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Apesar de caminhar para a reta final da integração do CorpBanca, o Itaú Unibanco ainda tem obstáculos pela frente, que incluem mais ajustes no balanço do banco em 2018 e recuperar seu potencial de rentabilidade, encostando em seus pares no Chile. Não significa, contudo, que o chileno vai gerar mais resultados neste ano, admite o CEO do Itaú CorpBanca, Milton Maluhy. O foco, neste momento, é reforçar o balanço do banco e aproveitar a melhora da economia chilena neste ano, tanto do ponto de vista da oferta de crédito como para ganhar mais em receitas de serviços, em um movimento similar ao que o Itaú fez no Brasil nos últimos anos, reduzindo o risco e aumentando a lucratividade.

Diante disso, o Itaú CorpBanca vai continuar reforçando seu colchão para perdas, as chamadas provisões para créditos duvidosos (PDDs), já que a fusão trouxe uma carteira de crédito não muito alinhada com o apetite de risco do sócio brasileiro. "No fundo, a gente tenta minimizar as surpresas. O que queremos ter é menos coisas inesperadas e que as carteiras (de crédito) estejam devidamente provisionadas para que as surpresas não aconteçam em magnitude relevante", diz o CEO do Itaú CorpBanca, em entrevista exclusiva ao Broadcast, durante passagem ao Brasil.

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No que tange aos resultados, porém, o executivo, que está no comando do CorpBanca desde o fim de 2015, admite que o Itaú não está satisfeito, ainda que considere o desenrolar da integração em linha com as expectativas. Pesa, sobretudo, segundo ele, a adoção do "jeito Itaú" no banco chileno, que exigiu um reforço do colchão para perdas do CorpBanca e também uma mudança no modelo de negócios, migrando transações para os canais digitais, que são mais eficientes, e reforçando a linha de receitas de serviços em busca de resultados mais recorrentes nos próximos anos.

"Sabíamos que os primeiros anos, em termos de resultados, iam ser mais difíceis por todos esses ajustes que estão sendo feitos. Como entendemos que é um negócio que tem prazo de 3 anos, eu diria que terminaríamos a fusão no primeiro semestre de 2019, para ter um segundo semestre limpo da junção e ter um ano de 2020 inteiro, já pós-fusão. Esse é o plano", detalha Maluhy.

O Itaú, que desembarcou no Chile em 2007 após a aquisição do BankBoston um ano antes, selou uma fusão com o CorpBanca no início de janeiro de 2014, em linha com sua estratégia de crescer na América Latina. Quarto maior banco privado no Chile, considerando os dados de dezembro último, o Itaú CorpBanca soma US$ 46 bilhões em ativos. O Itaú controla a sociedade resultante da fusão, com valor de mercado de mais de US$ 5 bilhões - 36,06% de participação. Já os chilenos detêm uma fatia de 30,65% por meio do CorpGroup, cujo principal acionista é a família Saieh. O restante está nas mãos de minoritários.

Apesar de rumores de um relacionamento difícil entre os dois sócios, o CEO do banco chileno afirma que, do lado da família Saieh, há "consciência" do trabalho e dos ajustes que estão sendo feitos no Itaú CorpBanca. Segundo ele, não há insatisfação dos sócios, que estão "absolutamente comprados" com o projeto de longo prazo do Itaú CorpBanca. "Ao contrário, as relações (entre o Itaú e o CorpBanca) vão super bem e estão (a família) convencidos de que estamos no caminho correto", afirma.

Questionado sobre se o Itaú teria interesse em adquirir a participação do sócio chileno, assim como fez no caso da sociedade com o mineiro BMG, Maluhy diz que essa pergunta tem de ser feita ao acionista. O Itaú Unibanco Holding, por sua vez, garante que a questão "não está na pauta dos acionistas" a despeito de reforçar que o CorpBanca é sua prioridade na América Latina, bem como ter uma posição de capital extremamente confortável. Do lado do Itaú CorpBanca, Maluhy afirma ainda que não tem conhecimento da intenção da venda - por parte da família Saieh.

Opção de venda

No ano passado, porém, o Itaú ampliou a sua participação no CorpBanca ao comprar 1,8 bilhão de ações detidas pelo CorpGroup. A família aproveitou uma opção de venda (put option) de ações prevista no acordo de acionistas. Poderia se desfazer de até 6,6% de sua participação até outubro do ano passado. Optaram, porém, por vender apenas cerca de 2%.

Mas a opção de venda tem também uma possibilidade de compra (call) por parte da família, em até cinco anos. Assim, eles poderão recomprar neste prazo, pelo mesmo valor de venda, acrescido de uma taxa de juros. Na prática, conforme Maluhy, é um instrumento de liquidez aos sócios.

Há, contudo, uma segunda put option associada ao resultado do Itaú CorpBanca, descontado o dividendo. Se esse valor ficar abaixo do limite determinado em US$ 370 milhões, a família pode exercer a opção de venda de ações correspondente à diferença. Neste caso, também tem o direito de recomprar essa fatia em até 5 anos.

Essa segunda opção de venda vale por oito anos fiscais. O primeiro deles é 2017, quando o lucro líquido da instituição somou US$ 93 milhões, abaixo do patamar que permite à família Saieh acionar a opção de venda.

No limite, se não exercer seu direito de recompra, a família poderia zerar sua participação somente com as opções de venda em até 8 anos. Caso sua fatia caia, porém, abaixo de 17%, o CorpGroup perde seus direitos políticos e, com eles, a indicação de conselheiros e do presidente do Conselho de Administração do banco. Logo, não faria sentido reduzir a fatia abaixo deste patamar.

