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Os presidentes dos países do Mercosul vão assinar na sexta-feira a suspensão do Paraguai do bloco econômico e de todo o processo decisório do grupo regional, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, em entrevista coletiva à imprensa. "Lamentamos muito esta decisão que vocês têm acompanhado, mas como já havíamos antecipado, os chanceleres de 12 países na

Rio+20, o processo no Paraguai não tinha tido plena vigência democrática, conforme previa o Protocolo de Ushuaia", afirmou. Patriota não quis antecipar todos os detalhes sobre o prazo de suspensão do Paraguai para participar de reuniões e decisões da cúpula do Mercosul, porém fontes ouvidas pela Agência Estado, mais cedo, informaram que este prazo seria até a realização de eleições democráticas no país.

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O ministro brasileiro não confirmou se haveria possibilidade de incorporação plena da Venezuela durante este período de suspensão do Paraguai. No entanto, ele reconheceu que este assunto é sempre examinado durante as cúpulas do Mercosul, porque há grande interesse na participação plena da Venezuela. "Queremos trabalhar para que isso ocorra o mais breve possível", disse Patriota, insinuando que poderia haver avanços neste processo durante a presidência rotativa (pro tempore) do Brasil no Mercosul que começa a partir de amanhã pelos próximos seis meses. "Este é um tema que se mantém em urgência".

Patriota também reiterou o que havia antecipado à AE nesta tarde, que não houve pressões de nenhum dos sócios do Mercosul para impor sanções econômicas ao Paraguai. Por último, o ministro brasileiro confirmou que os presidentes vão assinar uma declaração com vistas a ampliar a cooperação econômica e comercial entre o Mercosul e a China.

Dois policiais militares do Rio de Janeiro foram expulsos da corporação na quarta-feira, acusados de envolvimento na agressão do jovem Rorion Oyola Almeida de Moraes Correia, de 28 anos, na Boate Provisório, na Ilha do Governador, em 9 de dezembro de 2011.

De acordo com nota da PM, o cabo Márcio Roberto Cunha Travessa Soares e o cabo Alessandro Gomes de Souza foram expulsos "a bem da disciplina, nesta quarta-feira, no Boletim Disciplinar Reservado número 103 da Polícia Militar". Segundo o boletim, "os acusados adotaram conduta incompatível com suas condições de policiais militares".

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As imagens das câmeras de segurança da boate mostram uma discussão e, em seguida, Rorion de Moraes leva um soco e cai no chão. Ele é cercado e espancado com chutes por sete homens, mesmo já desacordado. Ele levou 16 pontos na cabeça e perdeu seis dentes.

De acordo com o Ministério Público do Estado, que requereu, poucos dias depois da agressão, a prisão de outros dois envolvidos que aparecem nas imagens socando e chutando o jovem, os PMs Alessandro Gomes e Márcio Roberto estavam dentro da boate, mas não apartaram a briga, não socorreram a vítima nem prenderam os agressores.

Turquia e Japão também expulsaram diplomatas sírios nesta quarta-feira, unindo-se ao grupo de vários países que tomaram a mesma medida na terça-feira, em protesto contra o massacres de 108 civis na Síria no final de semana.

Na terça-feira, alguns países declararam que medidas punitivas e até mesmo militares poderiam se implantadas em relação à Síria. Mas nesta quarta-feira o governo alemão disse que não há fundamentos para a especulação sobre opções militares, um dia depois de o presidente francês François Hollande ter dito que o uso da força não estava descartado.

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"Do ponto de vista do governo federal, não há razão para especular sobre opções militares em relação à situação na Síria", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores alemão em coletiva de imprensa.

Já a Rússia disse nesta quarta-feira que a expulsão "contraproducente" de enviados sírios por vários países ocidentais vai apenas prejudicar os esforços para encerrar a crise na Síria. "A expulsão de diplomatas sírios de importantes Estados ocidentais parece contraproducente para nós. Afinal, canais vitais diplomáticas...acabam sendo fechados", disse o Ministério de Relações Exteriores em comunicado.

