Tópicos | ex-PM

Em novo julgamento, o Tribunal do Júri absolveu nesta sexta-feira, 26, o ex-cabo da Polícia Militar Victor Cristilder e o guarda-civil Sérgio Manhanhã, que eram acusados de participar da maior chacina da história de São Paulo. O massacre, ocorrido em agosto de 2015, terminou com 17 mortos e sete feridos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.

Cristilter e Manhanhã, que sempre alegaram inocência, eram apontados como partícipes da série de ataques e chegaram a ser condenados, em 2017 e 2018, respectivamente, a mais de 220 anos de prisão, considerando as penas somadas. Após recurso da defesa, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou as sentenças em 2019 e mandou refazer o júri popular.

##RECOMENDA##

O segundo julgamento durou cinco dias. Desta vez, o Conselho de Sentença, formado por sete pessoas comuns, entendeu que os dois eram inocentes da denúncia. Para o Ministério Público (MPE-SP), responsável pela acusação, eles teriam formado uma milícia e promovido ataques a tiros para vingar a morte de um PM e GCM dias antes da chacina.

Em 2019, Cristilder respondeu, ainda, por mortes em Carapicuíba, na Grande São Paulo, ocorridas no episódio conhecido como pré-chacina. Ele também foi inocentado dessas acusações.

Desde o ano do massacre, Cristilder e Manhanhã estavam presos preventivamente. Com a absolvição, eles saem pela porta da Fórum de Osasco e podem voltar para casa.

Condenados anteriormente a mais de 500 anos de prisão, na soma das penas, outros dois policiais estão detidos pela chacina. São eles o ex-soldados da Rota Fabrício Eleutério (255 anos, 7 meses e 10 dias) e da Força Tática do 42° Batalhão Thiago Heinklain (247 anos, 7 meses e 10 dias). Eles também alegam inocência.

Preso desde março de 2019 e prestes a ir a julgamento pelas mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz foi condenado a 5 anos de prisão e pagamento de multa pelo porte de munição e pela posse de armas de fogo, munições e carregadores, no dia em que foi preso, em 2019. Essa pena será cumprida em regime aberto - portanto, se não estivesse preso preventivamente em razão dos homicídios, Queiroz seria libertado da penitenciária federal de Porto Velho, onde está detido. A sentença foi emitida em 11 de setembro pelo juiz André Felipe Veras de Oliveira, da 32ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Segundo a polícia, Queiroz era o motorista do carro que seguiu Marielle e Anderson na noite de 14 de março de 2018 pelo centro do Rio, e estava acompanhado por Ronnie Lessa, acusado de atirar contra as duas vítimas quando os veículos trafegavam pelo bairro do Estácio.

##RECOMENDA##

Em 12 de março de 2019, policiais civis e dois promotores de Justiça foram à casa de Queiroz para cumprir uma ordem de prisão (pela suspeita de envolvimento na morte da vereadora e de seu motorista) e outra de busca e apreensão, para recolher possíveis provas do crime. Queiroz foi abordado ao sair de casa de carro, e dentro de seu Renault Logan foram encontradas oito munições de fuzil de calibre 5,56 mm, que estavam embaixo do banco do carona, embaladas em um saco plástico. Ao revistar a casa, os policiais encontraram dentro do guarda-roupas do quarto de Queiroz uma pistola Glock calibre ponto 380, com cinco carregadores e 46 munições, e uma pistola Taurus calibre ponto 40, com três carregadores e 72 munições. Queiroz, que já seria detido pela morte de Marielle e Gomes, acabou preso também pelo porte das munições encontradas no carro e pela posse das armas de fogo, carregadores e munições encontradas na casa dele.

O juiz condenou o ex-PM a um ano e três meses de prisão e pagamento de 12 dias-multa pela posse das armas, carregadores e munições, e a três anos e nove meses de prisão e pagamento de 12 dias-multa pela posse de munição. No total, então, são cinco anos de prisão e pagamento de 24 dias-multa. Cabe recurso dessa decisão.

