A Torcida Jovem do Sport resolveu jogar contra o próprio clube. Para voltar a ter acesso aos estádios em Pernambuco, a organizada acionou o clube, o Governo do Estado, a FPF, CBF e os rivais Náutico e Santa Cruz na Justiça. O pedido é para que as entidades identifiquem os envolvidos nos crimes nos estádios, e não apenas punam as torcidas. 

O presidente do Sport, João Humberto Martorelli, ciente da ação na Justiça, demonstrou tranquilidade. E acredita que a uniformizada não será beneficiada.  “Lamento essa postura deles e não vejo sentido. Além do mais, dificilmente eles ganharão alguma coisa com esses argumentos. Só é uma tentativa de prejudicar o clube”, afirmou o mandatário.

A relação do Sport com a Torcida Jovem já havia sido cortada, de acordo com Martorelli. O clube não repassa mais ingressos, não financia viagens e não permite que guardem objetos da organizada na sede do clube. Estes, inclusive, seriam alguns dos motivos da ação da uniformizada contra o Leão.

O assassinato de Paulo Ricardo Gomes da Silva fez com que o procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, viesse ao Recife, nesta quarta-feira (7). E a pauta foi uma reunião, na sede da FPF, com os clubes de Pernambuco que disputam o Campeonato Brasileiro das Séries A, B, C e D. No encontro, os clubes contribuíram para a elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta que será levado à CBF e aos outros clubes.

As equipes pernambucanas foram representadas na reunião pelos presidentes Glauber Vasconcelos, do Náutico, Antônio Luiz Neto, do Santa Cruz, João Humberto Martorelli, do Sport, Clebel Cordeiro, do Salgueiro, e José Porfírio, do Porto, além do mandatário da FPF, Evandro Carvalho.  Juntos, elaboraram um documento para ajustar o processo de prevenção de segurança nos estádios de futebol.

Uma das propostas apresentadas por Paulo Schmitt foi o rompimento dos clubes com as organizadas, além de melhorar o aparelhamento e o sistema de monitoramento para identificação dos criminosos. 

“A nossa proposta, em conjunto com os clubes, é estabelecer uma série de condutas para serem adotadas uniformemente por todos os clubes. Infelizmente, o fato lamentável aconteceu aqui, mas os clubes já têm um histórico de combate à violência e restrições à torcida organizada. Estamos tentando de alguma forma contribuir para que o Estado consiga fazer sua parte”, afirmou o procurador-geral do STJD.

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, explicou o motivo para que esse encontro fosse realizado em Pernambuco. “O fato lamentável o ocorreu aqui”, disse. “A questão é complexa e queremos ir além do que a lei determina para o combate à violência. Schmitt levará nossas ideias ao STJD e à CBF para que a gente possa buscar formas de resolver essa questão”, concluiu.

Divergências de forma e não de conteúdo. De acordo com o presidente do Sport, João Humberto Martorelli, esse foi o motivo para a saída de Gustavo Dubeux do departamento de futebol. O mandatário rubro-negro convocou uma coletiva, na tarde desta sexta-feira (2), na Ilha do Retiro, para explicar os motivos que levaram o presidente do Conselho Deliberativo do Leão a se afastar do futebol.

Antes, porém, Martorelli fez vários elogios a Gustavo Dubeux, a quem chamou de "um abnegado e apaixonado pelo Sport". E ainda disse que ele seria o responsável direto pelas recentes conquistas – Copa do Nordeste e Campeonato Pernambucano -, ao indicar Eduardo Baptista para assumir o time.

Ainda segundo o presidente do Sport, a decisão de sair foi pessoal de Dubeux. No entanto, ele seguirá no clube. “Ele não está abandonando o Sport. Continuará trabalhando em diversas empreitadas, trabalhando junto conosco na elaboração e concepção da Arena. Além dos patrocínios. Gustavo é um ‘pau pra toda obra’ e continuará sendo”, garantiu.

Em seguida, enfim, iniciou a explicação sobre a saída do dirigente do departamento de futebol. “Foram divergências de forma e não de conteúdo. Pode ser que nessa divergência ele esteja certo. Até porque ele é um empresário bem sucedido e eu apenas um advogado esforçado”, disse.

“No Sport, estamos trabalhando em uma transição cultural com novos procedimentos instalados na organização do clube. E que estavam indo de encontro ao estilo dele. Estou tentando integrar os diversos departamentos. A minha missão é que todos se unam, trabalhem em conjunto. E, no caso, faltou um pouco de sintonia entre o futebol e o financeiro, no primeiro momento”, completou.

