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Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco, reafirmaram as votações da agenda econômica e de combate à pandemia. Eles se reuniram nesta quinta-feira (18) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o ministro da Secretaria de Governo, general Ramos, para tratar da pauta econômica e do retorno do auxílio emergencial.

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Após a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), especulou-se que as votações no Legislativo pudessem ser atrasadas em razão de uma possível crise política.
Lira afirmou que, mesmo com todos os problemas, as pautas traçadas pelo governo, pela Câmara e pelo Senado estão mantidas.

“Vamos continuar tratar dos assuntos importantes para o Brasil, como as propostas de emenda à Constituição (PECs) que tramitam na Câmara e no Senado, como as vacinas e o combate à pandemia. Todos os outros assuntos são laterais”, disse Lira. “Nossa democracia é caracterizada pela firmeza das instituições”, acrescentou.

Rodrigo Pacheco afirmou que, na próxima semana, o Senado vai discutir a PEC Emergencial. Pacheco sinalizou que o relator do texto, senado Márcio Bittar, irá apresentar o relatório nos próximos dias com uma cláusula que vai permitir a implementação do auxílio emergencial.

“Foi mais uma rodada de conversas para o encaminhamento do auxilio e da contrapartida; não como condição para ser aprovado, mas como mais uma sinalização do Senado e da Câmara com a responsabilidade fiscal”, afirmou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, almoça, nesta quarta-feira (18), com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em mais uma tentativa para buscar uma solução legislativa para a concessão de uma nova rodada do auxílio emergencial.

Na semana passada, os três fizeram um acordo para a aprovação de uma nova versão de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de Orçamento de Guerra, mas há a resistências dentro do Congresso por causa do tempo para a votação e das medidas de ajuste fiscal cobradas por Guedes. Lideranças afirmam que não dá tempo para votar as medidas de ajuste e querem deixar para depois.

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Essa será a quarta reunião sobre o auxílio sem uma definição clara e nem apresentação da solução técnica para o problema, que se arrasta desde o ano passado. Uma das propostas em discussão é aprovar uma espécie de "waiver" para o auxílio com base em contrapartida já aprovadas em troca de uma regime fiscal novo para o futuro com medidas de ajuste.

Guedes e Lira se falaram nesta quinta sobre o risco de a pauta econômica ficar comprometida por causa da discussão em torno da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Lira disse ao ministro que essa discussão não vai comprometer a pauta da economia.

Depois do "consenso" fechado entre os presidentes da Câmara, do Senado, e ministros, o governo tentará aprovar a proposta que viabilizará o pagamento da nova rodada do auxílio emergencial em três semanas.

Segundo o Broadcast/Estadão apurou, esse é o prazo com que a equipe econômica trabalha para a aprovação do que o ministro da Economia, Paulo Guedes, chama de "novo marco fiscal", que seria composto pela inclusão, na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do pacto federativo, de uma cláusula de calamidade pública (uma espécie de PEC de Orçamento de Guerra, semelhante à aprovada no ano passado).

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Isso permitirá retirar os gastos do auxílio emergencial de regras fiscais, como o teto de despesas, mas criaria condicionantes, como medidas automáticas de contenção de gastos. Como mostrou o Estadão na edição do último sábado, o alcance das medidas ainda está em discussão entre o Ministério da Economia e a área política devido à urgência para a aprovação da "PEC da guerra". Medidas mais duras poderão ficar para uma segunda PEC fiscal, para ser votada até o fim de julho.

Na sexta-feira (12), após a reunião com Guedes que selou o acordo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que apresentaria ao colégio de líderes uma proposta do texto, que, para o governo, deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional até o início de março. Com isso, a expectativa é que a primeira parcela do novo auxílio seja paga ainda no próximo mês.

Outras duas parcelas pelo menos estão previstas - em abril e maio - e possivelmente outra em junho, a depender da evolução da pandemia. As parcelas deverão ser de R$ 250, a um custo total de R$ 30 bilhões. No ano passado, o auxílio começou a ser pago em parcelas de R$ 600, depois reduzidas para R$ 300.

Pacheco disse que é "fundamental" que haja uma cláusula de calamidade pública na PEC do pacto federativo para "fazer a flexibilização necessária a fim de viabilizar o auxílio emergencial no Brasil", da forma como defende Guedes.

Respaldo

A inclusão da cláusula de calamidade pública no pacto federativo é vista pela equipe econômica como o respaldo necessário para o pagamento do novo auxílio. A avaliação é que isso demonstra o compromisso do governo com a saúde e com a responsabilidade fiscal e permite o combate à pandemia sem "estourar" o Orçamento público.

