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O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu que o Brasil "está deixando" o auxílio emergencial criado para proteger invisíveis durante a pandemia de covid-19 porque a economia brasileira está se recuperando em V e que o País está voltando à agenda de reformas estruturais. "Até o fim do ano vamos retirar o auxílio e vamos nos concentrar em entregar as vacinas", disse, durante discurso gravado na Conferência de Montreal, evento do Fórum Econômico Internacional das Américas.

Segundo Guedes, não dá para concluir que o País está em uma segunda onda de contaminação por covid-19 e acrescentou que muito em breve, o governo irá apresentar um plano de vacinação massiva da população.

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O ministro voltou a citar que é provável que o ano termine com saldo zero no Cadastro de Geral de Empregados e Desempregados (Caged), após somar criação líquida de cerca 1 milhão de vagas formais de julho a outubro, recuperando parcialmente a perda de cerca 1,2 milhão de postos entre março e maio.

Ele também argumentou que a economia brasileira cresceu 7,7% no terceiro trimestre - após queda de 9,6% no segundo - e que a arrecadação já está na casa de dois dígitos.

Guedes também repetiu que, apesar do foco em medidas emergenciais durante a pandemia, a agenda de reformas não foi paralisada. O ministro voltou a citar a aprovação da autonomia do Banco Central no Senado, que, segundo ele, vai impedir que o aumento transitório de preços de alimentos se transforme em inflação generalizada. "Criamos um auxílio para as pessoas invisíveis durante a pandemia e elas gastam 100% disso", argumentou, referindo-se à maior demanda por alimentos e também por material de construção.

Segundo o ministro, a agenda de marcos regulatórios, como a lei do gás e do projeto que incentiva a navegação de cabotagem, deve continuar em 2021. "Essa recuperação cíclica vai se tornar em crescimento sustentável em 2021, baseado em investimentos. Vamos acelerar as privatizações e o investimento privado vai crescer. Estamos abrindo economia para investimento estrangeiro e recuperando internamente a dinâmica de crescimento."

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o governo por ter desistido da proposta de emenda à Constituição que busca o equilíbrio fiscal no ano que vem (chamada de PEC Emergencial), após o fim das regras orçamentárias excepcionais do período da pandemia. No início da manhã desta sexta-feira (11), o senador Marcio Bittar (MDB-AC), relator da proposta, anunciou, em nota, que não apresentaria seu parecer neste ano.

A PEC Emergencial envolve medidas permanentes e emergenciais de controle do crescimento das despesas obrigatórias e de reequilíbrio fiscal. Segundo Rodrigo Maia, a aprovação da proposta é fundamental para conter o crescimento da dívida pública. As afirmações foram feitas em evento do 19º Fórum Empresarial do Lide, em São Paulo.

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“Nós temos um país interessante: até o que é emergencial não é votado no Brasil. Desde o ano passado, estamos nesse assunto. Fizeram um cambalacho, tiraram da Câmara, jogaram para o Senado para enfraquecer a Câmara e, agora, mais uma vez, não vota a PEC Emergencial”, criticou Maia.

“A PEC Emergencial tinha o papel de nos dar a tranquilidade de acabar com o estado de calamidade e o "orçamento de guerra", mas até hoje o governo não reconheceu que haja calamidade que as pessoas estão morrendo”, afirmou Maia, referindo-se ao comportamento do governo em relação à pandemia de Covid-19.

Para o presidente, tanto a PEC Emergencial quanto a reforma tributária não serão aprovadas este ano em razão da briga política e da disputa pelos comandos das duas Casas do Legislativo. A tributária, em especial, “está pronta, tem voto e não será votada porque é a reforma do Rodrigo Maia, até a esquerda quer votar”, disse.

Maia afirmou que a solução é dar prosseguimento na Câmara à chamada PEC dos Gatilhos (438/18), que tramita na Câmara e aguarda a criação de comissão especial para ser votada, e tentar votar, a proposta que unifica PIS/Cofins, por meio de Projeto de Lei.

“Acredito que o governo possa ter quórum para em conjunto dar esse primeiro passo (unificação), mas, em relação às reformas, ficamos para trás. Acho que o dever de Casa está longe de ser enfrentado e todas essas disputas políticas podem nos levar a uma dificuldade que não temos hoje”, destacou.

Maia destacou que o governo tem obstruído a própria pauta econômica e criticou o ministro da Economia, Paulo Guedes, por não ter encaminhado ao Congresso Nacional as propostas de privatização de empresas estatais.

“O ministro disse que ia fazer quatro [privatizações], estou procurando e não há nenhuma. A única que ele colocou foi da Eletrobras, está sob suspeição. Não andou, não porque eu fiz acordo com a esquerda, mas porque queria beneficiar os acionistas atuais da Eletrobras”, afirmou.

Eleições na Câmara
Maia também criticou o que chamou de “interferência antidemocrática” na eleição para a sua sucessão na presidência da Câmara. Segundo o presidente da Câmara, sua gestão mostrou a importância de ter uma instituição forte e independente.

