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A primeira medalha conquistada nas piscinas pelo Brasil em Toronto nesta terça-feira não envolveu só natação, mas também bola e muito contato físico. Afinal, a seleção brasileira feminina de polo aquático garantiu a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos ao vencer Cuba, por 9 a 6, na disputa pelo terceiro lugar.

Esta foi a quinta vez que brasileiras e cubanas decidiram o bronze pan-americano. O Brasil vai levando a melhor. Ganhou em 1999 (9 a 4), em 2003 (6 a 5) e 2011 (9 a 8). Perdeu apenas no Rio, em 2007, quando levou 6 a 5 em casa. EUA e Canadá jogam pelo ouro.

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As brasileiras, entretanto, queriam mais. Chegaram ao Pan sonhando com a prata, que escapou por pouco. Afinal, o Brasil empatou com o Canadá na estreia e, depois, decidiu a liderança do grupo no saldo de gols. Precisava fazer oito gols de diferença em Porto Rico, mas ganhou por saldo de "apenas" sete.

Por isso, ficou em segundo no grupo e teve que enfrentar os Estados Unidos na semifinal. Conforme esperado, perdeu de muito (16 a 3) e teve que se contentar com a disputa do bronze. A meta era ficar em primeiro no grupo, bater Cuba na semifinal e só enfrentar os EUA na final, faturando a prata.

Na decisão do bronze, o primeiro quarto acabou sendo decisivo. Afinal, foi na primeira parte da partida, o Brasil abriu 2 a 0. Depois, todos os quartos foram equilibrados. A vantagem seguiu de apenas dois gols até o início do último quarto, quando o placar apontava 6 a 4. Aí, houve espaço para o Brasil ampliar o resultado.

Iza Chiappini, de apenas 19 anos, que estuda e joga por uma universidade dos Estados Unidos, foi disparada a melhor da partida. Dos nove gols brasileiros, seis foram marcados pela menina, filha do assistente técnico da equipe, Roberto Chiappini, que já comandou a equipe e hoje auxilia o canadense Pat Oaten.

Chiappini comanda a equipe do Pinheiros, que tem 10 atletas na seleção convocada para o Pan. Outras duas das jogadoras da seleção no Pan treinam no clube paulistano, mas jogam por outras equipes. A única de fora é Marina Canetti, do Flamengo, que lesionou um dedo da mão no segundo jogo da competição e não jogou mais no Pan.

A conquista da América parece ser fácil para quem já ganhou o mundo. Mas foram dois anos até o ginasta Arthur Zanetti, campeão mundial nas argolas em 2013, faturar a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O brasileiro agora festeja a vitória inédita, que estava engasgada desde a prata de Guadalajara (2011).

"Estou muito feliz. Era um resultado que eu queria ter, acabei não conseguindo em 2011 e agora veio", afirma o vencedor, relembrando o segundo lugar do último Pan. "É um resultado que quando você quer, você se cobra um pouco mais. Eu estava me cobrando mais e acho que deu certo", continua.

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Depois de uma classificação tranquila, a final teve resultados bem mais apertados entre os concorrentes. Todos tiraram notas acima de 15,000 e isso foi uma surpresa para Zanetti, que somou 15,725. "Achei que o americano poderia ficar um pouquinho mais atrás, mas ele fez uma boa prova e acabou me surpreendendo bastante", conta.

Mesmo com a medalha no peito, Arthur reconhece algumas falhas na execução da série, mas mostra alívio pelo resultado. "Não foi a melhor série, principalmente o último giro, acabei empurrando um braço mais que o outro e a argola acabou entortando, mas consegui consertar, fiz a saída e fiquei em pé. Estou com o ouro e isso é o que importa"

O técnico Marcos Goto tira um pouco do peso do favoritismo sobre os ombros do ginasta. "A gente não tem pressão, a gente não tem obrigação de vencer. Quando você treina muito, chega na competição com confiança. E ele treina muito."

Para o treinador, a humildade está entre os segredo dos bons resultados do brasileiro. "Quando subir para a cabeça, começa a achar que é o dono do mundo, que não precisa treinar mais. No dia que acontecer isso, tem de parar de treinar e se aposentar. Ele é bem ciente disso."

Um dia depois de o ministro do Esporte, George Hilton, retornar ao Brasil após cinco dias em Toronto, nesta terça-feira foi a vez do secretário-executivo da pasta, Ricardo Leyser, chegar ao Canadá para acompanhar os Jogos Pan-Americanos. Ele ficará na cidade por uma semana e, neste período, pretende acompanhar aspectos da organização do evento visando à Olimpíada do próximo ano, além de acompanhar in loco o desempenho de atletas brasileiros.

"Nós temos duas frentes de ação. A primeira tem a ver com a organização dos Jogos do Rio-2016. O ministério está no Programa de Observadores, acompanhando toda a operação dos Jogos - e não só o ministério do Esporte, mas também o Itamaraty, Ministério da Defesa e da Justiça. Já há uma mobilização grande do governo para a Olimpíada e aqueles que não conhecem a operação dos Jogos estão vindo para o Pan-Americano", declarou Leyser à reportagem.

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"Não é uma grande delegação - a nossa para Londres, por exemplo, foi maior - porque a gente já tem alguma experiência, mas aquelas pessoas do governo que foram se agregando nos últimos momentos, nos últimos dois anos, estão aqui em Toronto conhecendo. Inclusive uma parte da nossa equipe que fez a Copa do Mundo de 2014, mas não tinha experiência em eventos multidesportivos", explicou o secretário-executivo.

A participação dos atletas brasileiros em Toronto também está no radar do ministério. "O outro lado é o do nosso desempenho esportivo. A maior parte dos esportes tem o financiamento do governo federal, do Ministério do Esporte, de investimentos de estatais ou da lei de incentivo, então a gente está aqui acompanhando alguns resultados."

Crescidas em uma favela do Rio, sem o pai - traficante de drogas morto quando elas eram crianças -, as irmãs Luana e Lohaynny Vicente, de 21 e 19 anos, respectivamente, deram a volta por cima. Nesta terça-feira, mostraram que o badminton do Brasil vive um momento único na história. Ganharam de uma dupla do Canadá, diante de um ginásio lotado, e levaram o Brasil à final das duplas femininas nos Jogos Olímpicos de Toronto.

