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Um novo projeto digital apresentado em Milão na última segunda-feira (3) explora a vida, obra e legado do gênio italiano Leonardo Da Vinci (1452-1519) e disponibiliza online pela primeira vez mais de 1,3 mil páginas de seus "Códigos".

Batizada de "Inside a Genius Mind", a retrospectiva está disponível no Google Arts & Culture e tem curadoria de especialistas de oito países.

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Ao todo, a iniciativa reúne mais de 80 histórias selecionadas por 28 parceiros em toda a Europa e Estados Unidos, incluindo a British Library em Londres; a National Gallery em Washington; o Castelo Sforzesco; o Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci; e a Pinacoteca Ambrosiana de Milão.

O hub digital inclui histórias sobre a vida do gênio renascentista e suas invenções que podem ser vistas em 3D, bem como suas obras-primas pictóricas.

A plataforma também conta com a ajuda da inteligência artificial (IA) e do trabalho do professor Martin Kemp para mergulhar nos mistérios dos manuscritos de Leonardo Da Vinci.

Além das obras de arte, pintadas em tela e nas paredes, o projeto reúne online, em um único lugar e pela primeira vez, os chamados Códigos dispersos do artista italiano: uma vasta série de notas científicas e esboços que captam sua incursão matemática, geometria, física, óptica, astronomia, arquitetura e até voo.

O Codice Trivulziano, por exemplo, guardado no Castelo Sforzesco de Milão, é um pequeno caderno no qual Da Vinci fez vários desenhos durante sua primeira passagem por Milão, incluindo esboços arquitetônicos para o Duomo de Milão e estudos fisionômicos.

A sucessão de todas as páginas traça um relato artístico e pessoal de Da Vinci, desde seus primórdios florentinos até o processo criativo de suas obras mais conhecidas - a Batalha de Anghiari e a Virgem das Rochas - e aquelas que nunca fez - os monumentos equestres Sforza e Trivulzio e a estátua de Ercole para a Piazza della Signoria - para terminar com a solidão serena de sua velhice e o rosto mais famoso e icônico de toda a sua produção, seu autorretrato.

O projeto também oferece novas formas de interagir com o Código Leonardo: graças à IA, a seção "Da Vinci Stickies" permite aos usuários unir os desenhos de Leonardo dando vida a novas ideias e criações. 

Da Ansa

Mona Lisa, a pintura mais famosa do mundo, foi alvo de um novo ataque no domingo (30) quando um homem lançou um bolo, que não gerou consequências graças ao vidro blindado que a protege, segundo testemunhas nas redes sociais.

O incidente aconteceu na tarde de domingo. Várias fotos mostram o vidro de proteção da renomada obra de Leonardo da Vinci manchado de creme, enquanto um homem, que parece ser um guarda do museu, o limpa.

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O museu do Louvre, que foi contatado pela AFP na noite de domingo, se recusou a fazer qualquer comentário nesta segunda-feira.

Um usuário do Twitter, que afirma ter presenciado o incidente, explica que o autor da ação foi um homem que usava uma peruca, que se levantou de uma cadeira de rodas e bateu no vidro, antes de jogar o bolo.

Este usuário (@lukeXC2002) também publica um vídeo do homem parado ao lado de sua cadeira de rodas enquanto é escoltado para fora.

"Tem gente que está destruindo a Terra (...) Artistas, pensem na Terra. Foi por isso que eu fiz. Pensem no planeta", diz o homem vestido de branco com touca e peruca, em francês.

Outras imagens mostram a cadeira de rodas atrás do cordão de segurança que separa a obra do século XVI dos visitantes. Nenhuma foto ou vídeo capturou o incidente em si.

A Mona Lisa já foi alvo de ataques no passado, como o de dezembro de 1956, quando um boliviano atirou uma pedra nela e machucou ou cotovelo esquerdo. A partir de então, foi instalado vidro para proteger a obra.

Em agosto de 2009, um turista russo foi preso por jogar uma xícara de chá vazia nela. O museu então explicou que o copo foi quebrado contra o vidro de proteção, que ficou levemente arranhado.

Milhões de pessoas visitam o Louvre todos os anos para admirar a Mona Lisa (dez milhões por ano antes da pandemia). Desde 2005, a obra é exposta atrás de um vidro blindado, com sistema de umidade e temperatura controlados.

