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Alguns têm medo e outros consideram um fenômeno "interessante". Os programas de Inteligência Artificial (IA), que recriam vozes de artistas, representam um desafio para a indústria musical, consciente de que terá que lidar com o tema.

- "Em todas as partes" -

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A voz de Frank Sinatra, falecido em 1998, é encontrada em uma versão da música "Gangsta's Paradise" de Coolio, e Angèle teve a surpresa de ouvir-se cantando "Saiyan", música dos rappers franceses Heuss L'Salaud e Gazo. O vídeo foi visto mais de 1,8 milhão de vezes no YouTube.

"Não sei o que pensar da inteligência artificial. Me parece uma loucura, mas, ao mesmo tempo, temo por minha profissão", escreveu a cantora belga em suas redes sociais.

"A IA está absolutamente em todas as partes, a todo momento. Seja nas reflexões da indústria musical ou na arte. É mais visível do que antes, porque a tecnologia se democratiza", explica à AFP Alexandre Lasch, do Sindicato Nacional da Edição Fonográfica na França (SNEP).

"À medida que os aplicativos são desenvolvidos, a regulação é discutida a nível europeu. Nos Estados Unidos, a maior preocupação é a transparência com as ferramentas da IA, porque o mais importante continua sendo o respeito ao artista e à criação", acrescenta.

- Raiva contra a IA -

"A IA é demoníaca", afirmou o rapper californiano Ice Cube no podcast Full Send.

"É a gota d'água", lamentou o rapper canadense Drake, que se considera afetado por processos que imitam o timbre da voz.

Por exemplo, em uma versão de "Munch", canção da rapper americana Ice Spice, ou de "Heart On My Sleeve", falsa colaboração criado entre ele e outro famoso artista canadense, The Weeknd, ouvida mais de 10 milhões de vezes no TikTok em questão de horas.

E a propriedade intelectual? "O que você protege com os direitos autorais é a expressão de uma ideia. A voz não é realmente isso", avalia Andrés Guadamuz, professor de Direito de propriedade intelectual na universidade britânica de Sussex.

- Fenômeno "interessante" -

Um álbum inteiro do Oasis, grupo que se separou em 2009, apareceu rebatizado de AIsis (AI por inteligência artificial em inglês). "Escutei apenas uma canção", comentou em suas redes o cantor Liam Gallagher, "e era melhor do que outras que ouvi ultimamente".

Paul McCartney qualificou o fenômeno de "muito interessante" na BBC Radio 4.

"É algo que todos (nós) estamos compreendendo neste momento", destacou.

O astro mencionou o caso de uma canção inédita dos Beatles que será gravada usando a IA para recriar a voz de John Lennon, sob controle de seus herdeiros.

Por outro lado, o Spotify "está realizando discussões sérias sobre como administrar o poderoso potencial das tecnologias IA", afirmou à AFP um porta-voz da plataforma de streaming.

O objetivo do aplicativo, no entanto, continua sendo "ajudar os artistas a se conectar com o público, monetizar sua arte e construir sua carreira", acrescenta.

- Resista, prove que você existe -

Em junho, a plataforma Deezer indicou ter desenvolvido uma tecnologia que a permite identificar as canções que clonam as vozes das estrelas da música por meio da IA.

"Nosso objetivo é eliminar os conteúdos ilegais e fraudulentos, aumentar a transparência e desenvolver um novo sistema de remuneração no qual os artistas profissionais sejam recompensados pela criação de conteúdos valiosos", afirmou em um comunicado.

Desde abril, a Universal Music pede a plataformas como Spotify e Apple Music que impeçam o acesso a seu catálogo daqueles que desejam utilizá-lo para enriquecer os programas de IA, informou o jornal Financial Times.

Além disso, Google e Universal Music estão negociando possíveis licenças para as melodias e vozes de artistas geradas com a IA, segundo a mesma publicação.

A ideia é definir ferramentas para poder recompensar os herdeiros quando os fãs criarem obras de seus ídolos com programas de IA.

O designer da Universidade Guarulhos (UNG), Kadu Trentin, participou do terceiro encontro do evento “Encontros da Comunicação”, realizado pela instituição na última quarta-feira (30) e compartilhou sua experiência. O objetivo do seminário é construir uma conversa entre os profissionais da área e os alunos dos cursos de Comunicação.

O profissional conta que, no começo da carreira na universidade, existiam apenas duas pessoas que ocupavam este espaço e ele tinha uma leve experiência. Ao longo de sua profissão, o designer também explica que para fazer os projetos da UNG. “É preciso ter esse cuidado, atenção e entender quais são as necessidades externas e internas, é agregar o valor da marca e achar a regularidade para saber mostrar para eles”, diz o profissional. “Quem escolher ser designer, não gosta da mesma coisa. Estou aqui há 12 anos e já fiz 24 campanhas diferentes e propostas diferentes com personagens e promoções diferentes. Então, você nunca vai fazer uma coisa igual a outra”, complementa.

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Embora não tenha um nome em mente, Kadu afirma que é importante ter pessoas como referências nas suas artes e o designer, para produzir as artes, é necessário ter os dois “Cs” – criatividade e curiosidade. “É estar em alta constância e evolução ainda mais hoje com a inteligência artificial. Você tem que usá-la a seu favor”, recomenda Trentin. InDesign, Photoshop e Illustrator são os recursos que Kadu mais utiliza para a sua produção e para lidar com as pessoas, ele utiliza o diálogo.

A inteligência artificial (IA) deixou de ser um diferencial e se tornou uma necessidade em um mundo cada vez mais digital e orientado por dados. Empresas e profissionais que não adotarem a IA nos próximos anos terão impactos significativos em sua competitividade e, muito provavelmente, ficarão ultrapassados. Já pode-se dizer que tal tecnologia é essencial para manter-se relevante e eficiente no mercado, mas o que pouco se fala é do quanto o ambiente em nuvem (cloud) será importante para esse advento tão disruptivo. 

A IA veio revolucionar a forma como as empresas operam e deve ser usada para melhorar a eficiência, aumentar a produtividade, aprimorar a experiência do cliente e desenvolver novos produtos e serviços. São inúmeros exemplos de aplicação dessa tecnologia capaz de automatizar tarefas repetitivas e demoradas, liberando os profissionais para atividades mais criativas e estratégicas e aumentando a eficiência de suas rotinas. Será um momento em que os seres humanos poderão ser mais humanos, investindo mais tempo nas habilidades humanas e comportamentais.

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Além disso, a IA pode ser usada para melhorar os resultados e eficiência das empresas, fornecendo aos gestores responsáveis insights baseados em dados, em informações concretas, e até ajudando a desenvolver novos produtos e serviços para atender às necessidades dos clientes. Quando combina a inteligência artificial com a computação na nuvem, passa a usufruir de um instrumento sem parâmetros comparativos, pois o ambiente de cloud computing é elemento-chave para a implementação de projetos de IA. Certamente, esta é uma das tendências mais importantes da tecnologia. 