"Achar que deputado vai se vender por emenda, só um governo que não respeita a democracia", afirmou.

Meio ambiente
Por fim, Maia afirmou que o Brasil enfrenta problemas não na área fiscal, mas também no meio ambiente. Segundo ele, a imagem do País está prejudicada na questão ambiental. Ele lembrou que o presidente Jair Bolsonaro não está na lista de líderes mundiais que participarão da cúpula do clima, marcada para este sábado.

“O Brasil é desrespeitado, malquisto no âmbito internacional. Outro problema do Brasil: não é só fiscal, é nossa imagem em relação ao meio ambiente”, disse.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, atacou duramente o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e cobrou que projetos e reformas sejam pautados na casa.

Guedes começou pedindo que Maia paute o projeto de independência do Banco Central já aprovado pelo Senado. Segundo ele, a aprovação do texto é importante para impedir que a alta temporária dos preços se transforme em uma inflação permanente.

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"Estamos esperando o presidente da Câmara pautar o BC independente. Nada obsta isso, tem baixo custo político. O Senado já fez a sua parte e a pauta está pronta para ser votada na Câmara", afirmou, em audiência na Comissão Mista do Congresso Nacional que acompanha a execução das medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19.

Bolo

Guedes reclamou que Maia tem criticado a Economia e se referiu à declaração do presidente da Câmara esta semana de que faria um bolo de aniversário sobre o não envio da PEC Federativa. "Como ele (Maia) tem feito cobranças públicas, vamos conversar publicamente sobre isso. O bolo de aniversário tem que ser entregue na casa dele (Maia). A PEC emergencial está há um ano no congresso e não foi votada. É muito fácil disfarçar desentendimentos políticos jogando a culpa para quem já fez a sua parte. Nós já fizemos a nossa", completou.

O ministro lembrou que o senador Marcio Bittar já recebeu uma versão enxuta da PEC Emergencial. O senador declarou hoje que só irá apresentar o relatório do texto, desidratado, em 2021. "Bittar falou que a conturbação está tão grande que preferiu jogar para frente", admitiu Guedes.

Ainda em críticas a Maia, o ministro voltou a reclamar da suposta interdição do presidente da Câmara aos debates da reforma tributária e das privatizações. "Na tributária, houve interdição de um imposto particular. Da mesma forma que as privatizações, que ele está cobrando hoje. Ele (Maia) tem um acordo com a esquerda de impedir as privatizações", repetiu. "Na tributária, temos dificuldade de avançar sim. Se não consigo receber nem relatório que foi feito teoricamente pelo relator. O governo eleito é de liberais e conservadores; não adianta fazer aliança para elevar imposto", reclamou.

Guedes ainda citou a paralisia na discussão da reforma administrativa, que também estaria travada na Câmara. "Eu pergunto, qual é a prioridade? O controle de despesas, a reforma administrativa, estão travados na Câmara", acrescentou.

Guedes voltou a avaliar que há uma disfuncionalidade política que tem que ser resolvida pelos parlamentares. "Não quero ser pretexto para disputa política, não me meto na política. Mas não posso ficar aceitando falsas narrativas. É completamente insensato, quase desonesto, cobrar coisas já entregues", continuou. "Mas certamente avançaremos com ajuda do presidente da Câmara", concluiu.

Enquanto o governo ainda não apresentou um plano claro para a vacinação da população contra a covid-19 e o presidente Jair Bolsonaro segue envolvido em uma disputa política sobre qual vacina será adquirida pela União, o ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta sexta-feira, 11, que o imunizante é um "sonho" dos brasileiros. O ministro garantiu que não faltarão recursos para a compra de vacinas.

"A vacinação em massa é algo que garantiria a retomada sustentável do crescimento no ano que vem. O distanciamento social afetou muito o setor de serviços que é o setor com mais dificuldade de voltar. (A vacina) é um sonho, uma aspiração do brasileiro. Foi um pesadelo, o brasileiro sente falta do contato físico e da celebração social", afirmou, em audiência na Comissão Mista do Congresso Nacional que acompanha a execução das medidas de enfrentamento à pandemia de covid-19.

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Guedes repetiu que o custo estimado para a vacinação em massa no Brasil seria de R$ 20 bilhões. "Mais que uma aspiração, é um direito do brasileiro. Se existe essa vacina, temos que buscar onde tiver. Não vai ser por falta de recursos que vamos deixar de cumprir essa obrigação", enfatizou. "Se em vez de gastarmos R$ 600 bilhões forem R$ 620 bilhões para ter vacinação, é óbvio que isso tem que estar na nossa pauta", completou.

O ministro relatou que participou nesta sexta-feira de duas reuniões com o presidente Jair Bolsonaro - de 2 horas cada - sobre vacinação. "Há muitos aspectos de responsabilidade individual, exigências dos fornecedores de vacinas, responsabilidades que a União, Estados e municípios podem assumir ou não. Tem muita coisa aí, mas temos que superar isso tudo da mesma forma que soubemos superar os efeitos econômicos da pandemia", completou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, terá férias entre 18 de dezembro próximo e 8 de janeiro de 2021. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (11).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou nesta quinta-feira, 3, como um "repique", e, não, uma segunda onda de contaminação por covid-19 no Brasil, como acontece na Europa e nos Estados Unidos.