Um dos afrescos mais famosos do mundo, "A Última Ceia" de Leonardo da Vinci, saiu nesta semana do confinamento imposto pela covid-19, e os amantes da arte já podem admirá-lo no convento dominicano de Milão.

Longe das habituais multidões de turistas, muitos moradores da capital da Lombardia aproveitaram para reservar a entrada no convento de Santa Maria delle Grazie, onde se encontra a pintura mural executada entre 1495 e 1498.

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"Para mim é um renascimento, volto a viver. Depois dessa pandemia terrível, posso fugir, acalmar minha alma, sentir as emoções de novo", diz Alessandra Fabbri, 37 anos, que trabalha com publicidade digital.

Residente em Milão, mas originária de Urbino, local de nascimento de Rafael no centro da península, outro mestre da pintura, reconhece os fortes laços entre esses grandes artistas renascentistas.

Após a medição obrigatória da temperatura, pequenos grupos de 12 pessoas podem entrar silenciosamente no famoso refeitório por quinze minutos, onde está localizada uma das pinturas mais bonitas do mundo.

O famoso mural representa o jantar em que Jesus anuncia que um de seus doze discípulos o trairá.

- 'Arte e espiritualidade' -

“É a obra de arte mais linda que já vi na minha vida, uma mistura de arte e espiritualidade, é mágica”, diz Anna Oganisyan, 50 anos, pianista francesa que mora em Milão.

Acompanhada da filha Anne-Charlotte, Oganisyan conseguiu as entradas no último minuto, o que seria impossível antes da pandemia, já que era preciso reservar com pelo menos três meses de antecedência.

Parada obrigatória para 60-70% dos turistas que chegam do exterior antes da pandemia, incluindo americanos, chineses e coreanos, o trabalho do gênio do Renascimento, que se destacou em várias áreas, está agora disponível para os milaneses.

“Apostamos no turismo local, algo que os milaneses exigiam, porque esses lugares foram tomados pelo turismo internacional”, avalia Michela Palazzo, diretora do Cenacolo Vinciano.

O museu, que reabriu suas portas na terça-feira, fechou pela primeira vez após o primeiro confinamento decretado no final de fevereiro.

Em seguida, foi reaberto em 10 de junho até 5 de novembro. As receitas de cerca de 1,2 milhões de euros por ano (US $ 1,4 milhão) sofreram uma queda de 80% em 2020.

No ano anterior, em 2019, bateu o recorde com mais de 445 mil visitantes devido às comemorações dos 500 anos da morte de Leonardo da Vinci.

- Sem filas -

“A partir de agora, não há mais filas, o silêncio prevalece, essas são as condições ideais para admirar esta obra-prima extraordinária e fugir da pandemia”, diz Michela Palazzo.

Ao contrário de seus vizinhos europeus, a Itália afrouxou as restrições anticovid em vigor na maioria de suas regiões no início de fevereiro, autorizando bares, cafés e restaurantes a reabrir ao público.

Os museus também puderam abrir, mas apenas durante a semana para evitar multidões.

“Há muito tempo eu queria ver 'A Última Ceia', é muito bonita”, confessou Davide Palano, uma estudante do ensino médio de 17 anos, que reservou o ingresso online no dia anterior.

A partir desta terça-feira (18), a mostra “Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio” exposta no Museu da Imagem e do Som (MIS) Experience de São Paulo, vai receber visitas por meio de uma plataforma digital.

Com a impossibilidade de o público se fazer presente no ambiente físico da exposição devido à pandemia, o acervo que apresenta grande parte da história de um dos maiores artistas da humanidade estará disponível na Internet.

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Na visitação ao ambiente digital, o público vai ter acesso às mesmas experiências do espaço físico. A visita virtual, equipada com áudio-guia, permite a observação de áreas temáticas, da sala de projeção com imagens em 360 graus e da contemplação dos objetos em realidade aumentada.

A curadoria também preparou alguns vídeos educativos com curiosidades sobre a vida e obra de Leonardo Da Vinci (1452-1519), considerado um dos maiores expoentes do Renascimento.