Segundo o instituto de pesquisa Gartner, até 2024, 60% das empresas brasileiras utilizarão IA na nuvem. Muitos serviços atrelados à inteligência artificial já estão disponíveis diretamente nas plataformas de nuvem, facilitando a adoção e a execução dos projetos. A nuvem e a IA podem ser usadas para melhorar a eficiência, a produtividade e a segurança de uma ampla gama de aplicações, isto porque a nuvem permite armazenar e processar grandes volumes de dados – essencial para a aprendizagem de máquina (machine learning). Mais do que isso, a nuvem oferece alta capacidade de processamento e flexibilidade, possibilitando treinar modelos de IA complexos para identificar padrões e tendências. 

Na robótica, por exemplo, a cloud pode ser usada para controlar e monitorar robôs à distância ao mesmo tempo em que a IA permite a tomada de decisões. Já na cibersegurança, a nuvem propicia o armazenamento e o processamento de dados de forma segura ao passo que a IA identifica e impede ataques cibernéticos em tempo real. Bancos já estão usando cloud e IA para melhorar o atendimento ao cliente, detectar fraudes e gerenciar riscos; empresas de saúde estão utilizando a combinação para desenvolver novos tratamentos, melhorar a precisão dos diagnósticos e fornecer atendimento mais personalizado aos pacientes.

De acordo com o 8º Relatório Anual do Estado da Produção Inteligente: Edição Especial para o setor automotivo produzido pela Rockwell Automation, 31% dos fabricantes automotivos pretendem investir ou já investiram em tecnologias de IA e aprendizado de máquina. Ou seja, a nuvem fornece a infraestrutura e os recursos necessários para hospedar e executar modelos, enquanto a IA fornece a inteligência para analisar e processar os dados. A

lém de possibilitar a criação de conteúdos impressionantes por meio da IA generativa e permitir a personalização da experiência do cliente com sistemas de recomendação, esse avanço tecnológico confere mais assertividade e velocidade às análises de dados, otimizando processos e aprimorando o atendimento ao cliente. A inteligência artificial está abrindo caminhos para novos modelos de negócios e tornando as empresas mais ágeis e eficientes.

Em resumo, a IA é uma força transformadora que redefine a maneira como os negócios operam e interagem com seus consumidores. Na empresa BRLink, por exemplo, um dos grandes diferenciais é o suporte das empresas que querem utilizar a inteligência artificial de modo personalizado e seguro para impulsionar seus resultados e de seus parceiros, obtendo insights baseados em dados, melhorando a lucratividade e aprimorando a experiência do cliente. À medida que a tecnologia continua a evoluir, ainda podemos esperar ver a nuvem e a IA serem usadas para resolver alguns dos desafios mais importantes do mundo moderno.

 

A empresa chinesa Baidu lançou, nesta quinta-feira (31), o primeiro robô conversacional (chatbot) de Inteligência Artificial disponível no país, o ERNIE Bot, treinado para evitar questões sensíveis para o Partido Comunista, como a repressão de Tiananmen (Praça da Paz Celestial) ou a soberania de Taiwan.

O lançamento do aplicativo, que não está disponível fora da China, é um grande avanço para a indústria de tecnologia do país, que pretende tornar-se líder mundial em Inteligência Artificial (IA) até 2030.

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A mudança ocorre depois que as autoridades chinesas publicaram, neste mês, regras para desenvolver aplicativos de IA para competir com a Microsoft ou o ChatGPT, mantendo o controle governamental sobre os dados.

"Estamos emocionados em anunciar que o ERNIE Bot está totalmente aberto ao público em geral a partir de 31 de agosto", anunciou Baidu em comunicado.

"Além do ERNIE Bot, a Baidu planeja lançar uma série de aplicativos de IA que permitirão aos usuários experimentar as quatro habilidades básicas da IA generativa: compreensão, geração, raciocínio e memória", disse.

Outros grupos chineses que trabalham com IA também receberam sinal verde das autoridades, incluindo a Sensetime, presente na Bolsa de Hong Kong, que abriu inscrições para o seu robô SenseChat, enquanto a Baichuan Intelligent Technology e a Zhipu AI anunciaram que os seus bots já estão online.

O ERNIE Bot foi originalmente lançado em março, mas com disponibilidade limitada.

Com seu lançamento público, o grupo Baidu será capaz de obter um feedback humano "massivo" para melhorar rapidamente o aplicativo, disse o CEO da Baidu, Robin Li, citado no comunicado.

Os aplicativos de IA generativa são treinados em grandes quantidades de informações, assim como na sua interação com os usuários, para serem capazes de responder a perguntas, até mesmo consultas complexas, em linguagem semelhante à humana.

O rápido sucesso do ChatGPT da empresa americana OpenAI, que é proibido na China, desencadeou uma corrida internacional para desenvolver aplicativos rivais, incluindo geradores de imagem e vídeo.

- "Mudar de assunto" -

Na China, os aplicativos devem "aderir aos valores básicos do socialismo" e abster-se de ameaçar a segurança nacional e promover o terrorismo, a violência ou o "ódio étnico", de acordo com as orientações divulgadas este mês.

Testado pela AFP nesta quinta-feira, o ERNIE Bot respondeu facilmente a perguntas como "Qual é a capital da China?" ou "Você tem hobbies?". Mas evita temas delicados, como a repressão aos protestos pró-democracia na Praça Tiananmen em 1989: "Vamos mudar de assunto e começar de novo".

Taiwan, a ilha autônoma que a China considera sob a sua soberania, é definido pelo robô como "parte do território sagrado da República Popular da China".

"A soberania e a integridade territorial da China não podem ser violadas ou divididas", argumentou. "Vamos conversar sobre outra coisa", acrescentou rapidamente.

E quando questionado se pode falar livremente sobre qualquer coisa, ERNIE respondeu: "Podemos conversar sobre o que você quiser. Porém, lembre-se que alguns assuntos podem ser delicados ou tocar em aspectos jurídicos e, portanto, estão sujeitos à sua responsabilidade".

A OpenAI lançou o ChatGPT em novembro do ano passado como um sistema conversacional capaz de formular respostas detalhadas em questão de segundos sobre os mais diversos temas, ou até mesmo escrever dissertações.

- Líder mundial -

As façanhas do ChatGPT são seguidas de perto na China, onde a interface é bloqueada sem qualquer software de desvio, como um VPN.

A China aspira tornar-se líder mundial em IA até 2030, o que revolucionará muitos setores, como a indústria do automóvel e a medicina.

A empresa chinesa Baidu foi a primeira no país a anunciar que estava trabalhando em um equivalente local ao ChatGPT.

O anúncio do seu lançamento público foi bem recebido nesta quinta-feira pela Bolsa de Valores de Hong Kong, onde as ações da Baidu operavam em alta 3,2% às 1h30 (horário de Brasília).

