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O dólar firmou alta nos negócios da tarde, após operar com forte volatilidade pelo quarto dia seguido. O clima de aversão ao risco predominou no exterior, por conta do crescimento dos casos de coronavírus, volta do impasse sobre o pacote de estímulo fiscal americano e discursos cautelosos de dirigentes de bancos centrais nos EUA e Europa, o que acabou penalizando as moedas de emergentes. No Brasil, a falta de novidades sobre o ajuste fiscal e ainda declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmando que se houver uma segunda onda de coronavírus, haverá novo auxílio emergencial, pressionaram o câmbio. Com isso, o real voltou a ganhar o posto de pior desempenho ante o dólar no mercado internacional.

No encerramento, o dólar à vista terminou com alta de 1,14%, cotado em R$ 5,4782. No mercado futuro, o dólar com vencimento em dezembro fechou em alta de 1,26%, em R$ 5,4620.

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"Congresso em ritmo de eleição acentua fragilidade fiscal", destaca o título da carta mensal da gestora Franklin Templeton, assinada pelo estrategista-chefe de renda fixa e multimercados da gestora, Renato Pascon. Para ele, o impasse sobre como financiar novos programais sociais do governo segue como principal motivo do desempenho ruim dos ativos brasileiros e do real. Até agora, o governo só mostrou fontes de financiamento consideradas heterodoxas e passíveis de furar o teto de gastos em 2021, alerta o gestor.

Por isso, mesmo em um ambiente em que bancos vêm recomendando a compra de ativos de emergentes, como o Credit Suisse fez hoje, ao elevar a alocação na região para "overweight", e recursos vêm entrando no Brasil, o real pouco tem se beneficiado. O banco suíço prevê enfraquecimento do dólar em 2021 no governo de Joe Biden, mas nem todos os mercados vão ser beneficiados de forma igual.

"Apesar de a economia brasileira estar se recuperando bem, a baixa taxa de juros e a falta de clareza sobre as finanças públicas e a paralisação das reformas em meio à pandemia do coronavírus devem seguir pesando no real", avaliam as estrategistas do moedas e mercados emergentes do alemão Commerzbank, Alexandra Bechtel e Melanie Fischinger.

Com a vitória de Joe Biden nas eleições americanas, o dólar se enfraqueceu e o real teve algum respiro, assim como outras moedas de emergentes, comentam as analistas do Commerzbank. Mas sem avanço de reformas e com diferencial de juros muito baixo elas veem o câmbio seguindo pressionado e o dólar acima de R$ 5,00 até, ao menos, o final de 2021. "Preocupações de que o governo possa abandonar o teto de gastos em 2021 provavelmente vão seguir pressionando o real", comentam, ressaltando que a tendência de enfraquecimento da moeda brasileira prossegue sem sinais de trégua.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), alertou para o risco de piora na economia caso a base do governo continue a obstruir a pauta do Plenário e impeça a votação de propostas importantes. Em declaração dada na última segunda-feira (9), em entrevista à CNN Brasil, Maia chegou a projetar que o valor do dólar pode subir para R$7.

“Se a base do governo obstruir a pauta, é o Brasil que vai pagar a conta”, avisou. “O Brasil vai explodir em janeiro se as matérias não forem votadas. O dólar vai a R$ 7, a taxa de juros de longo prazo vai subir, para um País que no final do ano vai ter 100% da sua riqueza em dívida", disse.

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Partidos da base do governo obstruem a pauta do Plenário por causa de descumprimento de acordo para instalação da Comissão Mista de Orçamento. A pauta também está em obstrução por partidos de esquerda, que querem a votação da Medida Provisória 1000/20, que prorroga o auxílio emergencial até dezembro, com o valor reduzido de R$ 600 para R$ 300. A oposição quer votar a MP para reestabelecer o valor de R$ 600.

Cota para mulheres

Maia também prometeu pautar, já na próxima semana, proposta de emenda à Constituição que institui cota para mulheres nas câmaras de vereadores, assembleias legislativas e na Câmara dos Deputados. Ele lamentou a representação “muito pequena” das mulheres nas eleições proporcionais. “Hoje, já temos quase 2 mil municípios que não têm uma única mulher representando a sociedade nas câmaras de vereadores”, disse.

