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Poucas horas depois da divulgação da prisão do ex-ministro José Dirceu, na 17º fase da Operação Lava Jato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez um discurso para estudantes exaltando as "instituições" que estão combatendo a corrupção.

"As instituições começam a funcionar de uma maneira mais eficiente. Não obstante ao volume de corrupção, que é brutal, alguns responsáveis estão na cadeia, os tribunais começam a funcionar e a polícia começa a prender quem antes não era preso. Os procuradores acusam e a imprensa divulga", disse FHC ao estudantes da primeira turma da Escola Superior de Propaganda e Marketing, na manhã desta segunda (3). "A democracia está trabalhando e as instituições estão começando a fazer contrapeso à cultura brasileira, que é de arbítrio", concluiu o tucano.

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Eleito em 1994 e reeleito em 1998, Fernando Henrique Cardoso lembrou aos estudantes que foi o "primeiro presidente eleito que não caiu" e fez críticas à atual presidente, Dilma Rousseff.

O ex-presidente exaltou a chegada ao poder de movimentos sociais na Espanha, mas disse que no Brasil os partidos ainda não conseguiram entender esse fenômeno.

Ao deixar o teatro em São Paulo onde deu palestra a estudantes universitários, o ex-presidente foi questionado por jornalistas sobre a prisão do ex-ministro. Sem parar para entrevista, FHC respondeu, com ironia: "eu nem estava sabendo".

Lei de conteúdo nacional

Falando a estudantes sobre a necessidade de o País conectar sua produção à produção global, FHC criticou o governo Dilma e a Lei de Conteúdo Nacional para a exploração de petróleo. O tucano disse que a presidente implanta política como se País estivesse "nos anos 30" ou "nos anos 70, como (Ernesto) Geisel".

"É bom ter indústria nacional, mas não adianta forçar. Só pode produzir petróleo se tiver 65% feito aqui. Como não tem condições, o governo começa a emprestar dinheiro, começam empresas fictícias que não conseguem qualidade, atrasa tudo e não funciona."

Ainda durante sua palestra, Ferrnando Henrique Cardoso se classificou como "um otimista, mas não ingênuo". FHC ressaltou a evolução de dados socioeconômicos do País durante suas mais de oito décadas de vida, mas disse que o "momento é péssimo".

"O momento é péssimo, mas isso é conjuntura. Não necessariamente vai ser sempre assim", disse o ex-presidente. O tucano disse que não acha "necessário" o movimento de brasileiros de classe alta e média alta que, descontentes com o governo, pensam em deixar o País.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, discordou, neste domingo (19), da afirmação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que é precipitado falar em impeachment da presidente Dilma Rousseff porque não se pode falar sobre o tema apenas com base em teses. Invocando o escritor Ariano Suassuna que dizia que não se fala de amigos pelas costas, Cunha Lima disse que não poderia ser diferente e, no segundo painel de debates do 14º Fórum de Comandatuba, frisou que discordava do presidente de honra do seu partido, na ausência dele. FHC saiu antes do final dos debates para uma viagem ao Rio.

"Vou discordar do presidente FHC e já que estamos na Bahia, apimentar o debate do impeachment." Cunha Lima disse que, no seu entender, a presidente Dilma Rousseff descumpriu também o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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Segundo o senador tucano, ao contrário do que disse FHC, "cuja matéria está repercutindo na imprensa nesta tarde de domingo", Dilma incorreu em crimes de responsabilidade. E citou como exemplo o artigo 11 da lei de improbidade e os artigos 4 e 10 da lei que trata os crimes de responsabilidade. "Falo pela bancada que lidero no Senado, que o PSDB está fundamentando o pedido para o impeachment de Dilma."

Cunha Lima discordou também do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que estava presente ao evento do Lide em Comandatuba, e disse que a "pedalada fiscal" detectada pelo Tribunal de Contas da União nas contas do governo federal de 2014 é outra fundamentação para a entrada de pedido de impeachment da petista.

Para o senador tucano, a pedalada fiscal do governo Dilma foi no mandato anterior e isso pode contaminar a atual gestão. Cunha Lima lembrou que muitos prefeitos já foram afastados por atos do gênero realizados em mandatos anteriores e frisou: "Não faltará coragem à oposição do Brasil para construir um País melhor."

Em resposta ao senador, o presidente da Câmara voltou a falar em cautela e ponderação com relação ao tema. Assim como disse o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, Cunha disse que não se pode discutir apenas com base em tese. "Impedimento da presidente da República é coisa séria e aconteceu uma vez com motivações diferentes das de hoje. Em tese não posso discutir."

Como chefe de poder (que pode decidir sobre a abertura de um processo do gênero) que vai analisar, tenho que ver o que diz a Constituição e vamos analisar a matéria com todo respeito", disse Cunha.

No início da tarde desta sexta-feira (20), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso rebateu as declarações da presidente Dilma Rousseff, que lança sobre o ex-presidente a responsabilidade do escândalo da Petrobras. Confira o posicionamento na íntegra.

