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Após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso classificar o movimento pelo impeachment da petista Dilma Rousseff como precipitado, o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), afirmou nesta quarta-feira, 22, que não há divergências sobre o assunto dentro da legenda e que qualquer decisão que for tomada será consenso entre os tucanos.

"O que quero afirmar de maneira muito clara é que o PSDB estará unido no momento em que definir qual é a ação cabível. E mais do que isso, estará unido aos partidos de oposição. Não iremos nos omitir. Tampouco vamos nos precipitar", disse Aécio.

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O tucano se reuniu na tarde desta quarta com o jurista Miguel Reale Júnior para conversar sobre o andamento do parecer encomendado pelo partido sobre o impeachment da presidente. Uma das teses estudadas pelo jurista é se Dilma cometeu crime de responsabilidade por conta das manobras fiscais colocadas em prática pelo governo para fechar as contas no ano passado, as chamadas "pedaladas" fiscais verificadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo Aécio, o ex-ministro da Justiça ainda não concluiu as análises que está fazendo e o partido não estipulou um prazo para que isso aconteça. "Estamos absolutamente serenos em relação a essa questão. Nós vamos fazer o papel que cabe à oposição, de investigar as denúncias, e a partir daí vamos decidir que papel empreender", afirmou.

No último domingo, FHC criticou a iniciativa dos partidos de oposição de avançarem juntos num movimento pelo impeachment de Dilma. O tucano afirmou que não via sentido nessa articulação, pois era preciso esperar por provas concretas de irregularidades cometidas pela petista. Nesta quarta, o ex-presidente, durante um evento no Rio, também minimizou as divergências existentes dentro do PSDB, dizendo que o que há são apenas opiniões distintas.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que tem se manifestado contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na conjuntura atual, disse nesta quarta-feira, 22, que "não há divergências internas" no PSDB sobre o tema, apenas opiniões distintas, e que os líderes do partido "estão no papel deles de expressar o sentimento da sociedade".

Governo coloca em prática estratégia para tentar abafar tese do impeachment

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"A liderança política do PSDB tem de atuar de outra maneira, mais próxima do clamor das ruas", afirmou FHC, em evento no Rio. FHC afirmou ainda que o impeachment não pode ser apenas um "objeto de desejo", mas sim um processo. "Não é um passo simples, porque tem de pensar no depois", defendeu o tucano.

O ex-presidente insistiu no aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato, o que deve ser uma "reivindicação democrática real" para apurar as responsabilidades. "A questão central é levar adiante Operação Lava Jato para ver se existe punibilidade de algum poderoso no Congresso ou no Executivo", afirmou Fernando Henrique. "Uma questão dessa magnitude não é partidária, não é do PSDB, é questão nacional", afirmou.

Para o ex-presidente, além de ir a fundo nas investigações, é necessário verificar se há condições jurídicas e "clima" para um impeachment e ouvir juristas sobre as implicações, caso seja comprovado o crime de responsabilidade de políticos. "Não adianta colocar o carro na frente dos bois", disse.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, discordou, neste domingo (19), da afirmação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que é precipitado falar em impeachment da presidente Dilma Rousseff porque não se pode falar sobre o tema apenas com base em teses. Invocando o escritor Ariano Suassuna que dizia que não se fala de amigos pelas costas, Cunha Lima disse que não poderia ser diferente e, no segundo painel de debates do 14º Fórum de Comandatuba, frisou que discordava do presidente de honra do seu partido, na ausência dele. FHC saiu antes do final dos debates para uma viagem ao Rio.

"Vou discordar do presidente FHC e já que estamos na Bahia, apimentar o debate do impeachment." Cunha Lima disse que, no seu entender, a presidente Dilma Rousseff descumpriu também o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

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Segundo o senador tucano, ao contrário do que disse FHC, "cuja matéria está repercutindo na imprensa nesta tarde de domingo", Dilma incorreu em crimes de responsabilidade. E citou como exemplo o artigo 11 da lei de improbidade e os artigos 4 e 10 da lei que trata os crimes de responsabilidade. "Falo pela bancada que lidero no Senado, que o PSDB está fundamentando o pedido para o impeachment de Dilma."

Cunha Lima discordou também do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que estava presente ao evento do Lide em Comandatuba, e disse que a "pedalada fiscal" detectada pelo Tribunal de Contas da União nas contas do governo federal de 2014 é outra fundamentação para a entrada de pedido de impeachment da petista.

