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George Clooney e sua mulher, Amal, planejam ajudar cerca de 3.000 crianças sírias refugiadas a irem para escola ainda este ano no Líbano, onde, segundo as Nações Unidas, cerca de 200.000 menores sírios estão fora do sistema de ensino.

A educação de quase 3.000 dessas crianças sírias será financiada através de uma associação de 2,25 milhões de dólares anunciada pela "The Clooney Foundation for Justice" com a Google, além de um subsídio de tecnologia de um milhão de dólares da companhia HP.

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A associação, junto com a Unicef, ajudará sete escolas públicas a educar crianças que não estão atualmente em instituições de ensino e apoiará um programa piloto de ferramentas tecnológicas nesses centros para crianças sírias refugiadas e libaneses, disseram os Clooney.

"Milhares de jovens refugiados sírios estão em risco: o risco de nunca ser parte produtiva da sociedade. A educação formal pode ajudar a mudar isso", afirmou o casal em comunicado.

"Não queremos perder uma geração inteira porque tiveram o azar de ter nascido no lugar errado, no momento errado", acrescentaram.

Mais de 330.000 pessoas morreram na Síria desde que estourou o conflito, em março de 2011, com protestos contra o governo que se transformaram em uma complexa guerra por poderes.

A Unicef disse nesta segunda-feira que cerca de 200.000 crianças sírias refugiadas no Líbano estão fora do sistema educacional. A Human Rights Watch calcula o número em mais de 250.000.

Mais de um milhão de sírios - incluindo 500.000 crianças - estão registrados como refugiados no Líbano, após fugir da devastadora guerra que dura mais de seis anos.

Os Clooney tiveram seus primeiros filhos - um casal de gêmeos - na Grã Bretanha no mês passado. Amal Clooney, uma proeminente advogada de direitos humanos britânico-libanesa, se casou com o ator em 2014.

O Ministério do Interior do Líbano proibiu o lançamento de “Mulher Maravilha” nos cinemas devido à origem israelense de Gal Gadot, protagonista do longa.

Além da nacionalidade, o grupo intitulado “Campanha para Boicotar Apoiadores de Israel-Líbano” relembra a associação direta da atriz com o exército de Israel, que ela serviu antes de se tornar modelo e atriz. Gadot nunca escondeu o seu apoio ao exército israelense e já postou em suas redes sociais mensagens de incentivo para os soldados. A pressão fez com que o governo proibisse a exibição do filme apenas duas horas antes das sessões.

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O grupo havia tentado boicotar “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” em março de 2016, também pela participação da atriz.

Líbano e Israel estão oficialmente em guerra desde 2006 e, apesar de nenhum conflito direto ter acontecido recentemente, o governo proíbe viagens de cidadãos libaneses para Israel e boicotam produtos israelenses.

O filme "Mulher Maravilha" estreia em 1º de junho no Brasil e é o quarto longa do atual Universo Cinematográfico DC.       

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou que o Mercosul está negociando um acordo de livre comércio com o Líbano. O chanceler não deu detalhes sobre este fato ao discursar na abertura da 1ª Conferência Latino-Americana do Potencial da Diáspora Libanesa, que visa fortalecer os laços do Líbano e seus emigrantes em todo o planeta.

Serra destacou que a presença de libaneses na América Latina é muito grande, sendo que o Brasil foi o principal destino na região, pois tem entre 7 milhões e 10 milhões de descendentes de pessoas que vieram daquele país do Oriente Médio. "O presidente (Michel) Temer orgulha-se de sua origem libanesa de primeira geração", apontou.

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Segundo o ministro, "num mundo de tantas incertezas, temos de nos ancorar com quem temos relações históricas", comentou, referindo-se ao Líbano. O chanceler apontou que no planeta há uma onda de xenofobia e protecionismo comercial. "Destacamos a generosidade do Líbano em acolher cerca de 2 milhões de refugiados da Síria", comentou.

Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também participou da solenidade que marcou o início da 1ª Conferência Latino-Americana do Potencial da Diáspora Libanesa. Maia enalteceu os laços culturais do Brasil com os libaneses e outros povos, sendo ele inclusive descendente de chilenos.

Maia destacou que o Brasil, sob o comando do presidente Michel Temer, "voltará a ter condições de crescer."

Bruna Marquezine está vivendo uma experiência realmente incrível em sua vida. Ela está fazendo uma viagem para o Líbano para visitar os campos que abrigam crianças refugiadas.

Em sua conta no Snapchat, a atriz que está brilhando em Nada Será Como Antes, está mostrando um pouquinho desse momento e chegou até a explicar em um vídeo, dizendo:

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- Eu sei que eu não apareço muito aqui no Snap para falar, mas eu quero dividir com vocês uma experiência muito incrível que eu estou vivendo, eu estou no Líbano agora e eu to aqui a convite a IKMR para conhecer o trabalho de algumas organizações que cuidam de crianças refugiadas. Eu vou tentar mostrar para vocês aqui, dividir com vocês tudo. A gente chegou tem três, quatro dias. E hoje é a nosso terceiro dia. Eu eu vou tentar mostrar um pouco de onda a gente está indo.

