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Joe Biden se apresentou como um presidente unificador e líder do mundo livre contra Vladimir Putin, a quem chamou de "ditador russo" que subestimou a resposta do Ocidente à invasão da Ucrânia, em seu primeiro discurso sobre o Estado da União.

"Por favor, levantem, se possível, e demonstrem que sim, nós, Estados Unidos, estamos com o povo ucraniano", começou o discurso, quase uma semana depois da invasão da Rússia à Ucrânia e depois de conversar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que pediu por ajuda para "frear o agressor o quanto antes".

Para Biden, Putin é "um ditador russo, que invade um país estrangeiro".

"Ao longo de nossa história aprendemos esta lição: quando os ditadores não pagam o preço de sua agressão, eles provocam mais caos", afirmou, em referência ao presidente russo, que rejeitou o diálogo e ignorou as advertências.

Depois de um esforço de várias semanas para unificar os aliados ocidentais em torno de sanções econômicas sem precedentes contra a Rússia e um fluxo de ajuda militar para a Ucrânia, que não é membro da Otan, Biden apresentou um cenário do que, em suas palavras, representa uma liderança global revitalizada dos Estados Unidos.

O presidente russo "rejeitou os esforços diplomáticos. Pensou que o Ocidente e a Otan não responderiam. E pensou que poderia nos dividir aqui em casa. Mas Putin estava errado. Estávamos prontos".

"Na batalha entre democracia e autocracia, as democracias estão à altura das circunstâncias e o mundo está claramente escolhendo o lado da paz e da segurança", destacou.

"Putin está isolado como jamais esteve", disse Biden. "Não tem ideia do que se aproxima", acrescentou, em referência às sanções econômicas que continuam sendo anunciadas, à medida que os tanques russos prosseguem o avanço em direção a Kiev.

As sanções também têm consequências no Ocidente, pois a Rússia é um grande produtor de petróleo e gás.

- "Líderes corruptos" -

Quase 30 países alcançaram um acordo para "liberar 60 milhões de barris de petróleo das reservas em todo o mundo", dos quais os Estados Unidos participarão com 30 milhões para estabilizar o mercado, anunciou o presidente aos americanos, preocupados com uma guerra que provocou a disparada dos preços dos combustíveis.

E Putin não é o único alvo do Ocidente. O democrata também criticou o círculo de governo russo, os oligarcas e os "líderes corruptos" que, segundo Biden, desviaram bilhões de dólares. O presidente americano advertiu eles ficarão "sem os seus iates, apartamentos de luxo e aviões privados.

A embaixadora da Ucrânia em Washington, Oksana Markarova, assistiu ao discurso como convidada da primeira-dama, Jill Biden, e foi aplaudida de pé.

Biden, no entanto, voltou a repetir que as tropas americanas "não estão envolvidas e não participarão" na guerra na Europa.

- Economia -

Após o início sobre a Ucrânia, o democrata passou a abordar as questões domésticas. O presidente de 79 anos enfrenta vários desafios políticos em casa, que mencionou e para os quais apresentou possíveis soluções, consciente de que sua popularidade está em queda nas pesquisas após 14 meses no cargo, ao redor de 40%.

Apesar da economia forte, a inflação no país é a maior em quatro décadas.

"Minha prioridade é controlar os preços", disse, em um país em que as votações são decididas pelos temas econômicos e a poucos meses das eleições de meio mandato nas quais os republicanos, ainda sob forte influência de seu antecessor Donald Trump, podem conquistar a maioria no Congresso.

Ele pediu a redução do preço dos medicamentos, sobretudo da insulina, que é usada por Joshua Davis, um adolescente com diabetes para o qual pediu aplausos durante o discurso.

Também prometeu reduzir o déficit e ter mais produtos "feitos nos Estados Unidos para não ficar à mercê das redes de abastecimento estrangeiras".

- Reforma migratória -

Enumerando temas de sua agenda presidencial, Biden afirmou que a resposta "não é retirar fundos da polícia, e sim financiá-la", ao comentar a questão da violência em algumas cidades.

Ao falar sobre a migração ao longo da fronteira sul, por onde chegam centenas de milhares de migrantes, muitos deles da América Central, ele pediu ao Congresso que aprove a reforma migratória "de uma vez por todas" porque não é apenas a coisa certa a fazer, mas o que é"economicamente inteligente".

Além da figura de presidente unificador, Biden se apresentou como defensor das oportunidades para as minorias e protetor dos menos favorecidos, como os menores transgêneros, contra os quais alguns estados conservadores adotam medidas contrárias aos processos médicos seguidos por alguns deles.

O democrata também tentou levantar a moral dos americanos, deprimidos pela pandemia. "A Covid-19 não deve mais controlar nossas vidas", afirmou aos congressistas sem máscaras, após a flexibilização das medidas sanitárias.

E não evitou temas polêmicos, incluindo o direito ao aborto, que voltou a defender, apesar de ser um católico praticante.

O objetivo de Biden: recuperar o brilho perdido pelo desgaste no poder, unir seus eleitores e levar ânimo à população. Tudo em apenas uma hora.

O presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (24) novas sanções econômicas que transformarão o mandatário russo, Vladimir Putin, em um "pária" pela invasão da Ucrânia, mas reconheceu a falta de unidade entre as potências ocidentais para que as medidas fossem ainda mais devastadoras.

Em um discurso da Casa Branca, Biden disse que o Ocidente sancionará mais quatro bancos russos e que as restrições à exportação cortarão "mais da metade das importações de tecnologia da Rússia".

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"Isso imporá um alto custo à economia russa, tanto imediatamente quanto no longo prazo", afirmou.

Essas medidas, juntamente com outras anunciadas nesta semana, farão de Putin "um pária no cenário internacional", disse Biden, que alerta que qualquer país "que aceite agressão aberta" da Rússia contra a Ucrânia "ficará manchado" por associação.

Por enquanto, os Estados Unidos impuseram sanções a 24 pessoas e organizações bielorrussas, porque seu país "apoiou e facilitou a invasão" da Ucrânia.

Biden confirmou que, por enquanto, nenhuma sanção foi planejada para ser imposta diretamente a Putin, que acredita-se ter acumulado uma enorme fortuna durante suas duas décadas no poder.

A Rússia também não será retirada do sistema de pagamentos internacionais SWIFT, medida solicitada pela Ucrânia, por falta de acordo entre os países ocidentais. "É sempre uma opção, mas no momento essa não é a posição que o resto da Europa quer tomar", explicou Biden.

De acordo com uma fonte militar americana, a ofensiva russa visa "decapitar" o governo ucraniano e instalar um regime pró-Moscou em seu lugar.

- G7 contra-ataca -

Biden se dirigiu à Nação após participar de uma reunião virtual a portas fechadas do G7.

O grupo, integrado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, afirmou em comunicado que a Rússia desencadeou "um grave ameaça à ordem internacional, baseada em regras".

O presidente americano antecipou pelo Twitter que o G7 irá impor "um pacote de sanções devastadoras e outras medidas econômicas para que a Rússia preste contas. Apoiamos o valente povo da Ucrânia".