Para o senador tucano, a pedalada fiscal do governo Dilma foi no mandato anterior e isso pode contaminar a atual gestão. Cunha Lima lembrou que muitos prefeitos já foram afastados por atos do gênero realizados em mandatos anteriores e frisou: "Não faltará coragem à oposição do Brasil para construir um País melhor."

Em resposta ao senador, o presidente da Câmara voltou a falar em cautela e ponderação com relação ao tema. Assim como disse o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, Cunha disse que não se pode discutir apenas com base em tese. "Impedimento da presidente da República é coisa séria e aconteceu uma vez com motivações diferentes das de hoje. Em tese não posso discutir."

Como chefe de poder (que pode decidir sobre a abertura de um processo do gênero) que vai analisar, tenho que ver o que diz a Constituição e vamos analisar a matéria com todo respeito", disse Cunha.

O PSDB reagiu à declaração feita ontem pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sinalizando que rejeitará um eventual pedido de impeachment dos partidos de oposição com base nas "pedaladas fiscais", utilização de recursos de bancos públicos para inflar artificialmente os resultados fiscais e melhorar as contas da União. Os tucanos garantem que, se o pedido de impedimento for arquivado, recorrerão ao plenário da Casa. "Se houver um pedido de impeachment pelas irregularidades no Tribunal de Contas da União e o presidente da Câmara confirmar a posição monocrática de arquivá-lo, nós recorreremos ao plenário. Isso é legal, regimental e há precedentes", disse ao Estado o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da minoria na Câmara.

Os tucanos devem receber na quarta-feira uma série de pareceres jurídicos que podem fundamentar um pedido de impeachment dos partidos de oposição ao Palácio do Planalto. "Essa interpretação (do Eduardo Cunha) não faz bem ao exercício da vida pública. Ela diz que o presidente pode fazer o que quiser se puder tomar posse em um segundo mandato, porque teria imunidade", diz o parlamentar.

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O tucano explica, ainda, que existem precedentes para essa decisão nos pedidos de impeachment assinados pelo PT contra Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1999. "Na época, houve indeferimento do então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Mas isso foi passível de recurso e levado ao plenário para apreciação. O plenário confirmou a decisão dele", pontua o tucano.

O rito do impeachment, segundo o líder da minoria, começa com o acolhimento do pedido na Câmara. Em seguida, é criada uma comissão. O parecer final é votado em plenário com quórum qualificado. Se aprovado, a presidente é afastada até que o Senado, presidido excepcionalmente pelo STF, proceda a decisão final.

Com uma campanha ferrenha pela saída da presidente Dilma Rousseff (PT) do poder, o presidente nacional do Solidariedade e deputado federal, Paulinho Pereira (SDD-SP), emitiu nota neste sábado (18) afrontando a resposta do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Ironizando o posicionamento do representante do Governo Federal, o parlamentar disse que o ministro “tem toda a razão quando afirma que o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff é um ato de desespero da oposição”.

Para Paulinho, conforme pesquisas revelam o desejo da população em relação a saída da presidente, a oposição detém do mesmo pensamento. “Assim como quase 60% da população brasileira é a favor do impeachment, segundo pesquisas recentes, a oposição também está desesperada para tirar do poder um bando de sangue sugas que está destruindo o país”, disparou.

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De acordo com o Solidariedade, o desespero cresce na mesma proporção que aumenta a inflação e o desemprego. “A cada dia fica mais claro que ela mentiu e executou manobras fiscais para vencer as eleições. Mal assumiu, subiu os juros e reduziu benefícios como o seguro desemprego, o abono do PIS/Pasep e a pensão por morte. Por isso é preciso tirar Dilma e o PT do poder antes que o Brasil vá definitivamente para o buraco”, expôs o deputado em nota oficial.

 

 

O presidente do PT, Rui Falcão, disse em coletiva de imprensa ver com preocupação o "mélange", a mistura, entre o a Justiça Federal e o Ministério Público nas investigações da Operação Lava Jato. Ele disse ainda que "forças conservadoras" estão tentando ensaiar pedidos de impeachment da presidente por meio da avaliação parcial de indícios de irregularidades.

"Quando ele (juiz Sérgio Moro) diz 'minha equipe' ele está se referindo aos procuradores que estão lá em Curitiba. Tem até uma briga, que eu vi pelos jornais, da Polícia Federal com o Ministério Público para saber quem conduz a investigação. Tem uma mélange que nos deixa em dúvida sobre o resultado (dessas investigações)", disse o dirigente.

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"Está se formando dentro do estado democrático de direito um verdadeiro estado de exceção", disse ao repetir a argumentação petista de que até o momento as informações da Lava Jato vem de "criminosos", em relação aos delatores, e argumentando que atualmente a confissão "não é mais a rainha das provas".

