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As críticas ao Governo Federal têm sido marcas do discurso do governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos (PSB), por onde tem passado. Nesta quinta-feira (12), durante entrevista a uma rádio em João Pessoa, na Paraíba, o socialista questionou o baixo crescimento do Brasil e frisou que para governar bem o país é preciso conhecer todas as regiões. Segundo Campos, a tradição vinda de Brasília é de ver o Nordeste como "o local dos palanques". Para ele, quem sai da região nordestina e tem oportunidade de ir longe. 

"Primeiro temos que conhecer o que governa, tem muita gente que governa o Brasil e não conhece o Nordeste. Conhece apenas as casas dos políticos e os palanques. Você não pode governar bem uma casa que você não conhece. A segunda é que você tem que ter time, tem que ter planejamento. Se você não conhece a realidade, não tem um time e não faz um planejamento como é que você vai ganhar? Não tem como ganhar", enfatizou o governador. 

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Eduardo foi à Paraíba receber o título de cidadão pessoense, honraria que deverá ser agradecida "com muito trabalho". "Este é o sinal dos tempos em que nós nordestinos percebemos claramente que é hora de nos unir. De sairmos daquele jogo que muitos tentaram nos levar de dispersar as forças, de botar cada estado como se fosse adversário do outro", destacou ao lembrar que já recebeu o título de cidadão sergipano e piauiense, além da honraria baiana que será entregue ainda este mês. 

O socialista voltou a bater na tecla do desenvolvimento econômico, fazendo até a denotação de que "o pau sempre quebra nas costas do mais fraco", neste caso o Nordeste. "Temos visto que até 2010 o Brasil foi de um jeito, de 2011 para cá o Brasil tem ido de outro jeito. É fato que temos a crise econômica mundial, mas ela por si só não justifica o tanto que baixou o crescimento da nossa economia e é como diz o ditado ‘o pau sempre quebra nas costas do mais fraco’. E quando a economia começa a perder exatamente altitude, começa a desempregar gente, começa os pequenos negócios receber inadimplência, o povo começa a ver a divida a sufocar o orçamento das famílias. Tínhamos até 2010 o Brasil crescendo na casa dos 4%, três anos seguidos, se fizer uma média, não cresce nem a dois. A metade do que está crescendo os países vizinhos do Brasil, a metade que está crescendo o mundo", alertou.

A situação econômica na região regrediu ainda mais, segundo Campos, com "a pior seca já vista". O que poderia ter sido evitada, "se tivéssemos construído a adutora, se tivéssemos já concluído a transposição do São Francisco"."A gente precisa de investimentos quando tiver chovendo também, porque aquela coisa de só fecharmos aporta quando o ladrão saí, de só cuidar de seca quando faz seca está errado. Mas esta é a cultura que vem de Brasília e precisa ser rompida pela capacidade do nordestino. Dê uma oportunidade ao nordestino que ele vai longe", acrescentou o pré-candidato à presidência da República.

 

O vice-presidente de Relações Governamentais e Assuntos Corporativos para a América do Sul da Ford, Rogelio Golfarb, disse nesta quinta-feira, 12, que acredita no início de um novo ciclo do setor automotivo do Brasil. Se desde 2004 o mercado crescia a taxas de dois dígitos, a partir de agora o aumento deve ser bem mais modesto. Golfarb afirmou esperar para 2014 um avanço entre 1% e 2%.

Em evento da montadora de encerramento do ano, na capital paulista, Golfarb disse que é precipitado fazer projeção com variáveis em aberto, como a nova taxa do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o tributo será mantido até 31 de dezembro e que, após essa data, haverá reajuste.

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O dirigente da Ford afirmou também que é preciso esperar a definição sobre a implantação de air bag e ABS. Mantega disse nesta quarta-feira, 11, que o governo poderia adiar a entrada em vigor da medida que obrigaria, a partir do próximo ano, que 100% dos carros fabricados no Brasil tivessem esses itens de segurança. Golfarb afirmou que "ainda é cedo" para analisar o impacto das novas taxas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), anunciadas ontem. "Vamos esperar dezembro e a definição dessas variáveis para fazer projeções", disse Golfarb.

Cenário

Golfarb disse, durante seu discurso no evento, que as vendas de veículos neste anos podem não chegar ao nível de 2012. A explicação, segundo ele, está na maior cautela do setor financeiro na liberação de crédito. O dirigente da Ford afirmou também que existe um descolamento entre o volume de vendas e a produção por três razões: substituição de importados, principalmente devido ao programa Inovar-Auto, exportação de automóveis e o alto nível de estoques. Como prevê um novo ciclo para o mercado automotivo - ainda de crescimento, porém bem mais modesto -, Golfarb mostrou preocupação de que haja ociosidade nas fábricas em razão dos altos investimentos anunciados pelas montadoras no Brasil recentemente.