"Segue abaixo, resposta às declarações da Presidente Dilma, feitas esta manhã, lançando indevidamente sobre mim responsabilidades pelo escândalo da Petrobras.

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Até agora, salvo lamentar o caráter de tsunami que a corrupção tomou no caso do "Petrolão", não adiantei opiniões sobre culpados ou responsáveis, à espera do resultado das investigações e do pronunciamento da Justiça. Uma vez que a própria Presidente entrou na campanha de propaganda defensiva, aceitando a tática infamante da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vitima, rouba e sai gritando “pega ladrão”!”, sou forçado a reagir.

1. O delator a quem a Presidente se referiu foi explícito em suas declarações à Justiça. Disse que a propina recebida antes de 2004 foi obtida em acordo direto entre ele e seu corruptor; somente a partir do governo Lula a corrupção, diz ele, se tornou sistemática. Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?

2. do mesmo modo, a delação do empreiteiro da Setal Engenharia reafirma que o cartel só se efetivou a partir do governo Lula.

3. no caso do "Petrolão" não se trata de desvios de conduta individuais de funcionários da Petrobras, nem são eles, empregados, em sua maioria, os responsáveis. Trata-se de um processo sistemático que envolve os governos da Presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da empresa e Ministra de Minas e Energia) e do ex- presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários.

4. diante disso, a Excelentíssima Presidente da Republica deveria ter mais cuidado. Em vez de tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consciência. Poderia começar reconhecendo que foi no mínimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusações que pesam sobre o seu governo e de seu antecessor.”

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta segunda-feira, 24, que a aposentadoria que recebe da Universidade de São Paulo (USP), de R$ 22,1 mil - acima do limite constitucional paulista -, não é alta. FHC, que está entre os 1.972 servidores da instituição que ganham mais do que o teto de R$ 20.662,00, o salário do governador Geraldo Alckmin (PSDB), considera "razoável" o ganho como aposentado.

"Todo mundo reclama de salário e acha que é baixo", disse o ex-presidente, após um seminário na universidade, na manhã de ontem. "O meu é razoável", completou. FHC ganha como professor catedrático da instituição e foi aposentado em 1968, com 37 anos, durante a ditadura militar.

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Questionado pelos repórteres, FHC disse que não recebe acima do teto. Na lista de servidores publicada no portal de transparência da USP, porém, seu salário é de R$ 22.150,94.

"Comparado com o que se ganha no setor privado, aí significa muito, porque a aposentadoria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é muito baixa", opinou. "Não é (a remuneração) da USP que é alta. O outro (o que é pago pelo INSS) que é baixo", acrescentou FHC, que disse não receber aposentadoria como ex-presidente nem como parlamentar.

Para ele, a folha salarial da USP não é um problema. "A disparidade (de salários) é em função do passado. Decisões judiciais criam uma certa disparidade", afirmou o ex-presidente, que também deu aulas em importantes universidades de Estados Unidos, França e Chile.

A definição dos salários do professor universitário, de acordo com o ex-presidente, deve seguir um critério meritocrático. "Quanto mais critérios objetivos, melhor", afirmou. "Nos Estados Unidos, os salários variam em função da produtividade. O importante é ter algum critério de meritocracia. A universidade, automaticamente, tem. Para chegar a ser professor titular, você deve ter tese de mestrado, tese de doutoramento, tese de livre-docência e tese de cátedra."

Polêmica

Depois de anos de pressões internas e externas, a reitoria da USP resolveu publicar nominalmente, a partir deste mês, os salários de cada um dos servidores. Entre os quase 29 mil ativos e aposentados, 1.972 ganham acima do máximo legal.

A procuradoria jurídica da universidade alega que as remunerações além do limite incluem benefícios incorporados antes de 2003, ano de uma emenda constitucional que regulamentou salários no funcionalismo público. O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, decidiu em outubro no sentido contrário: que remunerações além do limite devem ser cortadas.

A USP afirma que ainda não teve acesso ao acórdão. Sem analisar o documento do STF, diz a reitoria, não é possível definir uma data para readequar os vencimentos dos servidores.

Em abril, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) havia rejeitado as contas de 2011 da universidade por causa dos salários acima do teto - definido pelos ganhos do governador. Na ocasião, a análise do tribunal foi parcial e indicava 167 professores com salários mais altos. A instituição passa por uma crise financeira e, por isso, iniciou um programa de demissão voluntária (PDV) - que não atinge os docentes.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou duramente a presidente da República, Dilma Rousseff, ao comentar o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional, pelo governo petista, para tentar driblar a meta fiscal. "A Dilma falou que eu quebrei o País três vezes, não sei quando. Agora é ela quem está quebrando (o País)", disse FHC, após proferir palestra em um evento de tecnologia, em São Paulo, nesta quarta-feira, 12.

Além de rebater uma das maiores críticas de Dilma nesta campanha presidencial, FHC ironizou a iniciativa do governo, dizendo que nem mesmo o Rei Pelé conseguiria driblar a meta fiscal. "É um drible que não da certo, vai mostrar a incompetência de bem gerir a economia do Brasil, é um gol contra, não tem sentido."