As sete potências industriais informaram que estavam "preparadas para agir" para minimizar as consequências nos mercados mundiais de energia do ataque de Moscou à Ucrânia e reiteraram sanções a um importante oleoduto na Rússia rica em energia.

Em Londres, o primeiro-ministro Boris Johnson disse que o Reino Unido congelou ativos de grupos bancários e fabricantes de armas, sancionou mais cinco oligarcas e fechou seu espaço aéreo para a companhia aérea russa Aeroflot.

O vice-chanceler alemão, Robert Habeck, disse nesta quinta-feira que haverá um "forte pacote de sanções" que "isolará a economia russa do progresso industrial, visará e congelará ativos e participações financeiras e limitará drasticamente o acesso aos mercados europeu e americano".

- Por etapas -

A primeira rodada de sanções ocidentais foi anunciada na terça-feira, depois que Putin anunciou o envio de tropas de "manutenção da paz" para duas pequenas áreas já controladas por separatistas apoiados por Moscou.

O governo americano juntou-se aos aliados europeus na imposição de sanções a dois bancos russos, à dívida soberana de Moscou e a vários oligarcas, entre outras medidas.

E na quarta-feira, quando as tropas russas se mostravam prontas para atacar, Biden anunciou que imporia sanções ao gasoduto Nord Stream 2, que liga a Alemanha e a Rússia.

A Alemanha havia anunciado que suspenderia a abertura do gasoduto, que ainda não está funcionando.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, alertou esta semana que "nenhuma instituição financeira russa está segura".

Algumas medidas podem ter consequências econômicas para os países ocidentais e comprometer a recuperação da economia mundial após a pandemia de covid-19.

As Bolsas de valores vêm sofrendo quedas e os preços do petróleo ultrapassaram a marca de US$ 100 por barril.

Para aliviar os consumidores, Biden prometeu nesta quinta-feira liberar petróleo da reserva estratégica "quando as condições justificarem" tal ação.

O presidente também tentou tranquilizar os americanos de que não enviará tropas para combater na Ucrânia.

O Pentágono enviará cerca de 7.000 soldados adicionais para a Alemanha nos próximos dias, a fim de "tranquilizar os aliados da Otan, deter um ataque russo e estar preparado para atender às necessidades da região", disse uma autoridade.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta quinta-feira (24) que "o mundo fará com que a Rússia preste contas" pelo ataque militar contra a a Ucrânia que, advertiu, provocará "catastróficas perdas de vidas".

Biden acrescentou em um comunicado que discursará nesta quinta-feira ao povo americano para descrever as "consequências" que a Rússia sofrerá pelo ataque "não provocado injustificado" contra o país vizinho.

O presidente americano informou que conversou por telefone com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pouco depois que explosões foram ouvidas em várias regiões do país, que fica entre a Rússia e a Polônia, esta última integrante da Otan.

"Seguiremos dando apoio e assistência à Ucrânia e ao povo ucraniano", disse Biden, antes de destacar que Zelensky pediu a ele que "inste os líderes mundiais a denunciar claramente a flagrante agressão do presidente (russo Vladimir) Putin e a apoiar o povo da Ucrânia".

Os secretários de Estado e da Defesa dos Estados Unidos conversaram com secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, para condenar o "ataque não provocado e injustificável contra a Ucrânia", informou o Departamento de Estado.

Biden tem uma reunião virtual programada para 14H00 GMT (11H00 de Brasília) com os líderes do G7 (Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos), antes de seu discurso público.

A reunião do G7 deve decidir mais sanções contra a a Rússia.

O governo russo, que exige que a Ucrânia desista da intenção de aderir à Otan, afirmou durante muito tempo que não invadiria o país, apesar das dezenas de milhares de soldados e armamento pesado enviados à fronteira.

Na madrugada desta quinta-feira, Putin anunciou na televisão o início de uma "operação militar especial" na Ucrânia.

Na terça-feira, o governo dos Estados Unidos, assim como a União Europeia, anunciou sanções contra a Rússia. As medidas americanas são direcionadas contra dois bancos e vários oligarcas russos, com o objetivo de cortar o acesso da Rússia ao financiamento de sua dívida.

Washington também anunciou que vai impor sanções ao dasoduto Nord Stream 2, que vai da Rússia à Alemanha e é um dos projetos de energia e geopolíticos de maior importância para Moscou. A Alemanha anunciou a paralisação do projeto.

Fontes do governo americano haviam alertado que qualquer escalada da Rússia na Ucrânia resultaria em sanções cada vez mais severas, que podem afetar bancos maiores e paralisar as exportações equipamentos de alta tecnologia.

Um porta-voz da Casa Branca disse que Biden anunciará "as consequências adicionais que os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros imporão à Rússia".

- "Morte e destruição" -

Senadores americanos dos dois partidos expressaram apoio a uma resposta dura contra a Rússia.

"Esta noite, a ordem internacional posterior à Guerra Mundial está no fio da navalha. Se Putin não pagar um preço devastador por esta transgressão, nossa própria segurança em breve estará em risco", disse o senador democrata Chris Murphy.

Os russos "pagarão um preço elevado em sangue e danos econômicos pela ambição temerária de Putin", afirmou o colega do mesmo partido Mark Warner.

O republicano Mitt Romney advertiu sobre "o perigo de olhar novamente para longe da tirania de Putin" e pediu "sanções econômicas mais duras" e a "expulsão (da Rússia) das instituições globais".

Em sua declaração, Biden disse que "as orações de todo o mundo estão com o povo da Ucrânia esta noite, que sofre um ataque não provocado e injustificável".

"O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que trará perdas catastróficas de vidas e sofrimento humano", enfatizou.

"Apenas a Rússia é responsável pela morte e a destruição que este ataque provocará, e os Estados Unidos e seus aliados responderão de maneira unida e decisiva. O mundo fará com que a Rússia preste contas", completou Biden.

Senadores dos Estados Unidos deram um golpe fatal nesta quarta-feira (19) ao projeto de reforma eleitoral promovido pelo presidente Joe Biden para defender o direito de voto para minorias.

Diante de um bloqueio republicano, os democratas não conseguiram promover dois projetos de lei já aprovados pela Câmara de Representantes e desistiram de ativar um procedimento especial que lhes permitiria submeter ambos os textos a votação na Câmara Alta apesar da rejeição da oposição.

"Estou profundamente desapontado que o Senado não tenha defendido nossa democracia. Estou desapontado, mas não dissuadido", escreveu Biden no Twitter.

"Continuaremos avançando na legislação necessária e pressionando por mudanças nos procedimentos do Senado que protegerão o direito fundamental ao voto", acrescentou.

Democratas e ativistas pelos direitos do sufrágio defendiam o projeto de lei como uma resposta necessária aos esforços republicanos para restringir o voto, especialmente entre negros e latinos.

"Eu sei que não é 1965. É isso que me deixa tão indignado. É 2022 e eles estão descaradamente removendo mais locais de votação de condados onde negros e latinos estão super-representados", reclarou o democrata de Nova Jersey Cory Booker no Senado.

"Não estou inventando isso. É um fato", comentou.