Peso

O problema é que a integração do CorpBanca com o Itaú já pesa nos negócios do CorpGroup, controlado pela família Saieh. Depois da Moody's, essa semana foi a vez da Standard & Poor's rebaixar o rating da empresa de B- para CCC+, com perspectiva negativa, por conta da dificuldade de honrar suas dívidas nos próximos anos com um menor fluxo de dividendos do CorpBanca. Em relatório, a agência de classificação de riscos destaca que o atraso na consolidação de resultados da integração com o Itaú e o impacto de maiores provisões prejudicam a posição do CorpGroup.

Maluhy pondera, entretanto, que os momentos mais difíceis do Itaú CorpBanca estão sendo exatamente os primeiros anos da fusão. Superar esta etapa, conforme ele, é fundamental. "Acho que estamos na direção correta. Portanto, do ponto de vista do investidor, ninguém deveria ter intenção em vender, porque obviamente o banco não está no melhor momento nem de resultado nem de preço da ação", acrescenta o executivo.

Quando se uniu ao CorpBanca, em 2014, o Itaú imaginava que conseguiria controlar o quarto maior banco do Chile em ativos sem pagar prêmio, como aconteceu nas operações com o BMG, em consignado, e na seguradora Porto Seguro. Desta vez, contudo, a instituição das famílias Setubal, Moreira Salles e Villela não conseguiu o mesmo feito. Pelo contrário, a fusão atrasou por questões regulatórias e ainda a dificuldade de combinar dois banqueiros em um mesmo grupo, cujo relacionamento, conforme fontes, não é tão amistoso.

O ano de 2018, após atrasos nas sinergias de custos, marca o início da terceira fase de integração do BIC, do Itaú, com o CorpBanca. Até agora, segundo o CEO do Itaú CorpBanca, cerca de 40% do potencial esperado foram alcançados. A partir do mês que vem, sistemas e plataformas da operação do Itaú e do CorpBanca começam a ser migrados para que fique apenas um banco sob o ponto de vista de tecnologia, conforme Maluhy.

O rito final da integração do brasileiro com o chileno se dará, de fato, com a unificação dos data centers, migrando os do ex-CorpBanca para os do ex-Itaú. Maluhy espera que isso ocorra até o primeiro semestre de 2019, quando, , a instituição conseguirá colocar um ponto final neste processo.

O Itaú Unibanco revisou levemente para baixo a sua previsão para a taxa de inflação medida pelo IPCA para 2017, de 3,3% para 3,2%, mostra relatório distribuído nesta quinta-feira, 23, a jornalistas. Para 2018, a expectativa permanece em 3,8%. Além disso, a instituição financeira reafirmou sua projeção de que a Selic termina 2017 a 7,0% ao ano e chega ao fim de 2018 a um nível de 6,5% ao ano.

O banco também manteve suas estimativas para o PIB, com crescimento de 0,8% em 2017 e de 3,0% para o ano que vem, e para o câmbio, de R$ 3,25 no fim de 2017 e de R$ 3,50 no fim de 2018.

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A expectativa para o déficit primário segue em 2,3% do PIB este ano e em 2,1% para o ano que vem. As previsões para a taxa de desemprego são de 12,5% no fim de 2017 e de 11,8% para o término de 2018.

Estão disponíveis as inscrições para a seleção do Programa Trainee Itaú Unibanco. Podem participar do processo seletivo profissionais das áreas de Humanas e Exatas, com graduação entre dezembro de 2015 e dezembro de 2018. As candidaturas devem ser feitas até 4 de setembro por meio do site da instituição financeira.

De acordo com o Itaú, o programa tem duração de doze meses e os selecionados passarão por treinamentos técnicos e comportamentais, com participação em projetos cujas áreas de atuação serão divulgadas posteriormente. “Buscamos profissionais empreendedores, inovadores e que tenham grande capacidade de aprendizado e trabalho colaborativo”, comenta o diretor de pessoas do Itaú Unibanco, Marcelo Orticelli, conforme informações da assessoria de imprensa.

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A seleção prevê, além do processo de inscrição online, entrevista com executivos e gestores da companhia financeira. Entre os benefícios prometidos pelo programa estão remuneração compatível com o mercado, participação nos lucros da empresa, vale refeição, plano de previdência privada e parceria em estabelecimentos comerciais.

Os selecionados atuarão em São Paulo, das 9h às 18h, de segunda à sexta-feira. A previsão de início das atividades é para janeiro de 2018. Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas no site do programa.

 

O Itaú Unibanco divulgou esclarecimento sobre a investigação da 8ª fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta quinta-feira (1º). Segundo a nota, a Polícia Federal fez diligência nas dependências do Itaú Unibanco e o objeto da operação foi a busca de documentos relativos a processos tributários do BankBoston.

"O Itaú Unibanco esclarece que em 2006 o Itaú adquiriu, do Bank of America, as operações do BankBoston no Brasil. O contrato de aquisição não abrangeu a transferência, para o Itaú, dos processos tributários do BankBoston. Esses processos continuaram de inteira responsabilidade do Bank of America. O Bank of America é, assim, o único responsável pela condução desses processos. O Itaú não tem qualquer ingerência em tal condução, inclusive no que se refere a eventual contratação de escritórios ou consultores", esclareceu o banco, na nota enviada à imprensa.

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A operação apura esquemas de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que avalia recursos de grandes contribuintes em débito com a Receita Federal.

Na 8ª fase deflagrada nesta quinta, cerca de cem policiais federais estão cumprindo 34 mandados judiciais, sendo 21 de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Conforme a Polícia Federal, houve sucesso na manipulação de processos administrativos fiscais em ao menos três ocasiões.

A Black Friday brasileira, a megaliquidação inspirada no evento que ocorre todos os anos no varejo dos Estados Unidos um dia depois do dia de Ação de Graças, quando as lojas liquidam os estoques antigos de produtos, virou um balaio de gatos. De alimento a veículos, passando por viagens e até diária de motel, tudo é passível de desconto.

