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Integrante da executiva nacional do PSDB e quadro histórico do partido, o ex-senador José Aníbal (SP) vai apresentar formalmente na segunda-feira, 6, ao diretório do partido em São Paulo seu nome como pré-candidato ao Senado. "Estamos a quatro meses da eleição. Está na hora de ir a campo", disse Aníbal ao Estadão.

O tucano tem apoio de José Serra, que é senador, e já foi prefeito da capital paulista e governador do Estado. Por problemas de saúde, Serra decidiu disputar uma vaga de deputado federal em vez de tentar a reeleição.

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A vaga do Senado será tratada nesta quinta-feira, 2, em um encontro entre Aníbal e o presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi. O movimento do ex-senador acirra ainda mais a disputa pelo posto na coligação do governador Rodrigo Garcia, que é pré-candidato à reeleição, após João Doria renunciar para se lançar à disputa pelo Palácio do Planalto. A investida foi frustrada e o ex-governador desistiu da pré-candidatura na semana passada.

Impasse

Após o apresentador José Luiz Datena (PSC) romper com os tucanos e decidir disputar o Senado na chapa Tarcísio de Freitas (Republicanos) com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL), o PSDB entrou em um impasse.

O União Brasil, que apoia Garcia, reivindica a vaga de candidato ao Senado e o vereador Milton Leite se movimenta para ser o candidato. No entanto, o ex juiz e ex-ministro de Bolsonaro Sérgio Moro também é apontado como potencial candidato após mudar o título de eleitor do Paraná para São Paulo. Moro também ensaiou uma pré-candidatura a presidente pelo Podemos, mas saiu de cena.

Entre os tucanos, o presidente municipal do PSDB de São Paulo, Fernando Alfredo, também se apresentou como pré-candidato ao Senado e disse que não abre mão, já que teria o apoio da militância na capital.

Vinholi defende parcimônia nos debates. "A prioridade do PSDB de São Paulo é a eleição do governador Rodrigo Garcia. Os nomes colocados serão fruto de avaliação e diálogo conduzido pelo governador com o grupo de partidos aliados para uma definição mais a frente", afirmou ao Estadão.

O senador José Aníbal (PSDB-SP) anunciou em suas redes sociais que testou positivo para covid-19 neste sábado (25). O parlamentar informou que está sem sintomas e que vai manter suas atividades de forma remota. 

José Aníbal afirmou ter tomado as duas doses do imunizante e reforçou a importância do uso de máscaras, álcool em gel e medidas de distanciamento social, além da vacinação.

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"Fiz teste de rotina para covid-19 e infelizmente deu positivo. Estou bem, sem sintomas, graças às duas vacinas que tomei. Quero recomendar o procedimento do uso da máscara, do álcool em gel, do distanciamento e, sobretudo, dessa criação genial que são as vacinas. Todos devem se vacinar. As vacinas salvam vidas", declarou o senador, em vídeo. 

O parlamentar assumiu a vaga de José Serra (PSDB-SP) no Senado após o correligionário se licenciar para tratar a doença de Parkinson, em agosto.

*Da Agência Senado

O próximo presidente da República precisará ser uma pessoa com temperança, mas muita firmeza para manter uma relação altiva com a Câmara e com o Senado uma vez que, pela baixa renovação nas duas casas, práticas abominadas pela população deverão continuar, avalia o ex-deputado tucano e atual presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal. "O Parlamento, que é a instituição principal da democracia, não pode mais continuar agindo por motivações menores e benefícios de natureza pessoal." No entanto, afirmou que, diante da pouca mudança na representação política que se verá nas próximas eleições, não tem esperança de ver tais "práticas abomináveis" acabarem no curto prazo.

O Estado brasileiro, segundo Aníbal, está com a condição de investimento praticamente zerada até para manutenção de estradas. "E não temos credibilidade, regras claras e ambiente propício para atrair os investimentos de que tanto precisamos. O mundo hoje está encharcado de dinheiro porque os juros são negativos em vários países, mas não temos condições de atrair estes recursos", lamentou o tucano.