A reportagem tentou contato com a defesa de Queiroz, mas não havia obtido resposta até a publicação desta reportagem.

 Nesta terça (1), um ex-policial foi preso por estuprar a filha por oito anos, no período em que ela tinha de 10 anos a 18 anos. Atualmente, Rogério Fonseca de Oliveira, de 56 anos, trabalha como motorista de aplicativo.

Segundo o portal G1, o ex-PM foi encontrado por agentes da Delegacia de Jurujuba, na casa de sua mãe, em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Ao jornal, a polícia informou que ele confessou que praticou os crimes e que filmava os estupros.

##RECOMENDA##

Um cachorro foi brutalmente assassinado por um policial militar aposentado, de 56 anos, na cidade de Mirassol, São Paulo. A ação foi filmada por uma câmera de segurança que mostra o homem atingindo o cão com uma barra de ferro e um facão. O animal, sangrando, ainda tentou fugir do suspeito, mas ele é perseguido pelo aposentado que finaliza o que havia começado.

De acordo com as investigações iniciais da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o ex-PM teria matado o cachorro porque foi atacado pelo animal na rua. Segundo o Estado de Minas, o homem, que não teve o nome divulgado, foi levado para a Delegacia de Polícia da cidade. O caso foi registrado como "omissão cautela na guarda/condução de animais". 

##RECOMENDA##

Confira o flagra

[@#video#@]

Um ex-policial militar de Pernambuco, identificado como Devaldo Herculano da Silva, 48 anos, recluso no Presídio de Igarassu, Região Metropolitana do Recife, está sendo acusado por familiares de outros detentos de torturar e comandar o pavilhão individual da unidade, onde ele seria o "chaveiro". Herculano é apontado como um dos chefes do presídio e facilitador da entrada de drogas e celulares. O homem também é acusado de tentar se aproveitar sexualmente das mulheres dos presos nas visitas íntimas. 

Os denunciantes apontam que o ex-PM é chaveiro do pavilhão individual de Igarassu e, por conta disso, exerce uma grande influência dentro da prisão, conseguindo comandar o que entra e o que sai. "Até as comidas que a gente leva é ele quem comanda o que pode ou não porque lá dentro tem uma mercearia onde ele vende de tudo cobrando mais caro", diz Katarina*.

##RECOMENDA##

Para se ter noção, Katarina diz que uma água sanitária vendida no pavilhão custa R$ 10, já a Coca-Cola é vendida por R$ 20. “Vendem whisky, cerveja, drogas... Tudo à vontade. Os chaveiros tem contato direto com o diretor presencialmente e via WhatsApp”, afirma Lucrécia*. Us denunciantes garantem que o diretor do presídio, Charles Belarmino, está sendo conivente com tudo o que está acontecendo na unidade.

Aparentemente, o poder de comando do ex-PM é tão grande que ele consegue organizar uma comunidade de compras dentro do pavilhão. "Ele aluga barraco de pano na quadra para as visitas, cobra pedágio, é agiota na cadeia, dá em cima das mulheres dos presos e bota até eles no castigo para 'ficar' com elas", salienta Damião*.

Herculano também está sendo acusado de ser o 'facilitador' da movimentação de aparelhos celulares e até de drogas no pavilhão onde é chaveiro. No Facebook, o LeiaJá encontrou a conta “Pig Charles Belarmino” (nome do diretor da unidade), onde Herculano se apresenta como chaveiro do presídio de Igarassu e ex-PM. Na rede social, constatamos fotos em locais que aparentam ser o presídio, onde são vistas o uso desenfreado de aparelhos celulares o que - em tese - é proibido nas cadeias do Brasil. A ostentação de armas e drogas dão a ‘pitada’ do poder dos presos num local que deveria ser de ressocialização.