A próxima sessão do Plenário está marcada para 17 de novembro, logo após o primeiro turno das eleições municipais. Além da votação de medidas provisórias, a pauta inclui projeto do governo que incentiva a navegação de cabotagem, que têm urgência constitucional. “Espero que o governo consiga construir o acordo para o projeto da cabotagem”, afirmou Rodrigo Maia. “Já poderíamos ter votado o novo programa do governo de habitação. A MP está pronta para votar.”

Popular ou populista

Rodrigo Maia apontou para a necessidade de avançar na agenda de equilíbrio fiscal. Para o presidente da Câmara, a agenda econômica do governo nos próximos seis meses deve influenciar as eleições de 2022. “Se o governo escolher o caminho da responsabilidade fiscal tem uma força. Se caminhar para uma agenda mais heterodoxa, eu acho que é uma força muito menor”, analisou.

Ele ponderou que a inflação já está fora de controle. “O governo precisa tomar uma decisão urgente: se vai ser governo popular ou populista. Se o governo quiser construir soluções fora do teto de gastos, vai ser um governo populista, como foi o governo anterior, que deu em dois anos de recessão.”

Eleições americanas

O presidente da Câmara ainda apelou para que o presidente Jair Bolsonaro parabenize “o mais rápido possível” o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. “Espero que o governo brasileiro possa parabenizar o presidente eleito o mais rápido possível, respeitando o resultado das urnas”, pediu. “Eu espero que a diplomacia brasileira reconstrua suas relações com o vitorioso nas eleições americanas.”

Rodrigo Maia destacou a importância de o Brasil manter uma relação pragmática com os Estados Unidos, dando prioridade às trocas comerciais e aos interesses brasileiros. O presidente da Câmara criticou a vinda do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, a Roraima, faltando poucas semanas para eleição nos Estados Unidos. Para ele, foi um momento ruim da diplomacia brasileira. "Pela primeira vez, eu vi um país mais pobre de alguma forma beneficiar o processo eleitoral de país mais rico", ironizou.

*Com a Agência Câmara de Notícias

O dólar teve novo dia de forte queda ante o real, refletindo o otimismo no mercado internacional com a possível vitória de Joe Biden para a presidência nos Estados Unidos, que pode ser anunciada já nesta quinta-feira (5). A expectativa por um pacote de estímulo fiscal em 2021 e um governo mais previsível do que o de Donald Trump em meio ao perfil mais conciliador do democrata estimulou os agentes a buscarem ativos de risco nos emergentes. Com isso, o dólar fechou no menor valor desde 9 de outubro e o Credit Default Swap (CDS) do Brasil, termômetro do risco-país, caiu ao menor patamar desde o começo de março. Nesta semana, o dólar já recua 3,35%.

No fechamento, o dólar à vista terminou em queda de 1,91%, cotado em R$ 5,5459. No mercado futuro, o dólar para dezembro fechou em queda de 2,20%, aos R$ 5,5320.

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O dólar testou ante divisas fortes o menor valor hoje desde o começo de setembro. Para o sócio e diretor de Pesquisas Globais da Tudor Investment Corporation, Lorenzo Giorgianni, os mercados internacionais abraçaram a ideia de um governo Biden mais conciliador e estável e ainda com chance de maior pacote de estímulo fiscal, por conta da pressão causada pela pandemia do coronavírus. Nesta quinta-feira (5), os casos diários voltaram a superar 100 mil nos EUA. O executivo não descarta que pode vir um pacote perto de US$ 2 trilhões até fevereiro.

"Biden tem chance de trazer união, que seria positiva para ativos de risco", disse ele em palestra durante evento do Itaú, prevendo um dólar mais fraco neste ambiente. Os mercados estão tendo performance positiva pensando nesse cenário, de uma administração mais equilibrada e com trabalho em conjunto, ressaltou Giorgianni. Para ele, o pior cenário neste momento é a contestação judicial dos resultados finais por Donald Trump, que ameaça trazer muita incerteza e ainda colocar o país numa crise constitucional, em meio a um limbo no poder. Hoje, o republicano já recebeu uma negativa da Justiça ao tentar parar a contagem de votos no Michigan.

