economia americana e o aumento do temor com uma segunda onda de coronavírus fizeram o dólar subir ante divisas fortes e de emergentes. O travamento da renegociação da Argentina com credores internacionais, que ontem à noite chegou a novo impasse, também contribuiu para o desempenho ruim das moedas da América Latina.

No noticiário doméstico, o clima de incerteza após a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), se somou no meio da tarde à saída do governo do ministro da Educação, Abraham Weintraub. As máximas do dia foram renovadas logo após o anúncio da saída do ministro, visto como mais uma derrota para o governo. Para pressionar ainda mais o câmbio, houve a sinalização do Banco Central de mais queda de juros. Tudo isso contribuiu para o real ter um dos piores desempenhos hoje no mercado internacional, junto com os pesos mexicano e chileno.

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O dólar à vista fechou com valorização de 2,09%, cotado em R$ 5,3708, o maior valor desde o dia 1º. No mercado futuro, o dólar para julho subia 2,78%, para R$ 5,3760 às 17h.

"Neste momento não está claro se e como a prisão de Queiroz vai afetar o presidente Jair Bolsonaro e sua família, mas deve ser um argumento adicional para uma nova escalada na tensão corrente entre o governo e o judiciário", avaliam os estrategistas do Citibank em Nova York.

Para o Citi, mesmo que o corte do BC já estivesse embutido nos preços do câmbio, o real é prejudicado pelo fato de ter se transformado em uma moeda de financiamento e de hedge para períodos de fortalecimento do dólar, como no momento atual. Por isso, a moeda segue com risco de ter desempenho pior que seus pares. O real passou a ser usado como moeda de financiamento justamente por conta dos juros muito baixos no Brasil, o que reduz o custo das operações e permite que a moeda brasileira seja usada, por exemplo, como proteção em apostas com divisas de outros emergentes.

"O conjunto do noticiário hoje não foi nada favorável para o real", disse o chefe da mesa de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem. Ele observa que mesmo o Banco Central sinalizando "corte residual" de juros, há peso negativo para o câmbio, porque a avaliação é que a taxa básica a 2,25% já está baixa demais, com o juro real chegando em níveis negativos. Sobre Weintraub, Nagem destaca que é mais uma perda para o governo, em dia que a Polícia Federal mostrou força ao prender o ex-assessor do filho do presidente.

Após uma abertura em queda, acompanhando o dólar, os juros futuros passaram a rondar a estabilidade conforme a moeda americana passou a subir ante o real na manhã desta quarta-feira (17) enquanto investidores em compasso de espera pela apresentação do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell (13 horas, de Brasília), e a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a Selic, após o fechamento dos negócios.

O tombo de 11,7% no volume de serviços em abril reforça espaço para um corte 75 pontos-base da Selic hoje, algo que está bem precificado já na curva e com isso os curtos exibem viés de alta antes do Copom.

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Às 10h07, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,212%, de 2,094% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 indicava 6,73%, de 6,74% no ajuste anterior.

O dólar teve uma segunda-feira de fortes oscilações. Chegou a bater em R$ 5,22 pela manhã, em meio ao movimento de fuga de ativos de risco no mercado financeiro internacional, por causa do temor de uma nova onda de contaminações pelo coronavírus, e ainda as preocupações causadas pela saída do secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.

Nos negócios da tarde, caiu a R$ 5,08 após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciar um "amplo e diversificado" programa para comprar ativos de empresas.

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Mas com a moeda americana ainda em alta ante emergentes após o Fed, o câmbio seguiu pressionado aqui e o dólar fechou no maior nível desde o último dia 2, cotado em R$ 5,1422 (+1,98%). No mercado futuro, o dólar para julho era negociado com valorização de 1,93%, em R$ 5,1535, às 17h50.

O impacto da saída de Mansueto no câmbio acabou se reduzindo com a leitura de bancos, como o Goldman Sachs e o Citibank, de que é uma perda importante, mas o ajuste fiscal prossegue. Para o economista do Goldman para a América Latina, Alberto Ramos, o 'timing' da saída foi "inapropriado", pois foi em meio a uma forte deterioração fiscal, mas a avaliação dele é que o ministro Paulo Guedes permanece como principal formulador da política economia e vai prosseguir com a agenda do ajuste.