[@#galeria#@]

O desmando é geral. O chaveiro do pavilhão família de Igarassu, Fabson Lemos Regis, mais conhecido como 'Cebola', também está sendo apontado como auxiliar do ex-PM. Fabson é tido como uma espécie de 'reprodutor' dos desmandos de Herculano. De acordo com os denunciantes, 'Cebola' também facilita o trânsito de drogas e celulares na unidade prisional e ainda espanca os detentos que não acatam as suas ordens ou andam 'fora da linha'. 

Sobre eles

Fabson Lemos Regis foi condenado em 2014 a 9 anos e 4 meses de prisão, acusado de roubo a mão armada. Na época, a juíza Ângela Maria Teixeira de Carvalho Melo disse que Fabson "demonstrava periculosidade e conduta absolutamente voltada para o crime, demonstrando desprezo pela vida humana ou pela integridade física ou patrimonial de suas vítimas", avaliou.

Em 2007, Devaldo Herculano da Silva, 48 anos, foi submetido ao conselho de ética da Polícia Militar de Pernambuco por ter sido preso na cidade de Tacaimbó de posse de duas armas de fogo não registradas (um revólver calibre 38 e uma pistola calibre 380). Além disso, ele também foi acusado de ter matado Douglas Rodrigues de Melo Gualberto, que teve o seu corpo encontrado parcialmente carbonizado e com perfurações de projéteis cujo exame balístico comprovou que as balas eram do revólver de Herculano. Há dois meses, Herculano pediu na justiça pelo relaxamento de sua prisão, o que foi indeferido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). 

Não é a primeira vez

A ostentação dos chaveiros não é algo novo na Penitenciária de Igarassu. Em 2015, Paulo Henrique Serpa, que na época cumpria pena por tráfico de drogas e homicídio, fazia questão de postar nas redes sociais a vida de luxo que levava dentro da unidade prisional. 'PH', como era conhecido, também atuava como chaveiro do Pavilhão D, cuidando da abertura e fechamento das celas. 

Frutos do mar, cordão de ouro e até fotos tomando banho na "suíte vip", como fazia questão de falar, era o que tinha para o preso, que mantinha o seu ‘padrão de vida’ cobrando taxas de sobrevivência e comandando o tráfico de drogas interno, segundo apontou um agente penitenciário, da época, em entrevista ao G1.

Resposta Secretaria Executiva de Ressocialização

Em nota, a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que está "apurando as denúncias e identificando os envolvidos". O órgão do governo do Estado disse que intensificou as revistas nas portas de entrada "com a instalação de sistemas de inspeção de bagagens por raio x, portais detectores de metal, detectores de metal manual, scanners corporais, entre outros equipamentos de segurança".

*Nomes fictícios, para que as identidades dos denunciantes sejam preservadas.

O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri do Rio, por maioria, absolveu, na noite dessa quinta-feira (14), o ex-soldado da Polícia Militar Elias Gonçalves da Costa, acusado de matar o menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, no dia 6 de julho de 2008, na Tijuca, zona norte do Rio, quando Gonçalves e um colega perseguiam um carro com bandidos pelas ruas do bairro.

João Roberto foi morto a tiros dentro do carro em que estava com a mãe, a advogada Alessandra Amorim Soares, e o irmão dele Vinícius, então com 9 meses de idade. Elias e o também ex-PM William de Paula perseguiam um grupo de bandidos pelas ruas da Tijuca, quando confundiram o veículo da família com o dos criminosos e fizeram vários disparos.

##RECOMENDA##

Foram ouvidas duas testemunhas de defesa, amigos de infância do soldado Elias. Alessandra, mãe do João Roberto, passou mal e foi dispensada pela acusação.

No interrogatório, Elias disse que deu um único tiro para o alto e que foi o outro PM, William de Paula, quem fez os disparos contra o carro onde estava a família.

Mesma versão

O ex-soldado Elias Gonçalves da Costa foi julgado em 2011, quando foi absolvido do crime. O Ministério Público, no entanto, entrou com um recurso para solicitar um novo julgamento, por considerar que os jurados reconheceram a culpa de Elias, mas o julgaram inocente.