Como mostrou o Estadão, a equipe econômica do governo trabalha para incluir na "PEC de Guerra" a criação da figura do "estado de emergência fiscal", pelo qual o Estado ou o município que declarar a emergência, com base em critérios definidos na proposta, poderá acionar medidas de contenção de gastos automaticamente por dois anos.

A PEC pode prever ainda que as mesmas práticas cobradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sejam praticadas pelos tribunais de contas estaduais e municipais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na reunião nesta sexta-feira (12) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que houve avanços em relação ao compromisso com vacinação em massa, o auxílio emergencial e a responsabilidade fiscal que, explicou ele, é o novo marco fiscal, o pacto federativo com cláusula de calamidade pública.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, também estavam na reunião na residência oficial da Presidência do Senado.

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*Da Agência Senado

 

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmaram nesta sexta-feira o compromisso com a continuidade do pagamento do auxílio emergencial. O valor das parcelas e o período do pagamento ainda serão definidos.

Depois de reunião na residência oficial do presidente da Câmara, eles defenderam uma agenda legislativa célere, que garanta o retorno do pagamento do auxílio emergencial para os mais vulneráveis o mais rapidamente possível em razão da crise econômica provocada pela pandemia. Além do auxílio emergencial, os três querem pautas que ampliem a vacinação da população brasileira e que garantam a responsabilidade fiscal, como as reformas tributária e administrativa, e as propostas de emenda à Constituição (PECs) que permitem reorganizar os gastos públicos dentro do teto de gastos.

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Lira afirmou que as duas Casas do Legislativo vão tratar os temas com a maior rapidez e transparência possíveis. “Vamos cumprir uma agenda básica: o Senado com as matérias daquela Casa, e a Câmara com a reforma administrativa sob sua responsabilidade. Já há perspectiva de um retorno de alguns dispositivos o mais rapidamente possível, para termos tranquilidade para enfrentar a vacinação e dar continuidade à pauta econômica e à pauta social, que preocupam o governo e o Congresso. Todas elas serão tratadas com rapidez e transparência e com o maior esforço para dar garantias aos mais vulneráveis” afirmou Lira.

Pacheco afirmou que a prioridade do Congresso neste momento é a vacinação em massa e o auxilio emergencial enquanto durar a pandemia, mas ressaltou que o Legislativo precisa fazer a sua parte. Ele citou as reformas e as PECs que tramitam no Senado como propostas que conciliam o interesse público com o protocolo da responsabilidade fiscal. Rodrigo Pacheco defendeu que seja incluído no texto da PEC do Pacto Federativo uma cláusula de calamidade pública para fazer uma flexibilização fiscal necessária para a retomada do auxílio emergencial.

“Nossa expectativa é que haja um auxílio que seja suficiente para alcançar o maior número de pessoas, mas com a responsabilidade fiscal. Nossa expectativa é que possamos até o mês de junho ter um auxílio. Para isso, é fundamental que o Congresso faça sua parte”, defendeu Pacheco.

Paulo Guedes também defendeu um marco fiscal com a inclusão de uma cláusula de calamidade pública para garantir o pagamento do auxílio emergencial. Segundo ele, é importante aprovar essas medidas para não comprometer as futuras gerações.

“Nosso compromisso é com a saúde, a vacinação em massa e o auxílio emergencial, com o compromisso com a responsabilidade fiscal”, disse Guedes.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

 

 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), recebe o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), logo mais para tratar da retomada do pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia.

A conversa, que se dará em um almoço às 12h30 (de Brasília) na residência oficial do Senado, foi confirmada no fim da manhã desta sexta-feira pela assessoria de Pacheco.

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Depois do encontro, Pacheco falará com a imprensa.

Cobrado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), a apresentar uma solução para uma nova rodada de auxílio emergencial, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o "protocolo" para dar segurança jurídica para a retomada do benefício está pronto, mas que é preciso o Congresso aprovar.

"(O presidente da Câmara dos Deputados) Arthur Lira fez hoje uma convocação por solução, posso entregar hoje se ele quiser. A solução para o auxílio é uma PEC de guerra embutida no pacto federativo", afirmou durante evento da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).

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A "solução", segundo o ministro, é votar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) "de guerra", que permita ao governo ampliar os gastos sem as amarras de regras fiscais. Para facilitar a tramitação, essa "cláusula da calamidade" pode ser incluída em uma PEC que já está tramitando no Congresso, a do pacto federativo. "Se vier auxílio emergencial sem escudo fiscal, inflação e juros sobem", disse Guedes. Segundo ele, a "PEC de guerra" é uma demonstração de "não somos uma geração de oportunistas e covardes".