No final da tarde, o ministério confirmou o atual diretor de Programas do ministério da Economia, Bruno Funchal, ex-secretário da Fazenda do Espírito Santo, como substituto. O diretor de tesouraria de um banco destaca a formação técnica do novo chefe do Tesouro e observa que as finanças do Espírito Santo estão bem quando comparadas a de outros Estados, um bom indicativo do que esperar de Funchal.

No exterior, o dólar caiu forte ante divisas principais, mas subiu nos emergentes, um sinalizador típico de fuga de ativos de risco. Com o anúncio do Fed, o dólar chegou a perder força nos emergentes e a cair ainda mais ante divisas fortes, mas o movimento não se sustentou.

"Cresceu o temor de que uma segunda onda da pandemia possa ocorrer", avalia o gestor e economista-chefe da gestora americana Cumberland Advisors, Bill Witherell. Ele cita que a OCDE estima contração de 6% para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial este ano, mas uma segunda onda pode ampliar o número para 7,6%, daí a preocupação dos investidores.

Para os estrategistas do JPMorgan, o aumento de casos em certos estados dos Estados Unidos, e também na China, ampliou o temor de uma segunda onda de infecções, o que levaria a recuperação da atividade, atualmente esperada para ocorrer em formato de V, para W. Na avaliação do banco alemão Commerzbank, este é o maior risco atualmente para os mercados.

O dólar segue em alta, com máxima a R$ 5,1649 (+2,43) no mercado à vista na manhã desta segunda-feira (15). Os investidores ampliam posições defensivas, reagindo ao anuncio da saída do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, programada para agosto, e à aversão a ativos de risco no exterior em meio a sinais de uma segunda onda de Covid-19 nos EUA e China e após os dados chineses de produção industrial e de vendas no varejo em maio na China piores que o esperado, divulgados nesta segunda.

A cautela lá fora antecede ainda a presença do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Congresso americano nesta terça e quarta-feira.

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Operadores afirmam que a saída de Mansueto não muda as apostas majoritárias de corte da Selic de 0,75 ponto, para 2,25% na reunião do Copom desta quarta-feira, ainda que eleve as preocupações com a continuidade do ajuste fiscal das contas públicas.

Quatro integrantes do Ministério da Economia estão entre os cotados para suceder Mansueto Almeida no cargo de secretário do Tesouro Nacional, segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado): Caio Megale, Bruno Funchal, Jeferson Bittencourt e Pricilla Maria Santana.

Em entrevista à Globonews pela manhã, Mansueto defendeu que o seu substituto e equipe econômica aprimorem o diálogo com o Congresso e governadores pelo ajuste fiscal. "O ajuste fiscal não está em risco", disse ele. O secretário lembrou que "hoje o ajuste fiscal do Brasil está na Constituição, é o teto de gastos". "Para o governo não cumprir o teto de gastos em 2021 teria que mudar a Constituição; sem fazer mudança está garantido. Não acredito que alguém vá mudar o teto de gastos", emendou.

No relatório Focus desta segunda, os economistas projetam queda mais acentuada do PIB em 2020, passando de 6,48% para 6,51%. A estimativa para o câmbio caiu de R$ 5,40 para R$ 5,20. A estimativa para o IPCA passou de 1,53% para 1,60% e para Selic este ano segue em 2,25%. Além disso, o Brasil já ocupa o segundo lugar em casos e mortes por covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com total de óbitos de 43.389 e o de contaminações, de 867.882, no domingo.

As atenções devem se voltar mais tarde para o Palácio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro reúne-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes, à tarde, e também tem encontro agendado com o ministro da educação, Abraham Weintraub.

Às 9h24, o dólar à vista subia 2,17%, a R$ 5,1519. O dólar futuro para julho avançava 1,84%, a R$ 5,1475.