Os assassinatos em Houla fizeram com que vários países ocidentais expulsassem diplomatas sírios. Alguns deles, como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, França, Alemanha. Itália, Espanha e Bulgária ordenaram que os diplomatas partissem na própria terça-feira.

Meios de comunicação estatais sírios criticaram as expulsões nesta quarta-feira, qualificando a medida como uma "histeria sem precedentes".

A Turquia, vizinha da Síria e antiga aliada, se uniu ao grupo nesta quarta-feira. O país tem sido um dos mais críticos ao regime de Assad e fechou sua embaixada em Damasco em março e retirou seu embaixador. Seu consulado em Alepo permanece aberto.

O Ministério de Relações Exteriores disse que ordenou que o agente diplomático e outros diplomatas da embaixada Síria em Ancara deixassem o país em 72 horas.

"Está fora de questão permanecer em silêncio e não reagir em razão dessa ação, que representa um crimes contra a humanidade", disse o Ministério em comunicado divulgado nesta quarta-feira.

O Japão também ordenou que o embaixador sírio em Tóquio deixasse o país por causa da violência contra civis sírios. O ministro de Relações Exteriores japonês, Koichiro Genba, afirmou, porém, que seu país não está encerrando relações diplomáticas com a Síria. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Os Estados Unidos também expulsaram nesta terça-feira o principal diplomata sírio em território norte-americano, em protesto contra o massacre ocorrido em Houla no final de semana, no qual 108 pessoas morreram, muitas delas mulheres e crianças.

"Nós responsabilizamos o governo sírio pela morte de pessoas inocentes", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, informando que o agente diplomático Zuheir Jabbour tem 72 horas para deixar o país. As informações são da Dow Jones.

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A intensificação da violência na Síria, principalmente após o massacre que deixou 108 mortos na última sexta-feira, levou diversos países a anunciar a expulsão de diplomatas sírios de seus territórios, como França, Reino Unido, Canadá, Itália, Espanha, Alemanha e Austrália.

A França comunicou nesta terça-feira a expulsão do embaixador sírio como o objetivo de elevar a pressão a Damasco. O presidente François Hollande disse aos jornalistas que a embaixadora Lamia Shakkour será notificada "hoje ou amanhã" de que deve deixar o país.

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Hollande disse que durante discussões com o primeiro-ministro britânico David Cameron e com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon "decidimos tomar uma série de medidas de pressão contra a Síria", que incluem a expulsão dos diplomatas.

Autoridades britânicas também disseram que diplomatas sírios serão expulsos do país em protesto contra as mortes da semana passada. As fontes falaram em condição de anonimato, já que o secretário de Relações Exteriores William Hague ainda não fez o anúncio oficial.

Comunicado do governo italiano informa que o embaixador da Síria em Roma também será expulso. "O embaixador Khaddour Hasan foi convocado ao Ministério de Relações Exteriores e comunicado que é 'persona non grata'", diz o documento, expressando a "indignação pelos crimes hediondo realizados contra a população civil".

Espanha, Itália, Austrália, Canadá e Alemanha também informaram que expulsarão diplomatas sírios de seus territórios.

Hollande disse também que Paris vai realizar uma reunião, no início de julho, com os chamados Amigos da Síria, para buscar uma solução diplomática para o conflito. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O diplomata iraniano Hekmatollah Ghorbani, de 50 anos, foi expulso pelo Ministério das Relações Exteriores depois de uma investigação sobre acusações de abusos sexuais no Brasil, indicou o governo iraniano em um comunicado. "Após uma investigação, descobriu-se que o comportamento do diplomata foi contrário ao regulamento administrativo e à boa conduta profissional e islâmica", disse o texto. "Por isso ele foi condenado à expulsão pelo Ministério das Relações Exteriores".