Em outro momento, ela aparece pelas ruas do Líbano, cercada de crianças e conta:

- Esse lugar que eu estou mostrando aqui é um assentamento. No Líbano não existem campos oficiais de refúgio.

Ela ainda apareceu em um vídeo tirando diversas fotos de todas as pessoas em volta e caminhando por todo o espaço.

Com seu minúsculo tórax aberto, Amena, 9 meses, espera por uma cirurgia de alto risco. Ela é um dos pequenos refugiados sírios que o cardiologista libanês Isam al-Rasi salva toda semana, apesar da falta de recursos para as operações.

"Vi bebês morrer quando seu pai buscava ajuda para coletar fundos para a operação", conta, visivelmente emocionado, o dr. Rasi, o cirurgião cardíaco pediátrico mais conhecido do Líbano. Apesar de sua pesada agenda e um hospital de Beirute, o médico dedica um dia por semana para operar crianças refugiadas sírias ou palestinas no Hospital Hamud, sul do Líbano.

Ele geralmente não aceita pagamento para tentar reduzir os custos da operação para pais sem recursos e foragidos da guerra em seu país. "Isso faz parte do nosso dever, não da nossa profissão. Se há um bebê que tem que ser operado, ele vai ser operado", enfatiza. Agora ele se ocupa de Amena al Helou, que nasceu com o coração com um único ventrículo.

O silêncio em torno do pequeno corpo coberto pelo lençol verde só é quebrado pelo som dos bips do equipamento que controlam as funções vitais da menina. Na sala de espera, os pais de Amena, Jalil e Amira, esperam ansiosos pelo resultado da operação da menor de seus seis filhos.

Eles estão refugiados no Líbano desde 2013 e Jalil, de 39 anos, sustenta sua família trabalhando na agricultura. A família teve de se endividar para pagar a cirurgia.

''Soma exorbitante''

O hospital Hamud oferece aos refugiados tarifas reduzidas nas operações. A ONU banca 75% dos custos, mas as famílias têm que encontrar ainda os 1.800 euros restantes, uma quantia incompatível com seu rendimento.

"Pedi dinheiro emprestado a diferentes pessoas, meu irmão, meu primo, outros familiares", explicou Jalil. "O difícil será devolver, não sei como vamos fazer. Mas não há outra opção. É o ser mais precioso que tenho", acrescentou.

Mais de um milhão de sírios se refugiaram no Líbano desde o princípio da guerra em 2011. O pequeno país de quatro milhões de habitantes tem dificuldades para fazer frente a essa afluência. A Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) fez um apelo para reunir os 134 milhões de dólares para cobrir os gastos do hospital de refugiados no Líbano em 2016, mas so conseguiu 36 milhões.

Hoje em dia, a ONU só consegue cobrir 50% das necessidades em termos de saúde dos refugiados sírios no Líbano, lamenta Michael Woodman, médico e chefe da saúde pública da ACNUR. A situação revolta o dr. Rasi. "Não se pode pedir a um pai que vive numa barraca de campanha que pague 2.700 euros por uma operação, uma soma exorbitante", critica.

Depois de operar Amena co sucesso, o médico atende Ali, um menino de 18 meses que tem problemas de respiração. Ele também nasceu cm um único ventrículo, mas teve que esperar três meses para operar, sofrendo com uma infecção pulmonar.

"A operação atrasou porque tivemos de achar dinheiro", explica o pai, Ahmed Hasun, 29 anos e originário da província de Idlib, no norte da Síria.

As forças de segurança do Líbano anunciaram nesta sexta-feira (1°) que desmantelaram a maior rede de tráfico de escravas sexuais desde o início do conflito na vizinha Síria e que libertaram 75 mulheres, a maioria deste país em guerra.

As mulheres, que foram agredidas e violentadas, mostravam em alguns casos sinais de mutilação, segundo um comunicado das forças libanesas. "Esta é a maior rede de tráfico sexual descoberta desde o início da guerra na Síria", disse uma fonte libanesa à AFP.

A operação aconteceu ao norte de Beirute, onde "foram resgatadas 75 mulheres, em sua maioria sírias, que haviam sido agredidas e submetidas a tortura física e psicológica, forçadas a realizar atos sexuais que depois foram gravados e distribuídos", afirma o comunicado.

Dez homens e oito mulheres que vigiavam os apartamentos onde as vítimas eram mantidas como reféns foram detidos. A polícia também encontrou um bebê de oito meses, provavelmente filho de uma das mulheres resgatadas.

