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Necrose, embolia pulmonar, infecções e até morte estão entre os riscos do uso do hidrogel, substância que tem em sua composição gel e microesferas de poliamida - semelhante ao plástico. O produto foi o que causou processo de infecção na modelo e apresentadora Andressa Urach, de 27 anos, internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Conceição, em Porto Alegre.

Andressa, que na noite desta terça-feira, 02, ainda respirava com ajuda de aparelhos, aplicou hidrogel nos membros inferiores há cinco anos em uma clínica especializada, em São Paulo.

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O material é usado para o preenchimento de coxas e glúteos, em geral, de mulheres que buscam o corpo perfeito. Mas a prática não é recomendada por cirurgiões plásticos.

"É autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas não para ser usado nessa magnitude. Ele tem função de fazer pequenos preenchimentos, como cicatrizes e preenchimentos na face, que se resolvam com 1 ou 2 ml da substância", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, João de Moraes Prado Neto.

Complicação

Cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Marco Cassol diz que o quadro de Andressa pode ter sido agravado pelo uso de duas substâncias. "O problema é que ela aplicou volume muito grande de hidrogel na coxa. Foram 400 ml. Além disso, tinha feito o uso do metacril antes." O metacril, segundo Prado Neto, é o polimetilmetacrilato, outro produto usado em preenchimentos, composto por substância semelhante ao acrílico.

No caso do hidrogel, após ser aplicado com cânula, ele fica agregado ao músculo e faz com que ele inche, segundo Cassol. "Ele é considerado um preenchimento de longa permanência, mas nunca vai ser completamente absorvido pelo organismo."

Quando injetado com seringa, os riscos aumentam. "Com agulha, pode perfurar algum vaso, colocar a substância na corrente sanguínea e causar uma embolia pulmonar", afirma.

O cirurgião plástico do Hospital das Clínicas de São Paulo Marcelo Olivan diz que o tratamento é complexo quando há infecção. "Não tem como retirar (o hidrogel) totalmente e com segurança. Ele se ramifica no tecido. Se um dos ramos estiver machucando o músculo, no processo de retirada, pode infeccionar. Para tirar o quadro infeccioso, é preciso retirar parte do músculo."

Segundo o último boletim médico da modelo, "a paciente encontra-se sedada e respirando com auxílio de aparelhos". Na tarde de segunda-feira, 01, Andressa foi submetida a uma cirurgia, com o objetivo de combater a infecção das pernas. O procedimento ocorreu normalmente, "não havendo nenhuma intercorrência".

Andressa chegou ao hospital no sábado, dia 29, às 22h30, reclamando de fortes dores na coxa esquerda. No dia 21, ela havia passado por cirurgia para a retirada de hidrogel da perna e deixou o hospital bem. No domingo e anteontem ela repetiu o procedimento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O paciente que estava com suspeita de ebola, identificado como G.V.S, de 44 anos, deve receber alta nesta sexta-feira (14). De acordo com o boletim médico do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), o homem não apresentou febre nas últimas 24 horas e o estado de saúde segue estável.

Os exames realizados apontaram infecção respiratória de natureza viral. Os resultados foram enviados para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen), mas o resultado sai apenas na próxima semana. 

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Um surto de uma superbactéria multirresistente KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) afetou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Barão de Lucena, situado na zona oeste do Recife. A KPC já atingiu dez crianças na unidade. Dentre essas, oito possuem a bactéria, mas não apresentam nenhum sintoma.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), um paciente está infectado. A criança já está recebendo o tratamento à base de antibióticos e o estado de saúde é clinicamente estável. Outro garoto passou por exames e deu negativo para bactéria. A unidade de saúde aguarda uma nova rodada de análises para dar alta ao garoto. 

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Um dos pacientes que contraiu a KPC, mas não está com sintomas é o pequeno Ryan Tenório. O menino de dois anos nasceu com a síndrome de Ondine, doença rara que provoca perda do controle da respiração durante o sono. Toda vez que o menino dorme, sofre parada respiratória.  Devido à doença, a criança não pode deixar a unidade hospitalar.