O diplomata, que estava em Brasília, teve de ir ao Irã por causa da investigação. Segundo a imprensa brasileira, o diplomata foi acusado de ter molestado quatro meninas entre cinco e 15 anos em uma piscina de um clube em Brasília, em abril. O homem foi preso após a denúncia de um dos pais, mas a polícia o libertou depois de interrogá-lo, pois a Convenção de Viena dá imunidade aos diplomatas.

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Ainda de acordo com a imprensa do Brasil, as famílias das meninas quiseram linchar o diplomata, que escapou graças à intervenção da segurança do clube. Na época, a embaixada do Irã em Brasília afirmou que o assunto foi apenas "um mal entendido devido às diferenças culturais de comportamento". Com informações da AFP.

O exército boliviano entrou em território brasileiro em missão militar para retirada das famílias de seringueiros do Acre. Não se sabe ao certo quantos soldados cumprem a missão. Houve momentos de tensão entre soldados e trabalhadores extrativistas.

Não há registro de mortes, mas parte da produção dos seringueiros da extração de castanha e parte do gado está sendo confiscada pelos militares. O Incra calcula que haja 500 famílias de brasileiros nessa região.

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Há relatos de que militares bolivianos chegaram a abastecer os veículos em postos de combustível de Capixaba, cidade acreana na fronteira com a Bolívia. Soldados brasileiros já se instalaram em regiões estratégicas para evitar nova entrada de militares da Bolívia.

Uma reunião entre representantes do Governo do Acre, Exército Brasileiro e embaixada brasileira em La Paz foi realizada nesta quinta à tarde em Capixaba.

Eduardo Paes Saboya, ministro da Embaixada do Brasil em La Paz comprometeu-se a relatar a situação para o Itamaraty e para as autoridades da Bolívia. Não se sabe ao certo o que motivou a mudança de postura do exército boliviano. A mesma operação tem sido realizada m outras áreas de fronteira com o Acre sem nenhum tipo de tensão.

Na região do rio Chapamano e do rio Xiramano, o extrativista Fernando Rodrigues Calado e a esposa Delzineide de Assis da Silva viveram momentos de tensão. A casa de farinha onde beneficiavam a mandioca foi queimada pelos soldados bolivianos.

"Sabemos que estamos em terras alheias, mas há uma forma decente de tirar as famílias daqui", indignou-se Francisco Calado, irmão de Fernando. Junto com mais 10 famílias, os irmão armazenaram parte da extração de castanha para vender.

São cerca de 18 toneladas do produto. "Eles vão pegar tudo", reclama Fernando Calado. As cem cabeças de gado da família também podem ser confiscada. Os irmãos vão tentar retirar o gado nesta sexta e sábado. "Eles nos deram um prazo de quinze dias e se não saísse, tirariam à bala".

O índio guarani Araju Sepeti foi expulso pelos seguranças do Supremo Tribunal Federal (STF) após interromper por três vezes a sessão em que estava sendo julgada a constitucionalidade das cotas raciais nas universidades públicas. Vestido com uma camisa do time de futebol do Vasco da Gama, Sepeti estava sentado na primeira fila do plenário, próximo aos ministros, e cobrou do ministro Luiz Fux que, em seu voto, mencionasse também os índios.

Em seu voto, Fux falava sobre a ausência de ministros afrodescendentes nos tribunais superiores quando foi interrompido. "Tem que falar dos índios também", afirmou em voz alta. O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, afirmou não serem permitidas manifestações no plenário e pediu calma a Sepeti. O índio guarani interrompeu outras duas vezes o voto.

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Um homem - negro - que assistia ao julgamento tentou acalmá-lo, mas o índio atacou. "Não está satisfeito, volta para o seu quilombo", disse, conforme o relato de pessoas que estavam próximas a ele. Britto interrompeu o julgamento por cinco minutos e ordenou que a segurança o tirasse do plenário para que o julgamento prosseguisse.

Enquanto era arrastado para fora do plenário, o índio guarani chamou de racistas e cachorros os seguranças do tribunal. Sepeti foi liberado pelos seguranças na Praça dos Três Poderes. Sepeti, nascido em Mato Grosso do Sul, afirmou representar a ONG Central da União de Índios e Aldeias.