O feito só não é inédito porque, pela manhã, Hugo Arthuso e Daniel Paiola também conseguiram chegar até a final nas duplas masculinas. Além dessas duas medalhas já garantidas, o Brasil também ganhou bronze nas duplas mistas, com Lohaynny e Alex Tjong, que perderam a semifinal mais cedo - diferente do tênis, no badminton os mesmos atletas sempre jogam as chaves individuais, de duplas masculinas/femininas e mistas em todos os torneios do Circuito Mundial.

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A vitória sobre Alex Bruce/Phyllis Chan, por 2 a 0 (22/20 e 21/14), no início da sessão noturna em Toronto, foi a forma de Lohaynny ir à forra contra os anfitriões. Afinal, foi a local Michelle Li a responsável por eliminá-la nas quartas de final da chave de simples. Já em duplas mistas ela e Alex perderam para Toby Ng/Alex Bruce, também do Canadá.

A final nas duplas femininas está marcada para as 15h desta quarta-feira, contra Eva Lee/Paula Lynn Obanana, dos EUA. Os dois times disputam a vaga do continente nos Jogos do Rio, pelo ranking mundial. As norte-americanas estão no 19.º lugar, com as brasileiras em 35.º.

As conquistas desta terça-feira coroam um novo momento do badminton do Brasil. Em toda a história dos Jogos Pan-Americanos, o País só tinha duas medalhas de bronze. Em Toronto, já assegurou duas de prata (que podem virar ouro) e uma de bronze. Fez sete quartas de final.

Ainda que o resultado cause surpresa para quem não acompanha de perto o badminton, as três medalhas são um resultado aquém do esperado pela comissão técnica, que havia traçado como meta subir ao pódio em todas as cinco disputas do Pan. De qualquer forma, era difícil acreditar em duas finais.

Em Guadalajara, há quatro anos, o Brasil ganhou apenas um bronze, com Daniel Paiola. A outra medalha do País em Jogos Pan-Americanos data de 2007, quando, em casa, ganhou um bronze em duplas.

O País nunca disputou os Jogos Olímpicos na modalidade, mas em 2016 terá direito a um convite na chave masculina de simples e outro na feminina. Hoje, não precisaria do convite, porque Paiola e Fabiana Silva estão na zona de classificação do ranking mundial. Nas duplas, vai ao Rio o melhor time do continente em cada disputa.

Em agosto acontece o Campeonato Mundial, em Jacarta (Indonésia). Apenas Alex Tjong e Daniel Paiola vão à competição porque vão bancar o evento do bolso. A Confederação Brasileira de Badminton (CBBb), com o cobertor curto, preferiu pagar para a seleção disputar dois eventos no continente americano.

A coleção de medalhas do ginasta Arthur Zanetti agora está completa. Nesta terça-feira, o brasileiro conquistou o ouro nas argolas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e recebeu a medalha que faltava em sua vitoriosa carreira. Com a nota 15,725, o campeão olímpico de 2012 e mundial em 2013 comprovou a sua hegemonia nas Américas e fez ecoar o hino brasileiro pela primeira vez no Toronto Coliseum.

Zanetti mostrou controle total sobre os movimentos de sua série, a mesma usada na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, quando tirou a melhor nota da carreira (16,050). O brasileiro teve de superar adversários qualificados, ainda que o nível da disputa no Pan tenha sido um pouco mais baixo que o Mundial de Nanning, no ano passado. Na ocasião, a nota 15,733 deu a medalha de prata a Zanetti, superado pelo chinês Liu Yang (15,933).

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Em Toronto, todos os ginastas tiveram nota acima de 15,000. Assim como na classificação, o norte-americano Donnel Whittenburg fez uma boa prova e os 15,525 pontos exigiram empenho do brasileiro. O cubano Manrique Larduet não deixou por menos e obteve 15,450. Mas Zanetti fez o que era esperado, confirmou o favoritismo e deixou os Estados Unidos com a prata e Cuba com o bronze.

No sábado, Zanetti havia tirado 15,800 e se garantido nas finais com uma vantagem confortável sobre os rivais. Na prova final teve alguns descontos, mas nada que tirasse o brilho de sua prova. No Pan, Arthur também faturou a medalha de prata na disputa por equipes na segunda-feira.

Os Jogos Pan-Americanos servem como preparação para o Mundial de Glasgow, na Escócia, que será disputado entre 23 de outubro e 1 de novembro. O Brasil prioriza a disputa por equipes, porque pode classificar time completo para os Jogos do Rio.

MENINAS - Paralelamente no Toronto Coliseum ocorreu a final das barras assimétricas para mulheres. O ouro ficou com Rachel Gowey, dos EUA, seguida da venezuelana Jessica Arocha e da também norte-americana Amelia Hundley. O Brasil não se classificou para esta final.

Até aqui, os EUA já conquistaram 10 medalhas na ginástica artística do Pan, sendo cinco de ouro. O Brasil vem em segundo no quadro, com quatro medalhas: um ouro, uma prata, dois bronzes. Canadá, Cuba e Colômbia têm três medalhas cada.

Em sua quinta e última participação em Jogos Pan-Americanos, Daniele Hypolito foi fundamental para que o Brasil ganhasse o bronze por equipes, mas agora quer conquistar também uma medalha no individual. Já fez duas finais e ficou no quase em ambas. Depois de ser quinta colocada no individual geral, na segunda-feira (13), a veterana de 30 anos terminou no quarto lugar a final do salto, nesta terça, a 0,025 pontos da medalha.

"O importante é que passei bem, passei direitinho. Sou muito exigente, sou perfeccionista, podia ter feito um pouco melhor o primeiro salto, mas acontece", afirma Daniele, já pensando na final de solo de quarta-feira, quando fará sua última apresentação em Jogos Pan-Americanos, 16 anos após a estreia.

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Na final desta terça-feira (14), no salto, Daniele Hypolito melhorou sua nota da fase de classificação, somou 14,062, mas não o suficiente para subir ao pódio. Acabou no quarto lugar, atrás apenas 0,025 da canadense Ellie Black. A cubana Marcia Videaux Jimenzes conquistou o ouro com boa vantagem, enquanto Yamilet Peña Abreu, da República Dominicana, levou a prata.