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Aníbal disse não ter dúvida de que a infraestrutura é a área que demanda investimentos de todas as demais áreas da economia pela condição de movimentar todas as cadeias produtivas. Para que os recursos estrangeiros venham, segundo o presidente do Instituto Teotônio Vilela, é preciso que haja o encadeamento de regras claras, bom ambiente de negócios e liderança do presidente para manter o diálogo com os parlamentares em alto nível e tentar interromper as práticas inadequadas dos legislativos.

"Eu acho que o próximo presidente terá uma oportunidade enorme de, mesmo em meio às dificuldades, manter uma relação altiva com o Parlamento porque os nossos parlamentares vão continuar ainda por muito tempo vinculados a práticas que hoje a sociedade abomina. Espero que essa abominação por parte da sociedade ajude o próximo presidente não ter que conceder mais no que for prática abominável na relação entre Executivo e Legislativo", disse, depois de ter participado de evento que reuniu nesta manhã, em São Paulo, lideranças do PSDB, PT, PSB, PSD, PPS e PV.

O presidente do Instituto Teotônio Vilela, órgão oficial de formação política do PSDB, José Aníbal, afirmou neste sábado, 02, que "justifica-se não levar a proposta de reforma da Previdência à votação na Câmara na semana que se inicia amanhã e sim na outra".

"Até mesmo pela expectativa de que na outra semana haverá uma maioria firme para votar e aprovar a reforma, sobretudo a idade mínima com regra de transição muito adequada para dar sustentabilidade da previdência do INSS e um combate aos privilégios, acabando com as aposentadorias especiais do setor público", disse. Ele acrescentou que as aposentadorias especiais do setor público são pagas pelo Tesouro e, portanto, pelos mais pobres.

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Questionado sobre se o pedido do PSDB para que seja incluído na proposta de reforma da Previdência uma regra de transição para funcionários que ingressaram no serviço público antes de 2003 não era uma forma de manter privilégios, o ex-deputado tucano disse que é inaceitável esse tipo de pedido do partido. "É inaceitável esse tipo de transição que o PSDB está pedindo neste momento. Podemos trabalhar sobre isso em momentos posteriores. Nesse momento temos que aprovar aquilo que está acordado", criticou.

A avaliação do presidente do Instituto Teotônio Vilela é a de que este tema poderá ser discutido mais tarde. "Mais adiante a gente vai aperfeiçoando. Não temos compromisso com o erro. O que for preciso fazer para diferenciar aqui e acolá nós podemos fazer, mas mais adiante. A reforma da Previdência é crucial até para dar motivação aos investidores para que voltem ao Brasil", disse Aníbal.

De acordo com ele, se a reforma previdenciária passar agora, a percepção das agências internacionais de classificação de risco em relação ao País melhora e com essa melhora eleva-se também a confiança do investidor estrangeiro em colocar dinheiro no País. Na mão contrária, segundo Aníbal, se a reforma não passar, a possibilidade de o Brasil receber investimentos estrangeiros vai ser muito mais difícil, mais onerosa e o País terá de pagar mais do que teria de pagar se houvesse uma convergência para as contas públicas. "É disso que se trata. Com reforma tem o horizonte de que o Brasil vai saber administrar suas contas públicas. Sem reforma o Brasil corre o risco de não ter como administrar as suas contas", disse.

Aníbal falou com a Agência Estado após ter participado em São Paulo de evento que reuniu lideranças do PSDB, PT, PSB, PSD, PPS e PV na tentativa de buscar pontos em comum em defesa da democracia, direitos humanos e contra o avanço da "pauta autoritária e conservadora". Além do tucano, marcaram presenças no evento o vereador petista Eduardo Suplicy, Eduardo Jorge (PV) e Arnaldo Jardim (PPS). Os tucanos José Serra e o presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, não compareceram.

O senador José Aníbal (PSDB-SP) disse que o PSDB vai votar pela aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que deve ocorrer na semana que vem, e também no plenário. "Vamos votar totalmente a favor", disse ele a jornalistas, após participar de evento na Câmara Municipal de Barueri.

