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Sob pressão política, o comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, se prepara para definir, nesta semana, se e como punirá o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, general de Divisão da ativa que participou de um ato político no Rio de Janeiro em prol do presidente Jair Bolsonaro, o que é proibido segundo as normas militares. No Quartel-General do Exército, oficiais avaliam que o comandante pode convocar Pazuello a se explicar presencialmente, depois de a justificativa do ex-ministro não ter "convencido".

A oitiva presencial está dentro das regras da apuração de transgressão disciplinar. É prerrogativa do comandante optar por convocar ou não Pazuello, que já enviou sua explicação por escrito. O comandante pode agora solicitar mais esclarecimentos, segundo oficiais a par do caso.

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Uma avaliação corrente na caserna é que Paulo Sérgio pode, ainda, optar por não tornar pública sua deliberação para preservar Pazuello. Ele tem sido aconselhado a não aplicar a punição mais pesada, a prisão disciplinar, para evitar uma escalada de crise com Bolsonaro. O presidente quer blindar Pazuello.

A advertência verbal é a opção mais branda e pode ser feita ostensivamente, perante o Alto Comando, ou em caráter reservado. Já a repreensão, uma censura enérgica, tem de ser registrada por escrito e publicada em boletim interno. Mas o teor do documento pode ser classificado como de acesso restrito ao círculo de oficiais generais. Nas palavras de um oficial, a simples existência de uma apuração já é um fato grave e qualquer punição será desabonadora.

Pelas regras, o comandante tem agora uma semana, até a próxima segunda-feira, dia 7, para tomar sua decisão. Depois, Pazuello pode recorrer em até dez dias, caso discorde da decisão monocrática.

A defesa de Pazuello chegou em envelope lacrado ao gabinete do comandante-geral na quinta-feira, dia 27, quando Paulo Sérgio estava na Amazônia acompanhando uma agenda do presidente, ao lado dos ministros da Defesa, Walter Souza Braga Netto, e da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, ambos generais da reserva.

Durante a viagem à floresta, Bolsonaro fez afagos aos militares, disse que os "respeita" e tratou Paulo Sérgio como "amigo". Depois, aproveitou sua live nas redes sociais para antecipar a linha de defesa de Pazuello e deixar claro que não deseja ver o ministro ser punido. Segundo a argumentação do Planalto, o passeio de motocicleta em apoio a Bolsonaro no Rio e o discurso em cima de um carro de som não seriam uma manifestação política, porque o presidente está desfiliado de partidos. É a mesma alegação de Pazuello.

"É um encontro que não teve nenhum viés político até porque não estou filiado a partido político nenhum ainda. Foi um movimento pela liberdade, pela democracia, em apoio ao presidente", disse Bolsonaro, em linha com a defesa de Pazuello, a quem classificou como um "tremendo gestor", apesar das 460 mil mortes durante a pandemia da covid-19.

Nas Forças Armadas, a justificativa não soou convincente. Um oficial general da ativa ouvido pela reportagem sob anonimato usou a expressão "cara de pau" para definir a defesa de Pazuello. Outro que acompanha o andamento do caso afirmou que a apuração disciplinar criou um clima de constrangimento geral para que Pazuello entre em qualquer quartel do País.

Como o Estadão mostrou, generais da reserva avaliam que uma intervenção política do Palácio do Planalto, com mudança de uma eventual punição a Pazuello, pode desautorizar o comandante e provocar sua renúncia.

O Exército Brasileiro, por meio do Departamento de Educação e Cultura (DECEx) e da Escola de Sargentos das Armas (ESA), retificou, nesta terça-feira (25), o cronograma do concurso público que visa preencher 1.100 vagas para os cursos de formação e graduação de sargentos das áreas geral, música e saúde, com início em fevereiro de 2022. Anteriormente, as inscrições iam até o dia 4 de maio. Agora, os interessados poderão se candidatar no período de 7 a 16 de junho por meio de endereço eletrônico ou pelo envio da ficha de inscrição impressa, que poderá ser obtida na página da Escola de Sargentos das Armas, via postal ou mediante a solicitação do candidato à ESA por carta ou telefone.

Para participar, os candidatos devem custear uma taxa no valor de R$ 95, como também precisam cumprir algumas exigências, como ser brasileiro nato, ter concluído o ensino médio, ter no mínimo 1,60m de altura, se do sexo masculino, ou 1,55m de altura, se do sexo feminino, entre outras. A seleção será realizada por meio do exame intelectual, inspeção de saúde, exame de aptidão física, exame de habilitação musical para os candidatos da área de música, investigação social, revisão médica e exame de aptidão física definitivo.

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O resultado dos aprovados está previsto para ser divulgado no dia 24 de janeiro de 2022. Veja mais detalhes e confira o novo cronograma completo no edital do certame.