Segundo o padrinho do garoto, Michel Santos, Ryan está isolado com as outras crianças na UTI. "Ele tem a bactéria, mas não desenvolveu nenhum sintoma devido ao sistema de defesa do organismo dele, graças a Deus. O risco é se ele apresentar algum sintoma ou se a imunidade dele cair pode contrair a doença e até morrer, porque não tem nada que seja resistente a essa superbactéria", afirmou.

A SES explicou que todas as medidas de controle estão sendo recomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para evitar novos casos, como isolamento, técnicas de higienização, desinfecção interna e externa da UTI, além de orientação a todos os profissionais de saúde da unidade. Ainda segundo o órgão, não há novos casos detectados há cerca de uma semana.

A KCP - Pode ser encontrada em fezes, na água, ou até mesmo no solo, em vegetais, cereais ou frutas. A transmissão da superbactéria ocorre em hospitais pelo contato com secreções do paciente infectado. O portador da doença pode ter pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas que podem evoluir para uma infecção generalizada e até mortal. Dentre alguns sintomas estão a febre, dores no corpo, na bexiga, e tosse nos episódios de pneumonia.

Oficiais da saúde do Texas estavam monitorando, nesta sexta-feira (3), 100 pessoas com sinais do Ebola e ordenaram que quatro parentes próximos fiquem em casa enquanto as autoridades investigam o primeiro caso confirmado da doença. O paciente, identificado como Thomas Eric Duncan, viajou da Libéria para o Texas em setembro e começou a apresentar os sintomas aproximadamente uma semana antes de ser diagnosticado e isolado, causando preocupações sobre quantas outras pessoas podem ter sido expostas.

Autoridades da saúde estão monitorando uma lista de aproximadamente 100 pessoas que podem ter tido algum nível de contato com Duncan. "Nós estamos começando com esta rede, incluindo pessoas que tiveram até mesmo breves encontros com o paciente", afirmou o Departamento de Serviços de Saúde do estado do Texas em sua conta no Twitter.

"O número cairá conforme nós nos focarmos naqueles casos em que o contato pode representar um risco potencial de infecção", adicionou. Enquanto isso, os quatro familiares serão legalmente instruídos a permanecer em suas casas sem receber visitas até o dia 19 de outubro.

Também será exigido que eles forneçam amostras de sangue, concordem em se submeter a qualquer exame de saúde e reportem qualquer sintoma do Ebola, como febre, dores musculares, vômito e diarreia. "Nós testamos protocolos para proteger o público e impedir a disseminação da doença", declarou David Lakey, comissário de saúde do Texas.

"Esta ordem nos dá a capacidade de monitorar a situação da maneira mais meticulosa", acrescentou. O homem infectado foi liberado do hospital em 26 de setembro, mas só foi formalmente diagnosticado com Ebola no dia 30 de setembro.

O período de incubação do Ebola é de até 21 dias depois da exposição. Pacientes infectados são contagiosos apenas quando começam a apresentar os sintomas, e o vírus só pode ser transmitido por contato direto através de fluidos corporais.

O sobrinho de Duncan, Josephus Weeks, disse à NBC News, na quarta-feira, que havia ligado para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos no dia 28 de setembro com a preocupação de que seu tio não estivesse recebendo os cuidados apropriados. "Eu liguei para o CCPD para que algumas medidas fossem tomadas porque estava preocupado com sua vida. Ele não estava recebendo cuidados apropriados", disse Weeks.

"Fiquei com medo de que outras pessoas também pudessem ser infectadas se ele não fosse tratado", disse Weeks à NBC via Skype. Um oficial do hospital no qual Duncan está sendo tratado disse, na quarta-feira, que o paciente havia informado a uma enfermeira em seu primeiro exame, em 26 de setembro, que tinha viajado recentemente para a África. Tal informação, combinada com os sintomas, deveria ter levado o hospital a considerar imediatamente a possibilidade de Ebola.