Num ambiente de pré-reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) e expectativas sobre o futuro da política de estímulos à economia nos EUA, os mercados da Europa fecharam nesta quinta-feira, 12, com perdas pela terceira vez seguida nesta semana. Nesta quinta-feira, a cautela foi impulsionada por dados mistos de dois indicadores da economia norte-americana e as expectativas de uma possível aprovação do orçamento do país dos próximos dois anos no Congresso, que deve ocorrer até o fim do dia. Na Europa, a influência negativa partiu dos comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e o desemprego industrial fraco na zona do euro. O índice Stoxx Euro 600 fechou em queda de 1%, aos 310,24 pontos.

Após o acordo firmado há dois dias entre democratas e republicanos para o orçamento de 2014, o mercado espera com confiança uma aprovação ainda nesta quinta da proposta na Câmara dos Representantes. Os investidores sustentam as apostas de o que o Fed iniciará a retirada da política de estímulos no curto prazo, com possibilidade de isso ocorrer na reunião de terça, 17, e quarta-feira, 18. Essa cautela, que perdura há duas semanas nas bolsas do Velho Continente, novamente fez os mercados operarem com certa precaução, o que pressionou os principais índices para o terreno negativo.

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"A aprovação das diretrizes para o orçamento do outro lado do Atlântico evitaria as famosas disputas entre republicanos e democratas que colocam os nervos à flor da pele nos mercados", diz a analista da corretora IG Markets Soledad Pellón. "Ao mesmo tempo, essa boa notícia é interpretada negativamente nas bolsas porque o acordo aumenta a possibilidade de que o Federal Reserve comece a reduzir os estímulos", completa.

Ainda dos EUA, recentes indicadores econômicos também fortaleceram a especulação sobre a redução da compra de bônus mensal. As vendas no setor varejista subiram 0,7% em novembro ante outubro, o melhor resultado desde junho. A previsão dos economistas era de um avanço menor, de 0,6%. Contudo, o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 68 mil na semana passada, a 368 mil, ante uma projeção de 328 mil.

Na Europa, o BCE divulgou um boletim mensal no qual reitera que a política monetária continuará acomodatícia pelo tempo que for necessário, fazendo coro aos comentários de membros do Conselho Executivo da instituição, assim como de Draghi. O presidente do BCE, inclusive, disse nesta quinta que ainda existem riscos para a economia da zona do euro e que o bloco está sujeito a ter um período prolongado de inflação baixa, embora sem riscos de uma deflação. Draghi reforçou também que o BCE ainda dispõe de instrumentos para agir, se necessário.

Os últimos números da indústria da zona do euro reafirmam a visão dele. De acordo com a Eurostat, a produção industrial do bloco caiu 1,1% em outubro ante setembro e subiu 0,2% na comparação, ficando aquém das expectativas. Analistas previam um avanço mensal de 0,2% e ganho anual de 1,1%.

A Bolsa de Londres quase fechou no menor nível dos últimos dois meses. O índice FTSE caiu 0,96%, aos 6.445,25 pontos, pressionado pelos bancos. As ações do Royal Bank of Scotland recuaram 2,81%, enquanto o Barclays perdeu 2,23%. As ações da empresa Sports Direct International caíram 12,58% depois que o diretor da companhia, Bob Mellors, afirmar que se aposentará no fim de 2013 por motivos de saúde.

Em Frankfurt, o índice DAX encerrou com queda de 0,7%, aos 9.017 pontos. As ações do Commerzbank perderam 2,5% e os papéis do K+S caíram 2,3%, acompanhando a Infineon que teve queda de 2,3% nas suas ações. Já os papéis do Metro AG tiveram alta de 3,13% depois que a companhia previu um leve crescimento nas venda para o ano fiscal de 2014.

Na França, a Bolsa de Paris teve a menor perda entre os mercados da região, e caiu 0,43%, aos 4.609,12 pontos. As ações da Peugeot foram o destaque negativo da sessão, após anunciar uma baixa contábil de 1,1 bilhão de euros. As ações caíram 7,7%. O banco Credit Agricole também registrou queda nas ações de 1,6%.

O índice IBEX35 terminou a sessão com perdas de 0,93%, aos 9.272,10 pontos. Os bancos também foram o destaque negativo na Espanha. Os papéis do Santander recuaram, 1,45%, acompanhando a queda de 1,57% das ações do Bankinter e de 1,80% do Banco Popular Español. Houve recuo também nas ações da ArcelorMittal, que perderam 1,85%.

Em Milão, o índice FTSEMIB caiu 0,94%, aos 17.804,87 pontos. O perdedor da sessão foram os papéis do Banco Popolare, que caíram 2,54%. As ações do Intesa Sanpaolo cederam 1,19% e do Unicredit recuaram 1,08%. Em Portugal, o índice PSIS20 fechou na mínima do pregão, com queda de 1,28%, aos 6.378,58 pontos.

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta quarta-feira (11), devolvendo os ganhos da sessão desta terça-feira (10). Os preços tiveram pressão de um grande aumento na semana dos estoques de gasolina, apesar da segunda semana consecutiva de queda dos estoques de petróleo.

O contrato de petróleo para janeiro fechou em baixa de US$ 1,07 (1,09%), a US$ 97,44 por barril na Nymex. Já o petróleo do tipo brent para janeiro encerrou com alta de US$ 0,32 (0,29%), a US$ 109,70 por barril na ICE. Os estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos caíram 10,585 milhões de barris na semana encerrada na sexta-feira, 6, para 375,246 milhões de barris.