O comandante-geral do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, deverá abrir uma apuração disciplinar sobre a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato político ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro. A manifestação foi realizada neste domingo, no Rio de Janeiro, e provocou aglomeração em um momento de pandemia de covid-19. Tanto Bolsonaro como Pazuello estavam sem máscara.

A apuração disciplinar é uma forma de o Exército garantir a Pazuello o direito de defesa, embora a infração por participar de manifestação política esteja documentada.

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O jornal O Estado de S. Paulo apurou com quatro fontes que a decisão já foi comunicada a Pazuello. O general ainda teria nesta segunda-feira uma reunião no Comando Geral do Exército, o Forte Apache, em Brasília, a poucos metros de sua residência na capital, o Hotel de Trânsito de Oficiais.

A punição varia de acordo com o grau do ato, se for julgada como transgressão leve, média ou grave. Ao fim do processo, o comandante do Exército pode aplicar a pena de advertência verbal, determinar algum tipo de impedimento, repreendê-lo ou mesmo determinar a prisão e exclusão das fileiras do Exército.

O procedimento disciplinar é uma espécie de julgamento adotado para casos considerados menos graves do que os que vão ao Conselho de Justificação. Esse conselho pode ser instaurado em casos de reincidência de transgressão disciplinar, crimes, atos que afetem a honra e o decoro, entre outros, e pode acarretar o afastamento imediato de oficiais e na sua reforma e perda de patentes.

Pazuello é um general de Divisão intendente, e, para sua formação, está no topo da carreira, com três estrelas. Pelas regras atuais, os generais de Intendência não podem chegar a quatro estrelas, cargo máximo de general de Exército. O ex-ministro da Saúde poderia pedir passagem à reserva, mas até hoje sempre resistiu a essa ideia, mesmo enquanto esteve no exercício do cargo de ministro e era pressionado por generais a se afastar da ativa.

Irritação

A participação de Pazuello em ato político irritou ainda mais o generalato. O regulamento disciplinar do Exército prevê cinco transgressões de natureza política, entre as quais "autorizar, promover ou tomar parte em qualquer manifestação coletiva, seja de caráter reivindicatório ou político, seja de crítica ou de apoio a ato de superior hierárquico".

Oficialmente, o Exército ainda não se pronunciou sobre o caso. O comando da Força Terrestre também não se manifestou sobre a reunião do general da ativa com o ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) no hotel militar, dois dias depois de dizer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid que não poderia comparecer a depoimento presencial por ter tido contato direto com assessores infectados pelo novo coronavírus.

O procedimento disciplinar vai enquadrar a conduta de Pazuello em gradações da transgressão. Ela pode ser atenuada pelo "bom comportamento" e "relevância de serviços prestados" pelo oficial (Pazuello não tem outros casos em sua ficha), mas agravada por ter sido uma manifestação "em público" - o ex-ministro subiu em carro de som e passeou de moto entre militantes bolsonaristas.

A transgressão pode ser considerada "justificada", o que, na prática, não resultaria em punição, se restar comprovado que Pazuello obedeceu a "ordem superior". Na ativa, ele ocupa um cargo administrativo na Secretaria-Geral do Exército, e não mais um cargo civil de natureza política no governo, mas estava acompanhado de Bolsonaro.

Acompanhado pelo ex-ministro da Saúde general Eduardo Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e mais uma dezena de apoiadores - todos sem máscaras e sobre um carro de som - o presidente Jair Bolsonaro discursou nesse domingo (23) para milhares de apoiadores no Aterro do Flamengo, no Rio.

A presença de Pazuello, uma general de divisão da ativa, em manifestação político-partidária sem que ele exerça cargo no governo que justifique sua ida ao local, causou constrangimento na cúpula do Exército e reações de políticos. O comando da Força deve tratar do caso nesta segunda-feira. É que a legislação - o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar - proíbem que militares da ativa participem desse tipo de ato ou se manifestem politicamente. Recentemente, a instituição apertou o cerco a oficiais que faziam posts políticos em redes sociais.

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Na quarta-feira, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, disse à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara que militares da reserva podem ir a manifestações, ao contrário de quem está na ativa. "Os da ativa não podem e serão devidamente punidos se aparecerem em manifestações políticas". A exceção são as manifestações autorizadas pelo comando.

Mas o comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi surpreendido pela presença de Pazuello no Aterro do Flamengo. O PSDB divulgou nota na qual criticou a presença de Pazuello no evento. "Um general de divisão do Exército Brasileiro participando de um evento de natureza política não condiz e não respeita a instituição da qual faz parte. Como instituições do Estado brasileiro, nossas Forças atingiram grau de maturidade institucional e o respeito de toda sociedade." O presidente do Cidadania, Roberto Freire, pediu a punição de Pazuello. "O Alto Comando do Exército não pode deixar passar tal gesto de quebra de hierarquia e indisciplina." Segundo ele, as Forças Armadas devem deixar claro que não serão transformadas em instrumento político.