Falcão afirmou que as doações empresariais investigadas no âmbito da Lava Jato foram feitas nos mesmos moldes a outros partidos além do PT. "Não somos nós que estamos dizendo, são os números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)." Questionado então sobre o motivo de tal seletividade, o presidente do PT afirmou que "há uma onda conservadora em curso, destinada a cercar a presidenta Dilma e destinada a ensaiar o impeachment".

Vaccari

Ainda quando falava do ex-tesoureiro João Vaccari Neto, Falcão fez questão de reforçar que a o partido também viu seletividade no tratamento das informações que justificaram a prisão dele. E repetiu também que os dirigentes do partido não viram qualquer razão que justificasse a prisão do ex-tesoureiro.

Perguntado se Vaccari pode voltar à tesouraria, Falcão disse que o tema não foi discutido na reunião do diretório mas que não haveria um impedimento estatutário para isso. "Isso não está em pauta, mas se ele desejar não há impedimento partidário para ele reassumir suas funções."

Pedaladas

 

Falcão chamou de "mais um fato midiático, sem consequências" a investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as chamadas "pedaladas fiscais" do governo.

Falcão disse que viu na imprensa que houve resposta do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e afirmou que "pedaladas já ocorreram em vários momentos no Brasil". O presidente petista cobrou que Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF) investiguem as "pedaladas" do passado, sem especificar quando elas aconteceram.

Na contramão dos partidos de oposição, o diretório nacional do PSB se reuniu em Brasília e decidiu que não apoiará eventual pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Apesar dessa posição, a sigla diz que escutará "as vozes das ruas".

"O PSB neste momento está muito envolvido no sentido de construir com a sociedade e as forças políticas a retomada do crescimento. É importante ter uma agenda de desenvolvimento para o País, que volte a distribuir renda e melhore a qualidade de vida da população", disse hoje o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), após solenidade alusiva aos 55 anos de Brasília, realizada nesta tarde no plenário da Câmara dos Deputados.

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A sigla reiterou sua posição de independência em relação ao Palácio do Planalto, ou seja, se coloca fora da base governista mas também não integra formalmente o bloco de oposição. "Não se trata, portanto, de uma definição contra ou a favor do governo, mas de um alinhamento intransigente às causas populares e aos interesses de nosso País", disse o presidente do partido, Carlos Siqueira, em carta lida na abertura da reunião.

O diretório nacional também fechou posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a redução da maioridade penal e ao projeto regulamentando o trabalho terceirizado no País.

O ex-ministro da Secretaria-geral da Presidência da República Gilberto Carvalho (PT) disse na noite desta quinta-feira, 16, que o senador Aécio Neves e o PSDB fazem demagogia ao se aproximarem dos movimentos que protestam contra o governo Dilma Rousseff. Ele afirmou ainda que Aécio "não tem moral" para pedir o impeachment da presidente.

"O PSDB está correndo atrás do apoio das massas. Isso é demagogia. É tentar fazer agora uma sintonia com as ruas que eles não tiveram e agora oportunisticamente tentam ter. Ele (Aécio) devia pensar no que ele fez em Minas Gerais e a maneira como o Fernando (Pimentel, governador pelo PT) encontrou Minas Gerais, aquele desgoverno absurdo", disse Carvalho. "Ele (Aécio) não tem moral nenhuma para falar isso, ele tem que aceitar a derrota que ele sofreu - ele foi um honroso candidato, tudo bem - mas não posso levar a sério, sinceramente acho que isso é uma apelação que não merece consideração", completou.

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O PSDB, liderado por Aécio Neves, junto a outros partidos de oposição, estuda fatos para respaldar um eventual pedido de afastamento de Dilma. Entre esses fatos estão a responsabilidade da presidente por crimes fiscais em função das chamadas "pedaladas" - que foram aportes de bancos públicos para fechar as contas da União; o uso irregular dos Correios nas eleições; e a acusação de que a Controladoria-Geral da União (CGU) segurou informações sobre irregularidades na Petrobras para serem apuradas apenas após o pleito do ano passado.

Vaccari

Carvalho, que é próximo do ex-presidente Lula, evitou classificar como política a prisão do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, em meio às investigações da operação Lava Jato. Ele, contudo, disse haver uma "hipocrisia" em se apurar irregularidades apenas nas doações destinadas ao PT. "Os (recursos) dos outros foram de rifa, foram de festa de igreja sei lá", comentou. "Não vou fazer juízo de valor sobre qual a intenção (da prisão), se foi política ou não. Mas acho que então todos os tesoureiros de partido deveriam ser chamados", argumentou.