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Essa foi a segunda queda consecutiva nos estoques após dez semanas seguidas de elevações. A previsão de analistas consultados pela Dow Jones Newswires era de queda bem menor, de 2,5 milhões. Os estoques de gasolina, porém, avançaram 6,717 milhões de barris, para 219,149 milhões de barris, em comparação com a previsão de alta de 1,8 milhão de barris.

Além disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) confirmou hoje que o mercado está bem abastecido e com ampla oferta. Em seu relatório mensal, a AIE disse que a produção total de países de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está caminhando para o maior ganho porcentual anual desde 2002.

As oscilações nos últimos meses na folha de pagamento na indústria refletem o menor dinamismo no mercado de trabalho do setor, afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os cinco meses consecutivos de recuo nos postos de trabalho e no número de horas pagas no parque industrial do País explicam a queda de 0,8% na folha de pagamento real da indústria em outubro ante setembro.

Nos meses em que há aumento significativo, como o avanço de 1,6% registrado no mês anterior, o resultado é explicado pelo pagamento de participação de lucros e resultados, sobretudo nos setores de petróleo e minério de ferro, contou Macedo.

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"Quando a gente olha no acumulado do ano, a folha de pagamento permanece positiva, mas mês a mês vem mostrando crescimento menor, dando conta desse movimento do mercado de trabalho menos dinâmico", disse o gerente do IBGE. A folha de pagamento cresce 2,3% de janeiro a outubro.

Segundo Macedo, o mercado de trabalho na indústria responde a uma atividade industrial que, embora tenha mostrado uma sequência de três meses de resultados positivos, permanece com o saldo da produção nos últimos seis meses ainda negativo. "Ou seja, tem uma melhora da produção industrial na margem, mas isso ainda não é suficiente para ter um reflexo positivo dentro do mercado de trabalho", ressaltou o gerente do IBGE.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse recentemente que a restrição da oferta de crédito pode estar sendo um fator importante para um PIB mais fraco que o esperado neste ano. Os números e as pesquisas do Banco Central de fato mostram que 2013 caminha para fechar com o pior desempenho do crescimento do crédito dos últimos quatro anos. Mas mostram que, além da restrição da oferta, que tem afetado mais as empresas, a demanda também começa a arrefecer, principalmente pelo lado das famílias.

Em termos reais, a taxa de crescimento do crédito ao consumo e para empresas foi de 2,2% até o mês de outubro, uma das mais baixas dos últimos oito anos, segundo dados da Federação do Comércio (Fecomércio-SP). O número leva em conta o crédito com recursos livres, ou seja, sem linhas com captação direcionada como as de crédito imobiliário.

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Essa base mostra que as famílias contrataram 10% mais crédito, em ritmo inferior a anos anteriores, e o desembolso para financiamento a empresas não só não cresceu como caiu. Sem descontar a inflação, o crédito a pessoas jurídicas cresceu apenas 3,7%, em 12 meses, até outubro.

A economista Zeina Latif, da Gibraltar Consulting, diz que os bancos, principalmente os privados, vêm restringindo o crédito desde 2011, com o objetivo de controlar a inadimplência. E isso de fato aconteceu, tanto que em 2013 o índice do crédito ao consumo caiu para 3,6%, um dos mais baixos dos últimos anos.

A questão agora, segundo ela, é que as famílias não conseguiram reduzir a inadimplência em outras contas e por isso estão buscando menos crédito. "O endividamento está muito elevado, tem uma inflação incomodando e os ganhos salariais também ficaram mais modestos, então o consumidor se retrai", diz Zeina.

Movimentos

A pesquisa trimestral de crédito do Banco Central, feita com instituições financeiras, mostra que podem ser identificados dois movimentos entre um público e outro. Enquanto para as empresas a demanda foi maior do que a oferta, confirmando em parte a percepção do ministro Mantega, por outro a demanda por crédito ao consumo começou a cair e a oferta se manteve.

A expectativa é de que, para 2014, pelo fato de a inadimplência ter sido controlada neste ano, os bancos comecem a ampliar a oferta de uma importante linha de crédito: a de financiamento de automóveis. Esse tipo de crédito teve queda de 5% neste ano, reflexo da alta inadimplência em anos anteriores.

O economista da LCA, Wermeson França, diz que, com o ajuste dos bancos nessas carteiras, o financiamento para automóveis tende a crescer até 7% no próximo ano. Mesmo assim, a LCA prevê que, em geral, em 2014, haverá novo aperto.

Pelas estimativas da consultoria, feita com base nos dados do Banco Central, a expectativa é de que termine com crescimento de 15,5%, o pior desempenho desde 2009. Esse número leva em conta o financiamento imobiliário, crédito rural e BNDES.

O resultado só não será pior do que o daquele ano porque os bancos públicos continuaram financiando a expansão com altas taxas de crescimento. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, vinha num ritmo de 40% até setembro. O Banco do Brasil ultrapassava os 20%. Mas grande parte dessa evolução se explica pelo crescimento do chamado crédito direcionado.