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Fernando Henrique disse que a situação do País é difícil e o governo da presidente Dilma não tem como cumprir o superávit fiscal. "E devem reconhecer", sugeriu. "Vejo risco para a economia, pior a emenda do que o soneto." Indagado sobre as críticas que seu partido vem fazendo à presidente reeleita, de que ela tem cometido estelionatos eleitorais após a vitória, ele retrucou: "São tantos estelionatos eleitorais."

Após proferir palestra no evento da empresa Symantec, de segurança em tecnologia, FHC almoçou com a direção da companhia e, depois, concedeu uma rápida entrevista. O envio do projeto do governo Dilma ao Congresso foi bastante criticado pela oposição. O governo argumenta que ele não é um cheque em branco. Na prática, ele dará grande flexibilidade para o governo administrar a meta de superávit primário das contas do setor público, eliminando na prática a meta fiscal, uma das conquistas da gestão de FHC.

O governo decidiu enviar o projeto antes do anúncio das medidas fiscais para o ano que vem porque pretende, com isso, garantir o cumprimento da meta, mesmo sem fazer o esforço fiscal prometido para 2014.

O projeto acaba com o limite fixo de R$ 67 bilhões para o abatimento das desonerações tributárias e dos investimentos do PAC. Portanto, o executivo federal ganhará liberdade, caso o projeto seja aprovado, para abater da meta todo o volume do PAC e das desonerações que for feito até o final do ano.

Por Richard Wagner

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a criticar as políticas econômicas da candidata à reeleição presidencial Dilma Rousseff (PT). O tucano também lamentou a forma com que os petistas estão conduzindo a campanha eleitoral deste ano. O governo de FHC está sendo o principal alvo dos ataques da campanha de Dilma contra Aécio Neves (PSDB). O ex-presidente concedeu uma entrevista, na manhã desta quinta-feira (23), a Rádio Jornal, do Recife. 

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“Ela (Dilma) merecia o prêmio Nobel no Brasil de tanta incompetência em economia. O país, quando eu fui ministro da fazenda, estava em moratória e aí sim estava quebrado. Nós tiramos da moratória, nos reestabelecemos o fluxo financeiro internacional. Quando eles dizem que quebramos três vezes, na verdade eu só me lembro de duas, não é quebrou, pedimos empréstimo ao Fundo Monetário Internacional, ao qual o Brasil é sócio, porque é um dinheiro mais barato, sendo que a segundo vez que pedimos o empréstimo foi em 2002 para permitir que o governo do lula, que vinha em 2003, tivesse condições de por em ordem em função da crise financeira provocada pela ameaça, que assim parecia, da eleição do Lula. Pedimos empréstimo com a anuência expressa do Lula. Há uma má-fé extraordinária. Fico triste de ver a Dilma repetir esse assunto durante a campanha”, criticou o tucano. 

FHC afirmou “que é dito hoje é uma tentativa de reconstrução da história denegrindo o que foi feito no passado para realçar o que foi feito depois” e lembrou que quando Lula assumiu a presidência pediu ao Armínio Fraga (então presidente do Banco Central) que continuasse a frente da instituição, o que não aconteceu, mas toda a diretoria continuou por um ano para que a transição de governo fosse feita com estabilidade. 

“Quando eu deixei o governo e fui para a Europa, o presidente Lula passou lá pela Europa e me telefonou, conversamos sobre vários assuntos. Ele passou o telefone para o Palocci que me disse: presidente só quero lhe agradecer por tudo que o seu governo fez pelo Brasil, muito obrigado” relembrou o ex-presidente. 

Fernando Henrique também criticou os candidatos a presidência que não defenderam o legado do seu governo (Geraldo Alckmin e José Serra) e elogiou a postura assumida por Aécio Neves. 

“O clima era tão pesado de críticas que os candidatos do PSDB tinha receio de perder eleitores se fossem defender o governo. Deviam ter defendido. Agora o Aécio Neves teve uma opção corajosa e enfrentou, e o resultado é positivo, está aí competitivo sem ter que esconder o passado porque não tem o que esconder”, falou. 

O tucano reconheceu que os governos petistas tiveram uma atenção maior com o Nordeste, mas também lembrou de obras que foram feitas na região durante o seu governo. “Eu não tenho dúvida que eles fizeram um governo mais atencioso ao nordeste, eles tiveram uma conjuntura mais favorável para estender os programas sociais. O primeiro programa de seguro contra a seca foi feito no meu governo, as bolsas foram começadas no meu governo, o Porto se Suape foi terminado no meu governo, o porto de Pecém foi no meu governo. Paulo Afonso (usina hidroelétrica da Bahia)tem cinco usinas geradoras e três foram feitas no meu governo. Meu vice-presidente, o Marco Maciel, é pernambucano, como é que eu tenho preconceito contra o Nordeste?”, indagou.  