Na Black Friday deste ano ganhou força o abatimento em produtos financeiros, especialmente no momento em que a demanda por crédito está em baixa e os bancos querem ampliar o volume de empréstimos.

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O banco Santander, por exemplo, vai oferecer condições especiais para linhas de crédito destinadas a pessoas físicas e jurídicas entre os dias 21 e 25 deste mês. No crédito pessoal e no consignado, por exemplo, o corte na taxa de juros é de 15%. Para a empresa que contratar duas ou três maquininhas de cartão, o desconto será de 50% no valor do aluguel até o carnaval, diz o banco.

O Estado apurou que o Itaú Unibanco também deve a aproveitar a Black Friday para comercializar planos de Previdência. Procurada, a assessoria de imprensa do banco informou, até o fechamento desta edição, que não havia conseguido resposta da área responsável.

Por causa da crise, o aperto neste ano é tão grande no varejo que até pratos prontos e viagens de intercâmbio vão entrar na rota de descontos. As lojas do Hirota Food Express vão oferecer corte de 20% no preço de oito pratos prontos só no dia 25 de novembro. Já a empresa de intercâmbio Global Study começou ontem a dar desconto de até R$ 8 mil em viagens de intercâmbio para estudantes.

Com tantos setores envolvidos, a expectativa do mercado é que a Black Friday deste ano atinja faturamento de R$ 2,1 bilhões, com crescimento de 34% em relação ao evento de 2015, apesar da crise.

O PIB mensal calculado pelo Itaú Unibanco (Pibiu) caiu 0,4% em maio ante abril - após ajuste sazonal - e recuou 4,1% na comparação com maio do ano passado. Em 12 meses, o indicador acumula queda de 4,7%, o maior recuo desde o início da série histórica, em 2003. Na margem, houve retração de sete dos dez itens que compõem o indicador (difusão de 30%).

Observando-se a desagregação por atividades, o resultado do mês foi puxado pela queda na indústria de transformação (-0,6%) e nas vendas no varejo ampliado (-0,4%). "Pelo lado positivo, a indústria extrativa cresceu 1,4%", diz o Itaú em relatório. Para junho, o banco espera avanço do Pibiu, de 0,2%, com melhora na produção industrial. Daí em diante, a tendência deve ser de "relativa estabilização" da atividade econômica a partir do segundo semestre.

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Segundo o Itaú, caso sua projeção para o Pibiu de junho se confirme, o indicador deve cair 0,2% no acumulado do segundo trimestre. Para o PIB oficial medido pelo IBGE, o banco estima contração de 0,7% da economia entre abril e junho.

O Itaú Unibanco anunciou Mário Magalhães Carvalho Mesquita como seu novo economista-chefe, ocupando a posição que foi de Ilan Goldfajn, atual presidente do Banco Central (BC). O economista irá liderar a área de Pesquisa Macroeconômica do banco, que hoje conta com 36 pessoas, sendo 24 economistas.

"Mário é um profissional de sólida formação e ampla experiência no mercado financeiro. Reúne as competências e a experiência necessárias para dar sequência ao trabalho que vem sendo desenvolvido nessa área dentro do banco", disse Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco Holding, em nota à imprensa.

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No cargo de economista-chefe do Itaú, Mesquita vai apoiar as áreas do banco, seus clientes e demais públicos de interesse via análises e cenários sobre a economia brasileira, latino-americana e mundial. Ele é doutor e mestre em Economia pela Universidade de Oxford e ainda Mestre em Economia do Setor Público pela PUC/RJ e Bacharel em Economia pela UFRJ.

Mesquita atuou como economista e sócio do banco Brasil Plural por quatro anos. Tem passagens ainda como diretor do BC de junho de 2006 a março de 2010, liderando a área de pesquisa macroeconômica. Foi economista-chefe para o Brasil no Banco ABN AMRO, entre os anos de 2000 e 2006 e, em 2005, assumiu também a América Latina.

O economista atuou ainda como de Diretor Setorial de Economia da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e integrou a equipe de economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Meu objetivo é manter o trabalho já realizado, com foco em análises de cenário e ao mesmo tempo acessíveis ao grande público. Tenho convicção de que, apoiado pela equipe de pesquisa, poderei agregar valor na discussão sobre o atual cenário e os desafios impostos à economia para os próximos anos, bem como sobre as oportunidades que surgirão na medida em que a recuperação econômica se consolide", afirmou Mesquita.

No relatório divulgado no início da tarde desta quarta-feira (15) em que revisou diversos indicadores da economia brasileira, o Itaú Unibanco avaliou que apesar da redução dos desequilíbrios fiscais, o corte de despesas ainda não é suficiente para compensar a queda na arrecadação e, em meio a um cenário de enfraquecimento da atividade, a implementação do ajuste fiscal ficou mais difícil.

Para o banco, os indicadores antecedentes e coincidentes sinalizam que a retração da atividade econômica pode ser mais longa e intensa do que o esperado anteriormente, apontando, inclusive, uma queda no terceiro trimestre de 2015.

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A estimativa para este ano foi revisada para queda de 2,2% do Produto Interno Bruto, ante 1,7%, e a projeção de superávit primário foi cortada para 0,5% do PIB, ante 0,7% anteriormente. "Avaliamos que o impacto da queda na atividade econômica no superávit primário deste ano seja de R$ 43 bilhões, ou 0,7% do PIB (R$ 28 bilhões, 0,5% do PIB anteriormente)", diz o relatório enviado a clientes. O corte já considera um cenário de maior volume de receitas extraordinárias ainda neste ano, totalizando R$ 15 bilhões. A estimativa anterior era de R$ 10 bilhões.

O Itaú Unibanco considera, no entanto, que o corte dos gastos públicos ainda é insuficiente para compensar o recuo do lado das receitas, mesmo reconhecendo uma "mudança significativa" no padrão dos gastos públicos com a adoção de uma postura contracionista do lado do gasto.