Para acessar o conteúdo da exposição no novo ambiente virtual, os visitantes devem adquirir um ingresso que custa R$ 20 e é válido por 24 horas. As escolas públicas paulistas podem reservar a visita gratuita para que alunos participem da experiência imersiva na obra de Da Vinci.

Tanto a compra dos ingressos como o acesso à mostra são feitos pelo site  www.exposicaodavinci500anos.com.br.

Serviço

Mostra digital ‘Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio’

A partir de 18 de agosto

Valor do acesso: R$ 20

Ingressos: www.exposicaodavinci500anos.com.br

A cantora Valesca fez uma publicação nas redes sociais para fazer uma comparação. Com a autoestima elevada, sua marca registrada, a funkeira declarou que estava se achando parecida com Mona Lisa, a famosa La Gioconda, moça retratada na obra de Leonardo da Vinci na década de 1500.

Compartilhando a foto, Valesca disparou: "Tô tão parecida com a Mona lisa que se o Leonardo [Da Vinci] me visse até me dava uma pintada eu acho". Em seguida, fãs brincaram com a publicação da artista. "É a Monazuda. Ou Popolisa", escreveu um dos seguidores. 

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Confira:

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O Museu do Louvre exibe a partir desta quinta-feira (24) em Paris 162 obras de Leonardo da Vinci, na maior retrospectiva organizada até hoje sobre o gênio renascentista, falecido há 500 anos.

Para controlar o grande fluxo esperado, as pessoas terão acesso à exposição, que prosseguirá até 24 de fevereiro, apenas com reserva prévia. Até o momento foram reservados 260.000 ingressos.

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Ao lado da mostra sobre Tutankamon, que recebeu 1,42 milhão de visitantes, a exposição Da Vinci será sem dúvida o grande evento cultural do ano na França.

A retrospectiva oferece a oportunidade única de admirar 10 quadros do mestre, a quem os especialistas atribuem um total de 20. Entre eles, "Santa Ana", "São João Batista" e a "Madonna Benois", emprestados pelo Museu Hermitage de São Petersburgo.

O número sobe para 11 quando se considera a "Mona Lisa", que atrai a cada dia 30.000 visitantes. A obra permanecerá na Sala dos Estados do museu e contará com uma experiência de realidade virtual de sete minutos proposta ao final do percurso. Os visitantes devem se inscrever na entrada da exposição para a experiência em 3D.

O famoso "Salvator Mundi", desaparecido desde sua compra por uma quantia descomunal há um ano e meio (450 milhões de dólares, um recorde), não está previsto na mostra. Oficialmente foi adquirido para completar a coleção do Louvre de Abu Dhabi.

No total, 162 pinturas, desenhos, manuscritos, esculturas e outros objetos foram reunidos após um grande trabalho de pesquisa que durou 10 anos e exigiu pedidos de empréstimos em todo o mundo, incluindo a rainha da Inglaterra, que liberou 24 desenhos, o British Museum, o Vaticano e a Itália.

Uma batalha diplomática entre Paris e Roma precedeu a inauguração da mostra. A Itália aceitou emprestar vários desenhos, incluindo o famoso "Homem Vitruviano", exibido normalmente na Galeria da Academia de Veneza. A obra permanecerá apenas dois meses no Louvre.

A retrospectiva foi construída de forma didática e pretende ser uma espécie de viagem à rica personalidade do pintor italiano protegido pelos príncipes, já muito famoso e admirado quando estava vivo. Um personagem que sempre foi objeto de lendas, livros e fantasias.

Os espetaculares desenhos e os apaixonantes croquis estão entre os destaques da exposição, assim como as obras de outros artistas renascentistas. Situam o autor em uma época agitada, que passa por Florença, Milão, Mantua, Veneza, Roma e finalmente França.

Graças a uma reflectografia de infravermelho é possível examinar as diferentes etapas da concepção e elaboração dos quadros. Leonardo trabalhava suas obras, às vezes, durante 15 anos e as deixava inacabadas. Cada pintura é uma história, geralmente com vários significados, símbolos, dúvidas e segredos. Cada gesto, cada dedo significa algo. A expressão dos sorrisos tem mil interpretações.

O Louvre insiste que a exposição deseja mostrar que a pintura era essencial e não secundária para Leonardo da Vinci. Que era a culminância visual de suas suas pesquisas científicas e não o contrário. Leonardo foi um sábio e um gênio, mas também um utópico, um homem com curiosidade por tudo, que buscava uma explicação para a essência da vida, para expressá-la depois, o mais fielmente possível, em um quadro ou desenho.

