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Mesmo com as rusgas na sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, na manhã desta quarta-feira (4), em entrevista à Rádio Eldorado, que o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, teria lhe garantido o apoio do ex-presidente à sua campanha pela reeleição. O prefeito disse que sempre deixou "muito claro" que gostaria da aliança e acrescentou que é preciso ter uma união do centro, que seria seu campo, com a direita, para vencer o que chamou de "extrema-esquerda", em crítica a Guilherme Boulos (PSOL), seu principal concorrente na disputa pela Prefeitura.

"Ele (Valdemar) me confirmou que o assunto estava superado, martelo batido, e estaria caminhando junto com a gente, e portanto, a outra opção de candidatura estava descartada", disse o prefeito. Desta forma, ficaria de fora a possibilidade de Ricardo Salles (PL) ser o nome de Bolsonaro na disputa. Salles - que recebeu uma série de sinalizações positivas do ex-presidente - ainda espera uma posição de Bolsonaro para definir seus próximos passos, como mostrou o Estadão/Broadcast.

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Sobre Boulos, o prefeito já deu o tom da campanha e fez uma série de críticas, apesar de não citar nominalmente o adversário. "Uma pessoa que é bastante agressiva, que tem um histórico de invasões, que fez esse trabalho junto com os sindicatos do Metrô de separar a cidade, criou o caos na cidade, trabalhando por trás de forma oculta, sem nenhuma experiência", disse.

Apoio de Bolsonaro não estaria condicionado à indicação de vice

O prefeito afirmou que não ouviu de Bolsonaro que seu apoio estaria condicionado à indicação de vice. Para este tema, Nunes disse que pretende ouvir o conjunto de partidos para definir o nome, mas que a opinião de Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) terão "muito peso".

Como mostrou o Estadão, a intenção de Bolsonaro é indicar alguém do seu "núcleo duríssimo" para compor a chapa.

Marta Suplicy

O prefeito Ricardo Nunes voltou a minimizar as articulações do PT para que sua secretária de Relações Internacionais, Marta Suplicy, seja a vice de Boulos na corrida pela Prefeitura da capital paulista. Na entrevista à Rádio Eldorado o prefeito afirmou que não vê a chapa como algo concreto e disse que "uma mudança tão radical" por parte da secretária não faria sentido.

"Não tive por parte da Marta nenhuma ligação, nenhum comentário sobre isso, são coisas que saíram da imprensa, bastante barulho. Dela, que é minha amiga pessoal, tem uma amizade pessoal com a minha esposa, que a gente se conhece há tantos anos, ela não me falou nada", disse o prefeito." Então para mim é algo que não estou levando como concreto", continuou.

Nunes chegou a acrescentar que não pretende procurar a secretaria para tratar sobre o assunto assim que ela voltar de férias, no próximo dia 15. "Não vejo porque eu teria que procurá-la uma vez que ela mesma não citou para mim com relação a esse tema".

Como mostrou o Estadão, a possível aliança entre Nunes e o ex-presidente Bolsonaro seria o incentivo que faltava para Marta voltar a integrar as fileiras do PT. Nunes negou o tema e afirmou que a busca por apoios é um processo natural.

O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em campo para articular a chapa, já que a indicação de vice na chapa de Boulos é uma prerrogativa do PT. Os dois, Marta e Lula, teriam conversado por telefone, mas ainda não se tem notícia sobre um encontro pessoalmente para acertar os detalhes dessa aliança.

As eleições municipais de 2024 ocorrerão no dia 6 de outubro, o primeiro domingo do mês. Já o segundo turno, se houver, deve acontecer no último domingo do mês (dia 27), nas cidades com mais de 200 mil eleitores em que a candidata ou candidato mais votado à Prefeitura não tenha atingido a maioria absoluta, isto é, metade mais um dos votos válidos (excluídos brancos e nulos).

Cerca de 7 milhões de eleitoras e eleitores do estado de Pernambuco devem comparecer às urnas para eleger os prefeitos e vereadores em cada um dos 184 municípios pernambucanos. 

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Confira abaixo os prazos referentes a alistamento eleitoral, convenções partidárias, registro de candidatura, propaganda eleitoral e horário eleitoral gratuito. 

Alistamento eleitoral

Jovens que precisam tirar o título ou eleitoras e eleitores que desejam fazer a transferência de domicílio eleitoral ou alterar o local de votação têm até 8 de maio de 2024 para solicitar os serviços da Justiça Eleitoral. É importante que todas e todos consultem sua situação eleitoral. Caso haja pendências, a regularização deve ser requerida dentro do mesmo prazo. 

Eleitoras e eleitores poderão utilizar o autoatendimento através do site do TRE Pernambuco (www.tre-pe.jus.br) onde é possível emitir certidões, pagar multas ou solicitar alguma alteração no cadastro eleitoral.

Para acessar o atendimento remoto, clique aqui.  

O atendimento presencial, nos cartórios eleitorais e centrais de atendimento ao eleitor, deve ser feito mediante agendamento.

Para agendar, clique aqui.

Vale lembrar que o voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e facultativo para analfabetos, maiores de 70 anos e jovens maiores de 16 e menores de 18 anos. Apenas estrangeiros e conscritos (convocados para o serviço militar obrigatório) não podem alistar-se como eleitor e votar.

Convenções partidárias

De acordo com a Lei 9504/1997 (Lei das Eleições), as candidatas e os candidatos devem ser escolhidos nas convenções partidárias, que são realizadas no período entre 20 de julho e 5 de agosto no ano eleitoral. No Brasil, não há candidatura avulsa — para concorrer a pessoa deve estar filiada a um partido político.

Podem participar das eleições os partidos políticos que tenham seu estatuto registrado no TSE até seis meses antes do pleito e que, até a data da convenção, tenham órgão de direção definitivo ou provisório na circunscrição do pleito. Nas eleições municipais, a circunscrição é a respectiva cidade.

Registro de candidatura 

Definidas as candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral. Em 2024, os pedidos de registro devem ser apresentados aos juízos eleitorais (zonas eleitorais), já que a legislação estabelece que a primeira instância da Justiça Eleitoral é a responsável por receber e processar os registros dos postulantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.

Para se candidatar a qualquer dos cargos eletivos, a pessoa deve comprovar nacionalidade brasileira, alfabetização, pleno exercício dos direitos políticos, alistamento eleitoral, domicílio eleitoral  no município em que pretende concorrer há pelo menos seis meses antes do pleito e filiação partidária aprovada pelo partido no mesmo prazo do domicílio. A idade mínima exigida para candidatas e candidatos a prefeito é de 21 anos e, para a Câmara Municipal, 18.

Propaganda eleitoral 

De acordo com a Resolução TSE nº 23.610/2019, esse tipo de publicidade só pode ser feita a partir de 16 de agosto de 2024, data posterior ao término do prazo para o registro de candidaturas. Conforme o legislador, é um marco para que todos os postulantes iniciem as campanhas de forma igualitária.  Até lá, qualquer publicidade ou manifestação com pedido explícito de voto pode ser considerada irregular e é passível de multa. 

Horário eleitoral gratuito

A propaganda eleitoral no rádio e na TV se restringe ao horário gratuito, vedada a veiculação de publicidade paga. Respondem judicialmente pelo seu conteúdo a candidata, o candidato, o partido político, a federação e a coligação.

Pela legislação, a partir de 15 de agosto de 2024, a Justiça Eleitoral deve convocar partidos, federações e a representação das emissoras de rádio e televisão para elaborar o plano de mídia da propaganda. O planejamento é feito até cinco dias antes da data de início da exibição. É garantida a todos a participação nos horários de maior e de menor audiência.

A norma também especifica que a propaganda gratuita no rádio e na TV é exibida nos 35 dias anteriores à antevéspera do primeiro turno. Dessa forma, a exibição deverá começar no dia 30 de agosto e se encerrará em 3 de outubro, uma quinta-feira.