Faltando apenas três dias para o segundo turno das eleições, o vereador do Recife e um dos coordenador da campanha tucana em  Pernambuco, André Régis (PSDB), revidou as frequentes defesas do PT, que tem afirmado que se Aécio Neves (PSDB) conquistar a presidência da República, o país sofrerá um retrocesso. 

Durante o evento realizado em Recife, com a ala feminina do PSDB, na última quarta-feira (22), o tucano defendeu que se os petistas tivessem orgulho da gestão não viveriam relembrando o passado da oposição. “Estamos discutindo o futuro, a gestão dos próximos quatro anos.  A fixação no passado é uma prova que ela não tem o que falar de balanços positivo no seu governo. Já o nosso passado  nos orgulhamos dele. Percebo claramente que esse é um discurso de quem não tem propostas para conduzir e recuperar a imagem do Brasil,” pontuou, ressaltando que em nenhum momento a presidente cita sua base aliada, que também geriram o Brasil, como Fernando Collor (PTB) e José  Sarney (PMDB).

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De acordo com o vereador, comparar o governo  do PT com a administração de Fernando Henrique Cardoso  é infundada, pois condizem com contextos distintos. Ele também defendeu a aprovação da gestão de FHC que conseguiu ser reeleito no primeiro turno, em 1998. “São conjunturas históricas diferentes. Se ele critica tanto FHC  precisa  justificar  porque Fernando Henrique foi o único presidente da república reeleito no primeiro turno. A população foi convocada para votar e disse sim, em alto nível, ao governo de FHC. Ele foi eleito e reeleito pelo povo, inclusive batendo o ex-presidente Lula”, cravou. 

A parceria com o PSB foi considerada importante, mas recíproca.  Segundo o vereador foi uma troca de apoios e que nesse segundo turno também irá resultar na vitória do PSDB como conquistou os socialistas. “Ter um aliado vitorioso nas urnas, como foi o caso de Paulo Câmara (PSB), que é importante frisar que contou com o nosso apoio, é claro que é muito importante. Nós apoiamos Paulo Câmara, ele se sagrou vitorioso, e agora ele está retribuindo com o apoio necessário para que Pernambuco vote contra um governo que fracassou”, concluiu o tucano. 

Faltando apenas 11 dias para o Brasil conhecer quem comandará o país nos próximos quatro anos, o ex-presidente Lula faz um apelo aos internautas. Em vídeo divulgado nas redes sociais esta quarta-feira (15), o cabo eleitoral de Dilma Rousseff (PT) pediu  que o povo não deixe o Brasil retroceder. 

Segundo Lula, os postulantes à presidência da República apresentam projetos distintos e afirmou que as propostas do PSDB contemplam uma minoria. “Temos dois projetos muito diferentes em disputa. De um lado, quem governou olhando apenas para uma minoria, deixou o desemprego reinar e o FMI dar ordens ao Brasil. O nosso projeto governa para todos. Criou oportunidades de estudos e emprego para quem nunca teve, faz o Brasil ser respeitado internacionalmente. ...vamos debater esses projetos”, defendeu Lula, finalizando com a frase “O Brasil não pode retroceder”. 

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O retrocesso tem sido uma constante no discurso petista, que tenta relembrar os pontos fracos da administração de Fernando Henrique Cardoso. 

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, lamentou a morte do presidenciável Eduardo Campos, em entrevista à Rede Globo na tarde desta quarta-feira (13). FHC disse que chegou a conversar com Campos antes dele se candidatar à presidência.

“Nós conversamos. Ele disse que ia ser candidato. Eu disse a ele que era importante renovar a política brasileira. Eduardo foi sempre um candidato que respeita os outros candidatos. Ele pensava no Brasil. Não pensava apenas na pequena política”, falou FHC.

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Perguntado sobre o futuro da conjuntura política nas campanha para a presidência, Fernando Henrique acredita que os partidos coligados deverão apontar quem pode suceder Campos. O ex-presidente também aposta que Marina Silva pode assumir a campanha.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse que, há dois anos, não acreditava na possibilidade de uma derrota eleitoral do governo, mas hoje acha possível transformar o "mal-estar" da sociedade em algo que tenha "consequência eleitoral".

Em entrevista à revista IstoÉ, FHC afirmou que o governo tem recursos enormes e exposição permanente e achava muito difícil que houvesse uma mudança. "Hoje existe um mal-estar no País. Isso favorece a oposição. Por isso, acho que temos grandes chances", afirmou.

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FHC também apontou a pouca visibilidade da oposição como um obstáculo à mudança. Segundo ele, a oposição feita no Congresso não repercute mais. "Quando eu era senador, meus discursos eram publicados na íntegra nos jornais. Isso não acontece mais. Foi se perdendo o elo do Congresso com a sociedade". Para o ex-presidente, o mesmo ocorreu com outras instituições, como os sindicatos e a União Nacional dos Estudantes (UNE).

Ele disse ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "sabia manejar o Congresso" - "não da maneira correta, pois o mensalão ninguém pode apoiar" - mas que a atual presidente, Dilma Rousseff, não sabe.