Estados governados por conservadores passaram o ano passado aproveitando as alegações infundadas do ex-presidente Donald Trump sobre fraude eleitoral nas eleições de 2020 para introduzir uma série de regulamentos que complicam o exercício do voto.

O projeto promovido por Biden teria garantido o direito ao voto pelo correio, nas urnas e pelo menos duas semanas de votação antecipada, além de tornar o Dia das Eleições um feriado nacional.

Também procurava impedir a prática de redistritamento em favor do partido no poder e exigiria que estados com histórico de discriminação obtivessem autorização federal para alterar as regras eleitorais.

Mas todos os 50 senadores republicanos votaram contra as reformas, argumentando que restrições como limitar a votação por correspondência e insistir na identificação do eleitor eram apenas senso comum.

"A preocupação é equivocada. Se você olhar para as estatísticas, os eleitores negros estão votando em uma porcentagem tão alta quanto os demais nos Estados Unidos", disse o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, a repórteres antes da votação.

"Em uma pesquisa recente, 94% dos americanos acharam que era fácil votar. Isso não é um problema. A participação aumentou. É a maior participação desde 1900", disse ele.

O Senado está dividido igualmente entre 50 republicanos e 50 democratas e, em caso de empate, a vice-presidente Kamala Harris decide.

Sem senadores republicanos quebrando fileiras, os democratas não conseguiram ultrapassar o limite de 60 votos necessário para levar o projeto a votação.

O presidente Joe Biden reconheceu nesta quarta-feira (19) os erros diante da pandemia, que ainda atinge os Estados Unidos, mas elogiou um ano de "enorme progresso" na economia americana, ao fazer um balanço de seu primeiro ano de mandato durante uma coletiva de imprensa.

"Foi um ano de desafios, mas também foi um ano de enorme progresso", afirmou Biden, admitindo que não previu uma obstrução republicana tão forte ao seu governo.

Biden respondeu a perguntas sobre uma ampla gama de tópicos, do confronto com a Rússia pelos testes de mísseis da Ucrânia e Coreia do Norte até a inflação nos Estados Unidos e a pandemia da covid-19, passando pelo que ele mesmo considera uma ameaça à democracia americana por parte de seu antecessor, o republicano Donald Trump.

Sobre a gestão da pandemia, Biden elogiou os avanços na vacinação. "Passamos de dois milhões de pessoas vacinadas na época em que tomei posse para 210 milhões de americanos totalmente vacinados hoje. Criamos 6 milhões de novos empregos, mais empregos em um ano do que em qualquer outro momento", lembrou.

O presidente democrata enfatizou que "não é hora de desistir" ao se referir às negociações com o Irã para reviver o acordo nuclear de 2015. "Algum progresso está sendo feito", afirmou.

Sobre a questão do combate à inflação, Biden alertou que isso exigirá um esforço de "longo prazo" e atribuiu a alta vertiginosa dos preços a problemas nas cadeias de suprimentos causados pela pandemia.

Levar a inflação a um nível razoável, quando atualmente se encontra em seu nível mais alto em quase 40 anos, "será difícil", insistiu o democrata durante a coletiva de imprensa. "Até lá, será doloroso para muitas pessoas", previu.

Sobre a tensão na fronteira ucraniana, Biden alertou que a Rússia pagará um alto preço se decidir invadir a Ucrânia, incluindo um alto custo humano e profundos danos à sua economia.

"Será um desastre para a Rússia", ameaçou Biden, acrescentando que os russos podem eventualmente prevalecer, mas suas perdas "serão grandes".

Por outro lado, Biden anunciou que a vice-presidente Kamala Harris será sua companheira de chapa novamente em 2024.

Ele também disse estar confiante de que o Congresso aprovará "grandes porções" de seu projeto de lei de gastos sociais, atualmente paralisado.

Esse projeto está parado no Legislativo, pois gera divisão dentro do Partido Democrata, que é maioria no Congresso.

Biden, porém, disse que ainda espera que o Senado aprove novas leis sobre o direito ao voto, que a priori parecem fadadas ao fracasso.

- Volta dos republicanos? -

Uma nova pesquisa da Gallup mostra Biden com apenas 40% de aprovação, abaixo dos 57% no início de seu mandato. Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas os números do primeiro ano de Trump foram menores, disse a Gallup.

A coletiva de imprensa de Biden aconteceu na véspera do primeiro aniversário de sua posse, em 20 de janeiro.

Com o tradicional discurso do Estado da União, uma espécie de prestação de contas no Congresso, marcado para 1º de março, o tempo está se esgotando para que Biden consiga mudar o clima antes das eleições legislativas de novembro ("midterms"). Por enquanto, analistas preveem que os republicanos recuperem, com folga, o controle do Legislativo.

A Casa Branca espera que as boas notícias superem lentamente o pessimismo relacionado à pandemia, com a economia se recuperando, a variante ômicron do coronavírus em declínio e os americanos apreciando as conquistas de Biden, como seu enorme plano de gastos com infraestrutura.

Como o chefe de gabinete da Casa Branca, Ron Klain, disse ao Politico: "O presidente Biden foi eleito para um mandato de quatro anos, não de um ano".

Mas o próprio Biden tem se mostrado cauteloso.

Embora o presidente tenha o costume de interagir com os repórteres em sessões breves e muitas vezes apressadas de perguntas e respostas na Casa Branca, a ausência de coletivas de imprensa chama a atenção.

Desde que assumiu o cargo e até 31 de dezembro, Biden deu apenas nove coletivas, contra 22 de Trump em seu primeiro ano e 27 de Barack Obama, segundo um estudo do Projeto de Transição da Casa Branca.

A escassez de entrevistas exclusivas é ainda mais eloquente: 22 para Biden, 92 para Trump e 156 para Obama.

O presidente Joe Biden dará, nesta quarta-feira (19), uma incomum entrevista coletiva para iniciar seu segundo ano de mandato, com a possibilidade de recompor sua agenda diante do que pode ser um revés eleitoral brutal para seu Partido Democrata.

Esta será a primeira coletiva de imprensa do ano de Biden e o primeiro evento formal deste tipo desde que viajou para Glasgow no início de novembro para a cúpula internacional sobre o clima.

O leque de questões que Biden deve enfrentar é enorme: do confronto com a Rússia pelos testes de mísseis da Ucrânia e Coreia do Norte até a inflação nos Estados Unidos e a pandemia da covid-19, passando pelo que ele mesmo considera uma ameaça à democracia americana por parte de seu antecessor, o republicano Donald Trump.

A coletiva vai dar a partida em um intenso esforço da Casa Branca para virar a página nas últimas semanas, com uma nova narrativa centrada ao que membros do governo se referem como as "muitas conquistas" de Biden em seu primeiro ano na Casa Branca.

A secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse a repórteres que o presidente explicará como assumiu o cargo "sob circunstâncias incrivelmente difíceis, lutando contra uma pandemia, uma enorme recessão econômica ... (e) houve muitos progressos".

Na sequência, Psaki apresentou vários quadros e brincou: "Vocês sabem o quanto a gente ama gráficos aqui".