O quarto lugar de Daniele acabou sendo o melhor resultado do Brasil na primeira etapa de finais desta terça-feira. O solo foi o aparelho escolhido para o pontapé inicial. Arthur Nory parecia ter esquecido a atuação ruim dos brasileiros na prova por equipes e fez uma apresentação mais consistente no solo, mas acabou penalizado por pisar fora da linha do tablado.

A pontuação 14,700 deixou Nory em quinto lugar. O ouro ficou com o surpreendente guatemalteco Jorge Vega Lopez (15,150), que deixou para trás, com prata e bronze, os norte-americanos Donnel Whittenburg (14,975) e Samuel Mikulak (14,925), respectivamente.

"Foi aquele final e uma parada de mão que me prejudicaram. Dava para brigar, tinha total chances de igual para todo mundo, mas foi vacilo. Dei aquele gás a mais e acabei me prejudicando", avalia Nory, que competiu pela primeira vez desde que voltou de lesão e de que foi suspenso por 30 dias como pivô do caso de racismo contra Ângelo Assumpção.

Nory havia se garantido na briga pela medalha graças à regra que limita o número de participantes por país, visto que os Estados Unidos colocou três atletas entre os oito melhores colocados. O ginasta obtivera a nona posição, com 14,250 pontos, e entrou na disputa no lugar do norte-americano Paul Ruggeri.

O cavalo com alças foi disputado simultaneamente ao salto para mulheres. Lucas Bitencourt, que se classificou com o oitavo lugar, foi o primeiro ginasta a competir. Ele cometeu uma falha grave e não conseguiu finalizar o exercício de maneira contínua, somando apenas 12,825 e ficando novamente na última posição. "Nos dois dias que competi essa prova estava bem, mas hoje (terça) no fim bati na alça, faltava só a saída, mas o impulso parou. Agora é treinar para não cometer o mesmo erro na próxima e acertar no Mundial", afirma.

Na sequência, Francisco Barretto Júnior não colocou muita velocidade na execução dos movimentos, repetiu os 14,450 da classificação e terminou a prova na sexta posição. Ele não foi páreo para o colombiano Jossimar Calvo Moreno e para o americano Marvin Kimble, ambos com a medalha de ouro, e o mexicano Daniel Corral Barron (bronze).

"Teve um movimento que testei hoje e não fiz na classificatória, em que tive uma pausa que desconta pelo menos três décimos. Conforme os treinamentos, vou ajustar isso. Mas gostei da série porque ainda é uma série nova para mim e está em processo de evolução", avalia Chicão.

Nome mais famoso da equipe de saltos do hipismo que vai participar dos Jogos Pan-Americanos, Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, precisou ser cortado. Mas não há nada com ele. O problema é com sua principal montaria, AD Rahmannshof’s Bogeno, que sofreu uma inflamação na pata esquerda e não vai poder competir em Toronto.

Bogeno, cria do lendário Baloubet du Rouet, é o animal que derrubou Doda durante os Jogos Mundiais Equestres, no ano passado, ao refugar diante de um obstáculo. Havia a possibilidade de a comissão técnica manter Doda na equipe, com outro animal, mas a opção foi por chamar Rodrigo Pessoa às pressas.

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À época da convocação, há um mês, a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) informou que Rodrigo Pessoa não havia sido chamado porque sua então única montaria de alto nível (Status) estava machucada. Agora, anunciou a convocação do campeão olímpico exatamente em conjunto com Status.

O brasileiro, que é radicado na Bélgica, já iria ao Pan de qualquer forma, uma vez que é treinador do venezuelano Emanuel Andrade. Rodrigo Pessoa pretendia ir a Toronto também para dar suporte à equipe brasileira.

Antes de Doda, a equipe já havia perdido Karina Johannpeter. Filha de Jorge Gerdau, ela abriu mão da convocação porque, no entender dela, a sequência de competições iria causar um desgaste muito grande no animal Casper 150. Para o lugar dela foi convocado Felipe Amaral, com Carthoes BZ.

O time ainda terá Eduardo Menezes (Quintol), Marlon Módolo Zanotelli (Rock’n Roll Semilly ou Zerlin M) e Pedro Veniss (Quabri de L Isle). Um dos cinco será reserva e não vai se apresentar, mas a comissão técnica só vai escolher os titulares em Toronto. A competição de saltos no Pan começa só na terça-feira da próxima semana.

Quinto colocado no Campeonato Mundial de Tiro Esportivo do ano passado e recordista dos Jogos Pan-Americanos, o veterano Rodrigo Bastos decepcionou em Toronto. Aos 48 anos, o paranaense foi eliminado como 13.º colocado na fase de classificação da fossa olímpica, prova de tiro ao prato. Apenas os seis primeiros avançavam à semifinal.

Bronze no Pan de Indianópolis (1987) e prata em Santo Domingo (2003), Rodrigo havia terminado o primeiro dia da classificação no terceiro lugar. O dentista foi mal na segunda etapa, nesta terça-feira. Acertou apenas 60 de 75 pratos disparados e terminou com 105 acertos de 125 possíveis.

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Como comparação, havia feito 123 pontos no Mundial do ano passado, quando avançou à final para terminar em quinto. Naquele torneio, três vagas nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 estavam em jogo. No Pan, são mais duas, e a expectativa era que Rodrigo pudesse enfim alcançá-las.

Agora, só resta mais duas tentativas, na etapa de Copa do Mundo em Gabala (Azerbaijão), em agosto, e no Mundial de Lonato (Itália), em setembro - cada um dos eventos vai distribuir duas vagas. O Brasil tem direito a convite na fossa olímpica masculina na Olimpíada, mas pretendia não precisar deles, para poder reivindicar lugar em outras provas, em troca.

Na fossa olímpica de Toronto, o Brasil ainda teve Eduardo Correa, que também decepcionou, com 105 pontos, no 14.º lugar, logo abaixo de Rodrigo. Aos 50 anos, ele vinha passando de 119 pontos regularmente em competições internacionais. No Pan, teria sido suficiente para ficar em primeiro lugar.