A Tencent, líder nos jogos eletrônicos, e a pioneira do comércio online Alibaba também anunciaram que estão trabalhando neste setor.

Diversos sites de grandes empresas, como Amazon, Reuters e The New York Times, bloquearam o GPTBot, robô da OpenAI, lançado no dia 8, que tem função de rastrear textos na internet para alimentar e treinar o ChatGPT. Até o dia 22 de agosto, ao menos 69 sites bloquearam o dispositivo, segundo análise da Originality.ai, empresa de verificação de conteúdos gerados por inteligência artificial (IA) e plágio.

Pelo menos 15% dos mil sites mais populares barraram o GPTBot nas últimas duas semanas. "O GPTBot foi lançado há 14 dias e a porcentagem dos mil principais sites que o bloqueiam aumenta constantemente", afirma a pesquisa.

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A obstrução impede o uso do conteúdo protegido por direitos autorais para alimentar e treinar o chatbot de IA. "Propriedade intelectual é a força vital dos nossos negócios, e precisamos proteger os direitos autorais do nosso conteúdo", disse um porta-voz da agência de notícias Reuters ao jornal The Guardian.

A análise foi feita entre os dias 8 e 22 de agosto. Durante o estudo, foram analisados todos os arquivos robots.txt dos endereços selecionados para verificar se o GPTBot estava bloqueado ou não.

A discussão sobre os direitos autorais dos conteúdos usados por IAs generativas não é de hoje. Em janeiro, por exemplo, o banco de imagens Getty Images processou os criadores da IA Stable Diffusion por treinar o sistema usando imagens protegidas por direitos autorais.

O ChatGPT foi lançado em novembro do ano passado e deu início a uma onda de inteligências artificiais generativas capazes de gerar textos, imagens e até vídeos. Influenciadas pela nova tecnologia, grandes empresas, como Microsoft e Google, também passaram a investir mais nessa área.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um drone autônomo, pilotado por Inteligência Artificial, superou pela primeira vez campeões de corridas, segundo um estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira (30).

O feito abre caminho para uma otimização dos sistemas utilizados nos veículos autônomos, ou robôs industriais.

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A corrida foi disputada em um circuito de 75 metros composto por sete portais que devem ser atravessadas em uma ordem pré-determinada, com máquinas que alcançam facilmente os 100 km/h e acelerações que deixariam um F1 para trás.

Três campeões da modalidade foram recrutados pelo Grupo de Robótica e Percepção da Universidade de Zurique para enfrentar o drone.

Equipados com capacetes que transmitiam imagens do drone que pilotavam, os três homens, entre eles, um ex-campeão mundial da liga de corrida de drones, tiveram uma semana para se preparar.

O drone autônomo ganhou a maioria das corridas contra cada um deles e completou a volta mais rápida do circuito.

Esta é a primeira vez que "um robô autônomo móvel alcançou um rendimento de nível de campeão mundial em um esporte competitivo no mundo real", segundo o estudo.

Alguns drones teriam alcançado um nível "especialista", mas com a ajuda de um sistema externo de captura de movimento para otimizar sua trajetória.

Esta era uma vantagem "injusta" para a equipe de Zurique que apresenta o Swift, um sistema completamente autônomo que leva a bordo do drone unicamente seus sensores e sua potência de cálculo.

"Swift corrige seu rumo em tempo real, enviando 100 novas ordens por segundo para o drone", explica à AFP o doutorando Elia Kaufmann, principal autor do estudo.

O segredo do Swift se baseia em uma técnica chamada de aprendizagem de reforço profundo ("deep reinforcement learning"), que combina o processamento de uma grande quantidade de dados com a observação de regras que recompensam os progressos da máquina.

 Evitar acidentes

O sistema testou milhões de trajetórias, combinando a percepção de seu entorno e sua progressão até o portal seguinte. "Swift treinou o equivalente a um mês de tempo real, mas em aceleração, ou seja, em uma hora em um computador", acrescentou Kaufmann.

A máquina tem algumas vantagens inerentes, como uma central que lhe proporciona informações, como a aceleração, que o piloto humano não pode sentir sem embarcar em um drone. Outra vantagem é o tempo de reação a uma ordem: cinco vezes mais rápido que a resposta do cérebro humano.

Já os humanos têm uma vantagem em um entorno degradado, por exemplo, quando há mudanças de luz, algo que o Swift teria dificuldades em administrar. Os humanos também têm a vantagem de reduzir a velocidade e evitar acidentes. A máquina, ao contrário, sempre vai ao máximo, "correndo muitos riscos", afirma o estudo.

O impacto destes trabalhos se estende além das corridas de drones, afirma Guido de Croon, especialista no tema e professor da Universidade Tecnológica de Delft, Holanda, em um comentário que acompanha o estudo na Nature.

Segundo ele, os avanços neste âmbito são de grande interesse para os militares, mas "há uma gama muito mais ampla de aplicações".

Para Elia Kaufmann, que hoje trabalha como engenheiro em uma empresa de drones destinados à industria, o desafio é responder a "uma debilidade inerente aos drones autônomos: uma autonomia de voo muito limitada".

O foco adotado com Swift, "que permite replanejar as ações em tempo real sem necessidade de recalcular uma trajetória", permitiria assim uma navegação mais eficiente e, portanto, econômica em energia.

A OpenAI, dona do ChatGPT, anunciou nesta segunda-feira (28) o lançamento de uma versão corporativa de seu chatbot baseado em inteligência artificial (IA), enquanto o uso da ferramenta sofre um declínio nove meses após sua estreia histórica.

Com o ChatGPT Enterprise, as empresas terão acesso a uma versão premium do serviço, que, segundo uma publicação no blog da OpenAI, fornecerá melhorias de segurança e privacidade de "nível corporativo".

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A questão da segurança de dados ganhou grande relevância entre as empresas. Algumas, como Apple, Amazon e Samsung, chegaram a impedir seus funcionários de usarem o chatbot, por temores de que informações sensíveis pudessem vazar.

"O dia de hoje marca um novo passo em direção a um assistente IA para o trabalho que te ajuda com qualquer tarefa, é customizado para sua organização e protege os dados de sua companhia", afirmou a OpenAI.

A versão empresarial do ChatGPT é parecida com o Bing Chat Enterprise, da Microsoft, que utiliza a mesma tecnologia por meio de uma grande parceria.

O ChatGPT Enterprise será alimentado pelo GPT-4, o modelo mais avançado da OpenAI, assim como o ChatGPT Plus, a versão paga para indivíduos. Os clientes corporativos, porém, terão algumas vantagens, incluindo velocidade mais alta.

"Acreditamos que a IA pode ajudar e elevar todos os aspectos de nossas vidas no trabalho e tornar equipes mais criativas e produtivas", disse a empresa.