Para o horário eleitoral gratuito, serão 20 minutos diários de propaganda em rádio e 20 minutos em TV, de segunda-feira a sábado. No rádio, a veiculação será das 7h às 7h10 e das 12 às 12h10. Na TV, a exibição será das 13 às 13h10 e das 20h30 às 20h40. 

Ainda de acordo com a resolução, no pleito municipal são reservados 70 minutos diários, de segunda-feira a domingo, para a propaganda eleitoral gratuita em inserções  — publicidade veiculada nos intervalos da programação das emissoras. O tempo é dividido na proporção de 60% (42 minutos) para o cargo de prefeita ou prefeito e de 40% (28 minutos) para o cargo de vereadora ou vereador.

Os responsáveis também devem cumprir os percentuais destinados às candidaturas femininas (mínimo de 30%) e de pessoas negras (definidos a cada eleição e calculados com base no total de pedidos de registro apresentados na respectiva circunscrição).

O ano de 2024 será marcado por eleições importantes em todo o mundo. Elas deverão imprimir um novo ritmo à dinâmica das relações políticas em diversas regiões do globo.  O Brasil realizará eleições municipais. Embora o pleito não signifique mudanças contundentes na esfera federal, o presidente Lula deverá se empenhar para eleger o maior número possível de prefeitos aliados, especialmente nas capitais e em cidades com mais de 200 mil eleitores, onde pode haver segundo turno. É esperado que ele adote medidas econômicas mais populares, que beneficiem as classes C, D e E, e que possam ser utilizadas nos discursos das campanhas.  A primeira medida já foi tomada. O Governo fechou 2023 com a confirmação do novo salário-mínimo no valor de R$ 1.412. O crescimento é de 7%, comparado ao ano anterior.

Nos próximos meses, espera-se também que Lula amplie as faixas de financiamento habitacional no programa Minha Casa Minha Vida para que famílias de classe média possam receber o benefício. Ainda são aguardadas outras medidas que causem no eleitorado a sensação de crescimento da economia e da renda familiar. 

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A pressão dos candidatos nos municípios também pode contribuir para acelerar os aguardados novos avanços na legislação tributária. No fim de 2023, o Governo comemorou fortemente a aprovação da reforma tributária e, a partir de agora, o Congresso deverá realizar as discussões sobre as reformas do Imposto de Renda e da tributação da folha de pagamento; além das leis complementares para regulamentar a reforma tributária. 

Para além das fronteiras brasileiras, 2024 ainda trará outras eleições importantes. Na América Latina, países como México, Uruguai e Venezuela terão processos eleitorais para novos mandatos de presidentes. As atenções se voltam especialmente para solo venezuelano. Nicolás Maduro, que se mantém no cargo desde 2012, certamente será candidato novamente e a previsão é de um processo eleitoral tenso. Sua eleição em 2018 foi polêmica, não tendo sido reconhecida pela OEA, União Europeia, Estados Unidos e inclusive o Brasil. Nos bastidores, especula-se que as ameaças de Maduro para invasão da Guiana e tomada da região petrolífera do Essequibo seria uma manobra para que ele possa, eventualmente, interromper o processo eleitoral e se manter no poder. 

Também nesse ano que se inicia o mundo todo deverá acompanhar de perto as eleições na Rússia e nos Estados Unidos. Entre os dias 15 e 17 de março os russos vão às urnas para, muito provavelmente, reeleger Vladimir Putin. No cargo há quase 25 anos, ele é peça central no cenário político internacional, especialmente em razão da guerra da Ucrânia, sua possível interferência nos confrontos da Faixa de Gaza e a forte aliança comercial com a China. 

Se na Rússia não há perspectivas de grandes mudanças políticas, as eleições americanas prometem ter carga de emoção bem mais alta, com um provável novo confronto entre Joe Biden e Donald Trump. O embate deverá ser bastante duro e o resultado das eleições, que ocorrerão em novembro, pode mudar os rumos das relações globais de poder. Além disso, qualquer que seja o novo presidente, a expectativa é de que haja uma guinada para mudanças nas políticas fiscal e econômica dos Estados Unidos, o que pode ter impacto para o comércio exterior em todo o mundo. 

O novo ano começa envolto por grandes expectativas. Que seja um tempo de boas notícias.     

* Por Wilson Pedroso é analista político e consultor eleitoral com MBA nas áreas de Gestão e Marketing

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai recolher sugestões de pessoas e instituições públicas e privadas para aprimorar as resoluções que vão reger as eleições de 2024. As ideias podem ser enviadas por meio de um formulário que ficará disponível de 4 a 19 de janeiro no Portal do TSE, e serão debatidas em audiências públicas marcadas para os dias 23, 24 e 25 do mesmo mês, conduzidas pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia.

Entre os temas que podem receber propostas estão pesquisas eleitorais e sistemas eleitorais, registro de candidatura, Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) - o fundo eleitoral -, prestação de contas, propaganda política, entre outros.

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As audiências que debaterão as sugestões serão transmitidas ao vivo pelo canal da Justiça Eleitoral no YouTube. As pessoas que quiserem falar durante as audiências sobre suas sugestões deverão se inscrever para isso no mesmo formulário. A participação poderá ser presencial ou virtual. As audiências públicas ocorrerão a partir das 9h, no Auditório I da sede do TSE, em Brasília.

A estimativa é que cada audiência dure até duas horas e os inscritos poderão falar por cinco minutos.

Quem terá a sorte virada para a lua? Essa é uma das perguntas mais feitas por algumas pessoas que aguardam um novo ano. Ao se aproximar as festas de Réveillon, as pessoas já ficam curiosas para saberem o que o universo reserva para os próximos 12 meses. Sendo assim, o LeiaJá conversou com o cartomante Tel Barbosa, que trouxe algumas previsões para 2024. De elucidações de crimes, que repercutiram nacionalmente, até acontecimentos que podem surpreender algumas figuras públicas, as cartas do baralho cigano e de Maria Padilha mostram felicidades para uns e percalços para outros, em um ano que será marcado por eventos importantes e muitos ensinamentos.

O cartomante, que atende os seus clientes na Região Metropolitana do Recife, acredita que as pessoas só conquistarão os seus sonhos caso tenham "uma visão mais racional das coisas", ou seja, para ele "não haverá conquistas se você não planejá-las previamente com base na sua realidade material". Além disso, com o auxílio do baralho cigano e o baralho de Maria Padilha, Tel prevê que os próximos meses serão favoráveis para as pessoas que planejam fazer alguma viagem e para os estudantes que desejam concorrer nos principais vestibulares e concursos do país.

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Não só os bons acontecimentos são vistos nas cartas reveladas na mesa a frente de Tel. Os baralhos também mostram um desastre meteorológico que terá muita repercussão nas mídias. Esse evento extremo provocará inundações e enchentes, ocasionando a destruição de áreas residenciais e outras construções. Tel pontua que tragédias parecidas sempre ocorrem, porém, a espiritualidade afirma que, dessa vez, o trabalho das gestões públicas deverá ser mais intenso e precisará recorrer ao alto nível da engenharia para, assim, diminuir os impactos negativos.

“Vejo queda de um prédio e destruição de imóveis, de vidas, devido a enchentes e alagamentos. Mais uma vez se repetirá este cenário, infelizmente. As cartas foram claríssimas neste sentido e não podemos descartar hipótese de maremoto e tsunami a nível mundial”, diz.

Sobre as questões voltadas ao bem-estar das pessoas e a saúde global, os baralhos mostram que existe uma grande possibilidade do surgimento de algumas doenças após a realização do Carnaval ou de festas que tenham aglomerações de pessoas.

"Vejo a necessidade de cuidado prévio de todos. O baralho de Maria Padilha me mostra um algo a mais, ou seja, algo que foi feito no passado e está sendo procrastinado pelas pessoas ou não levado em consideração mais, como por exemplo, o uso de máscaras e a vacina. Vejo as pessoas se descuidando e correndo grande perigo de serem infectadas por outros vírus tão letais quanto o próprio COVID", afirma o cartomante.