"Lamentavelmente, essa informação não foi completamente comunicada para toda a equipe", disse Mark Lester, vice-presidente executivo dos Serviços de Saúde do Texas. A informação foi enviada para casa porque a equipe médica "sentiu que, clinicamente, era uma doença viral comum de baixa intensidade".

A África Ocidental enfrenta o maior surto desse vírus hemorrágico na história, que já causou a morte de mais de três mil pessoas este ano.

Um homem infectado pelo ebola viajou para o Senegal, tornando-se o primeiro caso registrado da doença no país. O atual surto da doença já matou mais de 1.500 pessoas.

A pessoa infectada é um estudante universitário da Guiné que procurou tratamento nesta semana num hospital da capital senegalesa, Dacar, informou aos jornalistas a ministra da Saúde do Senegal, Awa Marie Coll Seck. O jovem disse ter tido contado com pacientes infectados pelo ebola na Guiné e foi imediatamente colocado em quarentena, afirmou ela.

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Exames realizados pelo Instituto Pasteur confirmaram que o paciente realmente tem ebola e as autoridades notificaram a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A chegada da doença no Senegal, que é um destino turístico e cuja capital é um importante centro de operação de voos comerciais na região, mostra que o surto não está sob controle, apesar dos esforços da OMS, do Médicos Sem Fronteiras (MSF) e de outras organizações.

Nesta sexta-feira, a OMS disse que a última semana foi o período em que foi registrado o maior número de casos - mais de 500 - desde o início do surto. Há sérios problemas com a gestão de casos e prevenção e controle de infecção", diz relatório da organizçaão. "A situação está piorando na Libéria e em Serra Leoa", países que não tem espaço suficiente nos centros de tratamento para acolher o enorme número de casos da doença, afirma o relatório.

Não estava claro como o jovem chegou ao Senegal, que fechou sua fronteira com a Guiné. Mas Sek disse que nesta semana uma equipe de vigilância epidemiológica da Guiné alertou as autoridades senegalesas de que haviam perdido a localização de uma pessoa que tivera contato com pessoas doentes. O grupo disse que esta pessoa poderia ter ido para o Senegal.

O presidente MFS na França, Mego Terzian, disse que a OMS não está fazendo o suficiente para conter o surto. O MSF dirige muitos dos centros de tratamento de ebola nos países africanos. "A OMS não tem como lidar" com o surto, declarou Terzian à rádio France Inter. "Não vejo como, com as medidas tomadas atualmente, podemos controlar e interromper o surto."

Ele pediu uma reação mais forte da comunidade internacional, dizendo que o Conselho de Segurança deveria tratar da questão. Ele também lembrou que há países com unidades médicas militares que poderiam ser muito úteis. Fonte: Associated Press.

Cerca de 70% dos americanos estão infectados com alguma cepa do vírus do papiloma humano (HPV), entre as quais apenas um pequeno número é responsável pelo desenvolvimento de algum tipo de câncer, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (20).

Os cientistas detectaram 109 cepas deste vírus, das 148 conhecidas, em amostras de tecidos provenientes da pele, vagina, cavidade bucal e intestinos de adultos saudáveis, segundo trabalhos apresentados na conferência da Sociedade Americana de Microbiologia, celebrada em Boston (Massachusetts, nordeste).

Apenas 4 dos 103 homens e mulheres com DNA tornado público nos bancos de dados do governo federal apresentaram um dos dois tipos de HPV conhecidos por provocar a maior parte dos cânceres de colo de útero, garganta e também verrugas genitais.

"A fauna microbiana do HPV em pessoas com boa saúde é surpreendentemente mais vasta e complexa do que pensávamos", afirmou Yingfei Ma, pesquisadora da faculdade de Medicina de Langone, da Universidade de Nova York e principal autora do estudo.

"São necessários mais controles e pesquisas para determinar como as cepas destes papilomas que não causam câncer interagem com as cepas responsáveis por tumores cancerosos, os genótipos 16 e 18, e explicar porque estas cepas causam câncer", acrescentou.