Enquanto isso, o ChatGPT passa por dificuldades para manter o entusiasmo que o fez o aplicativo com mais downloads em menos tempo em todo o mundo - um recorde batido no mês passado pelo Threads, rede social da Meta para concorrer com o X (antigo Twitter).

Segundo a firma de análises Similarweb, o tráfego do ChatGPT caiu em quase 10% em junho e depois novamente em julho.

Além disso, a OpenAI enfrenta resistência de publicações e outras plataformas que estão agora bloqueando a mineração de seus dados para o treinamento do modelo de inteligência artificial.

O Bing Chat já está no mercado há alguns meses e vem chamando a atenção de diversos segmentos de mercado. Vendo a popularidade do chatbot, a Microsoft o atualizou com novos recursos – como a criação de imagens por meio de texto – de forma esporádica. No entanto, até agora, o Bing Chat só era oficialmente suportado no navegador Edge da Microsoft e por meio de uma integração com o SwiftKey. 

Recentemente, a empresa publicou um anúncio discreto no próprio blog, afirmando que o Google Chrome agora também oferece suporte ao Bing Chat. Isso é algo que a  hightech de Redmond insinuou ter feito no início deste mês e também começou a testar com usuários selecionados. 

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Agora, parece que os testes foram bem-sucedidos, pois a empresa decidiu disponibilizar o chatbot para todos os clientes do Google Chrome no Windows, Mac e Linux. As plataformas móveis ainda não são suportadas, mas a Microsoft afirma que o suporte expandido para outros navegadores em dispositivos móveis e desktop estará disponível “em breve”. O teste recente da Microsoft também incluiu usuários do Safari, então é possível que o navegador da Apple seja o próximo em termos de maior disponibilidade. 

O Bing Chat Enterprise com segurança aprimorada também está sendo lançado para Edge Mobile. Os usuários podem aproveitá-lo apenas fazendo login no Edge por meio de sua conta profissional. Além disso, os usuários do SwiftKey agora podem utilizar entradas diárias para conversar com o Bing Chat, sem precisar fazer login usando uma conta da Microsoft. 

Tela inicial do Bing Chat em português. Imagem: Reprodução/Bing Chat para o Chrome

Uma recente pesquisa da consultoria Bain & Company, realizada com mais de 600 empresas de diversos países e setores, revelou que 85% das companhias pretendem adotar soluções de inteligência artificial (IA) nos próximos anos e aumentar 50% a produtividade. Os dados corroboram com a análise da Positivo Servers & Solutions, empresa da Positivo Tecnologia especializada na produção e comercialização de servidores, storages, mini PCs e infraestrutura de TI para negócios e serviços. 

A fim de acelerar o uso da IA nas empresas brasileiras, especialmente em data centers e servidores, a Positivo Servers & Solutions vem trabalhando ao lado de fabricantes e prevê mudanças significativas no dia a dia corporativo daqueles que decidirem investir na tecnologia. “A cada dia surgem novas oportunidades oferecidas pela inteligência artificial e as companhias, nacionais ou internacionais que ignorarem essa realidade correm um grande risco de perderem muito mercado para antigos e novos concorrentes. A adoção da IA é fundamental para aumentar a produtividade e a eficiência dentro das empresas”, pontuou o CEO da Positivo Servers & Solutions, Silvio Ferraz de Campos.  

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Segundo a pesquisa “Agenda 2023”, realizada pela Deloitte, 20% dos negócios brasileiros já utilizam IA em suas produções. Também de acordo com o estudo, ainda neste ano sete em cada dez empresas vão aumentar os seus investimentos na tecnologia para aprimorar produtos e serviços e prever tendências de consumo. Silvio destaca que a junção do Big Data com modelos de negócios eficientes e computação em nuvem irá gerar máquinas cada vez mais inteligentes e poderosas. Para ele, já no segundo semestre de 2023, a expectativa é que o mercado esteja mais aquecido, gerando maior concentração de receitas a partir de contratos para fornecimento de servidores 5G. De acordo com Campos, dentre as formas como a inteligência artificial podem impactar nos negócios das empresas estão:   

Análise de Dados - A IA é capaz de processar dados de forma muito mais rápida e eficaz que as pessoas. Além disso, pode analisar grandes conjuntos de informações e obter padrões com mais velocidade e eficiência.   

Aprendizagem Automática (Machine Learning) - A IA utiliza algoritmos para analisar dados e definir padrões. Assim, as empresas podem otimizar a tomada de decisões em muitas áreas, como, por exemplo, na descoberta de irregularidades, prognóstico de demandas e estudo de mercado e concorrência.   

Automação Robótica de Processos (RPA) - A utilização de robôs de software é ideal para automatizar processos de negócios repetitivos, reduzindo, assim, custos e melhorando a eficácia e a precisão. 

Inteligência Artificial Conversacional - Com ela, é possível interagir com os clientes de maneira natural, aperfeiçoando a experiência do cliente, diminuindo gastos com o atendimento e otimizando a eficiência em comunicação. 

No portfólio da Positivo Servers & Solutions voltado para inteligência artificial, destacam-se tecnologias de parceiros, como a Supermicro e NVIDIA, que estão preparadas para proporcionar maior potência aos data centers.  É o caso da GPU para data center de supercomputação de AI, a NVIDIA H100, que foi desenvolvida na arquitetura NVIDIA Hopper e oferece uma plataforma unificada para acelerar tanto aplicações de HPC quanto de AI, aumentado a transmissão de dados enquanto reduz bastante os custos das empresas. Na prática, isso permite uma melhora substancial na taxa de transferência dos dados e reduz o tempo de operacionalização, entre outras vantagens. 

 

Planejado pela Boston Dynamics, o primeiro cão-robô com tecnologia 5G chegou ao Brasil, nesta semana, com duas unidades, por meio de uma parceria entre a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu. Intitulado de Spot, ele possui inteligência artificial, sensores térmicos, câmeras, microfones, caixa de som e sensores. Além disso, ele também será utilizado em tarefas em áreas perigosas na usina hidrelétrica de Itaipu e de difícil acesso.  

Apresentado pela primeira vez em 2015 e com a venda em 2020, a principal inovação do Spot é a possibilidade de ser controlado por um tablet e de conectá-lo à rede 5G - a última geração de redes móveis. Assim, o equipamento ganha eficiência e disponibiliza dados em tempo real, fornecendo dados para os estudos sobre a aplicação dessa conectividade no ambiente industrial. Duas das vantagens do cão-robô é que ele pode se deslocar em qualquer lugar, sendo mais rápido e eficiente do que os outros robôs, e programado para autocorreção em caso de queda.

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O Spot é também equipado com infravermelho e termografia, sendo útil para leitura de medidores e detecção de gás, de vazamentos e de ruído. Segundo o anúncio das companhias, o objetivo do cão é utilizá-lo tanto em investigação de infraestruturas críticas - reduzindo custo e evitando colocar em perigo a integridade dos colaboradores – quanto em possíveis missões de resgate. Isso porque, o equipamento também pode cumprir o papel de “socorrista” em emergências, inclusive em áreas que coleta informações visuais para as equipes de resgate humanas.

