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A Siemens abriu inscrições o Programa de Desenvolvimento de Talentos (PDT). Ao total, são ofertadas 55 vagas distribuídas nas cidades de São Paulo, Jundiaí, Campinas, Curitiba e Belo Horizonte. Os interessados podem se inscrever até 30 de setembro por meio deste link.

O programa, previsto para ser iniciado em janeiro de 2022, além de trazer um plano de desenvolvimento para os selecionados, irá trabalhar áreas como Integração de IT e suas ferramentas, Compliance, Lean Manufacturing Basics, Projetos Sociais, Inteligência Emocional e Resiliência, Agile Mindset e o Futuro do Trabalho, entre outros. Os jovens também terão conhecimento sobre o DiverSifica, programa de inclusão do Grupo Siemens.

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Para ser apto a participar, o candidato deve ter previsão de formação entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023; estar cursando qualquer curso bacharel, licenciatura ou tecnólogo; apresentar nível de inglês intermediário; e ter disponibilidade para estagiar por seis horas.

Os aprovados receberão vale-transporte, vale-refeição, seguro de vida, assistências odontológica e médica, fretado, estacionamento e uma bolsa auxílio com valor acima da média do mercado.

A iniciativa tem como objetivo desenvolver profissionais voltados para as áreas de tecnologia e inovação, com foco na geração de negócios sustentáveis nos setores de Infraestrutura e Indústria: “O Programa de Desenvolvimento de Talentos tem um papel fundamental no desenvolvimento de jovens profissionais, e é uma iniciativa para que a tecnologia e a inovação continuem transformando a nossa sociedade por meio de soluções sustentáveis”, afirma Pablo Fava, CEO da Siemens.

O processo seletivo será composto por três etapas. São elas: inscrições e testes; avaliação em vídeo com um desafio; e dinâmica online com entrevistas. O resultado está previsto para ser divulgado entre os meses de outubro e novembro.

A Fundação Siemens abriu inscrições para o Programa Formare, voltado para jovens em vulnerabilidade social. As candidaturas vão até a próxima quarta-feira (21), por meio do site do projeto. O programa tem o objetivo de preparar os participantes profissionalmente para atuação na Siemens ou em outras empresas. 

Com duração de dez meses, o treinamento dará aos jovens aulas de português, matemática, Criatividade e Inovação e idiomas. Os estudantes também participarão de treinamentos e atividades em diversas áreas da Siemens. Ao término do programa, os participantes receberão certificados de assistentes administrativos com reconhecimento pelo Ministério da Educação (MEC).

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Segundo a Siemens, desde 2012, o Formare já graduou 130 jovens. Desse total, 49% permaneceram atuando na companhia. Lívia Ribeiro Viana, Coordenadora de Projetos Sociais da Fundação Siemens, aponta as áreas de atuação em que os formados podem atuar. “Os selecionados atuarão na área administrativa em diferentes setores da empresa, e vão exercer o cargo de Assistente Administrativo na Indústria”, afirma, segundo informações enviadas pela assessoriade imprensa.

Para poder participar, o candidato deve ter entre 18 e 21 anos, renda per capita de até um salário mínimo, estar cursando ou ter concluído o ensino médio em rede pública de ensino, não ter parentesco com colaboradores da Siemens, e não ter participado do curso de aprendizagem na mesma empresa ou na mesma ocupação. O processo consiste em prova, entrevista, dinâmica de grupo e visita domiciliar. Para mais informações acesse o site do Programa Formare.

As empresas Siemens e Siemens Energy estão com inscrições abertas para o Programa de Desenvolvimento de Talentos (PDT) 2021, que oferta mais de 100 oportunidades para estudantes da educação superior de todas as áreas do conhecimento. Os interessados em participar devem se inscrever para a Siemens Indústria, por meio da internet, ou para a Siemens Energy também por um endereço virtual, até 14 de abril.

Serão aceitos estudantes de graduação de todo o país, com previsão de formação para julho de 2022 a julho de 2023 e inglês intermediário ou avançado. A ser realizado totalmente on-line, o processo de seleção inclui avaliações de língua inglesa, análise de perfil, dinâmicas, painéis e entrevistas com gestores.

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Com duração de um a dois anos, o programa oferece bolsa auxílio compatível com o mercado, segundo informações divulgadas pela imprensa da Siemens, assistências médica e odontológica, seguro de vida, redução na jornada de estágio durante o período de provas, restaurante, estacionamento no local, auxílio transporte e/ou ônibus fretado, além de outros benefícios.

No programa, os estudantes poderão realizar job rotation, participar de treinamentos técnicos e comportamentais específicos, desenvolver competência on the job, por meio de atividades em projetos especiais, além do recebimento de feedback formal de desempenho.

A Siemens, empresa de tecnologia e inovação, fechou parceria com a plataforma MegaWhat para oferecer o curso gratuito “Por dentro do mercado de energia: da geração ao consumo”. A qualificação ficará disponível na plataforma por tempo limitado e os interessados já podem se inscrever através do endereço eletrônico da capacitação.

De forma virtual, o curso abrange noções básicas sobre o mercado como a história do setor elétrico, o que é energia, os caminhos da eletricidade até chegar ao consumidor, a precificação do consumo, e os trâmites para quem pretende comprar energia. Os conteúdos e conceitos serão apresentados por especialistas da MegaWhat, com apoio da Siemens.