O ex-ministro também criticou os companheiros de partido que pediram o afastamento de Vaccari ao longo das últimas semanas. Carvalho não citou nomes, mas um dos que defendeu abertamente o afastamento do tesoureiro foi o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro. "Não acho que a gente tem que ficar sacrificando companheiros e sou contra aqueles que pediram a saída do Vaccari, porque muitos dos que pediram foram beneficiados em suas campanhas pelo dinheiro que ele arrecadou legitimamente. Como agora você pratica uma brutal falta de solidariedade e de injustiça?"

Carvalho admitiu que o partido cometeu erros, mas defendeu que houve muitos acertos nos 12 anos de gestão petista no governo federal. Ele defendeu que o processo atual de denúncias ajudará o partido a se "purificar" e seguir em frente.

Financiamento de campanha

Carvalho defende a tese que é majoritária no PT de que o problema está no sistema de financiamento empresarial das campanhas. Mas comentou que há uma contradição, pois não sabe se Lula teria conseguido se eleger em 2002 e ter promovido um governo de inclusão social, não fosse o financiamento privado de sua campanha.

"Se em 2002, nós não tivéssemos arranjado muito dinheiro para pagar o Duda Mendonça, que era muito caro, nós teríamos chegado ao governo? Talvez não e perderíamos a oportunidade de ter feito o que nós fizemos", ponderou. Carvalho concluiu então que a solução só ocorrerá quando todos os partidos forem proibidos de receber doações de empresas e o sistema for alterado. Carvalho também reclamou do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, por não devolver ao plenário da Corte a ação sobre financiamento empresarial para que o STF possa concluir o julgamento.

Depois da prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (15), a oposição reforçou a articulação pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Para os parlamentares, ficou evidente que os recursos desviados de grandes contratos da Petrobras foram usados na campanha eleitoral presidencial.

Eu já demonstrei que há elementos suficientes para a abertura do processo. Com as novas informações vindas do Ministério Público, fica inevitável isso. O que precisa agora é elaborar uma peça jurídica respeitável, para que o Congresso análise esse pedido", declarou o líder da minoria na Câmara dos Deputados, Bruno Araújo (PSDB-PE).

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O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho, disse que a prisão de Vaccari foi uma "demonstração clara de que o PT tem conexão total com as denúncias que mostram que a Petrobras foi transformada num espaço de operação de captação de recursos ilícitos”. Embora apoie as investigações, ele desconversou sobre o impedimento de Dilma. Já o líder da legenda no Senado, Ronaldo Caiado (GO), a reincidência de irregularidades no alto escalão do PT já é o suficiente para colocar em suspeição a legitimidade do grupo partidário e da reeleição da presidente Dilma. "Diante desse cenário, tudo caminha para que o PT perca o registro de partido político. E, comprovado que a presidente Dilma foi beneficiada por esse esquema em suas campanhas, será mais que suficiente para ela perder o mandato por corrupção", afirmou.

Para o vice-presidente da CPI da Petrobras, deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), a prisão de Vaccari é mais um constrangimento para o governo da presidente Dilma. "É uma situação extremamente constrangedora para o partido do governo ter dois tesoureiros presos no mandato da presidente Dilma". Ele fez referência também a Delúbio Soares, preso na primeira gestão da petista, condenado por envolvimento no esquema do mensalão.

Vaccari é acusado de captar dinheiro de origem ilícita da Petrobras para campanha da presidente em 2010 e para o caixa do PT. Em depoimento de delação premiada, o ex-gerente da petroleira Pedro Barusco disse que repassou US$ 300 mil para o tesoureiro atendendo ao pedido do petista para reforçar o caixa da campanha de Dilma.

Aliados

O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado (AC), disse que Vaccari está sendo vítima  de uma perseguição política. "Eu acho que é uma prisão política. O Vaccari não fez nenhum tipo de arrecadação fora do que determina a legislação brasileira", sustentou.

O presidente do PT no Rio Grande do Sul, Ary Vanazzi, estranhou o momento em que a prisão ocorreu, "agora que o governo está articulando a questão das terceirizações", mas defendeu que a legenda afaste Vaccari da tesouraria. "Tem que afastar, pelo amor de Deus. Se não fizer isso agora vai continuar respondendo por situações pelas quais não podemos continuar respondendo. É para o bem dele, o bem do partido, o bem de todo mundo", frisou.