Um deles mostrava que a economia se recuperou do impacto inicial da covid-19, com um índice de desemprego que caiu de 6,4%, há um ano, para atuais 3,9%. Em outro, via-se que o número de adultos totalmente vacinados aumentou para 74%.

Os números "mostram um contraste muito forte de onde começamos e onde estamos agora", disse Psaki.

"Nosso objetivo é, e acho que vocês vão ouvir o presidente falar disso (...) como construir sobre a base", completou.

Ela não abordou as derrotas mais recentes, como a inflação mais alta em décadas e a Suprema Corte derrubando a obrigatoriedade de vacina nas grandes empresas.

Tampouco se fez referência ao fato de os democratas não terem usado sua apertada maioria no Congresso, na semana passada, para aprovar outra das principais prioridades de Biden: reformas nas leis eleitorais.

Os gráficos de hoje também não incluíram o declínio nos índices de aprovação de Biden de cerca de 55% nos primeiros dias de seu mandato para pouco mais de 42% agora.

A coletiva de imprensa de Biden ocorre na véspera do primeiro aniversário de sua posse, em 20 de janeiro.

Com o tradicional discurso do Estado da União, uma espécie de prestação de contas no Congresso, marcado para 1º de março, o tempo está se esgotando para que Biden consiga mudar o clima antes das eleições legislativas de novembro ("midterms"). Por enquanto, analistas preveem que os republicanos recuperem, com folga, o controle do Legislativo.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou nesta quinta-feira (6) o discurso de Joe Biden, que responsabilizou o republicano pelo ataque ao Congresso em 6 de janeiro de 2021, de "teatro político" para desviar o foco do "fracasso" da gestão democrata.

O presidente "usou meu nome hoje [quinta-feira] para tentar dividir mais ainda a América", disse Trump em um comunicado. "Esse teatro político é apenas uma distração para o fato de que Biden fracassou totalmente", acrescentou.

Em seu discurso, Biden criticou Trump por difundir uma "rede de mentiras" afirmando que a recontagem de votos de 2020 era fraudulenta, em uma tentativa de se aferrar ao poder. O atual presidente também atacou a multidão de simpatizantes do republicano que invadiu o Capitólio para tentar impedir que os congressistas certificassem sua vitória eleitoral.

Trump, que cancelou no início desta semana uma coletiva de imprensa prevista por motivo do aniversário da invasão ao Capitólio, repetiu que o pleito presidencial foi "manipulado".

"Não é preciso mais olhar para os números, eles falam por si só", disse o ex-presidente.

"Não são justificáveis, então a mídia cúmplice chama isso de 'Grande Mentira', quando, na realidade, a 'Grande Mentira' foi a eleição" de Biden, acrescentou.

Horas depois de seu primeiro comunicado, o ex-presidente republicano emitiu um segundo, no qual parecia estar furioso com o discurso de Biden.

"Ver Biden falar é muito doloroso para muita gente. Foram eles [os democratas] que tentaram impedir uma transferência pacífica [de poder] com eleições arranjadas", disse.

Mais tarde, o ex-presidente publicou uma terceira nota com uma mensagem a seus apoiadores: "Não se esqueçam jamais que as eleições presidenciais de 2020 foram um crime. Vocês jamais devem se render!"

As denúncias de fraudes eleitorais formuladas por Trump foram todas rejeitadas, uma depois da outra, pelas autoridades dos estados onde a votação foi questionada, pelo Departamento de Justiça e pelos tribunais americanos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dirá em seu discurso por ocasião do primeiro aniversário da invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro, por partidários do ex-presidente Donald Trump, que o país não deve permitir que "a violência política se torne a norma".

"Seremos uma nação que aceita a violência política como norma? (...) Seremos uma nação que permite que os funcionários eleitorais partidaristas anulem a vontade legalmente expressa pelo povo?", questionará Biden no discurso desta quinta-feira, conforme trechos enviados antecipadamente para a imprensa.

"Não podemos nos permitir sermos esse tipo de nação", acrescentará o presidente.

O democrata, de 79 anos, falará hoje, às 11h (horário de Brasília), na imponente "Sala das Estátuas" do Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos, na companhia de sua vice-presidente, Kamala Harris.

Há um ano, neste mesmo local, circularam os apoiadores de Donald Trump, que deixaram os Estados Unidos e o mundo estupefatos. Uma multidão invadiu o edifício, na tentativa de impedir que os congressistas certificassem a vitória de Biden na eleição.

Há tempos, o presidente optou por desprezar seu antecessor, recusando-se, por exemplo, a nomeá-lo em público. Desta vez, porém, Biden decidiu mudar de estratégia e falará publicamente da "responsabilidade particular" de Trump neste episódio de violência.

Biden "vê o 6 de janeiro como um trágico desfecho do que quatro anos da presidência de Trump fizeram a este país", disse sua porta-voz, Jen Psaki, rompendo a linha mais cautelosa adotada até agora pela Casa Branca.

Os republicanos parecem preferir um perfil baixo. O líder dos conservadores no Senado, Mitch McConnell, comparecerá a um funeral no sul do país, longe dos atos em Washington. O próprio Trump cancelou uma coletiva de imprensa prevista para acontecer em sua mansão na Flórida.

- Desconfiança -

Segundo uma pesquisa publicada na quarta-feira (5) no site informativo Axios, apenas 55% dos americanos estão convencidos de que Biden é o vencedor legítimo das últimas eleições.

"Nossa grande nação oscila à beira de um abismo crescente. Sem ação imediata, realmente corremos o risco de uma guerra civil e da perda de nossa amada democracia", advertiu o ex-presidente Jimmy Carter no jornal The New York Times.

A esta nação profundamente dividida, Biden quer propor um caminho para fortalecer a democracia americana.

Nesse sentido, o presidente está tentando adotar projetos de lei sobre o acesso das minorias ao direito de voto.

Na próxima terça, Biden viajará para o estado da Geórgia (sul), símbolo das batalhas pelos direitos civis do passado e do presente, para denunciar "as tentativas perversas de privar cidadãos honestos de suas liberdades fundamentais", informou a Casa Branca.

Frente aos estados sulistas conservadores que multiplicam leis para dificultar o acesso de afro-americanos e latinos às urnas, a margem de manobra de Joe Biden é limitada.

Além de os democratas controlarem o Congresso por uma estreita margem, a popularidade do presidente diminuiu, depois de quase um ano na Casa Branca.

Este desgaste se deve a um acúmulo de fatores: cansaço diante de uma nova onda da pandemia da Covid-19, inflação persistente e lembrança da retirada caótica do Afeganistão.

De acordo com o site FiveThirtyEight, pouco mais de 43% dos americanos confiam em Biden para liderar a principal potência mundial.

A líder opositora e ex-ministra da Justiça de Benin, Reckya Madougou, foi condenada neste sábado (11) a 20 anos de prisão por acusações de "terrorismo" por um tribunal especial na capital do país, Porto Novo.

Depois de mais de 20 horas de audiências, Madougou, de 47 anos, foi declarada culpada de "cumplicidade com atos terroristas" pelo Tribunal de Repressão das Infrações Econômicas e Terroristas (CRIET, nas siglas em francês).