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Os temas abordados no curso são destinados para engenheiros, técnicos e projetistas interessados em aprofundar os conhecimentos no setor elétrico, bem como estudantes e jovens profissionais que pretendem seguir carreira na área, além das pessoas que querem entender e se especializar mais sobre o assunto.

A qualificação está dividida em 14 videoaulas de até 90 minutos. Os participantes somente receberão o certificado de conclusão se tiverem um aproveitamento mínimo de 70% no questionário. Confira mais detalhes através do site da MegaWhat.

A Siemens Healthineers, empresa no ramo de tecnologias médicas, está com inscrições abertas para contratação de novos estagiários. Os interessados precisam estar matriculados em instituições de ensino superior, com previsão de formatura para dezembro de 2021. O prazo para participar da seleção termina em 12 de agosto, exclusivamente pelo site da empresa.  

Entre os requesitos para concorrer a uma das vagas ofertas está ser aluno dos cursos de direito, administração, ciências contábeis, ciências econômicas, todas as engenharias, biomedicina, bioquímica, farmácia, marketing, análise e desenvolvimento de sistemas, ciência da computação e psicologia. Ainda é preciso conhecimento intermediário de inglês e conhecimentos do pacote Office.

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Os aprovados em todas as etapas de seleção, que incluem testes online e presenciais, cumprirão jornada de 30 horas semanais. Além da bolsa estágio, a empresa oferece assistência médica, vale transporte, seguro de vida, férias remuneradas, entre outros. São Paulo, Recife, Rio de Janeiro e Salvador são algumas das cidades onde os aprovados atuarão.

A empresa de tecnologia integrada Siemens encerra nesta segunda-feira (18) as inscrições para o seu programa de estágio de 2018. A seleção é voltada para estudantes de engenharias, ciências contábeis, ciências econômicas e administração de empresas, além de outros cursos da área de ciências humanas. 

Os estudantes de engenharia devem ter previsão de formatura entre dezembro de 2018 a dezembro de 2019. Os de administração de empresas, ciências contábeis e ciências econômicas, com interesse na área de finanças, devem se formar de dezembro de 2018 a dezembro de 2019, e os alunos de administração interessados em vagas na área de outros cursos de humanas devem se formar entre julho de 2019 e dezembro de 2019. Além disso, os candidatos precisam ter conhecimento do pacote office, nível intermediário de inglês e disponibilidade para trabalhar 88 horas ou 132 horas mensais. As oportunidades estão distribuídas entre as cidades de Curitiba, Belo Horizonte, São Paulo e Jundiaí.  

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Entre os benefícios, além da bolsa-auxílio, que não teve o valor divulgado, os aprovados contarão com assistência de saúde, seguro de vida, estacionamento, auxílio transporte, ônibus fretado, restaurante, cesta de natal, recesso anual e redução de jornada no período de provas. Os candidatos serão selecionados através de um teste online, análise da ficha de inscrição, dinâmica de grupo online e um painel situacional. O programa de estágio terá início em janeiro de 2018. 

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O juiz Rodolfo Pellizari, da 11ª Vara Criminal de São Paulo, rejeitou na quinta-feira, 18, o pedido de prisão preventiva de quatro executivos alemães que atuaram na multinacional Siemens e são acusados de participar do esquema de cartel e fraude em duas licitações internacionais da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante o governo José Serra (PSDB) no Estado de São Paulo que levaram à aquisição de 384 carros, em 2007 e 2008.

Este é o segundo pedido de prisão do Ministério Público de São Paulo contra Friederich Smaxvill, Lothar Dill, Lothar Muller e Jochen Wiebner, que estariam vivendo no exterior e ainda não foram localizados pelo Grupo Especial de Delitos Econômico (Gedec) do MP paulista, responsável pelas investigações dos crimes financeiros do cartel no setor metroferroviário de São Paulo.

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O esquema foi revelado pela Siemens em seu acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em maio de 2013 e deu origem a investigações no Ministério Público Estadual e no Ministério Público Federal em São Paulo. O primeiro pedido de prisão do grupo foi feito pelo promotor Marcelo Mendroni ainda em 2014 no primeiro bloco de cinco denúncias contra 30 executivos acusados de cartel e fraude em diferentes licitações do Metrô e da CPTM durante as gestões do PSDB no Estado de São Paulo.

O pedido foi rejeitado na época, e dois anos depois, em janeiro deste ano, diante da dificuldade de localizar os executivos no exterior, Mendroni reiterou a solicitação. O juiz Pellizari já havia rejeitado e mandado desmembrar a denúncia em três - uma para um denunciado coreano, uma para os alemães e outra para Marco Missawa, que também era da Siemens.

O MP paulista recorreu da decisão de rejeitar a denúncia e já obteve uma vitória no Tribunal de Justiça de São Paulo que mandou o juiz abrir a ação penal contra Missawa sob argumento de que não deve ocorrer "absolvição prematura". A Corte ainda analisa os outros dois casos. Enquanto isso, ao mesmo tempo em que rejeitou a prisão dos executivos alemães, o juiz Pellizari acatou a solicitação do Ministério Público e determinou que seja nomeado um defensor público para cuidar da defesa dos quatro. Dois anos após a denúncia eles ainda não se manifestaram sobre a acusação que pesa contra eles Justiça.