Grampos da Polícia Federal indicam que o prédio funcional em que mora o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) em Brasília servia de ponto de encontro para reuniões da cúpula da máfia dos caça-níqueis em Goiás e no Distrito Federal. Em conversas interceptadas durante a Operação Monte Carlo, o sargento Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, apontado como um dos operadores de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, relata uma reunião de integrantes do esquema no local.

No telefonema de 17 minutos, gravado no dia 21 de dezembro de 2010, Dadá diz a Lenine Araújo de Souza - segundo homem na hierarquia da organização, responsável pela administração contábil do grupo, conforme a PF - que está no Bloco C da Quadra 309, na Asa Sul, em Brasília. Trata-se do chamado bloco dos senadores, onde Demóstenes e outros parlamentares ocupam apartamentos funcionais cedidos pelo Senado.

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"Está aonde", pergunta Lenine? "Aqui na 309, Bloco C, no estacionamento, na Sul, na Asa Sul", responde o sargento. Segundo as transcrições do diálogo, às quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, também foram ao bloco Cachoeira, ao qual Dadá e outros integrantes do grupo se referem como "o homem"; Cláudio Dias de Abreu, citado no inquérito da operação como sócio do empresário em negócios ilegais; e Wladimir Garcez Henrique, que seria seu braço-direito, encarregado de obter facilidades nas polícias Militar e Civil de Goiás. O bloco C e o Bloco G, onde mora Demóstenes, são conjugados, unidos, e possuem um estacionamento comum.

Eram cerca de 16h40 e, na conversa, Dadá dizia estar em frente ao prédio desde a hora do almoço. "O homem está aqui, Cláudio está aqui, não posso sair", explicou a Lenine, que o questionava sobre sua ausência em outro compromisso.

Demóstenes estava em Brasília no mesmo dia da reunião, conforme os registros do Senado, tendo discursado em plenário no fim da tarde. Procurado nesta terça o advogado do senador, Antonio Carlos Almeida Castro, o Kakay, não se pronunciou sobre esse trecho das gravações.

Segundo o inquérito, após o encontro no prédio dos senadores, o grupo seguiu para reunião com um advogado. Não fica claro quem é o profissional. "Encontramos com o homem aqui na 309. A gente está indo lá pro Gustavo, advogado no Lago Sul", afirma o sargento.

ANAC

O inquérito da Monte Carlo comprova a extensa teia de relações do grupo, que se valia de contatos nos mais diversos órgãos para emplacar seus interesses. Numa das conversas, Gleyb Ferreira da Cruz - elo de Cachoeira com o delegado da PF Deuselino Valadares, também preso na Monte Carlo - comenta com um interlocutor sobre a possibilidade de "entrar com um interesse" na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para resolver um negócio de R$ 300 mil.

Em outra, Dadá telefona para um policial federal pedindo que obtenha, em tempo recorde, passaporte especial ou diplomático para um desembargador. O agente responde que tentará resolver o assunto no Itamaraty.

Segundo o inquérito, Cachoeira controlava o jogo não só em Goiás, mas no Distrito Federal. O dinheiro obtido como comissão de operadores das casas de jogos era "lavado" em diversas empresas, boa parte em nome de laranjas. Dadá identificava e coordenava o fechamento de casas concorrentes, algumas em áreas nobres da capital federal, como o Lago Sul e Plano Piloto.

Ele também era o elo entre Cachoeira e funcionários da Receita e da Infraero para obter facilidades na entrada de integrantes do grupo com mercadorias pelo Aeroporto de Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou nesta terça à Agência Estado que pretende entrar na segunda-feira, dia 9, com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a anulação de todas as investigações feitas contra seu cliente. Para Kakay, como o advogado é conhecido, houve uma "burla" ao foro privilegiado quando a Justiça Federal de primeira instância não encaminhou ao Supremo os supostos indícios de envolvimento de Demóstenes com o empresário do ramo de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

"Estou muito impressionado. Nunca vi nada evidente. É uma coisa escandalosa. Havia uma investigação clara e precisa contra o senador e deputados numa tentativa escancarada de se burlar o foro por prerrogativa de função", afirmou.