"A tragédia ainda está conosco. A doença parece dar repique porque afrouxamos o distanciamento social. Naturalmente, com menor distanciamento, há repique. Mas não é segunda onda como a de outros países", disse o ministro durante participação em encontro promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

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Na sequência, reconhecendo não ser um especialista no assunto, ele resolveu encerrar os comentários sobre o lado sanitário da crise.

Durante o evento, Guedes disse que tinha certeza de que a economia brasileira teria uma retomada em "V" porque o Brasil gastou "bem mais" do que a média dos países emergentes no enfrentamento do choque da pandemia.

O titular do ministério da Economia reafirmou a mensagem de que os estímulos emergenciais serão retirados à medida que a doença for sendo controlada, dando lugar a um crescimento baseado em investimentos, com a retomada da agenda de reformas.

Ao tratar dos planos de desestatização, ele frisou que dezenas de aeroportos e ferrovias serão privatizados em 2021.

Também repetiu a sua previsão de recuperação completa dos empregos perdidos na chegada da pandemia no Brasil. Ao lembrar que o País criou 1 milhão de vagas de trabalho formais entre julho e outubro, Guedes disse que o Brasil continuará criando emprego no último bimestre e deve terminar 2020 zerando os 1,2 milhão de postos com carteira assinada eliminados de abril a junho.

"Pode ser que a gente chegue ao fim do ano com zero perda de empregos formais", assinalou o ministro, que aproveitou a ocasião para contrastar o dado com os 2,6 milhões de empregos perdidos na recessão de 2015/2016.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a cobrar do Congresso Nacional o avanço na tramitação de reformas que já foram enviadas pelo Executivo antes mesmo da pandemia de covid-19.

"As reformas estão lá, vamos avançar. O grande desafio da classe política hoje é não permitir que se perca essa arrancada da economia. É uma recuperação cíclica, forte. Os dados de consumo de energia, diesel, a arrecadação, o emprego - tudo indica isso", afirmou, em participação com o presidente Jair Bolsonaro em um encontro com investidores promovido pelo Grupo Voto. "Já é um fato que Brasil vai crescer 3% ou 4% em 2021 se nós não fizermos besteira. Se fizermos besteira, afunda de novo", completou.

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Guedes seguiu reclamando das críticas em relação à passividade do governo - e da equipe econômica - diante dos desafios à frente para a saída da pandemia. "Contra os fatos não há argumentos. Contra os números não há narrativas que se sustentem. Nós trabalhamos e razoavelmente bem, para não dizer que fomos extraordinários ou excepcionais. O Brasil mostrou resiliência e eu dizia que o Brasil ia surpreender o mundo", repetiu.

Em meio a notícias de aumento no número de contaminações e internações hospitalares por covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira, 23, que o governo não será "dirigido" pelo que ele chamou de "fabricações". Para o ministro, não há hoje qualquer evidência de segunda onda no Brasil que demande acionar o "gatilho" de ações emergenciais, e falar em medidas de isolamento agora seria "precipitação".

"Não seremos dirigidos por fabricações", disse Guedes em evento promovido pela Empiricus. "Não podemos fabricar falsificações de realidade", acrescentou, pedindo respeito à "narrativa científica".

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Segundo o ministro, a "evidência empírica é que a doença diminuiu" no País. "Dizer hoje que Brasil precisa trancar tudo e estender auxílio é precipitação. Não há hoje evidência (de 2ª onda) para puxar esse gatilho", afirmou.

A plataforma InfoGripe, da Fiocruz, tem apontado, porém, o aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil. Em relatório com dados até 14 de novembro foram apontadas 10 capitais com sinal moderado ou forte de aumento de casos. Na semana passada, o Ministério da Saúde culpou a dificuldade de acesso a dados, após um ataque hacker, para afirmar que ainda não consegue confirmar se há de fato recrudescimento da doença no País.

O vice-diretor do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), Christovam Barcellos, disse ao Estadão na semana passada que algumas regiões do Brasil repetem o quadro do começo da pandemia: aumento de internações em hospitais privados, nas capitais. A situação tende a chegar à rede pública e interior, se nada for feito. Para Barcellos, a curva de óbitos em alguns locais pode subir nas próximas semanas.

O ministro da Economia, por sua vez, defendeu que a população "abandone falsas narrativas". "Dizer hoje que segunda onda chegou é falsa narrativa, assim como dizer que governo está parado é falsa narrativa", afirmou.

Embora não veja indícios de que o Brasil está no início de uma segunda onda de contaminação por covid-19, Guedes encerrou sua participação desejando "saúde para todo mundo". "Se cuidem", recomendou.