Cartomante Tel Barbosa. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Com o embaralhar das cartas, Tel afirmou que mesmo com a espiritualidade mostrando um surto de alguma doença logo após o Carnaval, o período festivo, que será comemorado entre os dias 10 e 13 de fevereiro, ficará marcado na história devido a sua beleza e pompa. O cartomante diz que “haverá muito investimento no visual da festa”, principalmente na capital pernambucana.

Questionado sobre quais escolas de samba vencerão o Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo, Tel logo pontua: “Se a energia de hoje permanecer positiva para as tais, quatro delas se apresentam com energia muito positiva para vitória do Carnaval do Rio. São elas: Mangueira, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense e Unidos da Tijuca. Já em São Paulo, as escolas de samba Império de Casa Verde, Vai Vai, Independente Tricolor e Gaviões da Fiel, são as escolas com energias de campeãs”.

Anitta grávida?

Ao lançar cartas para algumas figuras conhecidas do país, o cartomante viu perigos e adversidades que serão enfrentados pelos famosos.

Conhecida pelo seu sucesso e por ter sido a primeira artista brasileira a vencer uma categoria do VMA, da MTV EUA, a cantora Anitta conseguirá arrancar elogios dos seus fãs e dos críticos devido a um projeto que será desenvolvido logo no início do ano, segundo o cartomante Tel Barbosa. Entretanto, as cartas mostram que a cantora enfrentará uma perda familiar, mas logo irá se recuperar e poderá ser surpreendida com uma gravidez.

“Algo novo acontecerá no segundo semestre, que lhe renderá muitos frutos, não se descartando hipótese de gravidez, sim. Não é certeza, mas o que consigo perceber é que há este tipo de possibilidade, inclusive, na sua linha de destino”, diz Tel.

Outra cantora lembrada nas tiragens é a Luísa Sonza. A artista, dona do álbum de sucesso “Escândalo Íntimo”, enfrentará alguns problemas na Justiça devido a um homem do seu passado, porém conseguirá superar esse período estressante. “Ela chega ao final de 2024 em uma situação mais confortável e estável, após alguns problemas transpostos no meio do ano”, pontua.

De avisos para Lula a rompimento de casamento para Bolsonaro

Após uma eleição polarizada em outubro do ano passado e uma tentativa de golpe contra a democracia em janeiro deste ano, a política brasileira continuará em destaque, segundo as tiragens feitas por Tel. Ele afirma que o país ainda enfrentará alguns problemas, porém encerrará o ano colhendo “bons frutos” no setor econômico, “graças ao bom trabalho que será desenvolvido no Palácio do Planalto”.

“As cartas intermediárias me mostram que será um governo em que Lula deve ter muita estratégia e não poderá prometer o que não será capaz de cumprir, pois isto pode ser usado pelos seus adversários. Vejo muitas estratégias de mudanças mais rápidas. Porém, a carta urso fecha a tiragem com um dos baralhos, então percebo que o Brasil fechará 2024 com uma gestão econômica mais favorável”, diz.

Tel também não descarta a possibilidade do presidente Lula (PT) enfrentar algum problema de saúde. “Ele terá que ter bastante atenção em relação a sua saúde. As cartas mostram uma saúde fragilizada. Algumas coisas podem estar acontecendo ou já dando sinais. Caso Lula não tenha esse cuidado, poderá correr o risco de ser substituído por um período pelo seu vice".

Já o maior adversário político do mandatário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), terá novamente um “ano difícil”. Com as últimas acusações contra Bolsonaro, nas investigações nas quais ele é alvo, aumentaram as discussões sobre uma eventual prisão do ex-chefe do executivo. No entanto, Tel afirma que não ver uma prisão acontecendo de forma definitiva em 2024. “Apesar de ser algo muito bem desenhado e esperado, ou seja, a prisão de Bolsonaro e de familiares, não vejo isto acontecendo neste novo ano”.

As cartas ainda mostram que poderá chegar ao fim o casamento do ex-presidente com a ex-primeira-dama, a Michelle Bolsonaro (PL). “Vejo através das cartas que algo na relação não está sendo correspondido e isso decretará um fim no casamento”.

O cartomante também destaca acontecimentos importantes na política de Pernambuco, entre eles o protagonismo de Raquel Lyra (PSDB-PE) "em conseguir enfrentar problemas que cercam a sua gestão" e a "vitória tranquila” do atual prefeito do Recife, o psbista João Campos.

Através dos baralhos, Tel afirma que a eleição de 2024 servirá como um “termômetro” para João Campos na próxima disputa para o governo do estado. “João deverá saber entender o recado, pois tem grandiosíssima possibilidade de sair vencedor na disputa pelo Palácio das Princesas em 2026, desde que saiba driblar de forma madura candidatos perigosos e maldosos que aparecerão para enfrentá-lo. Vejo muita falsidade no meio da campanha dele para governador do Estado. Vejo inclusive, necessidade de proteção espiritual da parte dele, pois adversários poderão apelar para este tipo de coisa, de forma maldosa contra a pessoa dele para tentar impedir sua eleição”.

Para os amantes do futebol pernambucano

Com previsões desanimadoras para os torcedores pernambucanos, Tel afirma que nenhum clube do estado irá vencer a próxima Copa do Nordeste. Além disso, os times “terão que enfrentar o grande desafio de lidar com jogador mais novos”, e que não têm tantos protagonismos no futebol nacional.

Já as previsões têm boas notícias para os rubros negros. Segundo as tiragens, o Sport Club do Recife será o grande campeão do Pernambucano, alcançando, assim, a 44ª estrela na competição.

De previsões para o jogador Neymar a evolução do Caso Marielle, confira os destaques de outras previsões para 2024:

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O prefeito do Recife João Campos (PSB), cotado à reeleição nas eleições de 2024, apareceu como líder de intenções de voto em todos os cenários simulados pela pesquisa do Ipespe em parceria com o Jornal do Commercio. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (27) e mostram o socialista em primeiro lugar, com 62% das intenções, o que o garantiria uma vitória em primeiro turno. O segundo melhor colocado foi João Paulo (PT), com 13% e atrás de Campos por 49 pontos de diferença.
Outros nomes incluídos no cenário foram os membros do Cidadania e do Governo de Pernambuco Daniel Coelho e Priscila Krause, que obtiveram 5% e 4%, respectivamente. O ex-ministro Gilson Machado (PL), candidato de Jair Bolsonaro na capital pernambucana, ficou com 3%. Dani Portela (Psol) levou 2% e Túlio Gadêlha (Rede), 1%. 10% afirmaram que vão votar em branco ou vão anular o voto. Apenas 2% contaram não saber em quem votar.
A pesquisa Ipespe/JC foi realizada entre os dias 21 e 23 de dezembro, entrevistando mil eleitores da capital de forma presencial. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, e o intervalo de confiança é de 95,45%.
Outros cenários
Em uma outra simulação, sem o nome do deputado João Paulo, o prefeito João Campos abre ainda mais vantagem frente os demais candidatos, chegando a 72% de preferência entre os entrevistados. Nestes cenários, Daniel Coelho e Priscila Krause chegam a dobrar seus respectivos desempenhos, alcançando 10%. Já o bolsonarista Gilson Machado tem seu melhor resultado quando totaliza 4%. 

 

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Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos fez 47 publicações na sua rede social contra o seu principal adversário, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), nos últimos três meses, com média de uma postagem a cada dois dias. Líder nas pesquisas, Boulos indica que a disputa será acirrada e nas redes.

Entre 3 e 10 de novembro, período em que São Paulo enfrentou um apagão de energia elétrica, que atingiu por quase uma semana cerca de 2,1 milhões de moradores, Boulos postou no X (antigo Twitter) 20 críticas à atual gestão municipal e sua atuação durante a crise.

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Boulos acusa Nunes de fazer obras sem licitação e de apoiar a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), além de culpá-lo pelos índices de violência na cidade, sobretudo no Centro. O deputado também já chamou o prefeito de "rei do camarote".

Nunes também usa as redes para atribuir a Boulos invasões de casas ou acusá-lo de ser simpatizante do grupo terrorista Hamas. "Melhor (ser rei do camarote) do que ser rei do terrorismo. Se (Boulos) não tem o que fazer é melhor ele calar a boca e se informar melhor", postou após o adversário criticar sua presença no Grande Prêmio de Fórmula 1.

