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Nesta quarta-feira (23), a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) inaugura mais uma unidade. Desta vez, uma Casa de Semiliberadade (Casem) será aberta no bairro de Areias, zona sul do Recife. O local, que é o oitavo de Pernambuco e o terceiro na capital, tem capacidade para abrigar 20 adolescentes, do sexo masculino, que vão cumprir as medidas socioeducativas em períodos de reclusão ou de atividades externas. 

A nova unidade tem modelo residencial e conta com sala, quarto, cozinha e banheiro, além de uma piscina, uma sala de jogos e uma sala de informática, destinada a capacitação profissional. De acordo com o órgão, a casa irá desafogar a superlotação nas outras unidades da Fundação. Os primeiros jovens a serem transferidos para o local são da Casem Recife II, localizada no bairro de Casa Amarela. 

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Os adolescentes assistidos pelo novo espaço podem passar o dia fora, para fazer algum curso ou concluir os estudos no ensino médio. Segundo a Funase, há capacitações programadas para os jovens, com parceria do Senai, Senac e empresas privadas. Além disso, por conta da medida, os socioeducandos têm direito a passar os finais de semana em casa e só retornar ao local na segunda-feira pela manhã. 

 

 

Morreu no Hospital da Restauração (HR), na manhã desta sexta-feira (25), um dos internos queimados durante um motim na unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) do Cabo de Santo Agostinho. Outros dois jovens permanecem internados com quadro de saúde estável.

A informação foi confirmada pelo chefe do setor de Queimados do HR, Marcos Barreto. O adolescente de 18 anos teve 35% do corpo queimado e estava em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o dia 15 de julho, data do tumulto na Funase.

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Na ocasião, todos sofreram queimaduras de segundo e terceiro graus, principalmente nas faces, membros superiores e nas costas. A gravidade do caso se deu porque as chamas foram ateadas dentro da cela onde estavam as vítimas.

Ainda não há previsão de alta para os outros dois pacientes.

Adolescentes colocaram fogo em colchões e fizeram dois agentes reféns durante uma rebelião registrada neste domingo (6), em São Carlos (SP). A rebelião começou no final da tarde. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros foram acionados para ajudar a controlar a confusão.

Chegando no local, policiais teriam se deparado com vários infratores tentando pular uma grade para fugir. Os infratores voltaram para dentro do prédio e renderam os agentes, ao mesmo tempo em que teriam ainda tentado estourar uma parede do prédio. Houve negociação e os funcionários acabaram liberados no início da noite.

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Por inalarem muita fumaça, dois adolescentes foram levados pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) até a Santa Casa local. Outros internos teriam sido atendidos no próprio local, sem a necessidade do socorro hospitalar. Foi o segundo problema grave na unidade em menos de dois meses, pois em maio 17 fugiram do prédio após renderem funcionários.

Excesso

Mais uma vez caberá à Corregedoria Geral da Fundação Casa investigar o que aconteceu. O órgão vai deslocar uma equipe para São Carlos nesta segunda-feira (7), para verificar o que aconteceu. Há divergências sobre a capacidade da unidade, que, segundo a assessoria da Fundação Casa, tem condições de abrigar os 64 internos que estão hoje no local. Já a página oficial da Fundação fala em 56 adolescentes, enquanto funcionários do local dizem que o número máximo seria de apenas 40.

Trinta e dois internos fugiram na madrugada de ontem da unidade da Fundação Casa de Ribeirão Preto. Até as 21h, apenas um adolescente havia sido recuperado - ele foi levado por sua mãe e um advogado.

A confusão começou por volta das 3h, quando um garoto pediu para ir ao banheiro. A cela foi aberta e o funcionário foi rendido pelos meninos que estavam armados com uma faca.