A menção do ministro da Economia, Paulo Guedes, à ideia de usar a venda de reservas como um dos instrumentos para reduzir a dívida pública não foi bem recebida pelo mercado. Analistas consultados pelo Estadão/Broadcast avaliam que as reservas não são o instrumento mais adequado para controlar o endividamento e vendê-las seria algo pontual, que funcionaria como um "truque contábil".

A avaliação é que essa medida só produz alívio na dívida bruta por conta da metodologia de medição do Brasil, que é diferente do cálculo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e de outros países. Além disso, a menção ao uso de reservas eleva preocupações com o avanço da agenda de reformas no País.

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Na noite de quinta-feira (19), Guedes afirmou, em evento do Bradesco BBI, que fará "o que for necessário" para reduzir a dívida, que deve chegar a 96% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, conforme projeção do Tesouro Nacional, e ultrapassar 100% do PIB em 2025.

Dentre o cardápio de medidas para atingir esse objetivo, o ministro citou a possibilidade de "até vender um pouco de reservas", além de vender outros ativos, privatizar, reduzir a dívida interna e desalavancar bancos públicos.

Na avaliação do diretor do ASA Investments e ex-secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, a venda de reservas para reduzir a dívida é uma má ideia, contrária ao câmbio flutuante, uma vez que o fluxo tem melhorado, e soa estranha em um momento em que se aproxima a autonomia do Banco Central. "Fica ainda mais estranho conceitualmente defender que o BC, que vai ganhar autonomia, tome decisões com seu ativos com fins de política fiscal. Temos de caminhar na separação da política monetária e fiscal." Kawall ainda lembra que a ideia de vender reservas para reduzir dívida foi cogitada no passado por quem não queria fazer reformas, referindo-se ao governo Dilma Rousseff (PT).

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, por sua vez, avalia que a fala sinaliza que o governo está ficando sem opções para controlar o rombo fiscal e é mais um elemento que corrobora um clima de desesperança com o avanço da agenda de reformas. "O fiscal não está andando, temos um problema de fluxo de dívida muito grande e vemos o ministro falando de redução de estoque de reservas: é um sinal que não é muito bom", disse.

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves, afirma que a declaração de Guedes é mais do mesmo em meio a uma agenda de reformas estagnada. "O que foi dito (na quinta-feira) é uma repetição das mesmas coisas, porque, rigorosamente falando, não houve avanço nessa agenda de reformas do governo. Eles continuam esperando uma coisa que não acontece", diz. "Guedes falou 'vamos fazer, vamos privatizar', e não fez nada. O governo fala que as coisas vão andar, mas tem uma distância entre o que fala e o que faz."

Para o analista de contas públicas da Tendências Consultoria Integrada, Fabio Klein, a venda de reservas até está entre o menu de opções para reduzir a dívida em uma situação de emergência, mas que isso deveria ser uma das últimas alternativas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 20, que deixou de falar sobre a ideia de criação de um imposto sobre transações eletrônicas por preocupação de o assunto ser explorado politicamente nas eleições municipais. Porém, ele disse que pretende votar à carga na proposta assim que as eleições chegarem ao fim.

"Não estamos falando porque as eleições estão chegando. As pessoas têm preocupação de o tema ser explorado nas eleições, de falarem ah, o ministro Paulo Guedes quer um imposto sobre transações financeiras, quer a CPMF...", afirmou o ministro numa apresentação em fórum do Bradesco BBI. "Então, não vamos falar sobre isso. Após as eleições, falamos novamente", complementou.

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Guedes disse que não vai desistir da ideia porque, num país com 40 milhões de pessoas sem emprego, a proposta permitirá desonerar a folha salarial das empresas.

A polêmica em torno da criação de um imposto sobre transações eletrônicas, considerada uma reedição da CPMF, é um nó na reforma tributária. O ministro frisou hoje que não quer uma reforma tributária de qualquer jeito.

Ele considerou, contudo, que o governo está mais perto de um acordo em relação à reforma dos impostos. Mesmo assim, avaliou que apenas por um milagre a reforma tributária irá deslanchar neste ano. "Milagres acontecem", ponderou, numa tentativa de deixar a possibilidade em aberto.

Segundo Guedes, a intenção é taxar apenas quem usa os meios de transações digitais, que agora incluem o sistema instantâneo de pagamentos, o Pix. As taxas serão, no entanto, baixas, variando entre 0,15 e 0,2%.

O ministro reiterou ainda que o governo não vai subir a carga tributária, e sim desonerar as empresas, cobrando, por exemplo, taxas de imposto menores para aquelas que reinvestem o lucro.

"Não vamos subir impostos. Se um imposto for criado, será porque destruímos outros oito, nove ou dez", salientou o comandante da equipe econômica.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 18, que a redução dos juros do País permitirá ao governo economizar, ao longo de todo mandato, R$ 400 bilhões com o custo da dívida. Segundo Guedes, R$ 80 bilhões foram poupados no primeiro ano de governo e mais R$ 120 bilhões em 2020. Outros R$ 200 bilhões deverão ser economizados nos próximos dois anos, numa média de R$ 100 bilhões por ano, projetou o ministro durante participação em premiação da revista Exame.