Economia

O tucano também afirmou que o governo petista persistiu no estímulo ao consumo e não olhou para outros lados, como, por exemplo, o desenvolvimento econômico do País. Segundo Fernando Henrique, o governo levou muito tempo para entender que, para reativar o investimento, precisaria ter capital público e privado.

Segundo ele, o PT acredita que se muda o Brasil ocupando o Estado e controlando mais, sobretudo a economia, enquanto o PSDB acredita que é preciso não ocupar o Estado e ter uma "relação maior com a sociedade". Mas, para FHC, há similaridades entre os dois partidos. "Na política monetária, por exemplo, o PT pode ter errado aqui ou ali, mas não mudaram o que vinha sendo feito", afirmou. "O juro não baixou como devia, é verdade. Mas isso é algo técnico. Ninguém está discutindo, na essência, a função do Banco Central."

Petrobras

FHC negou que tenha sido cogitada a privatização da Petrobras durante seu governo. "Queríamos a competição e tirar a influência partidária", disse, citando também o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Para o tucano, Dilma está sofrendo as consequências da gestão Lula na estatal.

Bolsa Família

Fernando Henrique Cardoso disse que todos são a favor da distribuição de renda e outros governos só não fizeram isso porque não tinham como. Ele voltou a dizer que as bolsas (escola e alimentação) surgiram durante seu mandato e afirmou que a política de sustentação do salário mínimo começou no governo de Itamar Franco.

Campanha

FHC diz que Dilma não fala com o País como Lula e defende "simpatia" de candidato tucano à Presidência. "O Aécio pode falar. Jeitão ele tem. Mas precisa dizer alguma coisa que faça ele chegar lá". O ex-presidente disse que a união do partido, os bons palanques regionais e a grande rejeição ao PT em São Paulo aumentam a chance de uma vitória do PSDB.

Durante a convenção nacional do PSDB, neste sábado (14), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) afirmou que “não dá mais para aguentar” o PT no comando do Brasil. Segundo ele, o “povo quer mudança” e tem clamado por isso nas ruas das principais cidades do país, no entanto o atual governo finge que não escuta a população. 

“É preciso ouvir as vozes das ruas, elas clamam, elas querem mudança. Cansaram de distanciamento, de corrupção. O povo quer estar mais perto. Nós temos que ouvir o povo. Isso é necessário para o Brasil. O governo atual fingiu que não ouvia, culpava a oposição, a imprensa”, observou. “Não dá mais, ninguém aguenta mais isso. Chega. A gente sente que não adianta mais repetir o que nós sabemos que não é certo”, acrescentou em tons fortes o ex-presidente.

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Desmentindo boatos de que enquanto governava queria privatizar a Petrobras, FHC cravou ser “mentira”. “Quantas vezes ouvi esta gente que hoje manda no Brasil dizer que eu queria privatizar a Petrobras. Mentira! Isto é mentira. Queríamos transformar a Petrobras de uma repartição pública dividida entre partidos para uma empresa que beneficie o brasil. A Petrobras é querida por todos nós, o petróleo é nosso”, disse. Citando os últimos casos de corrupção na petroleira, Cardoso pontuou que a “Petrobrás não é isso, foi transformada nisso”.

Todo o desejo de modificação na administração do país, segundo FHC, está “encarnada em Aécio”. “Sentimos que a mudança está começando a se concretizar. E a mudança não é só ideias, são ideias encarnadas em pessoas. Aécio sabe ouvir o povo. Não é o sentimento da arrogância, mas de saber ouvir. O povo sente nele confiança. Não queremos os corruptos, os farsantes. Chega de nós e eles, somos nós todos. O povo quer respeito, quer consideração. O povo cansou de comiseração”, frisou. 

Para o ex-presidente, o Brasil precisa de uma liderança jovem para reorganizar o rumo do desenvolvimento. “Nada disso se resolve se não houver liderança, o Brasil clama por uma liderança jovem. É preciso um líder jovem que se dedique de corpo e alma ao povo brasileiro e o Aécio tem esta qualidade. Ele é gente, como toda gente”, concluiu lembrando que o PSDB está unido em torno da eleição do senador. 

A pouco mais de cinco meses de começar oficialmente a disputa eleitoral, em 6 de julho, o senador Aécio Neves, provável candidato do PSDB à Presidência da República e presidente nacional da sigla, já definiu boa parte dos nomes que vão compor a linha de frente e a retaguarda da campanha. As escolhas feitas até agora indicam que o partido está disposto a resgatar o "legado" dos oito anos que esteve à frente do Palácio do Planalto com Fernando Henrique Cardoso, que governou o País entre 1995 e 2001.