Disputa em São Paulo pode repetir Lula contra Bolsonaro

A última pesquisa Datafolha, divulgada em 31 de agosto, mostra Boulos com 32% das intenções de voto e Ricardo Nunes com 24%. A disputa acirrada tem ainda outro ingrediente. Boulos tem o apoio prometido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto Nunes deve contar com suporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-presidente ainda não confirmou oficialmente sua posição no pleito paulistano, mas o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que seu correligionário vai apoiar a reeleição de Nunes para a Prefeitura de São Paulo em 2024. Em troca, Bolsonaro indicaria o vice.

Já no lado de Boulos, o presidente Lula está costurando a possível volta da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy ao PT, para ocupar a posição de vice na chapa do psolista. Marta atualmente é secretária de Relações Internacionais de Nunes.

Está será a segunda vez que Boulos concorre à Prefeitura de São Paulo. Em 2020, o ex-presidente do MTST foi derrotado no segundo turno por Bruno Covas (PSDB) e Nunes, que compunha a chapa como vice. Com a morte do então prefeito, Nunes assumiu a vaga em maio de 2021.

Além de Nunes e Boulos, também confirmaram pré-candidatura a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que conta com o apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e poderá ter como vice na chapa o apresentador de televisão José Luiz Datena, que recentemente se filiou ao PSB.

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), que foi mais votado nas prévias do Movimento Brasil Livre (MBL), também anunciou sua pré-candidatura. O ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles (PL), corre por fora depois de tentar pleitear o apoio do ex-presidente Bolsonaro para seu nome, mas sem sucesso.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tentará reeleição na disputa eleitoral do ano que vem, cometeu uma gafe e perguntou se Gilberto Kassab (PSD), presidente nacional da legenda e secretário de Governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o apoiará no ano que vem. O problema é que a pergunta foi feita em palanque de evento público, na manhã desta sábado, 23, na Zona Leste da capital paulista.

A legislação proíbe utilização de máquina pública para campanha, o que se enquadraria em desvio de finalidade. O simples fato de um futuro candidato aparecer em palanques não caracteriza abuso político desde que não existam menções ao período eleitoral futuro.

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Kassab, que já foi prefeito de São Paulo em duas oportunidades (2006-2012), desconversou. "Como é evento público, não posso falar. Lá fora eu falo", disse. Nunes, então, corrigiu-se e disse que se referia ao apoio para atual administração, que termina em dezembro de 2024. "É na administração, Kassab, não eleição." Kassab, então, respondeu "sim".

"Lógico, eu não posso perguntar aqui para o Bahia, para o Douglas se vão estar comigo na eleição, porque eu não posso fazer isso no mandato", completou Nunes que, para se livrar do momento, voltou às atenções para a ordem de serviço de pavimentação e urbanização no Morumbizinho, região de São Mateus, Zona Leste.

Kassab esteve no evento para afirmar que o PSD seguirá com Ricardo Nunes na disputa do ano que vem. "Tínhamos um compromisso com os vereadores do PSD e pré-candidatos de ainda neste ano encaminharmos posição do partido. Ao finalizar o ano, nada mais justo do que cumprir este compromisso. Foi uma decisão unânime em torno do Ricardo Nunes, porque entendemos que é, entre os pré-candidatos, o mais preparado", disse.

Marta não me ligou e não liguei para Marta, disse Nunes

Depois do evento, Nunes afirmou que não conversou até o momento com a secretária de Relações Internacionais, Marta Suplicy (MDB), sobre uma possível candidatura na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), principal adversário de Nunes.

"Não falei com a Marta. Tomei conhecimento pela imprensa sobre esse episódio. Ela não me ligou, eu não liguei, porque não tem o menor sentido. Confio na Marta. Não tem sentido de alguém que está no governo há três anos ter uma atitude como essa. Não é perfil da Marta. Ela é uma pessoa que está fazendo um trabalho muito importante na Secretaria de Relações Internacionais. Acho que é questão superada e vai ficar só no contexto de boato e comentário", afirmou.

Sobre uma possível reforma no secretariado, Nunes disse que não deve fazer mudanças, a não ser entre os que disputarão o pleito do ano que vem. Quem quiser ser candidato deve deixar os cargos na Prefeitura de São Paulo até abril, seis meses antes da votação.

Dentre seus secretários, devem sair Carlos Bezerra Jr (PSDB), vereador licenciado que ocupa hoje a Secretaria de Assistência Social, e Aline Torres, secretária de Cultura.

O presidente da SP Obras, Taka Yamauchi, também deve deixar o cargo para disputar a Prefeitura de Diadema, no ABC Paulista.

'Ricardo Salles faz barulho na rede social', avalia prefeito

Questionado sobre o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que demonstrou desconforto ao saber que seu partido apoiará Nunes na campanha do ano que vem, o atual prefeito afirmou que está disposto a conversar com o parlamentar.

"Conversar eu converso com todos. Ele é deputado federal. Já estive com ele. O Ricardo Salles faz barulho na rede social. Outro dia, em um evento, sentou do meu lado, conversou. Cada um tem seu estilo, mas zero problema de conversar com ele ou com qualquer pessoa. Sempre tenho participado de vários eventos e atendo vereadores até do PSOL. Fui fazer início das obras em Sapopemba e tinha lá vereadores do PSOL, do PT. Eu sou totalmente do diálogo. Ele desejando, estou disponível para conversar. Só não posso influenciar nas decisões do PL. Fico feliz pela decisão que tomaram", disse.

Presidente nacional do PSD e secretário de Relações Institucionais do governo do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab justificou o apoio da sigla à reeleição de Ricardo Nunes (MDB) à Prefeitura de São Paulo, anunciado neste sábado, 23, citando a gestão de Nunes na capital paulista. "O PSD vai apoiá-lo sim, vai caminhar com a sua reeleição, até porque tem sido um bom prefeito", disse Kassab, durante agenda com o Nunes na zona oeste de São Paulo. "Estamos muito convencidos que é o caminho certo apoiar o Ricardo."

Segundo Kassab, após diversos encontro com lideranças "não tivemos muita dificuldade para chegar no nome do Ricardo".

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O prefeito, que agradeceu o apoio do PSD, disse que pretende contar com o União Brasil, Podemos, Cidadania, PSDB, Republicanos e PP no seu arco de alianças.

"A gente vai ter uma frente bastante grande de partidos democráticos", afirmou Nunes.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quinta-feira, 21, em segunda votação, o orçamento da cidade para 2024. O valor é de R$ 111,8 bilhões, o que representa um aumento de 16,6% em comparação ao aprovado para este ano. Esse total estará disponível para o prefeito Ricardo Nunes (MDB) em ano eleitoral.

O projeto foi enviado pelo prefeito à Câmara em 29 de setembro e foi aprovado de forma simbólica, ou seja, sem contagem de votos. As bancadas do PT e do PSOL se posicionaram contra a proposta.

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Em ano que concorre à reeleição da Prefeitura, Nunes terá R$ 3,8 bilhões para aplicar em programas de habitação. O valor é o orçamento da Secretaria de Habitação, que passou de R$ 2,5 bilhões em 2023 para R$ 3,8 bilhões, quase 50% a mais. A habitação é a principal bandeira de seu adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi à capital paulista em demonstração de apoio a Boulos na corrida pela Prefeitura. Não por acaso, os dois participaram juntos de evento da assinatura do contrato de início de obras do empreendimento habitacional Copa do Povo, que faz parte do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, na Zona Leste de São Paulo.

Reação

O prefeito respondeu ao ato. Durante entrega de 109 moradias populares pela prefeitura no dia 20, na Vila Olímpia, Nunes falou em reeleição e alfinetou Boulos. "É muito fácil as pessoas dizerem que defendem a habitação, que defendem não sei o quê, e a entrega, zero. O importante é isso aqui, concretizar o sonho."