Mais cedo, na primeira cobrança pública à equipe econômica, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), disse que, com a indefinição sobre uma nova rodada do auxílio emergencial, a situação dos afetados com o agravamento da pandemia da covid-19 "está ficando crítica". "Urge que o ministro Guedes nos dê com sensibilidade do governo uma alternativa viável, dentro dos parâmetros da economia como ele pensa e como a sociedade deseja, a situação está ficando crítica na população e precisamos encontrar uma alternativa", disse Lira.

Ele reclamou que o Ministério da Economia até o momento não enviou nenhuma proposta para a retomada do auxílio ao Congresso. "Tudo dentro ainda de conversas que deveremos ter. Nada ainda foi encaminhado praticamente", disse. "Temos urgente que tratar desses assuntos com a sensibilidade que o caso requer."

Trata-se do primeiro embate entre Lira, recém empossado, e Guedes. O ministro da Economia torceu pela vitória de Lira como forma de melhorar sua relação com o Congresso, já que ele não tinha sintonia com o ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O auxílio emergencial foi pago a desempregados, beneficiários do Bolsa Família e trabalhadores informais em 2020. Foram cinco parcelas de R$ 600 e quatro de R$ 300. Com o agravamento da pandemia, aumentou a pressão para que o governo retome o benefício.

A equipe econômica quer atrelar uma nova rodada do auxílio a medidas de cortes de gastos, mesmo que sejam com efeitos no médio prazo. Além disso, Guedes vem repetindo que precisa de uma segurança jurídica para bancar a retomada do auxílio. Isso porque, em 2020, foi aprovado o orçamento de guerra, que, na prática, permitiu que houvesse uma ampliação dos gastos sem as "amarras" das regras fiscais. Neste ano, porém, não há calamidade pública e todas as normas estão em vigor. Descumpri-las pode fazer com o que o governo seja alvo de crime de responsabilidade.

"Tem que ser feito dentro de protocolos, ou corremos risco de descontrole completo. Se isso se estender no tempo sem contrapartidas, estamos incendiando finanças públicas", disse Guedes.

O ministro quis demonstrar "sintonia" com o novo comando do Congresso. Segundo ele, há um acordo para que os trabalhos para garantir o respaldo à nova rodada ocorra nos próximos 15 dias, mesmo durante o Carnaval, e que o benefício saia em 20 dias. "Não podemos ter de novo ministro brigando com presidente da Câmara e governadores avançando sobre recursos da União."

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira, 11, que espera que o Legislativo ajude o governo federal com a pauta de privatizações. "Esperamos que o Congresso nos ajude com privatizações, já está conversado com líderes", afirmou o ministro durante evento da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).

Guedes voltou a destacar que a pauta de privatizações e a reforma tributária não tiveram avanços durante a gestão do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Maia nos ajudou muito na (reforma) Previdência, mas privatização e tributária não avançaram." Desde o final do ano passado, o ministro da Economia passou a acusar Maia de travar projetos e reformas de interesse da equipe econômica. Segundo a narrativa de Guedes, Maia teria um acordo com a esquerda para impedir privatizações.

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Ele lembrou ainda que o projeto de independência do Banco Central, aprovado na noite de ontem pelo Congresso, não estava sendo pautado na Câmara sob gestão de Maia. "A autonomia do BC é um avanço institucional extraordinário e é importante para a despolitização da moeda", comentou Guedes.

O ministro aproveitou para comemorar o resultado das eleições no Congresso, que escolheu Arthur Lira (PP-AL) para presidir a Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado. "Finalmente houve mudança de eixo de sustentação parlamentar", disse. "Não podemos ter de novo ministro brigando com presidente da Câmara e governadores avançando sobre recursos da União", acrescentou.

Segundo Guedes, o Congresso trabalhou relativamente bem até a véspera das eleições, com o governo conseguindo aprovar algumas coisas. "O resultado das urnas tinha que se refletir no comando do Congresso em algum momento. Havia disfuncionalidade, pauta de centro-direita era travada por aliança de centro-esquerda", afirmou.

O ministro destacou ainda a necessidade de avançar com a reforma administrativa, que, segundo ele, será pautada.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse às lideranças do Congresso que vai precisar de uma nova versão de uma "Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de guerra" para conceder mais três parcelas de R$ 200 do auxílio emergencial aos informais, com custo total de cerca R$ 20 bilhões - valor semelhante ao previsto para compra das vacinas contra a Covid-19.