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O advogado disse que deve entrar com uma reclamação, recurso jurídico quando há usurpação de competência de um tribunal, para invalidar as investigações feitas durante três anos contra Demóstenes. Ele vai preparar o recurso no feriado para tentar apresentá-lo, se possível, na segunda-feira que vem.

Kakay afirmou que, assim que foi deflagrada a Operação Monte Carlo, que prendeu Cachoeira, começou um vazamento "calculado" e "doloso" de informações contra seu cliente de forma a, segundo ele, pressionar o Poder Judiciário. Na opinião dele, a intenção dos investigadores seria impedir que o Supremo anulasse futuramente as apurações contra o parlamentar, diante dos supostos indícios colhidos nas escutas telefônicas liberadas pela Justiça de primeiro grau.

"Assim fica mais difícil do Supremo conceder a nulidade. Mas a nulidade é total", afirmou o advogado, que chamou de "piada" a alegação de que teria havido apenas "encontro fortuito" com um detentor de foro privilegiado ao longo das investigações.

O advogado deve reforçar a argumentação do recurso com o fato de, em 2009, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, não ter encontrado indícios para pedir a abertura de inquérito contra Demóstenes. Ele só foi ao Supremo depois que apareceram os grampos. "Se não tinha indício antes, por que teria agora?", questionou Kakay.

O presidente do Democratas, senador José Agripino (RN), afirmou nesta terça que o partido não vai recorrer à Justiça para reaver o mandato do ex-líder da bancada Demóstenes Torres (GO). O parlamentar enviou-lhe uma carta na qual pede seu desligamento do DEM.

"O partido não tem argumento para a demanda", afirmou Agripino, para quem caberá ao Conselho de Ética do Senado decidir sobre a perda do mandato do senador goiano. Demóstenes é acusado de ter se tornado sócio do empresário do ramo de jogos ilegais, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo da Polícia Federal.

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Na carta de duas páginas que enviou ao presidente do DEM, Demóstenes alegou que sua saída ocorreu por "justa causa" e o partido argumenta que o senador teria se desviado de forma reiterada do programa do partido. Dessa forma, a legenda não poderia pedir o mandato de Demóstenes de volta.

Um assessor jurídico do partido afirmou à Agência Estado, sob a condição do anonimato, que é difícil pedir o mandato de Demóstenes porque não ocorreu, no caso, infidelidade partidária. Do ponto de vista político, o DEM não tem dado mostras de que quer comprar briga na Justiça Eleitoral contra ele.

Para o líder da bancada da Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA) o caso Demóstenes é "assunto superado" dentro do partido. "A gente não passa a mão na cabeça de quem erra. Se ele não tivesse pedido para se desfiliar, certamente seria expulso. Não temos nenhum problema em cortar na própria carne".

O DEM decidiu, nesta segunda, abrir o processo de expulsão do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) por "reiterados desvios éticos". O partido entende que Demóstenes já teve prazo suficiente para se manifestar e não o fez. Por isso, a partir de amanhã ele terá o período de uma semana para se defender perante a legenda e, depois de cumprido esse prazo, será dado o veredicto.

A abertura do processo de expulsão do partido foi decidida depois de reunião realizada nesta segunda na casa do presidente do DEM, senador Agripino (RN). Estavam presentes os deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) e Ronaldo Caiado (GO), além do vice-governador de Goiás, José Eliton. Demóstenes flagrado em grampos telefônicos defendendo interesses do empresário do ramo dos jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

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A Vara da Auditoria Militar na Bahia anulou na noite de quinta-feira o ato administrativo que resultou na expulsão, em 2002, do ex-soldado da Polícia Militar Marco Prisco Caldas Machado, acusado de ser um dos líderes da greve da PM no Estado em 2001. Prisco comandou uma greve da corporação na Bahia, que durou 12 dias, em fevereiro último, e liderou a ocupação da Assembleia Legislativa do Estado - só liberada depois de o Exército montar um cerco ao prédio.