Enquanto a maior parte destes vírus parece até agora inofensiva e permanece "adormecida" durante anos, sua presença abundante no organismo sugere a existência de um delicado equilíbrio, no qual as cepas virais se neutralizam reciprocamente e evitam que outras, mais patogênicas, se multipliquem de forma incontrolável, explicaram os pesquisadores.

As infecções por estes vírus parecem acontecer por meio do contato com a pele. O HPV continua sendo a fonte de infecção venérea mais frequente nos Estados Unidos. Segundo infectologistas, quase todos os homens e mulheres contraíram algum subtipo em um momento da vida.

Os resultados da pesquisa, disseram, lançam luz sobre as fragilidades dos exames atuais para detectar o HPV, desenvolvidos para identificar apenas uma dezena de cepas, mais vinculada ao desenvolvimento do câncer de útero.

Os dois primeiros casos no mundo de transmissão de tuberculose de gato para o homem foram registrados na Grã-Bretanha, anunciaram nesta sexta-feira (28) as autoridades sanitárias. A descoberta da PHE (Public Health England) aconteceu durante o estudo com nove gatos domésticos portadores da Mycobacterium bovis em Berkshire (leste da Inglaterra) e Hampshire (sul).

Os gatos foram provavelmente infectados por roedores, segundo os cientistas. "As duas pessoas infectadas reagiram bem ao tratamento", assegurou o PHE.

Outros dois donos de gatos também contraíram a bactéria, mas sem desenvolver a doença. A tuberculose afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outras partes do corpo, como ossos e o sistema nervoso. Em 2012, foram detectados 8.751 casos de tuberculose no Reino Unido.

Desde que se tornou uma epidemia no país, em 2008, a dengue já gerou mais de cinco milhões de casos registrados. Desta vez, mais um subtipo da doença foi descoberto, classificado como DEN-4, e deve ser motivo de preocupação em 2014. “A chance de surto do DEN-4 existe porque só no primeiro semestre de 2013, quase 60% dos casos de dengue diagnosticados eram do novo subtipo”, explica o infectologista José Ribamar Branco.

A dengue, uma doença infecciosa, é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti contaminado. “Uma pessoa contaminada pelo DEN-1, o tipo mais comum da doença, não vai desenvolver novamente esse sorotipo, mas pode vir a contrair os outros três. Para quem nunca teve dengue, há quatro possibilidades”, lembra o especialista.

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Os primeiros sintomas da doença aparecem cerca de cinco dias depois da picada do mosquito: febre alta, dor nos ossos e articulações, cansaço e moleza, dor de cabeça atrás dos olhos, tonturas, náuseas e vômitos, perda de apetite e de paladar. “Após esse período, manchas vermelhas aparecem no corpo do paciente infectado”, completa Franco.

O diagnóstico é feito por uma conversa entre o médico e o paciente, pois o vírus só apresenta resultado positivo no exame de sangue após sete dias do início dos sintomas. “Não é possível diagnosticar a dengue apenas com base nos sintomas, pois eles são os mesmos de qualquer doença infecciosa. É preciso também avaliar se há um surto próximo ao local de convivência do paciente”, explica o médico.

Apesar de não ser uma doença de risco, exige cuidados quando os pacientes sofrem de doenças crônicas, são idosos ou crianças. Não há um tratamento específico para a dengue, mas alguns remédios sintomáticos ajudam a combater febre e dor, além de um acompanhamento da quantidade de plaquetas e leucócitos no sangue, sempre receitados pelos médicos. A forma mais eficaz de prevenção é o combate ao mosquito transmissor. “É preciso ficar atento e eliminar os depósitos de água parada para evitar a proliferação do Aedes aegypti”, finaliza.

Com informações da assessoria

O ex-goleiro Gylmar dos Santos Neves segue em estado grave no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo boletim médico divulgado neste sábado. O ex-jogador, bicampeão do mundo pela seleção brasileira em 1958 e 1962, apresenta "infecção sistêmica".