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Os garotos renderam os demais agentes - eram cinco na unidade -, que foram amarrados e trancados em um banheiro e na lavanderia. Com as chaves, 140 internos conseguiram deixar as celas e uma parte dos meninos chegou às ruas. A Fundação Casa abriu sindicância para apurar a fuga dos adolescentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Acorda, toma banho, escova os dentes, toma café da manhã, escova os dentes, vai pra escola, volta, toma banho, almoça, escova os dentes e vai para aula. Esta é a rotina dos internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. A aula que eles se referem é a de robótica, ministrada pelo professor Higino Filho. O projeto é do Governo Estadual e tem como objetivo estimular os internos a desenvolver a criatividade em áreas como física, matemática, química e tecnologia.

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"Gosto muito das aulas. Pelo menos aqui consigo aprender alguma coisa, não fico sem fazer nada durante todo o dia. O que mais gosto é montar e desmontar os objetos", disse um dos internos. O professor diz que é com bastante alegria que ensina robótica aos reeducandos. "Este curso oferece a oportunidade de formar cidadãos. A robótica faz com que os internos consigam entender o funcionamento da tecnologia, e não ficar tão afastado do que acontece no mundo. Com a robótica eles conseguem aprender uma profissão", disse Filho que afirma que vários ex internos trabalham com ele em uma cooperativa.

Nas aulas, os reeducandos aprendem a fazer circuitos elétricos, montagem de computadores, instalações de aparelhos e pequenos consertos, como ventiladores e televisões. "Aqui a gente conserta tudo. O professor trás pra aula e tentamos colocar para funcionar. Pelo menos quando eu sair daqui poderei ensinar alguma coisa a minha família", contou. A aula acontece todos os dias, das 14h30 às 17h30 e tem duração de três meses. São duas turmas, cada uma com dez internos. Os equipamentos que eles usam são doações de empresas, como exemplo a Lego Zoom, que doou um kit de robótica contendo um bloco programável, motores, sensores e peças para a construção dos protótipos. 

Segundo o professor, a robótica ajuda a ampliar as expectativas de mudança de valores nos internos, melhorando a autoestima de cada um, fator que é necessário para uma reinserção social. "A robótica é um recurso tecnológico que além de ser interessante é rico no processo de ensino-aprendizagem, pois contempla o desenvolvimento pleno do aluno,  propiciando uma atividade dinâmica, o que permite a construção cultural, independência e responsabilidade", disse.

Mais uma unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) registro fuga de internos. Desta vez, cinco socioeducandos conseguiram escapar do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite dessa quarta-feira (21).

De acordo com a Secretaria da Criança e da Juventude, até a manhã de hoje apenas dois jovens haviam sido recapturados. A polícia continua as buscas e a Corregedoria da Funase abrirá uma sindicância para investigar o caso.  

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Na madrugada do último domingo (18), 92 jovens Centro de Internação Provisória (Cenip) do Recife fugiram. Eles quebraram os cadeados das alas e pularam o muro que dá acesso à Avenida Abdias de Carvalho, no bairro do Bongi, Zona Oeste da Cidade. Apenas 56 adolescentes foram recapturados.

O Case do Cabo atende atualmente 396 jovens dos 17 aos 21 anos de idade autores de ato infracional. No espaço, eles recebem acompanhamento técnico, social, jurídico, psicológico, médico, odontológico, nutricional e pedagógico. Além de participarem de atividades esportivas e culturais.

Com informações da assessoria

O Centro de Internação Provisória (Cenipe) localizado na Avenida Abdias de Carvalho, no Bongi, Zona Oeste do Recife, dará espaço a uma nova unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). No local, de onde fugiram os 92 internos no último domingo (18), serão erguidos quatro blocos, com capacidade para abrigar 60 adolescentes, totalizando 240 vagas. A obra está orçada em R$ 27 milhões e deve começar ainda nesta semana.

Nesta terça-feira (20), o governador Eduardo Campos assinou a ordem de serviço para a construção da unidade, ato que marcou a demolição do prédio antigo. A obra será executada em duas etapas, não sendo necessário o remanejamento dos internos para outras unidades.