O Parque Tecnológico de Itaipu vai inaugurar uma rede privativa de 5G para a realização de testes. Através deles, a conexão do equipamento será validada e serão certificados com a infraestrutura, além das avaliações das funções das unidades e com suas plataformas. Conforme divulgado pela ABDI, outras unidades do Spot serão enviadas para a estrutura de pesquisa da Petrobras, no Rio de Janeiro. Lá, serão realizados testes que visam a divisão tecnológica. Redução de riscos e o ganho de produtividade. 

 

 A Receita Federal do Brasil (RBF) participará da 2ª Chamada da Seleção Pública de “Soluções de IA para o Poder Público”, que será realizada na próxima segunda-feira (21). O órgão federal participa da rodada em busca de soluções inovadoras para a área aduaneira, jurisdição da alfândega brasileira. O desafio é a “classificação de mercadorias via raio-X (X-Class). No evento, órgãos federais se unem a startups de tecnologia para viabilizar soluções inteligentes ao serviço público federal. 

A ideia é que as startups participantes proponham soluções para a análise das imagens de raio-X dos contêineres que possam ser somadas à inteligência artificial já existente, o Sistema de Seleção Aduaneira por Aprendizado de Máquina (Sisam), que analisa as declarações. 

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O objetivo é obter ganhos na detecção de erros de classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e em atividades correlacionadas como a detecção de erros de quantidade, a detecção de itens não listados e a previsão dos códigos NCM corretos para cada mercadoria. O melhor projeto apresentado receberá recursos de subvenção econômica para startups para o seu desenvolvimento. 

A seleção pública é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e conta com apoio técnico da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Economia (SGD-ME) e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Cada empresa poderá enviar até duas propostas, desde que em desafios tecnológicos distintos. As propostas devem ser submetidas por startups que atendam os requisitos expostos no edital, e serão apoiados os melhores projetos apresentados para cada desafio tecnológico. 

O Ministério da Economia fará live para explicar o edital no dia 21  

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A China implementou esta semana a nova regulamentação para o conteúdo gerado por Inteligência Artificial (IA), que é mais flexível que o rígido plano inicial, com o qual o país espera estar na vanguarda do setor, mas com a continuidade da censura na internet.

Os avanços rápidos da IA generativa provocaram alarmes em todo o mundo sobre o potencial desta tecnologia para ser utilizada em campanhas de desinformação e outros crimes, como, por exemplo, a criação de conteúdos considerados como "deepfake", que podem mostrar uma pessoa pronunciando uma declaração que ela nunca fez.

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As empresas chinesas entraram na corrida para desenvolver serviços que imitem o diálogo humano desde que a empresa OpenAI, com sede em San Francisco (EUA), lançou a interface generativa ChatGPT, que está proibida no país asiático.

Os analistas afirmam que a nova regulamentação, baseada em 24 diretrizes, é mais flexível que o rascunho do projeto apresentado há alguns meses porque Pequim pretende estimular a criação de empresas locais nesta indústria, dominada pelos Estados Unidos.

A seguir os principais pontos da regulamentação da China, voltados para os serviços ao público em geral:

- Uma ética para a IA -

A IA generativa "tem que aderir aos valores fundamentais do socialismo" e evitar ser uma ameaça para a segurança nacional. Não pode promover o "terrorismo", a violência ou o "ódio étnico", segundo as diretrizes.

Os provedores de serviço devem informar quais conteúdos são gerados por IA e adotar medidas para impedir discriminação de gênero, idade ou raça ao criar os algoritmos.

Todos os programas de IA devem ser treinados para obter seus dados de fontes sem infringir a propriedade intelectual de terceiros. As pessoas devem dar o consentimento para que suas informações sejam utilizadas para configurar esta tecnologia.

- Medidas de segurança -

As empresas que desenvolvem softwares voltados para o grande público "devem adotar medidas efetivas para prevenir que menores de idade se tornem excessivamente dependentes ou viciados nos serviços de IA", afirma a norma.

Também devem ser adotados mecanismos para denunciar o conteúdo inapropriado e apagar o conteúdo ilegal.

- Aplicação -

A regulamentação é, tecnicamente, um conjunto de "medidas adicionais" que estão submetidas às leis chinesas já existentes.

"Desde o início, e de uma maneira um pouco diferente da União Europeia (UE), a China adotou uma abordagem mais vertical ou mais restrita no momento de criar a legislação pertinente, com foco em temas específicos", afirmou o escritório de advocacia internacional Taylor Wessing.

No rascunho eram contempladas multas de até 100.000 yuanes (13.824 dólares, 68.800 reais) em caso de infração, mas a regulamentação que entrou em vigor determina uma advertência ou suspensão para quem não cumprir as normas. E multas elevadas serão aplicadas apenas em caso de violação das leis.

- Apoio à inovação -

Jeremy Daum, pesquisador do Centro para China Paul Tsai da Faculdade de Direito de Yale, destacou que uma versão preliminar do projeto pretendia, em parte, manter o controle rígido da censura de conteúdo online. Mas, desde então, várias restrições à IA generativa que eram citadas em versões anteriores foram atenuadas.

O governo reduziu o alcance das regras para que sejam aplicadas apenas aos programas que estão disponíveis para a população em geral, excluindo o uso para pesquisa.

"Esta mudança pode ser interpretada como um indicador de que Pequim apoia a ideia de uma corrida pela IA, na qual deve permanecer competitivo", afirmou Daum.

O Banco do Brasil lançou uma nova versão de seu aplicativo e uma plataforma de investimentos para seus clientes, que inclui análise e educação financeira através do portal InvesTalk. O pacote de novidades inclui assistente de investimentos pelo Whatsapp que conta com o uso de Inteligência Artificial (IA).

De acordo como banco, a nova plataforma possibilitará ao investidor consultar todos seus investimentos, rentabilidades, com acesso aos gerentes e especialistas em caso de dúvidas.

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A plataforma está apta a operar na nova fase de Open Finance, chamada de 4B ou Open Investment.

Segundo o banco, as soluções buscam facilitar o acesso do investidor à informação em todos os aspectos. "As novas soluções chegam para democratizar, ainda mais, o acesso a uma assessoria de investimentos confiável, transparente e de qualidade", afirmou Carla Nesi, vice-presidente de Negócios de Varejo do BB.

No aplicativo Investimentos BB, as mudanças passam por melhorias de interatividade, layout e funcionalidade que já vêm acontecendo nos últimos meses, afirma o banco. Com a aderência à nova fase do Open Finance, as instituições financeiras podem consultar dados de poupança do cliente em outros bancos e, a partir de outubro, deverá permitir a consulta interna de outros produtos de investimento.