Outra medida popular que alavanca Nunes na corrida eleitoral e está prevista no orçamento é a tarifa de ônibus municipais grátis aos domingos. A Secretaria de Mobilidade e Trânsito recebeu o incremento de 67%, comparado ao orçamento deste ano, chegando a R$ 10,4 bilhões. O valor prevê os gastos com a implementação do novo programa. O prefeito andou de ônibus no domingo passado, dia 17, para lançar o programa. Passageiros reclamaram sobre a tarifa gratuita ser implementada no único dia que têm para descansar e não em dias úteis.

Defendida ao longo dos anos pela esquerda, em movimentos como o do Passe Livre (MPL), a proposta deve invadir as campanhas eleitorais de 2024. Adversários de Nunes avaliam que esta pode ser a bandeira que ele precisa para se reeleger.

O orçamento da SPTrans, uma entre as empresas que recebem subsídio da prefeitura, passará de R$ 10,8 bilhões para R$ 12,1 bilhões em 2024, representando mais de 81% da verba destinada às empresas.

A secretaria que ficou com a maior parte do orçamento foi a de Educação, com R$ 21,8 bilhões, seguida pela pasta da Saúde, com R$ 17,8 bilhões. Entre as subprefeituras, a Sé é a primeira colocada, com R$ 127 milhões, seguida pela de São Mateus, com R$ 74 milhões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apoiará Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital paulista, na disputa pela reeleição no ano que vem, núcleos bolsonaristas têm mostrado insatisfação nas redes. Um segmento dos apoiadores do ex-presidente prefere apoiar Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente. Um dos expoentes do descontentamento é o deputado estadual Lucas Bove (PL).

Na rede social "X", antigo Twitter, o parlamentar citou uma frase dita pelo próprio Bolsonaro há pouco mais de uma semana, quando afirmou que o candidato deveria ser Salles. Em evento do PL no dia 12 de dezembro, o ex-presidente pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas e acrescentou que "São Paulo merece realmente um nome de uma pessoa que vá fazer pelo município, e não fazer por um partido".

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Foi essa frase que Bove destacou e, na sequência, disse que espera um candidato de direita para disputar o Poder Executivo da capital. "Essas foram as últimas palavras que saíram da boca do nosso líder e sempre presidente Bolsonaro sobre a Prefeitura de SP! Portanto, eu ainda acredito que teremos uma candidatura de direita. Ou vocês confiam na palavra de mais alguém que não seja o próprio presidente?", publicou para seus seguidores.

Na tarde desta sexta-feira, 22, o deputado voltou a comentar sobre o assunto. "De minha parte, a decisão final do presidente Jair Bolsonaro será respeitada e acatada, ele é nosso líder e ponto. Mas, enquanto ele não se pronuncia oficialmente, sigo acreditando, torcendo e sonhando em ter um candidato de direita na minha cidade querida", disse. Ao final da postagem, ele colocou uma hashtag em apoio a Ricardo Salles.

Ex-deputado federal e apoiador de Bolsonaro, Coronel Tadeu (PL) publicou uma live com o título: "Ricardo Salles poderá dar uma senhora rasteira em Ricardo Nunes." Ele citou que a "direita" precisa se unir em São Paulo e usou como exemplo as eleições de 2022, quando Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Marcos Pontes perderam na capital paulista, ainda que Freitas e Pontes tenham ganho no Estado.

"Na cidade de São Paulo, o Lula ganhou do Bolsonaro. O [Fernando] Haddad ganhou de Tarcísio. O Marcos Pontes perdeu para o Márcio França no Senado. A direita está precisando mostrar mais força na cidade de São Paulo. Ganhar a Prefeitura é muito importante. E grupo é grupo. O município de São Paulo é o maior do Brasil, tem orçamento maior que muitos Estados. É importante a direita marcar posição. Quem vai dizer quem é candidato é Jair Messias Bolsonaro", disse em trecho da live.

Apoiadores de Bolsonaro aproveitaram as publicações para comentar e mostrar sua preferência por Ricardo Salles na disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano que vem.

Como o Estadão mostrou, depois do acordo em torno do nome de Ricardo Nunes, caberá a Jair Bolsonaro indicar o nome do vice. Isso ocorrerá em meados de fevereiro, quando Bolsonaro retorna de férias.

A disputa pela Prefeitura de São Paulo tem ainda, por ora, Guilherme Boulos (PSOL), Kim Kataguiri (União), Tabata Amaral (PSB) e Maria Helena (Novo) entre seus pré-candidatos.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu nesta sexta-feira (22) a criação de regras para aplicação dos fundos eleitorais, como forma de evitar discricionariedades de comandos partidários na aplicação desses recursos, que totalizarão quase R$ 5 bilhões em 2024. Ele também defendeu o aprimoramento de regras que favoreçam a utilização dos recursos orçamentários para que haja aumento da qualidade dos gastos públicos. 

A avaliação foi feita em entrevista à imprensa, após o encerramento de sessão do Congresso Nacional durante a qual foram aprovados o Orçamento de 2024 e créditos adicionais de mais de R$ 2,5 bilhões no Orçamento de 2023  Pacheco defendeu o financiamento público eleitoral, mas reconheceu que há um “equívoco” no estabelecimento de um valor para eleição municipal nos parâmetros de uma eleição geral para presidente da República, governadores, senadores e deputados.  ­

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— O mais correto, na minha opinião, seria o valor da última eleição municipal, que foi em 2020, fazer as devidas correções e adequações e definir um valor que ficaria bem abaixo desse valor definido [de quase R$ 5 bilhões]. Mas o que vale é a vontade da maioria, temos que respeitar essa vontade da maioria em diversas situações. A força do Congresso Nacional de fato está no seu colegiado, e não na vontade individual de seus parlamentares — afirmou. 

Aprimoramento de regras O presidente do Senado disse que cabe agora buscar uma alternativa ao aprimoramento das regras, e sugeriu a criação de uma lei que discipline a aplicação de fundos eleitorais para evitar a discricionariedade de comandos partidários e para que todos efetivamente possam ter acesso a esses recursos. 

— Eu considero que esse valor [de R$ 5 bilhões] precipita muito a discussão da volta do financiamento privado de pessoas jurídicas, que havia sido suspenso pelo Supremo Tribunal Federal, numa ação da Ordem dos Advogados do Brasil. E precipita inclusive uma reflexão sobre as eleições no país, o custo delas para o Brasil em todos os sentidos. Eu considero que as discussões sobre o fim da reeleição, o mandato de cinco anos, a coincidência de mandatos para termos menos eleições, tudo isso acaba sendo fortalecido com uma decisão de um fundo eleitoral nessa monta. Eu respeito, mas naturalmente que isso gera consequências de reflexões para o Brasil no ano de 2024. Eu considero que nós iniciaremos 2024 com esses desafios, especialmente nessa questão do sistema eleitoral e do sistema político em nosso país. 

Custos eleitorais

Pacheco disse ainda que esse valor destinado às eleições municipais de 2024 suscita “reações naturais legislativas” para dar melhor disciplina sobre esses gastos e o custo da Justiça Eleitoral. 

— Nós temos no Brasil o fundo eleitoral, já previsto então para R$ 5 bilhões para eleição municipal. No ano de 2026, naturalmente nós vamos ter que aumentar isso porque nas eleições gerais de 2022 já foram R$ 5 bilhões. Nas eleições de 2026 isso vai ser aumentado, provavelmente. Então, vamos discutir a questão da coincidência de mandatos, o custo da Justiça Eleitoral, que são quase R$ 11 bilhões por ano, em função de dois em dois anos termos eleições. Não só pela economia que isso representa para os cofres públicos, mas para tirar o Brasil desse estado permanente eleitoral que vivemos. Esse estado permanente de eleições contamina a qualidade dos mandatos, a qualidade da política, pois a política tem uma razão de ser que não pode ser uma razão puramente eleitoral — argumentou. 