Depois do anuncio de Dubeux, pelo Twitter, diversas versões surgiram para explicar os motivos. A primeira delas foi sobre o salário do técnico Eduardo Baptista, desmentida por Martorelli. “Não houve divergência sobre isso. A proposta salarial, em nenhum momento, foi contestada e, imediatamente, foi aceita”, afirmou. A outra versão foi sobre a premiação do elenco prometida para esta sexta-feira. “Não existe atraso no bicho. Será pago de uma vez dentro dos prazos acordados, no dia 9 de maio”, ressaltou.

O presidente leonino, João Humberto Martorelli, ainda confirmou que o departamento de futebol não sofrerá mais alterações. Seguindo com Sérgio Kano, Arnaldo Barros e Guilherme Lopes. Além do executivo de futebol, Nei Pandolfo. Ainda não foi discutida entre a diretoria a necessidade em chamar outra pessoa para o departamento. 

A confirmação do clássico entre Náutico e Sport, pelo Campeonato Pernambucano, para o dia 27 de fevereiro desagradou os rubro-negros. O presidente João Humberto Martorelli disse ao Site Oficial do clube que não aceitará jogar nesta data. De acordo com o mandatário, o clube será prejudicado ao jogar três  partidas em uma semana.

“Vamos jogar sábado, terça e quinta-feira. E de terça para quinta vamos percorrer 300 km. Isso fere o regulamento. Jogamos na terça, chegaremos de viagem na quarta e já jogaremos a quinta. O Sport não vai pagar pela incompetência dos organizadores do futebol brasileiro. Já acionei o departamento jurídico para que isso não aconteça”, reclamou João Humberto Martorelli.

A sequência de jogos do Sport marca para o dia 22 o confronto diante do Central, no dia 25 de fevereiro a partida diante do CSA, pela Copa do Nordeste, em Maceió, e dois dias depois o Clássico dos Clássicos na Arena Pernambuco.

Depois das cenas lamentáveis vistas no Estádio Almeidão, em João Pessoa, a diretoria rubro-negra lançou, nesta segunda-feira (20), o projeto "Sport que abracei" pretende incentivar a cultura de paz no futebol. Apesar de ter sido divulgado após os incidentes da estréia na Copa do Nordeste, o projeto já estava sendo planejado pela diretoria do Leão, através do vice-presidente Social, Jorge Peixoto, e a ONG o Novo Jeito, por intermédio do presidente Fábio Silva e que também é diretor de Responsabilidade Social leonino.

O presidente do Sport, João Humberto Martorelli, explicou a ação e o desejo dos dirigentes rubro-negros. “Queremos cultivar a paz, estimular a cidadania e as atitudes cidadãs. Queremos uma sociedade mais justa e melhor. E para isso, precisamos mudar a mentalidade de todos”, disse o mandatário.

Uma das ações do projeto é reunir os presidentes de Sport, Náutico e Santa Cruz, além de dirigentes da Federação Pernambucana de Futebol para um café da manhã. “Queremos fazer um pacto de paz entre os clubes. Não valorizar apenas o escudo do Sport, mas o escudo da paz”, afirmou o Fábio Silva.

O Sport que abracei será guiado por três pilares: paz, cidadania e solidariedade. A primeira terá uma flâmula que será entregue em todo jogo do Sport do capitão do clube para o capitão adversário. Além disso, o Marcador da Paz vai contabilizar os dias sem que haja violência nos estádios, assim como os incidentes envolvendo os torcedores.

No pilar da cidadania, a ideia é fazer com que o rubro-negro se envolva e fique mais consciente das responsabilidades com o clube. Projetos como a Carona Amiga, a preservação do verde e não jogar lixo nas ruas é apenas algumas das ações.

A base também será contemplada no projeto. Os jogadores terão cursos de educação financeira, marketing pessoal e ética no esporte. “Queremos que eles possam se inspirar e ter referencial de pessoas do bem”, explicou o diretor de Responsabilidade Social. 

Por fim, e não menos importante, a solidariedade será o último pilar do Sport que Abracei. As comunidades entorno do clube e do CT serão contempladas todos os jogos com campanhas de arrecadação. Além disso, a sede do Leão servirá como base para ouras atitudes cidadãs.

“Nosso pensamento é engajar também as torcidas organizadas, não apenas do Sport. Esse projeto é para o futebol e não apenas para o Sport. Queremos desenvolver a mentalidade e cultura de paz, tranqüilidade e solidariedade”, concluiu o mandatário rubro-negro.