Com a máscara no queixo, Pazuello passou no meio da multidão de apoiadores e subiu ao carro de som onde estava o presidente. Já sem máscara, um sorridente Pazuello acenou para os manifestantes. Bolsonaro chamou o ex-ministro de "nosso gordinho". Ao depor na CPI da Covid, Pazuello foi questionado sobre ter aparecido sem máscara em um shopping em Manaus. Ele admitiu o erro e pediu desculpas. No domingo, no entanto, não houve essa preocupação.

No ato, Bolsonaro afirmou lamentar "cada morte no Brasil, não importa a motivação da mesma". "Mas nós temos que ser fortes, temos que viver e sobreviver. Fique bem claro: o meu Exército Brasileiro jamais irá às ruas pra manter vocês dentro de casa". A fala encerrou um passeio de moto no Rio. Entre os apoiadores, uma minoria usou máscaras. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, criticou o ato. "Previsível espetáculo de covarde omissão que ignora hospitais lotados e a nova cepa indiana. Pobre do Brasil, pobre do meu Rio."

Generais do Exército Brasileiro tiveram dados como nome, número de telefone, endereço de e-mail, nome de esposa e nome de auxiliares expostos na internet durante este mês de maio em um livreto confidencial publicado pelas Forças Armadas do Brasil, informou na sexta-feira, 14, a agência Núcleo Jornalismo, projeto editorial do Volt Data Lab. O material estava publicado na íntegra no Calaméo, plataforma para expor livros de forma digital.

O arquivo digital consultado pelo Núcleo Jornalismo, que foi recebido por meio de uma fonte anônima, diz que o documento foi gerado em 3 de maio de 2021 e que se trata de informações sigilosas. Além disso, o arquivo pede que a versão impressa do livro seja destruída e a digital, apagada permanentemente.

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As informações foram retiradas do Camaléo logo após o contato do Núcleo Jornalismo com a comunicação oficial do Exército, que afirmou se tratar de material anterior à pandemia de covid-19.

A íntegra da nota do Exército, enviada à agência, foi a seguinte: "Atendendo à sua solicitação formulada por meio de mensagem eletrônica, de 12 de maio de 2021, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que o referido material, na versão digital, é anterior à pandemia. Informamos, ainda, que a Força possui normas e realiza orientações para segurança de tecnologia da informação e comunicação."

O caso vem à tona após o mega vazamento de dados em que foram expostas informações de mais de 220 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 100 milhões de licenças de veículos.

A principal consequência de quaisquer vazamento de dados é o risco de fraude de informações financeiras ou mesmo de sequestro de dados a partir de e-mails com senhas desprotegidas. A recomendação de especialistas é ter autenticação em dois fatores para todas as contas na internet, senhas longas e evitar clicar em links desconhecidos, dentre outras etapas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Exército Brasileiro divulgou a abertura de um concurso com intuito de preencher 440 vagas, sendo 400 para o homens e 40 para mulheres, destinadas a admissão de Cursos de Formação e Graduação de Oficiais de Carreira da Linha de Ensino Militar Bélico (CFO/LEMB). As inscrições podem ser realizadas de 11 de maio até 14 de junho por meio do site da Escola Preparatória de Cadetes.

Para o candidato ser elegível, precisa ter nascido no Brasil, possuir ensino médio completo, ter entre 17 e 22 anos, não ter filhos ou dependentes, não ser casado ou ter união estável, estar em dia com as obrigações eleitorais e militares e ter altura mínima de 1,60 para homens e 1,55 para mulheres. As inscrições só serão efetivadas a partir do pagamento da taxa de R$ 100,00. Cada CPF tem direito de uma inscrição. Os que desejarem se isentar da taxa devem realizar a solicitação no período de 11 a 14 de maio.

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O concurso é composto por exame intelectual, previsto para ser realizado nos dias 25 e 26 de setembro, e uma segunda etapa com inspeção de saúde, exame de aptidão física, avaliação psicológica e comprovação dos requisitos para a matrícula. No primeiro dia do exame intelectual, estão programados conteúdos das disciplinas de português, redação, física e química. Já no segundo dia, os conteúdos comtemplados serão das disciplinas de matemática, geografia, história e inglês. Para mais informações confira o edital de abertura da seleção.

A Escola de Sargentos das Armas (ESA) do Exército Brasileiro segue com inscrições abertas, até o dia 4 de maio, para o processo seletivo de admissão aos cursos de formação e graduação de sargentos. As candidaturas devem ser feitas por meio do site da corporação, ou por meio de envio de documentação impressa, caso o candidato não possa realiza-la pela internet. A taxa de inscrição para o concurso é de R$ 95.

A seleção oferta 900 vagas para o gênero masculino, sendo 720 destinadas à ampla concorrência e 180 reservadas à cota para negros; 100 vagas para o gênero feminino, com 80 vagas para ampla concorrência e 20 vagas destinadas à cota para negras; 45 vagas para a área de música, com reserva de vagas para negros em algumas formações; 55 vagas para a área de saúde, com 20% do total de vagas destinado à cota para negros.