Para o Palácio do Planalto, a prisão do tesoureiro o PT não foi uma surpresa. "É mais uma pedra nessa escadaria de desgaste que atinge o PT e que, de alguma maneira, tem algum tipo de reflexo no governo, que é do partido", disse um dos interlocutores da presidente Dilma Rousseff ao jornal O Estado de S. Paulo.

No entanto, segundo esse interlocutor, não há preocupação de que as arrecadações feitas pelo PT nos últimos anos possam trazer implicações negativas ao governo ou que se tente fazer qualquer associação com doações de campanha em 2010 ou 2014, sob a justificativa de que elas passavam por canais diferentes. Ele lembrou que, em 2010, quem cuidava da arrecadação para a campanha de Dilma era José Filippi Júnior e, em 2014, Edinho Silva, nomeado recentemente ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

 

O presidente do PSDB e senador, Aécio Neves (MG), confirmou nesta terça-feira (14) que o partido estuda a possibilidade de entrar com um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ele disse, porém, que nenhuma decisão sobre o assunto foi tomada.

"Nós estamos discutindo absolutamente todas as alternativas. Mas não existe uma posição, até este momento pelo menos, do PSDB de protocolar institucionalmente o pedido de afastamento da presidente", disse.

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Segundo ele, o partido espera o parecer do jurista Miguel Reale Junior sobre se a presidente cometeu crime de responsabilidade fiscal para tomar uma decisão sobre o assunto.

Apesar de dizer que ainda não há provas concretas contra Dilma, Aécio voltou a repetir a tese que vem sendo usada pela oposição de que impeachment é um mecanismo previsto na Constituição. "Impeachment não é uma palavra proibida. Impeachment não é golpe. É uma previsão constitucional", disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a afirmar que não vê fundamento para abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a questão não é política, mas jurídica. “Para protocolar algo, [há] que ter fundamento jurídico. O impeachment não é um processo politico”, salientou.

A declaração veio no mesmo dia em que o líder da minoria na Câmara dos Deputados e presidente do PSDB de Pernambuco, Bruno Araújo, inicia um debate no partido sobre a formalização do pedido de impedimento da presidente.

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"A minha posição é a de que chegamos ao limite de uma insatisfação clara e expressiva que deve ser construída, de forma legítima e dentro das regras constitucionais, em forma de um pedido de impeachment da presidente Dilma”, disse o tucano, que pretende apresentar a proposta ao presidente nacional da legenda, o senador Aécio Neves (MG).

Após as manifestações de março, Cunha já havia dito que não daria andamento aos pedidos de impeachment que chegasse à Casa. "Não vejo espaço para isso pedido de impeachment da presidente. Não concordo com esse tipo de discussão e não terá meu apoiamento", salientou, na época.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou, nesta terça-feira (14), que a votação dos destaques do projeto de lei que regulamenta a terceirização no Brasil (PL 4330/04) deverá ser concluída hoje. Ao chegar à Casa, Cunha informou que o texto da proposta está se consolidando e que o assunto está sendo discutido em reuniões entre parlamentares e o governo.

“As informações que eu tenho é que o texto está mais ou menos consolidado. Há uma divergência só de controle (do recolhimento de contribuições), mas há um convencimento que você não vai aumentar alíquota, mas também não vai permitir que o governo possa ter qualquer tipo de perda”, detalhou o peemedebista.

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Impeachment

Questionado sobre um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff, Eduardo Cunha reafirmou não ver razão jurídica para o procedimento. “Não é porque uma pesquisa diz que a maioria da população quer (o afastamento da presidente) que efetivamente você vai ter um impeachment”, disse o presidente.

Ele se referia à pesquisa do Datafolha segundo a qual 77% dos manifestantes que foram às ruas em São Paulo, no último domingo (12), defendem a abertura de processo contra Dilma no Congresso.

*Com informações da Agência Câmara

Um dia depois da segunda mobilização popular nacional contra o governo de Dilma Rousseff, o líder da minoria na Câmara dos Deputados e presidente do PSDB de Pernambuco, Bruno Araújo, anunciou que defenderá, em debate interno no partido, a formalização do pedido de impeachment da presidente.

"A minha posição é a de que chegamos ao limite de uma insatisfação clara e expressiva que deve ser construída, de forma legítima e dentro das regras constitucionais, em forma de um pedido de impeachment da presidente Dilma”, disse o tucano, que pretende apresentar a proposta ao presidente nacional da legenda, o senador Aécio Neves (MG). Em março, após uma reunião da Executiva Nacional, Aécio apoiou as manifestações populares, mas frisou que o impedimento da presidente não estava na agenda do PSDB naquele momento. A ideia é que o partido reveja a questão.