"Com essa novidade, hoje o cliente que acessa o novo app Investimentos tem a opção de visualizar em um único lugar o saldo de todos os seus investimentos registrados na B3, de forma totalmente gratuita", afirma Nesi.

Inteligência artificial

O BB aposta, como uma das principais novidades, no uso da inteligência artificial (IA) na plataforma Assistente BB no WhatsApp.

Segundo o banco, por meio da análise do perfil do investidor, objetivos do cliente e do extrato de suas aplicações, a funcionalidade terá a capacidade de recomendar produtos que condizem com o momento de vida de cada pessoa, além de enviar lembretes como o vencimento de títulos de renda fixa e outros acontecimentos relevantes na carteira.

Segundo Carla Nesi, o primeiro passo foi rever as diversas jornadas de investimento dentro do Assistente BB no WhatsApp. "Agora, principalmente com o uso de IA e Machine Learning (aprendizado de máquina), estamos avançando na direção de uma assessoria cada vez mais hiperpersonalizada para os clientes", afirma.

A vice-presidente do BB acrescenta que o uso da tecnologia não irá substituir o atendimento humano, mas complementá-lo de acordo com a necessidade e perfil do cliente. "Por mais que as soluções digitais venham para democratizar o acesso a assessoria e facilitar o dia a dia, sabemos que algumas vezes o humano é imprescindível. Por isso, os clientes têm acesso ao seu gerente ou a um especialista em investimentos também pelo WhatsApp ou pelo aplicativo Investimentos BB", explica.

Informação

Um dos pilares da nova plataforma de investimentos do BB é o InvesTalk, um hub de conteúdo que busca apoiar quem quer começar a investir mas acha que é complicado, ou para quem já entende de assunto e busca informações transparentes e confiáveis.

O portal mescla as análises de mercado, economia e conteúdos de educação financeira produzidos pelos especialistas do BB, com notícias e exclusivas fruto de parceria com o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado..

"Mais que um portal de informação, o InvesTalk é um portal de formação, e busca refletir o posicionamento do Banco do Brasil de que todo mundo pode ser investidor", explica Carla Nesi.

O governo dos Estados Unidos determinou que suas empresas não poderão investir livremente no exterior em tecnologias avançadas, como Inteligência Artificial (IA) e computação quântica, se envolverem "países problemáticos", e citou a China, anunciou o Departamento do Tesouro na quarta-feira (9).

A decisão, decorrente de uma ordem executiva do presidente Joe Biden, busca "defender a segurança nacional americana protegendo tecnologias críticas para a próxima geração de inovações militares", disse o Tesouro em comunicado.

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As novas regras exigem que empresas e indivíduos americanos notifiquem o governo sobre certos tipos de transações e proíbem outras caso envolvam "entidades relacionadas às tecnologias avançadas identificadas na ordem executiva".

"A China está empenhada em adquirir e produzir tecnologias-chave que podem ajudar a modernizar seu exército, e esta ordem executiva é projetada especificamente para limitar o investimento dos EUA em empresas envolvidas neste esforço", explicou um funcionário do governo Biden em conferência por telefone.

Washington teme que a China se beneficie dos investimentos dos EUA, não apenas na transferência de tecnologia, mas também por meio de benefícios intangíveis, como o apoio na criação de linhas de produção, compartilhamento de conhecimento e acesso a mercados.

O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou que apresentou um protesto "solene" aos Estados Unidos sobre essa medida.

"A China está extremamente descontente e se opõe fortemente à insistência dos Estados Unidos em introduzir restrições aos investimentos na China", disse um porta-voz em comunicado.

A ordem executiva de Biden "desvia-se seriamente dos princípios de uma economia de mercado e concorrência justa, prejudica a ordem do comércio internacional e perturba seriamente a segurança da indústria e das cadeias de abastecimento globais", acrescentou um porta-voz do Ministério do Comércio chinês.

- Um passo adiante -

A decisão do governo Biden não abrangeria determinados tipos de transações, sejam elas empresas da bolsa ou filiais de empresas americanas.

"É um grande passo adiante", disse à AFP Nicholas Lardy, pesquisador do Instituto Peterson. "Não se trata mais apenas de restringir as exportações, mas agora também de capitais, algo que nunca havia acontecido antes", acrescentou.

Mas se os Estados Unidos tentarem "cortar o financiamento dos fundos de capital de risco ou de capital privado" por conta própria, o efeito pode ser limitado, disse Lardy.

"É possível que, mesmo não sendo diretamente afetadas pelas proibições, algumas empresas pensem duas vezes sobre o tipo de investimentos que poderiam fazer, o que poderia reduzir as transações bilaterais no longo prazo", explicou Emily Benson, diretora de Projetos Comerciais e Tecnológicos do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).

Esta nova decisão é mais um passo nas tentativas dos Estados Unidos de impedir que a China reduza a brecha tecnológica existente entre as duas superpotências.

Em outubro, Washington anunciou que iria apertar os controles sobre as exportações para a China de semicondutores de ponta "usados em aplicações militares".

Temendo novas restrições à exportação, gigantes da tecnologia chinesa, incluindo Baidu, ByteDance, Tencent e Alibaba, correram para comprar os chips necessários para novos sistemas de IA generativos da empresa americana Nvidia, de acordo com o Financial Times.

Os semicondutores ultrassofisticados da Nvidia estão em alta demanda desde que o lançamento do ChatGPT deu início a uma corrida feroz pela IA generativa de conteúdo.

Com o avanço das discussões sobre Inteligência Artificial (IA) e as novas ferramentas digitais, o ChatGPT tem perdido espaço nessas discussões. Entretanto, a pesquisa “A Inteligência Artificial e a Relação entre Pessoas e Marcas” aponta que 1.722 consumidores brasileiros tornaram a ferramenta parte do dia a dia – sendo 95% dos entrevistados que utilizam ao menos uma vez por semana. 

A Ecglobal realizou o estudo para validar as evidências de uso do ChatGPT por parte dos brasileiros. Ao olhar para as possibilidades relacionadas à IA e os pontos de conexão entre marcas e consumidores, a empresa buscou validar a forma dos usuários brasileiros que estão usando os recursos e como eles influenciam para a decisão de compra, incluindo percepções sobre IA e uso de outras ferramentas digitais, com insights direcionados para as marcas que se preocupam em acompanhar os novos comportamentos do consumidor. 

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De acordo com dados da Semrush, o Brasil é o 5º colocado no ranking de países que mais acessam a ferramenta, que contabilizou 863 milhões de acessos globalmente também em janeiro deste ano. 

Na fase quantitativa da pesquisa, foi constatado que 65% das pessoas já conheciam o ChatGPT e 30% destes conhecedores já usaram no mínimo uma vez. Dentre os respondentes, 42% pertencem à geração Y e 39% à geração X.