Gylmar está internado desde o dia 8 deste mês devido à infecção urinária e a um enfarte, de acordo com os médicos. Segundo o boletim, ele já sofria de problemas decorrentes de um AVC e de insuficiência cardíaca, que deixaram sequelas em sua saúde.

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"O paciente permanece internado em estado grave, tendo como complicação infecção sistêmica", registrou o boletim assinado pelos médicos Antonio Carlos Onofre de Lira e Yana Novis. Gylmar completou 83 anos na última quinta-feira.

O ex-atleta nasceu em 22 de agosto de 1930, em Santos. Ao longo de sua carreira, defendeu, além da seleção brasileira, o Santos e o Corinthians, conquistando o bi mundial na equipe da Vila Belmiro ao lado de Pelé, Pepe e Coutinho.

As autoridades sanitárias de Pequim constataram que uma menina de 7 anos é portadora do vírus H7N9 da gripe aviária, no primeiro caso oficialmente notificado na capital chinesa, informou a agência Nova China.

A cepa H7N9 da gripe aviária, que até agora não era transmitida ao homem, infectou 40 pessoas no leste da China, em Xangai e seus arredores. O caso assinalado em Pequim é a primeira infecção humana fora desta região, o que indica que o vírus está se propagando.

O mais recente balanço das autoridades sanitárias indica 11 mortes entre as pessoas infectadas.

Xangai,a capital econômica da China, tomou medidas para tentar identificar a cepa infecciosa, enquanto que o setor avícola chinês se encontra duramente atingido, consequentemente, no plano comercial.

Não há evidências de transmissão de humano para humano do vírus H7N9, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat, classificou, por sua parte de excepcional a situação criada pelo vírus H7N9, já que detectá-lo é muito difícil nas aves domésticas.

A gripe aviária mais comum, a do vírus H5N1, causou mais de 360 mortos em todo o mundo, entre 2003 e 2013, segundo a OMS.

Os cientistas temem que uma mutação permita a transmissão viral de humano para humano, o que pode desencadear uma pandemia.

Por Daniele Vilas Bôas

Faleceu, na manhã desta quinta-feira (3), no Hospital Espanhol, em Salvador, o historiador e professor baiano, Ubiratan Castro, de 64 anos. Ele estava internado desde o dia 30 de setembro e sofria de insuficiência renal. O estado de saúde piorou em decorrência de uma infecção que se agravou nos últimos dias.

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Ele era paciente renal crônico, e, por isso precisava de internação para a realização de avaliações periódicas de saúde. Por conta da internação, o professor não pôde participar do lançamento do livro do autor nigeriano, Wole Soyinca, Prêmio Nobel de Literatura, do qual foi o autor do prefácio. 

Ubiratan era diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Ele também pertencia ao quadro de professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e foi um dos fundadores do Centro de estudos Afro Orientais.

O historiador estava afastado da universidade para assumir o cargo de diretor da fundação. Ele ocupava a cadeira 33 da Academia de Letras da Bahia. Em 2010, Ubiratan recebeu em Brasília a Comenda da Ordem Rio Branco, concedida a personalidades e autoridades que realizaram ações em beneficio da sociedade. No primeiro mandato do presidente Lula, o historiador trabalhou com o então ministro da cultura, Gilberto Gil, dirigindo a Fundação Cultural Palmares.

Entre os prêmios e títulos que recebeu, destacam-se: A Medalha do Bicentenário da Restauração Portuguesa da Academia Portuguesa de História, o Troféu Clementina de Jesus da União dos Negros pela Igualdade (Unegro) e a Medalha Zumbi dos Palmares da Câmara Municipal de Salvador. Ele escreveu os livros ‘’A Guerra da Bahia’’, ‘’Salvador era assim – Memórias da cidade e Sete histórias de Negro’’. Lançou em 2009, na cidade de Cachoeira, o livro de contos ‘’Histórias de Negro’’.

O corpo foi velado, nesta quinta-feira (3), no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, às 14h. A cremação será nesta sexta-feira (4), às 10h, no Jardim da Saudade.