Esse mesmo tribunal também condenou outra figura de destaque da oposição a 10 anos de prisão.

Os opositores afirmam que este tribunal, que foi estabelecido em 2016, foi usado pelo governo do presidente Patrice Talon para reprimir a dissidência e levar o país ao autoritarismo.

"Este tribunal decidiu deliberadamente punir pessoas inocentes", disse Madougou pouco antes do anúncio de sua sentença.

Madougou foi uma das personalidades da oposição proibidas de se candidatarem às eleições de abril, nas quais Talon foi reeleito com 86% dos votos.

Algumas semanas antes da eleição, em março, foi detida por acusações de financiamento de uma operação para assassinar políticos para impedir as votações, em uma tentativa de "desestabilizar" o país.

O presidente Joe Biden concluiu nesta sexta-feira (10) sua Cúpula da Democracia promovendo os Estados Unidos como defensores dos valores democráticos no mundo, mas recebeu duras críticas da China e da Rússia, excluídas da reunião, e também internamente.

"Estamos afirmando os valores democráticos que estão no cerne de nosso sistema internacional e que têm sido os elementos fundamentais, durante décadas, do crescimento e da prosperidade global”, declarou Biden no encerramento do encontro de dois dias, realizado por videoconferência em função da pandemia de covid-19.

“E estamos empenhados em trabalhar com todos os que compartilham esses valores para definir as regras do caminho que regerão nosso progresso no século XXI”, acrescentou, destacando que a democracia “não conhece fronteiras” e “fala todas as línguas".

Biden prometeu que os Estados Unidos apoiarão "aqueles que dão a seu povo a capacidade de respirar livremente, não aqueles que procuram sufocá-los com punho de ferro".

O presidente dos Estados Unidos disse muitas vezes que o mundo está chegando a um "ponto de inflexão" na luta entre autocracias em crescimento e democracias cada vez mais criticadas.

No primeiro dia da cúpula, que reuniu cerca de 100 governos e representantes da sociedade civil, Biden prometeu alocar US$ 424 milhões para apoiar a liberdade de imprensa, eleições justas e campanhas anticorrupção pelo mundo.

“Mais do que nunca, a democracia precisa de campeões”, defendeu.

Mas enquanto Biden servia de anfitrião do evento diante de uma parede de monitores na Casa Branca, a rival China zombava do encontro com propaganda, incluindo uma canção de rap em inglês que dizia que os americanos "vendem democracia como vendem Coca-Cola".

China e Rússia, líderes supremos no campo das autocracias, segundo Biden, reagiram com irritação, acusando Biden de alimentar as divisões ideológicas da Guerra Fria.

O governo chinês ficou especialmente chateado porque Taiwan, uma ilha governada democraticamente que a China considera uma região separatista, foi convidada a participar da cúpula.

Mas Pequim recebeu apoio em meio ao evento organizado pela Casa Branca, após a Nicarágua, que também não foi convidada para a reunião, rompeu relações diplomáticas com Taiwan, dizendo que reconhecia "apenas uma China".

O anúncio deixou Taiwan com apenas 14 aliados diplomáticos, em um momento em que o Departamento de Estado americano pede a "todos os países que valorizam as instituições democráticas" que "ampliem seu compromisso" com a ilha.

- Ceticismo -

A defesa enfática da democracia por Biden também teve uma recepção mista internamente nos Estados Unidos.

Por um lado, os críticos republicanos dizem que o presidente democrata não foi duro o suficiente com a China ou outros adversários.

"Nos primeiros 11 meses de Joe Biden no cargo, ele falhou em defender a liberdade no mundo e cedeu àqueles que querem desmantelá-la, encorajando nossos inimigos e minando nossa posição no exterior", criticou o Comitê Nacional Republicano em reação ao discurso desta sexta-feira do presidente americano.

Na outra ponta do espectro político, Daniel Ellsberg, famoso por vazar os Papéis do Pentágono, um relatório que expôs as mentiras do governo sobre a Guerra do Vietnã, criticou o governo Biden por buscar a extradição do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Washington quer que Assange seja julgado pela publicação em 2010 do WikiLeaks, documentos militares confidenciais relacionados às guerras no Afeganistão e no Iraque.

O governo dos Estados Unidos conquistou uma importante vitória judicial nesta sexta-feira, que abriu caminho para que o australiano de 50 anos deixe o Reino Unido.

"Como Biden ousa dar uma palestra na Cúpula da Democracia enquanto se recusa a perdoar" Assange, tuitou Ellsberg, acusando Biden de "matar a liberdade de imprensa em nome da 'segurança nacional'".

Outra sombra paira sobre a democracia nos Estados Unidos: a recusa do ex-presidente republicano Donald Trump em aceitar que perdeu as eleições presidenciais de 2020 e o trauma deixado pelo ataque de seus apoiadores ao Congresso para impedir que o triunfo de Biden fosse certificado.

O apelo de Biden para defender a democracia esbarra no ceticismo de muitos.

De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center, apenas 17% dos entrevistados em 16 economias avançadas "acreditam que a democracia americana é um bom modelo para outros países". E outros 57% "acham que costumava ser um bom exemplo, mas não tem sido nos últimos anos."

O secretário-geral da ONU, António Guterres, indicou a americana Catherine M. Russell, próxima do presidente Joe Biden, como diretora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), informou nesta sexta-feira (10) o porta-voz da organização.

Russell, de 60 anos, era até agora assistente do presidente dos Estados Unidos e diretora do gabinete da equipe presidencial na Casa Branca, segundo Stephane Dujarric, porta-voz da ONU.

Biden elogiou as "qualidades de liderança, experiência, sabedoria e empatia" de Russell em um comunicado.

De 2013 a 2017, Russell foi responsável no Departamento de Estado pelo dossiê de mulheres, após trabalhar na Casa Branca com Barack Obama e também no Departamento de Justiça.

Russell substituirá sua compatriota Henrietta Fore, de 73 anos, que renunciou em julho, mas concordou em permanecer no cargo até a nomeação de uma nova pessoa.

Esta agência da ONU é chefiada por um conselho administrativo composto por 36 membros que representam cinco grupos regionais de Estados-membros das Nações Unidas (África, América Latina e Caribe, Ásia-Pacífico, Europa Oriental, Europa Ocidental e outros Estados).

O Unicef trabalha na defesa da infância em 190 países e territórios, tanto em emergências quanto em países pacíficos. Seu orçamento provisório para o período 2018-2021 é de 22,8 milhões de dólares.

No dia anterior, a organização anunciou que a pandemia de coronavírus levou pelo menos mais 100 milhões de crianças à pobreza, um aumento de 10% em relação a 2019, a "maior ameaça em seus 75 anos de história".

A ausência de oito países latino-americanos na Cúpula pela Democracia de Joe Biden pode criar um "clube dos bons" e outro dos maus, o que seria "contraproducente" para os interesses americanos e para a própria democracia na região, afirmam especialistas.