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O certame será composto de duas etapas, sendo a primeira constituída de Exame Intelectual (EI), de caráter eliminatório e classificatório, que será realizado no dia 3 de outubro por todos os candidatos. A segunda será composta por diversas fases, entre elas: Inspeção de Saúde (IS), de caráter eliminatório, que será realizada somente pelo candidato aprovado no EI; Exame de Aptidão Física (EAF), de caráter eliminatório, que será realizado apenas pelo candidato aprovado no EI e apto na IS; entre outras.

Está previsto para ser divulgado até 24 de janeiro de 2022, no site da ESA, o resultado dos candidatos aprovados e classificados, assim como a relação dos aprovados e incluídos na majoração, convocados para comparecerem nas UETE, para realizarem a última etapa do certame. Já a matrícula dos selecionados deve ser realizada no dia 7 de março de 2022.

Mais detalhes sobre o processo seletivo podem ser obtidos por meio do manual do candidato.

O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foi transferido para a reserva, segundo decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (27).

De acordo com o ato, a transferência é válida desde o dia 20 de abril, data em que foi oficializada a troca no comando do Exército, com a saída do general Edson Pujol.

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Na noite dessa sexta-feira (23), o programa Alerta Nacional, comandado na RedeTV! por Sikêra Jr., recebeu o presidente Jair Bolsonaro. Durante a entrevista, Bolsonaro afirmou que pode usar as Forças Armadas para intervir nas medidas restritivas de prefeitos e governadores em combate à pandemia da Covid-19.

"Se tivermos problemas, nós temos um plano de entrar em campo. Eu sou o chefe supremo das Forças Armadas. O nosso Exército, as nossas Forças Armadas, se precisar, nós iremos para as ruas. Mas não para manter o povo dentro de casa, e sim para restabelecer todo o artigo 5º da Constituição. Se eu decretar isso, vai ser cumprido este decreto", declarou o chefe do Executivo.

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Ainda no bate-papo com o apresentador, Jair Bolsonaro completou: "As nossas Forças Armadas podem ir para a rua um dia, sim, dentro das quatro linhas da Constituição para fazer cumprir o artigo 5º, direito de ir e vir, acabar com essa covardia de toque de recolher, [garantir o] direito ao trabalho, liberdade religiosa de culto, para cumprir tudo aquilo que está sendo descumprido por parte de alguns governadores e alguns poucos prefeitos".

O artigo 5º da Constituição Brasileira, citado na entrevista pelo presidente da República, diz que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". Orientados por órgãos de saúde, prefeitos e governadores adotaram medidas de isolamento para conter o avanço do novo coronavírus.

Um jovem, de 18 anos, matou o pai a facadas após brigarem por um corte de cabelo no bairro de Petrópolis, Zona Sul de Manaus, no Amazonas. A vítima, de 38 anos, foi assassinada na noite dessa segunda-feira (12), quando mandou o filho cortar o cabelo para se alistar no Exército.

Sem querer cortar o cabelo, João Marques da Silva e o pai, identificado como o ambulante José Maria Souza da Silva, trocaram empurrões, até o filho pegar uma faca e desferir três golpes no seu tórax e no braço.

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O filho mais velho, de 20, socorreu José Maria, que seguiu já sem vida para o Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. "Meu irmão iria se alistar para o exército na semana que vem e estava questionando se seria necessário cortar o cabelo. Meu pai, com o jeito explosivo dele, acabou o ofendendo. Meu pai estava deitado na cama e instantes depois meu irmão abriu a porta e deu as facadas. Ele não esperava receber as facadas, a discussão já tinha acabado, mas meu pai ainda resmungava", explicou ao portal Em Tempo.

João tentou fugir, mas foi capturado e conduzido para a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS). Ele teria chorado e pedido perdão ao irmão na delegacia, indica a publicação.

 

Após ter sido chamado de "patife" neste sábado (10) pelo presidente Jair Bolsonaro, que o responsabilizou mais uma vez pelos efeitos econômicos do lockdown em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) pediu "caaaaalma", alongando a palavra, ao adversário político, pelo Twitter.

"Pelo jeito, a primeira dose de vacina anti-rábica não foi suficiente. É muito amor pela minha calça apertada", acrescentou o governador, na rede social, anexando à mensagem a manchete de um portal de notícias sobre visita feita hoje por Bolsonaro de moto a São Sebastião, no entorno de Brasília, onde esteve com uma família venezuelana. Ao chegar ao Palácio da Alvorada, o presidente voltou a fazer críticas a governadores e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Durante a visita neste sábado, Bolsonaro abriu uma transmissão ao vivo em sua conta no Facebook. "Nunca nosso Exército vai fazer qualquer coisa contra a liberdade privada de vocês e vocês sabem que, toda vez que precisaram das Forças Armadas, elas estiveram ao seu lado, não ao lado de possíveis governadores com vieses ditatoriais", afirmou Bolsonaro ao atacar governadores pelas medidas de fechamentos de atividade econômica durante a crise.