Nas três últimas disputas presidenciais, a herança de FHC foi explorada discretamente pelos candidatos tucanos. O primeiro nome anunciado na semana passada, conforme antecipou a reportagem, foi o do engenheiro agrônomo Xico Graziano. Diretor do Instituto Fernando Henrique Cardoso e ex-chefe de gabinete do ex-presidente, ele será responsável pela coordenação de uma das áreas mais sensíveis da campanha: a internet. Presidente do Banco Central entre 1999 e 2003, no segundo mandato de FHC, o economista Armínio Fraga foi escalado para fazer a aproximação de Aécio com os empresários e a arrecadação de recursos para a campanha.

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Fraga também deve integrar o grupo que vai elaborar a parte de economia no programa de governo de Aécio. A coordenação geral da elaboração do programa será feita a partir de março pelo governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que foi secretário executivo e ministro interino do Trabalho no segundo mandato de Fernando Henrique. O senador mineiro também convidou o economista Barjas Negri, ministro da Saúde no primeiro mandato de FHC, para elaborar as propostas na área da saúde do programa.

Outro nome que deve integrar o grupo, mas ainda não foi confirmado pela equipe do senador, é o engenheiro José Carlos Carvalho. Ministro do Meio Ambiente de FHC entre 2002 e 2003, ele deve participar da elaboração das propostas dessa área, missão que dividirá com o deputado estadual pernambucano Daniel Coelho. No passado, Carvalho foi um dos principais interlocutores de Aécio com os ambientalistas e ajudou a organizar um jantar com o tucano e 60 dos maiores líderes do setor.

"Muitos candidatos prestigiam especialistas de fora na hora de montar o plano de governo. Esses nomes prestigiam o PSDB e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Não há como separar o partido das duas gestões dele na Presidência", avalia o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP), secretário-geral do PSDB.

A decisão de se antecipar ao adversários na apresentação dos nomes, iniciativa que será referendada pela direção executiva tucana em reunião marcada para 11 de fevereiro, também foi um movimento estratégico. "Ao antecipar os nomes, o senador Aécio está sinalizando de forma transparente que levará essas pessoas para o governo. Isso é um fator de estabilidade para o Brasil", avalia o senador tucano Cássio Cunha Lima (PA), um dos quadros mais próximos do provável candidato.

Postos-chave

O senador também já conta com uma lista de nomes que devem compor o comando executivo da campanha. Irmã de Aécio, a jornalista Andrea Neves deixou a presidência do Serviço Voluntário de Assistência Social, órgão do governo mineiro, para ser uma figura central na área de comunicação.

O publicitário mineiro Paulo Vasconcellos é o mais cotado para assumir o marketing da campanha. As decisões, porém, serão submetidas a um conselho de comunicação, fato inédito em campanhas tucanas.

Estado chave na estratégia do PSDB, São Paulo recebe atenção especial na formação da equipe. Ex-ministro de FHC e atualmente vereador paulistano, Andrea Matarazzo foi sondado para assumir o comando da campanha na capital.

O prefeito de Botucatu, João Curi, será responsável por articular e engajar os prefeitos do interior na campanha presidencial. Presidente do PSDB paulista, o deputado Duarte Nogueira é apontado como um dos nomes para comandar a campanha no Estado e fazer a sinergia com a corrida pela reeleição do governador Geraldo Alckmin. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ausência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC-PSDB) em eventos públicos, e principalmente, da própria legenda como foi o caso dos encontros da sigla em Maceió e Curitiba levantaram especulações sobre a saúde do tucano. Nos bastidores do meio político algumas hipóteses sobre a vida de FHC já eram levantadas, mas o ex-gestor nacional se pronunciou através do Facebook e garantiu não estar com o “pé na cova”.

Possivelmente ciente dos rumores sobre sua saúde, Fernando Cardoso afirmou estar doente, mas também disse aproveitar o momento para fazer leituras e colocar algumas coisas em ordem. “É verdade que ando meio adoentado. Mas como sou prevenido, cortei logo a diverticulite pela raiz, tomando o antibiótico apropriado. Como suspendi minha agenda de viagens, estou aproveitando para colocar em ordem as leituras e certos escritos. 

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Ainda na página da sua rede social, o tucano manda um recado para os pessimistas em relação ao seu quadro de saúde. “Que percam as ilusões quem achar que estou com um pé na cova, embora o futuro, como é sabido, a Deus pertença!”, disparou o ex-presidente.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passa a ocupar, nesta terça-feira (10), a cadeira 36 (antes ocupada pelo jornalista e escritor paulista João de Scantimburgo, morto em março deste ano) da Academia Brasileira de Letras. FHC teve 87% de aprovação, 34 dos 39 votos possíveis na eleição realizada em junho pela instituição.