No primeiro júri, Elias defendeu-se dizendo que apenas atirou para o alto e que os tiros que mataram o menino partiram da arma de seu colega William de Paula.

Quando foi homenageado com a maior condecoração concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Medalha Tiradentes, por iniciativa do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (à época filiado ao PP, hoje senador eleito pelo PSL), o então policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega estava preso por suspeita de homicídio. Hoje acusado pelo Ministério Público de liderar uma milícia na zona oeste do Rio, Nóbrega está foragido desde a última terça-feira, 22. A prisão foi revelada pelo site do jornal Folha de S.Paulo e confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo pelo Tribunal de Justiça do Rio.

O PM já havia sido homenageado por Bolsonaro em outubro de 2003, quando o então deputado estadual apresentou moção de louvor ao PM, pela "dedicação, brilhantismo e galhardia" do profissional. Três meses depois, em janeiro de 2004, Nóbrega foi preso preventivamente acusado pelo homicídio do guardador de carros Leandro dos Santos Silva, de 24 anos. Além de Nóbrega, outros dez policiais foram detidos. A vítima morava em Parada de Lucas (zona norte) e havia denunciado os policiais por extorsão e ameaça.

##RECOMENDA##

Os policiais foram acusados ainda de alterar a cena do crime, para tentar forjar um auto de resistência, que se caracteriza quando a vítima reage a uma abordagem policial e há confronto. Segundo testemunhas, o guardador não reagiu.

O processo tramitava e Nóbrega estava preso quando, em junho de 2005, Flávio Bolsonaro apresentou projeto de resolução para conceder a Medalha Tiradentes ao policial. Ao justificar sua iniciativa, o deputado escreveu que "em 26 de junho de 2001 (Nóbrega) logrou êxito em prender 12 marginais no Morro da Coroa, além de apreender quatro fuzis, uma submetralhadora (...) e 90 trouxinhas de maconha". Em agosto a proposta foi aprovada pelo plenário da Alerj.

Dois meses depois, em outubro, Nóbrega foi condenado a 19 anos de prisão pelo Tribunal do Júri. Houve recurso à segunda instância e, em 2006, desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio anularam a condenação e determinaram um novo julgamento. O policial deixou a prisão em outubro de 2006. Em janeiro de 2007, em novo julgamento, Nóbrega foi absolvido.

O policial foi preso mais duas vezes até ser exonerado da PM, em janeiro de 2014, acusado de atuar como segurança de um contraventor.

Medalha

O regimento interno da Alerj prevê que a Medalha Tiradentes "poderá ser concedida a personalidades nacionais ou estrangeiras que, de qualquer forma, tenham serviços prestados ao Estado do Rio de Janeiro, ao Brasil ou à humanidade". A outra exigência é de que o projeto seja aprovado pelos deputados, em votação no plenário.

Resposta

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 24, que, quando recebeu a condecoração, o policial "sofria uma injustiça, reconhecida com sua absolvição". O parlamentar afirmou que, "desde o meu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, sempre tive por prioridade a defesa das instituições policiais e de seus integrantes. Nesse sentido, por diversas ocasiões homenageei servidores em face de ações que mereceram reconhecimento. Foi assim com o então tenente Adriano, que na ocasião específica sofria uma injustiça, reconhecida com sua absolvição na esfera judicial. Isso se deu há mais de uma década, sendo impossível fazer previsões sobre acusações somente agora reveladas", concluiu Bolsonaro.

Um ex-policial militar provocou um tiroteio que deixou um homem morto e duas pessoas feridas na manhã desta sexta-feira (21). De acordo com a polícia, o homem havia sido detido e, em seguida, desarmou um policial e abriu fogo. O caso aconteceu quase em frente à sede da Polícia Civil, no Centro do Rio de Janeiro.