‘Fraude’

Nesta denúncia, o Ministério Público entendeu, com base em trocas de e-mails e reuniões relatadas pela Siemens ao Cade, que os executivos das empresas participaram de um conluio para tentar fraudar a licitação e oferecer propostas de cobertura. Na primeira licitação, para contratar 320 carros, a empresa espanhola CAF saiu vencedora e ainda assim o MP paulista entendeu que houve crime, pois os executivos das outras empresas concorrentes - Siemens, Hyundai e Alstom - teriam formado um cartel para tentar fraudar o certame.

Além da própria Siemens ter admitido ao Cade que sua proposta estava propositalmente acima do preço, para servir de cobertura, a multinacional alemã já havia planejado, conforme trocas de e-mails dos executivos, recorrer do resultado para tentar desqualificar a CAF. A iniciativa, contudo, foi frustrada, pois a Comissão de Licitação da CPTM negou o recurso administrativo movido pela Siemens que depois desistiu de participar da licitação seguinte, de 64 carros.

Na denúncia, o MP aponta ainda que os executivos fizeram acertos para a licitação de 64 carros, o que configuraria crime mesmo com a desistência da Siemens. "Assim é que, conluiadas, estas empresas, por intermédio dos seus representantes ora denunciados, fraudaram o procedimento licitatório e estabeleceram regras próprias do cartel. Reuniam-se e/ou comunicavam-se de forma a fixar os valores, apresentar proposta pró-forma de modo que a empresa/consórcio que deveria vencer (fosse definida), violando assim, criminosamente, as leis naturais da economia, especialmente a da livre concorrência", afirma a denúncia.

Após o primeiro bloco de cinco denúncias feitas em março de 2014, o Ministério Público apresentou em junho um aditamento a uma das acusações incluindo mais quatro executivos e, posteriormente, em abril e maio de 2015, foram apresentadas mais duas denúncias contra executivos por suspeitas de fraude em licitações do Metrô e da CPTM.

Siemens

"Com base em sua política de compliance, a Siemens compartilhou de maneira proativa com o Cade e com as autoridades públicas os resultados de suas auditorias internas, os quais levaram às atuais investigações sobre a existência de um possível cartel no setor de metrô e de trem. A atitude colaborativa e transparente da empresa mostra-se pelo acordo de leniência assinado com o Cade, o Ministério Público Estadual e Federal, e também pela assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta assinado com o Ministério Público do Estado de São Paulo, o primeiro neste sentido no Brasil", afirmou a Siemens.

Após o Supremo Tribunal Federal arquivar, na semana passada, inquérito criminal sobre o cartel de trens em São Paulo, o ex-secretário de Energia de São Paulo José Aníbal (PSDB) afirma que foi vítima de uma farsa montada pelo deputado estadual licenciado Simão Pedro (PT), com o apoio e empenho do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

O inquérito que apurava eventual participação de Aníbal e do também ex-secretário estadual e deputado federal Rodrigo Garcia (DEM) foi arquivado pela 1ª Turma da Corte por falta de provas. A investigação havia sido aberta a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Aníbal também faz ataques ao ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, delator do cartel.

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Na nota em que comenta a decisão do STF, o sr. vincula a origem desse inquérito arquivado a uma ação de motivação partidária, envolvendo um deputado do PT, o Ministério da Justiça e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Pode desenvolver esse enredo dando nomes aos bois?

Usando a expressão de vocês, os nomes dos bois, até o momento, são os do deputado estadual Simão Pedro, atualmente secretário do prefeito (Fernando) Haddad; do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo; e do delator, o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer. E é uma ação com motivação política. Aos fatos. O documento que deu origem a mais este dossiê petista é uma folha de papel apócrifa, forjada e sem assinatura.

Se era ilegal e clandestino, como chegou ao STF?

Um delegado da Polícia Federal de São Paulo, (Milton) Fornazari, insistiu para que este depoimento sem provas fosse enviado ao Supremo Tribunal Federal. O juiz federal Marcelo Costenaro Cavali negou, afirmando que ‘os elementos obtidos pela autoridade policial até o momento são fragilíssimos’. A procuradora Karen Louise Kahn, do Ministério Público Federal, também manifesta-se contra o envio do inquérito ao STF, mas o juiz acaba enviando, depois de um depoimento novo, de Everton, feito sob medida e calunioso. Disse ele, então, que foi avisado em 2005 por Mário Bandeira, presidente da CPTM, que só vim a conhecer em 2011, que com a saída do deputado Rodrigo Garcia da presidência da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, deveria procurar seu substituto, o deputado estadual José Aníbal, que passaria a ser responsável pelos contatos políticos e pagamentos de propina. Com base nisso, o procurador-geral da República, um mês depois, em 7 de janeiro de 2014, solicita em parecer o envio do inteiro teor das colaborações premiadas para que o STF se manifeste sobre o pedido de investigação. Nem se deu ao trabalho de constatar que eu nunca fui deputado estadual e, por óbvio, nunca fui presidente de comissão na Assembleia.