MAIS PAN - Outro veterano do tiro esportivo brasileiro, Emerson Duarte, de 43 anos, terminou em terceiro na primeira parte da fase de classificação da pistola de tiro rápido 25m. Somou 288, de 300 possíveis. Iosef Forma é o 12.º. Na prova feminina, Rachel Silveira é apenas a 16.ª colocada. Em ambas as disputas o Brasil tem convite para a Olimpíada.

A cada novo dia de disputas dos Jogos Pan-Americanos, o badminton brasileiro vai atingindo um feito inédito. Depois de garantir três medalhas na segunda-feira (13), ao avançar para a semifinal em três chaves, nesta terça (14), o País pela primeira vez se classificou para uma final de Pan. Os responsáveis pelo feito histórico são Daniel Paiola e Hugo Arthuso. Na semifinal da chave de duplas masculinas, eles confirmaram o favoritismo para vencer Nelson Javier/William Cabrera, da República Dominicana, apenas a 140.ª dupla do ranking mundial, por 2 sets a 0, com parciais de 21/13 e 23/21.

Na final, os brasileiros, que ocupam o 84.º lugar do ranking mundial, vão jogar contra o vencedor do duelo entre Philip Chew/Sattawat Pongnairat (EUA) e Arturo Hernandez/Lino Muñoz (México), que acontece à noite. Os norte-americanos formam a melhor dupla das Américas no ranking mundial.

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Mais cedo, nas duplas mistas, Alex Tjong e Lohaynny Vicente levaram 2 sets a 0 (21/17 e 21/16) de Toby Ng/Alex Bruce, do Canadá, e acabaram eliminados na semifinal. Como no badminton não há disputa pelo terceiro lugar, os brasileiros não voltam a jogar e ficam com o bronze.

Lohaynny, entretanto, joga mais uma vez. Às 18 horas (de Brasília), ela e a irmã Luana enfrentam Bruce/Phyllis Chan, do Canadá, para tentar chegar à final feminina de duplas. As rivais, número 23 do mundo, são favoritas.

Ainda que o resultado cause surpresa para quem não acompanha de perto o badminton, as três medalhas são um resultado aquém do esperado pela comissão técnica, que havia traçado como meta subir ao pódio em todas as cinco disputas do Pan. Só não alcançou a semifinal nas chaves de simples, sofrendo quatro derrotas (duas em cada) nas quartas de final. Em Guadalajara, há quatro anos, o Brasil ganhou apenas um bronze, com Daniel Paiola. A outra medalha do País em Jogos Pan-Americanos data de 2007, quando, em casa, ganhou um bronze em duplas.

O País nunca disputou os Jogos Olímpicos na modalidade, mas em 2016 terá direito a um convite na chave masculina de simples e outro na feminina. Hoje, não precisaria do convite, porque Paiola e Fabiana Silva estão na zona de classificação do ranking mundial. Nas duplas, vai ao Rio o melhor time do continente em cada disputa.

Em agosto acontece o Campeonato Mundial, em Jacarta (Indonésia). Apenas Alex Tjong e Daniel Paiola vão à competição porque vão bancar o evento do bolso. A Confederação Brasileira de Badminton (CBBb), com o cobertor curto, preferiu pagar para a seleção disputar dois eventos no continente americano.

Thiago Pereira poderá comemorar na arquibancada do Centro Aquático de Toronto a sua 19ª medalha em Jogos Pan-Americanos, o que o fará se igualar a Gustavo Borges como o recordista brasileiro. Afinal, ele ajudou a classificar o Brasil para a final do revezamento 4x100m livre, mas não vai nadar a final, uma vez que não está entre os mais rápidos do País.

Em uma eliminatória que tinha apenas sete equipes, o Brasil precisava apenas não errar para não ser eliminado. Por isso, poupou Matheus Santana e Marcelo Chierighini, que mais cedo nadaram as eliminatórias dos 100 metros livre (e se classificaram). Thiago entrou na equipe e, com Nicolas Oliveira, Bruno Fratus e João de Lucca, classificou o Brasil à final, com o melhor tempo, ainda que não tenha feito uma prova forte.

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Mesmo ser nadar a final, Thiago Pereira receberá medalha se a equipe brasileira do revezamento subir ao pódio, pois ele disputou as eliminatórias e consequentemente teve participação direta para um possível ouro, prata ou bronze nesta prova.

No revezamento 4x100m livre feminino, as norte-americanas pensaram diferente. Deram o máximo para baterem o recorde do campeonato: 3min37s28, baixando em mais de três segundos a marca do time dos Estados Unidos que ganhou o ouro em Guadalajara. O Brasil fez o básico e avançou com o terceiro tempo.

A manhã da delegação brasileira no primeiro dia da natação, aliás, foi absolutamente dentro do previsto. Sem surpresas, nem positivas, nem negativas. Dos oito brasileiros que nadaram eliminatórias de provas individuais, sete avançaram para as finais.

A única que não obteve sucesso foi Manuella Lyrio, nos 200m borboleta. Ela não é especialista na prova (foi terceira colocada no Maria Lenk), mas foi inscrita para tentar surpreender e, principalmente, quebrar o gelo. Acabou com o 10.º tempo, a 1s34 da final.

Os demais brasileiros fizeram o necessário para chegar à final, sem forçar para não se desgastarem. Joanna Maranhão fez o sexto tempo nos 200 metros borboleta, enquanto na prova masculina Leonardo de Deus avançou em segundo, com Kaio Márcio em sexto. Os dois brasileiros são os dois últimos campeões.

Nos 100m livre, Matheus Santana quase ficou fora da final. O garoto não fez boa eliminatória, marcou 49s52, e acabou exatamente em oitavo. Marcelo Chierighini foi um dos únicos três a quebrar a barreira dos 48s, com 48s92. A surpresa é que os dois norte-americanos estão fora da final, entre eles Cullen Jones, prata nos 50m livre nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e bicampeão olímpico em revezamentos.

A outra estrela da delegação norte-americana fez bonito. Dona de 12 medalhas olímpicas, Natalie Coughlin bateu o recorde dos campeonato nos 100m livre, com 53s85. Larissa Martins passou em quinto, com Graciele Herrmann em oitavo.