Ele foi detido pelos militares ao deixar a sede da Assembleia e ficou preso por 44 dias. Ele havia sido liberado da Cadeia Pública de Salvador na semana passada, após a Justiça conceder um habeas corpus. A decisão do juiz Paulo Roberto de Oliveira recomenda a reapuração dos fatos ocorridos em 2001 que, de acordo com a sentença, não apontam provas da participação de Prisco na greve.

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Segundo a Procuradoria Geral do Estado, Prisco não será reintegrado à PM, por enquanto, porque a decisão do magistrado não determina a reintegração imediata do ex-soldado à corporação. A PGE também informa que vai recorrer da decisão dentro do prazo legal de 30 dias, com pedido de efeito suspensivo. Prisco tem circulado, nos últimos dias, pela Assembleia Legislativa da Bahia, acompanhando os trabalhos e votações. Ele trabalha com a possibilidade de ser candidato a vereador nas eleições deste ano.

O secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, coronel Sérgio Simões, afirmou hoje que, além dos 13 bombeiros expulsos da corporação, outros 93 também estão sendo punidos administrativamente por participação na greve da categoria no mês passado. São militares que faltaram ao serviço em 10 de fevereiro, primeiro dia de paralisação, e atualmente cumprem medida disciplinar de prisão, cuja pena varia de 20 a 30 dias.

Eles permanecem cumprindo suas atividades, mas não podem se ausentar do quartel. "A punição disciplinar faz parte da `rotina' de uma corporação militar, e a gravidade é muito diferente da de quem é submetido a um conselho", disse o coronel. A conduta de outros três bombeiros - um sargento, um capitão e um major, que também correm o risco de serem expulsos - ainda está sendo analisada pelo Conselho de Disciplina e pelo Conselho de Justificação, que são os tribunais onde são julgados os praças e os oficiais, respectivamente.

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De acordo com Simões, a exclusão efetiva dos 13 bombeiros já julgados administrativamente pode ocorrer em até 30 dias. "Diante da gravidade da situação, a decisão foi pela exclusão desse grupo de pessoas que não se coadunam com a estrutura de uma instituição militar", disse o comandante.

Dentre os bombeiros expulsos está o sargento André Matos, que participou do movimento grevista em junho do ano passado e chegou a ser preso na ocasião, após a invasão do Quartel Central da corporação, mas recebeu anistia criminal e administrativa, assim como os outros 438 bombeiros que participaram da ocupação. "Como é que ele tem uma ficha condecorada, dizendo que ele é um bom bombeiro, disciplinado, e agora ele está sendo expulso?", questionou Tatiane Siqueira da Silva, esposa do sargento Matos.

Segundo ela, eles deverão entrar com um pedido na Justiça para anulação da medida. Administrativamente, os 13 bombeiros têm prazo de 5 dias para recorrer da decisão ao próprio conselho da instituição.

A diretoria do Náutico emitiu uma nota oficial, nesta quinta (08), após expulsar o sócio-torcedor Marcus W. Milet Morais do estádio. O caso aconteceu na vitória desta quarta, quando o time venceu o Porto por 2x0, nos Aflitos.

Na ocasião, o torcedor foi retirado das sociais do clube no intervalo da partida. Segundo a cúpula alvirrubra, essa foi uma medida “preventiva”. Porém, o Marcus Morais alega que foi expulso de forma truculenta e contra a própria vontade.