"Quebramos a dinâmica explosiva dos gastos", disse Guedes, referindo-se às despesas da Previdência, contidas pela reforma das aposentadorias, da taxa de juros, em função dos cortes na Selic, e do funcionalismo, com o congelamento dos salários de servidores.

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"O Brasil hoje é um país de juro mais baixo, estruturalmente mais baixo por controle dos gastos públicos, e câmbio de equilíbrio mais alto", acrescentou o ministro, aproveitando o comentário para também destacar o estímulo do dólar mais alto às exportações.

Durante o evento, Guedes também reafirmou o compromisso do governo com a regra que estabeleceu um teto aos gastos públicos, repetindo a defesa pela desindexação do Orçamento.

Segundo ele, enquanto não tiver coragem de enfrentar a indexação automática das despesas públicas, o Brasil não poderá sonhar em abrir mão do teto.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo vai prorrogar o auxílio emergencial caso haja uma segunda onda da pandemia do coronavírus no Brasil. "Prorrogação do auxílio emergencial, se houver segunda onda, não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar (o auxílio emergencial)", afirmou.

Segundo o ministro, essa não é a expectativa atual, mas está prevista pela equipe econômica como uma contingência. "O plano 'A' para o auxílio emergencial é acabar em 31 de dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação de auxílio emergencial não é nossa hipótese de trabalho, é contingência", completou.

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A declaração de Guedes vem em meio a uma grande discussão dentro do governo, que já dura meses, sobre o que fazer a partir de dezembro, data marcada para o fim do auxílio emergencial.

A ideia original era a criação de um novo programa, batizado de Renda Brasil, ou Renda Cidadã, que substituiria o Bolsa Família, com mais recursos. A criação desse programa, porém, esbarra exatamente na falta de recursos para engordar os repasses às famílias.

Sem definição

Apesar de Guedes falar em segunda onda da Covid-19, a realidade é que não há, dentro do governo, entendimento claro e técnico sobre que momento seria esse, nem quais os critérios seriam usados para embasar a decisão de prorrogar o auxilio emergencial. Reflexo disso é que, na prática, a equipe econômica não começou a trabalhar com essa possibilidade.

Para o vice-diretor da Opas, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América, Jarbas Barbosa, o cenário de "segunda onda" visto na Europa é incomparável ao possível recrudescimento da doença em algumas regiões do Brasil. Ele afirma que países como Itália e Espanha viram altíssimo número de casos numa primeira onda, que depois teve forte desaceleração, resultado de medidas restritivas eficientes. Agora, estas e outras regiões da Europa têm novamente grande número de casos.

Já no Brasil e em outros países da América Latina, a primeira onda é lenta e mostra queda, mas mantém números altos de casos e mortes diárias. Para ele, apesar da queda nos números nacionais, é possível que algumas regiões do Brasil estejam vivendo recrudescimento da pandemia. "Debate não é sobre segunda onda ou não, mas se tem crescimento, tem de tomar a medida correspondente", disse Barbosa.

Microcrédito

Uma outra proposta para substituir o auxílio emergencial, como mostrou o Estadão, é criar um programa de microcrédito para os trabalhadores informais que vão deixar de receber o auxílio emergencial. Esse plano teria recursos de R$ 10 bilhões da Caixa, e poderia chegar a até R$ 25 bilhões, com a implementação de outras medidas. O valor do empréstimo ficaria entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil.

Em evento virtual organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Guedes disse que, se for necessária a prorrogação, a ideia é que o País gaste menos do que no primeiro enfrentamento da pandemia. "Em vez de gastar 10% do PIB, talvez gastemos 4%", completou. "O Brasil vai furar as duas ondas, estamos saindo do lado de lá."

O ministro voltou a dizer que o plano da equipe econômica era que o auxílio emergencial "aterrissasse" no Bolsa Família ou no seu substituto, o Renda Brasil, que ainda está em estudo. "Politicamente, o programa (Renda Brasil) não foi considerado satisfatório pelo presidente. No meio da eleição, não era hora de ter essa discussão."

Ele afirmou que o valor do auxílio emergencial, que foi inicialmente de R$ 600, ficou acima do que ele esperava, que era de até R$ 400. Para Guedes, os R$ 600 podem ter sido um "exagero", mas disse não se arrepender porque o benefício foi importante para a reação da economia. Em setembro, o benefício foi reduzido para R$ 300.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira (10) que o Brasil ainda não tem uma decisão tomada sobre o veto ou a liberação de tecnologia chinesa nas redes de 5G, cujo leilão de espectro é esperado para 2021. Ele admitiu, porém, que o governo leva em consideração os alertas de países como os Estados Unidos e o Reino Unido, que barraram empresas como a Huawei na tecnologia de telefonia e internet móvel de quinta geração.