As finais da natação em Toronto começam às 20h05 pelo horário de Brasília. A disputa do revezamento 4x100m livre masculino, na qual Thiago pode bater o recorde, está prevista para 21h31.

A dupla formada por Bia Haddad e Paula Gonçalves ainda nem jogou e, por isso, é a única possibilidade viva do Brasil em conquistar uma medalha no tênis nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Nesta segunda-feira, as outras duas possibilidades do País foram eliminadas da competição em Toronto.

Em jogo da segunda rodada da chave feminina de simples, Paula Gonçalves, número 266 do ranking da WTA, levou 2 sets a 0 (6/4 e 6/1) da favorita paraguaia Veronica Cepede (152.ª do mundo).

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Nas duplas mistas, João Menezes e Gabriela Cé forram derrotados por Mariana Duque/Eduardo Struvay, da Colômbia, também por 2 a 0 (6/2 e 6/2), em partida válida já pelas quartas de final da chave.

No fim de semana, o Brasil já havia colecionado eliminações. Foram três na chave masculina de simples (Orlando Luz, Marcelo Zormann e João Menezes), duas na feminina (Bia Haddad e Gabriela Cé), além de Orlandinho/Zormann, dupla campeã olímpica da juventude.

No domingo, Bia Haddad sofreu uma lesão no ombro e jogou no sacrifício na sua eliminação em simples, a ponto de sacar por baixo. Ela é dúvida para a partida de quarta-feira pela semifinal da chave de duplas femininas, contra quem vencer o duelo Chile x México, nesta terça.

De qualquer forma, o Brasil já tem seu pior desempenho no tênis nas últimas edições dos Jogos Pan-Americanos. Em Santo Domingo (2003), Rio (2007) e Guadalajara (2011), ganhou duas medalhas. Antes, tinha um histórico ainda melhor. Em Winnipeg (1999), por exemplo, foram três medalhas.

Sem poder contar com suas quatro atletas que estão na WNBA e ainda sentindo a ausência da armadora Adrianinha, que se aposentou da seleção no fim do ano passado, o basquete feminino brasileiro chega aos Jogos Pan-Americanos como azarão na briga por uma medalha. Se em solo nacional não fez nenhum amistoso, no Canadá jogou contra EUA e Cuba e perdeu as duas partidas.

A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não forneceu muitas informações sobre as atividades, que ocorreram com portões fechados. Nesta segunda, informou que, no domingo, o Brasil levou 84 a 65 dos Estados Unidos. Nesta segunda, jogou contra Cuba e perdeu por 67 a 58. A veterana pivô Kelly, que estava no elenco no Pan de Winnipeg, em 1999, foi a cestinha brasileira dos dois jogos, com 12 e 10 pontos respectivamente.

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"Cometemos alguns erros, mas vivenciamos situações de jogo importantes para a nossa estreia na competição. Vejo que o grupo está superando algumas barreiras. Estávamos conscientes que não seria fácil, por isso não podemos deixar de acreditar", diz a veterana, de 35 anos.

O Brasil, que exceto as pivôs titulares contra praticamente apenas com jogadoras de menos de 24 anos, estreia no Pan na quinta-feira, às 22h de Brasília, contra os Estados Unidos. Na sexta-feira, joga contra Porto Rico. No sábado, pega a República Dominicana.

"Teremos menos de quinze horas entre a partida contra os Estados Unidos na quinta e Porto Rico na sexta para definirmos o nosso futuro nos Jogos Pan-Americanos. A equipe dos Estados Unidos é muito boa, mas não é imbatível", aponta o técnico Luiz Augusto Zanon. Em teoria, o Brasil deve disputar com Porto Rico a classificação para a semifinal, onde enfrentaria o primeiro de um grupo que terá Argentina, Canadá, Cuba e Venezuela.

Desde o Pan de 1979, em San Juan (Porto Rico), o Brasil não fica fora do pódio no basquete feminino. Em 14 edições, sempre terminou entre as quatro primeiras colocadas. Tem só duas medalhas de ouro, entretanto. Duas da geração de Laís Elena, Heleninha, Nilza e Normina (1967 e 1971) e uma com Hortência, Paula, Marta e Janeth, em 1991.

A ginástica artística do Brasil conheceu nesta segunda-feira um novo candidato a ídolo. Caio Souza mostrou que, aos 21 anos, já está entre os melhores do mundo. Não pelo quarto lugar nos Jogos Pan-Americanos de Toronto no individual geral, mas pelo desempenho. A nota 88,850 faria dele o oitavo melhor do Mundial do ano passado, logo atrás de Sérgio Sasaki. Mas o gosto amargo fica. Caio liderou a prova e, mesmo com apresentações de alto nível, praticamente sem falhas, foi perdendo posições até o último aparelho, quando o bronze escapou. Lucas Bittencourt terminou em nono.

O bom desempenho no Pan vem como compensação para Caio. Tratado como grande revelação da ginástica artística masculina na geração posterior a Sergio Sasaki, o garoto esteve em Nanning (China) para o Mundial do ano passado, mas sofreu uma lesão na véspera da estreia e acabou não se apresentando. Diego Hypolito entrou no time e ganhou o bronze no solo.

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Agora foi a vez de Diego se machucar a ficar fora do Pan. Os dois foram demitidos juntos do Flamengo, no início de 2013, e passaram a treinar no Pinheiros, sem contudo defender o clube paulista. Em meados do ano passado, os dois fecharam com São Bernardo do Campo (SP), deixando o técnico Renato Araújo.

Em Toronto, Caio mostrou que já se aproxima do nível de Sergio Sasaki, que também foi demitido do Fla, mas que segue com Araújo. Foi o melhor brasileiro na conquista da prata por equipes, ficou em quarto no individual geral e, nos próximos dois dias, tem chances reais de pódio no salto e nas barras paralelas.

Os EUA garantiram o ouro com Samuel Mikulak, que somou 89,650. O cubano Manrique Larduez, fenômeno de apenas 19 anos somou 89,600 pontos para ficar com a prata, mas sua nota no último aparelho foi vaiada pelo público, considerada mais baixa do que deveria ser. Jossimar Calvo faturou o bronze para a Colômbia (89,400), depois de tirar Caio Souza do terceiro lugar no último aparelho. Todos fizeram resultado de Top 8 do Mundial.