O dólar voltou a fechar acima de R$ 5,00 nesta sexta-feira, 12, após encerrar quatro pregões abaixo desse patamar. A sessão foi marcada pelo ajuste das cotações à forte piora do humor no mercado financeiro ontem, feriado no Brasil, e pela continuidade do fortalecimento da moeda americana hoje no exterior. Após subir 2,17% hoje, a maior alta porcentual desde 7 de maio, o dólar fechou a semana em R$ 5,0426, acumulando valorização de 1,04%, a primeira de ganhos depois de três semanas seguidas de baixas.

O índice DXY, que mede o dólar ante divisas fortes, operou hoje nos níveis mais altos de junho e a moeda americana ainda subiu na maioria dos emergentes. Alertas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre as dúvidas e riscos da retomada da atividade, ecoando discurso do presidente Jerome Powell na tarde de quarta-feira, fizeram os investidores fugirem de ativos de risco.

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O diretor de moedas em Nova York da gestora BK Asset Management, Boris Schlossberg, ressalta que além do alerta do Fed ter pego o mercado vindo de dias de muito otimismo, o que fez o movimento de ajuste ser mais forte, relatos de crescimento acelerado de casos de coronavírus em estados americanos como Flórida e Texas trouxeram preocupação adicional. O mercado estava subestimando este risco, ressalta ele.

Pela manhã, dados mostrando melhora da confiança do consumidor americano chegaram a dar um impulso positivo no mercado, mas que durou pouco. Para Schlossberg, o tom mais cauteloso hoje dos mercados sugere que permanece o temor para a atividade econômica de uma nova onda de casos de coronavírus.

No mercado doméstico, o dia foi tanto de agenda como de noticiário mais esvaziado. "Após uma quinta-feira ruidosa no exterior, os mercados domésticos realinharam os preços para cima hoje", afirma economista e operador da Advanced Corretora de Câmbio, Alessandro Faganello. "As preocupações com uma segunda onda de infecções foram reacendidas."

Para a próxima semana, as mesas de câmbio vão monitorar a reunião de política monetária do Banco Central, dias 16 e 17. É esperado um corte de 0,75 ponto porcentual na taxa básica, mas o interesse dos investidores é ver o que o BC pode sinalizar de próximos passos, o que, se ocorrer, deve ter impacto nas cotações do dólar.

"Ficou claro que Brasil conquistou capacidade de ter juros mais normal, mais comparado com o resto do mundo, e de maneira sustentada", avalia o sócio da Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo, em live da corretora Nova Futura. "Uma queda de atividade deste tamanho quer dizer queda de juros também." Para os juros seguirem baixos por mais tempo, Figueiredo argumentou que o Brasil vai ter que voltar a ter consolidação fiscal, mas os mercados não esperam isto este ano.

O dólar teve um dia volátil, mas firmou alta em meio às declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, chamando atenção para os riscos e o nível ainda alto de incerteza sobre os rumos da atividade econômica. O dirigente declarou que o relatório de emprego americano, que animou os mercados desde a última sexta-feira, 5, ao mostrar forte criação de vagas, subestimou a taxa de desemprego americana em 3 pontos porcentuais e que o recuo da atividade no segundo trimestre deve ser o maior já registrado. Com isso, o dólar ganhou força no exterior e, no mercado doméstico, renovou as máximas do dia, batendo em R$ 4,96.

No fechamento desta quarta-feira, 10, pré-feriado no Brasil, o dólar à vista terminou em alta de 0,97%, cotado em R$ 4,9355. No mercado futuro, o dólar para julho era negociado em R$ 4,9755, com valorização de 1,42% às 17h30.

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Os economistas não esperavam anúncio de novos estímulos econômicos pelo Fed, como acabou ocorrendo. Os dirigentes sinalizaram que os juros vão continuar nos níveis atuais até pelo menos 2022. Com a divulgação do comunicado da reunião, o dólar chegou a cair para o nível de R$ 4,88. Mas o movimento durou somente até o início da entrevista de Powell. Na coletiva à imprensa, Powell também se comprometeu em manter os estímulos por um longo período, mas alertou que uma recuperação completa da atividade só virá quando as pessoas se sentirem seguras do ponto de vista de saúde.