O assessor econômico da Fecomércio, Altamiro Carvalho, diz que o crédito imobiliário cresceu mais de 30% neste ano e pode explicar em parte por que as famílias estão buscando menos crédito para consumo. Ele diz que os números do BC mostram que os novos empréstimos têm crescido em ritmo mais forte do que o saldo da carteira, ou seja, as famílias estão pagando contas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em forte alta nesta terça-feira (10), no maior nível em três semanas. O metal precioso foi impulsionado pela queda do dólar e pelos ajustes de posições antes da reunião do Federal Reserve e do fim do ano.

O contrato mais negociado do ouro, para entrega em fevereiro, fechou em alta de US$ 26,90 (2,2%), a US$ 1.261,10 a onça-troy, maior nível desde 19 de novembro. O ouro vem se recuperando das baixas recentes em meio à especulação de que o Federal Reserve não deve fazer grandes alterações no seu programa de compras de bônus. Além disso, segundo analistas, com a aproximação da reunião, investidores que apostaram em preços mais baixos estão deixando o mercado, temendo que o FED não aja em dezembro.

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Para Jonathan Citrin, presidente do CitrinGroup, os preços do ouro ficaram muito baixos para os traders evitarem o metal. "Após ter testado mínimas no início do mês, o ouro se recuperou", disse ele.

O dólar terminou a sessão desta terça-feira (10), em queda após bater mínimas à tarde, reagindo às declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no Senado, e também influenciado pelo exterior.

O presidente do BC reafirmou na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) sua determinação em manter o programa de proteção cambial em 2014, com ajustes. Tombini disse também que "não adianta dar competitividade com o câmbio e tirar na outra mão com mais inflação". O comentário fez com que o dólar nos mercados futuro e à vista caísse às mínimas da sessão. A moeda chegou a ser cotada em R$ 2,3060 no balcão, com queda de 0,60%.

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A percepção de operadores até o momento, no entanto, é de que o BC só deve definir as mudanças que serão feitas no programa de oferta de hedge cambial após a decisão do Federal Reserve, nos próximos dias 17 e 18. O mercado espera detalhes de como serão as intervenções no câmbio em 2014 desde que Tombini afirmou, na sexta-feira passada, que o BC daria sequência ao programa, mas "com ajustes".

O declínio do dólar internamente também refletiu leilões de swap cambial do Banco Central, além da queda da moeda no exterior em meio a dados econômicos da China, que sugeriram que a economia continua em expansão, favorecendo assim moedas com forte relação com commodities. No leilão diário de swap, o BC vendeu o lote total de cerca de US$ 496,6 milhões. À tarde, a autoridade fez a segunda tranche de rolagem do vencimento de US$ 9,9 bilhões em swap cambial em 2 de janeiro.

Nesse cenário, o dólar à vista no balcão fechou em queda de 0,52%, a R$ 2,3080. Por volta das 16h40, o giro estava próximo de US$ 882,99 milhões.No mercado futuro o dólar para janeiro recuava 0,47%, a R$ 2,3190. O volume de negociação estava em torno de US$ 12,08 bilhões.

Duas entrevistas recentes publicadas no jornal Folha de São Paulo despertaram a minha atenção. Josué Gomes da Silva, filho do ex-presidente José de Alencar e presidente da Coteminas, frisou, em entrevista no dia 25/11/2013, que faltam ao governo Dilma Rousseff previsibilidade e transparência na economia. Nilson Teixeira, economista-chefe do banco Credit Suisse, em 01/12/2013, afirmou que investimento em educação precisa ser prioridade.

Concordo com as referidas afirmações dos autores destacados. A presidente Dilma Rousseff optou, no início do seu governo, por desenvolver o capitalismo de Estado. Com isto, todas as ações voltadas para o desenvolvimento econômico, inclusive no âmbito da infraestrutura, precisaram, necessariamente, passar pelo crivo de variados ministérios. Tal decisão acarretou desconfiança dos empresários, já que a liberdade de agir, sob a observação do estado, é característica da atividade empresarial. Mas, o governo Dilma escolheu a ação e não apenas a observação.

Além disto, desde o início do governo Dilma, críticas ao desempenho do Banco Central foram feitas por empresários, economistas e jornalistas especializados em economia. As críticas versavam sobre a independência do Banco Central para tomar atitudes que tivessem como objetivo a busca pelo desempenho econômico pujante do país. A desconfiança, que sempre existiu por parte do setor produtivo, foi quanto à falta de transparência na relação entre governo e presidência do Banco Central. A ausência da transparência possibilitava desconfiança no que concerne ao futuro da economia brasileira.  

A atividade empresarial requer riscos. Entretanto, eles podem estar atrelados a níveis de previsibilidade. Neste sentido, empresários desejam saber claramente se a opção do governo é o controle da inflação, a parceria público-privada na execução de obras públicas e qual será o nível dos gastos públicos num estágio de reduzido crescimento econômico. Quando os governos sinalizam quais são os seus objetivos, empresários descobrem por qual caminho trilhar.