Para o diretor em Nova York do banco MUFG, Christopher Rupkey, a incerteza eleitoral, que vinha pressionando os ativos nas últimas semanas, se reduziu nesta quinta-feira. Com isso, os mercados estão na expectativa de mudanças na próxima administração, com medidas que ajudem a recuperar a economia. Na tarde desta quinta, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comentou que um governo democrata pode dar mais estímulo que os republicanos.

A moeda americana chegou a cair para a mínima do dia, a R$ 5,53, durante a entrevista do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O dirigente ressaltou na tarde desta quinta-feira que o ritmo de melhora da atividade ficou mais moderado e voltou a falar da necessidade de mais estímulos fiscais e monetários. Além disso, prometeu manter as medidas extraordinárias tomadas pela instituição este ano.

Num dia marcado pelos ânimos com a corrida eleitoral norte-americana e pela aprovação do projeto de lei de autonomia do Banco Central (BC), o dólar teve a maior queda diária desde agosto. A bolsa de valores seguiu o mercado norte-americano e subiu quase 2%.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (4) vendido a R$ 5,657, com recuo de R$ 0,109 (-1,89%). Essa foi a maior queda para um dia desde 28 de agosto, quando a cotação caiu 2,93%. A divisa está no valor mais baixo desde 26 de outubro, quando tinha fechado vendida a R$ 5,612.

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No mercado de ações, a bolsa teve um dia de euforia. O índice Ibovespa, da B3, fechou a quarta-feira aos 97.867 pontos, com alta de 1,97%. O indicador seguiu Wall Street, onde o índice Dow Jones (das empresas industriais) subiu 1,34%, o S&P 500 ganhou 2,20%, e o Nasdaq (das empresas tecnológicas) valorizou-se 3,85%.

O mercado norte-americano teve um dia de fortes ganhos após as apurações mostrarem que o candidato Joe Biden estava numa situação mais favorável na manhã de hoje do que na noite de ontem. Tanto o presidente Donald Trump quanto Biden têm a possibilidade de alcançar os 270 votos necessários do Colégio Eleitoral para vencer a corrida, à medida que alguns estados continuam contabilizando as cédulas recebidas pelo correio.

No mercado interno, a aprovação pelo Senado do projeto de lei que concede autonomia ao Banco Central no fim da noite de ontem, foi bem recebida pelos investidores. Para instituições financeiras, a proposta diminui a interferência político-partidária na gestão da política monetária.

* Com informações da Reuters

O dólar à vista passou a subir na manhã desta quinta-feira após o total de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, de 840 mil, acima da previsão dos analistas (825 mil), reforçando a percepção de dificuldades na recuperação na economia do país. Nos primeiros negócios, o viés foi de baixa, em linha com a queda do dólar ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities, em meio a otimismo com a possibilidade de novos estímulos fiscais nos EUA e Europa.

Os investidores monitoram também a campanha presidencial norte-americana, depois do debate considerado neutro entre os candidatos à vice-presidência do país. Mas com pesquisas eleitorais indicando abertura larga na vantagem do democrata Joe Biden, em meio à persistente postura negacionista de Donald Trump em relação à covid-19, o presidente do país já dá sinais de que está "amarelando" sobre participar de um novo debate virtual com seu oponente. Há pouco, Trump afirmou que não iria "perder meu tempo em um debate virtual".

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Na Europa, mais cedo, a ata da última reunião de política monetária do BCE bem como a fala do presidente do Banco da Inglaterra reforçam as expectativas de novos estímulos, o que deixa o índice DXY rondando a estabilidade, ora com viés de alta ora de baixa.

No Brasil, os dados do varejo vieram mistos. As vendas do comércio varejista subiram 3,4% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, acima da mediana positiva de 3,20%. Na comparação com agosto de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,10% em agosto de 2020, bem abaixo da mediana esperada, de 6,30%. As vendas do varejo restrito acumularam recuo de 0,9% no ano e alta de 0,5% em 12 meses.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fica no radar. Ele tem se mostrado o membro do governo mais preocupado com o desajuste fiscal e participa de mais um evento com profissionais de mercado, mas fechado à imprensa.

Às 9h49 desta quinta, o dólar à vista subia 0,09%, a R$ 5,6290. O dólar futuro de novembro avançava 0,28%, a R$ 5,6330.