Para a economista-chefe da consultoria americana High Frequency Economics (HFE), Rubeela Farooqi, Powell sinalizou que o Fed vai continuar fazendo tudo o que for preciso para apoiar a economia, mas ao mesmo tempo chamou atenção para o fato da surpresa com o relatório de emprego de maio ser um sinalizador claro do nível de incerteza que paira sobre a economia. Wall Street esperava fechamento de 8,5 milhões de postos de emprego no mês passado, mas o documento mostrou criação de 2,5 milhões de vagas.

Na avaliação da analista de moedas do Commezbank, You-Na Park-Heger, o real se beneficiou significativamente da melhora recente do sentimento no mercado financeiro internacional, que se intensificou após a divulgação do relatório de emprego dos EUA. No entanto, além de pairarem dúvidas sobre a retomada da atividade nos diversos países, o noticiário doméstico permanece preocupante, avalia. Para ela, a valorização do real foi exagerada, veio antes do esperado e, por isso, o risco alto de correção, com a divisa americana devendo voltar a superar os R$ 5,00 nas próximas semanas, pois ainda há muitas incertezas pairando na economia mundial, e no caso do Brasil, há os juros devendo cair mais na semana que vem, preocupação fiscal e o cenário político conturbado. O banco alemão projeta o dólar a R$ 5,20 em setembro, R$ 5,00 em dezembro e R$ 4,90 no começo de 2021.

O dólar retoma a queda nesta quarta-feira, após ter subido ontem, alinhado à desvalorização predominante no exterior. O IPCA em maio caiu 0,38%, menos que a mediana das projeções do mercado (-0,46%), ficando em segundo plano. Em abril, o indicador de inflação teve queda recorde de 0,31% desde o início do Plano Real, em 1994.

No mercado de moedas global, o dólar opera desvalorizado, em meio à expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (15h) e a entrevista coletiva do seu presidente, Jerome Powell (15h30). Também serão anunciadas pelo Fed as primeiras projeções para a economia e juros neste ano. Nos EUA, o índice de inflação ao consumidor (CPI) recuou 0,1% em maio ante abril, pior que o esperado (0%). O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, caía 0,22%,a 96,109 pontos por volta das 9h30, praticamente nos mesmos níveis de antes do indicador.

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Às 9h38, o dólar à vista caía 0,29%, a R$ 4,8756. O dólar para julho recuava 0,50%, a R$ 4,8805.

O dólar voltou a subir, após cair 9% em junho até esta segunda, 8, e recuar mais de R$ 1,00 desde a máxima histórica de 14 de maio, quando bateu em R$ 5,97. Profissionais das mesas de câmbio dizem que a valorização desta terça-feira, 9, foi um movimento esperado de ajuste, enquanto os investidores aguardam o final da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que termina na tarde desta quarta-feira.

A moeda americana subiu de forma generalizada nos emergentes. No mercado doméstico, o dólar terminou o dia em alta de 0,70%, a R$ 4,8883 no segmento à vista. Na máxima do dia, o dólar chegou a bater em R$ 4,93. No mercado futuro, o dólar para julho era negociado com valorização de 1,58%, a R$ 4,9045 às 17h30.

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"Hoje foi basicamente um movimento de realização", avalia o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini. Ele ressalta que, com o Ibovespa subindo sete pregões consecutivos e o dólar caindo 19% desde a máxima histórica do dia 14 de maio, era natural um ajuste. A perspectiva de recuperação mais rápida das economias, em V, ajudou a estimular a busca por ativos de risco nos últimos dias, acrescenta.

Pellegrini destaca que persiste esta perspectiva de recuperação em V, mas o dólar ainda pode ter novos ajustes. O nível de resistência para cima é de R$ 5,00, que se ultrapassado pode levar a moeda americana a R$ 5,07. Para o executivo, dependendo do que vier de notícias nos próximos dias, a moeda pode testar esses níveis para cima e depois voltar para abaixo de R$ 5,00.

Sobre a reunião do Fed que começou na tarde desta terça-feira, os economistas do Deutsche Bank em Nova York destacam que aumentou o interesse pelo desfecho do encontro e as declarações do presidente Jerome Powell após a surpresa com os dados do mercado de trabalho americano na última sexta-feira. Eles esperam o anúncio de um novo programa de compra de ativos, na casa dos US$ 65 bilhões a US$ 85 bilhões por mês, e a sinalização de que os juros serão mantidos baixos por longo período.