Reconheço, que desde o início do segundo semestre, a presidenta Dilma Rousseff dá sinais claros e positivos ao setor produtivo brasileiro. Ela fez a opção de controlar a inflação. A prova disto é de que não mais existem cerimonias para o aumento de juros, caso seja necessário. As concessões de estradas e aeroportos para a iniciativa privada têm apresentado sucesso, inclusive, trazendo lucro para a União, como foi o caso da concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Portanto, parece-me que o Brasil viverá uma nova etapa em 2014.

Por outro lado, não devemos esquecer dos investimentos em educação. O Pronatec foi criado. O Bolsa Família ampliado. Ambos representam incentivos para a qualificação dos brasileiros. Entretanto, o Brasil precisa de mais. É necessário pensar a formação de uma concertacion entre prefeitos, governadores e presidente da República para que, juntos com a iniciativa privada, o Brasil conquiste melhores índices educacionais em relação a outros países.

Debater a economia é necessário. Mas, antes deste debate ou atrelado a ele, observo que devemos discutir a educação. Pois sem profissionais qualificados, o desempenho da economia brasileira não será inclusivo. Será apenas para alguns.  

A carteira de crédito da Caixa Econômica Federal deve crescer acima dia 20% em 2014, expansão que, se confirmada, ficará abaixo do avanço esperado para este ano, de cerca de 38%, segundo o presidente do banco, Jorge Hereda. "O crescimento deve ser menor porque a expansão da carteira de crédito do banco já atingiu tamanho compatível ao da Caixa", avaliou ele, em conversa com a imprensa.

A originação de crédito na Caixa, conforme Hereda, deve subir de 10% a 15% no próximo exercício. O banco está, segundo ele, fechando o seu orçamento esta semana e os números tem como base a capacidade de expansão da instituição. "Não estamos contando com aporte do Tesouro", destacou o presidente da Caixa, acrescentando que a carteira do banco está em R$ 463 bilhões.

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Sobre os índices de inadimplência, ele afirmou que os calotes devem seguir reduzindo no sistema enquanto que na Caixa podem ter alguma elevação em meio à mudança de mix da carteira do banco com crescimento do crédito comercial. Ainda assim, garantiu Hereda, o indicador deve ficar abaixo do sistema em 2014.

O presidente da Caixa afirmou ainda que os bancos estão preocupados com os planos econômicos. Ele disse que espera um desfecho no início de 2014 e que seja reconhecido o volume "muito grande" de recursos. "Os bancos não lucraram com isso", concluiu ele, que participa de uma premiação nesta noite.

Pré-candidato ao governo de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB), durante uma conversa nesta segunda-feira (9) com os jornalistas frisou que o estado tem sofrido uma “desaceleração do crescimento”. De acordo com ele o governo não soube manter nem ampliar o nível de investimento local em 2013. 

“Tem uma certa explicação, por exemplo, as exportações de Pernambuco foram mal e outra questão também, que os economistas chamam de hiato de produção, é o fim de obras como a Refinaria. A obra está terminando e, portanto, não afeta mais economicamente e o produto daquela obra ainda não entrou em curso”, analisou Monteiro, elencando ainda as possíveis soluções.

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“Precisamos manter o nível dos investimentos privados, do Governo Federal e do Governo Estadual. Primeiro manter os investimentos, segundo para o investimento privado chegar precisa ter uma política industrial, um clima de negócio bom no estado, oferecer e manter para crescer no futuro. Tivemos um bom clima, tanto é que os investimentos chegaram. O desafio é manter e ampliar”, completou. 

Questionado se com o fim da aliança do PSB, liderado pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), a imersão de recursos federais no estado iria reduzir, o senador frisou que “o governo federal não discrimina Pernambuco”.  “As obras federais precisam ser concluídas em qualquer hipótese, mas para ampliar a infraestrutura vamos precisar de mais do Governo Federal”, disse. 

 

O forte aumento de 35% nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de janeiro a outubro deste ano frente ao mesmo período de 2012, para R$ 146,8 bilhões, leva o banco de fomento a acreditar que irá superar tranquilamente a meta fixada para este ano. "A meta de R$ 190 bilhões deve ser atingida com tranquilidade", afirmou o superintendente da Área de Planejamento do BNDES, Cláudio Leal, em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

De acordo com o banco, todos os setores registram desempenho positivo nesses 10 primeiros meses do ano. Os desembolsos para infraestrutura cresceram 31%, para R$ 47,3 bilhões. Para indústria, o aumento foi de 19%, para R$ 44,7 bilhões. Para comércio e serviços, a alta foi de 52%, para R$ 40 bilhões. Os desembolsos para agropecuária tiveram incremento de 73%, para R$ 14,8 bilhões. "Isso revela uma carteira e uma disposição ao investimento que é bastante expressiva", afirmou o executivo.

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Segundo Leal, os dados apurados pelo banco sinalizam que o setor de infraestrutura está dando sinais de que vai começar a viver um ciclo relevante de investimentos, marcado por uma base diversificada de projetos, sobretudo a expansão dos setores ligados à infraestrutura logística. "Quando abrimos os dados sobre o setor de energia elétrica, víamos em alguns momentos que estávamos desembolsando mais dinheiro para energia eólica do que hidrelétricas", acrescentou.