Para 75% das empresas, a desvalorização cambial é o principal fator que gerou aumento de custos de componentes e matérias-primas, segundo sondagem de agosto da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que reúne os fabricantes de equipamentos e componentes elétricos, para diversos setores industriais.

"Ninguém esperava a volta tão rápida da atividade, e os fornecedores estrangeiros aumentaram os preços", segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato. Ele diz que os aumentos para resina plástica e cobre variam entre 30% e 40%.

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Na indústria química, a história se repete. Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia da Abiquim, também se surpreendeu com a velocidade da recuperação. A indústria química é base de inúmeras cadeias de produção. "Não é só recomposição de estoques, tem aumento real da demanda, mas não sabemos se é sustentável."

A escassez de insumos, como aço, cobre e embalagens, inclusive de papelão, preocupa fabricantes de eletrodomésticos, eletrônicos de consumo e químicos. Indústrias de porte médio, com menor poder de negociação, são as que mais sentem a falta de insumos. "Há fabricantes de linha branca e portáteis que podem parar até o fim do mês por falta de insumos", alerta o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dólar terminou a sexta-feira, 2, em alta, acumulando valorização de 2,07% nos últimos cinco dias, a quarta semana seguida de ganhos, subindo 41,3% no ano. Hoje a moeda chegou a encostar em R$ 5,69 com pressão vinda do exterior, após o aumento da incerteza nas eleições americanas com Donald Trump confirmando estar infectado com o coronavírus. No Brasil, persistentes dúvidas sobre o financiamento do novo programa social do governo seguem pressionando o câmbio, hoje com a troca de farpas entre o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o da Economia, Paulo Guedes.

O dólar à vista encerrou a semana cotado em R$ 5,6704, em alta de 0,29%. É a cotação mais alta desde o fechamento de 20 de maio. No mercado futuro, o dólar para novembro tinha ganho de 0,46% às 17h, para R$ 5,6750.

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No novo capítulo sobre o Renda Cidadã, Marinho disse em call com o mercado hoje, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast, que o programa sai "por bem ou por mal" e ainda criticou Guedes. Mais tarde, ao ouvir os relatos, Guedes chamou o colega de "desleal".

"O teto da dívida continua sendo um problema permanente", destaca a analista de moedas do banco alemão Commerzbank, Alexandra Bechtel. Ela ressalta que após a repercussão negativa de como financiar o novo programa social de Jair Bolsonaro, o governo voltou atrás sobre o uso de precatórios, mas não deu novos detalhes do que pretende fazer. Nesse cenário, será difícil o real se apreciar, mesmo se o ambiente for de procura por risco, ressalta ela.

Nesta sexta-feira, o cenário de incerteza fiscal se somou ao aumento da incerteza sobre as eleições americanas após Trump anunciar que está com covid e cancelar a campanha por 15 dias. Os estrategistas do banco ING observam que as dúvidas eleitorais vêm em um momento de preocupação redobrada com a recuperação da atividade econômica. Com isso, o dólar subiu ante divisas fortes e em alguns emergentes, como Colômbia, Chile, Turquia e Rússia.

Para o mercado doméstico, o Itaú Unibanco manteve a projeção de dólar a R$ 5,25 no final do ano. Caso a incerteza fiscal diminua e o cenário externo fique mais benigno - com recuperação das principais economias no segundo semestre deste ano - somado a um balanço de pagamentos já ajustado, o real deve se apreciar nos próximos três meses. Com o PIB voltando a crescer em 2021, há espaço para apreciação adicional do real, destaca o Itaú, prevendo o dólar a R$ 4,50 em dezembro do ano que vem. O banco, porém, faz um alerta. "Caso haja uma deterioração fiscal significativa, que resulte numa saída mais forte de capitais, o real deve se depreciar mais do que no nosso cenário."

O dólar opera em leve baixa nesta quinta-feira (1°) em meio ao apetite por ativos de risco no exterior. Mas a moeda americana se fortaleceu ante o real, de forma pontual, diante do impasse sobre as fontes de financiamento do Renda Cidadã em meio a cautela política e fiscal. Os desdobramentos da briga entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estão no radar dos investidores também.