Na avaliação de Guedes e sua equipe, esse novo texto da PEC precisa conter uma cláusula de calamidade pública, para dar segurança jurídica à concessão do auxílio emergencial com a edição de um crédito extraordinário, e estar associado às medidas fiscais contidas na PEC do pacto federativo.

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Uma minuta do texto está sendo preparada pela equipe econômica para ser apresentada aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-PB). O diagnóstico apresentado pela equipe econômica é de que o auxílio emergencial é para o enfrentamento da Covid-19 e o agravamento da pandemia pede um protocolo de crise com a cláusula de calamidade.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Pacheco e Lira, pressionados pelas suas bases de apoio, querem uma via expressa para a concessão do auxílio, com o argumento de que a urgência da pandemia não permite esperar a aprovação de medidas de contenção de gastos. Mas o ministro, nas conversas dos últimos dias, vem argumentando que é preciso acionar a cláusula de calamidade e garantir contrapartidas em nome da responsabilidade fiscal e controle das contas públicas. Para a equipe econômica, essas medidas devem ser consideradas o novo marco fiscal para o País.

Conselho Fiscal

Sem a cláusula de calamidade, o risco apontado é de crime de responsabilidade fiscal. É ela que vai permitir que os gastos com o pagamento dos três meses do auxílio fiquem de fora do limite do teto de gastos (a regra que impede o crescimento das despesas acima da inflação), afastando também a necessidade de compensação para o cumprimento da meta fiscal.

Apesar da pressão dos presidentes do Senado e da Câmara, o sentimento na equipe econômica é de que as conversas estão avançando num tom muito positivo e que, após o acordo, a votação poderá ser rápida.

A ideia é que seja criado um Conselho Fiscal da República, com representantes dos três Poderes, incluindo do Tribunal de Contas da União. A cada três meses, o colegiado se reuniria num ritual parecido com o do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, responsável pela definição da taxa básica de juros.

Além de prever o acionamento dos chamados gatilhos (medidas corretivas para diminuir os gastos), a PEC prevê uma cláusula vinculante para que as mesmas práticas cobradas pelo TCU sejam praticadas pelos Tribunais de Contas estaduais e municipais.

"Se fizer mais um pacote fiscal sem nenhuma contraparte, a mensagem que será passada é que a trajetória da dívida vai continuar a subir e o prêmio de risco que os investidores vão pedir para manter a dívida brasileira pode ter um efeito, uma implicação de qual tipo de política que o Banco Central pode adotar", avisou na terça-feira, 9, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em videoconferência direcionada a investidores internacionais.

Antes da negociação da nova retomada do auxílio, a estratégia inicial do governo era conceder, após a pandemia, o Bolsa Família e também criar o chamado Bônus de Inclusão Produtiva (BIP), que nada mais é do que o nome fantasia dado pelo ministro Paulo Guedes para o chamado imposto de renda negativo, instrumento de transferência de renda para quem está trabalhando na informalidade e ganha menos do que um salário mínimo. O BIP seria destinado aos trabalhadores "invisíveis" e estaria associado à nova Carteira Verde Amarela, com menos encargos para a contratação.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 8, que não é ele quem define o valor do novo auxílio emergencial, que está em discussão no Congresso. Questionado sobre o valor de R$ 200, que vem circulando em Brasília, ele disse: "Não sou eu (quem decide). Isso é todo mundo junto".

O comentário foi feito por Guedes após um pronunciamento, na Câmara dos Deputados, sobre o projeto de autonomia do Banco Central. Guedes esteve reunido no início da noite com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o relator da proposta na Casa, deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). A expectativa é de que o projeto, já aprovado no Senado, seja votado na Câmara até quarta-feira.

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Sobre o auxílio emergencial, Guedes afirmou ainda que a questão é "mais difícil". Segundo ele, o governo está conversando sobre o assunto, mas é preciso ter o compromisso com a responsabilidade fiscal.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse há pouco em seu perfil no Twitter que irá se reunir nesta segunda-feira (8) com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para tratar do projeto de autonomia do BC.

Menos de uma semana após ter sido indicado como novo relator do projeto, o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) informou também pela rede social que já entregou à Câmara um parecer favorável à aprovação do texto. O parlamentar também irá participar do encontro, que ainda não teve o horário confirmado.

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Aprovada pelo Senado no ano passado, a autonomia operacional do BC - com mandatos fixos de quatro anos para o presidente e os diretores da instituição - é uma das prioridades da extensa agenda econômica acertada entre Guedes e Lira.