No caso da agropecuária, o executivo disse que o aumento dos desembolsos reflete essencialmente a safra agrícola recorde deste ano, o que impulsionou a demanda por equipamentos agrícolas e por caminhões. Os desembolsos para a compra de tratores, colheitadeiras, implementos agrícolas, entre outros, cresceram 96,5% entre janeiro e outubro de 2013 e igual período do ano passado, para R$ 11,5 bilhões.

Prioridades - Leal informou ainda que o BNDES irá rever as suas políticas de crédito para todos os setores para adequar a sua capacidade de financiar a economia brasileira à crescente demanda dos investidores. "Está claro a essa altura que, para dar conta desse volume de investimentos à frente, sobretudo em logística e infraestrutura, vamos ter que calibrar os nossos porcentuais de apoio, de formar a deixar muito claro quais são as prioridades", disse.

Os níveis crescentes de financiamento tem feito com que o Tesouro Nacional injete cada vez mais recursos no banco de fomento, o que tem um efeito colateral ao aumentar o custo fiscal dessas operações para o governo federal.

"Essa calibragem tem que ser feita com sabedoria, já que o desafio é fazer isso ao mesmo tempo em que se mantêm os investimentos", afirmou Leal. "O que estamos fazendo é convocar o mercado financeiro, os investidores e o mercado de debêntures para participar desse esforço de financiamento do investimento de longo prazo", acrescentou.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em alta nesta segunda-feira (9), impulsionados pelos discursos de Jeffrey Lacker, presidente do Federal Reserve de Richmond, e James Bullard, presidente da regional de St. Louis. Os dois representantes do banco central norte-americano esperam que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) comece a discutir a redução de estímulos à economia já na reunião de dezembro.

O contrato mais negociado do ouro, para entrega em fevereiro, fechou com ganhos de US$ 5,20 (0,4%), a US$ 1.234,20 onça-troy, se recuperando das perdas de 1,7% na semana passada.

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Lacker, que não vota no Fomc em 2013 e 2014, fez previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em "pouco acima de 2%" no próximo ano e uma expansão nos empregos de 1%. Segundo a autoridade, quando o Fomc se encontrar na próxima semana, ele espera "uma discussão sobre a possibilidade de reduzir o ritmo de compra de ativos. A questão crucial, na minha visão, é até que ponto os benefícios de um estímulo monetário maior podem superar os custos".

Na mesma linha, James Bullard disse que as melhoras no mercado de mão de obra nos EUA estão, claramente, fazendo crescer a probabilidade de o Fed começar em breve a reduzir seu programa de estímulo à economia. "Os resultados recentes do mercado de mão de obra parecem sugerir que os próximos meses mostrarão uma melhora contínua. Com base apenas nos dados do mercado de mão de obra, a probabilidade de redução no ritmo de compras de ativos cresceu", afirmou Bullard.

Os juros futuros fecharam em queda nesta segunda-feira (9), acompanhando a retração do dólar ante o real. A redução nas projeções dos analistas do mercado financeiro para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, na pesquisa Focus, ajudou, ainda que pontualmente. Além disso, discursos de dirigentes do Federal Reserve mantiveram os investidores cautelosos sobre os próximos passos da autoridade monetária norte-americana.

A pesquisa Focus mostrou que os analistas reduziram as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 de 5,81% para 5,70%. A previsão referente aos próximos 12 meses também perdeu força, passando de 6,09% para 6,04%. A projeção para a inflação em 2014 seguiu em 5,92%. A previsão de crescimento da economia brasileira em 2013 foi revisada de 2,50% para 2,35%.

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Nesta segunda a presidente Dilma Rousseff disse, no Rio de Janeiro, que a solidez das finanças públicas e o controle da inflação são pilares da economia. Ela afirmou que a relação dívida pública em relação ao PIB chegou a um dos menores níveis em 2013, de 35%. Dilma também destacou que a inflação fechou 2012 e vai encerrar 2013 em um nível de estabilidade, em torno de 5,8%, mantendo-se dentro da meta traçada nos últimos dez anos.

No cenários externo, os discursos de três dirigentes do Fed concentraram a atenção do mercado. O presidente da distrital de Richmond, Jeffrey Lacker, disse que quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se encontrar, na próxima semana, deve haver uma discussão sobre a possibilidade de reduzir o ritmo de compra de ativos.

Já o presidente da regional de Saint Louis, James Bullard, reconheceu que dados positivos sobre o mercado de trabalho divulgados recentemente aumentam as chances de uma redução nos estímulos. O presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, discursa sobre tendências bancárias no fim da tarde.

Ao término da sessão regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato futuro de juro para abril de 2014 (72.605 contratos) estava em 10,07%, de 10,08% no ajuste anterior. O juro para janeiro de 2015 (151.040 contratos) indicava 10,58%, de 10,63% na sexta-feira. Na ponta mais longa da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (146.845 contratos) apontava 12,15%, ante 12,25%. A taxa do DI para janeiro de 2021 (4.680 contratos) marcava 12,75%, de 12,78% no ajuste anterior.