O novo aumento de mortes diárias por Covid-19 no País acima de mil, na quarta-feira, apoia ainda desconforto sobre o ritmo da recuperação interna e o investidor deve acompanhar nesta manhã webinar com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (10h).

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No exterior, o otimismo predomina nas bolsas, em meio a esperanças de um acordo político para novos estímulos nos EUA, enquanto o dólar está fraco ante pares principais e moedas emergentes e ligadas a commodities em dia de feriados na China, Taiwan e Coreia do Sul.

Às 9h31 desta quinta, o dólar à vista voltava a recuar 0,15%, a R$ 5,6097, após viés de alta pontual à máxima de R$ 5,6197 (+0,02%). O dólar futuro de novembro recuava 0,04%, a R$ 5,6125, ante máxima em R$ 5,6230 (+0,15%).

Na recente onda de alta dos produtos, causada pela atual crise econômica e pelos bloqueios oriundos da pandemia do novo coronavírus, o algodão torna-se mais uma matéria contemplada pelos preços inchados do mercado. Um dos principais itens para o segmento têxtil, a pluma chegou a valorizar 20% em várias regiões do país, no fim de agosto, segundo pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP (Cepea-USP). Em Pernambuco, associações setoriais e comerciantes tentam reverter a situação.

O pico de preços do algodão teria ocorrido no dia 27 de agosto, mas a matéria já entrou em curva de queda, apesar de os preços continuarem mais altos que os de antes da pandemia. Segundo a atualização mensal do Cepea, de agosto para setembro o indicador registrou alta expressiva de 16%, fechando a R$ 3,3110 em 31 de agosto. Esta é a maior variação mensal desde janeiro de 2016, quando o indicador subiu 16,91%.

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O centro explica ainda que os preços estão mais firmes nesta segunda quinzena de setembro. Porém, apesar de a colheita da produção recorde da safra 2019/2020 ter sido finalizada, vendedores seguem resistentes em diminuir os valores de novas negociações. Compradores e varejistas afastam-se do mercado, alegando dificuldades no repasse dos preços da matéria-prima aos manufaturados. 

Conseguir vender e manter uma margem de lucro compensativa é um dos maiores desafios dos comerciantes, é o que diz João Cleber Gomes, dono de uma estamparia que terceiriza confecções em Jaboatão Velho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Em entrevista ao LeiaJá, o proprietário compartilhou a dificuldade no repasse e o aumento no preço do algodão, qual costumava comprar por quilo, custando R$ 16, e agora encontra para venda entre R$ 22 e R$ 25. “Não tenho como repassar para o cliente. Infelizmente, prefiro diminuir a minha própria margem de lucro, do que aumentar de quatro a cinco reais nas peças, e perder clientes. Não chega a quebrar o negócio, mas incomoda bastante”, disse.

João disse ainda que, além do preço, a escassez de alguns materiais que chegam do polo têxtil já é sentida. “Alguns tecidos estão escassos. O algodão, a malha e o jeans. Preciso fazer uns moletons, e já espero há mais de 20 dias a entrega pelo fornecedor de Caruaru”, comentou. 

Em Pernambuco, a expectativa é de que o impacto possa ser diluído nos próximos meses, em torno de 45 a 60 dias. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC), Luverson Ferreira, também conversou com o LeiaJá e explicou que a situação, para ambos produtos nacionais e importados, deve normalizar. Além do preço do dólar, ele pontua a escassez e preço da matéria-prima como “principais fatores regionais para tal reflexo no preço do produto final”.

Sobre a impressão no consumidor, ele diz que pode variar. “O impacto no consumidor já chega a partir do momento que a matéria prima se torna mais cara ao curto prazo, e os produtores e confeccionistas têm que repassar para o cliente final. Momentaneamente, há uma certa elevação no preço das confecções, mas isso vai normalizar com o restabelecimento da indústria”, disse, reafirmando as previsões.

A ACIC, que compõe três câmaras setoriais no Estado e é uma das associações com maior quantidade de associados, lista algumas recomendações aos comerciantes, para que se mantenham firmes durante essa fase.