Esse processo avançou a partir de uma denúncia de funcionário da Siemens do Brasil. O que difere esse episódio das delações premiadas que mantêm presos hoje empresários e ex-executivos da Petrobras?

Nem por hipótese dá para comparar. Tecnicamente, a delação só pode dar início a um processo se forem indicadas provas do que falou o delator. No meu caso, o próprio delator disse que não tinha provas. Aqui, é apenas chantagem política. O petrolão é um dos maiores escândalos de corrupção da história mundial, com denúncias cada vez mais documentadas. Aqui se trata de um chantagista corrupto da Siemens tentando se eximir de atitudes criminosas, apadrinhado pelo PT, como ele mesmo admitiu.

O processo cessa sua tramitação no Supremo com o arquivamento. Mas continua aberta a investigação na 1ª instância. Isso pode significar algum risco de que seu nome volte a ser mencionado nas investigações?

Não, a investigação em 1.ª instância foi concluída em dezembro passado.

A decisão da turma do STF a seu favor foi apertada: 3 a 2. Isso pode manter dúvidas a respeito de sua absolvição?

Nenhuma dúvida. Zero. Quando o procurador-geral, com base numa calúnia, pediu a instauração de inquérito em relação a mim e ao deputado Rodrigo Garcia, requereu a oitiva de quatro pessoas mencionadas pelo delator e também a Cooperação Jurídica Internacional para saber se tínhamos contas bancárias no Uruguai, na Suíça e em Luxemburgo. O ministro Marco Aurélio (Mello) mandou a Polícia Federal realizar as oitivas e negou o pedido de cooperação. As oitivas foram feitas e enviadas ao procurador. Todos os depoentes negaram, com fatos, as calúnias do delator.

O sr. deixou claro que pretende sustentar ações por calúnia e injúria contra Simão Pedro, a quem atribui a origem de tudo. Quem mais o sr. incluiu nessas ações de defesa?

Simão Pedro, o ministro José Eduardo Cardozo e o delator Everton. A base do processo contra eles é denunciação caluniosa. A fraude não pode ficar impune. Não numa sociedade democrática, com instituições que funcionam, como ficou claro no caso do STF e da PF no que concerne a seu diretor-geral, que agiu de forma isenta.

Os casos de empresas que não são americanas, pagaram propinas em países distantes dos Estados Unidos e têm sede em outro continente, mas que acabam sendo investigadas pelas autoridades do país têm sido cada dia mais comuns. Um caso emblemático foi da japonesa Olympus, acusada de promover orgias para médicos brasileiros incentivando-os a comprar seus equipamentos médicos. A empresa acabou com um processo de investigação no departamento de Justiça americano.

Mas um dos casos mais famosos foi o da empresa alemã Siemens, acusada de pagar propinas em diferentes países do mundo e que foi investigada entre os anos de 2007 e 2009.

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O diretor de compliance da empresa, Wagner Giovanini, conta que todas as divisões da empresa no mundo foram investigadas, diretores e membros do conselho de administração foram demitidos e o caso terminou em um acordo de US$ 1,6 bilhão.

Mas a empresa não teve apenas que pagar a multa e a investigação como ainda teve que promover uma grande mudança nas suas regras para evitar corrupção. Hoje, segundo Giovanini, cada pessoa que assina um documento liberando pagamentos para qualquer empresa ou pessoa sabe que terá que responder por aquela assinatura.

Foram estas mudanças nas regras internas da empresa que acabaram desencadeando outro processo, o do caso do cartel do Metrô em São Paulo. Segundo Giovanini, um funcionário fez uma denúncia sobre um esquema que não envolvia o metrô, mas quando a empresa foi investigar o caso denunciado acabou se deparando com indícios de que havia irregularidades no caso da licitação paulista.

Após dois anos de investigação sem chegar a provas concretas, a empresa decidiu encaminhar os indícios que tinha ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), assinando um acordo de leniência. A partir disso o caso começou a ser investigado pelas autoridades brasileiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador eleito José Serra, do PSDB, negou à Polícia Federal que em 2008 tivesse advertido o executivo Nelson Branco Marchetti, da Siemens, para que a multinacional alemã não entrasse com ação na Justiça contestando a contratação da espanhola CAF na licitação para compra de 384 carros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O depoimento de Serra ocorreu no dia 29 de outubro na PF em São Paulo no inquérito que investiga a ação do cartel metroferroviário. Seu relato, agora conhecido na íntegra, foi tomado pelo delegado Milton Fornazari Junior. São duas páginas da versão do ex-governador.

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Em acordo de leniência firmado em 2013 com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a Siemens denunciou que o cartel agiu no período entre 1998 e 2008, no Distrito Federal e em São Paulo (governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin).

A PF chamou Serra porque ele foi citado formalmente por Nélson Marchetti, um dos lenientes do acordo que a Siemens fechou com o CADE, órgão antitruste do governo federal.

Segundo Marchetti, durante um encontro na Holanda, em 2008, Serra, então governador de São Paulo (2006/2010), o advertiu que se a multinacional alemã recorresse judicialmente contra a licitação vencida pela CAF ele anularia a concorrência. "No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF não possuía. Mesmo assim, o então governador (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF", afirmou Marchetti.