A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, 09, em evento do Bill Clinton Global Initiative, no Rio de Janeiro, que a solidez das finanças públicas e o controle da inflação são pilares da economia. A relação dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB) chegou a um dos menores níveis em 2013, de 35%, segundo a presidente, que também destacou que a inflação fechou 2012 e vai encerrar 2013 em um nível de estabilidade, em torno de 5,8%, mantendo-se dentro da meta traçada nos últimos dez anos. Ela disse que, de devedor, o Brasil passou a condição de credor e hoje possui US$ 375 bilhões de reservas.

No discurso, Dilma afirmou também que o Brasil se torna, cada vez mais, uma terra de oportunidades. "Somos o terceiro país que mais atrai Investimento Estrangeiro Direto (IED). Estamos só atrás de Estados Unidos e China, segundo a Unctad (Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento)."

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Ela ressaltou, porém, que isso não significa que todos os problemas brasileiros estão resolvidos. "Por muitos anos, o Brasil foi pensado como um país pequeno. (Agora) temos enormes desafios, (uma vez que) pagamos por décadas de omissão na infraestrutura energética." Ela disse também que por muitos anos o Brasil não se voltou para vizinhos da América do Sul e Caribe.

A presidente destacou os investimentos na melhoria de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, além do leilão do Campo de Libra de petróleo, que trará nos próximos 35 anos mais de R$ 1 trilhão de receita ao País. E destacou a recente inclusão social como um fator dinamizador da economia nacional. "A atual expansão não se faz às custas de desigualdade social", disse.

Na última década, segundo ela, foram criados 20 milhões de empregos formais. "Todo esse processo, aliado à democratização do crédito, contribuiu para a construção de um mercado de consumo de massa."

Sobre a integração regional da América Latina, Dilma afirmou que não pode sacrificar os interesses específicos dos países da região. "A verdadeira integração, além de pregar a solidariedade, supõe respeito à soberania nacional", afirmou em seu discurso. Mas destacou que o dinamismo econômico e social está disseminado em todo o continente americano.

A Petrobras informa que a Aberdeen Asset Managers Limited passou a gerir 14.921.770 ações preferenciais e 132.582.245 ADRs (equivalentes a 265.164.490 ações preferenciais), do capital social da estatal, o que é equivalente a 5,00% do total de ações preferenciais emitidas pela companhia. O fundo aumentou o volume sob sua gestão em 148.900 ADRs, em 4 de dezembro.

Na semana passada, a Aberdeen havia reduzido sua participação acionária para menos de 5% das ações preferenciais de emissão da companhia. Na ocasião, o diretor chefe de Investimentos do fundo para o Brasil, Nick Robinson, havia dito que a redução havia sido pequena e tinha mais a ver com movimento de investidores estrangeiros em mercados emergentes do que com a avaliação do grupo sobre a empresa. "O movimento não é reflexo sobre como avaliamos a Petrobras", disse.

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A Aberdeen não detém debêntures (obrigações de renda fixa) conversíveis em ações da Petrobras, nem firmou acordo que contenha disposições sobre os direitos de voto ou a compra e venda de títulos emitidos pela Petrobras.

O mês de novembro apresentou queda nos pedidos de falência, de acordo com o indicador Serasa Experian. Após o registro do maior número de requerimentos do ano, em outubro, num total de 181 pedidos, em novembro houve uma queda, com 131 requerimentos, número pouco maior que o do mesmo período no ano passado, em que foram contabilizados 136 pedidos.

Ainda de acordo com o indicador, dos pedidos registrados, 75 foram de micro e pequenas empresas, 27 de médias e 29 de grandes. De acordo com os economistas da Serasa, um dos motivos para esta queda foi a menor quantidade de dias úteis em relação a outubro (20 contra 23) e a continuidade de recuo nos níveis de inadimplência dos consumidores.

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Para se chegar a este número, a Serasa faz um levantamento mensal, segmentado por porte, das estatísticas de falência e recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da instituição, proveniente de fóruns, varas e falência e Diários Oficias de vários estados.

Com informações da assessoria

Os preços do petróleo tiveram uma alta modesta depois da divulgação dos indicadores do nível de emprego e de sentimento do consumidor dos EUA, mas acumulam uma alta de 5,3% na semana. Na quinta-feira (5), os preços haviam subido em reação à revisão para cima dos dados do crescimento do PIB dos EUA no terceiro trimestre e à queda no número de pedidos de auxílio-desemprego; na quarta, o mercado havia reagido positivamente ao informe de que os estoques se reduziram na semana passada, pela primeira vez depois de 11 semanas de crescimento.

"A semana toda foi um 'crescendo' de qualidade nas boas notícias, culminando com os dados do nível de emprego, que realmente confirmam que os EUA estão vivendo um equilíbrio melhor entre expansão industrial e gastos do consumidor", comentou o estrategista Richard Hastings, da Global Hunter Securities.

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Na Nymex, os contratos de petróleo para janeiro fecharam a US$ 97,65 por barril, em alta de US$ 0,27 (0,28%). Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para janeiro fecharam a US$ 111,61 por barril, em alta de US$ 1,92 (1,75%).