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>> Entenda como é o processo de impeachment

Para Araújo, já existem fatos suficientes para justificar a abertura do processo, como os depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, que confirmam a entrega de dinheiro desviado da Petrobras para o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e usado em campanhas oficiais. Ele também citou o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), divulgado na semana passada, que mostrou que o governo federal não repassou recursos para a Caixa Econômica para cumprimento de responsabilidade sociais.

"Há diversos elementos. Por isso não vejo, do ponto de vista político, como não haver com brevidade um processo de impeachment da presidente da República, substanciado, construído com responsabilidade, assinado por juristas que dão qualidade a essa representação e que de forma democrática o Congresso processe", frisou.

Desde o resultado das eleições de outubro de 2014 que o debate sobre impeachment ganhou corpo, gerando até bate-boca no Congresso Nacional e dividindo opiniões entre juristas.

Em março, o então ministro da Secretaria de Relações Institucionais (hoje extinta), Pepe Vargas, disse que levantar a bandeira do impeachment "cheira a golpe". "A tentativa de questionar é golpe à democracia. Não podemos aceitar isso. Há uma presidente no exercício do seu cargo ungida pelas urnas. E falar em impeachment é desrespeitar a vontade majoritária da população brasileira que foi às urnas, é algo que cheira a golpe e isso é inadmissível", ressaltou. A presidente Dilma também se manifestou contra essa discussão, dizendo ser "uma ruptura do processo democrático, ao não aceitar o resultado das urnas".

Outros tucanos também se manifestaram contra o impeachment, inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Um dos principais críticos da gestão de Dilma, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse não "ver espaço" para a discussão e que não levaria adiante os pedidos que fossem feitos à Casa. "Não vejo espaço para isso pedido de impeachment da presidente. Não concordo com esse tipo de discussão e não terá meu apoiamento", salientou.Bruno Araújo acredita que, mesmo assim, o debate precisa ser ampliado. " Não venha o PT falar em golpe porque eu li na tribuna da Câmara um pedido de impeachment assinado por José Genoino (ex-presidente do PT) contra Fernando Henrique Cardoso. Todos sabem onde está José Genoino e onde está FHC. O PSDB tem de evoluir pra isso, essa será minha defesa dentro do partido”, finalizou.

Nesse domingo, 12, os movimentos que coordenaram as manifestações em 15 de março irão de novo para as ruas de cidades todo o País e no exterior, em novos atos contra o governo da presidente Dilma Rousseff. O Movimento Vem pra Rua, que não defendia o impeachment, aderiu ao "Fora, Dilma". O Brasil Livre (MBL) já pleiteava a destituição de Dilma. Esses são os maiores grupos que organizam os novos protestos.

O Brasil Livre busca assegurar no Judiciário que os movimentos que reclamam a intervenção militar permaneçam a uma distância mínima de 400 metros do carro de som do grupo. O Vem Pra Rua confirmou atos para ao menos 413 cidades. Além de todas as capitais, o grupo planeja protestos em cidades médias e pequenas.

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Um dos criadores do Vem pra Rua, o empresário Rogério Chequer, afirmou, em vídeo postado na rede social Facebook, que, há cem dias, o governo prometeu que o Brasil seria uma "Pátria educadora". "O que a gente está descobrindo é que foi uma Pátria enganadora porque nesses cem dias a gente teve problema com o Fies (Programa de Financiamento Estudantil) e o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Há um monte de estudante e professor prejudicado por causa disso", afirmou, sobre os primeiros cem dias da administração Dilma. O grupo marcou a concentração em São Paulo a partir das 14 horas, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona.

Já o Brasil Livre promete estar em pelo menos 161 cidades no domingo. "Estamos correndo para ter equipe num número cada vez maior de cidades. Estamos fechando hoje com 161 cidades. Outras cidades ainda estão sendo confirmadas. Todas as cidades que o MBL estará têm ofício na PM e em outros órgãos públicos para garantir segurança para todo mundo", postou o grupo no Facebook. "O primeiro foi gigante. O próximo será ainda maior!", diz a mensagem.

Em 15 de março, uma multidão foi às ruas em manifestação contra Dilma. Os manifestantes pediram o fim da corrupção, protestaram contra a situação econômica e defenderam o impeachment. Em São Paulo, a Polícia Militar calculou cerca de 1 milhão de manifestantes na Avenida Paulista por volta das 15 horas. Já o Instituto o Datafolha afirmou que o ato reuniu 210 mil participantes.