À PF, o ex-governador desmontou a versão do executivo. Inicialmente, Serra disse que "não se recorda de ter tido contato com ele (Marchetti), tampouco se lembra de ter conversado com ele" durante um evento do setor metroferroviário internacional, em Amsterdã, Holanda, ocorrido no primeiro semestre de 2008.

A PF indagou a Serra: "No âmbito da licitação para aquisição de 320 e 64 carros da CPTM, manifestou a Nelson Branco ou a qualquer outra pessoa, inclusive seus secretários ou outros subordinados, que se abstivessem de propor recursos administrativos ou ações judiciais contra a decisão administrativa de qualificação da empresa CAF?"

A resposta do ex-governador: "Não."

Serra declarou que "o entendimento adotado na época foi que caso o vencedor do certame fosse desalojado pela Justiça, na qualidade de governador, orientaria o cancelamento do certame, convocando nova licitação, eis que a segunda melhor proposta era R$ 700 milhões, aproximadamente, acima da proposta vencedora".

Questionado se teve conhecimento sobre a formação do cartel, pagamento de propinas para servidores públicos paulistas e caixa 2 para campanhas políticas, no âmbito das licitações da CPTM e do Metrô de São Paulo, auto denunciadas ao CADE, o senador eleito pelo PSDB respondeu: "Que não teve conhecimento, se soubesse teria tomado as providências e acha bom que se investigue."

A PF perguntou a Serra se ele conhecia o executivo José Luís Alqueres, ex-presidente da Alstom, empresa apontada como integrante do cartel. O motivo do questionamento foi um e-mail de Alqueres, no qual o ex-número 1 da multinacional francesa no Brasil diz a seu interlocutor que o então governador teria participado das negociações que envolveram a compra da Mafersa pela Alstom. Serra respondeu: "Que não se recorda de ter opinado sobre o assunto. Que se recorda de ter conhecido José Luís Alqueres aproximadamente em 2009 ou 2010, quando ele era presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Que não se recorda de ter tido contato com José Luís Alqueres na qualidade de presidente do Grupo Alstom, seja como prefeito ou governador."

Ele disse que na época foi convidado por Alqueres para dar uma palestra.

O tucano afirmou, ainda, que "não se recorda" de ter recebido, na qualidade de governador, dirigentes ou representantes do setor metroferroviário. "Como autoridade pública recebe ou cruza com muitas pessoas, inclusive comitivas de vários setores, mas não se recorda de ninguém deste setor metroferroviário nominalmente."

Ele afirmou que "não conheceu" o executivo Arthur Teixeira, que a PF aponta como lobista do cartel. Declarou que "não discutia diretamente com o presidente ou diretores da CPTM e do Metrô, acerca das licitações conduzidas por essas empresas públicas".

Segundo Serra, quem tratava com o Metrô e a CPTM "eram o Secretário de Transportes Metropolitanos, a Casa Civil ou a Secretaria do Planejamento".

Também declarou que "não conheceu" três ex-diretores da CPTM que a PF já indiciou criminalmente por corrupção passiva e organização criminosa - João Roberto Zaniboni, Oliver Hossepian e Ademir Venâncio de Araújo. Eles negam os crimes que a PF lhes atribui.

Ao final da audiência, Serra entregou ao delegado Milton Fornazari Junior cópia do despacho da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo que decretou o arquivamento do inquérito civil na área de improbidade administrativa sobre sua suposta participação no cartel metroferroviário.

Serra grifou 15 linhas do documento da Procuradoria-Geral: "A leitura atenta das declarações da referida testemunha (Nelson Marchetti) conduz justamente ao entendimento contrário. O relato, longe de levantar suspeita contra o ex-governador, revela, ao contrário, a justa preocupação do Chefe do Executivo (Serra) em relação aos prejuízos que poderiam advir ao Estado caso a proposta vencedora do certame (apresentada pela empresa CAF) fosse desqualificada em virtude de medidas judiciais intentadas pelo Siemens."

O programa global da Siemens, voltado ao desenvolvimento de futuros líderes - The Siemens Graduate Program (SGP) -, está com inscrições abertas. Os interessados podem se candidatar até o dia 19 de agosto, através do internet. Os participantes terão a oportunidade de se desenvolverem em um programa de dois anos com jobs nacionais e internacionais, acompanhamento de carreira, forte exposição no Brasil e no mundo e um portfólio consistente de treinamentos para uma carreira bem sucedida na organização.

Para participar, os candidatos devem possuir ensino superior completo em engenharia, administração de empresas, física, biomedicina ou publicidade e propaganda, além de ter pós-graduação em andamento ou concluída em 2013 em gestão empresarial, estratégica, de inovação, de projetos ou empreendedorismo. Além disso, é necessário possuir fluência na língua inglesa e vivência internacional. A primeira etapa do processo seletivo é composta de testes online. As próximas fases envolvem entrevistas, dinâmica de grupo e painel final na própria Siemens com gestores.

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A alemã Siemens afirmou ter feito uma oferta oficial para a compra das operações com turbinas de gás da francesa Alstom, potencialmente prejudicando a oferta rival de US$ 17 bilhões feita pela General Electric por toda a divisão de energia da Alstom. A Siemens disse que ofereceu cerca de 3,9 bilhões de euros (US$ 5,3 bilhões) pelas turbinas, incluindo contratos de serviço relacionados, e propôs estabelecer joint ventures em outros setores e transferir suas operações ferroviárias à Alstom como elementos da oferta.