SHOW - Se no sábado, na apresentação da fase de classificação - que valeu também como final por equipes -, o solo foi o calcanhar de Aquiles do Brasil, na final desta segunda-feira Caio tratou logo de afastar o fantasma. Marcou excelentes 14,950 no aparelho, desempenho que faria dele candidatíssimo à medalha no aparelho.

A apresentação no primeiro aparelho deu confiança a Caio, que passou ileso pelo cavalo com alças, no qual diversos rivais falharam na primeira rotação. Com 14,400 pontos (também desempenho de finalista no aparelho), manteve-se na liderança.

Dali, seguiu para as argolas. No aparelho em que vai pior, igualou o resultado de sábado, com 14.600, e caiu para o segundo lugar. A única frustração veio no salto. Melhor da fase de classificação, com direito a um salto de 15.250, não repetiu o desempenho nesta segunda. Mas os 15,000, também dignos de medalha no aparelho, o mantiveram em segundo.

Outros 0,200 pontos foram perdidos nas barras paralelas. Afinal, Caio teve um bom desempenho, de 15,250, mas não repetiu o resultado de sábado. O norte-americano Donnell Whittenburg, entretanto, deu show e se igualou a Caio no segundo lugar.

No último aparelho, a barra fixa, Lucas recebeu 14,650, melhorando o resultado da classificação. Mas o colombiano Calvo deu show. Com 15,750, de longe a melhor nota do aparelho no Pan, assumiu o terceiro lugar. Ficou 0,550 pontos à frente do brasileiro. No fim, os 0,450 pontos perdidos não fizeram diferença.

LUCAS - Sétimo da fase de classificação, Lucas Bittencourt não estava na mesma rotação dos candidatos à medalha. Por isso, sua ordem de apresentação foi diferente dos demais, o que permitiu a ele aparecer como um dos primeiros colocados em determinados momentos da prova. O brasileiro, também de 21 anos, entretanto, terminou em nono.

Teve 14,350 no cavalo com alças, 14,350 nas argolas, 14,900 no salto, e depois falhou nas barras. Tirou 13,650 nas paralelas e, com uma queda, apenas 12,650 na fixa. Depois, fechou a competição com 12,850 no solo. Um total de 82,750. Melhor do que na classificação, mas bem aquém dos 84,031 do Mundial.

Por muito pouco o brasileiro Bruno Heck não garantiu uma nova vaga olímpica para o Brasil no tiro esportivo. Depois de um resultado aquém do que está acostumado na fase de classificação da carabina de ar 10m, ele começou bem na final, mas foi eliminado na sexta rodada, terminando em quarto. Tivesse ficado entre os dois primeiros, receberia a vaga no Rio-2016 para o País.

Heck fechou a fase de classificação com 614,3 pontos, contra 623,3 que fez na etapa de Munique da Copa do Mundo, por exemplo. Mesmo assim, avançou à final em sexto, aproveitando-se de um nível técnico baixo na fase de classificação.

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Neste ciclo olímpico as regras das finais das provas de carabina e pistola foram alteradas, para deixar a modalidade mais interessante para o torcedor. A cada tiro, o pior colocado na soma de pontos é eliminado. Heck manteve-se na disputa por cinco rodadas. Na sexta, teve seu pior tiro, de 9,0 pontos, e acabou eliminado com 160,4. O norte-americano Bryant Wallizer tinha 160,7 naquele momento.

Wallizer acabou com o bronze, enquanto o também norte-americano Connor Davis faturou o ouro na disputa direta contra Julio Iemma, da Venezuela. Os dois se garantiram nos Jogos Olímpicos. O Brasil só terá mais uma chance de tentar participar da carabina de ar 10m no Rio: três vagas estarão disponíveis na Copa do Mundo de Gabala (Azerbaijão), a partir de 6 de agosto. Heck não precisará ficar necessariamente entre os três primeiros, porque quem já garantiu vaga fica fora da disputa.

OUTRAS PROVAS - Também nesta segunda-feira, Rosane Ewald, ficou apenas no 16.º lugar na prova feminina da carabina de ar. Somou 404,8 pontos, contra 408,9 da última classificada para a final. Atleta de 42 anos, teve o melhor resultado da carreira.

O Brasil tem convite para esta prova nos Jogos Olímpicos e Rosane é favorita a ficar com a vaga. Sua rival é Raquel Gomes, 28.ª e última colocada da fase de classificação do Pan.

Já na fossa olímpica, modalidade do tiro ao prato, nesta segunda-feira foi disputada apenas uma parte da fase eliminatória. Rodrigo Bastos, recordista dos Jogos Pan-Americanos, acertou 45 de 50 pratos e está empatado no terceiro lugar. Na terça-feira serão mais três baterias de tiros, totalizando 75 pratos.

Depois de passar em branco na prova individual, as brasileiras Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso conquistaram a medalha de prata nos saltos ornamentais sincronizados plataforma 10 metros nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Com 291,36 pontos, a dupla brilhou na sequência de maior dificuldade para subir ao pódio. O último salto foi decisivo para dar o ouro para o Canadá, já o México levou o bronze.

As donas da casa Meaghan Benfeito e Roseline Filion começaram a prova na ponta, com um primeiro salto de menor grau de dificuldade. As mexicanas Paolo Espinosa e Alejandra Orozco tiveram a segunda melhor pontuação e as brasileiras vieram logo na sequência, com as norte-americanas coladas. Já as cubanas não ofereceram risco algum durante toda a competição, com um nível bem abaixo das adversárias.

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As posições continuaram as mesmas após a segunda sequência se saltos. As líderes repetiram a pontuação, enquanto as outras duplas não tiveram desempenho suficiente para diminuir a distância. Com um alto grau de dificuldade, o terceiro salto foi fundamental para a medalha da dupla brasileira. Ingrid e Giovanna fizeram o melhor salto da rodada, com 73,92, e encostaram nas canadenses. As anfitriãs cederam a liderança para as atletas do México.