Bolsonaro criticou novamente o STF por ter dado aval a decretos de prefeitos e governadores que proibiram cultos e missas na pandemia. O presidente da República classificou a decisão como o "absurdo do absurdo", apesar de o País já ter registrado só em abril mais de 27 mil mortes pela doença. Na transmissão, ele chamou João Doria de "patife".

O presidente Jair Bolsonaro voltou a vincular as medidas de isolamento social para conter o avanço da Covid-19 com a ameaça de uma ditadura no Brasil. Na manhã deste sábado (10), o chefe do Planalto foi de motocicleta para São Sebastião, uma região administrativa do Distrito Federal, e conversou com mulheres venezuelanas em uma residência no local.

Durante a visita, Bolsonaro abriu uma transmissão ao vivo em sua conta no Facebook. "Nunca nosso Exército vai fazer qualquer coisa contra a liberdade privada de vocês e vocês sabem que, toda vez que precisaram das Forças Armadas, elas estiveram ao seu lado, não ao lado de possíveis governadores com vieses ditatoriais", afirmou Bolsonaro ao atacar governadores pelas medidas de fechamentos de atividade econômica durante a crise. "Isso não existe da minha parte. Farei tudo para manter a nossa liberdade."

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Bolsonaro criticou novamente o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter dado aval a decretos de prefeitos e governadores que proibiram cultos e missas na pandemia. O presidente da República classificou a decisão como o "absurdo do absurdo", apesar de o País já ter registrado só em abril mais de 27 mil mortes pela doença, número que chega a ser superior a meses inteiros como setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado. Na transmissão, ele chamou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de "patife".

Rechaçando acusações de ser um "ditador", Bolsonaro afirmou que "tudo tem um limite". "Eu e todo meu governo estamos ao lado do povo. Não abusem da paciência do povo brasileiro", disse o presidente, reforçando que estava "lamentando os super poderes que o STF deu a governadores e prefeitos para fechar, inclusive, salas e igrejas de cultos religiosos".

O ataque ao STF ocorre na semana em que o ministro Luís Roberto Barroso, um dos magistrados do tribunal, determinou a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a conduta do governo federal na pandemia. Após a decisão, o presidente da República acusou Barroso de "politicalha".

Neste sábado, 10, o presidente da República voltou a questionar as medidas de isolamento, indicadas por especialistas como única forma de conter o avanço da covid-19 antes da vacinação da população. "Quem abre mão de parte da sua liberdade em troca de segurança vai ficar no futuro sem a liberdade e sem segurança."

Em cerimônia de promoção de generais-oficiais, nesta quinta-feira, 8, o presidente Jair Bolsonaro utilizou a expressão "meu Exército" ao conjunto das forças militares terrestres do País. A citação tem sido interpretada como uma tentativa do presidente de utilizar politicamente as Forças Armadas, o que abriu uma crise na semana passada com o alto comando das instituições.

"Agradeço ao meu Exército brasileiro, o qual ainda integro, ao nosso Exército brasileiro, por este momento. Temos certeza que venceremos os desafios e cada vez mais colocaremos o Brasil no local de destaque que ele bem merece", declarou Bolsonaro, que tem patente capitão do Exército - Força que deixou antes de se tornar político.

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A insatisfação de Bolsonaro com a antiga cúpula militar do País culminou com a troca do ministro da Defesa e dos comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica, mudança inédita em tão pouco tempo.

As substituições no comando do Ministério da Defesa aconteceram após incômodo de Bolsonaro com o general Fernando Azevedo e Silva, então titular da pasta. O chefe do Poder Executivo queria um apoio político mais explícito das Forças Armadas ao seu governo, algo que Azevedo e o ex-comandante do Exército Edson Pujol se negaram a fazer. Pujol também foi demitido semana passada. Hoje, oito ministros de Bolsonaro têm formação militar. Integrantes das Forças Armadas também administram estatais importantes como a Petrobras, os Correios e a usina de Itaipu.

Bolsonaro fez uma ressalva, durante o evento de hoje, de que a atuação dos militares deve seguir o que orienta a Constituição Federal. "O nosso Exército, tradição, o nosso Exército de respeito, de orgulho, bem como reconhecido por toda nossa população, representa para o nosso Brasil uma estabilidade. Nós atuamos dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Devemos e sempre agiremos assim. Por outro lado, não podemos admitir quem por ventura queira sair deste balizamento".

O presidente também afirmou que as Forças Armadas devem seguir o que deseja a maioria da população. "Os momentos são difíceis. Vivemos uma fase um tanto quanto imprecisa, mas temos a certeza pelo nosso compromisso, pela nossa tradição, sempre teremos como lema a nossa bandeira verde e amarela; e a nossa perfeita sintonia com os desejos da nossa população. Assim agiremos."