"O gasto federal recuou 1,1% em maio ante o mesmo mês do ano passado, e 1,3% no acumulado do ano, em termos reais", enquanto, em 2014, houve avanço de 5,2%, e, em 2013, de 6,4%, em termos reais. Por outro lado, houve aumento de gastos obrigatórios, especialmente com previdência (4,3%), o que "mostra a dificuldade de se implementar um ajuste fiscal relevante do lado da despesa", observa o Itaú Unibanco.

Dívida pública

As recentes mudanças no nível do câmbio devem ampliar a diferença entre a dívida líquida e a dívida bruta, segundo o Itaú Unibanco. "A depreciação é favorável à dívida líquida, devido ao ajuste patrimonial positivo sobre as reservas internacionais. A nosso ver, tanto a dívida bruta quanto a líquida apresentarão tendência ascendente, porque o superávit primário segue abaixo do nível consistente com a estabilização da dinâmica da dívida", diz a nota.

A instituição financeira classifica como "surpreendentemente positivo" o resultado positivo acumulado pelos governos regionais em 2015. Segundo o banco, Estados e municípios acumularam superávit primário de R$ 19,2 bilhões (0,3% do PIB esperado para o ano completo), superior à meta de R$ 11 bilhões (0,2% do PIB) para este ano.

"O desempenho positivo reflete uma postura mais rígida do Tesouro Nacional em termos de financiamento e uma maior arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia (impulsionada pelo aumento de preços de energia)", explica o Itaú Unibanco. A projeção, no entanto, é de uma redução nos próximos meses, com os governos regionais encerrando 2015 com um superávit primário em linha com a meta.

Já para o governo central, deve haver dificuldade em alcançar a meta de 2015, de R$ 55 bilhões (0,9% do PIB). O Itaú Unibanco ressalta que, no acumulado do ano, o superávit primário do governo central chegou a R$ 6,6 bilhões. "Considerando que o período entre janeiro e maio representa historicamente 52% do resultado anual, os R$ 6,6 bilhões deste ano ressaltam a dificuldade para o governo central de alcançar a meta de 2015".

O Departamento Econômico do Itaú Unibanco divulgou nesta segunda-feira, 11, relatório informando que elevou de 8,2% para 8,5% sua projeção de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2015. Para 2016, o banco manteve a previsão constante no relatório anterior, de uma inflação de 5,5%.

De acordo com os economistas do banco, a revisão para cima da expectativa em relação ao IPCA deste ano foi motivada, entre outros fatores, pela elevação tributária em alguns preços administrados. Os principais fatores de alta vieram da elevação na alíquota de ICMS no Estado do Paraná para uma série de produtos, do reajuste autorizado para jogos lotéricos em um porcentual acima do esperado, além da incorporação da proposta de reajuste na tarifa de energia elétrica da Eletropaulo.

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"Esses fatores, entre outros de menor magnitude, afetaram tanto a projeção de preços livres quanto a dos preços administrados", afirmam os economistas do Itaú Unibanco.

Tanto que, para os preços livres - aqueles que são formados no mercado sob a dinâmica da oferta e da demanda -, o Itaú Unibanco elevou sua projeção neste ano de 6,8% para 6,9%. "Elevamos a projeção para a alimentação no domicílio de 7% para 7,4% diante dos resultados mais pressionados na margem e do efeito estimado da elevação do ICMS no Paraná sobre gêneros alimentícios".

"Para os serviços, ajustamos ligeiramente a projeção do ano, de 7,8% para 7,9%, diante da maior pressão de alimentação fora do domicílio e de alguns serviços mais dependentes do consumo de energia elétrica", disseram os economistas do Itaú Unibanco.

O Departamento Econômico do Itaú Unibanco elevou de 0,25 para 0,50 ponto porcentual sua projeção de alta da Selic (a taxa básica de juros). Os economistas da instituição esperam ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promova mais uma puxada na taxa, elevando-a ao patamar de 13% ao ano, só que neste caso no fim do ano. Atualmente, a Selic está 12,25% ao ano.

Eles tomaram como base para revisar a previsão da alta de juro a pressão que a depreciação recente da taxa de câmbio exerce sobre a já acelerada inflação de curto prazo. Para eles, a pressão do câmbio sobre os preços vai exigir da autoridade monetária uma postura mais dura no manuseio da política de juro. "Declarações recentes de membros do Copom ressaltando a especial vigilância sobre a inflação reforçam essa conclusão", dizem os economistas.

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Para 2016, o Itaú Unibanco espera uma queda acumulada na Selic de 1 ponto porcentual, para 12% ao ano. "Dependendo da evolução da atividade econômica e da inflação, a flexibilização esperada para 2016 pode ser antecipada para o segundo semestre de 2015", ponderam os economistas do banco.

Depreciação

A taxa de câmbio, ressaltam os economistas do Itaú Unibanco, se depreciou aproximadamente 8% desde o início do ano e vem se estabelecendo em patamares acima de R$ 2,80 por dólar. "O movimento do câmbio foi mais rápido do que esperávamos. O câmbio mais depreciado adiciona pressão à inflação de curto prazo, que já se encontra elevada em consequência do ajuste de tarifas públicas", reforçam. Neste ambiente, a resposta de política monetária tende a ser, segundo eles, mais dura, para evitar que a pressão de curto prazo se prolongue e contamine as expectativas de inflação.

Os economistas tomaram também como indicação de que o BC vai apertar a política monetária a declaração recente do diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira, segundo a qual o BC sabe "que esse processo está em curso na primeira parte do ano e que é fundamental que a política monetária trabalhe e mantenha-se especialmente vigilante, para garantir que as pressões de curto prazo não se propaguem para os horizontes mais longos".