Mas nada estava definido ainda. As brasileiras voltaram a ter melhor nota da quarta rodada (71,04) e assumiram a liderança da disputa, empurrando as canadenses e mexicanas na classificação. As norte-americanas não desistiram e reduziram a diferença. O último salto decidiu a favor das donas da casa. As canadenses obtiveram a melhor nota do dia (79,68) e conquistaram o ouro. Ingrid e Giovanna fizeram o último salto, garantindo a prata.

No individual, disputado no último sábado, as atletas acabaram fora do pódio. Ingrid Oliveira ficou com o sexto lugar na plataforma 10 metros em uma prova de altíssimo nível. Com 329 pontos, a brasileira teve o melhor desempenho da carreira e conquistou um resultado que a colocaria na final olímpica em Londres, no entanto, insuficiente para superar as rivais no Pan. Giovanna começou bem, mas falhou nos saltos seguintes e terminou na sétima posição.

O Brasil já tem garantidas duas medalhas no badminton dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, igualando, assim, o total de conquistas da toda a história da competição. Nesta segunda-feira, os brasileiros venceram dois e perder outros dois dos sete duelos de quartas de final que farão ao longo do dia e asseguraram duas idas ao pódio, pelo menos com bronze.

Isso porque, no badminton, diferentemente do tênis, por exemplo, não existe a disputa da medalha de bronze. Os dois derrotados na semifinal terminam oficialmente no terceiro lugar. Assim, mesmo que percam o próximo jogo, os brasileiros irão ao pódio.

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Se a primeira garantida de medalha veio com Daniel Paiola/Hugo Arthuso, nas duplas masculinas, a segunda foi assegurada pelas irmãs Vicente. Comparadas às irmãs Williams, do tênis, Luana e Lohaynny Vicente venceram Polanco Muñoz/Saturria, da República Dominicana, por 2 sets a 0 (21/8 e 21/10) para se classificaram para a semifinal.

Como cabeças de chave, as irmãs Vicente estrearam direto nas quartas de final da chave de duplas e vão enfrentar, na semifinal, o vencedor do duelo entre Canadá e Peru. Lohaynny ainda pode ganhar mais duas medalhas nesta segunda-feira, uma vez que segue viva nas chaves individual (enfrenta a favorita canadense Michelle Li, 15ª do mundo) e em duplas mistas (com Alex Tjong, joga contra um time da Jamaica, entrando com favoritismo).

A meta da comissão técnica é que o Brasil ganhe medalhas em todas as categorias do badminton. O sonho segue vivo porque as duas eliminações do dia até aqui são em chaves em que o Brasil terá uma segunda chance. Fabiana Silva perdeu de Rachel Honderich, do Canadá, mais cedo, mas Lohaynny ainda está na disputa pela medalha entre as mulheres.

Já no masculino o jovem Ygor Oliveira, de apenas 18 anos, grande revelação da modalidade, levou 2 sets a 0 (21/18 e 21/15) do guatemalteco Kevin Gordon, terceiro cabeça de chave e um dos nomes fortes da modalidade no continente, junto com canadenses, norte-americanos e um cubano. Daniel Paiola também entra nesta lista e briga pela medalha contra Howard Shu, dos Estados Unidos.

Em Guadalajara, há quatro anos, o Brasil ganhou apenas um bronze, com Daniel Paiola. O País nunca disputou os Jogos Olímpicos na modalidade, mas em 2016 terá direito a um convite na chave masculina de simples e outro na feminina. Hoje, não precisaria do convite, porque Paiola e Fabiana estão na zona de classificação do ranking mundial. Nas duplas, vai ao Rio o melhor time do continente em cada disputa.

O badminton do Brasil já sabe que vai subir ao pódio dos Jogos Pan-Americanos pelo menos uma vez. Nesta segunda-feira, logo no primeiro jogo do dia, comemorou a vitória de Hugo Arthuso/Daniel Paiola sobre os guatemaltecos Rodolfo Ramírez/Jonathan Solis por 2 sets a 0 (21/15 e 21/18), pelas quartas de final da chave de duplas masculinas, e garantiu ao menos no bronze na disputa.

Isso porque, no badminton, diferente do tênis, por exemplo, não existe a disputa da medalha de bronze. Os dois derrotados na semifinal terminam oficialmente no terceiro lugar. Assim, mesmo que percam o próximo jogo, os brasileiros irão ao pódio. Depois de tirarem a dupla cabeça de chave número 2, Hugo e Daniel enfrentam quem vencer do duelo entre dominicanos e cubanos.

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Ao longo desta segunda-feira, o Brasil ainda fará outros cinco jogos que valem medalha, sendo favorito em dois deles, também em duplas: femininas e mistas. Joga contra República Dominicana e Jamaica, respectivamente.

Na chave feminina de simples, eram duas chances de medalha, mas a primeira já foi desperdiçada. Fabiana Silva foi derrotada pela canadense Rachel Honderich, uma das favoritas ao ouro, por 2 sets a 0, parciais de 21/16 e 21/10. Fabiana já havia sido eliminada também nas duplas feminina e mista.

Lohaynny Vicente tem chance de três medalhas, uma vez que, além de estar nas quartas de final da chave individual, joga duplas femininas com a irmã Luana e duplas mistas com Alex Tjong. Daniel Paiola e Ygor Coelho seguem vivos na chave masculina de simples.

Em Guadalajara, há quatro anos, o Brasil ganhou apenas um bronze, com Daniel Paiola. O País nunca disputou os Jogos Olímpicos, mas em 2016 terá direito a um convite na chave masculina de simples e outro na feminina. Hoje, não precisaria do convite, porque Paiola e Fabiana estão na zona de classificação do ranking mundial. Nas duplas, vão ao Rio o melhor time do continente em cada disputa.

Marcel Stürmer tem mais uma medalha de ouro pan-americana para sua coleção. O atleta, que provavelmente nunca vai poder disputar uma Olimpíada, faturou neste domingo o seu quarto título dos Jogos Pan-Americanos na patinação artística, modalidade que não faz parte do programa olímpico. Talitha Haas ganhou a prata no feminino.