O presidente do Senado considera que é possível estabelecer um marco de valor eleitoral a partir de modificações na legislação, com apoio da sociedade e de forma democrática, em deliberações tomadas com maturidade, equilíbrio e sempre respeitando a decisão da maioria.  Cortes orçamentários Ao ser questionado sobre comentário do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) na Comissão Mista de Orçamento (CMO), de que houve um “golpe” com o corte de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Orçamento, Pacheco disse que vê com “naturalidade” esses fatos, uma vez que o Congresso Nacional “é uma Casa plural, com 594 deputados e senadores com pensamentos diferentes e formas diferentes de agir e falar”. 

— Eu não posso concordar que haja golpe, obviamente que pode haver algum conflito de interesses entre Executivo e Legislativo, isso é natural, normal, e a melhor forma de solucionar isso é com debate, com respeito às divergências, e no final das contas, quando não há convergências, coloca para votar. O que a maioria decidir está definido, é decisão do Congresso Nacional — assegurou.  Pacheco destacou que a discussão do fundo eleitoral envolve lei orçamentária, ou seja, “dinheiro público que, eventualmente, ao ser disponibilizado em período eleitoral, pode estar suscetível a critérios a serem estabelecidos por uma lei editada no ano de 2024”. 

— Eu não vejo problemas nem alcance de anualidade nisso, o primeiro passo de fato é definir uma lei que defina parâmetros de aplicação disso, porque um candidato “a” tem acesso ao fundo, e outro tem acesso ao fundo menor ou nem tem acesso. Essa discricionariedade na aplicação de R$ 5 bilhões no Brasil é algo que não pode prevalecer, tem que haver uma vinculação a partir de lei que estabeleça critérios na aplicação desse fundo — afirmou. 

Remanejamento de verbas

Quanto ao remanejamento de recursos de emendas orçamentárias destinadas às comissões permanentes, criticado por alguns parlamentares, o presidente do Senado disse que não interferiu nesse processo. Ele ressaltou, porém, que a extinção das emendas de relator fortaleceu as emendas de comissão, as quais, em sua avaliação, dão melhor qualidade ao gasto público por serem temáticas, o que favorece a elaboração de políticas de alcance nacional. 

— Isso é o que foi feito na CMO. De minha parte não houve nenhum tipo de interferência. O fato de termos recurso em uma comissão “a” não significa que não se possa ter no futuro um remanejamento ou readequação de recursos orçamentários para outras áreas diante de necessidades que surjam, não há um engessamento em torno disso, é perfeitamente possível esse remanejamento. O importante é que todas as áreas do Brasil possam ser atendidas e sejam bem amparadas – afirmou.

Desafios futuros

Em 2024, disse Rodrigo Pacheco, o Brasil terá o desafio de regulamentação da reforma tributária e a “discussão profunda da qualidade do gasto público, com as definições de prioridades pelo planejamento do Executivo e a participação do Legislativo na construção disso, mas sem buscar ter maior protagonismo com o Executivo, que isso também não tem cabimento”. 

— Sentarmos todos à mesa para definir um planejamento nacional, para que se possa gastar devidamente com qualidade na saúde, educação, infraestrutura, lazer, agricultura, é muito importante que aconteça, para não gerar descompasso. É importante ter um pouco de simetria nisso. Então eu acredito muito que essa discussão do gasto público e do tamanho do Estado brasileiro vai ser o próximo grande desafio do Congresso Nacional após a entrega da reforma tributária — concluiu o presidente do Senado. 

*Da Agência Senado

A Polícia Federal instaurou nesta sexta-feira, 22, um inquérito para investigar suposta difamação eleitoral produzida por meio de inteligência artificial.

A investigação se debruça sobre uma denúncia feita pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), de que estaria circulando nas redes sociais um áudio atribuído a ele, com insultos aos professores da capital amazonense.

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Segundo a PF, a análise da gravação mostrou que a voz foi manipulada com a utilização de inteligência artificial.

A corporação identificou dois suspeitos de participação no crime. Eles serão ouvidos pelos investigadores.

Como mostrou o Estadão, a Justiça Eleitoral trabalha para regulamentar a aplicação no pleito municipal do ano que vem. O ministro Floriano Azevedo Marques Neto chegou a advertir que uma das principais preocupações da Corte em relação ao uso de inteligência artificial é justamente a criação de imagens e áudios falsos, prática conhecida como deepfake.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentará formar uma "aliança ampla" em São Paulo em torno do nome de Ricardo Nunes (MDB), que disputará a reeleição para prefeito da capital paulista no ano que vem. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que o martelo já foi batido, segundo o jornal O Globo. A informação foi confirmada pelo Estadão com a assessoria do PL nesta quinta-feira (21).

Na visão de aliados, várias candidaturas à direita deixariam Guilherme Boulos (PSOL) forte por ser o único nome ligado aos movimentos esquerdistas que reúnem PSOL e PT. Hoje, Nunes teria ainda como adversários Ricardo Salles (PL) e Kim Kataguri (União), o que pulverizaria votos. O vice na chapa de Nunes será escolhido por Bolsonaro em fevereiro do ano que vem, segundo o porta-voz do ex-presidente Fabio Wajngarten. Bolsonaro sai nesta sexta-feira (22) para período de descanso até o fim de janeiro.

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Com a decisão de Bolsonaro chancelada por Valdemar Costa Neto, Ricardo Salles (PL-SP) não será mais candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PL. Questionado pelo Estadão, Salles disse aguardar pronunciamento de Bolsonaro. "Vamos aguardar o Bolsonaro falar por si. Até lá, desconfio da veracidade das afirmações", disse o deputado federal.

Em um vídeo publicado nas redes sociais de Nunes, o atual prefeito paulistano cobrou publicamente apoio de Bolsonaro. Na gravação, Nunes diz que o ex-presidente sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda". A declaração foi feita à rádio Guardiã da Notícia, de Santo André, no ABC Paulista, e republicada nas redes sociais do prefeito da capital paulista.

Na publicação feita com um sinal de positivo e a bandeira do Brasil na legenda, Nunes disse que o apoio de Bolsonaro pode ser crucial para os rumos eleitorais da capital. "Estive com ele na prefeitura, estive com ele em vários eventos. Agora, é no tempo dele. Natural que ele escolha o melhor tempo para poder declarar [apoio]. Eu quero, é importante que tenha o apoio do presidente Bolsonaro, é fundamental o apoio do presidente Bolsonaro. E tenho certeza de que ele tem consciência da responsabilidade dele do que nós estamos falando em São Paulo em combater o que tem de pior da extrema-esquerda", afirmou o atual chefe do Poder Executivo.

No dia 12 deste mês, o ex-presidente Bolsonaro disse em evento preferir Ricardo Salles como candidato à Prefeitura de São Paulo. Bolsonaro pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas na saída de um evento do PL em Brasília.

O momento foi registrado em vídeo e publicado depois nas redes sociais do deputado. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente, elogiando o trabalho de Salles como ministro do Meio Ambiente. "São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", afirmou Bolsonaro na ocasião. Salles se demitiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021, depois de se tornar alvo de investigação sobre um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Neste ano, virou réu em ação sobre propinas do contrabando.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tornou pública uma exigência para as eleições de 2024 na capital paulista. Ele quer o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e também do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em uma aliança contra seu principal adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Em um vídeo que circula nos núcleos políticos desde a noite desta quarta-feira, 20, e publicado nas redes sociais do atual prefeito paulistano, Nunes diz que o ex-presidente Bolsonaro sabe da responsabilidade que tem na união contra o que chamou de "extrema-esquerda". A declaração foi feita à rádio Guardiã da Notícia, de Santo André, no ABC Paulista.

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Na publicação feita com um sinal de positivo e a bandeira do Brasil na legenda, Nunes disse que o apoio de Bolsonaro pode ser crucial para os rumos eleitorais da capital. "Estive com ele na prefeitura, estive com ele em vários eventos. Agora, é no tempo dele. Natural que ele escolha o melhor tempo para poder declarar [apoio]. Eu quero, é importante que tenha o apoio do presidente Bolsonaro, é fundamental o apoio do presidente Bolsonaro. E tenho certeza de que ele tem consciência da responsabilidade dele do que nós estamos falando em São Paulo em combater o que tem de pior da extrema-esquerda", afirmou o atual chefe do Poder Executivo.