Nesta semana, um parlamentar do partido votou contra o relatório da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, o senador Eduardo Amorim (PSDB-SE). Para Aníbal, houve nesta votação uma atitude "meio frouxa" do governo. "Era uma votação crucial, não podia ter deixado de confirmar e reconfirmar os votos."

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Na avaliação de Aníbal, era preciso que o governo identificasse potenciais surpresas nos votos da CAS e substituísse os parlamentares. Na votação, até um senador do partido de Michel Temer, o PMDB, votou contra o relatório da reforma. A perspectiva agora é que o texto seja aprovado na CCJ e, em seguida, no plenário, disse o senador.

Aníbal ressaltou que não há, no momento, reunião marcada para discutir os rumos do apoio do PSDB ao governo de Michel Temer. "Certamente esta vai ser uma semana de muita conversa em Brasília", disse ele, citando entre os eventos previstos para os próximos dias a apresentação da denúncia pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer.

FGTS

Questionado sobre a intenção do governo de permitir que o FGTS seja usado para substituir o seguro-desemprego, medida em estudo conforme admitiu ontem o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Aníbal disse que é "totalmente contra" a ideia. "Acho que essa é uma posição que vai se tornar a do PSDB."

Para o senador, quem tem de arcar com os recursos do seguro-desemprego é o Tesouro, e não utilizar dinheiro dos próprios trabalhadores.

No mesmo dia em que mudou seu discurso e declarou pela primeira vez apoio a João Doria (PSDB) na corrida à Prefeitura de São Paulo, o senador tucano José Aníbal foi citado como testemunha de acusação contra o candidato em Ação de Investigação Eleitoral do Ministério Público Eleitoral.

A ação foi proposta na segunda-feira, 26, contra Doria e o governador Geraldo Alckmin por suspeita de abuso de poder político. Na noite daquele dia, Aníbal mudou o discurso de crítica e aderiu a Doria em ato do candidato a vereador Edson Aparecido.

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Além de Aníbal, a promotoria chamou para depor o ex-governador Alberto Goldman e o vereador Alberto Quintas (PSD). Mesmo que a ação seja aceita, nenhuma testemunha é obrigada a depor. Aníbal, Goldman e Quintas podem ficar em silêncio.

Aníbal não quis comentar. Já Goldman afirmou que eles apresentaram denúncia de abuso de poder econômico de Doria nas prévias tucanas em março deste ano, mas que o caso ainda não rendeu uma representação do Ministério Público. "Não declaro publicamente meu voto por respeito à decisão partidária. Mas não voto no Doria por uma questão de consciência", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador José Aníbal (PSDB-SP) se envolveu em uma briga com um manifestante na manhã desta terça-feira, 21, ao chegar ao aeroporto de Brasília. Após ser chamado de "golpista", "ladrão" e "traidor da democracia", o tucano reagiu à provocação, bateu boca com o interlocutor e tentou acertá-lo com um jornal.

A cena foi gravada com um celular pelo autor da hostilidade e em seguida divulgada por simpatizantes do PT nas redes sociais. O senador, que também é presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço teórico do PSDB, disse que reagiu porque foi chamado de ladrão. "É preciso dar uma trava nesse pessoal. Esse sujeito estava ali para provocar. Fui em cima e dei um chute na mala dele, que estava no chão".

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No último domingo, 19, passageiros de um voo entre São Paulo e Brasília hostilizaram o deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), o Paulinho da Força, que foi um dos principais líderes do movimento pró-impeachment de Dilma Rousseff na Câmara.

Ao perceber a presença do parlamentar, um passageiro se levantou de sua poltrona e começou a chamá-lo de "Paulinho da Farsa", enquanto outros filmavam. Na sequência, um grupo de passageiros no fundo aeronave engrossou o coro e passou a gritar: "Golpistas, fascistas, não passarão!"

Ao contrário de Aníbal, Paulinho da Força não reagiu. Permaneceu sentado o tempo todo com uma revista na mão.

O PSDB inicia, neste sábado (21), uma série de formações para os tucanos que vão disputar as eleições municipais deste ano. O primeiro “Curso de Formação para Candidatos” será no Recife, a partir das 8h30, e abordará temas como estrutura de campanha, marketing político, redes sociais e legislação eleitoral. 