Um dos melhores do mundo na patinação artística, o gaúcho de 29 anos confirmou o favoritismo para ganhar mais um ouro, desta vez em Toronto. Ele, que no programa curto, sábado, foi o primeiro colocado, repetiu o desempenho neste domingo, também no programa longo. Fechou a competição com 536,00 pontos. O norte-americano John Burchfield ficou com a prata (505,00), enquanto Diego Duque garantiu o bronze para a Colômbia (496,70).

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Na competição feminina, o resultado deste domingo também foi o mesmo de sábado. Ouro para a argentina Giselle Soler (519,70 pontos), mais de 20 a mais do que a brasileira Haas, que já havia ido ao pódio em Guadalajara, com bronze. A chilena Marisol Villarroel ficou com o terceiro lugar desta vez.

SQUASH - Outra modalidade que não faz parte do programa olímpico, o squash não rendeu medalha ao Brasil neste domingo. Depois de vencer uma mexicana na estreia, sábado, Thaisa Serafini perdeu por 3 sets a 0 (11/7, 11/3 e 11/3) da norte-americana Amanda Sobhy e acabou eliminada nas quartas de final.

No sábado, Tatiana Damásio também foi eliminada por uma atleta dos EUA: levou 3 a 0 (11/5, 11/8 e 11/2) de Olívia Blatchford. A revanche pode vir na segunda-feira, na chave de duplas. Thaisa e Tatiana jogam contra Amanda Sobhy/Natalie Grainger, pelas quartas de final - quem vencer garante o bronze. Os EUA, entretanto, são a principal força do squash nas Américas. No masculino, o Brasil não teve representantes.

PATINAÇÃO VELOCIDADE - Na patinação velocidade, modalidade disputada em velódromo, o Brasil não tem representantes. Neste domingo, mas provas de contrarrelógio, a Colômbia ganhou ouro no feminino e prata no masculino. O Chile venceu entre os homens e faturou um bronze com as mulheres. Equador e México também foram ao pódio.

Se a meta era ficar com a medalha de prata, a seleção brasileira feminina de ginástica artística decepcionou. Em uma apresentação com diversos erros, a equipe sentiu a falta de sua melhor atleta - Rebeca Andrade, cortada por lesão - e terminou com um frustrante terceiro lugar, atrás de Estados Unidos e Canadá.

As norte-americanas, que já eram apontadas pelas brasileiras como imbatíveis, somaram 173,800 pontos e faturaram o ouro com muita sobra. O Canadá, que não tem uma equipe tão expressiva em nível internacional, acabou com a prata, com 166,500. As brasileiras somaram 165,400.

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Se na prata da equipe masculina as apresentações no solo foram apontadas como vilãs do resultado, entre as mulheres o Brasil não conseguiu brilhar em nenhum aparelho. Começou com uma apresentação razoável no solo (só pior que dos EUA), mas teve apenas o terceiro melhor resultado do salto e o quarto das barras assimétricas. Recuperou-se com o segundo lugar na trave.

O time, formado por Lorrane Oliveira, Letícia Saraiva, Letícia Costa, Daniele Hypolito e Julie Kim Sinmon pareceu demonstrar abatimento a cada erro. Mesmo assim, somando as quatro apresentações de cada aparelho (sem descartes), somou 216,150 pontos. No Mundial do ano passado, com direito a um descarte depois de cinco apresentações, o oitavo colocado teve 218,134 pontos. O Brasil precisa exatamente de um oitavo lugar no Mundial de Glasgow para ir com equipe completa à Olimpíada do Rio.

Flávia Saraiva, mesmo com algumas falhas, se destacou. Teve 56,350 pontos na soma dos seus quatro aparelhos e foi a quarta melhor do individual geral, avançando para a final de segunda-feira com chances reais de medalha. Ficou atrás das norte-americanas Amelia Hundley (57,650) e Madison Desch (57,300) e da guatemalteca Ana Gómez Porras (57,220).

Daniele Hypolito também vai fazer final do individual geral, com 54,800 pontos, tendo avançado no oitavo lugar. Lorrane Oliveira ficou em 12.º, também dentro da zona de classificação, mas cada país só pode ter duas atletas na final. Lorrane somou 51,800 pontos.

Acabou pesando contra o Brasil, não só a ausência de Rebeca - que tinha condições de ser a melhor dentre todas as ginastas do individual geral -, mas também a decisão de deixar Jade Barbosa como reserva. Nas barras assimétricas, por exemplo, a nota que ela recebeu no Sul-Americano, há 20 dias, teria feito dela finalista do aparelho, como melhor brasileira. A comissão técnica optou por contar com Julie Kim, que só se apresentou em um aparelho, a trave.

Nos aparelhos, o Brasil vai fazer apenas quatro finais: Daniele Hypolito no salto (em sétimo) e no solo (quinto), Flávia Saraiva na trave (primeiro) e no solo (terceiro) e Julie Kim na trave (sexto). Nas barras assimétricas, Flávia foi a melhor, em 11.º, mas não o suficiente para ir à final.

A seleção Brasileira feminina de polo aquático precisava ganhar do frágil time de Porto Rico por oito gols de diferença para fugir dos Estados Unidos na semifinal dos Jogos pan-americanos. Fez saldo de apenas sete e teve que pegar as melhores do mundo. Neste domingo, levou uma goleada inapelável, por 16 a 3.

Com a derrota, o Brasil vai ter que se contentar com a disputa - e provável conquista - da medalha de bronze, contra Cuba. As cubanas, que poderiam ter sido as adversárias da seleção na semifinal não fosse o vacilo na fase de grupos, levaram 14 a 7 do Canadá, rival com o qual o Brasil empatou.

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Contra os EUA, o Brasil não tinha a menor chance. Tanto que diversas jogadoras foram às lágrimas depois do "tropeço" contra Porto Rico. Só o primeiro tempo terminou 9 a 2. As norte-americanas ainda tiraram o pé no último quarto, em que só marcaram dois gols.

A disputa pelo bronze será na terça-feira, às 19h de Brasília. Depois, EUA e Canadá se enfrentam pelo ouro. No masculino, o Brasil venceu o Canadá e fugiu da semi contra os norte-americanos. A seleção pega a Argentina, nesta segunda, às 21h.

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