O presidente americano celebra na próxima quinta (9) e sexta-feira (10) uma Cúpula pela Democracia virtual, para a qual convidou representantes de mais de 100 representantes de governos, assim como ativistas, jornalistas, líderes do setor privado e outros membros de destaque da sociedade civil.

A ideia é que a cúpula sirva de plataforma para que os líderes "anunciem novos compromissos, reformas e iniciativas" com base em três pilares: a defesa da democracia contra o autoritarismo, a luta contra a corrupção e o respeito aos direitos humanos, afirmou na terça-feira (7) um funcionário do governo americano, que pediu anonimato.

Oito países das Américas foram excluídos da reunião, que será feita de forma remota devido à pandemia. Trata-se de Venezuela, Nicarágua, Cuba, Bolívia, El Salvador, Honduras, Guatemala e Haiti, que não foram convidados por Washington.

"É muito provável que essas ausências da cúpula sejam contraproducentes tanto para os interesses dos Estados Unidos como para a democracia na região", declarou à AFP Michael Shifter, presidente da ONG Diálogo Interamericano.

Os excluídos podem interpretar que os Estados Unidos aplicam a política do 'se não está comigo, está contra mim' e desembocar em dois grupos, "o das democracias e os demais", afirma Christopher Sabatini, pesquisador da organização Chatham House.

"Se não agir com cautela, [Biden] pode criar dois blocos", sem que cada um deles tenha necessariamente uma afinidade ideológica, de modo que "o clube dos bons obteria benefícios diplomáticos e reconhecimento na Casa Branca, e os outros ficariam para trás", explica.

No caso da América Latina, chama a atenção a ausência dos países do Triângulo Norte da América Central (Guatemala, Honduras e El Salvador), que são prioritários na política americana para abordar as causas principais da migração.

Shifter avalia que isso se deve ao fato de "Biden partir da base de que há muita corrupção e enfraquecimento das instituições democráticas" nesses países, mas ressalta que essa situação não é muito diferente da de outros países da região que foram convidados, como o Brasil.

- Fonte de ressentimento? -

Ao excluir os países do Triângulo Norte, "é de se esperar que os três governos passem a desafiar mais do que nunca os Estados Unidos e cooperem menos ainda em relação às pressões migratórias", opina Shifter.

Fora o provável "ressentimento" que fará com que esses países "resistam ainda mais a fazer reformas políticas e aumentem o seu interesse [...] em fortalecer alianças com a China", acrescenta.

Já sobre a Venezuela, Washington não convidou representantes do governo de Nicolás Maduro, que considera uma ditadura, mas sim o líder opositor Juan Guaidó. Este, por sua vez, incluiu opositores de outros países em sua delegação oficial, como a nicaraguense Berta Valle e a cubana Rosa María Payá, o que gerou fortes críticas de Cuba.

"A convocação seletiva para uma cúpula que diz ser sobre democracia é uma demonstração de fraqueza dos EUA, incapaz de encarar na ONU o desprestígio e isolamento de sua política externa", escreveu o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, no Twitter.

Nesse sentido, Sabatini acredita que a cúpula seria mais útil se fosse um espaço aberto, "mais inclusivo e mais focado em dialogar sobre metas", como a redução das desigualdades, ao invés de priorizar o combate à corrupção, um dos requisitos exigidos por Biden.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará nesta quinta-feira (2) uma campanha contra a Covid-19, com novas exigências para os viajantes e um aumento nos esforços de vacinação.

Apesar de Biden ter conquistado a presidência com a promessa de lutar contra a pandemia, as mutações do coronavírus representam um enorme desafio, o que contribui para a queda de sua popularidade.

Da sede dos Institutos Nacionais de Saúde, na região de Washington, Biden pronunciará um discurso em que pretende enumerar uma série de ações projetadas para lutar contra a Covid-19 durante o inverno (hemisfério norte, verão no Brasil), no momento em que a variante ômicron se propaga pelo mundo, gerando novas preocupações e restrições.

Na quarta-feira foi detectado o primeiro caso de contágio com esta variante nos Estados Unidos.

A Casa Branca já anunciou que a partir "do início da próxima semana", todos os viajantes deverão, além de vacinados, apresentar um teste negativo feito um dia antes do deslocamento. A medida será aplicada a americanos e estrangeiros.

Para os deslocamentos internos, Biden anunciará uma prorrogação da obrigatoriedade do uso de máscaras em aviões, trens e outros transportes públicos até meados de março, afirmou uma fonte do governo.

As novas medidas pretendem tranquilizar os americanos e mostrar que Biden está fazendo tudo a seu alcance para evitar que a pandemia afete a recuperação econômica dos Estados Unidos e as festas de fim de ano.

O presidente e seus assessores reiteraram nos últimos dias que não acontecerá um retorno aos grandes confinamentos.

Mas o governo enfrenta um cenário em que muitos americanos não são receptivos aos apelos de Biden por uma ação coletiva para derrotar a pandemia. De fato, quase 40% da população ainda não está completamente imunizada, apesar das tentativas criativas de estimular vacinação.

E quase 100 milhões de pessoas que já podem receber doses de reforço das vacinas anticovid ainda não aproveitaram a oportunidade.

- Campana nacional -

Uma campanha nacional direcionada aos beneficiários do sistema de saúde pública Medicare tentará ampliar vacinação e as doses de reforço: em sua estratégia, o governo estabeleceu uma associação com a AARP, um importante grupo que representa os interesses das pessoas com mais de 50 anos.

No outro extremo da faixa etária, a administração Biden tentará assegurar que as escolas não retornem aos fechamentos.

"Quando o presidente assumiu o cargo, mais da metade das escolas do país estavam fechadas", disse a mesma fonte do governo.

"Hoje temos uma vacina para as crianças a partir de cinco anos e mais de 99% das escolas em todo o país estão completamente abertas", disse, antes de destacar que "o presidente anunciará os passos que garantirão que isto continue assim".

O governo também pretende estimular o uso de kits de teste domiciliar com o anúncio de que "o seguro médico deve cobrir 100% do seu custo".

Para aqueles sem seguro médico, a disponibilidade de kits gratuitos deve aumentar nos próximos meses. "Nosso fornecimento de testes caseiros é, atualmente, quatro vezes maior que no fim do verão", disse a fonte do Executivo.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump testou positivo para Covid-19, e depois negativo, três dias antes do debate com o democrata Joe Biden em 29 de setembro de 2020, de acordo com um livro de seu ex-chefe de gabinete Mark Meadows, o qual o jornal The Guardian obteve uma cópia.

Mark Meadows argumenta em um livro que será publicado na próxima semana que "nada iria impedir Trump" de debater com seu adversário democrata na eleição presidencial de 2020, que conferiu a Biden uma vitória muito questionada por seu rival.

O último chefe de gabinete do ex-presidente garante que Trump apresentava, no momento do teste positivo, realizado em 26 de setembro de 2020, sinais de cansaço e sintomas de um "leve resfriado".

Mark Meadows disse que advertiu Trump sobre seu teste positivo enquanto ele estava a bordo do Força Aérea Um, a caminho de um comício de campanha, segundo o The Guardian.