"O Reino Unido impediu os chineses no centro do sistema de 5G, mas permitiu que as empresas chinesas atuassem na periferia das redes. Estávamos indo nessa direção antes da pandemia. Não queremos perder revolução digital, mas há esses alertas geopolíticos. No momento o Brasil ainda estamos analisando e estudando essa questão", afirmou, em participação virtual no Bloomberg Emerging + Frontier Forum 2020.

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O governo do presidente Donald Trump chegou a fazer pressão direta sobre as autoridades brasileiras pela proibição total à participação dos chineses, alegando falhas na segurança de dados que poderia abrir portas a espionagem pelo país asiático, que nega essas acusações.

"Sempre dissemos que iríamos dançar com todo mundo. Os EUA e a China sempre dançaram juntos e agora brigaram. Eles podem brigar entre si, mas vamos dançar com todos", completou Guedes.

O governo trabalha para manter as torneiras do crédito abertas em 2021 e garantir a sustentação da retomada econômica. A estratégia é manter os programas de crédito bem-sucedidos lançados durante a pandemia da Covid-19 e criar também um programa de microcrédito para permitir que beneficiários do programa Bolsa Família e a "multidão de informais" possam ganhar autonomia como Microempreendedores Individuais (MEI). Essa seria uma alternativa como uma porta de saída da "condição de vulnerabilidade".

O presidente Jair Bolsonaro já deu sinal verde para tornar permanente o Pronampe, programa criado durante a pandemia para socorrer micro e pequenas empresas. As taxas de juros e garantias do Tesouro Nacional do programa, porém, serão alteradas, com perspectiva de que as garantias diminuam, mas que as taxas aumentem.

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A transformação do programa emergencial em ação permanente é uma demanda de parlamentares, sobretudo do Senado, e deve inclusive contribuir para melhorar a disposição do Congresso e facilitar o caminho para a aprovação de medidas de ajuste fiscal, como a desindexação de despesas do Orçamento (retirada da obrigação de reajuste de determinadas despesas).

Manutenção

A sinalização foi dada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Na sexta-feira passada (6), ele antecipou que o governo pode manter os estímulos econômicos adotados para fazer frente à pandemia do novo coronavírus. Guedes disse que o desafio é transformar o "empurrão de consumo" trazido pelo auxílio emergencial em crescimento sustentável, sem inflação.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, não se trata da renovação de auxílio emergencial, como foi interpretado num primeiro momento pelo mercado financeiro, mas de programas voltados para o crédito. Fontes da área econômica garantem que o objetivo é apostar em medidas que funcionaram usando recursos dentro do Orçamento, respeitando regras fiscais. A discussão deverá ganhar força depois das eleições municipais, cujo primeiro turno ocorre no próximo dia 15.

O desafio é arrumar os recursos do Tesouro que precisam transferidos aos fundos que garantem os empréstimos em caso de calote. Essa transferência é despesa primária no Orçamento e tem que caber dentro do teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação.

Os detalhes ainda estão em estudo pela equipe econômica, mas já há a decisão política de facilitar a manutenção desses programas em 2021. O que se discute é o alcance, o que será definido nas discussões do Orçamento do ano que vem. O assunto foi tratado pelo presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Micro e Pequenas Empresas, senador Jorginho Mello (PL-SC), com Bolsonaro. Nas últimas semanas, o senador, que integra o bloco de partidos do Centrão, foi nomeado vice-líder do governo.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, está conversando com técnicos da área econômica sobre a linha do microcrédito. Uma das propostas é que as famílias possam contratar um valor entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil. Na crise, o número de pessoas que se formalizaram via MEI já é de cerca de 1,5 milhão.

Maquininhas

O governo também vai trabalhar para fazer rodar o programa PEAC-Maquininhas, que operam com garantia de recebíveis das transações com as máquinas de cartão usadas no comércio. Essa modalidade, que tem 100% de garantia do Tesouro Nacional e é mais uma tentativa de destravar o crédito para os pequenos empreendedores na pandemia da Covid-19, ainda não ganhou tração. Foram liberados R$ 5 bilhões, mas a linha total já aprovada pelo Congresso é de R$ 10 bilhões.

A Caixa Econômica Federal também desenvolve com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) uma linha de crédito assistido para inclusão bancária e orientação para que os tomadores do crédito não deixem de pagar as parcelas.

A estratégia também prevê a regulamentação do Sistema Nacional de Garantias, que permitirá que pequenas empresas consigam obter garantias para tomar crédito e, assim, negociar taxas de juros mais competitivas com o seu banco e outras instituições. Dessa forma, poderão alcançar crédito com custo mais baixo e menos burocracia e exigências.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira (4) que a pandemia da Covid-19 está "cedendo, e ao mesmo tempo, a economia está voltando". Em evento no Palácio do Planalto, ele ressaltou os dados do mercado de trabalho e a criação de postos de empregos formais nos últimos meses.

"Criamos 100 mil empregos em julho, 300 mil empregos em setembro. De forma que, no ano, nós perdemos menos empregos do que foram perdidos em 2015 e 2016, quando não houve essa tragédia. Ou seja, em setembro de 2015, tínhamos perdido 650 mil empregos. A essa altura, perdemos 550 mil", afirmou.