Fernando Henrique Cardoso esteve no comando do país em dois mandatos, entre 1995 e 1998 e entre 1999 e 2002. Outros dois ex-presidentes eleitos para a ABL anteriormente foram Getúlio Vargas (nomeado em 1941 para a cadeira 37) e José Sarney (nomeado em 1980 para a cadeira 38). A solenidade de posse do acadêmico eleito acontece nesta terça (10), às 21h, no Salão Nobre da Academia.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também presidente de honra do PSDB, saiu nesta sexta-feira em defesa de seus companheiros de partido que governavam São Paulo no período em que supostamente um cartel se formou para atuar em licitações do metrô paulista. Segundo o ex-presidente, "há muita agitação, mas pouca coisa concreta a respeito" da denúncia e "é preciso tomar cuidado" com as acusações. Ele destacou que "não houve acusação de que o governo de São Paulo tivesse sido favorecido ou que algum político do PSDB tivesse se beneficiado". O ex-presidente manifestou preocupação com a possibilidade de os eleitores acharem que todos os políticos são iguais na relação com a corrupção.

"Do que eu saiba, os governadores de São Paulo Mário Covas (morto em 2001), Geraldo Alckmin e José Serra são pessoas que não entram neste campo de corrupção, não têm nada a ver com isso", disse Fernando Henrique, que participou de um evento promovido por médicos no Copacabana Palace. "Quando começam a misturar as águas, não é bom. Isso pode dar a impressão de que é parecido com o que outros fizeram. Não há nada que indique isso."

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Fernando Henrique afirmou que, do que viu, não há nada objetivo em relação às denúncias de que tucanos estariam envolvidos nas irregularidades. "A questão é evitar a formação de cartel", afirmou. Ele admitiu, porém, que licitações podem gerar corrupção.

"No mundo inteiro há o mesmo problema: você não tem um mecanismo perfeito para evitar que os grupos se organizem com o objetivo de fraudar de alguma maneira a boa intenção de uma licitação", declarou. "Mesmo assim, tem que fazer licitação, não tem jeito. Nestas áreas, há pouquíssimas empresas no mundo, acaba sendo difícil separar, mas tem que haver transparência, explicar mais claramente os fatos. As últimas declarações do governador Serra foram boas, explicam bem do que se trata. Caso contrário, a população ficaria pensando que é tudo farinha do mesmo saco. E não é."

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso confirmou seu favoritismo e foi eleito nesta quinta (27) à tarde para a cadeira de nº 36 da Academia Brasileira de Letras, ocupada antes pelo jornalista João de Scantimburgo, que morreu em março.

A eleição aconteceu na sede da ABL, no Rio, e Fernando Henrique conseguiu 34 dos 39 votos possíveis - 24 acadêmicos votaram em pessoa e outros 14, por carta. Houve uma abstenção. Após oficializada a vitória, o ex-presidente comemorou com amigos na Fundação Eva Klabin, na Lagoa, zona sul do Rio.

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"Resisti alguns anos à sugestão de vários amigos para me apresentar à ABL. Primeiro, porque não sou propriamente o que se denomina de um ‘homem de letras’", escreveu ele, em sua página no Facebook. "Segundo, porque temia que pudesse haver confusão entre minha produção intelectual e minhas posições políticas. Ao saber, porém, que desde sua fundação a Academia contemplava intelectuais em geral, e não apenas escritores, e tendo também passado mais de dez anos fora de cargos públicos, sem mais aspirar a nenhum deles, arrisquei submeter meu nome à apreciação dos acadêmicos."

No mesmo texto, Fernando Henrique comenta a honraria de ontem, 27. "Eleito, só me resta agradecer a generosidade dos que hoje me recebem como companheiro, reafirmando minha satisfação e meu desejo de ajudá-los no esforço para que a ABL continue cumprindo os desígnios de seus fundadores, primeiros ocupantes de cadeiras, dentre os quais Machado de Assis, Ruy Barbosa e Joaquim Nabuco."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Partidos da oposição mudam de estratégias nos seus discursos políticos, principalmente ao debater questões relacionadas ao desenvolvimento social do Brasil nos últimos anos. Este é o caso do senador de Minas Gerais e um dos possíveis candidatos à presidência da República em 2014, Aécio Neves (PSDB) que publicou nesta segunda-feira (10), na Folha de São Paulo, o artigo intitulado “Transformação”.

Os tucanos que além de começarem a defender o legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na estabilidade econômica do país, também afirmam que foram responsáveis por criar “uma inédita rede de proteção social, com políticas nacionais coordenadas contra as causas estruturais da pobreza”.  

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No seu texto Aécio destaca que “o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, de 1996, foi o primeiro programa nacional centrado em transferência monetária. Depois veio o Bolsa Escola, e ambos estimulavam a matrícula e a frequência na rede escolar.” Ele também escreveu que entre 2000 e 2001, surgiu o Fundo Nacional de Combate e Erradicação da Pobreza e que o Auxílio Gás é de 2001.  

Ao falar da assinatura do decreto nº 3.877/2001, que gerou o Cartão do Cidadão, de 2002, o senador defendeu que a velha política clientelista foi "enterrada". “Pela primeira vez, milhões de famílias foram atendidas com programas de transferência de renda, que, em seguida, foram unificados e tiveram seu alcance ampliado durante o governo Lula.”

Depois de relatar os programas criados durante a administração tucana no Governo Federal, Aécio Neves faz algumas críticas ressaltando que esse período de grandes inovações e avanços foi substituído por anos de mera administração da pobreza. Outro ponto do texto destaca ser preciso um debate nacional para se discutir políticas de transferência de renda.