“Praticar preços justos e a liderança responsável. Empresários devem também ser socialmente responsáveis. No entanto, a gente entende que há uma regulação natural do mercado, e que cada setor e região adequa os seus preços com base na oferta e na demanda. Mas estivemos conversando com os setores, para entender onde está faltando o insumo, para até mesmo ajudar com a apresentação de outros fornecedores e produzir um impacto mínimo nos negócios”, orientou o presidente.

Apesar das circunstâncias, produtores e indústrias descartam, por agora, possibilidade de desabastecimento em qualquer região do Brasil.

Uma dupla acusada de cometer crime de estelionato foi presa na saída de um banco no bairro do Itaim Bibi, região sul de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil paulista, pai e filho são suspeitos de praticarem fraudes financeiras por meio do golpe do falso leilão na internet.

Segundo a corporação, foi o setor de fraudes do banco que suspeitou da atitude de um dos acusados e comunicou aos agentes. O filho, que é correntista da instituição, fazia saques de alto valor em moeda nacional e estrangeira em um dos caixas. Na chegada ao local, os policiais abordaram o acusado que não soube informar a origem do montante retirado.

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Ainda durante os questionamentos dos policiais, o rapaz informou que o pai o aguardava nas imediações a bordo de um veículo. Ao se dirigirem ao local em que o carro estava estacionado, os agentes abordaram o homem e revistaram o automóvel. No porta-luvas, outra grande quantia em cédulas de real e dólar foi localizada.

De acordo com a Polícia Civil, o banco conseguiu localizar a vítima do golpe e o colocou em contato os agentes. Segundo os policiais, a pessoa vive no estado do Rio Grande do Sul e alegou ter comprado um automóvel por meio de anúncio na internet. A transação custou R$ 54 mil ao comprador, mas os golpistas não entregaram o veículo.

Presos em flagrante, pai e filho foram indiciados pelos crimes de estelionato e associação criminosa.

O dólar se enfraqueceu na comparação com rivais nesta quinta-feira (17) um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizar que deve manter juros em níveis perto de 0% até, pelo menos, 2023. A fraqueza da libra e o bom desempenho do iene também chamaram atenção no mercado cambial nesta data, em reação às decisões de Banco da Inglaterra (BoE) e Banco do Japão (BoJ).

Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar caía a 104,70 ienes.

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Após anúncio de manutenção da atual orientação da política monetária, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, reiterou que a instituição pretende considerar adotar novas medidas de estímulo, se julgar necessário, e irá monitorar as oscilações do câmbio de perto.

Na avaliação da Capital Economics, apesar das medidas expansionistas, as perspectivas para a divisa japonesa em médio prazo são de alta. Isso porque, para a consultoria, o BoJ não tem tanta margem de manobra quanto seus pares em economias avançadas. "Embora nossas previsões para o final de 2020 e 2021 para a taxa de câmbio iene-dólar estejam em 105, não muito longe do nível atual, acreditamos que os riscos para essa previsão são de um iene mais forte", analisa.

O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,26%, a 92,970 pontos. No fim da tarde, o euro avançava a US$ 1,1852 e a libra subia a US$ 1,2972. Mais cedo, contudo, a divisa britânica ficou sob forte pressão, em resposta à informação de que o BoE deixou aberta a porta para implementação de juros negativos.

Na avaliação da TD Securities, a reação do mercado foi exagerada. "Ainda acreditamos que o BoE tem mais probabilidade de aumentar o relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) novamente, já que tem muito espaço de compra restante", analisa.

Ante emergentes, o dólar se fortalecia a 75,3151 pesos argentinos. Na quarta, a Argentina anunciou uma série de medidas de controle cambial. O presidente do país, Alberto Fernández, defendeu a decisão: "é preciso comprar dólar para produzir, não para economizar", disse. No entanto, para analistas, essa estratégia pode implicar riscos.

O dólar negociado no Brasil opera em baixa na manhã desta quarta-feira (9) conforme o previsto, alinhado ao viés de baixa da moeda americana ante a grande maioria das divisas de países emergentes e exportadores de commodities. O enfraquecimento da moeda é atribuído essencialmente a uma correção das altas recentes, que acompanharam a forte deterioração das bolsas americanas nos últimos três pregões. Hoje a sinalização em Nova York é de recuperação das ações.