Ele afirma que, após o primeiro teste, realizado com um "método antigo", foi feita uma segunda análise com um sistema considerado "muito mais preciso", o "Binax". Desta vez, o resultado foi negativo. Trump viu como "permissão total" para continuar com sua agenda. Uma semana após o evento, Trump estava no hospital.

Em 2 de outubro, ele anunciou em sua conta do Twitter que ele e sua esposa Melania testaram positivo para covid-19. Nesta quarta-feira, no entanto, o bilionário republicano argumentou que as afirmações de Meadows são falsas.

“A história segundo a qual tive covid antes, ou durante, o primeiro debate, são 'notícias falsas'. Na verdade, um teste mostrou que eu não tinha covid antes do debate”, destacou.

Entre centenas de migrantes em caravana pelo México com o sonho de chegar aos Estados Unidos, Elsa implora ao presidente Joe Biden que lhe dê abrigo para proteger sua família das gangues hondurenhas.

"Ele tem que dar uma mão para nós que realmente precisamos! Se tivéssemos dinheiro, não estaríamos aqui", disse Elsa com sua filha de oito anos e outras 800 pessoas, a maioria centro-americanas, em um rodovia no estado de Oaxaca (sudeste).

Sua filha mais velha, que acaba de dar à luz, foi deixada em Honduras e "não teve coragem de pegar a estrada por causa das ameaças" de integrantes de gangues, disse à AFP a extremamente magra mulher de 35 anos.

Depois de viajar 500 km desde 23 de outubro, quando a caravana partiu de Tapachula (Chiapas, sul), Elsa Pineda e sua filha desmaiaram.

Biden receberá o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, na quinta-feira (18), para discutir a pandemia da Covid-19 e a migração em condições clandestinas, um desafio para o democrata que chegou à Casa Branca prometendo um tratamento mais humano aos migrantes.

Sua promessa teve um "efeito de chamada". Entre outubro de 2020 e setembro do ano passado, os Estados Unidos registraram 1,7 milhão de pessoas entrando ilegalmente pelo México, o maior recorde histórico.

- Destino incerto -

Os migrantes começam o dia enfaixando os pés, ou preparando carrinhos para empurrar os filhos, às vezes sob altas temperaturas.

Neste dia, eles percorrerão 13 km. Depois de receber alguns biscoitos doados por moradores, Elsa afirma que seu objetivo é trabalhar nos Estados Unidos, "em qualquer coisa", para mandar dinheiro para a filha.

Mas, se não conseguir, pede a López Obrador que regularize sua permanência no México, porque, garante ela, qualquer opção é melhor do que voltar para Honduras.

- 'Vamos entrar de qualquer maneira'

O México se tornou uma espécie de muro para os migrantes. Em agosto, as autoridades dispersaram várias caravanas em Tapachula, onde estrangeiros se aglomeram à espera de documentos para cruzar o país com destino aos Estados Unidos.

Mais de 190.000 imigrantes em situação ilegal foram detectados pelas autoridades mexicanas entre janeiro e setembro, três vezes mais do que em 2020. Cerca de 74.300 foram deportados.

A caravana enfrenta uma ordem oficial de não permitir a circulação de veículos que transportem migrantes para acelerar sua caminhada.

Em 31 de outubro, guardas nacionais mataram dois cubanos depois que, segundo o relatório oficial, o veículo que os transportava ignorou uma ordem de parada e lançou-se sobre os agentes.

Segundo os organizadores da marcha, eles faziam parte da caravana, mas as autoridades suspeitam de que estivessem com traficantes de pessoas.

Nos postos de controle, os agentes de imigração oferecem aos estrangeiros autorizações de permanência por um ano. Alguns aceitam, exauridos pela caravana, e outros rejeitam-nas, afirmando que "são mentiras".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a Roma na madrugada desta sexta-feira (29) para seu primeiro encontro com o papa Francisco em seu cargo atual, na véspera de uma cúpula do G20 na capital italiana.

Antes de partir, Biden apresentou em Washington um plano "histórico" de bilhões de dólares em gastos com infraestrutura, transição energética e benefícios sociais.

O presidente americano esperava chegar a Roma com a votação final do Congresso, mas terá de esperar, em meio às dissidências de seu próprio Partido Democrata.

Em Roma, Biden iniciará sua agenda com um encontro com o papa, com quem compartilha posições sobre meio ambiente, pobreza e pandemia, e com quem se reuniu três vezes como vice-presidente do governo Barack Obama.

A reunião será na biblioteca particular do Palácio Apostólico, ao meio-dia local (7h no horário de Brasília), na véspera da cúpula de dois dias em Roma com os chefes de Estado e de Governo das 20 maiores economias do mundo, o G20.

Na sequência, Biden embarca rumo a Glasgow, no Reino Unido, onde participa da importante COP26, a cúpula sobre o clima promovida pela ONU.

De acordo com um comunicado da Casa Branca, o chefe da Igreja Católica e o presidente americano "discutirão como trabalhar juntos em iniciativas baseadas no respeito da dignidade humana fundamental, incluindo a eliminação da pandemia da covid-19, a luta contra o clima e compaixão pelos pobres".

Será um encontro "caloroso", antecipou sua porta-voz, Jen Psaki, na quarta-feira.

Ela lembrou que o presidente, um católico fervoroso, "encontrou força em sua fé", diante das tragédias de sua vida: a morte acidental de sua primeira esposa e filha e, em seguida, a morte de seu filho Beau de câncer.

Biden, que viaja acompanhado de sua segunda mulher, Jill, quase nunca perde a missa dominical, e suas posições sobre alguns assuntos se aproximam mais das do papa argentino do que as de seu antecessor Donald Trump.

Apesar de Biden ser o segundo presidente católico dos Estados Unidos, depois de John F. Kennedy (1961-1963), a profundamente dividida Igreja Católica americana começou uma ofensiva para privar da comunhão os líderes políticos que apoiam o aborto, entre eles o próprio Biden.

Depois do encontro com o papa, Joe Biden se reúne com o chefe do governo italiano, Mario Draghi, anfitrião da cúpula do G20 e ex-presidente do Banco Central Europeu, que desperta muita curiosidade nos Estados Unidos por seus projetos de reforma.

Para Biden, que perdeu popularidade desde sua eleição, o G20, assim como a grande cúpula da COP26 em Glasgow, na Escócia, são oportunidades para relançar sua imagem e enterrar definitivamente a era Trump.

Também nesta sexta-feira, ele se reunirá em particular, em Roma, com o presidente francês, Emmanuel Macron, na tentativa de virar a página da grave crise relacionada com os contratos de submarinos ocorrida em meados de setembro e selar a reconciliação.

Esse assunto e a retirada caótica do Afeganistão pesam na aura de Biden, que repete que "a América está de volta" à cena internacional.

A presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, afirmou neste domingo que os congressistas de seu partido podem chegar a um acordo na próxima semana sobre as amplas reformas almejadas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

"Estamos quase lá", declarou Pelosi ao canal CNN. Ela respondeu "este é o plano" ao ser questionada se um acordo será alcançado dentro de uma semana.