O texto já votado pelos senadores mantém a estabilidade de preços como objetivo central do Banco Central. A proposta inclui ainda duas novas metas acessórias, sem prejuízo à principal: suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego no País. O governo concordou com a redação da proposta do Senado, apesar de o BC ser historicamente contrário a ampliar o escopo da atuação.

A pressão sobre a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, hoje é quase um déjà-vu do que ocorreu no início da pandemia. A diferença, segundo assessores de Guedes, é que agora não há espaço para abrir mais gastos fora do teto, a regra que impede que as despesas cresçam mais que a inflação.

Às vésperas das eleições no Senado e na Câmara, o ministro tenta segurar ao máximo uma nova rodada do auxílio, mas a hipótese não está descartada com o agravamento da crise da covid-19. Como antecipou o Estadão, Guedes tenta atrelar a retomada do benefício pago a desempregados, informais e participantes do Bolsa Família a medidas mais duras de ajustes fiscal, como retirar a obrigatoriedade de dar reajustes em alguns gastos, como aposentadoria, usando a chamada desindexação do Orçamento.

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O ministro buscou também apoio do presidente Jair Bolsonaro para as privatizações, depois que a fala do senador Rodrigo Pacheco contrária à venda da Eletrobrás provocou a saída do presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior. Em reunião com investidores ao lado de Guedes e, em entrevista no sábado, o presidente defendeu a venda da Eletrobrás, dos Correios e o avanço das reformas.

Na Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato do Planalto, já disse que, se eleito, entrega a aprovação da reforma administrativa, que reestrutura o RH do Estado. No entanto, segundo ele, para ter aval dos deputados, o texto - que prevê mudanças na forma como os servidores públicos são contratados, promovidos e demitidos - deve ser modificado.

Lira também já sinalizou que deve trocar o relator da reforma tributária, atualmente na mão do colega de partido, o PP, o deputado Aguinaldo Ribeiro, aliado do atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ). Um dos cotados é o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que foi o presidente da comissão especial de reforma da Previdência na Câmara. Até outra proposta de reforma tributária, a PEC 128, do deputado Luiz Miranda (DEM-DF), passou a receber atenção. Isso porque o nome de Miranda foi sugerido por parlamentares do Distrito Federal para substituir Aguinaldo Ribeiro.

A costura para esses posicionamentos de Bolsonaro foi feita por Guedes, mas há dúvidas se a sinalização do presidente é para valer. Para seguir com a agenda anterior à pandemia, integrantes da equipe de Guedes e do Banco Central têm reforçado que o real é hoje uma das moedas mais voláteis e a que mais se desvalorizou, uma evidência de que o Brasil precisa da credibilidade. O Congresso com os novos presidentes terá que lidar com esses desafios para reverter a trajetória de alta de gastos, afirmam.

Argumentos

Um dos pontos levantados pela área econômica é o de que a injeção de dinheiro na economia com o auxílio foi maior do que a queda da massa salarial e ainda existe um estoque de poupança relevante. O diagnóstico da equipe de Guedes é de que os problemas foram endereçados de forma rápida e, por isso, a "solução vai vir por si só", com a queda do dólar e o aumento da confiança para novos investimentos. O câmbio é uma variável hoje de atenção. Se o Congresso começar os trabalhos com foco, avaliam os assessores, o Brasil poderá estar numa situação muito melhor daqui a três meses.

Paralelamente, a equipe tem um plano de medidas de curto prazo como antecipação do abono salarial, do 13.º salário e liberação do FGTS. Essa última medida é mais difícil de ser empreendida por causa do grande volume liberado no passado e resistências do setor da construção civil, já que as retiradas do fundo diminuem o dinheiro disponível para o financiamento à casa própria. Com a piora da pandemia, muitos trabalhadores contam com essa rodada de medidas para desafogar a falta de dinheiro.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil, José Carlos Martins, o saque constante do FGTS prejudica os trabalhadores e também a economia. Segundo ele, o FGTS não foi criado para complementar renda e ir para consumo. "O FGTS foi destinado para gerar empregos através do investimento. Isto ele tem feito muito bem. Os empregos gerados são contínuos, duradouros e se distribuem pela economia", criticou.

Martins relaciona os R$ 12 bilhões que não foram sacados em recentes liberações demonstra que muitos não querem retirar o dinheiro porque não teriam hoje rentabilidade melhor que o FGTS. "Se sacar, irá fazer investimento muito menos rentável", ponderou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer nesta quinta-feira (28) que a prioridade para o Brasil é saúde, emprego e renda. Ele voltou a cobrar que o Congresso vote medidas econômicas.