O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga a morte de pacientes por infecção hospitalar no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, na zona norte do Rio de Janeiro. Em 2010, 363 (42,5%) dos 854 pacientes internados por mais de 24 horas na emergência do hospital morreram devido a esse tipo de infecção. No Centro de Tratamento Intensivo (CTI), 30% dos 289 internados também foram vítimas fatais. O índice de mortes admitido pelas entidades médicas é de aproximadamente 5%, chegando a 10% quando a unidade hospitalar atende vítimas de doenças mais graves, como câncer.

A suspeita é de que os aparelhos de respiração usados nesses setores do hospital, que deveriam estar livres de infecções, tenham sido contaminados e causaram pneumonia. A doença teria se disseminado por meio dos equipamentos. Funcionários do hospital informaram ao Ministério Público que os compressores usados nos respiradores chegaram a ser armazenados ao lado dos depósitos de rejeitos de pacientes em estado grave.

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Outro problema apontado em um laudo técnico formulado a pedido do Ministério Público é o uso de equipamentos inadequados. Um deles, por exemplo, estaria ultrapassado e desregulado. O caso foi revelado pelo jornal O Globo.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, comandada por Hans Dohmann, informou que há cerca de um ano uma funcionária do Salgado Filho denunciou à direção do hospital supostos problemas em relação ao sistema de ar comprimido. "O documento deu origem a uma sindicância que constatou não haver nenhum indício de contaminação do mecanismo de geração de ar comprimido por secreções provenientes de pacientes.

Os geradores de ar comprimido estão localizados em área coberta externa à edificação e instalados conforme as normas técnicas e sanitárias em vigor. Além disso, a hipótese de contaminação no CTI do hospital seria improvável, pois os respiradores do setor não utilizam ar comprimido, sendo ligados diretamente à fonte de oxigênio", diz a nota.

A secretaria afirma ainda que "realiza controle histórico de mortalidade em toda sua rede e não constatou aumento". "No Hospital Salgado Filho, especificamente, os óbitos relacionados à pneumonia em pacientes sob ventilação foram menores em 2010 em relação ao ano anterior, com queda de 40%", diz a nota. A pasta nega também que os aparelhos usados no hospital sejam inadequados. Até o momento o Ministério Público não fez nenhuma acusação formal.

Oito bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, o maior hospital público da região, apresentaram sintomas de infecção hospitalar. A unidade, que recebe pacientes de 48 cidades da região, foi interditada para novas internações. A medida tem caráter preventivo, e segue recomendação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do CHS, uma vez que os setores estão com leitos ocupados em sua capacidade máxima.

As crianças internadas apresentaram agravamento de seu quadro clínico nos últimos dias em decorrência de infecção. Os bebês foram isolados e recebem tratamento com antibióticos. Um deles está em estado grave e os demais, estáveis. Até ontem não havia óbitos em razão dessa infecção. Amostras de sangue dos pacientes foram colhidas para exames de cultura, que devem ficar prontos na próxima semana.

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De acordo com a direção do hospital, a suspensão de novas internações foi motivada pelo possível risco aos pacientes. A UTI tem dez vagas e 11 bebês internados - um acima da capacidade. Três desses bebês apresentaram a bactéria klebsiela pneumoniae, restrita ao ambiente hospitalar e relacionada com o uso de antibióticos, conforme relatório do serviço de controle de infecção hospitalar. O relatório alertava a direção do conjunto para um aumento na prevalência de casos de infecção hospitalar na unidade. Os cuidados foram redobrados no berçário que, ontem, tinha 14 crianças, quatro acima da capacidade.

A direção do hospital reconheceu que a presença da bactéria em mais de uma criança é um forte indício de infecção hospitalar. O Conjunto Hospitalar já avisou às prefeituras da região e também à central de regulação de vagas, que fica em São Paulo, que por enquanto não vai mais receber crianças de fora do hospital. O hospital é referência para partos de alto risco e os bebês internados na UTI geralmente são recém-nascidos prematuros, muitos portadores de patologias graves.

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