A Sala Contemporânea do Palacete das Artes recebe a exposição “O Gênio dos Gênios”, na próxima terça-feira (27), às 19h, em homenagem aos 500 anos da morte do artista e cientista Leonardo Da Vinci. De autoria do engenheiro e artesão Thales de Azevedo Filho, a mostra é composta por cerca de 60 obras, entre maquetes, reproduções de pintura e de anatomia, além de uma “linha do tempo” de Da Vinci, e uma instalação de um Anemômetro de tubos cônicos, o modelo possui dois dutos cônicos com raios de aberturas diferentes, capaz de medir a intensidade do vento.

Até a última sexta-feira (27) de setembro, o público terá acesso a maquetes que retratam invenções como o parafuso aéreo, asa articulada, paraquedas, asa delta, rolamento tipo rolimã, armazenador de energia, engrenagem lanterna,mecanismo helicoidal, caixa de marcha, bate estaca, alicate, martelo de cames, macaco, máquina elevatória, navio com pás, boia, escafandro, stand up, caçamba d’água, canhão, roldanas, projetor; além de instrumentos de medição como relógio noturno, anemômetro de cubos cônicos, higrômetro e peças de Arquitetura como escada do castelo de Chambord e a ponte estaiada.

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O Palacete das Artes é um Museu vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Secretaria de Cultura e Estado da Bahia. Funciona de terça a sexta, das 13h às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h.

Serviço

Exposição “O Gênio dos Gênios – Leonardo Da Vinci”, de Thales de Azevedo Filho Terça-feira (27) | 19h

Palacete das Artes ( R. da Graça, 284 - Graça, Salvador)

Informações (71) 3117 6987

 

Uma pesquisa desenvolvida por um professor da universidade King's College London, no Reino Unido, apontou que o gênio italiano Leonardo Da Vinci pode ter tido o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

O estudo, que foi publicado pela revista "Brain", foi realizado pelo professor de psiquiatria Marco Catani, da universidade britânica.

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O especialista descobriu que Da Vinci pode ter tido o transtorno através de documentos históricos escritos por biógrafos e contemporâneos do artista italiano.

"Embora seja impossível fazer um diagnóstico pós-morte sobre uma pessoa que viveu há 500 anos, estou convencido de que o TDAH representa a hipótese mais convincente e cientificamente plausível para explicar a dificuldade de Leonardo em terminar seus trabalhos", explicou Catani.

Documentos indicam que Da Vinci passava muito tempo planejando os seus projetos, mas em diversas ocasiões ele não conseguia terminar. Além disso, alguns sinais típicos do TDAH, como inquietação e impulsividade, estão presentes desde a infância do gênio e "persistem por toda a vida", segundo o neuropsiquiatra.

Fontes históricas também descrevem Da Vinci como um homem sempre em movimento e que dormia muito pouco. Ele era capaz de trabalhar dia e noite ininterruptamente com apenas breves cochilos. Relatos de biógrafos também indicam que o italiano mudava muito de emprego.

Além disso, o cientista explicou que Da Vinci apresentava característica comuns de pacientes com déficit de atenção, como ser canhoto, provavelmente disléxico e com o lado direito do cérebro dominante nos processos linguísticos.

"Cinco séculos após sua morte, espero que o caso de Leonardo demonstre como o TDAH não está ligado a um QI baixo ou a uma falta de criatividade. Ele está ligado à dificuldade de capitalizar o talento natural. Espero que o legado de Leonardo nos ajude a mudar o estigma em torno do TDAH", disse Catani.

Da Ansa

Leonardo da Vinci passou os últimos três anos de sua vida em Amboise, no centro da França, a convite de Francisco I.

Embora tenham sido anos muito ativos, não foram fundamentais para a obra do gênio do Renascimento, cujos trabalhos mais emblemáticos vieram à luz na Itália.

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"Temos de ser modestos. O essencial foi feito na Itália", afirma Catherine Simon Marion, delegada-geral do Castelo Clos-Lucé, onde Da Vinci morreu em 2 de maio de 1519.