"Esperamos que assim que o Congresso retorne, resolvida a eleição para a presidência da Câmara e do Senado, que o governo possa avançar com as reformas. Há uma série de propostas aprovadas no Senado que estão paradas na Câmara e uma série de medidas aprovadas pela Câmara que estão tramitando no Senado", repetiu.

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Mesmo com o fechamento de 67.906 vagas com carteira assinada em dezembro, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) encerrou 2020 com um resultado positivo em 142.690 vagas.

Comparações

Guedes comparou os resultados do mercado de trabalho formal de 2020 - ano marcado pela pandemia de Covid-19 - com os resultados dos anos de 2015 e 2016, também afetados por uma recessão. "Em 2015, em uma recessão autoimposta, perdemos 596 mil empregos em dezembro. Em dezembro de 2016, ainda em uma recessão causada por erros de política econômica, foram destruídos 462 mil empregos", comparou. "Em 2015 foram fechadas 1,5 milhão de vagas e em 2016 foram destruídos outras 1,3 milhão de empregos", acrescentou.

Ele lembrou que o fechamento de vagas em dezembro é sazonal, mas considerou uma "boa notícia" encerrar o ano com um saldo positivo de empregos, apesar de uma queda estimada 4,5% no Produto Interno Bruto (PIB). "Quero parabenizar nosso presidente pelo apoio à formulação de políticas. Fechamos o ano com 30 milhões de emprego com carteira, e 11 milhões de vagas preservadas pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm)", completou.

O ministro citou dados do IBGE que apontam um aumento de 4 milhões de pessoas entre os trabalhadores ocupados. Segundo ele, isso reforçaria o entendimento de que a economia brasileira estaria voltando em forma de "V".

Diante da crescente pressão pelo impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou qualquer tentativa de afastamento do chefe do Executivo a uma "sabotagem" à democracia brasileira.

"Isso é uma tentativa de descredenciamento, uma sabotagem à democracia brasileira. O presidente foi eleito com 60 milhões de votos, é um homem popular, e todo dia desde o início, tem conversa, primeiro impeachment porque derrubou um passarinho, depois é impeachment porque deu um tapa na cabeça da ema, depois é impeachment porque teve um assassinato lá no Maranhão, depois é impeachment porque morreu um indígena, agora é impeachment... isso é um descredenciamento da democracia brasileira", disse Guedes em evento promovido pelo Credit Suisse.

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O ministro da Economia chegou a dizer que a insistência no afastamento do presidente pode atrapalhar a retomada do crescimento brasileiro. "Se continuarmos brigando para ganhar eleição, propondo impeachment, será difícil crescer".

No último fim de semana, diversas capitais registraram carreatas pelo impeachment de Bolsonaro. No Congresso, o movimento também ganha adeptos.

Além de 57 pedidos de afastamento que já estão na gaveta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à espera de apreciação, a gestão do governo no combate à crise da Covid-19 tem incitado novos pedidos.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), líderes evangélicos e católicos vão aumentar essa pressão e, em um movimento que será apresentado como uma "frente de fé", um grupo de religiosos formalizará nesta terça um pedido de afastamento de Bolsonaro. O argumento é que o presidente foi negligente na condução da pandemia de Covid-19, agravando a crise.

Ainda no evento, Guedes emendou críticas indiretas a Maia, com quem já travou diversos embates públicos. "Tem um pessoal que se diz democrata, mas não sabe perder eleição. Acreditar que precisa se eleger quatro vezes seguidas é achar que presidente (Bolsonaro) pode também", afirmou o ministro, em referência à tentativa, sem sucesso, do atual presidente da Câmara de buscar respaldo legal para se reeleger ao comando da Casa

"Tem que saber perder a eleição, espera a próxima, pega a senha e tenta ganhar", disse Guedes.

O Ministério da Economia confirmou, na manhã desta quarta-feira (6), que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está no Palácio do Planalto e participa de reunião ministerial convocada pelo presidente da República. Mais cedo, fontes informaram ao Estadão/Broadcast que o ministro havia interrompido informalmente período de férias, que terminam no dia 11, para participar de reunião no Palácio.

O encontro com ministros não constava das agendas oficiais nesta manhã e foi confirmado no início da manhã pela Secretaria de Comunicação do Planalto (Secom).

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O encontro ocorre logo depois da declaração de ontem do presidente Jair Bolsonaro de que o "Brasil está quebrado" e que ele não poder fazer nada - o que irritou parte do mercado. Durante as férias de Guedes, a Economia também precisou explicar o calote dado pelo Brasil ao banco dos Brics nesta semana.