A Polícia Militar informou que o autor dos tiros é um um policial militar reformado do Rio Grande do Norte. Ele estava afastado da corporação por problemas psiquiátricos e, nesta sexta, foi detido após ter danificado uma propriedade da Infraero no Aeroporto Santos Dumont.

##RECOMENDA##

Ele foi preso por policiais militares e conduzido à 5ª Delegacia da Polícia Civil. Lá, ele teve as algemas retiradas para poder assinar o registro da ocorrência e aproveitou o momento para desarmar um policial e começar a atirar. O tiroteio ocorreu por volta das 10h30 e havia muito movimento no entorno da delegacia. Um policial civil de 36 anos e um idoso que esperava para ser atendido foram atingidos dentro da delegacia. Um terceiro homem foi baleado na rua.

O idoso chegou a ser levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, mas não resistiu e morreu enquanto aguardava atendimento. Os dois outros homens estão internados no local. O ex-soldado também acabou baleado durante a fuga. Ele foi socorrido e seu estado de saúde não foi informado.

O ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, investigado por suposta ligação com o assassinato da vereadora Marielle Franco, foi denunciado nesta terça-feira, 10, como mandante de outro crime. Segundo o Ministério Público do Rio, ele mandou matar Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, assessor informal do vereador Marcello Siciliano (PHS). O parlamentar também foi apontado por uma testemunha como envolvido na morte de Marielle.

Alexandre Cabeça foi morto na noite de 8 de abril, 25 dias após a morte de Marielle, na Estrada do Curumau, na Taquara, zona oeste do Rio. A denúncia que acusa Curicica pelo crime foi apresentada pela 23ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos e é baseada em relato feito pelo acusado Ruy Ribeiro Bastos, que confessou o assassinato de Alexandre e fez acordo de delação premiada.

##RECOMENDA##

Ele contou que a ordem do assassinato partiu de Curicica, quando ele ainda estava no presídio Bandeira Stampa, em Bangu (zona oeste), antes de ser transferido para a penitenciária federal de Mossoró-RN.

O MP-RJ afirma que Orlando Curicica é líder de uma milícia que atua na região de Curicica, em Jacarepaguá (zona oeste), e autorizou o assassinato de Alexandre, dividindo a condição de mandante com Diogo Maia dos Santos, outro líder da mesma milícia. O motivo seria uma informação veiculada por Alexandre nas redes sociais sobre um homicídio.

O crime teria sido praticado por Bastos, Rondinele de Jesus da Silva e Thiago Bruno Mendonça. Esses três, junto com Santos, já respondem pelo homicídio, em processo que tramita no 2.º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. O Ministério Público quer que o processo contra Orlando Curicica seja enviado para o mesmo juízo.

O MP-RJ afirma que os executores de Alexandre receberam de R$ 500 a R$ 1.250 cada para praticar o crime. Curicica pode responder por homicídio qualificado mediante pagamento, por motivo fútil e com impossibilidade de defesa da vítima, atingida pelos disparos efetuados a pouca distância e contra seu pescoço.

Além de acusar Curicica pelo homicídio, o MP-RJ pede a prisão preventiva do denunciado (atualmente detido na penitenciária federal de Mossoró-RN, por outro crime) e sua condenação ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais causados aos familiares da vítima.

A denúncia contra o ex-PM Orlando de Araújo, apontado por uma testemunha como envolvido na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, tornou famoso um nome já conhecido pela polícia. Ele é investigado por supostamente comandar uma milícia violenta, que se expande por Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Também enfrenta suspeitas por três homicídios, participação no jogo do bicho e na máfia dos caça-níqueis. A defesa diz que ele é inocente.

A quadrilha extorque dinheiro por meio de cobranças ilegais relacionadas a serviços que controla, conforme apuração do Ministério Público e da Polícia Civil. O grupo ganha força em Curicica, bairro que serve de apelido ao ex-PM, Taquara, Freguesia e Praça Seca, além da comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Vargem Pequena, na zona oeste carioca.