"O processo eleitoral deste ano acontece em um momento de grandes desafios para o Brasil e, por consequência, para o PSDB. Nossa intenção é contribuir para a consolidação das pré-candidaturas do partido a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores", explicou o presidente do Instituto Teotônio Vilela, senador José Aníbal. Segundo ele, o curso vai acontecer em todos os estados do país até agosto, quando ocorrem as convenções. 

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No Recife, participam do evento especialistas em ciência política, além do ministro das Cidades, Bruno Araújo; o presidente do PSDB de Pernambuco, deputado Antônio Moraes; e o presidente do ITV-PE, ex-governador Joaquim Francisco.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu nesta sexta-feira, 21, as acusações feitas contra ele pelo ex-secretário de Energia do governador Geraldo Alckmin, José Aníbal (PSDB).

Em entrevista exclusiva ao Estado, o tucano, que era citado no inquérito sobre o cartel de trens arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que foi vítima de uma farsa montada pelo deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT), com o apoio e empenho de Cardozo.

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Em nota, o ministro disse que as declarações classificadas por ele como "injuriosas" serão incluídas num processo criminal contra Aníbal que já está correndo na Justiça. "Essas novas declarações igualmente injuriosas e caluniosas, ensejarão também as medidas judiciais cabíveis", escreveu Cardozo na nota.

Também acusado por Aníbal, o secretário de Serviços do prefeito Fernando Haddad, Simão Pedro, respondeu às críticas feitas pelo tucano. Ele repudiou as manifestações feitas na entrevistas.

Por meio de nota, o petista afirmou que não vai se intimidar com as ameaçar de Aníbal. "Já movi contra ele no ano passado uma queixa-crime que tramita no Judiciário pelas insistentes declarações que vem fazendo", afirmou.

Simão Pedro disse ainda que "nunca acusou" Aníbal ou outros políticos nas denúncias que encaminhou ao Ministério Público de São Paulo "como as que tratavam da existência de conluio entre empresas para fraudar contratos e licitações na CPTM e Metrô de São Paulo - bem antes da Siemens procurar o Cade para fazer auto denúncia de prática de cartel e cujas investigações em andamento mostraram-se corretas", afirmou o secretário.

"Tenho consciência de que cumpri com meu dever de representante da população paulista e de fiscalizador das ações do Executivo e de que agi com decoro e dentro das prerrogativas parlamentares garantidas pelas Constituições do Estado de São Paulo e do Brasil", conclui o petista.

O ex-diretor da Siemens e delator do cartel, Everton Rheinheimer, acusado por Aníbal de dar um depoimento sem provas contra ele, não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto. A colaboração de Rheinheimer que deu origem ao inquérito do cartel arquivado no Supremo.

Após o Supremo Tribunal Federal arquivar, na semana passada, inquérito criminal sobre o cartel de trens em São Paulo, o ex-secretário de Energia de São Paulo José Aníbal (PSDB) afirma que foi vítima de uma farsa montada pelo deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT), com o apoio e empenho do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O inquérito que apurava eventual participação de Aníbal e do também ex-secretário estadual e deputado federal Rodrigo Garcia (DEM) foi arquivado pela 1ª Turma da Corte por falta de provas. A investigação havia sido aberta a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Aníbal também faz ataques ao ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, delator do cartel.

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Na nota em que comenta a decisão do STF, o sr. vincula a origem desse inquérito arquivado a uma ação de motivação partidária, envolvendo um deputado do PT, o Ministério da Justiça e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Pode desenvolver esse enredo dando nomes aos bois?

Usando a expressão de vocês, os nomes dos bois, até o momento, são os do deputado estadual Simão Pedro, atualmente secretário do prefeito (Fernando) Haddad; do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo; e do delator, o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer. E é uma ação com motivação política. Aos fatos. O documento que deu origem a mais este dossiê petista é uma folha de papel apócrifa, forjada e sem assinatura.

Se era ilegal e clandestino, como chegou ao STF?