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O ministro disse, no entanto, que os registros vão apontar que o desemprego aumentou de 13% a 15%, pois ninguém considerava os "invisíveis". "Ninguém contava os 40 milhões que estavam escondidos. Então era muito fácil relatar um desemprego de 13%, agora vai ser 14%, vai ser 15%. Mas a pergunta é a seguinte: quantos milhões de brasileiros estavam escondidos e foram atendidos?"

O ministro afirmou que, em meio ao "paraíso da legislação trabalhista", da CLT, foram descobertos 40 milhões de brasileiros "invisíveis" que lutam pelo pão a cada dia e não têm segurança nenhuma. Ainda que o governo possa acionar a camada de proteção social em caso de uma segunda onda da covid-19, o fato é que a economia está voltando. "Esse é o fato. Especulações futuras nós enfrentaremos com a mesma capacidade de decisão que o presidente Jair Bolsonaro com a sua liderança implementou na equipe", disse.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta sexta-feira (30), a ação do PDT para afastar do cargo o ministro da Economia, Paulo Guedes, até a conclusão de investigações da Operação Greenfield sobre a suposta participação do economista em fraudes em fundos de pensão que teriam ocorrido antes de assumir a Pasta estratégica no governo Jair Bolsonaro.

A votação está sendo feita no plenário virtual da Corte, ferramenta digital que permite aos magistrados analisarem processos sem a necessidade de reunião física ou por videoconferência. O relator, Marco Aurélio Mello, abriu os votos e se manifestou pela rejeição do pedido do PDT.

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No despacho, o decano considerou que a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) impetrada pelo partido não é o instrumento jurídico adequado para solicitar o afastamento do ministro.

"A amplitude do objeto da arguição de descumprimento de preceito fundamental não significa admitir seja qualquer ato, ainda que destituído de caráter normativo, passível de submissão direta ao exame do Supremo. A óptica implica desvirtuamento da jurisdição assegurada na Constituição Federal. Tem-se instrumento nobre de controle abstrato de excepcionalidade maior, destinado à preservação de norma nuclear da Carta da República, incabível para dirimir controvérsia atinente a circunstâncias e agentes plenamente individualizáveis", registrou Marco Aurélio.

Em agosto, o ministro já havia negado liminar para tirar Guedes do cargo usando o mesmo argumento técnico.

Na ação enviada ao Supremo, o PDT alegou que antes de assumir o cargo Paulo Guedes já era alvo dos inquéritos e agora é beneficiado por uma 'blindagem institucional' inerente à posição de ministro de Estado.

Quando os procedimentos investigatórios foram abertos, em outubro de 2018, Guedes afirmou, por meio de seus advogados, que a instauração da apuração é 'uma afronta à democracia' cujo principal 'objetivo é o de confundir o eleitor'.

Menos de dois meses após o Banco Central lançar oficialmente a nova cédula de R$ 200, o ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta quinta-feira (29) que a criação de uma nota de mais alto valor ocorreu na contramão do que outros países têm feito e projetou que a nova cédula terá pouca duração no Brasil. "Criamos nota de R$ 200 com lobo-guará porque tínhamos um problema de logística para pagarmos o auxílio emergencial. Com o PIX (sistema de pagamentos instantâneos do BC), o futuro é menos dinheiro na mão e notas mais simples. No futuro vai acabar o lobo-guará, a nota de R$ 200, de R$ 100. Já, já o lobo-guará vai se aposentar, terá uma carreira curta", afirmou, em audiência pública na Comissão Mista do Congresso Nacional para o acompanhamento de medidas contra a Covid-19.

Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nota de R$ 200, o que representará um montante de R$ 90 bilhões aos cofres públicos. De acordo com o BC, o custo de produção da nova nota é de R$ 325 por mil cédulas. Para comparação, a cédula de R$ 100 custa R$ 280 a cada mil notas produzidas.

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Em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco criticou o lançamento da nova cédula. Ele cita uma conta de 2015 feita por Kenneth Rogoff, nos Estados Unidos, que mostra que há em circulação uma quantidade gigante de papel moeda correspondente a algo como US$ 4.200 por pessoa (incluindo crianças) e 78% desse valor seria mantido em cédulas de US$ 100. Mas essas cédulas de US$ 100 estariam concentradas no mundo da informalidade ou do crime.

Ao transportar a conta de Rogoff para o Brasil, Franco afirma que se tem algo em torno de R$ 1.098,7 per capita (incluindo crianças) em cédulas, sendo que cerca de metade seria em notas de R$ 100 (cerca 90% em cédulas de R$ 50 e R$ 100), ou seja, muito parecido com o resultado americano. As cédulas de maior valor não estão acessíveis à maior parte da população.

Na Europa, segundo Franco, uma pesquisa do BCE Banco Central Europeu com usuários mostrava que 56% da amostra nunca tinha visto a cédula de 500 euros, apelidada, significativamente, de "bin-laden", e que deixou de ser fabricada em 2019 (mas não foi recolhida ou desmonetizada).