##RECOMENDA##

Um dos homicídios em que Araújo é suspeito teve como vítima um colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), também apontado como mandante da morte de Marielle. Carlos Alexandre Pereira, o Cabeça, tinha prestado depoimento sobre o caso Marielle. Foi encontrado com marcas de tiros dentro de um carro na Taquara na noite de 8 de abril, 25 dias após a execução da vereadora.

Há a suspeita de que teria sido queima de arquivo. Testemunhas afirmaram que um dos atiradores gritou: "A gente tem de calar a boca dele". Segundo a defesa, a inclusão do ex-PM no inquérito deve-se ao fato de o assassino, supostamente, ter dito "manda um alô pro Curicica".

Segundo a testemunha, a morte de Marielle foi encomendada por Siciliano ao ex-PM porque ela estava "atrapalhando" a milícia. O vereador nega. Os outros dois assassinatos são mais antigos. Em junho de 2015, o presidente da escola de samba União do Parque Curicica, Wagner Raphael de Souza, foi baleado. Já em junho de 2016, o sargento da reserva da PM Geraldo Antônio Pereira foi metralhado no estacionamento da academia da qual era dono. Foi alvejado na cabeça e no pescoço por três homens, de carro. O caso logo foi ligado a disputas ligadas à exploração ideal de caça-níqueis.

"Essa alegação de que (Araújo) é apenas um líder comunitário é historinha", disse um investigador ao Estado. Preso desde outubro, Araújo pode ser transferido do Rio na semana que vem, a pedido da Justiça.

O ex-PM atribui o envolvimento de seu nome a uma retaliação da testemunha. O motivo seria o rompimento de uma parceria - Araújo diz que seu acusador é um PM com quem trabalhara como segurança particular e de eventos por dois anos. O ex-PM teria se afastado após descobrir que ele tinha envolvimento com o crime.

"Estou vivendo à base de calmante", disse a mulher de Araújo. Empresária de 34 anos, ela trabalha com compra e venda de joias de ouro e tem uma distribuidora de água no Recreio. "Tenho de me esconder porque não sei o que está acontecendo. Nossa vida virou um inferno."

O Tribunal de Justiça Militar deve marcar para os próximos dias o julgamento do ex-policial militar Paulo Rogério Caetano. Em 2012, ele foi preso em flagrante após receber R$ 20 de propina de um motorista que estava com o caminhão irregular. Durante a investigação, a Corregedoria da PM descobriu que ele recebia cerca de R$ 10 mil por mês achacando motoristas e empresas de transporte.

Caetano era soldado da Polícia Rodoviária Estadual e, quando foi preso, em maio de 2012, trabalhava em um posto da Rodovia Castelo Branco, em Barueri. Segundo as investigações, o motorista de um caminhão foi parado pelo então policial, que lhe pediu os documentos. A recomendação foi atendida, mas, com os documentos, o motorista deixou uma nota de R$ 20 e foi rapidamente liberado.

##RECOMENDA##

Pouco depois, porém, o caminhoneiro foi interceptado por outra equipe de policiais, que constatou que o veículo tinha a placa coberta de lama - o que dificulta a identificação - e um dos pneus careca. Foi notado que o tacógrafo não havia sido fiscalizado e estava com a data vencida.

Questionado, o motorista disse que o policial que havia lhe parado um pouco antes não tinha feito nada após receber R$ 20. A equipe voltou até a base de Caetano e, com ele, localizou a nota de R$ 20 guardada no colete à prova de balas.

A Corregedoria da PM passou a investigar o caso e descobriu uma agenda que continha os registros do dinheiro recebido com a propina, em pagamentos praticamente diários que variavam de R$ 100 a R$ 1 mil. Segundo as investigações, o suspeito fez da cobrança de propina uma rotina no trabalho.