Entre as pessoas que declararam usar a ferramenta fornecida pela OpenAI, 15% relataram utilizá-la diariamente, enquanto 51% utilizam de duas a cinco vezes na semana e, 29% pelo menos uma vez por semana. Quanto às atividades de rotina constatou-se que 58% dos usuários acessam para atividades relacionadas ao trabalho, já 56% afirmaram usar para estudos e 47% para atividades de lazer e entretenimento. 

Durante a parte qualitativa do estudo, a empresa aprofundou a discussão para entender como as pessoas têm se apoiado na ferramenta para tomar decisões de compra, explorando as possibilidades de aplicação destas novas tecnologias de IA para as marcas que buscam aprimorar os recursos oferecidos ao consumidor da era digital. 

As declarações de 63 participantes da fase exploratória foram analisadas usando algoritmos de Processamento de Linguagem Natural (NLP), uma plataforma privada da Ecglobal, que desde janeiro deste ano já vem aplicando IA Generativa para aumentar a velocidade e inteligência fornecida aos times de Consumer & Market Insights, em colaboração com o centro de excelência em IA do Grupo Stefanini, e hoje, já apresenta 95% de precisão no uso da sua IA Generativa. 

Resultados 

Foi detectado que, apesar do conhecimento crescente sobre a ferramenta, ainda existe desconforto com relação à autenticidade das informações fornecidas pelo ChatGPT para a tomada de decisão de compra. No entanto, a ferramenta já exerce forte influência nas etapas iniciais da jornada do consumidor brasileiro, apoiando o momento em que decidem buscar informações sobre produtos, serviços e marcas, com informações relevantes que influenciam a decisão final de compra.

A inteligência artificial é encarada como um problema para o mercado de produções artísticas em todo o mundo. No Brasil, o lançamento de Alice no País das Maravilhas, pela editora Novo Século, deixou os leitores insatisfeitos por ser ilustrada com IA. 

O clássico da menina que conhece um mundo fantástico depois de perseguir um coelho foi anunciado pela Novo Século como uma "edição de luxo", prevista para chegar às prateleiras por R$ 59,90, a partir do dia 7 deste mês. As ilustrações abusam das cores e chamaram atenção dos interessados em adquirir a publicação, que desconfiaram do uso de IA. 

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Dois dias após a pressão nas redes sociais, a editora admitiu que as imagens do livro foram produzidas por um computador. No modelo, um software é ensinado a produzir as ilustrações após ser alimentado com os trabalhos de diversos artistas e entrega uma combinação dos padrões desses artistas. 

Em seu perfil no Instagram, a editora justifica a própria obra 'disruptiva' de Lewis Carroll para utilizar IA e cita as mudanças da arte. A postagem foi rebatida com críticas nos comentários, mas, como ainda não há regulamentação sobre o tema, a editora não tem obrigação legal de indicar quando usa materiais criados por inteligência artificial. 

Criada por um software de inteligência artificial (IA) e com o nome de Milla Sofia, uma influenciadora está confundindo os usuários nas redes sociais nos últimos dias. Apesar de ter mais de 150 mil seguidores no Instagram e no TikTok, ela costuma postar foto de biquíni e em viagens, assim como uma influenciadora normal. Mas Sofia não existe, por mais pareça real.

Ainda não é possível identificar qual software foi usado para a criação e quem administra o perfil da influenciadora, mas o próprio Instagram de Sofia (@millasofiafin) avisa que ela é uma “menina robô” da Finlândia.

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Já em seu site oficial, é descrita como uma “influencer virtual e modelo” que tem o objetivo de revolucionar o mundo fashion. Nas últimas fotos em seu perfil, alguns usuários elogiaram a beleza da influenciadora.

Além disso, os pesquisadores também estão levando em consideração os comentários nas fotos da modelo, pois não é possível dizer se seus próprios seguidores sabem que ela não é real.  

A primeira publicação de Sofia na rede social foi em novembro de 2022 e uma das primeiras fotos tem um erro perceptível. Na imagem, a modelo está de costas para a parede e uma mão aparece abraçando sua cintura, como se alguém estivesse ao seu lado. A partir deste ano, seu conteúdo não mudou dentro dos padrões das postagens, mas a qualidade das imagens, sim – ficou melhor. Programas de IA que criam fotos, incluindo aplicativos como Remini, DALL-E 2, Mid Journey e Chatsonic não conseguem gerar imagem realista de uma mão por conta da dificuldade – o que pode servir como alerta para identificar fotos criadas por IA.

Google, Microsoft, Anthropic e OpenAI, quatro das empresas americanas que lideram o cenário da Inteligência Artificial (IA) de última geração, anunciaram nesta quarta-feira (26) a criação de um novo órgão profissional para combater os riscos associados a esta tecnologia.

O "Frontier Model Forum" terá a responsabilidade de promover o "desenvolvimento responsável" dos modelos de IA mais sofisticados e "minimizar os potenciais riscos", de acordo com um comunicado à imprensa.

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Assim, os membros se comprometem a compartilhar boas práticas entre si e com legisladores, pesquisadores e associações, para que esses sistemas sejam menos perigosos.

A rápida implantação da IA generativa, por meio de plataformas como ChatGPT (OpenAI), Bing (Microsoft) ou Bard (Google), está gerando preocupação entre autoridades e a sociedade civil.

A União Europeia (UE) está finalizando um projeto de regulação desta tecnologia que deve impor obrigações às empresas do setor, como transparência com os usuários ou controle humano sobre as máquinas.

Já nos Estados Unidos, as tensões políticas com o Congresso impedem qualquer esforço neste campo.

Esta é uma das razões pelas quais a Casa Branca pede que as partes interessadas garantam a segurança de seus produtos, em nome de seu "dever moral", afirmou a vice-presidente americana, Kamala Harris, no início de maio.

Na semana passada, o governo de Joe Biden garantiu os "compromissos" da Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI para defender "três princípios" no desenvolvimento de IA: segurança, proteção e confiança.

Supõe-se que estas empresas devem testar seus programas antecipadamente, combater ataques cibernéticos e fraudes e encontrar maneiras de sinalizar que o conteúdo foi gerado por IA, para que seja claramente autenticado como tal.

Os dirigentes destas companhias também não negam os riscos.

Em junho, Sam Altman, diretor da OpenAI, e Demis Hassabis, presidente da DeepMind (Google), exortaram a luta contra "os riscos de extinção" da humanidade "ligada à IA".

Durante uma audiência no Congresso, Altman endossou a ideia cada vez mais popular de criar uma agência internacional encarregada da regulação da inteligência artificial, como as que existem em outros campos.

Enquanto isso, a OpenAI está trabalhando em uma IA chamada "geral", com habilidades cognitivas semelhantes às dos humanos.

Em uma publicação de 6 de julho, a empresa abordou que tem como foco os "modelos de fronteira" da IA, "modelos fundamentais altamente sofisticados que poderiam adquirir capacidades perigosas suficientes para oferecer sérios riscos à segurança pública".