Muitos italianos continuam sem entender por que várias de suas obras-primas se encontram no Museu do Louvre.

Em 1516, Leonardo da Vinci aceitou o convite do vencedor da batalha de Marignan, o qual conheceu em dezembro de 1515 na Bolonha.

Tinha 64 anos. Cruzou os Alpes acompanhado de Francesco Melzi, seu discípulo mais fiel, levando em suas bolsas de couro Mona Lisa, São João Batista e Santa Ana, assim como vários cadernos, manuscritos e anotações.

Francisco I e sua mãe, Luísa de Saboia, acolheram-no de braços abertos.

"O primeiro pintor, engenheiro e arquiteto do rei" recebia uma pensão real e foi convidado a se instalar no castelo Cloux, agora Clos-Lucé, a 400 metros do castelo Amboise, a residência favorita do rei.

Um exílio dourado, enquanto em Roma Michelangelo e Rafael são "a nova geração ascendente"? Não, era mais uma partida em resposta ao convite de Francisco I, segundo a historiadora de arte Hayley Edwards Dujardin, autora do livro "Leonardo da Vinci" (Hachette).

Em seus três anos em Amboise, "Leonardo organizou festas para o rei, fez obras de engenharia civil, continuou desenhando animais e natureza, deu um toque final a sua Sant'Ana", relata Catherine Simon Marion.

"Ele vai se manter animado até o fim por sua imensa curiosidade. Era um homem são e vegetariano que montava a cavalo", acrescentou.

"A mãe de Francisco entendeu que Leonardo seria o homem que faria seu filho brilhar. Já o jovem rei estava fascinado por seus conhecimentos em anatomia, botânica e espiritualidade. Ele ia vê-lo quase todos os dias, o chamava de 'meu pai'. Leonardo lhe dava uma espécie de aprendizagem do conhecimento", completou.

Leonardo não morreu, porém, nos braços do monarca. "É uma lenda", esclarece Simon Marion.

- Leonardo e o castelo de Chambord -

Segundo Haylay Edwards Dujardin, esse então "Leonardo já não estava em sua fase de criação. Não é o que se esperava dele. Não atende mais a pedidos. Não produz nada para Francisco I. Não tem mais nada a propor e não quer mais propor nada. Está mergulhado em suas pesquisas. Vive um retiro tranquilo com um rei que o hospeda, o alimenta, não pede nada além de trocas intelectuais".

Sobre a construção do castelo de Chambord, iniciada alguns meses depois de sua morte, "tudo indica que os planos podem ter sido inspiração de Leonardo", afirma, prudentemente, sua delegada-geral.

"Trabalhou junto com o rei em planos para a construção de um castelo ideal (...) e conheceu Domenico da Cortona, arquiteto de Chambord", continuou.

E como as três pinturas, incluindo a Mona Lisa, aterrissaram no Louvre? Segundo Simon Marion, ele as teria dado de presente para sua modelo (e provável amante) Salai (Gian Giacomo Caprotti), que as teria vendido para Francisco I antes da morte do pintor.

Para esta historiadora de arte, "ainda há muitos mistérios sobre Leonardo da Vinci", cujo túmulo jaz na capela Saint-Hubert do castelo real Amboise.

A pintura "Salvator Mundi", atribuída a Leonardo da Vinci, tornou-se a obra de arte mais cara da história ao ser leiloada por US$ 450 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) na noite desta quarta-feira (15) em Nova York.

O quadro de cerca de 500 anos retrata Jesus Cristo como salvador do mundo e é a única pintura do gênio italiano que pertence a uma coleção particular. Estima-se que ela tenha sido pintada após 1505, cerca de 15 anos antes da morte de Da Vinci - que ocorreu em 1519.

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A peça já havia sido leiloada, em 1958, por "apenas" R$ 10 mil porque era considerado que a pintura havia sido feita por um dos aprendizes do italiano - e não por ele. Até hoje, especialistas têm dúvidas sobre a autoria da obra.

Historiadores acreditam ainda que o quadro pertencia à coleção do rei Carlos I, nos anos 1600, e ela voltou ao "conhecimento público" em 2005. E, antes de ir para o leilão em Nova York, ela pertencia ao russo Dmitry Rybolovlev, que havia pagado US$ 127,5 milhões (R$ 420,7 milhões) em 2013 pela peça.