Já o estrategista do Société Générale, Klaus Baader, não espera novas medidas de estímulo pelo Fed nesta quarta-feira, 10, mas a sinalização de que o BC americano não tem intenções de retirar as medidas já adotadas tão cedo. "Esperamos que o Fed permaneça muito acomodativo por um período prolongado de tempo enquanto a economia se reestrutura", escreve em relatório nesta terça-feira.

O dólar opera em alta nesta terça-feira, após cair nas últimas três sessões, em meio à cautela no exterior antes da decisão de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira (10). A moeda americana volta a ter demanda, sobretudo de importadores, uma vez que o investidor local também já está considerando o feriado nacional de Corpus Christi, nesta quinta-feira (11), quando os mercados no exterior devem operar normalmente.

Mais cedo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo vai prorrogar a concessão do auxílio emergencial a informais por mais dois meses e que espera que, em 60 dias, haja organização de retorno seguro ao trabalho no País.

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O salto de 1,36% do IGP-M na primeira prévia de junho está em segundo plano. O indicador havia caído 0,32% na primeira leitura de maio. O investidor mantém a aposta de corte mais agressivo da Selic, de 75 pontos-base, na semana que vem. O mercado também está em compasso de espera pelo IPCA de maio, que sai nesta quarta.

Com o período de silêncio começando amanhã entre os membros do Copom, uma semana antes da decisão sobre juros, o mercado acompanha a participação do diretor de Política Econômica do BC, Fabio Kanczuk, em evento virtual do Credit Suisse (10h). Também deve monitorar a o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, em videoconferência da Comissão Externa da Câmara (12h30).

Especialistas avaliam que as manobras do governo para mascarar o número de mortes causadas pela covid-19 podem configurar crime de responsabilidade ao presidente Jair Bolsonaro, e para Pazuello. E o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Ministério da Saúde volte a divulgar a íntegra dos dados de covid-19 em balanços diários.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começa a julgar, nesta terça, ações que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, e o Tribunal de Contas da União (TCU) analisará a representação do senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sobre os gastos sigilosos no cartão corporativo de Jair Bolsonaro.

Às 9h26, o dólar à vista subia 0,13%, a R$ 4,8609. O dólar futuro para julho ganhava 0,90%, a R$ 4,8715.

Após cair 5,5% em dois dias, o dólar teve um dia volátil hoje, mas terminou a quinta-feira, 4, em alta de 0,81%, cotado em R$ 5,1311. A moeda americana operou com queda forte ante divisas principais, sobretudo o euro, por conta de estímulos adicionais do Banco Central Europeu (BCE), mas subiu ante pares do real, como os pesos do México, Colômbia e Chile. O movimento tanto no exterior como no mercado doméstico foi de realização de ganhos, de acordo com profissionais das mesas de câmbio. O dólar futuro para julho subia 1,07% às 17h50, a R$ 5,1260.

Também contribuiu para pressionar o câmbio a visão de economistas e nas mesas de juros que o Banco Central pode cortar a taxa básica, a Selic, para além da reunião de junho. Hoje o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, ex-diretor do Banco Central, disse em live organizada pela Febraban avalia que a taxa básica, a Selic, pode cair abaixo dos 2,25%, caso o risco-país e as projeções de inflação continuem caindo. Sobre o câmbio, Mesquita avalia que é possível que o dólar fique mais comportado no segundo semestre, por conta da busca por retornos passada a fase mais grave da pandemia de coronavírus.

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O economista-chefe em Nova York do banco Natixis para a América Latina, Benito Berber, comenta que foi a melhora de fatores no mercado externo que contribuiu para o rali do real nos últimos dias. Ele calcula que, não fosse a forte piora do risco político no mês passado, o dólar teria sido negociado mais perto de R$ 5,00 do que de R$ 6,00 em maio.