Confira a nota oficial do Náutico:

NOTA OFICIAL

Tendo em vista os acontecimentos verificados no intervalo do jogo de ontem (07/03), quando o sócio-torcedor, Marcus W. Milet Morais, isoladamente,  passou a vaiar e criticar os jogadores, provocando a revolta dos outros torcedores presentes nas sociais, a Diretoria de Relacionamento do Clube Náutico Capibaribe, vem à público esclarecer:

1-      Para proteger a integridade física do torcedor, ameaçada pelo acirramento dos ânimos no local, a segurança do clube foi obrigada a encaminhá-lo para fora das sociais;

2-      Como é de praxe nesses casos, foi exigida a carteira de  identificação do torcedor, até para comprovar se era mesmo sócio do Náutico, já que os outros torcedores colocavam em dúvida essa condição;

3-      E que, em nenhum momento, a Diretoria de Relacionamento, oficialmente responsável pela relação direta e transparente com os associados, cogitou a possibilidade de excluir Marcus W. Milet Morais do quadro de sócio do clube;

4-    E mais, o Clube Náutico Capibaribe sempre se pautou pelo apoio à livre expressão do pensamento, de forma democrática, assegurando o direito de manifestação pacífica e ordeira entre os seus sócios.

Portanto, a Diretoria de Relacionamento do Clube, vai procurar conversar pessoalmente com o sócio Marcus W. Milet Morais, a fim de esclarecer as atitudes tomadas para evitar um incidente de maior proporção, que poderia ter ocorrido, caso ele insistisse em permanecer nas arquibancadas sociais do clube.

Toninho Feitosa
Diretor de Relacionamento do Clube Náutico Capibaribe

Um dos seis alunos que haviam sido expulsos da Universidade de São Paulo (USP) em dezembro conseguiu reverter a decisão na Justiça. O estudante Marcus Padraic Dunne obteve a seu favor um mandado de segurança no qual o juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10ª Vara de Fazenda Pública, afirma que a pena foi "excessiva". Dunne foi um dos responsabilizados por uma ocupação de salas da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas) iniciada em março de 2010. A ocupação reivindicava mais vagas para moradia estudantil.

Até o mês passado, o grupo permanecia no local, que foi esvaziado no carnaval por ação policial de reintegração de posse. Na decisão, o juiz pede à USP que esclareça melhor os motivos da expulsão. Reforça que a universidade deve considerar que a ocupação se tratava de ato político. "A própria comissão admitiu ter tido um fim político (a invasão e a ocupação buscavam compelir a USP a criar mais vagas para seus alunos)", cita a decisão.

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Em nota, a USP afirma que "está tomando as providências cabíveis para esclarecer os pontos que embasaram a decisão". A universidade defende que as expulsões foram resultado de um processo administrativo disciplinar e apurou ações graves, como desaparecimento de documentos. Cinco dos seis alunos expulsos entraram na Justiça contra a decisão. Desses, três perderam a liminar e uma das ações aguarda despacho do juiz.

Foi indiciado, nesta quinta-feira (26), o suspeito de expulsar um menino de 6 anos, nascido na Etiópia, da pizzaria Nonno Paolo, no Paraíso, zona sul de São Paulo. A criança teria sido confundida com um morador de rua em dezembro do ano passado.

O menino é filho adotivo de um casal de espanhóis que estava em férias no Brasil. O casal denunciou o restaurante e um inquérito policial foi instaurado para apurar o caso de preconceito racial.

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Em janeiro, o local foi parcialmente interditado por armazenar 100 quilos de comida com o prazo de validade vencido e de forma inadequada. A blitz organizada pela Polícia Civil e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) recolheu os produtos que incluíam frango, bacon e carne.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, baratas e outros insetos foram encontrados no salão e os agentes da Covisa confirmaram condições de higiene inadequadas no local. A dona do estabelecimento foi presa, mas pagou fiança de R$ 6,2 mil e foi liberada. Na delegacia, ela disse que não tinha conhecimento de como era guardada a comida.

No final da tarde desta quarta-feira (4), o padre italiano Vito Miracapillo - que foi expulso do Brasil nos anos 1980 - foi recebido pelo governador do Estado, Eduardo Campos, no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife. Na reunião, o gestor demonstrou esperança de que o padre volte a atuar no país, já que o religioso recebeu, em novembro do ano passado, o direito de renovar seu visto permanente aqui no Brasil.