A casa de leilões Christie's havia estimado um valor mínimo de US$ 100 milhões (R$ 330 milhões) para a obra. Assim que a venda foi finalizada, aplausos foram ouvidos entre os participantes do leilão, mas o nome do comprador não foi anunciado.

Até ontem, a obra de arte mais cara a ser leiloada era o quadro "Interchange", de Willem De Kooning, vendido em setembro de 2015 por US$ 300 milhões. (R$ 990 milhões). 

Da Ansa

O desenho de uma modelo nua que apresenta uma semelhança impressionante com a Mona Lisa pode ter sido feito por Leonardo da Vinci, disseram especialistas à AFP nesta quinta-feira.

Cientistas do Museu do Louvre, em Paris, onde a obra-prima do pintor está exposta, estão analisando um desenho a carvão conhecido como a "Monna Vanna" que foi atribuído ao estúdio do artista florentino.

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O grande desenho pertence desde 1862 à enorme coleção de arte renascentista do Museu Condé, no Castelo de Chantilly, ao norte da capital francesa.

Os curadores do museu acreditam, após um mês de testes no Louvre, que o "desenho é, pelo menos em parte", de Da Vinci.

"O desenho tem uma qualidade na forma como o rosto e as mãos foram executados que é realmente notável. Não é uma cópia inferior", disse o conservador Mathieu Deldicque à AFP.

"Estamos olhando para algo que foi trabalhado em paralelo com a Mona Lisa no final da vida de Leonardo", afirmou.

"É quase certamente um trabalho preparatório para uma pintura a óleo", acrescentou, sugerindo que o desenho está intimamente ligado à Mona Lisa.

- 'Quase idênticos' -

Segundo Deldicque, as mãos e o corpo são quase idênticos aos da obra-prima de Da Vinci.

O desenho é quase do mesmo tamanho da Mona Lisa, e pequenos buracos perfurados em torno da figura indicam que ela pode ter sido usada para traçar sua forma em uma tela, argumentou.

O especialista em conservação do Louvre Bruno Mottin confirmou que o desenho data da época em que Da Vinci viveu, no início do século XV, e que era de uma "qualidade muito alta".

Testes já revelaram que não se trata de uma cópia de um original perdido, disse o especialista ao jornal Le Parisien.

Ele observou, no entanto, que "devemos permanecer prudentes" sobre a atribuição definitiva a Da Vinci, que morreu na França em 1519.

"O tracejado na parte de cima do desenho perto da cabeça foi feito por uma pessoa destra", enquanto Da Vinci desenhava com a mão esquerda.

"É um trabalho que vai levar algum tempo", acrescentou. "Este é um desenho sobre o qual é muito difícil trabalhar porque é particularmente frágil".

Mas Mottin disse que a equipe do museu espera esclarecer a identidade do autor em um prazo de dois anos, a tempo para uma exposição no Chantilly com motivo do 500º aniversário da morte de Leonardo da Vinci.

Mais de 10 especialistas estudaram cuidadosamente o desenho nas últimas semanas, usando uma variedade de escâneres e outros métodos científicos.

Suas investigações se concentraram em averiguar se o desenho foi feito antes ou depois da Mona Lisa, que foi pintada após 1503.

O desenho do Chantilly foi originalmente atribuído ao mestre toscano quando foi comprado pelo duque de Aumale, em 1862, por 7.000 francos, uma quantia substancial na época.

Mais tarde, os especialistas tiveram dúvidas sobre a autoria e concluíram que era mais provável que o desenho tinha sido feito por algum membro do estúdio do artista.

Há cerca de 20 pinturas e desenhos da Mona Lisa nua em coleções de todo o mundo, mas a maioria é muito difícil de datar.

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Se o Miss Bumbum já é famoso com suas inusitadas modelos que concorrem ao título do ‘derrière’ mais bonito do país, os organizaradores do evento resolveram causar ainda mais polêmica. Um quadro icônico de Leonardo da Vinci, que remete à última ceia de Jesus Cristo antes da crucificação, foi reproduzido com as modelos de forma inusitada como convite do concurso. De biquíni, as participantes posam sobre uma mesa, replicando as mesmas posições de Jesus e seus apóstolos do quadro bíblico, enquanto uma delas segura uma taça.