"Nossa oferta preserva a marca Alstom em partes substanciais e, ao todo, é cerca de 1 bilhão de euros mais vantajosa financeiramente (do que a oferta da GE)", afirmou o executivo-chefe da Siemens, Joe Kaeser. A oferta da Siemens faz parte de um acordo mais amplo que envolve também as japonesas Mitsubishi Heavy Industries e Hitachi, que têm uma joint venture em sistemas de energia e propõem investir em diversos componentes de energia da Alstom. Os CEOs da Siemens e da Mitsubishi vão depor em um comitê parlamentar da França nesta terça-feira, dia 17, para detalhar sua proposta. Já a GE concedeu um prazo até a próxima segunda-feira para a Alstom aceitar ou rejeitar formalmente sua oferta. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O governo da França procurou neste domingo desacelerar os planos do grupo norte-americano General Electric (GE) de comprar a divisão de energia da multinacional francesa Alstom, dizendo que não aceitará nenhum acordo "apressado" sobre ativos considerados estratégicos, e afirmou ainda que estuda uma oferta alternativa da alemã Siemens.

Fazendo valer sua influência num fim de semana de intensas negociações corporativas, o ministro de Economia francês, Arnaud Montebourg, disse ter sido informado sobre a intenção da Alstom de vender sua unidade de energia à GE, mas alertou que o governo usará o tempo necessário para avaliar outras propostas.

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"A GE e a Alstom têm sua agenda, que é a dos acionistas, mas o governo também tem a sua própria, que é a da soberania econômica", afirmou Montebourg.

O resultado das conversas tem grandes implicações para a França, que está tentando salvar um ícone industrial que voltou a enfrentar dificuldades dez anos depois de ter sido resgatado numa iniciativa negociada pelo governo.

O executivo-chefe da GE, Jeff Imelt, viajou a Paris com a esperança de garantir um acordo já neste começo de semana, quando a Siemens anunciou uma oferta alternativa pela unidade de energia da Alstom.

Em carta enviada ontem à Alstom, o conglomerado alemão ofereceu uma proposta em dinheiro e uma troca de ativos para adquirir a divisão, avaliada em 10 bilhões de euros a 11 bilhões de euros (US$ 13,8 bilhões a US$ 15,2 bilhões). A Siemens também propôs transferir uma parte significativa de seu negócio ferroviário, que a Alstom poderia fundir à sua divisão de transportes. Além disso, a empresa alemã prometeu preservar os empregos da Alstom na França por pelo menos três anos.

Na sexta-feira, Montebourg já havia afirmado que o governo estava avaliando alternativas à oferta da GE com a esperança de manter a Alstom sob controle francês. Em comunicado hoje a Imelt, o ministro adiou uma reunião marcada com o executivo e avisou que um possível acordo estaria sujeito a condições de Paris.

"Qualquer possível transação terá de ser avaliada por completo pelo ministério, que pode impor condições à sua implementação ou rejeitá-lo", disse Montebourg no comunicado, ao qual o The Wall Street Journal teve acesso.

Montebourg, que é conhecido por seus embates com empresas estrangeiras, foi promovido recentemente numa reforma do gabinete francês. No ano passado, o Yahoo! abandonou planos de comprar o site de vídeos Dailymotion após uma intervenção do ministro. Fonte: Dow Jones Newswires.

A alemã Siemens fechou um contrato no valor de US$ 253 milhões com a empresa responsável pela distribuição de energia elétrica e de água no Qatar. (Qatar General Electricity and Water), para auxiliar na expansão da rede elétrica do país.

Para a primeira fase do projeto, a Siemens fornecerá comutadores a gás, o que inclui a construção de nove subestações na região. A conclusão das obras está prevista para daqui 26 meses.

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"Este projeto vai contribuir para a melhoria da infraestrutura de energia em Doha e no entorno da cidade", afirmou, em comunicado, o chefe da unidade da Siemens no Qatar, Bernhard Fonseka.

O projeto de expansão ajudará o país a atender uma demanda interna crescente por energia. Em junho de 2013, a empresa alemã tinha cerca de 2 mil comutadores a gás de alta tensão instalados no Qatar. Fonte: Dow Jones Newswires.

Planilhas apreendidas em computadores de ex-diretores dos Correios indicam que a multinacional alemã Siemens acertou o pagamento de pelo menos R$ 150 mil em propina ao grupo do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) para obter um contrato com a empresa pública em 2005. Naquela época, Jefferson controlava politicamente os Correios. Foi em meio a suspeitas de que estaria envolvido com desvios na estatal que o então deputado e também presidente do PTB decidiu denunciar o mensalão, esquema de pagamento de parlamentares durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, Jefferson cumpre pena de 7 anos e 14 dias no Rio de Janeiro por receber dinheiro do mesmo mensalão que delatou.

O contrato dos Correios que envolve a Siemens - que hoje também é alvo de investigações por causa do cartel dos trens que funcionou nos governos tucanos em São Paulo - tinha o valor de R$ 5,3 milhões. Ele foi firmado no governo Lula para fornecimento de sistemas eletrônicos de movimentação e triagem de carga.