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Para o secretário estadual da Criança e Juventude, Pedro Eurico, a destruição da estrutura do Cenip representa a demolição dos velhos padrões do sistema de internamento e determina o respeito aos direitos humanos. “O sistema da Funase precisava passar por uma grande reformulação e é isso que está acontecendo”, afirmou o secretário.

De acordo com o governador, o projeto do novo centro de internação provisória do Recife é fruto de um diagnóstico sobre o desafio de cuidar das crianças e adolescentes em conflito em Pernambuco. Atualmente 1.600 jovens estão sob a guarda do Estado, quando na verdade, segundo Campos, o recomendado era ter 800.

“Dentro das nossas unidades temos apenas 600 vagas de forma adequadas e dignas que estão dentro do padrão aceitável. Por outro lado temos mil que precisamos reverter”, discursou. Eduardo adiantou que serão criadas 500 novas vagas em centros que estão sendo construídos em Pernambuco, como os de Arcoverde e Jaboatão dos Guararapes.

O governador também falou sobre a dificuldade de obter terrenos que comportem unidades da Funase, as demissões de funcionários que praticavam violência com os internos e criticou o posicionamento dos grupos e políticos contrários.

“Quando nós conseguimos o espaço sempre chega um dizendo que não quer uma Funase no município e outros que criticam nosso modelo. Mas nós queremos o novo e não vamos aceitar os argumentos dos que querem o velho e os que querem manter torturadores trabalhando nessas unidades”, concluiu.

Um total de 56 adolescentes foragidos do Centro de Internação Provisória (Cenip) do Recife foram recuperados até o início da noite desse domingo (18). A fuga dos 92 internos ocorreu na madrugada de ontem, quando os jovens quebraram os cadeados das alas e pularam o muro que dá acesso à Avenida Abdias de Carvalho, no bairro do Bongi, Zona Oeste da Cidade.

De acordo com a assessoria da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), as buscas continuam e a instituição vai abrir uma sindicância para investigar o caso. Confira abaixo, na íntegra, a nota divulgada pela Funase:

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"A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) informa que até o inicio da manhã desta segunda-feira (19) já foram recapturados 56 dos 92 adolescentes foragidos do Centro de Internação Provisória (Cenip) do Recife, no Bongi. A fuga aconteceu por volta das 1h30, de hoje, quando os jovens quebraram os cadeados das alas e pularam o muro que dá acesso à Avenida Abdias de Carvalho. A Polícia continua com as buscas e a Funase vai abrir uma sindicância para investigar o caso. 

Nesta terça-feira (20), às 9h30, o Governador Eduardo Campos inicia a demolição do prédio no Bongi (Avenida Abdias de Carvalho, s/n) e assina uma ordem de serviço para a construção de um novo Cenip, que será modelo no Estado. O espaço contará com 240 vagas e irá atender adolescentes de 12 aos 18 anos que aguardam a sentença do juiz da Vara da Infância e da Juventude. Os jovens permanecerão no local por, no máximo, 45 dias, período em que passam por julgamento e são liberados ou enviados a outras unidades".

 

Uma nota de esclarecimento sobre a fuga de 98 adolescentes do Centro de Internação Provisória (Cenip) do Bongi foi divulgada neste domingo (18). Segundo a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), 55 internos foram encontrados e já retornaram à unidade. Os jovens teriam quebrado os cadeados das alas e pularam o muro que dá acesso à avenida Abdias de Carvalho.

Confira a nota na íntegra:

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“A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) informa que 55 dos 98 adolescentes foragidos do Centro de Internação Provisória (Cenip) do Recife, no Bongi, já retornaram à unidade. A fuga aconteceu por volta das 1h30, deste domingo (18), quando os jovens quebraram os cadeados das alas e pularam o muro que dá acesso à Avenida Abdias de Carvalho. A Polícia continua com as buscas e a Funase vai abrir uma sindicância para investigar o caso. 