O Solidariedade informou nesta quinta-feira, 2, já ter "mais de 200 mil assinaturas só em São Paulo" para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O partido diz acreditar que até o final de maio terá recolhido um milhão de assinaturas.

Na ofensiva contra a petista, o partido conta com apoio de grupos como Revoltados Online, Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre, que promoveram os atos contra o governo em 15 de março e preparam novas manifestações para o dia 12 de abril.

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O partido diz ter embasamento jurídico para pedir o impeachment de Dilma com base em pareceres dos juristas Ives Gandra Martins e Sérgio Ferraz. O Solidariedade alega "crime de responsabilidade por improbidade administrativa".

O empresário Rogério Chequer, um dos líderes do "Vem pra Rua", disse no domingo (29) que há "um clamor muito alto" das bases do movimento para que um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff seja admitido, dentro do grupo, como uma possibilidade concreta entre suas metas e palavras de ordem. "Não é um clamor pelo impeachment em si. E, de novo, lembramos a precondição de que tem de ser tudo dentro da lei", afirmou. "Mas o fato é que começamos a perceber várias iniciativas que trazem motivos novos, argumentações de que a presidente poderia estar sujeita a uma ação por crime comum", afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo. Disse também que nesta segunda, 30, ou terça-feira, 31, o movimento vai "oficializar" essa posição no documento sobre temas que defenderá na próxima manifestação, dia 12 de abril.

Criado no final do ano passado, o "Vem pra Rua" destacou-se nos recentes protestos de rua defendendo o "Fora Dilma" mas entendendo - até a semana passada - que "por enquanto" não via razões legais para o impeachment (da presidente)". Essa posição vinha sendo cobrada por vários outros grupos.

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Um dos motivos para se incluir o impeachment, agora, como perspectiva concreta - segundo o empresário - é a movimentação do governo em favor dos acordos de leniência que vêm sendo negociados com empresas envolvidas em casos de corrupção. "Já foram aprovados cinco, e temos vários pedidos novos em andamento", afirmou. Chequer ressalta que não é advogado e que não tem "competência nem a função" para entrar no mérito jurídico do problema e que o impeachment não é a "causa central" do movimento. Mas admite ter ouvido muitas análises de estudiosos que consideram a instrução 74 da Advocacia Geral da União (AGU) - que trata das condições para os acordos de leniência - uma invasão do Executivo sobre áreas de competência do Judiciário.

'Plano'

"Não podemos ficar calados diante disso. O que parecia um plano iniciado no Executivo, interferido no Judiciário, invadindo a AGU, passado pelo TCU e aterrissado na Controladoria-Geral (CGU) começa a se deflagrar", explicou.

Ele diz não estar sozinho nessa percepção. Menciona "outras iniciativas" de advogados e de partidos políticos, como o PPS - cujo deputado Raul Jungmann (PE) pediu ao Supremo Tribunal Federal uma avaliação sobre a constitucionalidade dos acordos de leniência. "Cresce a ideia de que se consiga pelo menos uma investigação sobre o papel da presidente nisso tudo", resumiu Chequer.

Ele diz não ter medo de que esse gesto seja visto como um passo à direita e, assim, prejudique a imagem do grupo. "Não é radicalização, de modo algum. Não estamos fechando o foco, continuamos com todas as outras demandas - por ética na política, por cidadania, por um basta à corrupção e à má gestão dos recursos públicos", concluiu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada nesse segunda-feira (23), em que mais de 60% dos entrevistados avaliaram negativamente o governo da presidenta Dilma Rousseff, é muito semelhante à pesquisa anterior.  “[A pesquisa] basicamente é igual à pesquisa anterior. Não tem diferença nenhuma. É a margem de erro”, disse Cunha.

Perguntado sobre dados da pesquisa que mostram que mais de 50% dos entrevistados disseram ser favoráveis ao impeachment da presidenta, Eduardo Cunha afirmou que não se pode tratar impeachment como recurso eleitoral. “Está se vulgarizando muito essa palavra. Não podemos vulgarizar aquilo que seja o impedimento de um presidente da República. Eu acho que não cabe pedido de impeachment”, disse. Segundo ele, as pessoas respondem sem conhecer o que é isso exatamente.

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Ao falar sobre a pesquisa, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que ela é praticamente a mesma coisa da anterior. “Não pode se assustar com a voz das ruas. O que temos é que fazer propostas que viabilizem esse diálogo com as ruas. Isso é o que estamos fazendo. É um momento, é conjuntural”, disse.

Sobre medidas para melhor a imagem do Poder Legislativo, Cunha disse que está pautando e votando temas de interesse da sociedade e que, com o tempo e com as ações tomadas, a avaliação da imagem da Câmara vai melhorar. Ele informou, ainda, que o Programa Câmara Itinerante está voltado para melhorar a imagem da Casa.