O Diário Oficial da União (DOU) informa que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estará de férias por 12 dias, a partir desta segunda-feira (28). Segundo o documento, o período de descanso do ministro vai de 28 de dezembro até 8 de janeiro.

Outros dois ministros também saem de férias nestes dias, segundo despachos publicados no Diário Oficial: Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, no período de 4 a 11 de janeiro; e André Mendonça, da Justiça, de 23 a 31 de dezembro.

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Diante do melhor resultado da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com saldo de 414.556 no mercado formal em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que o Brasil está retomando a sua economia em V e "surpreendendo o mundo". Guedes ainda afirmou que as "reformas prosseguiram", mesmo com um ritmo "um pouco lento".

"Mas seguem acontecendo". "Quando observamos serviços e comércios, foram exatamente os setores mais atingidos pela pandemia. E a economia voltou em V como eu tinha antecipado, como poucos acreditaram, confirmando nossas expectativas, em vez da destruição de empregos, como nas crises de 2015 e 2016, nós já estamos antes de chegar o dado de dezembro com 227 mil empregos criados", disse Guedes após a divulgação dos dados do Caged. O ministro destacou que em 2015 e 2016, quando crises foram criadas por "erros" na economia, segundo Guedes, os anos encerraram com fechamento de vagas na ordem de 1,5 milhão.

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"Agora com a pandemia, que é questão de fora, criamos empregos", disse o ministro. Segundo os dados do Caged divulgados nesta quarta, novembro foi o quinto mês consecutivo de saldo positivo. Com o resultado, o saldo líquido do acumulado em 2020 se inverte e fica positivo, com 227.025 vagas.

Vacinação

Ao comemorar os dados do Caged, Paulo Guedes, voltou a destacar a importância da vacinação em massa contra a Covid-19 para a recuperação econômica. "Para o ano que vem, nossa esperança vai ser a vacinação em massa para salvar vidas, garantir retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada econômica", disse o ministro.

"Foi um ano muito difícil, quero mandar abraço afetuoso a brasileiros pela resiliência e fraternidade no enfrentamento a pandemia. Foi um ano muito difícil para todos nós, o que espero agora é que se mantenham em boa saúde, celebrem a vida com as famílias", afirmou.

"Só o negacionismo pode negar os números (de hoje do Caged). Eles estão aí, ano de geração líquida de empregos. Não imagino que isso (emprego) tenha acontecido em qualquer outro país no mercado formal. Seguimos preocupados com invisíveis, vamos cuidar disso a frente também", finalizou Guedes.

Criticado por não cumprir o prazo de promessas que fez sobre temas como privatizações e votações no Congresso Nacional, o ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que agora não prometerá mais nada. "Acabou. Não prometo mais nada. Agora, só digo 'Espero que Congresso aprove. Felicito o Senado pela aprovação'. Aprendi", afirmou nesta sexta-feira.

Em entrevista coletiva, o ministro chamou de "negacionistas" e "acientíficos" quem diz que ele não está fazendo as entregas esperadas na área econômica. "Toda vez que fiz promessa, foi depois de conversas políticas. Sou acusado toda hora de não entregar, estamos entregando alucinadamente. Existe uma campanha negacionista, não científica, de acusações contra a equipe", comentou.

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Ele, no entanto, reconheceu que não fez tudo o que gostaria, mas disse que há um reconhecimento do mercado em relação ao seu trabalho. "A Bolsa está no máximo, o dólar caiu, mas negacionismo diz que situação fiscal está cada vez mais complicada. Claro que queremos fazer reforma fiscal, a prioridade é o pacto federativo", completou.

Entre as "entregas" relacionadas por Guedes está a reforma da Previdência. "O primeiro olhar do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia sobre a reforma da Previdência foi de ceticismo. Entregamos", afirmou.

Privatizações prioritárias

O ministro da Economia voltou a citar a Eletrobras, os Correios, PPSA e o Porto de Santos entre as privatizações prioritárias para 2021. "A PPSA é uma holding que segura contratos de petróleo, que são convite à corrupção. Se a Eletrobras virar corporação, companhia de controle difuso, não vai faltar dinheiro pra ela", comparou.

Sobre os Correios, o ministro defendeu que é preciso "salvar a empresa" antes que ela perca funcionalidade, já que "ninguém escreve carta mais". "Quebraram não só empresa (Correios) mas também o fundo de pensão (Postalis). Se fizermos boa privatização, terá recursos inclusive para boas aposentadorias do Postalis."