No lugar de Azevedo, Bolsonaro escalou o então ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, para comandar a Defesa. No Exército, o presidente escolheu o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira como novo comandante.

Apesar de não ser o primeiro na lista de antiguidade do Exército, critério que tradicionalmente era usado para definir o comandante, pesou a favor de Paulo Sérgio o fato de ele ter um perfil apaziguador, hábil no trato com subordinados e um estilo "um manda, outro obedece", como definiu certa vez o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde que teve a gestão marcada somente pelo cumprimento de ordens do presidente.

Pela primeira vez, após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), as Forças Armadas divulgaram os dados sobre a ocupação de leitos para pacientes com Covid-19 nos hospitais militares. Os documentos revelam que as Forças Armadas bloquearam leitos à espera de militares e que há unidades com até 85% de vagas. As informações foram publicadas na Folha de S.Paulo.

Ministério da Defesa, Exército, Aeronáutica e Marinha estão sendo investigados pelo TCU por não oferecerem leitos a civis com Covid-19 nas unidades de saúde das Forças Armadas. Esses hospitais consumiram pelo menos R$ 2 bilhões do Orçamento da União no último ano, conforme auditoria do TCU.

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Para os auditores, os hospitais militares deveriam fazer convênios com o SUS para ampliar o atendimento à população. "Diante de uma carência generalizada de leitos para a internação de pacientes acometidos pela Covid-19, é de se esperar que todos os meios disponíveis estejam à disposição da população brasileira, não sendo possível pensar em reserva de vagas financiadas com recursos públicos para determinados setores da sociedade", disse o ministro Benjamin Zymler ao editar a medida cautelar com a determinação em 17 de março. Para Zymler, a postura das Forças Armadas poderia caracterizar uma contrariedade aos princípios da dignidade humana e da isonomia.

As planilhas, que começaram a ser publicadas nos sites das Forças Armadas, trazem que os leitos são reservados exclusivamente a militares e familiares.

O Exército divulgou a disponibilidade geral de leitos, sem fazer recorte para Covid-19. A instituição diz que as 23 unidades têm 366 leitos e em 14 delas a ocupação é de 50% ou menos. Quanto às UTIs, apenas três hospitais do Exército não estão com todas as vagas ocupadas. 

A Aeronáutica tem 27 unidades, das quais 14 possuem leitos de Covid-19. Quase todas não têm vagas em UTIs, mas no Hospital de Aeronáutica do Recife a ocupação da UTI é de 71,43%. Com relação aos leitos de enfermaria, apenas três estão com 100% da ocupação, enquanto em seis o índice está abaixo da metade.

No Hospital das Forças Armadas (HFA), o índice de ocupação dos leitos de UTI é de 97,5%. Já a enfermaria está com 57,1% da ocupação.

Na manhã desta terça-feira (6), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), assinou um termo de compromisso no valor de R$ 323 milhões em investimentos para a instalação de uma Escola de Sargentos do Exército em uma área de 75 km² entre os municípios de Abreu e Lima, Paudalho, Tracunhaém, Araçoiaba, Camaragibe, São Lourenço da Mata e Igarassu. As cidades de Ponta Grossa (Paraná) e Santa Maria (Rio Grande do Sul) também estão na disputa para sediar a nova escola militar.

No termo, Pernambuco assumiu compromissos com as áreas de mobilidade, transporte público, infra estruturas hídrica e viária, entre outras, para garantir a implementação da unidade militar. Além disso, o Estado vai doar um terreno de mais de 150 hectares, com valor estimado em R$ 79 milhões, na área da Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, para a construção de um complexo logístico pelo Exército Brasileiro.

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O Estado vai investir ainda R$ 3,2 milhões para aquisição e disponibilização de uma área de cinco hectares, destinada à construção do Centro de Convivência e Bem-Estar, que servirá à nova Escola de Sargentos. Caso a escola seja construída em Pernambuco, a expectativa é que  ere impactos positivos, com a criação de novos empregos diretos e indiretos, estímulo ao desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (RMR) e expansão da rede escolar.

 “Estamos colocando todas as condições necessárias, no limite das nossas possibilidades, para trazer esse projeto para o nosso estado", declarou o secretário estadual de Planejamento e Gestão, Alexandre Rebêlo, conforme informações da assessoria de imprensa do Governo do Estado.

Por sua vez, o governador Paulo Câmara disse estar feliz e destacou as vantagens de Pernambuco na disputa pela instalação da Escola de Sargentos. “É motivo de muita satisfação ter Pernambuco como um dos finalistas nesse processo de escolha da nova Escola de Sargentos. Nosso Estado tem a tradição de ser um local que busca oportunidades, além de ser formador, integrador, com uma logística e localização privilegiadas, que sabe acolher e receber as pessoas”, afirmou Câmara.

A Escola de Sargentos do Exército é uma instituição de ensino de nível superior, responsável pela formação e graduação de sargentos combatentes de carreira das armas de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações.

