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Os oitos anos a frente da presidência da República fizeram com que Luiz Inácio Lula da Silva conquistasse a simpatia e confiança do povo brasileiro. A conclusão é revelada na pesquisa Avaliação de governos e Competição Presidencial, encomendada pelo Portal LeiaJá ao Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). A mostra ouviu 816 pessoas da capital pernambucana entre os dias 1 e 2 de abril com 16 anos ou mais de idade.

Em uma simulação espontânea, os entrevistados responderam quem foi o melhor presidente da República na história do Brasil. A resposta de 72,5% foi Lula e em segundo lugar Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que obteve 13,1% das citações.

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Um fato curioso é que a atual presidente da República, Dilma Rousseff (PT) que tem o forte apoio de Lula, ficou em quarto lugar com apenas 1%. Antes dela, com 2,1% ficou a opinião das pessoas que responderam que ‘nenhum’ foi o melhor presidente. Não souberam ou não responderam totalizou 9,7% das respostas.

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Segundo o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Adriano Oliveira, a análise mostra que o capital político de Lula ainda está na cabeça dos eleitores recifenses, e que ele tem condições de ser um forte apoio de Dilma na próxima eleição presidenciável em Pernambuco. “A pesquisa revela que ele pode ser um cabo eleitoral forte para apoiar Dilma e se Eduardo for se candidatar ele (Eduardo Campos) terá que enfrentar os dois”, opina o cientista.

Oliveira também comentou o desempenho do governador de Pernambuco como possível candidato. “Visto que Eduardo está enfrentando os dois adversários, o resultado dele (75% de aprovação, segundo o IPMN) foi muito bom até porque ele ainda não disse que é candidato. Mas não podemos considerar que quem aprova a gestão dele, irá necessariamente votar nele”, avalia.

Ainda de acordo com o cientista político, o baixo percentual de Dilma, que obteve apenas 1,0% das opiniões dos recifenses, não reflete a aceitação dela em Pernambuco. Oliveira explicou que os dados atribuídos a Lula encobriram Dilma e que as pessoas percebem nela a continuação do ex-presidente. Neste ponto de vista, caso o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, se candidate, terá que estar pronto para enfrentar na eleição dois adversários que representam, juntos, o PT.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é candidato a ocupar a cadeira de número 36 da Academia Brasileira de Letras, que ficou vaga em virtude do falecimento do jornalista João de Scantimburgo, ocorrido na última sexta-feira (22). A formalização da candidatura foi feita na tarde desta quarta-feira, após a sessão da saudade em homenagem a Scantimburgo, que se encerrou por volta das 17 horas. O acadêmico Celso Lafer trouxe de São Paulo a carta formalizando a candidatura de FHC. O secretário geral da academia, Geraldo Holanda Cavalcanti, no exercício da presidência da ABL, determinou à secretaria que considere oficialmente inscrito ex-presidente.

"É mais fácil falar o futuro do euro do que o do PSDB!". Com estas palavras, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso referiu-se - durante uma breve visita à capital argentina nesta terça-feira - ao cenário que desponta sobre o partido dos tucanos. "A política é imprevisível", frisou o ex-presidente, levantando ironicamente a sobrancelha direita. No entanto, destacou a importância das prévias que o partido - que em 2013 completará um quarto de século de existência - fará para definir qual será o candidato à prefeitura de São Paulo.

"Começa a existir um interesse em função da prévia. Isso é importante", sustentou. Mas, depois ressaltou que "é muito cedo, ainda falta muito tempo para as eleições".

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Cardoso preferiu não emitir preferências sobre os atuais pré-candidatos do PSDB: "se eu tivesse um preferido, não poderia dizê-lo". O ex-presidente afirmou que "quem deve definir isso são os delegados (do partido). E eu não sou delegado...".

Cardoso indicou que as acusações existentes sobre irregularidades na gestão do prefeito Gilberto Kassab devem ser analisadas pela Justiça: "ora, como disse o presidente Lula e a presidente Dilma, temos que ver. Deixa a Justiça julgar".

Sobre a "faxina" exigida por setores da população à presidente Dilma, Cardoso afirmou que será "inevitável": "a pressão da opinião pública é tão grande que ela terá que tomar medidas, porque não há alternativas".

O ex-presidente afirmou que a Comissão da Verdade "é importante": "temos que virar essa página. Eu fui o primeiro a criar uma comissão para reconhecer o que havia sido feito. E pedi desculpas pelos excessos do Estado brasileiro". No entanto, Cardoso considera que a comissão não deve ter "espírito de revanchismo". Mas, ressaltou que "as pessoas tem o direito de saber o que aconteceu".

PALESTRA - Cardoso realizou a palestra sobre conjunta latino-americana no contexto da crise internacional no elegante Palácio Errázuriz, sede do Museu de Arte Decorativo.

Defensor da legalização do uso de drogas como meio de acabar com o tráfico, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso considerou "positiva" a ocupação das favelas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu pelas forças de segurança do Rio de Janeiro, no domingo, bem como as 18 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) já existentes na cidade. O modelo, avaliou FHC ao Estado, permite a retomada do controle do território pelo Estado sem a necessidade de disparo de armas. Mas não reduz o consumo de drogas nem acaba com o tráfico.

"O que está acontecendo no Rio é um passo adiante porque libera a população da pressão dos traficantes, diminui a violência, tira a arma do alcance (de criminosos)", explicou o ex-presidente, depois da conferência "Acabando com a Guerra Mundial contra as Drogas, organizada pelo Instituto Cato em Washington.

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"Mas, provavelmente, (essa iniciativa) não está acabando com o consumo de drogas nem com o próprio tráfico. Não resolve, portanto, todas as questões", completou.

Para FHC, o modelo adotado no Rio mostrou-se benéfico por não ter instaurado uma "guerra". A operação de domingo completou a pacificação das favelas da zona sul e fechou um cinturão de segurança para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Durou duas horas, e nenhum tiro foi disparado. "Parece que estão fazendo de maneira certa. Não estão matando gente. Não estão fazendo guerra, como no México", resumiu o ex-presidente.

Na avaliação de FHC, além do aumento exacerbado do consumo de drogas, dois dados devem ser considerados no Brasil. Primeiro, a impossibilidade de total controle da fronteira com os países fornecedores - Colômbia, Peru e Bolívia. Segundo, a expulsão dos traficantes das metrópoles para as cidades vizinhas. Para qualquer dessas questões, FHC aponta uma única solução: a legalização do uso de drogas, com forte apoio do Estado para a recuperação de viciados. "Se o consumo não reduzir, todas as medidas inúteis para acabar com o tráfico."

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