"Temos um acordo sobre 90% do projeto, precisamos apenas tomar algumas decisões finais", completou.

Joe Biden pretende receber ainda neste domingo em sua residência de Delaware o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, e o senador Joe Manchin, um dos congressistas do partido contrário a alguns trechos do projeto de reforma social.

Biden expressou na quinta-feira um otimismo cauteloso sobre a possibilidade de um acordo no Congresso para a aprovação de seu projeto de reforma social e do plano infraestruturas.

Um dia antes, ele pediu ao Congresso para votar os planos de investimentos, que segundo ele "mudarão profundamente" os Estados Unidos e cujos valores foram reduzidos para tentar aglutinar todas as alas do Partido Democrata.

Biden conduziu durante a semana intensas negociações com os congressistas relutantes a aprovar as reformas. Durante as conversas, ele aceitou reduzir drasticamente os gastos em medidas sociais e o clima.

O senador Joe Manchin (Virginia Ocidental) e a senadora Kyrsten Sinema (Arizona), dois democratas de centro, têm o equivalente a um poder veto sobre os projetos, levando em consideração a estreita maioria democrata na Câmara Alta do Congresso.

O presidente dos Estados Unidos desejava aprovar um programa de 3,5 trilhões de dólares em 10 anos para melhorar os setores de saúde, educação e cuidados à primeira infância.

Durante as discussões do Partido Democrata, o valor foi reduzido para dois trilhões de dólares.

O outro programa, de 1,2 trilhão de dólares, é destinado a investimentos para melhorar as infraestruturas.

A Casa Branca afirma que o Partido Democrata nunca esteve tão perto de resolver suas diferenças sobre as grandes reformas do presidente Joe Biden. No entanto, as negociações entre progressistas e moderados do partido do governo se apresentam mais difíceis do que nunca nesta sexta-feira (1º).

Na noite de quinta-feira, a porta-voz do presidente democrata, que apagou as luzes do Salão Oval muito mais tarde do que de costume, fez o possível para transmitir uma mensagem positiva.

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Legisladores democratas extremamente divididos haviam acabado de renunciar à votação final de um grande plano de financiamento de infraestrutura.

"Estamos mais perto do que nunca de um acordo", disse Jen Psaki. Mas vai demorar "mais tempo para concluir os trabalhos".

Nesta sexta-feira, os democratas retomam suas discussões para evitar a derrota dos grandes projetos do presidente no Congresso.

Biden prometeu "reconstruir" os Estados Unidos depois da pandemia e diante das mudanças climáticas. Ele quer renovar a infraestrutura física e reabastecer a rede de apoio social.

O ex-senador, cuja popularidade diminuiu desde a retirada caótica do Afeganistão, luta para despertar o entusiasmo popular por suas reformas e deve obter sucesso em várias frentes.

Democratas divididos 

Por um lado, há grandes investimentos em estradas, pontes, redes elétricas apoiados por vários legisladores republicanos e, a princípio, pelos democratas.

Por outro, existe um gigantesco programa de gastos sociais (educação, saúde) e ambientais, que os conservadores rechaçam e que divide o campo democrata. Seu valor, ainda incerto, foi inicialmente anunciado em US $ 3,5 bilhões.

Os democratas progressistas se recusam a votar em infraestruturas sem garantias de gastos sociais. O argumento deles: os democratas do centro, assim que as pontes e estradas forem financiadas, poderiam adiar indefinidamente as demais votações.

Para alguns democratas moderados, incluindo o senador Joe Manchin e o senador Kyrsten Sinema, a questão principal é a quantia (que eles gostariam de reduzir) e o financiamento (que eles questionam), por meio de aumentos de impostos para os ricos e multinacionais.

Para esses democratas e para todo o campo republicano, o Estado não deve interferir muito, mesmo com a melhor das intenções, na vida privada dos americanos.

"Assistencialismo"

Assim, o senador Manchin disse publicamente que se opõe ao desenvolvimento de uma "mentalidade de assistencialismo".

Para os legisladores mais de esquerda, liderados pelo senador Bernie Sanders, ao contrário, há uma necessidade urgente de corrigir as grandes desigualdades.

E no meio está Biden que repete incessantemente "Eu sou um capitalista", mas que é preciso apoiar a classe média trabalhadora.

Os democratas controlam a Câmara dos Representantes, mas sua maioria no Senado é tão estreita que qualquer deserção tem um custo alto. E, além disso, podem perder essa maioria em pouco mais de um ano, nas eleições de meio de mandato.

Para complicar ainda mais as coisas, os republicanos querem a votação sobre um aumento do "teto da dívida" antes da data limite de 18 de outubro.

Essa manobra orçamentária é necessária para evitar um default dos Estados Unidos, com consequências imprevisíveis.

O assessor de Segurança Nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, conversou nesta quarta-feira (29) com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, para promover a realização de eleições na Líbia, país assolado pelas lutas de poder, informou a Presidência egípcia.

O Cairo, grande aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, se consolidou como um ator-chave no cenário regional, tanto na questão palestina quanto na da vizinha Líbia, que desde a queda de Muamar Gadafi em 2011 vive um conflito sangrento.

O Egito recebeu recentemente o homem que controla o leste da Líbia, o marechal Khalifa Haftar, líder do autoproclamado Exército Nacional Líbio (ENL) e possível candidato às eleições presidenciais previstas para 24 de dezembro, assim como seu rival, o primeiro-ministro Abdelhamid Dbeibah.

O Cairo pediu que as eleições legislativas e presidenciais ocorram na data prevista para acelerar o retorno à estabilidade.

Sullivan e Sissi falaram de "organizar eleições" na Líbia, de "retirar as tropas estrangeiras e os mercenários" e de "unificar as forças armadas" do país, disse o porta-voz de Sissi, Basam Radi, em um comunicado.

As eleições líbias estão atualmente ameaçadas, já que o presidente do Parlamento, Aguila Saleh, ratificou uma controversa lei eleitoral que favorece o general Haftar, enquanto o Parlamento da cidade de Tobruk (leste) aprovou uma moção de censura contra o governo.

O estrategista de Donald Trump admitiu que planejou a invasão ao Capitólio após conversa com o ex-presidente dos Estados Unidos antes do pronunciamento do dia 6 de janeiro. Com expertise em atuação nas redes sociais, Steve Bannon possui estreita relação com o Governo Bolsonaro, especialmente com o filho do presidente brasileiro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Bannon apontou que a intenção de motivar os apoiadores à invasão era "matar a presidência de Biden no berço", após o democrata ser eleito democraticamente pelos norte-americanos.

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 Em entrevista ao Real America's Voice, ele confirmou o objetivo: “sim, por causa de sua legitimidade”, ao comentar sobre a vitória de Biden. “42% do povo americano pensa que Biden não ganhou a presidência legitimamente”, apontou sem provas.

“Ele se matou”, acrescentou o marqueteiro. “Basta olhar para o que este regime ilegítimo está fazendo. Ele se matou. Ok? Mas nós dissemos a você desde o início, apenas exponha, apenas exponha, nunca recue, nunca desista e essa coisa vai implodir”, incentivou.

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