Nesta segunda-feira (5), o Exército Brasileiro divulgou um concurso público com 1.100 vagas para a Escola de Sargentos das Armas (ESA), para admissão aos Cursos de Formação e Graduação das áreas geral, música e saúde, com início em fevereiro de 2022. As inscrições serão abertas na quarta-feira (7), por meio do site da ESA, e se encerram no dia 4 de maio.

Os interessados devem cumprir alguns requisitos, como ser brasileiro (a), ter o ensino médio completo (ou técnico em enfermagem para a área de saúde), CPF, altura mínima de 1,60m (homens) ou 1,55m (mulheres) e idade de 17 a 24 anos (área geral) ou 17 a 26 (músico e saúde), entre outros requisitos. Os inscritos passarão por testes intelectuais, inspeção de saúde, exame de aptidão física, exame de habilitação musical (para os candidatos da área de música), investigação social, avaliação médica e exame de aptidão física definitivo. Para mais informações, acesse o edital completo, disponível na seção 3 do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira. 

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Após a crise gerada pela troca no comando das Forças Armadas, o Exército publicou em suas redes sociais uma foto do encontro de seu novo comandante, general Paulo Sérgio Nogueira, com seus dois antecessores, Edson Pujol e Eduardo Villas Bôas.

"Antigo, atual e futuro Comandante do Exército de Caxias: laços inquebrantáveis de respeito, camaradagem e lealdade", diz a postagem do Exército.

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A publicação vem depois de a mudança feita pelo presidente Jair Bolsonaro ter gerado desgaste pela tentativa de politização das Forças Armadas, com mais apoio explícito a seu governo. Foi a primeira vez na história que um presidente trocou a cúpula militar do País no meio do mandato.

Villas Bôas, um dos presentes no encontro, é apontado como um dos fiadores da indicação do general Paulo Sérgio Nogueira, que não era a primeira opção de Bolsonaro para o posto. Ele contrariou o presidente em recente entrevista ao jornal Correio Braziliense, na qual apontou a possibilidade de uma terceira onda de covid-19 no País e defendeu o isolamento social. Bolsonaro, por sua vez, é crítico às restrições adotadas por governadores e prefeitos como forma de conter a propagação da doença.

Também pesou a favor de Paulo Sérgio o fato de ter um perfil apaziguador, hábil no trato com subordinados e um estilo "um manda, outro obedece", como definiu certa vez o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde que teve a gestão marcada apenas pelo cumprimento de ordens do presidente.

O novo comandante do Exército também é próximo do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, que deixou o cargo por, entre outros motivos, se recusar a substituir Edson Pujol, com quem Bolsonaro nunca teve boas relações, e a confrontar decisões do Supremo Tribunal Federal.

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O presidente Jair Bolsonaro escolheu o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira como novo comandante do Exército. Ele substitui o general Edson Pujol, demitido com os comandantes da Aeronáutica e da Marinha, que rejeitaram tentativas do presidente de politizar as Forças Armadas.

Ao escolher o general Paulo Sérgio no Exército, Bolsonaro repete a ex-presidente Dilma Rousseff ao quebrar a tradição de escolher o oficial mais antigo para comandar a tropa. O nomeado era o terceiro pelo critério de antiguidade.

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Uma entrevista do general, chefe do Departamento-Geral do Pessoal, foi apontada como uma das razões para Bolsonaro ter demitido o agora ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva. Ao Correio Braziliense, o militar apontou a possibilidade de uma 3ª onda da covid-19 no País nos próximos meses e defendeu lockdown, contrariando o que prega o presidente, crítico a medidas de isolamento social.

Dois generais ouvidos pela reportagem afirmaram ao Estadão que Bolsonaro defendeu uma punição ao oficial, mas Azevedo não concordou. O presidente, então, pediu a demissão do ministro.

Outros fatores também contribuíram para a queda de Azevedo: 1) ter mandado o general Eduardo Pazuello de volta para o quartel, quando Bolsonaro queria alocá-lo na Esplanada; 2) se recusou a confrontar decisões do Supremo Tribunal Federal, como queria o presidente; 3) se recusou a trocar o comandante do Exército, Edson Pujol, com quem Bolsonaro nunca teve boas relações.

Com a decisão, porém, Bolsonaro tenta apaziguar os ânimos e passar para a tropa que vai manter a continuidade. O general Paulo Sérgio é próximo de Azevedo.

Preterido na escolha, o general mais antigo na cúpula do Exército, general José Luiz Freitas, elogiou a escolha pelas redes sociais. "Escolhido o novo Comandante do Exército, Gen Paulo Sérgio, excepcional figura humana e profissional exemplar. Como não poderia deixar de ser, continuaremos unidos e coesos, trabalhando incansavelmente pelo Exército de Caxias e pelo Brasil!", postou.

Marinha e Aeronáutica

Na Marinha, o escolhido por Bolsonaro foi o almirante Almir Garnier. Neste caso, o presidente também ignorou a tradição e optou pelo segundo da lista de antiguidade.