Nesta terça-feira (20), às 9h30, o Governador Eduardo Campos participa do início da demolição do prédio no Bongi (Avenida Abdias de Carvalho, s/n) e assina uma ordem de serviço para a construção de um novo Cenip, que será modelo no Estado. O espaço contará com 240 vagas e irá atender adolescentes de 12 aos 18 anos que aguardam a sentença do juiz da Vara da Infância e da Juventude. Os jovens permanecerão no local por, no máximo, 45 dias, período em que passam por julgamento e são liberados ou enviados para outras unidades.”

 

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Não há como evitar o assassinato de um socioeducando nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) em Pernambuco. Essa foi a afirmação do secretário da Criança e Juventude, Pedro Eurico, em entrevista ao portal LeiaJá, nessa segunda-feira (8), após mais uma tragédia, quando um garoto foi estrangulado por outros jovens. Outras unidades da instituição também foram palcos de outros atos de infração, por isso, dentro da ótica de reinserção dos internos na sociedade, a educação é um fator preponderante a ser trabalhado para garantir esse objetivo. Independente da probabilidade de ações violentas, é necessária a disseminação do ensino nesses locais.

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A nossa reportagem conheceu, nesta terça-feira (9), como funciona o ensino regular em unidades socioeducativas, em especial na unidade da Funase de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. No local são oferecidas aulas do nível fundamental para garotos de 12 a 15 anos, com a participação de todos os 68 internos da unidade. No turno da manhã, são realizadas as aulas do ensino regular, conduzidas pelo trabalho de 10 professores oriundos da Secretaria de Educação do Estado (SEE). Alguns dos alunos estudam fora da unidade, uma vez que o local é um anexo da Escola Frei Jaboatão, que dá a certificação de conclusão do ensino de nível fundamental.

De acordo com o coordenador pedagógico da Funase de Jaboatão, Misael Lima, educar em uma unidade prisional ou socioeducativa é uma situação atípica. “Aqui é a mesma coisa que um presídio. Existem menores infratores que precisam ser devolvidos a sociedade e por isso temos uma abordagem educacional diferente. Além das aulas regulares, trabalhamos a cidadania e a cultura”, explicou Lima. O coordenador revelou que muitos professores ainda têm algumas visões equivocadas sobre o ensino a pessoas que estão restritas de liberdade. “Eles chegam aqui apreensivos para ver o que os aguardam. Os professores passaram por uma capacitação, que serviu não para tirar o medo deles, e sim para adaptá-los a essa realidade”, disse.

Para a professora Oselma Lúcia Antunes, que há três anos dá aulas na unidade, o medo não a impediu de aceitar a missão de ensinar na Funase. “Eu sentia vontade de ter essa experiência. Foi algo novo para mim e sei que não tem diferença dos alunos de fora”, contou. Segundo a educadora, os internos têm “mais sede de aprender”. “Eles chegam aqui com dificuldade de leitura e escrita, e depois, é visível o desenvolvimento adquirido. É uma conquista maravilhosa e acredito que o resultado é bem melhor”, relatou Oselma.

Um dos alunos da professora, o socioeducando D.A.F (os menores infratores não terão suas identidades reveladas), de 15 anos, enquanto estava em liberdade, não teve boas experiências na escola onde estudava, no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife. “Eu até estudava, mas fui expulso da escola por causa de bagunça. Aqui, já estou na segunda série e aprendo muita coisa. Gosto de matemática e quando ganhar liberdade quero ser um motorista. Na verdade, vou ser piloto de fórmula 1”, falou o garoto.

Após as aulas regulares, os garotos, no período da tarde, participam de atividades extras, como oficinas de pintura, informática, educação física, entre outras. A estrutura física da unidade de Jaboatão pode ser considerada uma das melhores, em comparação aos outros prédios da Funase. Existem biblioteca, sala de convivência, dormitórios bem cuidados, entre outros espaços.