O ministro disse que as reformas continuam avançando no Congresso Nacional apesar da pandemia. Ele disse ainda ser "natural" que alguns ministros prefiram não estatizar estatais ligadas a suas pastas. "No início, não tinha consenso sobre a privatização dos Correios. Houve longa discussão interna até chegarmos a decisão, a essa possibilidade de privatizar", completou.

Cedae e autonomia do BC

Ele disse que conversas sobre a concessão da Cedae, empresa de saneamento do Rio de Janeiro, estão sendo finalizadas e lembrou o avanço de projetos como o marco do saneamento e autonomia do Banco Central.

"É muito difícil e penoso investir após um ano paralisado pela pandemia. Mas estamos voltando", disse.

Guedes admitiu que houve conflitos com o Congresso Nacional, como uma "divergência importante" na reforma tributaria e um "acordo político" contrário às privatizações. "Houve divergência porque achamos fundamental a desoneração da folha", completou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 18, à jornalistas que, do ponto de vista econômico, é "evidente" que a vacinação é um investimento que tem que ser feito pelo governo. "O auxílio custa R$ 55 bilhões por mês, a vacinação de toda a população, R$ 20 bilhões, menos da metade", comparou. Guedes afirmou que tem ajudado todos os ministros da saúde, "o primeiro, o segundo, o terceiro".

Enquanto 14 ministros e o próprio presidente Jair Bolsonaro foram contaminados pelo coronavírus, Guedes ressaltou que até agora conseguiu não ser atingido, mas que tem que adotar cuidados. "Trabalhei esse tempo todo no meio de uma porção de gente que pegou", lembrou. "Tenho 71 anos, tenho que me cuidar. Tenho amigos e parentes atingidos, tenho enorme sensibilidade."

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Guedes comparou a privacidade em relação à vacinação com o sigilo do voto. "Eu como cidadão tenho direito à privacidade sobre se vou tomar e qual vacina tomarei. É como o voto, por exemplo. Perguntam se eu votei, em quem eu votei. Vai que meu candidato está criticando o governo? Tenho direito à privacidade", completou.

Em entrevista coletiva, Guedes alegou que há "sociedades mais avançadas" e que "se duas sociedades avançadas estão tomando determinada vacina", isso seria interessante. "Se há uma vacina aí, com duas sociedades extraordinariamente avançadas e civilizadas vacinando, vou olhar e falar "quero essa aí, rápido". Já estou exposto esse tempo todo. Já falei até mais do que devia, tinha direito à privacidade", afirmou.

Atualmente, os Estados Unidos e o Reino Unido já começaram a vacinar suas populações com o imunizante produzido pelo laboratório Pfizer.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não tomará a vacina contra o coronavírus. "Eu não vou tomar a vacina. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu e ponto final", afirmou Bolsonaro, no programa do apresentador José Luiz Datena, da TV Band.

Já Guedes disse que, como qualquer brasileiro, tem o direito de escolher se vai se vacinar, mas que, como ministro, defende a vacinação voluntária e gratuita. "Se alguém não quiser tomar, tem que ter direito. Mas também não pode ir ao cinema", afirmou. "Gostei da ideia de ter um passaporte de imunização, que poderia ser pedido na entrada do shopping, por exemplo."

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é "assustador" o Brasil voltar a registrar 1.000 mortes por dia relacionadas ao coronavírus. Em coletiva de balanço de fim de ano, Guedes disse que o governo está acompanhando se o aumento se trata de "um repique" ou uma segunda onda de contaminações.

"Se fosse segunda onda, seria uma situação bem mais grave, estamos observando. O plano A hoje é doença cedendo e economia voltando, auxílio emergencial termina 31 de dezembro. Teremos de pensar no que fazer se realidade não for essa", afirmou Guedes. "Se precisar agir, vamos agir."

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Para o ministro, a "grande esperança" é a vacinação em massa da população e é o que vai garantir retorno seguro ao trabalho. "Estamos começando o ano com boas perspectivas, como estávamos no início do ano", completou.

Ele disse ainda que é necessário analisar questões como isolamento social e retorno ao trabalho. "Foi nosso comportamento que botou economia de volta e também causou repique nas mortes."

O ministro chegou a dizer que as mortes haviam caído a 200 por dia e que essa queda havia dado um "claro sinal" de que a crise de saúde estava terminando".

Sobre uma eventual renovação do auxílio emergencial, Guedes disse ainda que é uma decisão que tem que ser tomada com responsabilidade fiscal e apontando fontes de financiamento. "A classe política tem que escolher vou renovar auxílio, mas não tem aumento", completou.

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