Sem citar o nome do deputado federal Guilherme Boulos, Nunes fez acusações contra o parlamentar. "Uma pessoa que invade propriedade, desrespeita a lei, toda hora solta fake news, cooptou sindicatos para poder causar transtorno na cidade e a nossa responsabilidade como pessoas públicas, tanto eu, Tarcísio e Bolsonaro, precisa ser levada em consideração dentro do contexto de unir a direita e o centro para poder proteger nossa cidade e assim proteger nosso país", disse Nunes.

O Estadão procurou a assessoria de imprensa do deputado Guilherme Boulos sobre as declarações de Nunes, mas, por enquanto, o parlamentar não comentará sobre o assunto.

Bolsonaro disse preferir Ricardo Salles

A fala de Ricardo Nunes ocorre quase 10 dias depois de o ex-presidente Bolsonaro dizer em evento preferir Ricardo Salles (PL-SP), deputado federal, como candidato à Prefeitura de São Paulo. Bolsonaro pediu "Salles prefeito" em conversa com jornalistas na saída de um evento do PL em Brasília.

O momento foi registrado em vídeo e publicado depois nas redes sociais do deputado. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente, elogiando o trabalho de Salles como ministro do Meio Ambiente. "São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", afirmou Bolsonaro na ocasião. Salles se demitiu do Ministério do Meio Ambiente em 2021, depois de se tornar alvo de investigação sobre um esquema ilegal de retirada e venda de madeira. Neste ano, virou réu em ação sobre propinas do contrabando de madeira.

Após ter entrevistado a vereadora Flávia Hellen (PT-PE) e o vereador Vinícius Castello (PT-PE), figuras políticas que projetam concorrer as prefeituras das suas cidades, o LeiaJá publica, nesta terça-feira (19), a terceira de cinco reportagens sobre o crescimento de políticos de grupos de minorias, que buscam protagonismo nas eleições municipais do próximo ano.

A reportagem escutou a assistente social Marília Rufino (PT-PE), da cidade de Moreno, e a educadora Selma Barbosa (União Brasil-PE), de Paulista. As duas, que desejam uma vaga nas câmaras de vereadores dos seus municípios, já vêm articulando estratégias para que, nas eleições de 2024, lideranças femininas possam conquistar espaços de poderes que, predominantemente, são ocupados por homens.

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Desafios

Quando o assunto é filiação partidária, o país revela um certo tipo de equilíbrio em seu atual cenário político: dos filiados, 53,8% são homens e 46,2% são mulheres, segundo informações divulgadas em julho deste ano pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, os números expressivos de filiadas não são traduzidos em candidaturas femininas. Apesar das mulheres constituírem a maioria tanto na população (51,5%) como no eleitorado (52,65%), de acordo com levantamentos recentes do IBGE e do TSE, os espaços de poderes na política nacional são ocupados, em sua maioria, por lideranças masculinas.

Em 1997, a Legislação brasileira estabeleceu que os partidos políticos começassem a apresentar chapas de candidaturas ao Legislativo com pelo menos 30% de mulheres candidatas. E, ao longo dos últimos anos, algumas outras políticas afirmativas foram implementadas. Mesmo assim, as últimas eleições mostram que a quantidade de lideranças femininas, que conseguiram sair vitoriosas das disputas eleitorais, ainda é baixa.

Nas eleições do ano passado, somente 91 mulheres foram eleitas deputadas federais. Isso representa apenas 17,7% da totalidade de 513 cadeiras disponíveis na Câmara dos Deputados. Já no Senado, das 81 vagas, apenas 14 são ocupadas por mulheres.

Com relação ao Executivo, as dificuldades que as mulheres brasileiras enfrentam para alcançar postos de liderança são ainda mais evidentes. Das 27 unidades federativas do país, apenas dois estados são comandados por governadoras: Pernambuco pela Raquel Lyra (PSDB) e Rio Grande do Norte pela Fátima Bezerra (PT). Além disso, somente 12% dos municípios são governados por mulheres, sendo Cinthia Ribeiro (PSDB), prefeita de Palmas, no estado do Tocantins, a única a dirigir uma capital.

Nas Assembleias Legislativas dos estados, dados do TSE também ressaltam desigualdades: na somatória de deputadas estaduais e distritais, chega-se ao total de 190 mulheres eleitas (18%). Nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina, a representatividade feminina ficou abaixo de 10%.

Representatividade

Em entrevista ao LeiaJá, a assistente social Marília Rufino (PT-PE), que pretende concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores da cidade de Moreno, acredita que “a disputa será difícil, sobretudo porque as pessoas têm dificuldades de votarem em mulheres”, no entanto, ela percebe que “a população feminina tem uma necessidade muito grande de se sentir representada em espaços políticos e de decisões”.

Marília Rufino. Foto: Guilherme Gusmão/LeiaJá

“Nos últimos tempos a gente está vendo essa discussão muito mais aflorada. E dentro daquilo que eu acredito, dentro das pautas que eu defendo, pretendo levar para dentro da Câmara um olhar mais humanizado para as comunidades do município de Moreno e sobretudo para as mulheres, crianças e adolescentes. É muito importante que a mulher morenense se sinta representada por outra mulher na política local”, afirmou Marília.

Nas últimas eleições municipais, enquanto o Brasil elegia apenas 16% de parlamentares mulheres para as câmaras municipais, segundo o TSE, nenhuma liderança feminina do município de Moreno conseguia ocupar vagas na Câmara dos Vereadores. Ciente dessas dificuldades do atual cenário político local, Marília acredita que a ausência de uma figura feminina no espaço de discussões políticas da cidade faz com que as pautas de interesse da população feminina sejam “colocadas de lado”.

“E com isso a gente está deixando de ter muitas políticas públicas voltadas para a gente. Eu sou candidata, claro que eu quero ganhar, mas eu quero também fortalecer essas outras mulheres a estarem lá, porque caso eu não entre, eu vou ter outras representações. Então é muito nessa perspectiva de fortalecimento, e de empoderar essas mulheres a estarem nesse lugar da gente. A gente precisa entender que por muito tempo fomos silenciadas. A gente foi silenciada a não estar nesses lugares, nesses espaços. É o nosso momento de vencermos e mesmo que tenhamos homens com ideias interessantes, nunca será a mesma coisa de uma mulher ocupando uma cadeira lá [Câmara]”, afirmou.

Marília já vem criando planos para que o resultado de 2020 não se repita no próximo ano. Ela revelou que irá aproveitar o bom desempenho do presidente Lula (PT) nas urnas da cidade, no qual o mandatário venceu o segundo turno da eleição presidencial com 65,09% dos votos dos eleitores, para defender a sua candidatura e impulsionar a campanha eleitoral através do Partido dos Trabalhadores.  

“Eu participei há alguns meses de um encontro com mulheres, que reunia não só as filiadas do PT, mas também do PSB e do PCdoB. Então, assim, tive o incentivo já projetar a candidatura. Outras mulheres também tiveram incentivos. Mulheres que fazem parte dessa federação e que estão aí de uma forma coletiva, plural, entendendo melhor as necessidades das suas cidades. Inclusive, dentro do próprio partido, a gente tem curso de formação, por exemplo. O PT oferece isso”, pontuou.

Marília Rufino e apoiadores do PT. Foto: Arquivo Pessoal

Separadas por 49 quilômetros de distância, a história de Marília é bem semelhante à da educadora Selma Barbosa (União Brasil-PE), que comanda a direção de uma instituição de ensino, localizada no bairro do Janga, na cidade de Paulista.

A diretora da Escola Mundo Novo, em entrevista ao LeiaJá, revelou que já sofreu até preconceitos por defender as suas ideias para a política do seu município. “Ano passado eu disputei, pelo União Brasil, para ser deputada estadual. Através de uma candidatura coletiva fui as ruas para pedir votos e apresentar as minhas propostas. Teve um dia, que eu e a minha amiga, ao chegarmos em uma residência, fomos abordadas por um homem que disse que não iríamos ganhar apenas por sermos mulheres”.