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O organizador do evento, Cacau Oliver, justificou que o tema não ofenda a igreja, mas propõe uma representação. A referência entre símbolos religiosos já aconteceu entras edições. Em 2011, a mesma estratégia foi estabelecida pela produção para divulgar o evento. Já em 2013, o convite exibia o reflexo no espelho de uma mulher vestida de freira, usando apenas calcinha e sutiã e fotografada de costas.

Em sua quinta edição, a seleção ocorrerá em novembro será com duas apresentações das candidatas, com performances livres para convencer uma mesa formada por dez jurados do porquê merecem o título do 'derrière' mais bonito do país.

Já participaram da disputa personalidades como a ex-modelo Andressa Urach, Sabrina Boing Boing e Jessica Lopes, entre outras.

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Uma equipe de especialistas criou uma versão digital da Gioconda, dando à modelo mais famosa de Leonardo da Vinci uma inteligência artificial que lhe permite interagir com o ambiente. O célebre quadro do século XVI está adaptado digitalmente a seu tamanho real. A Mona Lisa olha da esquerda para a direita, depois fecha os olhos, sorri ou faz uma leve careta, em função do que acontece ao redor.

"A ideia é compartilhar com a Gioconda uma relação íntima, como se fosse um ente querido, para que cada um possa apropriar-se desta poderosa figura da arte", afirma Florent Aziosmanoff, líder do projeto. O conceito funciona graças a um Kinect, um periférico que capta os movimentos e imagens, utilizado nos videogames. Uma equipe de 40 pessoas trabalhou por um ano na França no projeto, batizado de "Living Joconde". De acordo com Aziosmanoff, não se trata de inventar outra Gioconda, e sim de perpetuar a "living art" iniciada pelo grande pintor de Florença.

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"A Gioconda é considerada o primeiro quadro que consegue dar vida a uma pessoa diante do espectador", disse. Do quadro até uma joia, a "Living Gioconda" poderia ser comercializada em várias versões. Em colaboração com a marca Mathon acaba de ser concebido um protótipo de joia conectada em forma de camafeu, representando a Mona Lisa. A joia de fantasia custará 100 euros e as versões mais desenvolvidas centenas de milhares de euros.

E os especialistas já começaram a trabalhar em um aplicativo para celular, que permitirá inclusive o envio de mensagens de texto. O criador do projeto, no entanto, adverte que a Gioconda interativa não terá nada a ver com Tamagotchi, pequenos animais eletrônicos muito populares há alguns anos e que deveriam receber cuidados dos proprietários. "No Tamagotchi é necessário alimentar o animal, comprovar que está bem. O que eu proponho é uma Gioconda que tenha sua independência e sua sutileza", afirma.

A apreensão, na Suíça, por ordem da justiça italiana do "Retrato de Isabella d'Este", quadro atribuído a Leonardo da Vinci, gerou nesta terça-feira um debate sobre a autenticidade da obra do gênio italiano.

O óleo, recuperado na caixa-forte de um banco suíço, foi apreendido na segunda-feira, na Suíça, a pedido da justiça italiana, informou nesta terça-feira, em um comunicado de imprensa, o Tribunal de Pésaro (centro).

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O quadro, considerado a versão a óleo de um carvão anterior feito pelo mestre italiano e atualmente mantido no Museu do Louvre em Paris, estava para ser vendido por um valor de 120 milhões de euros, informaram as autoridades italianas em um comunicado.

O corpo especializado em obras de arte da polícia italiana de Pésaro explicou que a tela, elaborada a princípios do século XVI e que permaneceu no anonimato por séculos, foi descoberta na Suíça em agosto de 2013, para onde "tinha sido exportada clandestinamente".

Considerada uma das obras percursoras da célebre Mona Lisa, estava guardada na caixa-forte de um banco privado de Lugano, segundo o tribunal de Pésaro, encarregado da investigação, após a denúncia contra um advogado da cidade italiana a quem tinha encarregado da venda do retrato.

Pouco depois da descoberta da tela, em 2013, o professor Carlo Pedretti, máxima autoridade na obra de Leonardo Da Vinci, qualificou a pintura como "excepcional" e assegurou que o retrato de Isabel é "o único deste tipo no mundo", informou o suplemento Sette del diario Il Corriere della Sera.