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, afirmou que seu cenário básico para a economia em 2015, que estima uma alta de 1,3% do PIB, com inflação de 6,4%, considera ajustes, especialmente com melhora no resultado das contas públicas. "No próximo ano, o nível de atividade estará se recuperando, mas continuará fraco", ponderou.

Ilan Goldfajn estima que o superávit primário no próximo ano deverá atingir 1,5% do PIB, pouco acima de 1,3% do produto interno bruto previsto para este ano. "Um primário de 2% do PIB leva a dívida pública para uma trajetória estável", destacou.

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"Nosso cenário principal considera área fiscal melhor, recuperação da economia e juros estáveis em 11% até o final de 2015", destacou. "De certa forma, cenário para o próximo ano é de volta à normalidade. A queda dos investimentos, como deve ocorrer em 2014, vai passar", apontou. O Itaú Unibanco prevê uma retração de 5,5% da Formação Bruta de Capital Fixo em 2014, mas deve ocorrer leve elevação de 0,3% no próximo ano.

"Com ajustes no País, deve haver aumento da oferta no Brasil nos anos seguintes a 2015", destacou Ilan Goldfajn. "Há a volta dos investimentos no próximo ano e o setor de infraestrutura vai ajudar", disse. Contudo, ele prevê um movimento gradual de evolução da FBCF, que deverá atingir a taxa de 19,5% do PIB em três ou quatro anos. "Com nossas projeções para a economia, a inflação deverá voltar à meta em 2017 ou 2018", destacou.

Goldfajn, estima que o superávit primário neste ano deverá atingir 1,3% do PIB, o que será motivado em boa parte devido a um desempenho abaixo do esperado das receitas. "Desta forma, ficará mais difícil atingir a meta de 1,9% do primário para este ano", destacou. Ele projeta que as receitas extraordinárias responderão por 0,6% do PIB neste ano, o que será quase a metade do resultado primário do setor público consolidado.

Câmbio

O economista-chefe do Itaú afirmou que o atual programa de intervenções do Banco Central no câmbio, através da realização de swaps, deverá ser mantido pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2015. Segundo ele, tal estratégia do BC será necessária devido ao processo de normalização da política monetária nos EUA.

Ele espera que o Federal Reserve deverá começar a elevar os juros básicos da economia, que estão na faixa entre zero e 0,25% hoje, no segundo trimestre do próximo ano. Com elevações graduais de 0,25 ponto porcentual da taxa, ele espera que os fed funds deverão atingir 1,25% no final do ano que vem.

"Não se trata somente de alta de juros pelo Federal Reserve, mas inclusive numa modificação do fluxo de capitais pelo mundo, inclusive em relação aos países emergentes", destacou Goldfajn. Nesse contexto, ele espera que o câmbio no Brasil deverá atingir R$ 2,40 em dezembro deste ano e chegará a R$ 2,50 no encerramento de 2015.

Rating

As agências internacionais de rating deverão manter o rating soberano no Brasil em 2015. "Downgrade só deveria ocorrer num cenário sem ajustes da economia", destacou.

Goldfajn destacou que o próximo governo deverá debater internamente sobre questões estruturais para o País, como a adoção de uma reforma tributária parcial e como melhorar as receitas do setor público.

Com o recuo de 1,8% do PIB Mensal Itaú Unibanco (PIBIU) no mês de junho ante maio, o Itaú Unibanco prevê que o PIB do Brasil, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tenha recuado 0,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre. O banco não leva em consideração uma revisão do PIB e trabalha com a alta de 0,2% da economia no primeiro trimestre informada originalmente. O PIB mensal do Itaú baixou 1,3% entre abril e junho, na comparação com os três meses anteriores.

Devido ao fraco nível de atividade econômica, o Itaú projeta que o crescimento do Brasil em 2014 ficará em 0,6% e deverá acelerar para 1,3% em 2015. De acordo com o banco, as condições fiscais não são favoráveis e estão diminuindo as chances de o governo cumprir a meta de um superávit primário de 1,9% do PIB este ano. Segundo a instituição, o superávit deverá alcançar 1,3% em 2014 e 1,5% em 2015.

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Em relação ao balanço de pagamentos, o Itaú espera que o câmbio chegue ao fim do ano a R$ 2,40 e atinja no encerramento de 2015 R$ 2,50. Esse fator deverá colaborar para uma redução do déficit de transações correntes, cuja previsão do banco é de 3,7% do PIB este ano e 3,2% em 2015.

1º trimestre

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, disse, nesta terça-feira, 19, que o PIB no primeiro trimestre deve ser revisado pelo IBGE de uma alta de 0,2% para uma marca entre zero e recuo de 0,1%. O banco estima que a economia no segundo trimestre apresentou uma queda de 0,4%, na margem. "Isso caracterizaria uma estagnação do PIB no primeiro semestre", avaliou.

"A economia deve apresentar recuperação no segundo semestre. Mas não vemos sinais ainda disso", destacou Goldfajn. Ele projeta uma alta do PIB de 0,6% para 2014. Para o próximo ano, o banco espera um incremento de 1,3%. "Em meados de 2015, o consumo deve começar a puxar o crescimento novamente, especialmente com redução do endividamento das famílias e um desempenho mais favorável da inflação", disse o economista Caio Megale.

Gasolina

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, estima um aumento dos preços da gasolina de 8% na refinaria no fim deste ano, o que representaria uma alta de 5% na bomba dos postos de combustíveis. Com essa previsão, ele estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 6,3% em 2014. Para 2015, a projeção de alta do índice de inflação é de 6,4%, que considera uma elevação de 8% na refinaria daquele derivado de petróleo, sendo novamente 5% na bomba.