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As planilhas que indicam o pagamento de propina foram encontradas pela Polícia Federal após apreensão dos computadores do ex-diretor dos Correios Maurício Marinho e de outro assessor da diretoria. Além disso, e-mails apreendidos com lobistas que atuavam na estatal mostraram que o diretor da Siemens Luiz Cox negociou pagamento de "comissão" para obter contrato com os Correios.

Os documentos integram ação penal em que Marinho e Jefferson são réus na Justiça Federal do Distrito Federal. O ex-deputado responde por formação de quadrilha e é acusado de ser "o chefe da estrutura criminosa" que atuava nos Correios e desviava dinheiro para o PTB. Marinho é acusado dos crimes de quadrilha e corrupção.

Procurada nesta sexta-feira (26), a Siemens informou que não comentaria as informações constantes da planilha encontrada no computador de Maurício Marinho. Os Correios afirmaram, em nota, que "as irregularidades em relação à Siemens foram detectadas pelos próprios Correios, por meio de seus mecanismos de fiscalização e controle interno". "Os fatos foram apurados e os responsáveis, punidos", disse a empresa estatal.

O advogado Pinheiro Lemos, defensor do ex-deputado Roberto Jefferson, observou que os autos da ação penal em que o ex-deputado e Maurício Marinho são réus ainda estão "em fase de inquirição de testemunhas, fase de instrução processual". Ele anotou que não tem conhecimento da planilha relativa ao contrato da Siemens. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-diretor da Siemens Newton José Leme Duarte, um dos seis executivos que assinaram o acordo de leniência em que a multinacional alemã denunciou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a formação de cartel no sistema metroferroviário de São Paulo e do Distrito Federal, reconheceu como sua a assinatura em um documento de transferência de valores da conta bancária suspeita em Luxemburgo, mas negou ter recebido dinheiro dela ou remetido valores para o exterior.

Duarte admitiu como sendo sua a assinatura em depoimento ao Ministério Público de São Paulo. Perante um grupo de 4 promotores de Justiça e uma procuradora da República, o executivo depôs no dia 4 de setembro do ano passado. Ele estava acompanhado das advogadas Sylvia Urquiza e Leonor Cordovil, que representam a Siemens.

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A Siemens, multinacional alemã que assinou acordo de leniência para revelar como operou o cartel metroferroviário em São Paulo e no Distrito Federal entre 1998 e 2008, blindou parte de seus executivos das investigações em curso no Brasil.

Em ofício endereçado ao Ministério Público a empresa informou que "não obteve a necessária autorização para informar seus dados", em alusão a um grupo de dirigentes e ex-dirigentes sobre os quais foram solicitadas informações em caráter oficial pelo Ministério Público de São Paulo, em âmbito criminal. A maioria desses executivos reside na Alemanha.

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A carta da Siemens, datada de 5 de dezembro, frustrou os investigadores. Na avaliação deles, o gesto da empresa ‘fura’ o acordo e abre caminho até para um eventual rompimento do pacto. Eles suspeitam que os profissionais que estão investigando participaram do cartel.

Argumentam que a Siemens, na condição de leniente, se obrigou a cooperar ao subscrever o compromisso com o próprio Ministério Público e com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Veem na conduta da Siemens "um entrave" às investigações.

O acordo, firmado em maio de 2013, recebeu adesão de 6 executivos da Siemens, inclusive o engenheiro Everton Rheinheimer. Ele delatou esquema de pagamento de propinas que teria vigorado em administrações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) dos governos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB paulista, e na gestão José Roberto Arruda, em Brasília.

Os 6 lenientes estão à margem de eventual acusação penal por cartel e fraudes, protegidos que estão pela Lei 12.529/11 - a norma estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica.

O artigo 87 dessa lei impede oferecimento de denúncia "com relação ao agente beneficiário da leniência".

O alvo do Ministério Público é um grupo de executivos que, na avaliação dos investigadores, tiveram envolvimento de alguma forma com o cartel dos trens. Eles não estão entre os lenientes, portanto, são passíveis de acusação perante a Justiça.

A promotoria fez a solicitação sobre dados pessoais em novembro e reiterou o pedido duas vezes, por meio dos ofícios 608/13, 628/13 e 695/13. Os promotores pedem acesso a informações relativas a profissionais que já ocuparam ou ainda ocupam cargos na multinacional. Eles reputam tais dados "importantes e decisivos" para o desfecho da investigação que conduzem sobre delitos econômicos no âmbito do cartel.

O objetivo é oferecer denúncia criminal contra alguns desses executivos. Mas, para tanto, necessitam de suas qualificações até para intimá-los e tomar seus depoimentos.

Sobre um grupo mencionado pela promotoria, a Siemens respondeu que "com exceção de Marcos Vinícius Missawa, todos os demais indivíduos listados não são e não foram empregados da Siemens Ltda, motivo pelo qual não dispomos de suas qualificações em nosso banco de dados".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta quinta-feira, 28, que irá processar criminalmente e por danos morais as pessoas que lhe dirigiram injúrias. A afirmação refere-se aos encaminhamentos do caso Siemens. Segundo ele, a decisão tem por objetivo a uma proteção do cargo de ministro, que "exige respeito e tratamento digno". "Ofensas a honra jamais", disse o ministro, durante entrevista coletiva.