Um delegado da Polícia Federal de São Paulo, (Milton) Fornazari, insistiu para que este depoimento sem provas fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal. O juiz federal Marcelo Costenaro Cavali negou, afirmando que ‘os elementos obtidos pela autoridade policial até o momento são fragilíssimos’. A procuradora Karen Louise Kahn, do Ministério Público Federal, também manifesta-se contra o envio do inquérito ao STF, mas o juiz acaba enviando, depois de um depoimento novo, de Everton, feito sob medida e calunioso. Disse ele, então, que foi avisado em 2005 por Mário Bandeira, presidente da CPTM, que só vim a conhecer em 2011, que com a saída do deputado Rodrigo Garcia da presidência da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deveria procurar seu substituto, o deputado estadual José Aníbal, que passaria a ser responsável pelos contatos políticos e pagamentos de propina. Com base nisso, o procurador-geral da República, um mês depois, em 7 de janeiro de 2014, solicita em parecer o envio do inteiro teor das colaborações premiadas para que o STF se manifeste sobre o pedido de investigação. Nem se deu ao trabalho de constatar que eu nunca fui deputado estadual e, por óbvio, nunca fui presidente de comissão na Assembleia.

Esse processo avançou a partir de uma denúncia de funcionário da Siemens do Brasil. O que difere esse episódio das delações premiadas que mantêm presos hoje empresários e ex-executivos da Petrobras?

Nem por hipótese dá para comparar. Tecnicamente, a delação só pode dar início a um processo se forem indicadas provas do que falou o delator. No meu caso, o próprio delator disse que não tinha provas. Aqui, é apenas chantagem política. O petrolão é um dos maiores escândalos de corrupção da história mundial, com denúncias cada vez mais documentadas. Aqui se trata de um chantagista corrupto da Siemens tentando se eximir de atitudes criminosas, apadrinhado pelo PT, como ele mesmo admitiu.

O processo cessa sua tramitação no Supremo com o arquivamento. Mas continua aberta a investigação na 1ª instância. Isso pode significar algum risco de que seu nome volte a ser mencionado nas investigações?

Não, a investigação em 1.ª instância foi concluída em dezembro passado.

A decisão da turma do STF a seu favor foi apertada: 3 a 2. Isso pode manter dúvidas a respeito de sua absolvição?

Nenhuma dúvida. Zero. Quando o procurador-geral, com base numa calúnia, pediu a instauração de inquérito em relação a mim e ao deputado Rodrigo Garcia, requereu a oitiva de quatro pessoas mencionadas pelo delator e também a Cooperação Jurídica Internacional para saber se tínhamos contas bancárias no Uruguai, na Suíça e em Luxemburgo. O ministro Marco Aurélio (Mello) mandou a Polícia Federal realizar as oitivas e negou o pedido de cooperação. As oitivas foram feitas e enviadas ao procurador. Todos os depoentes negaram, com fatos, as calúnias do delator.

O sr. deixou claro que pretende sustentar ações por calúnia e injúria contra Simão Pedro, a quem atribui a origem de tudo. Quem mais o sr. incluiu nessas ações de defesa?

Simão Pedro, o ministro José Eduardo Cardozo e o delator Everton. A base do processo contra eles é denunciação caluniosa. A fraude não pode ficar impune. Não numa sociedade democrática, com instituições que funcionam, como ficou claro no caso do STF e da PF no que concerne a seu diretor-geral, que agiu de forma isenta.

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, deputado José Aníbal (PSDB), criticou a postura da presidente Dilma Rousseff de negar que privatizou o campo de Libra. "É uma bobagem. Houve uma privatização evidente e saudável", disse nesta terça-feira, 22, após participar, ao lado do governador Geraldo Alckmin, da abertura da 7ª Feira Tecnológica, na capital paulista.

Segundo Aníbal, apesar do "atraso enorme", era necessário fazer o leilão, por conta do mau momento da Petrobras. "Foi necessário trazer investidores estrangeiros e nacionais porque a Petrobras está sem condições de investir. É a empresa de petróleo mais endividada do mundo", afirmou.

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Para o tucano, os recursos que virão serão importantes para o País e para a recomposição da Petrobras, porém, "não vão resolver os problemas do Brasil". "A construção de uma economia saudável leva tempo e requer uma ação continuada do governo que, infelizmente, está deixando muito a desejar."