Na sala de aula

Não existe uma grande diferença das salas de aula da unidade socioeducativa para as escolas “normais”.  O que chama a atenção é que, das janelas gradeadas dos locais, a paisagem que pode ser vista é de um enorme muro, que deixa claro a pouca probabilidade de fuga da unidade. O professor Edésio da Silva Lima, que é educador polivalente do nível fundamental, conduzindo aulas de várias disciplinas, explica que em relação ao ensino, não há distinção em comparação as aulas dos estudantes em liberdade. “O que muda é a nossa rotina. A gente tem que trabalhar o sentimento de união e amizade entre os meninos. Alguns não são muito amigáveis e eu, como professor, tenho o papel de ajudar a construir uma união entre eles”, declarou o professor.

Empolgado com a aula de matemática na turma de quarta série, G.G.G, de 17 anos, é um dos alunos que mais participa da aula. O jovem atencioso durante a explicação nem parece ter um vasto passado de infrações e uma vida escolar prejudicada. “Já assaltei a mão armada e usei drogas. Não faltava nada na minha casa. Só roubava porque eu queria ser o tal (sic) e o centro das atenções. Já dei tapa na cara de muita gente, mas, nunca tive vontade de matar ninguém. Na minha época de escola, eu apenas ia à aula para perturbar e comer merenda. Hoje, mudei completamente, gosto das aulas, e quando sair daqui, vou continuar estudando”, disse o jovem, que sonha em ser médico.

Críticas ao ensino

Apesar do esforço dos professores em trabalhar os conteúdos das disciplinas da melhor forma possível, a diretora da Funase de Jaboatão, Elusiane Oriá, opinou que os educadores precisam se qualificar mais para ensinar em espaços socioeducativos. “Entendo que é necessário ter aulas na Funase, mas, é muito difícil. Existe professor que não tem perfil. A educação deveria ser mais prazerosa, porque é preciso sair da formalidade para chamar mais atenção dos jovens”, disse.

Segundo a diretora, o tempo de qualificação para os professores é pouco. “Foi apenas uma semana de capacitação. É preciso um processo maior de qualificação”, falou. Além disso, ela contou que o resultado, após a conclusão do ensino fundamental, não é proveitoso. “Tem gente que sai daqui sem saber ler e escrever. A gente da Funase garante que o aluno permaneça em aula e oferecemos a estrutura. Mas, o aprendizado fica por conta da Secretaria de Educação”, falou.

O coordenador pedagógico da Funase de Jaboatão, Misael Lima, também criticou as unidades que não têm estrutura para comportar as aulas. “Sem estrutura é muito difícil trabalhar o aprendizado. Aqui em Jaboatão nós temos boas condições, mas, em outras unidades, sabemos que existem muitos problemas”.

A coordenadora de educação da Funase, Sonia Melo, reconheceu que a falta de estrutura e a lotação são problemas que afetam o aprendizado. Sobretudo, ela destacou que “a proposta pedagógica é única em todas as unidades”. Ela ainda disse que “os locais têm professores disponíveis e aulas com frequência”. Segundo Sonia, as unidades de Abreu e Lima, do Cabo de Santo Agostinho e de Caruaru são as que mais sofrem com esses problemas, e, só depois da reestruturação desses espaços, as condições de aprendizado serão melhoradas.

Balanço do ensino socioeducativo

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De acordo com informações da SEE, até o começo deste ano, os Centros de Atendimento Socioeducativos (Cases) – que permeiam a Funase - e Centros de Internação Provisória (Cenips) de Pernambuco contavam com 76 professores. Também no início de 2013, a Secretaria de Educação fez um processo seletivo para a contração de mais 84 vagas de professores e coordenadores dos Cases, nas cidades do Recife, Abreu e Lima, Jaboatão, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde e Petrolina. Os candidatos precisavam ter disponibilidade para trabalho em horário integral e o resultado da seleção foi divulgado no dia 2 deste mês. O processo de seleção teve avaliação de experiência profissional e títulos, além de entrevista.