Em relação à reforma política, o presidente da Câmara disse ser contrário ao seu fatiamento para votação como estava propondo o relator da matéria na comissão especial, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).  “Você pode ter uma PEC [proposta de emenda à Constituição] inteira e votar as partes dela através de DVS [destaques para votação em separado]. Se for tramitar três PECs  é para não sair nada”, disse.

Eduardo Cunha informou que sua intenção é que, após cumprida as 40 sessões para a tramitação da PEC na comissão especial, se a comissão não tiver cumprido seu papel de terminar a votação, retornar o projeto para o plenário. “Eu pretendo fazer uma semana de votação de reforma política, começando segunda-feira e terminando até hora que acabar”, disse.

A ex-candidata à Presidência Marina Silva voltou a se posicionar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Depois de publicar um artigo em que defendia essa posição no dia 14, logo antes dos protestos, a ex-ministra afirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico nesta sexta-feira (20) que um impedimento da presidente pode aprofundar o caos.

"A ideia do impeachment, sem que se tenha um fato que diga que há responsabilidade direta da presidente da República, não nos tira do caos. Pode aprofundá-lo", opinou Marina, que criticou a presidente Dilma Rousseff afirmando que durante a campanha a petista dizia que os problemas do Brasil eram "só uma dor de cabeça e que se iria curar com analgésico". "Agora se quer dar doses de morfina".

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Para Marina, os protestos do dia 15 foram "manifestação fantástica que extrapolou qualquer expectativa". "Eu brincava com o Eduardo Campos: acho que estas eleições são a chance de mudar antes de sermos mudados. Agora temos que nos preparar para ser mudados, a sociedade está nos mudando. Isso não vai parar, não vai arrefecer", disse Marina ao ser perguntada sobre a crise política.

Sobre sua ausência do debate público depois das eleições de outubro, Marina disse que o afastamento não foi um silêncio e que se coloca em "posição de independência". Ela disse, porém, que sua posição é parecida com a do PSB e da Rede. "Eu me coloco em uma posição de independência para poder assumir posição de não ser a priori contra ou a favor, mas olhar no mérito as questões de responsabilidade com o País", afirmou.

Marina ainda repetiu o discurso de campanha dela e de Eduardo Campos ao dizer que não se pode personalizar as conquistas da democracia brasileira nos últimos vinte anos. "O Plano Real não pode ser o plano do Fernando Henrique. (...) Do mesmo modo, a inclusão social não é do PT ou do Lula", disse Marina.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), indicou nesta segunda-feira (16) que vai arquivar os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff que chegarem à Casa. Cunha, que é o terceiro na linha de sucessão da Presidência, disse que não leu o pedido do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), mas acredita que o impeachment "não é a solução". Ele ainda disse que o impedimento da presidente é uma situação que "beira o ilegal e o inconstitucional".

"Efetivamente, da nossa parte, não tem guarida para poder dar seguimento até porque entendemos que esta não é a solução. Entendemos que temos um governo que foi legitimamente eleito e que, se aqueles que votaram neste governo se arrependeram de terem votado, isso faz parte do processo político. E não é dessa forma que vai resolver", argumentou o peemedebista, após participar de um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

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"Temos que debater, sim, o que aconteceu nas ruas ontem, temos que buscar formas que ajudem o governo a se encontrar com aquilo que a sociedade deseja ver. Mas não a partir de situações que cheiram e beiram o ilegal e o inconstitucional", completou.

Em seguida, o presidente da Câmara passou a fazer críticas ao governo e aos ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, escalados para defender o governo no início da noite desse domingo, 15. Cunha disse que a fala dos ministros não refletiu o clima das ruas e chamou a participação dos dois de "desastre". "Não vi ninguém nas ruas pedir reforma política, vi pedir reforma de governo", disse Cunha. "Não vi ninguém nas ruas dizendo que o financiamento empresarial é o problema".

Sobre a proposta apresentada pelos ministros de um pacote anticorrupção, Cunha ironizou dizendo que há dois anos escuta o governo dizer que vai mandar as medidas para o Congresso. "Qualquer proposta que mandarem eu coloco em votação imediatamente", disse.

Milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades do Brasil mostrar sua insatisfação, neste domingo (15). As mensagens estampadas em camisas e cartazes são as mais variadas: fim da corrupção, impeachment de Dilma, aumento de impostos e até intervenção militar. Confira em fotos as manifestações pelo País.

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