"Nossa estimativa é de que a defasagem média da gasolina na refinaria em relação a preços internacionais é de 15%. Portanto, é viável que em dois anos ela seja corrigida", comentou Goldfajn. Segundo ele, a estimativa para o IPCA em 2014 mostra a inflação alta, mas mais bem comportada, em função de alguns fatores, como o recuo dos preços de alimentação e os efeitos do nível de atividade mais fraco sobre os preços livres.

O alto nível de endividamento das pessoas no Brasil exige que os bancos peçam mais garantias dos clientes, conforme o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal. "Há oportunidade de aumentar empréstimos a consumidores no Brasil. As vendas de carros estão crescendo e o financiamento ao consumo fez muito por isso. Mas hoje os consumidores não conseguem ter mais dívida. Haverá algo mais em linha com a renda no Brasil. Não tem espaço para alavancagem na renda", avaliou ele, em São Paulo, nesta manhã.

Segundo ele, a oferta de crédito está em linha com o nível de dívida que o consumidor tem condições de lidar. Setubal citou negócios específicos como crédito consignado (com desconto em folha), no qual o banco está mais bem posicionado após a joint venture com o BMG, especializado nesta área. Falou ainda sobre crédito imobiliário, no qual o Itaú vem crescendo 30% ao ano e ainda há potencial de expansão. "Essa indústria (imobiliária) ainda está se desenvolvendo e há grande potencial", afirmou ele.

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Os bancos, conforme o executivo, são uma "maratona". No longo prazo, de acordo com Setubal, precisam ser sustentáveis, ter capital, estratégia, tecnologia e pessoas certas. No entanto, ele lembrou que não é algo que pode ser feito da noite para o dia. Ele disse que quando se inicia um negócio é preciso cuidado para aprender sobre este mercado. "Quando há um banco muito agressivo, usualmente, há obstáculos no caminho. No Brasil, os bancos públicos vêm sendo agressivos", concluiu Setubal.

O Itaú Unibanco seguiu reduzindo a oferta de crédito para a aquisição em veículos no primeiro trimestre deste ano como já tinha sinalizado anteriormente. Em contrapartida, a carteira de crédito consignado (com desconto das parcelas devidas em folha) foi o destaque de alta na pessoa física no período.

Os empréstimos consignados somaram R$ 180,636 bilhões nos três primeiros meses de 2014, queda de 0,6% ante dezembro e aumento de 10,3% em um ano. O consignado impulsionou o desempenho da carteira ao avançar 9,2% e 51,6%, respectivamente, para R$ 24,652 bilhões. Imobiliário veio em seguida e totalizou R$ 19,165 bilhões ao final de março. O montante é 4,2% maior na comparação trimestral e 31,7% superior em 12 meses.

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Na outra ponta, crédito a veículos teve queda de 8,0% em março ante dezembro, para R$ 37,086 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo foi ainda maior, de 23,6%. Durante coletiva de imprensa anterior para comentar os resultados de 2013, Roberto Setubal, presidente-executivo do Itaú, disse que a carteira de veículos deve se estabilizar e voltar a crescer ao longo de 2014.

Ainda na pessoa física, o segmento de cartão de crédito caiu 2,3% em março ante dezembro, para R$ 52,966 bilhões. A cifra é, porém, 28,1% maior que a registrada em um ano. No crédito pessoal, foram alcançados R$ 27,756 bilhões, alta de 3,3% e 1,8%, respectivamente e na mesma base de comparação.

A carteira de pessoa jurídica do Itaú teve declínio de 1,2% no primeiro trimestre ante o último de 2013, para R$ 227,656 bilhões. Em um ano, cresceu 9,7%. Grandes empresas avançou 0,6% em março ante dezembro e 16,9% em 12 meses, para R$ 191,260 bilhões. O segmento de micro, pequenas e médias empresas teve queda de 1,9% e de 3,6%, respectivamente, para R$ 83,822 bilhões.

O segmento que mais cresceu na comparação trimestral na segmentação em produtos foi financiamento a exportação/importação com avanço de 6,6% e de 25,2% em 12 meses. Capital de giro e veículos tiveram redução no volume de empréstimos no primeiro trimestre ante o quarto do ano passado, de 4,2% e 3,9%, respectivamente. Imobiliário e rural subiram 1,4% e 3,9%, nesta ordem.

O crédito para América Latina (excluindo Brasil), incluindo Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai, totalizou R$ 21,427 bilhões ao final de março, queda de 6,5% ante dezembro. Em um ano, foi registrado aumento de 22,9%.

Os empréstimos totais do Itaú, que inclui avais e fianças, encerraram março com saldo de R$ 480,120 bilhões, recuo de 0,7% ante a cifra de dezembro, de R$ 483,397 bilhões. Na comparação anual, quando a carteira estava em R$ 434,239 bilhões, houve expansão de 10,6%. No quesito "ajustado", que considera debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários e Commercial Paper, teve alta de 11,4% em 12 meses e atingiu R$ 508,2 bilhões. Ante dezembro foi registrada queda de 0,3%.

O presidente do executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, avaliou que o resultado financeiro da instituição em 2013 foi bom, além de ser o melhor resultado desde a fusão dos dois bancos. "Foi consequência de uma série de ajustes que o banco fez nos últimos anos, colhendo ajustes dessas políticas de risco de crédito", avaliou ele, em entrevista com a imprensa nesta terça-feira (4).

O executivo mencionou a melhora que o Itaú Unibanco obteve nas despesas de provisão para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, controle efetivo nas despesas do banco, proporcionando que as receitas e a carteira de crédito do Itaú crescessem em 2013 mesmo com uma economia não muito favorável, com expansão da ordem de 2,5%. Para este ano, conforme ele, levando em conta que a economia vai crescer na faixa de 2%, o ambiente de crédito deve continuar melhorando.