A alta dos índices futuros das bolsas de Nova York minimiza a notícia de que o laboratório AstraZeneca teve de interromper os testes da vacina contra a covid-19, ontem, devido ao surgimento de efeitos adversos em um voluntário. A aposta é de que o cronograma de vacinação não seja alterado. Nesse ambiente de recuperação externa, o real encontra espaço para se fortalecer ante a moeda americana, num ajuste à desvalorização dos últimos dias.

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Na última hora, o destaque foi a divulgação do IPCA de agosto, que ficou em 0,24%, ante 0,36% em julho e muito praticamente em linha com a mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, do sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, de 0,25%.

Às 9h32 desta quarta-feira, o dólar à vista era negociado a R$ 5,3339, em baixa de 0,58%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro recuava 0,54%, aos R$ 5,3375.

O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta terça-feira (8) pelo Banco Central (BC), mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano seguiu em R$ 5,25, ante R$ 5,20 de um mês atrás.

Para 2021, a projeção dos economistas do mercado financeiro para o câmbio permaneceu em R$ 5,00, valor igual ao de quatro pesquisas atrás.

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Os juros futuros começam esta sexta-feira (28) devolvendo um pouco das altas recentes, em sintonia com o recuo do dólar ante o real e outras moedas e com a notícia de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a transferência de R$ 325 bilhões do lucro do Banco Central das reservas de resultado cambial para o Tesouro Nacional para o pagamento da dívida pública.

No radar está a expectativa de que o presidente Jair Bolsonaro anuncie nesta sexta-feira a prorrogação do auxílio emergencial até o fim do ano, no valor de R$ 300, e a revisão pelo Tesouro do seu Plano Anual de Financiamento (PAF).

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Às 9h10, o DI para janeiro de 2027 caía para 6,88%, de 6,96% no ajuste de ontem. O di para janeiro de 2023 recuava para 4,06%, na máxima, de 4,11%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 estava na máxima de 1,995, de 2,001% ontem no ajuste.

O dólar segue em baixa no mercado doméstico na manhã desta quarta-feira (19). O ajuste está alinhado à desvalorização predominante da moeda norte-americana ante outras divisas emergentes e ligadas a commodities em meio a movimentos técnicos e espera pela ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Os investidores monitoram ainda o impasse nas negociações em Washington sobre novos estímulos nos EUA e seguem preocupados também com uma segunda onda de Covid-19 pelo mundo, principalmente nos EUA e Europa, e as tensões sino-americanas.

Operadores locais afirmam que persiste a cautela com o fundamento fiscal das contas públicas brasileiras, o que limita a valorização do real. É uma sessão de espera por novidades, diz um operador. A questão, de novo, é ver a prometida agenda liberal ser executada. Na terça-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, reafirmou o compromisso com o ajuste fiscal.

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Após pedir que o governo envie sua proposta sobre a extensão do auxílio emergencial e de criticar os bancos pela cobrança de juros exorbitantes no cartão de crédito e cheque especial, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, segue no foco. Maia toma café com o presidente Jair Bolsonaro e também se reúne mais tarde com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em almoço em Brasília.

Ontem, o dólar caiu, devolvendo parte do estresse provocado no dia anterior pelas especulações sobre uma iminente saída do ministro da economia, Paulo Guedes, que foi negada por Guedes e por Bolsonaro. Com isso, a inclinação da curva de juros futuros diminuiu um pouco - ainda que continue apontando alto risco fiscal à frente - e voltou a ser precificado um novo corte da Selic.

Às 9h25 desta quarta, o dólar à vista recuava 0,16%, a R$ 5,4594. O dólar futuro para setembro caía 0,20%, a R$ 5,4605.

O dólar desacelerou um pouco a alta intradia e registrou mínima a R$ 5,3227 no mercado à vista há pouco. O estrategista Jefferson Laatus, do grupo Laatus, diz que a cotação acima de R$ 5,30 tem atraído ofertas de exportadores e pode ter ocorrido entrada de fluxo comercial também nesta manhã, após o dólar ter batido a máxima em R$ 5,3676 no mercado á vista mais cedo.

Para ele, o dólar sobe principalmente acompanhando a tendência de alta global, devido o impasse persistente sobre o novo pacote de estímulos nos Estados Unidos, as tensões sino-americanas e a melhora do petróleo, que subia mais de 1% há pouco.