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quinta-feira, 29, que o panorama atual não indica uma "segunda onda" de contágio de covid-19 no Brasil, mas garantiu que o governo terá os instrumentos necessários para enfrentar a doença caso ela se estenda por mais um ou dois anos.

"A dívida bruta já caminha para 100% do PIB, mas se houver uma segunda onda daremos resposta e encontraremos os recursos necessários. É como uma guerra, e se a guerra durar 3 anos vamos enfrentar, mas esse não é o plano A. O que vemos no momento é doença descendo e economia voltando", afirmou, em audiência pública na Comissão Mista do Congresso Nacional para o acompanhamento de medidas contra a covid-19.

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Guedes considerou que a única solução para a covid-19 é a vacina e alertou para a necessidade de avançar em reformas para que o governo tenha mais fôlego para enfrentar uma eventual segunda onda da doença em 2021. "Só com a vacina estaremos livres desse pesadelo, antes disso continuamos vulneráveis. Mas se houver segunda onda, com certeza a democracia brasileira dará resposta novamente", completou.

O ministro mais uma vez afirmou que se o auxílio emergencial tivesse um valor menor, de R$ 200 a R$ 300, o governo conseguiria mantê-lo por mais dois ou três anos em caso de continuidade da pandemia. "O que controla o alcance do auxílio é o fôlego fiscal. Temos fôlego até o fim de 2020, a partir daí é um ponto de interrogação. Não podemos estender medidas como se não houvesse amanhã, não contem comigo. Contem comigo para uma resposta correta politicamente e responsável", acrescentou.

Guedes garantiu que, em caso de segunda onda, o governo vai trabalhar com o Congresso de forma tão decisiva como fez em 2020. "E vamos corrigir erros e excessos, inclusive pelo aprendizado que tivemos", completou. Para ele, a proposta de novo pacto federativo precisa de uma cláusula para prever exceções em calamidades públicas como a atual pandemia.

Após o apaziguamento com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ter trazido semanas de tranquilidade nas relações com a equipe econômica, o ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu, nesta quinta-feira (29), ter total entendimento com o parlamentar.

"Maia sempre nos apoiou, se tivermos alguma divergência, discutimos no final. Vamos trabalhar sobre nossas convergências primeiro. Apesar de diferenças de opinião exageradas pelos temperamentos pessoais, eu e Maia temos total entendimento e estamos lutando pelo País", afirmou, em audiência pública na Comissão Mista do Congresso Nacional para o acompanhamento de medidas contra a Covid-19.

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Guedes mais uma vez reconheceu ter sido um erro debater medidas econômicas complexas há poucas semanas das eleições municipais. "Há poucas semanas da eleição, não é momento interessante para falar de privatização", repetiu.

O ministro voltou a dizer que o "timing" das reformas pertence aos políticos e lembrou que teve problemas na reforma tributária ao propor a criação de um novo imposto sobre pagamentos com o objetivo de financiar a desoneração da folha de salários.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta terça-feira (20) que a recessão brasileira de 2020 causa pela pandemia de Covid-19 deve ser menor que a prevista nos primeiros meses da crise, quando analistas chegaram a prever um tombo de até 10% no Produto Interno Bruto (PIB).

"O PIB deve cair 4% ou 4% e pouco neste ano. Temos ainda dois meses para confirmarmos esse desempenho", afirmou, em participação em evento organizado pelo Milken Institute, que não constava na agenda do ministro e nem havia sido informada pela assessoria da pasta.

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Guedes voltou a enfatizar a necessidade de acelerar a agenda de privatizações e afirmou que o governo pretende fazer um "road show" com o programa de investimentos e desestatizações. "No primeiro ano em meio de governo fizemos nosso dever de casa e agora vamos fazer um road show de investimentos", completou.

O ministro voltou a palestrar sobre as medidas tomadas pelo governo brasileiro para preservar empregos e garantir renda para a população durante a pandemia de Covid-19. Guedes mais uma vez garantiu que as reformas voltaram a andar e lembrou que o Congresso está funcionando normalmente.

"A independência do BC é um sonho que tenho há 40 anos, estamos perto, faltam semanas para a votação. Estamos trabalhando juntos para modernizar importantes marcos regulatórios e para votar reformas estruturais", acrescentou.

Guedes também repetiu que considera natural o ambiente de uma taxa de câmbio mais alta enquanto as taxas de juros brasileiras passaram para um patamar mais baixo. "Estamos há um ano e meio sem corrupção no governo, e isso nunca aconteceu antes. É normal que a taxa de juros caia e a taxa de câmbio aumente, mas os investidores estrangeiros podem ficar tranquilos que teremos bons mecanismos de hedge", afirmou no evento

Mais uma vez, o ministro ressaltou que a proposta de reforma tributária do governo não tem a intenção de aumentar a carga de tributos da economia brasileira. "Não vamos aumentar impostos no Brasil, vamos reduzir tributos das empresas e pretendemos diminuir os tributos sobre o emprego", completou.

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