Os educadores que atuam nas unidades socioeducativas, além de receberem salários, ganham uma gratificação no valor de R$ 2.032, conforme estabelecido na Lei Nº 14.874 de 11 de dezembro de 2012, publicada no Diário Oficial do Estado em 12 de dezembro de 2012, enquanto permanecerem no exercício de suas funções nesses locais.

Ainda segundo a SEE, os profissionais localizados nos Cases ou Cenips, têm suas atividades acompanhadas e avaliadas sistematicamente, e uma vez identificada inadequação ao perfil e desempenho esperados, eles podem ser removidos ou devolvidos à Gerência Regional de Educação (GRE) de origem para nova localização. No ano passado, quatro formações foram realizadas, visando trabalhar a proposta pedagógica, por meio de palestras com teóricos da área, além da capacitação para a avaliação sistemática dos alunos.

Os números de turmas e de alunos variam. De acordo com a SEE, essa variação acontece porque a permanência dos socioeducandos é definida pelo juiz. Confira abaixo os números referentes a este ano:

Case Abreu e Lima – 120 alunos

Case Cabo de Santo Agostinho – 210 alunos

Jaboatão – 106 alunos

Santa Luzia – Afogados 30 internas. É o único no estado que atende exclusivamente meninas

Arcoverde – 46 alunos

Caruaru – 133 alunos

Garanhuns – 122 alunos

Petrolina – 106 alunos

Reclusos da unidade da Fundação de Socioatendimento (Funase) localizada no bairro do Bongi, zona oeste do Recife, realizam uma rebelião na tarde desta quarta-feira (27). Cerca de 200 jovens infratores, do sexo masculino, estão detidos no local. Ainda não se sabe o motivo do motim. O secretário de Juventude do Estado, Pedro Eurico, está se deslocando para a unidade e deve falar com a imprensa dentro de instantes.

Mais informações em instantes

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Dois adolescentes foram assassinados e pelo menos outras quatro pessoas ficaram feridas em uma rebelião realizada por reeducandos do Centro de Atendimento Socioeducativo de Caruaru (Case), no Agreste de Pernambuco, nessa sexta-feira (8). A confusão começou por volta das 19h quando os jovens da ala 1 aproveitaram o horário do jantar para começar o tumulto.

De acordo com a assessoria de comunicação da unidade, os internos atearam fogo em alguns espaços do Case. Eles também teriam agredido os servidores. Policiais do Grupo de Ações Táticas Itinerante (Gati) e da patrulha rural da Polícia Militar foram acionados para conter a rebelião.

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Com o motim sob controle, quatro reeducandos – considerados responsáveis pela confusão – foram prestar depoimento sobre o ocorrido. O case deverá abrir sindicância para investigar o fato. Até o momento, os nomes dos internos mortos não foram divulgados.

Ainda conforme a assessoria, na manhã deste sábado (9) o secretário da Criança e Juventude, Pedro Eurico, vai à unidade e dará uma entrevista coletiva à imprensa. O Case Caruaru atende atualmente 153 adolescentes dos 12 aos 18 anos de idade autores de ato infracional.

Depois das últimas rebeliões ocorridas em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), foi anunciada na manhã desta quinta-feira (27), na sede do Bongi, Zona Oeste do Recife, a posse do novo presidente da entidade, o advogado Eutácio Borges, que é funcionário do órgão desde 2011.

Somente neste ano foram registradas cinco rebeliões e pelo menos sete adolescentes foram mortos nas unidades. O novo presidente falou sobre os acontecimentos e apresentou melhorias que vai implantar na Fundação. “Montar uma estrutura de apoio será um dos enfoques para evitar essas rebeliões com reforço na segurança. Se tivermos uma ação rápida, esses fatos que acontecem serão evitados com a antecipação e com a ajuda da ação pedagógica. Com isso, tudo será evitado”, relatou Borges.