"É autêntico", sentenciou Pedretti.

Segundo a publicação, a pintura a cores de Isabella d'Este fazia parte da coleção de cerca de 400 obras de propriedade de uma rica família italiana com ramificações na Suíça.

A maior parte da coleção está há mais de um século na Suíça e foi adquirida pelos avós dos atuais proprietários.

Embora não haja dúvidas sobre o período em que a pintura foi executada, no começo do século XVI, graças a análises com Carbono 14, vários especialistas manifestaram dúvidas sobre sua autenticidade.

"É uma versão feita em um ateliê alguns anos depois e se baseia no retrato que está no Louvre", afirmou Jacques Franck, outro especialista na obra de Da Vinci, citado pelo jornal francês Le Figaro.

"Não vejo a mão de Leonardo", reforçou.

As observações de Franck alimentaram as dúvidas e não se exclui que a obra tenha sido terminada por alunos do grande mestre.

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O Classificação Livre desta semana mergulhou no talentoso mundo do mestre renascentista Leonardo Da Vinci, ao visitar a exposição "Retratos". O Instituto de Cultura Brasil-Itália está recebendo a esposição que exibe reproduções de famosos desenhos do artista. Os visitantes também podem assistir a documentários sobre a vida e a obra de Leonardo, autor de uma das pinturas mais conhecidas do mundo, o quadro “Mona Lisa” (1452-1519). A mostra é permanente e exposta na sala de exposições do centro cultural com entrada franca.

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Ainda no programa, o público confere o Bazar Baú Secreto, realizado pelas figurinitas Bárbara Cunha e Carol Azevedo. O bazar contou com peças exclusivas que foram usadas em produções cinematográfcas e em peças teatrais. No acervo, estavam à disposição do público cerca de 250 artigos garimpados pelo mundo, entre eles óculos, sapatos, bolsas e até vestidos de casamento.

"O figurino é mais um elemento dentro de um filme e ele é importante porque ajuda o ator a compor o personagem", afirmou Bárbara. O público também confere as melhores festas que vão acontecer no fim de semana da capital e do interior do estado na nossa Agenda Cultural.

O Classificação Livre é apresentado por Areli Quirino e exibido toda semana no Portal LeiaJá.

O Memorial de Medicina de Pernambuco (PROEXT-UFPE) vai receber, pela primeira vez no Recife, a exposição Leonardo da Vinci: maravilhas mecânicas. A mostra, de Roberto Guatelli e que já foi montada em várias cidades do Brasil, fica na capital pernambucana de 18 de julho a 30 de setembro. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sábado, das 9h às 17h. 

A exposição pretende mostrar um lado não tão explorado de Da Vinci, a de cientista e inventor. Ela inclui peças, textos e imagens que justificam sua fama de um dos maiores gênios da humanidade. Entre as réplicas apresentadas, na forma de maquete, estão o helicóptero, o paraquedas, a ponte giratória, o higrômetro e o odômetro. Todas feitas de madeira e cópias fiéis das coordenadas matemáticas deixadas pelo renascentista. Além disso, o material será apresentado com respectivos esboços e desenhos.

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Serviço

Exposição Leonardo da Vinci: maravilhas mecânicas

Memorial da Medicina – PROEXT – UFPE (Rua Amaury de Medeiros, 206 – Derby)

18 de julho | 18h30

Segunda a sábado | 9h às 17h

Gratuito

Centenas de pessoas se reuniram no Museu do Prado, em Madri, para ver uma cópia da "Mona Lisa" pela primeira vez - desde que a restauração revelou que, certamente, ela foi pintada por um dos aprendizes de Leonardo da Vinci.

A pintura foi colocada em um display no museu nesta terça-feira, onde ficará até ser levada ao Museu do Louvre, em Paris, no próximo mês, onde ficará junto ao original como parte de uma exibição do trabalho de da Vinci.

Embora não tenha sido determinada a autoria da cópia, tanto o Prado quando o Louvre acreditam que ela provavelmente é a última cópia conhecida da "La Gioconda".

A cópia faz parte da coleção espanhola há centenas de anos e, embora tenha sido exibida anteriormente no Museu do Prado, não chamou muito a atenção e era considerada uma cópia medíocre. As informações são da Associated Press.

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