Na Aeronáutica, assumirá o brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, que demonstra nas redes sociais ser afinado ao governo, compartilhando mensagens ligadas a grupos de direita. Ele era o primeiro no critério de antiguidade.

Mais cedo, antes das escolhas serem anunciadas, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu o respeito ao critério de antiguidade na escolha da nova cúpula militar.

"Eu julgo que a escolha tem que ser feita dentro do princípio da antiguidade, até porque foi uma substituição que não era prevista. Quando é uma substituição prevista, é distinto. Então, se escolhe dentro da antiguidade e segue o baile", afirmou o vice, que é general da reserva.

O presidente também havia sido aconselhado a seguir a lista para não criar atritos com generais mais experientes.

Isso porque os oficiais mais antigos passam à reserva se um militar mais "moderno", com menos tempo de Exército, for alçado ao comando. A aposentadoria não é uma regra compulsória, mas costuma ter força de norma não escrita nos quartéis.

Os oficiais costumam pedir para deixar a ativa como forma de não serem comandados por um antigo subordinado, uma inversão na hierarquia.

O presidente Jair Bolsonaro poderá repetir a ex-presidente Dilma Rousseff e quebrar uma tradição no Exército se decidir nomear como próximo comandante do Exército o general Marco Antônio Freire Gomes. Comandante militar do Nordeste, Gomes é o nome mais cotado nos bastidores do governo para substituir o comandante do Exército, Edson Leal Pujol, mas o presidente tem sido aconselhado a considerar outro nome para não criar atritos com generais mais experientes.

O novo ministro, general Braga Netto, vai conversar hoje com os cotados para Exército, Marinha e Aeronáutica.

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Na hierarquia militar, os recém exonerados comandantes estavam acima do novo ministro da Defesa, Braga Netto, pelo critério de antiguidade. No Exército, a tradição da escolha dos comandantes obedece à antiguidade dos generais de quatro estrelas, ou seja, quem tem mais tempo no topo da carreira.

Em 2015, a então presidente Dilma ignorou isso e escolheu de uma lista tríplice o general Eduardo Villas Bôas, que à época era comandante de Operações Terrestres. Villas Bôas era o terceiro na ordem. Ela foi a última a desconsiderar o critério, mas também houve casos anteriores, nos governos Fernando Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

Freire Gomes tem uma passagem recente pelo Planalto. Foi secretário executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Michel Temer. Apesar de ter a preferência no Planalto, pesa contra ele o fato de ser muito "moderno", o que pode provocar insatisfações na hierarquia militar e uma série de mudanças administrativas, caso seja nomeado. Segundo militares que acompanham a negociação, para nomeá-lo Bolsonaro sem quebrar a tradição o presidente teria de "aposentar" seis generais mais antigos.

Na Força Aérea Brasileira, a lista é encabeçada pelos tenentes-brigadeiros do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, do Comando Geral de Apoio, Luiz Fernando de Aguiar, do Comando de Preparo, e Marcelo Kanitz Damasceno, chefe do Estado-Maior da Aeronáutica.

Baptista Júnior é o mais cotado. Nas redes sociais, ele costuma divulgar mensagens otimistas sobre a vacinação no País, em linha com a estratégia de comunicação do Palácio do Planalto, além de curtir críticas de deputados e influenciadores bolsonaristas a "comunistas". Esse comportamento é bem visto no Planalto.

Na ordem de antiguidade da Marinha estão os almirantes de esquadra Alípio Jorge Rodrigues da Silva, comandante de Operações Navais, Almir Garnier Santos, secretário-geral do Ministério da Defesa, e Marcos Silva Rodrigues, chefe do Estado-Maior da Armada.

O Exército Brasileiro prorrogou as inscrições para quatro processos seletivos. Os interessados podem realizar as candidaturas das 18h desta quarta-feira (17) até às 23h de 24 de março, por meio do site da 11º Região Militar.

As vagas estão sendo ofertadas para os candidatos que possuem bacharelado em algum curso superior. No ato da inscrição, será cobrada uma taxa de R$ 50,00 a R$ 80,00, a depender da função escolhida. Ficam isentos aqueles que se enquadram nos critérios especiais do edital de abertura da seleção.

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Estão sendo ofertadas oportunidades nas áreas de história, inglês, educação artística, arquitetura, comunicação social, engenharia civil, capelão católico, análise de requisitos, desenvolvimento em PHP, desenvolvimento JAVA, administração de bancos de dados, análise de sistemas e infraestrutura de servidores.

Os candidatos devem se ater ainda para a idade máxima na data de incorporação, que é de 40 anos, com exceção do edital 2 que é recebido até 45 anos. As unidades que incorporam a área da 11ª RM estão localizadas em Brasília (DF), Formosa (GO), Ipameri (GO) e Cristalina (GO). A seleção será dividida em etapas de entrega de documentação, análise curricular, entrevista, exame físico e inspeção de saúde.

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