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Além do reforço na segurança da Fundação, o novo gestor prometeu contratar 49 pessoas para cargos comissionados para trabalhar na educação dos jovens. O secretário da Criança e Juventude, Pedro Eurico, também falou da situação dos internos. “O trabalho será para reduzir o índice de violência no Estado [nas unidades], além de garantir medidas de segurança para que eles deixem de ser trancafiados para receber educação. E, a partir de agora, vamos fiscalizar melhor as fugas dos jovens. Quem ajudá-los vai responder por isso”, afirmou Pedro.

No discurso, Alberto Vinícius, antigo presidente, relatou que Borges vai reerguer a Fundação. “Eutácio vai ressurgir a Funase, pois é um funcionário que conhece bem tudo do local. Deixo com saudade a presidência, apesar de ter passado essa temporada longa até demais”, disse Alberto.

Funase – Atualmente as unidades da Funase abrigam 444 internos a mais do que sua capacidade, que tem a capacidade total de 893 internos. Cerca de 1.337 jovens estão abrigados em todo em Pernambuco, a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) conta com 20 unidades, espalhadas pelas regiões Agreste, em Caruaru, Garanhuns e Timbaúba, no Sertão, em Petrolina e Arcoverde e na Região Metropolitana do Recife (RMR) em Abreu e Lima, Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho.

Nove internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) da unidade do Bongi, na Zona Oeste do Recife, fugiram neste domingo (18). A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do órgão que deve enviar uma nota explicando como os jovens conseguiram escapar e as providencias do Governo.

Na última sexta-feira (16), uma rebelião na unidade do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, deixou um morto e três feridos.

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Crianças e adolescentes atendidas pelo Centro de Internação Provisória de Pernambuco (Cenip), instituição ligada à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) recebem nesta quarta-feira (17), dois ônibus do Projeto Juventude Digital.  

A ideia é comemorar o Dia das Crianças, celebrado na última sexta-feira (12). A ação tem o objetivo de elevar a autoestima dos internos por meio de atividades lúdicas e inclusão digital para as crianças e adolescentes que estão em internação provisória.

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Um mutirão será realizado a partir desta segunda-feira (23) para analisar os processos dos reeducandos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). A ação que começa pela unidade do Cabo de Santo Agostinho conta com o apoio de 10 advogados da Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE) e outros seis da própria Funase. 

O mutirão contará com 10 defensores públicos e ocorrerá até o próximo dia 27. No primeiro momento será feito um levantamento de todos os adolescentes internados para depois ser realizado o atendimento.

Durante o mutirão as famílias dos internos receberão apoio da equipe interdisciplinar da Defensoria Pública, composta por assistente social e psicóloga. O objetivo desta medida é tomar providências judiciais em relação às necessidades emergenciais de segurança e saúde dos internos dentro da Funase, bem como realizar encaminhamentos para a rede de apoio de assistência social do Estado e dos municípios abrangentes.

Horas de angústia, desespero e falta de informação. Foi o que viveu os familiares, esposas e namoradas dos 368 internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, nesta quarta-feira (11). O saldo da barbárie que havia sido controlada na madrugada de hoje foi de três mortos e 14 feridos, além dos 11 jovens que, por estarem sob ameaça de morte, foram ou serão transferidos para outras unidades.

Sem água, energia e sob os escombros deixados da noite pavorosa, os internos iniciaram uma nova rebelião por volta das 9h desta quarta-feira. Com a chegada dos cerca de 50 homens do Batalhão de Choque, o clima de tensão aumentou. A cada tiro de bala de borracha disparado pelos policiais dentro da unidade, a tensão refletia-se no desespero dos familiares, que acompanhavam tudo do lado de fora da Fundação.