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"A inadimplência deve continuar caindo, 2014 será um ano bastante normal e tranquilo no setor bancário. Há preocupação sempre quando tem inadimplência subindo, mas neste momento, a inadimplência está caindo", afirmou Setubal.

O Itaú Unibanco anunciou nesta terça lucro líquido de R$ 4,646 bilhões no quarto trimestre de 2013, cifra 33% superior ao mesmo período de 2012, de R$ 3,492 bilhões. Em relação ao terceiro trimestre foi vista alta de 16,3%. No ano passado, o resultado ficou em R$ 15,696 bilhões, montante que representa aumento de 15,5% em relação ao lucro de 2012.

A carteira de crédito total do Itaú Unibanco, que inclui avais e fianças, encerrou dezembro com saldo de R$ 483,397 bilhões, 5,9% maior que a cifra registrada em setembro, de R$ 456,561 bilhões. Na comparação anual, quando a carteira estava em R$ 426,595 bilhões ao final de 2012, foi registrada expansão de 13,3%.

O Itaú Unibanco elevou suas receitas de prestação de serviços no terceiro trimestre, incluindo as rendas de tarifas bancárias, impulsionadas por operações de crédito e garantias prestadas e administração de recursos. Esses ganhos avançaram 3,6% de julho a setembro ante os três meses imediatamente anteriores, totalizando R$ 5,591 bilhões. Em 12 meses, o avanço foi ainda maior, de 11,06%.

De janeiro a setembro, as receitas do Itaú com serviços cresceram 24,0%, totalizando R$ 16,111 bilhões. O aumento foi estimulado, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, pelas linhas de serviços de conta corrente e às receitas com cartões de crédito, impulsionadas pela aquisição das ações dos minoritários da Rede (ex-Redecard) ao final de 2012.

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Quando considerados os ganhos com a operação de seguros, as receitas do Itaú foram a R$ 7,004 bilhões no terceiro trimestre, expansão de 2,6% ante junho e de quase 23% em um ano. No acumulado de 2013 até setembro, o resultado ficou em R$ 20,310 bilhões, aumento de 21,7% em um ano. Para este exercício, o Itaú espera que as receitas de serviços, incluindo as operações de seguros, tenham crescimento de 15% a 18%.

"Tivemos bom crescimento das receitas com serviços por meio de novas adesões aos pacotes do Itaú Uniclass, por exemplo, com serviços diferenciados que agregam mais valor para o cliente", explica Rogério Calderón, diretor Corporativo de Controladoria e Relações com Investidores do Itaú Unibanco, em nota à imprensa.

Os destaques de crescimento nas receitas do banco, operações de crédito e garantias prestadas e a linha de administração de recursos, avançaram 14,8% e 13,3% ao final de setembro, respectivamente, em relação a junho. Os ativos sob administração do Itaú totalizaram R$ 622,4 bilhões em setembro de 2013, com alta de 2,3% em relação ao trimestre anterior e de 19,8% ante o mesmo período de 2012.

As receitas com cartões de crédito do Itaú totalizaram R$ 2,281 bilhões no terceiro trimestre, alta de 4,9% ante os três meses anteriores. No acumulado do ano até setembro, a alta foi de 42,1% ante 12 meses. Em contrapartida, os ganhos de serviços com conta corrente reduziram 0,9%, na mesma base de comparação.

O Itaú Unibanco confirmou nesta quarta-feira (2), a criação de uma nova bandeira de cartões, a Hiper, conforme antecipou ontem o Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. A marca foi criada, conforme o banco, por meio da experiência que a instituição teve com a Hipercard e será emitida em cartões de crédito. "A Hiper já nasce com uma marca mãe, a Hipercard, que fala com todos os públicos e com aceitação nacional", disse o diretor executivo de Marketing do Itaú Unibanco, Fernando Chacon, à imprensa.

A base potencial de clientes da Hiper é, conforme o Itaú, de 40 milhões do conglomerado do banco. A nova bandeira será aceita em cerca de um milhão de estabelecimentos credenciados pela Redecard.

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O cartão com a bandeira Hiper terá anuidade mensal de R$ 10,00 por mês convertido em R$ 12,00 também mensais em crédito no celular. A primeira emissão do novo plástico será feita pelo Itaucard, entretanto o banco vai buscar parcerias com varejistas.

A nova bandeira de cartões do Itaú vai concorrer, conforme fontes ouvidas pelo Broadcast, com a Elo, de Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. No entanto, Milton Maluhy, diretor executivo da área de cartões do Itaú Unibanco, disse que as marcas são diferentes e que a Hipercard vai continuar existindo. "Não haverá tombamento da base já existente", disse ele. A Hipercard pertencia à rede de supermercados nordestina Bompreço, comprada pela varejista americana Walmart. Na mesma operação, o Unibanco ficou com a carteira de clientes da bandeira, em 2004.

Maluhy reforçou ainda a importância da área de cartões dentro do conglomerado, citando o fechamento de capital da Redecard e a aquisição da Credicard. "A área de cartões tem uma participação muito importante no resultado do banco. Esperamos que este setor continue ocupando espaço, seja em emissão ou adquirente, e que continue crescendo. O mercado de cartões tem expectativa de crescimento relevante e potencial para alcançar o patamar de mercados mais desenvolvidos", concluiu ele.

A mudança no patamar do câmbio começa a causar efeitos sobre a balança comercial, de acordo com a economista do Itaú Unibanco, Gabriela Fernandes. Ela identificou o movimento em agosto, com a queda de 4,4% na importação de máquinas e equipamentos, depois da retração de 12% em julho. Os bens duráveis também apresentaram impactos, pois caíram 2,4% no mês passado e 9% no anterior. "Quando ocorre uma depreciação importante do real, os bens de capital são os primeiros a registrar impacto", comentou, referindo-se ao encarecimento dos produtos com o fortalecimento do dólar.