A reação do ministro é uma resposta às afirmações feitas nesta semana por lideranças do PSDB, que desaprovaram a atitude de Cardozo de encaminhar à Polícia Federal um documento de um ex-diretor da Siemens, que aponta suposto envolvimento de tucanos em uma empresa de consultoria que intermediaria o esquema do cartel da construção do metrô de São Paulo.

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Segundo Cardozo, o chamaram de "sonso, membro de quadrilha, vigarista". "Estes serão processados". Ele não deu nomes de quem irá processar, mas disse que, além dos que o ofenderam, também irá processar os que entrarem com processo contra ele por calúnia. "Na política pode haver diferença. Desrespeito jamais", afirmou.

O ministro disse que esteve com a presidente Dilma Rousseff, que lhe deu liberdade quando ele disse que processaria os tucanos. "Ela me deu total liberdade para conduzir esse caso", afirmou.

Ainda com relação aos questionamentos sobre a tradução do documento do ex-diretor da Siemens, Cardozo diz que não está descartado que se tenha retirado informações do texto para se enviar a Siemens e não o contrário, como sugerem os tucanos.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a dar entrevista nesta quinta-feira, 28, sobre os encaminhamentos do caso Siemens. "Querem transformar a investigação do cartel em disputa política", disse o ministro, numa referência à apuração sobre as denúncias de esquema de corrupção e formação de cartel na construção do metrô de São Paulo. Documento de um ex-diretor da Siemens entregue ao ministro Cardozo revelaria ainda o envolvimento de tucanos em uma empresa de consultoria que intermediaria o esquema do cartel.

"A Polícia Federal e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não se intimidarão", disse Cardozo. "É evidente que, no Brasil, algumas pessoas pretendem desfocar uma investigação séria e rigorosa para uma polêmica eleitoral, uma disputa entre partidos, para saber quem agiu melhor, o partido A ou B. Querem uma cortina de fumaça", completou.

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No começo desta semana, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), pediu o afastamento de Cardozo do cargo de ministro da Justiça, em razão dele ter encaminhado à Polícia Federal o documento do ex-diretor da Siemens. Para os tucanos, o ministro não poderia encaminhar um documento sem autenticidade, que ele teria recebido em casa e não oficialmente, à Polícia Federal.

O PSDB também questiona a tradução do documento que, originalmente, teria sido redigido em inglês. Sobre essa questão, Cardozo disse que é um "baixo pretexto, um vil pretexto para se tentar criar uma cortina de fumaça".

Segundo o ministro, se fosse uma tradução errada, ele mandaria para a Polícia Federal do mesmo jeito. Cardozo apresentou, durante a coletiva um Power Point comparativo dos dois documentos - o em inglês e o em português. O objetivo é provar que não se trata de uma tradução. O documento em inglês tem cinco páginas. A versão em português tem sete páginas. Apesar da negativa do ministro, um índice que acompanha os documentos diz que se trata de uma "tradução para o inglês".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse lamentar a tentativa do PSDB de transformar em disputa política a investigação sobre as denúncias de cartel de trens no governo de São Paulo. Em entrevista à Rádio Estadão na manhã desta quarta-feira (27), Cardozo qualificou como 'risível' a queixa de lideranças do partido de que parte da documentação sobre o caso tenha sido adulterada.

Na tarde dessa terça-feira (26), o presidente do PSDB, senador Aécio Neves, acompanhado de outras lideranças da sigla, chegou a pedir a demissão do ministro. O partido questiona o fato de o ministro ter encaminhado as denúncias à Polícia Federal após recebê-las do deputado licenciado Simão Pedro (PT). O parlamentar foi acusado pelos tucanos de ter adulterado o conteúdo de uma carta enviada à Siemens em 2008. O texto continha as denúncias de formação de cartel entre multinacionais e pagamento de propinas para obtenção de contratos com o governo paulista.

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"Há outras partes, eu diria, mais substantivas do ponto de vista informativo, que estavam nesse documento. Pode parecer, ao meu ver, algo até risível. Você recebe um amplo material de investigação, alguém, sem saber quem mandou oficialmente, diz que houve adulteração. Se não se sabe quem mandou, como é que pode adulterar? É uma tentativa de fazer uma confusão para a opinião publica, que eu lamento", reagiu o ministro.

A carta, enviada na época ao ombudsman da Siemens sem assinatura, é de autoria de um ex-diretor da multinacional. Ela foi escrita em inglês. Uma versão em português foi anexada ao relatório em que o ex-diretor cita o esquema de corrupção e envolve o PSDB. "Vamos ser sinceros. Isso faz parte da investigação. Se é um documento ou outro, se é uma tradução. Isso vai ser investigado", disse Cardozo.

O ministro reagiu mais uma vez às críticas do PSDB de que o PT pretende usar o caso para abafar o mensalão. "Lamento isso. Acho que os nervos de algumas pessoas estão à flor da pele. E quando não se quer que uma investigação siga seu rumo normal, se quer transformar tudo numa disputa política. A Polícia Federal cumprirá seu papel", afirmou.

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