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A mãe do reeducando Edson dos Santos Bastos, 17 anos, a doméstica Rosinete Silva Bastos, 39, moradora do bairro de Dois Unidos, zona norte do Recife, estava nervosa com a falta de informações por parte da Funase sobre a situação dos detentos. “Desde ontem não sei como está meu filho, estou muito aflita”, contou. A doméstica também reclamou da falta de providência da instituição em resolver os problemas de superlotação e questionou o rigor da vistoria feita nos visitantes. “Nós somos vistoriados de maneira até constrangedora nos dias de visita. Não há necessidade disso”, protestou.

Outro familiar a reclamar da falta de informação foi o locutor Gilmar da Conceição Francelino, 38, primo do interno Aleff de Moura Pina, 17. “Vim de Goiana desde ontem à tarde e estou aqui que nem peru doido, rodando, rodando sem saber de nada. Estou muito preocupado com o que está se passando lá dentro”, reclamou. Ele também denunciou as condições precárias da instituição.

Por volta das 11h, uma agente da Funase divulgou à imprensa os nomes dos seis reeducandos feridos durante a madrugada. São eles: Clauberto Barros, Luiz Carlos da Silva, Alex Rogério, Alessandro Henrique, Marcos Paulo e Kemp Raí. Os ferimentos foram considerados leves e os internos já haviam sido medicados.

A diretora da unidade foi recebida em meio a vaias dos familiares dos detentos. As dezenas de pessoas gritavam "Fora, Suzete"! Momentos depois, ela informou que as mães, pais, esposas e namoradas dos internos poderiam entrar na unidade a partir das 14h de hoje, para uma visita rápida aos jovens. Porém, por volta das 15h foi anunciado que apenas cinco mães teriam acesso a unidade. A doméstica Rosinete Silva foi uma das escolhidas para a visita, ela tremia e chorava abraçada com um dos filhos à espera de entrar na unidade. Para ela, o desfecho do dia foi feliz, mas para as dezenas de mães que aguardavam ansiosas pela visita não foi confortante a decisão da administração da unidade. Elas gritavam: "Queremos entrar"!

O arrumador Eronildo Claudino Pinto, 41, entrou na unidade, mas mesmo sem ter visto seu filho disse que estava aliviado pelo fato da situação ter sido normalizada, já no final da tarde. “Está tudo bem com os jovens, mas não há condições de todos os pais entrarem. Está tudo quebrado e queimado lá dentro, por isso é melhor nós pais nos acalmarmos e esperarmos pelo próximo dia de visita”.

Por volta das 16h, ainda não havia água nem energia dentro da unidade, mas a previsão era de que em algumas horas esta situação seria normalizada.

Problemas - De acordo com a presidente da associação de Conselho Tutelar Estadual, Maria Conceição Pimentel, a rebelião se deu pela revolta dos internos com a atual administração da Fundação. “A situação é precária na unidade. Os jovens vivem em celas superlotadas e a alimentação é ruim, além das condições de higiene precárias. Eles defecam em potes de margarina ou em sacos plásticos. Fizemos um relatório de toda a situação e entregamos a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, quando ela esteve em novembro aqui em Pernambuco. Fora isso, Pernambuco responde ao Conselho Nacional de Justiça por tortura nas unidades do Estado”, explicou.

Ainda de acordo com Maria do Rosário, o Estado até agora não se posicionou sobre a construção de mais duas unidades de ressocialização de jovens, prevista no termo de ajustamento de conduta.

Foram identificados os três internos assassinados, na noite da última terça-feira (10), durante a rebelião na Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.

De acordo com a Gerência da Funase, Alan Fraga de Oliveira, 19 anos, teve a cabeça decapitada.  Os demais são José Mário de Oliveira Filho, 19, e Pedro Henrique de Oliveira Lima, 18, também foram mortos.

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