Segundo Gabriela, a tendência é que bens de capital e duráveis continuem a registrar redução de importações nos próximos meses. Existe também a possibilidade de bens intermediários serem os próximos. Para setembro, a especialista acredita que o saldo comercial deva obter um superávit superior a US$ 1,226 bilhão apurado em agosto.

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De acordo com a economista do Itaú Unibanco, os destaques positivos para as exportações em quantum da balança comercial em agosto foram milho e soja. O milho apresentou uma alta de 10% ante o mesmo mês de 2012.

No caso da soja, também foi registrado um resultado bem favorável, pois o volume de toneladas vendido para o exterior avançou 131% no período de agosto na comparação com o oitavo mês de 2012. "As exportações de soja estão muito relacionadas com as compras da China. A economia daquele país apresenta certa desaceleração, mas apresenta um consumo elevado de alimentos, o que beneficia o Brasil", ponderou a especialista.

Na avaliação de Gabriela, deve levar cerca de um ano para que as exportações brasileiras, especialmente de manufaturados, registrem significativa influência positiva do câmbio. Neste contexto, ela espera que o resultado comercial em 2013 deva ficar estável e aposta em saldo favorável de US$ 10 bilhões no ano que vem. Em suas estimativas, considerou o câmbio na marca de R$ 2,45 em dezembro e de R$ 2,55 no final de 2014.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição, pelo Itaú Unibanco, do Banco Citicard e da Citifinancial Promotora de Negócios e Cobrança, responsáveis pela oferta e distribuição de produtos e serviços financeiros da marca Credicard. O negócio foi fechado em maio pelo valor de R$ 2,767 bilhões em dinheiro, e as empresas compradas faziam parte do Grupo Citibank.

A aquisição da Credicard vai possibilitar ao Itaú Unibanco elevar sua participação em cartões de crédito para quase 40%, segundo informou em maio ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real, da Agência Estado, o diretor Corporativo de Controladoria da instituição, Rogério Calderón. Os 4,8 milhões de cartões da marca vão agregar cerca de 4% em market share ao banco, que já conta com uma fatia de pouco mais de 35% no segmento.

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Em ativos, a aquisição da Credicard acrescenta ao Itaú Unibanco um montante de R$ 8 bilhões, que, somados ao valor encerrado no primeiro trimestre, chegam a um total de R$ 1,036 trilhão. Já em funcionários, são cerca de 1,2 mil novos colaboradores que serão integrados ao grupo, cujo total passa a somar mais de 97,5 mil.

Segundo o Cade, a operação reforça a posição do Itaú Unibanco de líder de mercado, "mas não inviabiliza a rivalidade no mercado, pois há ainda pelo menos cinco grandes agentes - Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander e HSBC - que podem rivalizar com a requerente". A aprovação do negócio, que se deu sem restrições, é assinada pelo superintendente-geral do órgão, Carlos Ragazzo, e está publicada em despacho no Diário Oficial da União desta quinta-feira (22).

O Itaú Unibanco anunciou lucro líquido de R$ 7,055 bilhões no primeiro semestre deste ano, cifra 4,8% superior à vista em igual intervalo do ano passado. A carteira de crédito do banco foi a R$ 445,113 bilhões no período, expansão de 7,6%, na mesma base de comparação.

O patrimônio líquido do Itaú encerrou os seis primeiros meses de 2013 em R$ 75,781 bilhões. A cifra é praticamente estável (+0,19%) ante os R$ 75,635 bilhões registrados um ano antes.

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Ao final de junho, os ativos totais do Itaú Unibanco chegaram a R$ 1,057 trilhão, montante 19% superior ao registrado no mesmo intervalo de 2012.

O saldo de provisões para devedores duvidosos do Itaú encerrou o primeiro semestre em R$ 21,677 bilhões, queda de 15,6% em um ano.

LUCRO LÍQUIDO RECORRENTE - O Itaú Unibanco reportou lucro líquido recorrente de R$ 3,622 bilhões no segundo trimestre deste ano, cifra 1% superior à vista em igual intervalo do ano passado. A instituição também divulgou lucro líquido de R$ 3,583 bilhões no período, aumento de 8,4%, na mesma base de comparação. No critério lucro consolidado, atribuível aos acionistas controladores e não controladores em IFRS, o resultado do banco foi de R$ 3,767 bilhões de abril a junho, aumento de 13% em um ano.

A instituição também divulgou os números referentes ao primeiro semestre de 2013. No período, o lucro líquido do Itaú Unibanco totalizou R$ 7,055 bilhões, cifra 4,8% superior à vista em igual intervalo do ano passado.

A carteira total de crédito do Itaú encerrou junho em R$ 445,114 bilhões, crescimento de 2,5% ante a cifra de março, de R$ 434,239 bilhões. Em 12 meses, a expansão foi de 7,6%, segundo relatório que acompanha as demonstrações financeiras da instituição.

Ao final de junho, os ativos totais do Itaú somaram R$ 1,057 trilhão, montante 19% maior que o registrado no mesmo mês de 2012, de R$ 888,809 bilhões. Ante março, o avanço foi de 2,82%.

O Itaú encerrou o segundo trimestre deste ano com patrimônio líquido de R$ 75,781 bilhões, praticamente estável (+0,19%) ante os R$ 75,635 bilhões registrados um ano antes. Na comparação com a cifra de março, foi identificado crescimento de 1,81%.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE) do Itaú Unibanco foi de 19,1% no segundo trimestre de 2013 contra 17,9% em 12 meses. Na comparação com o indicador fechado ao final de março último, de 18,9%, houve elevação de 0,2 ponto porcentual. No critério recorrente, o ROE do banco foi de 19,3% ao final de

junho, maior que o visto um ano antes, de 19,4%, e também do registrado no primeiro trimestre, de 19,1%.

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