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em leve queda nesta sexta-feira (6), sem conseguir apagar toda a perda registrada após o relatório de emprego mais forte que o esperado dos EUA.

O contrato mais negociado do ouro, para entrega em fevereiro, fechou em baixa de US$ 2,90 (0,2%), a US$ 1.229,00 a onça-troy. Na semana, o metal precioso perdeu 1,7%. Os preços do ouro revezaram perdas e ganhos, com os investidores questionando o momento da redução de estímulos do Federal Reserve.

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Segundo o Departamento de Trabalho norte-americano, os EUA criaram 203 mil empregos em novembro, mais do que as 180 mil vagas previstas por analistas. Por outro lado, a criação de vagas em outubro foi revisada para baixo, a 200 mil, da leitura inicial de 204 mil. A taxa de desemprego dos EUA caiu para 7,0% no mês passado, o menor nível em cinco anos, ante 7,3% em outubro e abaixo da previsão de 7,2%.

O indicador de empregos coroou uma série recente de números positivos dos EUA que tendem a estimular o Fed a iniciar o desmonte de sua política de relaxamento quantitativo, baseada principalmente em compras mensais de US$ 85 bilhões em bônus.

O ouro caiu para US$ 1.210,10 a onça-troy em resposta ao indicador, abaixo do menor fechamento do ano a US$ 1.211,60 a onça-troy. Mas em seguida os preços se recuperaram em meio à possibilidade de as expectativas de uma mudança na política monetária do Fed neste mês serem prematuras.

"Muitas pessoas estão antecipando uma redução de estímulos, o que pode não ocorrer no curto prazo", disse Adam Klopfenstein, estrategista da Archer Financial Services em Chicago, acrescentando que essa perspectiva ajudou os preços do ouro hoje.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou nesta quinta-feira, 5, regulamento que permitirá ao órgão assinar Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) com as prestadoras de serviços de telecomunicações. Na prática, o órgão regulador poderá trocar multas por compromissos de investimentos por parte das companhias.

Para o conselheiro relator do caso, Rodrigo Zerbone, o mecanismo é um incentivo para que as empresas de fato corrijam os problemas identificados pela Anatel nos serviços prestados aos consumidores, ao invés da continuidade de disputas jurídicas em torno das multas aplicadas. "Mas é preciso que o TAC traga algum ônus para as empresas, para que o descumprimento de obrigações não continue sendo rotineiro, como é hoje", disse Zerbone.

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Após aprovada a celebração do TAC, as empresas terão até 30 dias para assinar e pagar 10% do valor acordado, quando for o caso. Os acordos irão determinar metas e condições para corrigir e prevenir os problemas identificados, que terão prioridade sobre os compromissos adicionais de investimentos. "A reparação dos usuários prejudicados não poderá demorar mais do que seis meses", acrescentou Zerbone.

Os compromissos adicionais dos acordos, que deverão ser cumpridos em no máximo quatro anos, não precisam ter relação com as infrações cometidas pelas empresas e poderão se enquadrar em dois grupos. O primeiro trata da concessão de benefícios - verificáveis financeiramente - aos usuários, como descontos (equivalentes a no mínimo 50% do total das multas em processos em grau recursal, ou 25% em processos de primeira instância).

O segundo tipo de compromisso adicional é a execução de projetos de investimentos que não gerem necessariamente lucros para as companhias (equivalentes a no mínimo 80% do total das multas em processos em grau recursal, ou 40% em processos de primeira instância). "A implantação de projetos estratégicos para a redução de desigualdades regionais e sociais no acesso a serviços de telecomunicações também será considerada como ponderação para esses valores", explicou o relator.

Normas - O regulamento de TACs determina que os acordos só poderão firmados em processos ainda em tramitação no âmbito da Anatel. Mas os valores das multas aplicadas e estimadas continuarão como referência para os casos de descumprimento dos TACs. Para casos já julgados e que porventura tenham ido parar na Justiça, a competência para a assinatura de TACs passa a ser da Advocacia Geral da União (AGU).

Também não serão admitidos acordos por oito anos quando a empresa já tiver descumprido mais de 50% dos compromissos de um TAC anterior. Quando o descumprimento for menor do que 50% do acordo, a proibição para celebração de novos Termos será de quatro anos, bem como quando a Anatel identificar má-fé da companhia em um TAC anterior.

O regulamento veda ainda a formação de um novo acordo para correção de compromissos já firmados, o chamado "TAC do TAC". Além disso, se a empresa desistir de um acordo no fim da tramitação do TAC, esses processos específicos não poderão mais ser negociados conforme o regulamento e irão para a tramitação normal, com julgamento pelo conselho diretor da agência.

Devido à esperada demanda de apresentação de propostas de acordos após a aprovação do regulamento, o processos protocolados nos primeiros quatro meses de vigência das normas ficarão isentos do pagamento de sinal de 10% no ato da celebração do TAC e o prazo para negociação e análise técnica dos compromissos será maior, de 210 dias, prorrogáveis por igual período. Após essa fase inicial, o prazo de negociação será de 120 dias, prorrogáveis por mais 120.

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