Para o economista do Natixis, com o cenário político ainda complicado, em meio a diversas investigações envolvendo presidente Jair Bolsonaro, e o ambiente de baixos juros, o real deve se depreciar pela frente. Berber projeta o dólar em R$ 5,40 nos próximos seis meses, R$ 5,20 em nove meses e R$ 5,15 em 12 meses. Ele estima queda de 0,75 ponto porcentual na Selic, levando a taxa para 2,25%.

Hoje o BCE anunciou ampliação de seu programa em mais 600 bilhões de euros e os economistas na Europa do Morgan Stanley não descartam mais um aumento de 400 bilhões de euros, provavelmente em março de 2021. "A decisão surpreendeu positivamente o mercado, avalia o banco americano. Logo após o anúncio, o dólar à vista bateu mínimas, a R$ 5,0266. Já o euro se valorizou, ajudando a enfraquecer o dólar.

Após a reunião do BCE, o foco do mercado agora é o relatório mensal de emprego dos Estados Unidos, que será divulgado nesta sexta-feira. Os analistas do banco Wells Fargo projetam fechamento de 8 milhões de vagas na economia americana e taxa de desemprego saltando para 20%.

O dólar teve o segundo dia seguido de forte queda, acumulando baixa de 5,5% em duas sessões. Novamente os fatores que pesaram foram o ambiente de busca por ativos de risco no exterior, que ajudou o Ibovespa a superar os 93 mil pontos, e o cenário político interno menos tenso. Também contribuiu para aliviar a pressão no câmbio uma captação de US$ 3,5 bilhões pelo Tesouro, a primeira do ano. O real foi pelo segundo dia a moeda com melhor desempenho ante o dólar em uma cesta de 34 divisas.

Nos negócios na manhã desta quarta-feira, 3, o dólar chegou a cair para R$ 5,01. Pela tarde, a queda perdeu um pouco fôlego, com tesourarias e importadores aproveitando o recuo das cotações e indo às compras, de acordo com profissionais de câmbio. Mesmo assim o dólar fechou em baixa de 2,28% no mercado à vista, cotado em R$ 5,0901, o menor valor desde 26 de março (R$ 4,99). No mercado futuro, o dólar para julho recuava 2,42%, a R$ 5,0865 às 17h45.

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Na avaliação de um diretor de tesouraria, dois fatores explicam o fortalecimento do real esta semana. O primeiro é o enfraquecimento internacional do dólar nos últimos dias, em função das reaberturas bem sucedidas na Europa, de acordo com este executivo e da liquidez abundante no mercado, por conta dos estímulos dos bancos centrais. O índice DXY, que mede o comportamento da moeda americana ante divisas fortes, está nos menores níveis desde o começo de março, acumulando queda de 1% somente esta semana.

O segundo fator é interno, o menor ruído político, com a arrefecida do estresse, ao menos por ora, entre o Executivo e o Judiciário e pela busca de aliança do governo no Congresso, o que tende a garantir sua governabilidade e ainda torna mais favorável a perspectiva para reformas, ressalta o diretor. Os fatores externos e internos ajudaram o real a ter um rali, mas ele nota, porém, que no ano o dólar ainda sobe 27%, com a moeda brasileira mantendo o pior desempenho internacional.

Para o sócio fundador da gestora Velt Partners, Mauricio Bittencourt, tem havido um descolamento entre os preço dos ativos e a realidade de curto prazo, marcado por muitas incertezas e indicadores fracos. No Brasil, por exemplo, a produção industrial afundou 18% em abril, o pior dado da série histórica. Uma possibilidade para o otimismo dos mercados, disse ele em live hoje da Genial Investimentos, é que neste momento tenha alguma expectativa de que o pior desta crise já passou. Outra possibilidade é o ambiente de juros muito baixo em conjunto com os fortes estímulos monetários dos bancos centrais, especialmente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que colocaram liquidez nos mercados e abrem espaço para a busca de ativos de risco, ajudando as bolsas.

Apesar da melhora recente, Bittencourt observa que há muita incerteza sobre os próximos meses. "Ainda tem bastante coisa que se sabe muito pouco", disse ele, citando, entre elas, se vai ter uma segunda onda de infecções do coronavírus, se vai aparecer uma vacina ou tratamento e como é a questão da imunidade ao vírus.

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