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Como os dados de emprego privado da ADP em julho vieram ruins ontem, há dúvidas sobre o relatório de emprego oficial (payroll) dos Estados unidos, que sai amanhã, acrescentou.

No Brasil, Laatus comenta que o Comitê de Política Monetária (Copom) deixou a porta aberta para novo corte pequeno da Selic, mas essa sinalização não o surpreendeu e traz pressão de alta pequena ao dólar, avalia.

Ele afirma ainda que está no radar do mercado a votação no Senado, nesta quinta à tarde, sobre o tabelamento de juros do cheque especial e cartão de crédito e isso contribui para o ajuste para cima do dólar.

O dólar opera em alta no mercado doméstico nesta sexta-feira (31) em meio à valorização no exterior frente algumas divisas emergentes pares do real, como o peso mexicano, e uma melhora leve do humor nas bolsas, após os dados positivos de atividade divulgados na China e Europa, além dos balanços das gigantes de tecnologia americanas.

Interesses técnicos ajudam também a impulsionar a moeda americana frente o real. Os investidores defendem posições na rolagem de contratos cambiais futuros, em manhã de disputa em torno do referencial Ptax de fim de julho, que será divulgado depois das 13 horas, segundo operadores. A Ptax desta sexta-feira servirá, na segunda, para a liquidação do contrato futuro de dólar com vencimento em agosto e também para os ajustes dos contratos cambiais futuros e de resultados corporativos.

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A cinco dias da decisão do Copom, as apostas para a Selic estão praticamente consolidadas em novo corte residual de 0,25 ponto, para 2%, na próxima quarta-feira (5).

Às 9h24, o dólar à vista subia 0,30%, a R$ 5,1758. O dólar futuro para setembro avançava 0,48%, a R$ 5,1820.

Os juros futuros médios e longos operam em queda, alinhados ao dólar, que também está mais fraco ante moedas emergentes antes da decisão de juros do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) e indicações dos próximos passos da instituição à tarde. Os investidores aguardam a coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell (15h30, de Brasília).

A expectativa de queda da Selic, a taxa básica de juros no Brasil, na semana que vem, contribui para a direção das taxas.

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Os mais curtos rondavam há pouco a estabilidade.

Às 10h08, O DI para janeiro de 2022 exibia taxa de 2,70%, de 2,74% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2027, 6,22%, de 6,27%.

Após um fechamento da curva nas últimas sessões, os juros futuros abriram nesta terça-feira (28) em alta apoiado pelo dólar valorizado e cautela no exterior. Nos curtos o movimento é limitado, em meio à precificação de maior chance maior de corte de 25 pontos-base da Selic no Copom da próxima semana. Ontem a curva de juro tinha precificação de 80% para corte ante a possibilidade de manutenção em 2,25%.

No radar desta terça-feira está a reunião de diretores do Banco Central com investidores neste último dia pré período de silêncio do Comitê de Política Monetária (Copom).

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O diretor de política econômica do BC, Fabio Kanczuk, tem reunião às 10 horas, por videoconferência, com a equipe econômica da MAG Investimentos.

Também o diretor de política econômica, Bruno Serra, tem reunião com representantes da Capstone (11 horas). As duas reuniões são para tratar da conjuntura econômica.

Às 10h06, o DI para janeiro de 2022 indicava 2,78% ante 2,74% ontem no ajuste e o DI para janeiro de 2027, 6,32%, de 6,26%.

Os juros futuros voltaram a testar as mínimas da sessão desta quinta-feira (16) acompanhando o dólar, que renovou pouco antes do fechamento deste texto a menor cotação intraday. Os ajustes coincidiram com a divulgação de dado de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, não muito distante da expectativa, mas resultado bem acima do estimado no caso das vendas no varejo (alta 7,5% em junho ante maio; previsão +5,2%).

Além disso, os investidores avaliam fala da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre a manutenção da sua política monetária, com reiterada disposição de "ajustar seus instrumentos".

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Às 10h11, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,02%, na mínima, ante 3,052% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 indicava 6,42%, na mínima, ante 6,42% ontem no ajuste.

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