A gigante americana ainda alerta que esses recursos perigosos podem "surgir inesperadamente" e que "é realmente difícil impedir que um modelo implantado seja mal utilizado".

Com a ideia de "preencher uma lacuna" devida à falta de imagens, mas sem qualquer pretensão científica, o designer gráfico Santiago Barros usa inteligência artificial para promover e impulsionar a busca por bebês roubados durante a ditadura argentina, com base em fotos de seus pais desaparecidos.

"O que você pede ao aplicativo é para imaginar. Para mim, é mais imaginação artificial do que inteligência artificial", explicou à AFP enquanto mostrava como o aplicativo Mid Journey recria possíveis rostos.

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Com um parente desaparecido, este homem tatuado e de cabelos compridos nascido em 1976, ano do golpe, sempre se sentiu desafiado pela luta das 'Abuelas da Plaza de Mayo' (Avós da Praça de Maio), organização de direitos humanos que conseguiu identificar 132 pessoas sequestradas quando bebês e ainda está à procura de outros 300 "netos".

"Achei que poderia preencher uma lacuna relacionada à imagem, imaginar como aquela pessoa estaria hoje. Ficou no imaginário que os netos são crianças ou bebês porque foram sequestrados quando eram bebês, mas agora são pessoas da minha idade", entre 40 e 47 anos, diz Barros.

"Faltava uma representação gráfica de como seriam aquelas pessoas, pelo menos no inconsciente coletivo, independentemente da precisão do resultado", explica. Publicitário e diretor de arte, as ferramentas tecnológicas fazem parte do cotidiano de Barros.

Há um mês, ele começou a usar a inteligência artificial nesta iniciativa, que consiste em inserir no aplicativo fotos em preto e branco dos pais desaparecidos, retiradas do portal da organização Abuelas.

A partir dessas imagens, o aplicativo cria quatro rostos possíveis. Barros escolhe um deles e publica no perfil IAbuelas que criou no Instagram para dar visibilidade ao tema. Em um mês, somou mais de 6.300 seguidores.

Até agora, já publicou cerca de 40 identidades imaginárias correspondentes aos sequestrados em 1976 e já começou a trabalhar nos de 1977. A ditadura durou até 1983.

"A ideia é ajudar na divulgação. Me pareceu que usar a inteligência artificial aproximaria os mais novos, jovens de vinte anos, com uma linguagem que eles possam interpretar", entusiasma-se.

- Abuelas, campeãs do mundo -

Ele esclarece que os resultados do aplicativo “são aleatórios, não são 100% confiáveis ou definitivos”. Quando recebe uma mensagem de alguém com dúvidas sobre a sua identidade, encaminha imediatamente à organização humanitária, criada em 1977.

Em relação ao alcance da Inteligência Artificial, considera que "provavelmente poderá ser utilizada para reconhecer pessoas um dia", mas "deve ficar sempre claro que a única ferramenta infalível é o DNA, e, nisso, as Abuelas são as campeãs do mundo".

O designer gráfico ficou impressionado com o fato de que seus seguidores "compartilharem stories (da conta) e adicionarem seu próprios textos como por exemplo: 'pela primeira vez a inteligência artificial é usada com um bom propósito'. Apesar das incertezas e medos suscitados pela IA, sempre a vi como uma ferramenta".

O presidente Joe Biden abordou nesta sexta-feira (21) os benefícios da inteligência artificial (IA) e também seus "enormes" riscos durante uma reunião na Casa Branca com os líderes das gigantes tecnológicas, que se comprometeram a garantir proteção contra ciberataques, fraudes e desinformação.

"É incrível", disse Biden, destacando "a enorme promessa da IA, tanto em riscos para nossa sociedade, nossa economia e nossa segurança nacional, quanto em incríveis oportunidades".

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Junto com os principais representantes da Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, Biden afirmou que essas empresas se comprometeram a "liderar a inovação responsável" à medida que a inteligência artificial se torna cada vez mais presente na vida das pessoas e das empresas.

"Veremos mais mudanças tecnológicas nos próximos 10 anos ou até mesmo nos próximos poucos anos do que vimos nos últimos 50 anos. Para mim, tem sido uma revelação surpreendente", declarou. "O grupo aqui presente será fundamental para orientar essa inovação com responsabilidade e segurança".

Antes da reunião, as sete gigantes se comprometeram a implementar uma série de garantias que, segundo a Casa Branca, "enfatizarão três princípios que devem ser fundamentais para o futuro da IA: proteção, segurança e confiança".

Atualmente, a IA já aprende a realizar muitas das tarefas realizadas por pessoas, mas também apresenta riscos.

Por isso, as empresas concordaram em desenvolver "mecanismos técnicos sólidos", como sistemas de marcas d'água, para que os usuários saibam quando o conteúdo foi gerado por IA e não por pessoas.

À medida que as eleições presidenciais de 2024 se aproximam nos Estados Unidos, aumenta a preocupação de que imagens ou sons criados por inteligência artificial possam ser usados para fraudar ou desinformar.

O comitê de campanha a Ron DeSantis, principal adversário de Donald Trump na disputa pela indicação do Partido Republicano, usou em um anúncio publicitário uma voz falsa do ex-presidente gerada por IA.

Os consumidores precisam "saber se o conteúdo está sendo gerado por IA ou não", afirmou um funcionário da Casa Branca.

- "Enormes vantagens" -

A iniciativa da Casa Branca é uma primeira tentativa de lidar com o crescente problema de como regular um setor que se desenvolve mais rápido do que o Congresso pode gerenciar.

Entre as promessas das sete empresas está a realização de "testes de segurança internos e externos" dos sistemas de IA antes do lançamento para detectar ameaças à biosegurança, cibersegurança e "efeitos sociais mais amplos".

Biden também planeja uma ordem executiva (com poderes limitados, mas que não requer aprovação do Congresso) sobre a segurança da IA.

Em declarações à plataforma Axios, o chefe de gabinete da Casa Branca, Keff Zients, afirmou que "uma legislação será necessária".

A Casa Branca afirma estar trabalhando com aliados estrangeiros em busca de "um sólido quadro internacional que regule o desenvolvimento e o uso da IA" em todo o mundo.

O tema foi debatido durante a reunião do G7 no Japão em maio passado, e o Reino Unido se prepara para sediar uma cúpula internacional sobre IA.

Biden considera que governos e sociedades devem reagir melhor à IA do que às plataformas sociais, cuja ascensão provocou preocupações generalizadas sobre os efeitos na saúde mental e na desinformação.

"As redes sociais nos mostraram o dano que uma tecnologia poderosa pode causar sem as devidas garantias", disse Biden. "Devemos ser lúcidos e estar atentos às ameaças da tecnologia emergente para nossa democracia e nossos valores", afirmou. Mas a IA também tem um "enorme potencial positivo".

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