“Temas como a garantia do valor real dos benefícios ou a adição de bônus para pais que voltem a estudar, ou para filhos que completem o ensino fundamental e o ensino médio, como forma de estimular a mobilidade social, merecem ser discutidos.” Aécio finaliza o seu texto reforçando o país precisa ter metas a serem alcançadas para tirar os brasileiros da miséria e da pobreza.

“A travessia para um novo patamar de desenvolvimento nos exigirá bem mais que o atual paternalismo salvacionista, que gerencia a pobreza sem compromisso com a sua superação”.

A menina dos olhos do governo federal, o bolsa Família, começa a ser do interesse de partidos da oposição, principalmente porque este, juntamente com outros programas de assistência social, atendem cerca de 50 milhões de pessoas, quase um quarto da população brasileira. Isso representa um capital político que pode transferir votos e reverter um quadro eleitoral durante a disputa pelo Palácio do Planalto.

Com os olhos e atenção na disputa presidencial de 2014, a oposição começa a articular seu discurso em todas as esferas de poder e o vereador do Recife, André Regis (PSDB), após reuniões internas de seu partido na última semana, vem destacando as ações desenvolvidas pela administração de seu partido. Esse foi o caso do seu último pronunciamento na tribuna da Câmara municipal quando ele exaltou as políticas públicas de assistência social implementadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“O PSDB é o partido responsável pelo surgimento da ideia do programa Bolsa Família, Bolsa Escola, Vale Alimentação, Vale Gás e programa de erradicação do trabalho infantil. Esses programas, juntos, foram nominados de Bolsa Família, no início do governo de Lula, que se rendeu adotando Políticas Públicas iniciadas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso”, comentou.

André Regis também ressaltou que o PSDB implementou políticas públicas para a estabilização da economia, o fim da inflação e que as privatizações nas áreas de telecomunicações ajudaram ao desenvolvimento do setor. “Também houve uma reestruturação do sistema financeiro e o fortalecimento da Receita Federal, do Banco Central e de outras instituições relacionadas à administração pública”, reforçou.

Ao finalizar sua defesa do legado tucano para a sociedade brasileira, o vereador comentou a posse do senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos nomes que irá disputar a presidência da República em 2014, como novo presidente nacional da legenda. “É com satisfação como membro do partido, que passamos a ser liderados por Aécio Neves, aqui envio votos de sucesso para ele”, discursou.

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O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, deverá ser eleito novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e vai ocupar a vaga do jornalista João Scantimburgo que morreu em decorrência de problemas com o diabetes.

A eleição dos “Imortais” vai ocorrer no dia 27 de junho, dez anos após o sociólogo deixar o Palácio do Planalto. Ao todo onze pessoas se inscreveram, mas dentre esses candidatos “avulsos”, o nome do ex-presidente é o único considerado “efetivo”.

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Fernando Henrique Cardoso além de ser sociólogo, professor e pesquisador, já ocupou cargos políticos como o de senador, ministro das Relações Exteriores e da fazenda. Nos seus livros ele trata das mudanças sociais, desenvolvimento econômico e democracia.

O socialogo escreveu obras que ganharam destaque como é o caso de: A Arte da Política - A História Que Vivi, Cartas a um Jovem Político: Para Construir um País Melhor, Xadrez Internacional e social-democracia, dentre outros.

O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso defendeu neste sábado que o partido se preocupe em se aproximar da população. "Temos que ouvir o País. O PSDB, Aécio Neves, tem que ser um PSDB muito próximo do povo", disse, durante a conferência nacional do partido, que elegeu o senador mineiro Aécio Neves à presidência do diretório.

Fernando Henrique afirmou que "a força dinâmica" pertence às mulheres e aos jovens, que devem ser os principais interlocutores do partido. "Nós vamos ganhar porque vamos ouvir muito. Não teremos preguiça de andar por toda parte", disse, em referência à corrida ao Palácio do Planalto em 2014. O discurso dele, que foi apresentado como "o presidente que mudou o Brasil", durou mais de 20 minutos e foi fortemente aplaudido pelos militantes.

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Economia

O ex-presidente exaltou as medida econômicas tomadas em seu governo e criticou o PT. "Resolvemos enfrentar de cara o maior problema do País, que levava o pobre à miséria, que era a inflação. Tivemos que ter confiança em nós próprios. Não foi fácil. Tivemos que explicar o que estávamos fazendo. Dizem que eles fizeram a estabilidade do Brasil, mas não", disse.

"Quando resolveram fazer as coisas certas - como fazem agora, a lei dos portos, - fazem de maneira equivocada, não explicando a todos e não compondo interesses. Fazem atrasado", criticou. "O Brasil está cansado do que está aí. O principal ministério desse governo é o de desinformação e propaganda. Hoje existe uma voz só, a voz do partido, do governo, do Estado. As empresas do Estado falam a mesma voz do partido", criticou.

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