O Ministério Público, em denúncia oferecida à Justiça Militar, afirmou ter ficado provado que o "denunciado abordava aleatoriamente caminhões para apontar irregularidades inexistentes e, com isso, constranger motoristas a lhe pagarem valores pecuniários para que não fossem multados". A promotoria disse também que a investigação constatou a existência de um acordo com algumas empresas de transportes, que pagavam quantias mensais ao policial para que seus caminhões não fossem abordados. Caso isso acontecesse por algum imprevisto, o veículo seria liberado.

Caetano recebia a propina "em dinheiro, pessoalmente, caso em que o denunciado se deslocava até as empresas para buscar ou ligava para combinar um local de encontro". Segundo o MP, o policial também pedia propina de motoristas com veículo irregular.

Exoneração

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que Caetano respondeu a processo administrativo na Corregedoria da PM e foi exonerado em julho de 2014. A reportagem procurou o advogado do ex-PM, Abelardo Júlio da Rocha, mas ele não retornou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-cabo da Polícia Militar Wiliam de Paula será julgado novamente nesta terça-feira, 9, acusado de matar o menino João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, em julho de 2008. João foi morto a tiros quando o carro de sua mãe foi confundido com o de criminosos.

O novo julgamento é um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), que recorreu da decisão de dezembro de 2008 que absolveu o ex-PM do crime de homicídio doloso e condenou o ex-policial por lesão corporal.

##RECOMENDA##

Na época, um outro policial militar, Elias Gonçalves da Costa, foi absolvido pelos jurados ao afirmar que só deu um tiro para o alto e que o colega é quem teria disparado contra o carro onde estava a criança.

O recurso do MP questiona a decisão dos jurados, afirmando que ela contraria a prova pericial que atestou o erro do réu.

De Paula é acusado de ter atirado 17 vezes contra o veículo em perseguição ocorrida na Tijuca, bairro da zona norte do Rio. Um irmão do menino também estava dentro do carro na ocasião. Depois do crime, os dois acusados foram expulsos da Polícia Militar.

A Polícia Federal de Pernambuco prendeu, nessa terça-feira (1º), um ex-soldado da Polícia Militar que estava foragido desde 2006, tendo contra si um mandado de prisão por tráfico de drogas e resistência à prisão. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal da 18ª Vara Seção Judiciária de Pernambuco, em maio deste ano. O réu foi denunciado pelo Ministério Público Federal e condenado a cinco anos e 10 meses de reclusão em regime semi-aberto. 

Emmanuel Fernandes da Silva Magalhães, de 52 anos, estava na sua residência, no bairro do Arruda, e foi avistado por um policial federal, que fazia campana, quando saia do imóvel. No momento da prisão foi feita uma busca pessoal, constataram que ele não estava armado e o conduziram em seguida para a Sede da Polícia Federal localizada no Cais do Apolo. Após fazer exame de Corpo de Delito no Instituto de Medicina Legal (IML) foi conduzido para a cadeia pública de Salgueiro, no Sertão, escoltado por policiais federais onde ficará à disposição da Justiça Federal. 

##RECOMENDA##

Entenda o caso – Em 2006, Emmanuel estava sendo investigado por tráfico de drogas, após ter sido feita uma barreira policial no município de Ibimirim, no Sertão do Estado, com o objetivo de capturá-lo. Ele furou o bloqueio e atirou contra os Policiais Federais que revidaram a ameaça disparando contra o suspeito. Emmanuel conseguiu fugir do local e, em seguida, abandonado o veículo que conduzia. 

Na sua fuga antes do carro ser encontrado vários tabletes de maconha foram jogados na estrada para fora do veículo que o militar estava conduzindo. O ex-militar foi localizado e preso no dia 21 de agosto de 2006 quando tentava atendimento médico no Centro Médico Hospitalar da PMPE em virtude de ter sido alvejado por disparo de armas de fogo no confronto com os federais. 

Operação Procurados – Desde 2010, a Polícia Federal realiza a operação com objetivo de cumprir mandados de prisão temporária e preventiva expedidos pela Justiça Federal. Somente este ano, 47 pessoas já foram presas pela Polícia Federal em Pernambuco.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando