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Fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro estão acompanhando e fotografando o almoço da presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, e do candidato do PR a governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, no Restaurante Popular Getúlio Vargas, em Bangu, na zona oeste do Rio.

A realização de discurso ou distribuição de material eleitoral em propriedade pública é proibida por lei. Não estão previstos discurso ou panfletagem no local. A presidente almoça cercada de seguranças, eleitores e curiosos. Alguns aproveitam para tirar "selfies" com a presidente Dilma ao fundo.

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A presidente chegou às 12h25 acompanhada de Garotinho e comitiva. Cumprimentou funcionários e eleitores e, em seguida, foi almoçar. Os repórteres foram confinados no andar de cima e não têm acesso à presidente. Os fotógrafos foram posicionados num cercado ao lado de Dilma.

Fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) lacraram nesta sexta-feira um galpão em São Cristóvão, na zona norte, onde havia propaganda irregular do deputado federal e candidato a governador Anthony Garotinho (PR) e de outros candidatos do partido.

Determinada pela juíza Daniela Assumpção de Souza, coordenadora estadual de fiscalização, a operação apreendeu placas em quantidade maior do que a declarada, faixas em tamanho maior do que os 4m? permitidos, seis computadores e documentos contábeis. Localizado na rua Bela, o galpão é usado para armazenar produtos da loja virtual "Palavra de Paz" e, segundo o responsável, foi cedido para guardar e distribuir material de campanha de Garotinho. O relatório dos fiscais será encaminhado ao Ministério Público Eleitoral para que ajuíze as ações cabíveis.

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Havia pelo menos 400 placas de Garotinho ao lado do candidato a deputado estadual Fabiano Novaes (PR), mas a tiragem declarada era de 150 unidades. Também foram encontradas dezenas de caixas (cada uma com 2.800 unidades) de panfletos da filha de Garotinho e candidata a deputada federal Clarissa Garotinho (PR). A tiragem declarada era muito menor, de 25 mil exemplares.

Havia também agendas, livros infantis, chinelos e outros produtos com o logotipo da loja "Palavra de Paz", empresa com participação societária de Garotinho como consta em sua declaração de bens e três carros de som com propaganda dele. A reportagem procurou o candidato Garotinho, que não havia se manifestado sobre as apreensões até as 18h40 desta sexta.

O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ), pré-candidato ao governo do Rio, foi denunciado mais uma vez pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) sob acusação de fazer propaganda eleitoral antecipada. É a nona representação feita ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra o ex-governador do Rio pelo mesmo motivo. O procurador Paulo Roberto Bérenger propôs a ação com o objetivo de proibir a distribuição de uma revista que, segundo ele, divulga a candidatura do deputado para a eleição de outubro. O prazo legal para início de campanha é 5 de julho.

Procurado pela reportagem, Garotinho divulgou uma nota: "Segundo nosso jurídico, o conteúdo que o Ministério Público considera propaganda antecipada se assemelha ao do link 'Projetos e Realizações', que está em destaque no Blog do Garotinho, alvo de representação feita pelo PMDB, cuja liminar para a sua retirada foi negada pelo juiz Auxiliar Alexandre Chini Neto em 31/1". Ainda de acordo com a assessoria do deputado, "em seu despacho, o magistrado afirmou que 'sem invadir o mérito, não se apresentam de forma nítida, no momento, como propaganda antecipada'. Assim, pelo bom senso, esperamos que o Tribunal mantenha o mesmo entendimento."

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O procurador regional eleitoral também pede ao TRE que proíba a veiculação da revista na internet e fixe multa de R$ 5 mil por dia de descumprimento da ordem judicial. Para Bérenger, o texto na capa ("Nosso jeito de governar: desenvolvimento econômico com justiça social!), com uma foto do ex-governador, "já demonstra propaganda irregular".

A representação destaca declarações de Garotinho na revista como: "vou estar preparado para tirar novamente o Estado do Rio de Janeiro da falência." Para o procurador, elas "caracterizam uma promoção da candidatura antes do prazo legal de 5 de julho". "Não podemos deixar que os pré-candidatos se valham da internet e outros meios para veicularem propaganda antecipada", afirmou Bérenger. No fim de janeiro, o TRE já havia proibido liminarmente Garotinho de distribuir brindes a ouvintes de seu programa de rádio.

Dois pré-candidatos ao governo do Estado - o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR) - foram punidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) por propaganda antecipada.

Pezão foi multado em R$ 92,8 mil pelo que a Justiça Eleitoral considerou uso indevido do horário eleitoral do partido no rádio e na TV que foi ao ar nos dias 2 e 4 de outubro do ano passado. O corregedor eleitoral, Alexandre Mesquita, entendeu que Pezão e o governador Sérgio Cabral (PMDB) não poderia ter usado frases como "É esse o Rio que a gente quer e que estamos construindo". O corregedor afirmou, na decisão, que a participação de Pezão na propaganda partidária "em nenhum momento destina-se a expor o ideário de sua agremiação partidária". O valor da multa foi fixada com base no menor custo de uma propaganda de 30 segundos na TV, equivalente a R$ 46.411 por inserção.

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Garotinho foi proibido pelo desembargador Wagner Cinelli, em caráter liminar, de distribuir brindes aos ouvintes de seu programa de rádio. A multa para o descumprimento é de R$ 5 mil por dia. Segundo o juiz, "há reais indícios" de que a distribuição de kits com livro, camiseta e carteirinha personalizada, com a foto do pré-candidato, "projeta e exalta a imagem" de Garotinho e evidencia "propaganda eleitoral extemporânea". A decisão determina que o ex-governador suspenda o cadastro de pessoas para recebimento dos kits.

O PMDB e o PR vão recorrer da decisão. Os peemedebistas argumentam que não houve exaltação do vice-governador nem pedido de votos. Garotinho diz que a distribuição de kits não tem ligação com a campanha eleitoral, mas com a atividade de radialista.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro propôs ação contra o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) e a empresa Palavra de Paz Produções por propaganda eleitoral fora de época. Segundo a denúncia, o político e a empresa vêm distribuindo kits com livro de mensagens, camisa, carteirinha com foto de Garotinho e uma carta de boas-vindas assinada pelo deputado.

Esta é a oitava representação por propaganda antecipada feita pela PRE contra o deputado. Na ação, a Procuradoria pede ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RJ) que determine três proibições imediatas aos réus: de distribuir kits, divulgar a iniciativa e cadastrar fiéis para receber brindes. A instituição também quer que os réus sejam condenados a pagar multas de até R$ 25 mil.

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Na ação, protocolada no último dia 22, o procurador regional eleitoral Maurício Ribeiro, que recém - encerrou seu biênio, acusa os réus de buscarem conquistar o eleitorado nas próximas eleições distribuindo brindes religiosos e retratando o político como um guia espiritual.

Por meio de sua assessoria, Garotinho afirmou que ainda não foi notificado da ação. Segundo o deputado, o material distribuído não induz o voto no deputado.

A revelação de que a família do prefeito Eduardo Paes (PMDB) é dona de duas empresas no Panamá que têm, juntas, capital de US$ 8 milhões (R$ 19 milhões) abriu uma guerra entre o peemedebista e o ex-governador e deputado Anthony Garotinho (PR-RJ). Pré-candidato ao governo do Rio, Garotinho reproduziu em seu blog reportagem do site Brasil 247 sobre as empresas Conval Corporation e Vitznau International Corporation, criadas, respectivamente, nos dias 12 e 19 de junho de 2008, com sede no Panamá, e que pertenceriam ao pai, à mãe e à irmã do prefeito, Valmar Souza Paes, Consuelo Costa Paes e Letícia Costa Paes. Garotinho acusa a família de Paes de ter criado "empresas laranjas" e "fantasmas".

Segundo documentos divulgados pelo site e por Garotinho, a Conval e a Vitznau foram constituídas e têm como sócio o panamenho Jose Eugenio Silva Ritter, presidente da empresa Truston International Inc., sócia majoritária e administradora do Hotel St. Peter, em Brasília. Reportagem do "Jornal Nacional", da TV Globo, revelou, na última terça-feira, que Jose Eugenio Ritter mora em um bairro pobre da Cidade do Panamá e seria "laranja" da Truston.

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O St. Peter ganhou notoriedade na semana passada, quando o ex-ministro José Dirceu pediu à Justiça autorização para trabalhar como gerente geral do hotel, o que garantiria o regime semiaberto ao petista, condenado no processo do mensalão e preso na Penitenciária da Papuda. Anteontem, Dirceu desistiu do emprego, que lhe renderia um salário de R$ 20 mil mensais.

Segundo a reportagem do "Jornal Nacional", Ritter é sócio de mais de mil empresas no Panamá. Os documentos de criação das duas empresas da família do prefeito Eduardo Paes foram elaborados pelo escritório de advocacia Morgan y Morgan, onde Ritter trabalha como auxiliar administrativo. Os papéis especificam que as empresas podem atuar em qualquer país e receber honorários para prestação de "assistência técnica e comercial".

Garotinho denunciou que chamou de "gangue do chapéu Panamá". "Paes e sua família vão ter que explicar a origem dos US$ 8 milhões usados para abrir duas empresas no Panamá no espaço de uma semana. Será que ganharam na loteria por duas semanas consecutivas? E por que esconder o dinheiro num paraíso fiscal, no Panamá? Esse dinheiro está declarado? Isso e muito mais vai ter que ser explicado aos órgãos competentes", disse Garotinho em seu blog. O deputado discursou no plenário da Câmara, na tarde de quinta-feira, e pediu "atenção das autoridades policiais brasileiras".

Paes reagiu à ação do adversário. Disse que o pai "é um advogado muito bem sucedido, ao contrário da família Garotinho, que enriqueceu na política". "Não há nada de irregular no fato de o meu pai ter uma empresa no exterior. Ele é um advogado bem sucedido, com carreira internacional. A empresa é totalmente legal, está registrada no Banco Central e foi devidamente declarada em seu imposto de renda desde sua criação", afirmou Paes, em nota divulgada pela assessoria de imprensa. O advogado Valmar Souza Paes não foi localizado ontem em seu escritório pelo Estado.

O ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR) aproveita toda a oratória construída em mais de 35 anos de carreira como radialista para pavimentar o caminho de volta ao Palácio Guanabara, sede administrativa do governo do Rio. À frente da Rede Fala, Garotinho, um programa transmitido por uma rede construída desde 2007 que engloba 32 emissoras fluminenses, ele ganha visibilidade falando com donas de casa da periferia da capital e do interior, em uma atração ao estilo "rádio AM".

Diante da queda de popularidade do governador Sérgio Cabral Filho (PMDB)desde o início das manifestações populares em junho, que contamina o correligionário e seu candidato à sucessão no Rio, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, Garotinho desponta como favorito nas pesquisas para as eleições estaduais de 2014.

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Aos 53 anos, o parlamentar, sobre quem pesam suspeitas de irregularidades durante a gestão no Estado (1999-2002), vive uma rotina que lhe concede cinco horas de sono diário. Evangélico desde 1994, o líder do PR na Câmara dos Deútados comparece a mais de 95% das sessões da Casa e, às quintas-feiras à noite, vai a bairros pobres do Rio distribuir exemplares da Bíblia com cantores gospel.

As manhãs de segunda a sexta-feira, das 8h às 9h, são dedicadas ao Fala, Garotinho, programa radiofônico cujo estilo, de acordo com seu próprio protagonista, é popular, com "brincadeira, fofoca de televisão". Debates políticos, porém, passam longe da atração, cujo destaque é a promoção "Renove a sua casa", que distribui móveis e eletrodomésticos aos ouvintes.

Em uma das interações com o público, em junho - quando as manifestações pelas ruas do País ganharam corpo -, Garotinho deu "um susto", como ele mesmo definiu no ar, na ouvinte Carla Lopes, de Belford Roxo, município da região metropolitana do Rio. "Carla, eu tenho uma péssima notícia para te dar", disse ele, tentando fazer suspense.

"Você ganhou uma geladeira duplex, um fogão cinco bocas, um jogo de armário para cozinha, mesa com quatro cadeiras, forno micro-ondas, kit multiprocessador, batedeira, liquidificador, cafeteira, sanduicheira, TV LED 40 polegadas, aparelho de som, conjunto de sofá com dois e três lugares, mesa de jantar com quatro cadeiras, cama box de casal com colchão, dois criados-mudos, guarda-roupa duplex, máquina de lavar, ferro a vapor e tábua de passar!", descreveu à ganhadora do caminhão de prêmios .

Garotinho explica que seus programas focam a dona de casa. "Sempre foi. Porque do ponto de vista comercial, quando iniciei no rádio, os meus anunciantes quem eram? Supermercados, produtos para a dona de casa, tipo farinha de trigo Boa Sorte, açúcar União... Então, era o meu público, o público consumidor dos produtos que eu anunciava. E foi ficando. Tanto que meu slogan era ‘Garotinho, o Amigo da Dona de Casa’. Tinha a vinhetinha", conta, afirmando que seu público "é velho, de 45 (anos) para cima". Segundo o deputado, ele não é contratado da Rádio Manchete, cabeça da rede. "Eu ganho sobre o que vendo", diz.

Segundo o líder do PR na Câmara, a distribuição de brindes feita pelo programa - prática proibida em campanha - nunca lhe causou problemas com a Justiça Eleitoral. "Não vou viver de política, nunca vivi. Aí vou parar meu programa?", pergunta. "Quando me torno candidato, embora não precise sair, só 45 dias antes, normalmente, por prevenção, saio." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), incluiu a assinatura dos líderes Carlos Sampaio (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Rubens Bueno (PPS-PR), no requerimento contra o líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), encaminhado à Corregedoria Geral da Casa. Os parlamentares pedem que seja aberta uma sindicância contra Garotinho. No último dia 8, durante votação da MP dos Portos, Garotinho chamou uma emenda aglutinativa de Cunha de "MP dos Porcos", disse que lobistas circularam pelos corredores do Congresso influenciando parlamentares e sugeriu que a proposta atendia a interesses empresariais.

No requerimento, Cunha diz que Garotinho "deixou em dúvida a credibilidade" da Câmara e que seu comportamento foi incompatível com o decoro, colocando sob suspeição seus colegas. "E por assim ser, deve ser instaurada a sindicância respectiva para apuração dos fatos ocorridos", conclui o peemedebista.

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O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), anunciou no início da tarde desta terça-feira que vai apresentar um pedido de abertura da CPI dos Portos para investigar as suspeitas levantadas na semana passada pelo líder do PR, Anthony Garotinho (RJ), de que estaria havendo "negociata" para a aprovação da Medida Provisória dos Portos (MP 595/2012). Mais cedo, o PSDB, o DEM e o PPS apresentaram pedido de apuração dessas suspeitas à Corregedoria da Casa.

Em discurso da tribuna da Câmara antes do encerramento da primeira sessão extraordinária convocada para votar a MP, Carlos Sampaio disse que seu partido votava na semana passada sem qualquer exigência. Lembrou ainda notícias veiculadas na imprensa nos últimos dias dando conta de que, para "acalmar" a base aliada, o governo teria se comprometido a repassar R$ 1 bilhão em emendas parlamentares.

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"O PSDB não aceita esse tipo de postura e, por essa razão, se aprovada for essa MP, tenho a obrigação, como líder do meu partido, de apresentar uma CPI dos Portos para saber quem ganhou com essa sacanagem, quem ganhou com essa malandragem. O PSDB está fora disso, senhor presidente. O PSDB quer postura dentro desta Casa", afirmou Sampaio, minutos antes de encerrar a sessão extraordinária do plenário convocada nesta terça pela manhã para tentar votar, sem sucesso, a MP dos Portos.

A oposição tem se valido do tumulto ocorrido na sessão da semana passada para tentar inviabilizar a votação da MP. O tucano disse que, caso a MP venha a ser aprovada, todas as "falcatruas denunciadas dentro do governo" se tornarão lei. "Porcos, Tio Patinhas, malandragem, sacanagem fazem parte da mesma MP que aprovamos", criticou.

O líder do PR na Câmara, deputado Anthony Garotinho (RJ), voltou à tribuna da Casa na tarde desta quinta-feira reafirmou o discurso feito na noite desta quarta-feira, 8, que acabou provocando a interrupção da sessão na qual seria votada a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. "O melhor que aconteceu para o Brasil foi não ter sido votado aquele arranjo, aquela coisa grotesca", classificou o deputado. Para Garotinho, grupos econômicos atuam no Congresso para evitar mudanças no setor. "O que falei ontem está mantido", reforçou.

Segundo Garotinho, a emenda aglutinativa que seria votada nesta quarta em substituição ao texto aprovado pela Comissão Especial Mista atende a interesses de empresários do setor portuário. Afirmou também que na última semana foram vistos lobistas do setor circulando pelos corredores da Casa, entre eles Daniel Dantas.

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Perante um plenário vazio, Garotinho disse que após café da manhã com o presidente do PR, senador Alfredo Nascimento (AM), ficou acertado que ele continuará na liderança da bancada na Casa. Chamando a MP dos Portos de "MP dos Porcos", o parlamentar fluminense afirmou que não impediu a Câmara de realizar a votação, mas que os deputados, "por prudência" não votaram a emenda aglutinativa pois sabem que a denúncia feita por ele é verdadeira.

"É a emenda Tio Patinhas mesmo", reiterou. De acordo com Garotinho, alguns itens da emenda aglutinativa, como as que tratam das questões trabalhistas, são legítimas, porém "o resto é negócio mesmo".

Em tom de ironia, o deputado disse que está aguardando ser chamado ao Conselho de Ética - como pediram alguns parlamentares na sessão de quarta-feira - e que suas denúncias realmente precisam ser apuradas. "Eu quero ser chamado", respondeu aos jornalistas.

Garotinho enfatizou que as informações que dispõe só serão reveladas ao Conselho de Ética, caso seja convocado. "Você acha que eu diria o que disse ontem se eu soubesse só isso?", provocou. Ele negou que tenha comentado nos bastidores sobre supostos pagamentos a parlamentares e não apontou nomes de envolvidos. "Eu não nomeei ninguém. Quem se sentiu ofendido vestiu a carapuça", afirmou.

No dia seguinte da posse do ex-governador na Bahia César Borges (PR) no Ministério dos Transportes, o líder do PR na Câmara, Anthony Garotinho (RJ), escreveu nesta quinta-feira (4) em seu blog, e reproduziu no twitter, que a volta do partido ao governo "não significa apoio a Dilma em 2014". Ex-governador do Rio, Garotinho disse que se referia ao apoio do PR fluminense à reeleição de Dilma no ano que vem. "A volta do PR ao Ministério dos Transportes não envolve compromisso de apoio à presidente Dilma no Estado do Rio à sua reeleição à presidência nem dela em relação à minha possível candidatura ao governo do Estado", disse Garotinho, pré-candidato à sucessão do governador Sérgio Cabral (PMDB), de quem é adversário.

"Como político experiente sei que preciso me relacionar bem com todos os possíveis candidatos à presidência da República, afinal, se for governador, tenho que estar em sintonia com o governo federal. A praticamente dois anos da eleição, embora Dilma seja favorita, quem conhece política sabe muito bem que é impossível dizer hoje quem será o próximo presidente do Brasil", afirmou o líder do PR no blog. O ex-governador disse que a aliança do PR com a presidente Dilma "foi nacional e envolve apoio aos projetos que o governo enviará à Câmara e ao Senado em favor do Brasil".

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"Perseguição de Lula a Rosinha está no meu campo de visão", disse o deputado, em referência ao conflito entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ex-governadora do Rio Rosinha Garotinho, em janeiro de 2003, quando os dois estreavam nos cargos. O governo federal bloqueou recursos do ICMS do Rio para pagar parcelas da dívida do Estado com a União. Rosinha, hoje prefeita de Campos, no norte fluminense, é mulher de Garotinho.

O ex-governador concluiu: "A volta do PR ao Ministério dos Transportes não muda o que penso a respeito do PT, muito menos vai diminuir minhas cobranças a respeito das investigações de desmandos que tenham sido cometidos, nem tão pouco altera minha visão do que foi o mensalão, nem vai apagar da minha memória as covardias que Lula fez contra Rosinha quando governava o Estado do Rio de Janeiro, nem vai me transformar num político hipócrita".

O líder do PR na Câmara, deputado Anthony Garotinho (RJ), afirmou nesta quinta-feira que houve "fraude" na votação ocorrida na madrugada que derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff à lei dos royalties do petróleo. Segundo ele, alguém votou no lugar do seu colega de bancada e de partido, o deputado federal Zoinho. Ex-governador do Rio, Garotinho é um dos que lideram a tentativa de anular a decisão do Congresso que retira, pelas contas do governo fluminense, mais de R$ 3 bilhões em recursos do Estado.

Garotinho disse que Zoinho havia participado de uma reunião anterior à votação e, diante da iminente derrota, avisou-lhes que iria retornar para Volta Redonda (RJ). Um deputado aliado do líder republicano que participou da contagem dos votos, Paulo Feijó (PR-RJ), percebeu que alguém havia assinado a lista de votação no lugar de Zoinho. Garotinho disse ter sido avisado por Feijó dessa situação e, ao localizar Zoinho por telefone, foi informado que ele não votou na sessão.

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"Falsificar a assinatura é crime", acusou Garotinho, que esteve na Secretaria-Geral da Mesa Diretora do Congresso a fim de obter a lista de votação, sem sucesso. O líder do PR afirmou que, assim que pegar a lista, vai registrar um boletim de ocorrência na polícia. O deputado disse que não descarta recorrer à Justiça para questionar esse ponto da votação. Ele lembrou que as bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo vão ingressar ainda nesta quinta-feira com um mandado de segurança no Supremo questionando a derrubada do veto.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública por improbidade administrativa contra os ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha Matheus e outras 17 pessoas que participaram de um esquema de desvio de verbas públicas em favor de campanhas eleitorais do casal Garotinho.

Entre os réus estão funcionários e dirigentes da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e das empresas sem fins lucrativos Fundação Escola de Serviço Público (FESP/RJ) e Instituto Nacional para Aperfeiçoamento da Administração Pública (INAAP).

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Segundo o MPF, até 2003, a CPRM utilizava serviços técnicos de informática da Fundação Data Brasil, mas o contrato foi suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Alegando não poder interromper as atividades, a CPRM solicitou, no final de dezembro, propostas comerciais para a celebração de um contrato emergencial, com dispensa de licitação. Três entidades apresentaram propostas: FESP, INEP e Embrapa, sendo as duas primeiras ligadas ao esquema de fraude das ONGs no governo Garotinho.

No início de janeiro de 2004, a CPRM firmou contrato com a vencedora FESP por R$ 780 mil, que prestava apenas serviços de recrutamento e treinamento de pessoal, e não de suportes de apoio logístico, operacional administrativo/técnico, conforme o próprio Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ) apontou. Segundo a ação, a FESP é vinculada ao Estado do Rio de Janeiro, governado na época por Rosinha Matheus.

Três dias depois de fechar o contrato com a CPRM, alegando carência de pessoal, a FESP subcontratou o INAAP, por R$ 757 mil para implementar os serviços. Além de ter sido feita sem licitação, a própria subcontratação é vedada pela Lei de Licitações nestes casos, não existindo qualquer cláusula entre a CPRM e a FESP que preveja essa hipótese.

A investigação do MPF verificou também que o serviço não foi realizado efetivamente e que o presidente do INAAP, Nildo Jorge Nogueira, doou R$ 200 mil para a campanha de Garotinho à presidência em 2006, através da empresa Emprin (Empresa de Projetos de Informática), da qual é sócio.

Pela improbidade administrativa, o casal Garotinho e os outros réus podem perder os direitos políticos por até 10 anos e serem obrigados a ressarcir o dano causado aos cofres públicos, além de outras penas como perda da função pública e proibição de contratar com o poder público. Atualmente, Garotinho é deputado federal pelo PR, enquanto Rosinha é prefeita de Campos pelo mesmo partido.

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