“Queremos expressar, em nome do governo e do povo pernambucano, nossa felicidade pela decisão do governo brasileiro de resgatar o visto que o padre Vito já teve no país, e lhe dar as boas vindas para que ele possa continuar seu trabalho religioso ajudando as comunidades, as crianças e os trabalhadores”, salientou o governador, referindo-se à atuação expressiva que o sacerdote teve no município de Palmares, na mata sul do Estado.

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O padre, que desembarcou em Pernambuco ontem (3), confessou que ficou muito contente com a possibilidade de voltar a retomar seus trabalhos no país. “Sempre disse que nunca me afastei do Brasil, ainda sendo excluso. Ninguém conseguiu me separar daqui, devido à solidariedade das pessoas que iam me visitar na Itália e, também, por tudo aquilo que vivemos em comunidade. Aqui eu estou à vontade, estou em casa”, relatou emocionado.

O religioso ainda falou que manifesta a pretensão de voltar para a cidade de Palmares, onde cultiva um carinho especial pela população local. “É meu desejo retomar os trabalhos lá, agora claro que sendo padre tenho que depender da autorização dos bispos da Itália”. Segundo ele, o problema que aconteceu no passado foi referente ao regime militar e ele afirmou não guardar mágoas em relação ao assunto.

A expulsão - O padre Vito Miracapillo era pároco da Arquidiocese do município de Palmares quando foi expulso do país por ter se recusado a celebrar uma missa em homenagem ao Dia da Independência, em outubro de 1980.

Na época, a justificativa de Miracapillo foi de que o povo sofrido da religião não tinha o que comemorar por que não era "independente". Foi então que, a pedido do deputado estadual Severino Cavalcanti (que atualmente é prefeito do município de João Alfredo, em Pernambuco), o religioso foi expulso do país. O sacerdote passou a visitar o Brasil em 1993, quando teve sua expulsão revogada e conseguiu o visto de turista. Agora, ele aguarda a decisão do governo do país para conseguir seu visto definitivo.

A expulsão de seis estudantes da Universidade de São Paulo (USP) motivou, nesta segunda-feira (19), um protesto que reuniu cerca de 200 alunos na frente da Reitoria. Em seguida, os estudantes saíram em passeata pelo campus e interromperam o tráfego de um dos acessos à universidade. A manifestação irritou alguns motoristas, que chegaram a descer dos carros para discutir com os estudantes.

Jéssica Trinca, uma das alunas expulsas da instituição (pelo despacho publicado no Diário Oficial do Estado, no sábado (17), reclamou sobre a forma como foi conduzido o processo. “É extremamente arbitrário, não tem nenhuma prova contra mim ou contra os meus amigos”, disse ela, que prometeu ir à Justiça para derrubar a punição.

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Entre os alunos desligados, cinco eram da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e um da Escola de Comunicações e Artes.

A reitoria acusa os estudantes de causar danos ao patrimônio da USP. O despacho do reitor João Grandino Rodas informa que o processo “observou os princípios constitucionais da ampla defesa” e que ele se apoiou no Código de Ética da Universidade para aplicar a penalidade de eliminação do corpo discente.

Autoridades do Tajiquistão afirmam que a Rússia começou a deportar imigrantes tajiques, a primeira leva de uma onda de expulsões planejadas que parece ser em retaliação à prisão de um piloto russo pela nação da Ásia Central.

Onze tajiques foram embarcados em Moscou nesta terça-feira, após autoridades decidirem que eles violaram leis de imigração. Os deportados estavam entre os 300 detidos nos últimos dias.

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A disputa ameaça milhares de trabalhadores tajiques e estimula descontentamento em um país que luta para proteger sua fronteira com o Afeganistão.

Vladimir Sadonichy e o estoniano Alexei Rudenko foram presos no Tajiquistão após a aterrissagem de dois aviões de carga que voavam do Afeganistão para Moscou. O caso provocou protestos com conotações xenofóbicas na Rússia. (Equipe AE).

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