As palavras do eleitor não desanimaram a educadora que, mesmo não conseguindo ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ainda tem o desejo de alcançar um espaço na política.

“As pessoas já têm em suas mentes que mulheres não foram feitas para certos lugares. Isso se reflete no atual cenário político do país, onde poucas mulheres estão decidindo o melhor para a sociedade. Talvez, diante dessa situação e da minha derrota no ano passado, eu pudesse ter desistido. Mas sou uma mulher negra, da luta e não fui feita para fracassar perante esse sistema. A derrota aumentou mais ainda a minha vontade”, afirmou.

Selma Barbosa acredita em bons resuultados para 2024. Foto: Júlio Gomes/LeiaJá

Questionada sobre o motivo de ter escolhido o União Brasil para disputar as eleições, Selma revelou que é muito criticada por não ser filiada a um partido de esquerda, mas que sempre explica o motivo de permanecer na sigla. “Sou uma mulher negra, empresária, independente e que sei qual o meu lugar no mundo. Sou o perfil que as pessoas acreditam que se encaixa apenas nos partidos da esquerda, principalmente por saberem que mulheres como eu são mais vistas nas pautas defendidas pela esquerda. Mas é importante sabermos que nós mulheres devemos ocupar todos os lados políticos. É importante ter uma diversidade. Claro que sempre devemos defender nossos corpos e nunca produzir falas que tentam nos diminuir”.

A educadora, que já desenvolveu projetos sociais na cidade de Paulista, afirmou que se um dia for parlamentar irá usar o espaço político para trazer melhorias para a educação.

“Sempre me reunia com amigos para fazer um sopão para bairros carentes daqui do município, e percebia nessas ações o como o povo paulistense deseja um amanhã melhor. Não direi que só a fome e a pobreza atingem a população, pois outros problemas também estão presentes. Eu, como educadora, quero trabalhar e cuidar da primeira infância, pois penso nas mães que não têm, muitas vezes, um local seguro para deixarem seus filhos. Essas mulheres devem ser contar com creches de qualidade do município para, assim, buscarem um salário digno”, pontuou Selma Barbosa.

 

O jornalista e apresentador de televisão, José Luiz Datena, se filiou nesta terça-feira, 19, ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). A cerimônia de ingresso ocorreu na sede nacional da sigla, em Brasília, e contou com a presença do presidente nacional do PSB, Carlos Sigueira, do Vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckimin, e, também, do ministro da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França.

Além deles, participaram a deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB-SP). Datena pode compor a chapa da parlamentar como candidato à vice-prefeito.

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Os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande, do Maranhão, Carlos Brandão, e da Paraíba, João Azevedo, também estiveram presentes.

Em suas redes sociais, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, fez uma postagem comemorando o ingresso de Datena ao PSB. "Urgente, urgente! Essa é a grande realidade: ele chegou. José Luiz Datena, um dos maiores comunicadores do Brasil, se filiou, hoje, ao PSB. Seja bem vindo, Datena", escreveu na legenda da publicação.

A movimentação do PSB para reforçar uma chapa com Tabata e Datena ocorrem no momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se articula para bancar a candidatura do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) à prefeitura de São Paulo. Lula visitou a capital paulista e levou Boulos para participar de ato oficial do governo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai realizar, em janeiro do ano que vem, audiências públicas para debater as resoluções que serão aplicadas nas eleições de 2024. A ideia é colher sugestões de partidos e da sociedade para aprimorar as regras que guiam o pleito.

A primeira audiência, marcada para o dia 23 de janeiro, vai discutir resoluções a respeito de pesquisas eleitorais e fiscalização dos sistemas da urna. O dia 24 será reservado para debates sobre o registro de candidatura, o fundo eleitoral e prestação de contas. No último dia, em 25 de janeiro, os temas serão propaganda e ilícitos eleitorais.

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De 4 a 19 de janeiro, o TSE vai abrir um formulário para receber sugestões de ajustes e inscrições de quem quiser falar durante as audiências.

Ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e considerado braço direito do clã Bolsonaro no Rio de Janeiro, Fabrício Queiroz anunciou, nesta quarta-feira (13), que se filiou ao partido Democracia Cristã (DC) para disputar as eleições para vereador da capital fluminense no pleito municipal do ano que vem. "2024 é logo ali! Precisamos eleger o máximo de candidatos de direita, para combater esses demônios da esquerda que assombram nossas famílias. Deus, pátria, família", escreveu nos seu perfil no Instagram.

Em outra postagem no X (antigo Twitter), Queiroz confirma a intenção de concorrer às eleições e diz que é preciso "exorcizar demônios esquerdistas".

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"Então, amigos de diretas, patriotas, conservadores. Aqui no Rio de Janeiro, na Câmara dos Vereadores e na Alerj, está empesteado de 'demônios esquerdistas, precisamos exorcizar todos eles'. 2024 é já!!", escreveu.

Não é a primeira vez que Queiroz busca refúgio na política após vir à tona a investigação sobre a suposta participação do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro no esquema de "rachadinha" no período em que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro ocupou uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Investigado no inquérito das "rachadinhas", o policial militar da reserva tentou uma vaga na Alerj no ano passado, mas não se elegeu. Queiroz obteve 6.701 votos. Ele concorreu pelo PTB, partido então presidido pelo grupo do ex-deputado Roberto Jefferson. Para as próximas eleições, Queiroz se reuniu com o diretório do DC no Rio de Janeiro e firmou o compromisso de retornar à política.

Queiroz esperava contar com o apoio da família Bolsonaro para se impulsionar eleitoralmente. Em entrevista ao Estadão pouco antes do pleito de 2022, ele disse: "se eu tiver o apoio deles, com certeza serei o deputado mais votado do Rio de Janeiro", afirmou.

A relação eleitoral de Queiroz com o clã Bolsonaro, no entanto, não foi a esperada pelo ex-assessor. Em setembro deste ano, em entrevista à Veja, ele afirmou que pretende seguir um caminho político independente do ex-presidente Bolsonaro. O PM reformado disse que o clã o vê como um "leproso" e que são "do tipo que valorizam aqueles que os trai (sic)".

"Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os trai. Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado", reclamou Queiroz.

Prisão

Queiroz chegou a ser preso preventivamente em junho de 2020, em Atibaia (SP), mas passou pouco menos de um mês na cadeia. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) lhe concedeu o direito à prisão domiciliar. Poucos meses depois, a mesma Corte lhe garantiu a liberdade. Em novembro, o Tribunal decidiu que a investigação só poderá andar com uma nova denúncia.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a demonstrar apoio ao deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) na corrida pela prefeitura de São Paulo. Dessa vez, ao lado do pré-candidato, Bolsonaro declarou "Salles prefeito", em vídeo publicado nas redes sociais do parlamentar. "Seria uma oportunidade de recompensá-lo", disse o ex-presidente sobre a possibilidade de Salles, seu antigo ministro, comandar a capital paulista.

"São Paulo merece realmente um nome que vá fazer pelo município e não fazer por partido", disse o ex-presidente. Salles está de saída do PL, e deve se filiar ao PRD, partido que nasceu da fusão de PTB e do Patriota.

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A publicação enterra a possibilidade de Bolsonaro embarcar na campanha de reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

Nos últimos meses, Salles entrou e saiu na disputa, após o PL sinalizar o apoio à reeleição de Nunes. O esperado era que o ex-presidente também embarcasse na campanha. Nunes, no entanto, não correspondeu ao sinais de Bolsonaro como desejado, preferindo adotar o tom de uma campanha de centro, e não ser o candidato de direita que o bolsonarismo gostaria.

Com o apoio de Bolsonaro, Salles deve disputar o cargo com Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tabata Amaral (PSB), que contará com a apoio do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ex-governador Márcio França (PSB), e Nunes, que apesar de não ter um grande nome como padrinho, conta com a máquina pública e um arco de alianças com PP, Republicanos, PSD, entre outros.

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