Aníbal ressaltou que "foi bom o leilão ter acontecido", disse que não foi um fracasso, apesar da demora para sua realização, mas ponderou que seria melhor com mais concorrentes. "Poderia ter sido mais do que o preço mínimo de R$ 15 bilhões, poderia ter chegado a R$ 20 bilhões ou R$ 25 bilhões."

Pronunciamento

Aníbal também fez críticas ao pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em cadeia nacional na noite passada para comentar o resultado do leilão do pré-sal. "É um uso absolutamente arbitrário, isso não ajuda a amadurecer o País."

Para o secretário, a presidente usou "vários minutos para fazer um processo de autoexaltação". Segundo ele, Dilma tentou acenar com perspectivas de que o resultado do leilão iria resolver os problemas brasileiros. "E ela sabe que não é assim."

A exploração de Libra, destacou Aníbal, só vai se tornar efetiva em cinco anos e até lá o País "vai ter problemas grandes de infraestrutura e logística que esse governo está sendo incapaz de resolver". "Esse ciclo imediatista, petista, de governar está começando a exaurir, porque a realidade vai se impondo sobre esse ciclo e mostrando que as soluções não acontecem. Aí tem que pegar um espaço de televisão e fazer uma coisa de catarse, de emoção", opinou.

2014

Questionado sobre suas ambições políticas para o ano que vem, Aníbal, que é deputado licenciado, afirmou não ter planos. "Nada. Quero continuar fazendo um bom trabalho na secretaria", esquivou-se. Ele, no entanto, garantiu que trabalhará pela reeleição de Alckmin. "Claro (que vou trabalhar pela reeleição). É uma questão de ponto de vista político e (de acreditar) no padrão de gestão", frisou.

O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, disse nesta segunda-feira (26) que o governador Geraldo Alckmin não pôde participar da passeata "Veta, Dilma", no Rio de Janeiro, porque está indicando, em São Paulo, o novo chefe da Polícia Civil e o novo comandante da Polícia Militar. "Vim manifestar nossa solidariedade ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo. Não se pode mudar a regra do jogo com o jogo em curso", disse ele, que criticou o comportamento do governo federal em relação ao pré-sal.

Segundo Aníbal, "se fez um tal superdimensionamento sobre os recursos do pré-sal, a curtíssimo prazo, como se fosse para amanhã, que outros municípios e Estados também quiseram participar". O secretário disse que cerca de 70 municípios paulistas serão afetados, caso o projeto de lei seja sancionado. Ele não soube avaliar o total das perdas. "Não fizemos esse cálculo ainda." Nós recebemos R$ 380 milhões para os municípios; o Estado, R$ 100 milhões. Num horizonte de quatro, cinco anos, a perda será muito sentida", declarou.

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O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse, durante a passeata, que o planejamento do governo é concentrar 250 mil pessoas na manifestação. "Não tenho ainda como dizer se isso foi alcançado ou não", comentou.

O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, disse hoje que o governo de São Paulo está elaborando uma pauta para levar em reunião que deve ser realizada com a Petrobras. Entre as demandas que o governo paulista possui está o desenvolvimento de um centro de pesquisas no Estado, semelhante ao que a estatal construiu no Rio de Janeiro. "Queremos pesquisa em São Paulo. A pesquisa da Petrobras hoje está totalmente estabelecida no Rio de Janeiro. Ela entra nos institutos aqui e acolá, por meio de parceria como com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade de São Paulo (USP). Queremos um centro de pesquisa semelhante ao que a companhia tem na Ilha do Fundão", disse o secretário, no seminário "Desafio pensando no futuro: Pré-Sal", que está sendo realizado hoje na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O secretário sugeriu até possíveis localizações do centro: na Baixada Santista ou no ABC Paulista. Ele lembrou que o Estado já busca desenvolver programas de qualificação profissional voltados à indústria do petróleo, seja na USP ou nas escolas e faculdades técnicas estaduais, destacando a criação do campus da USP em Santos, que a partir do ano que vem já deve oferecer um curso de graduação em Engenharia de Petróleo.

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