Antes da guerra na Síria, iniciada em 2011, mulheres deste país já eram vítimas de exploração sexual no vizinho Líbano, mas com o conflito as mulheres e as crianças sírias se tornaram mais vulneráveis neste aspecto.

A gripe suína matou quatro pessoas no Líbano neste inverno desde novembro, disse nesta quarta-feira o ministério da Saúde libanês.

Houve "quatro casos confirmados de morte devido ao H1N1 neste inverno", declarou à AFP o diretor-geral do ministério, Walid Ammar.

"Os casos que necessitaram de cuidados de emergência registrados neste inverno aumentaram até 20% com relação ao inverno passado", principalmente por causa de um sistema de referência mais eficiente entre os hospitais e o ministério da Saúde, explicou.

O ministro da Saúde, Wael Abou Faour, disse que as quatro pessoas que morreram foram uma criança de três anos de idade, uma mulher de 31 anos, uma mulher de 36 anos grávida e um homem de 58 anos de idade.

No entanto, ele ressaltou que este número de óbitos é comparável ao do inverno passado, quando o H1N1 matou cinco pessoas.

"A solução seria evitar a troca de beijos, deixando para as situações em que seja extremamente necessário", disse o ministro a jornalistas, em tom de brincadeira.

Em junho de 2009, após casos relatados nos Estados Unidos e no México, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um alerta de pandemia. A Influenza A (H1N1) matou 18.500 pessoas em 214 países até agosto de 2010, quando a OMS suspendeu o alerta.

Um comboio libanês cruzou a fronteira com a Síria para retirar dezenas de combatentes e civis de uma vila. A evacuação faz parte de um acordo de paz promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e fechado em setembro para transferir centenas de pessoas de duas áreas importantes do país.

Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, uma entidade britânica, 129 civis e combatentes contrários ao governo de Bashar al Assad, serão levados da vila predominantemente sunita de Zabadani para Beirute, no Líbano, de onde serão levados para a Turquia.

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O grupo informou ainda que 338 civis deixarão as vilas sírias de Foua e Kfarya em direção à Turquia e depois serão levados para o Líbano. Um comboio de mais de 30 ambulâncias da Cruz Vermelha entraram na Síria nesta segunda-feira para realizar a operação. Fonte: Associated Press.

O número de mortes no duplo ataque suicida que ocorreu nesta quinta (12), em um subúrbio xiita no sul de Beirute, no Líbano, subiu para 43, com o número de feridos passando de 200, segundo informações de autoridades libanesas. O atentato quebrao uma relativa calma que se manteve por mais de um ano, apesar da guerra civil furiosa ao lado, na Síria.

Escolas e universidades em todo o Líbano estavam fechadas nesta sexta-feira, enquanto o país lamentava as vítimas dos atentados. O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o ataque ao predominantemente bairro xiita de Burj al-Barajneh. O distrito é povoado em parte pelo grupo Hezbollah.

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Na sexta-feira, peritos forenses estavam trabalhando na área, que foi isolada pelas forças de segurança. Moradores e proprietários de lojas limpavam a área que ficou repleta de vidros quebrados e outros detritos. O primeiro suicida detonou seu colete com explosivos fora de uma mesquita xiita, enquanto o segundo explodiu dentro de uma padaria vizinha.

O Líbano, um pequeno país mediterrâneo com uma história de guerra civil, teve atentados suicidas em 2013 e 2014, mas o duplo atentado de ontem foi o primeiro desde meados de 2014. O ataque também foi um dos mais mortais. Fonte: Associated Press.

A explosão de uma bomba em uma cidade do Líbano próxima à fronteira com a Síria deixou vários mortos e feridos, nesta quinta-feira (5). De acordo com as forças de segurança e a mídia estatal libanesa, entre os mortos estão religiosos de uma associação que apoia refugiados da região.

A bomba explodiu em frente ao escritório da associação Qalamoun, na cidade de Arsal. A agência nacional de notícias do Líbano, a NNA, disse que a bomba estava numa moto estacionada do lado de fora da instituição, matando cinco pessoas e ferindo outras seis. Um dos mortos seria o líder do grupo religioso, Osman Mansour, de origem síria. Já as autoridades de segurança libanesas afirmaram, de forma anônima, que pelo menos dez pessoas morreram ou ficaram feridas devido ao ataque.

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O nome da associação libanesa, Qalamoun, remete a uma montanhosa região da Síria, na fronteira com o Líbano. A maior parte da área foi dominada pelas tropas sírias ou pelos militantes do Hezbollah no último ano.

A cidade de Arsal, predominantemente de muçulmanos sunitas, recebe milhares de refugiados sírios e, no último ano, passou um breve período sob o domínio do Estado Islâmico e da Frente Al-Nusra, movimento afiliado à Al-Qaeda na Síria. Após a captura de 20 soldados libaneses pelas forças rebeldes, a associação Qalamoun tentou atuar como mediadora para a libertação dos militares. Fonte: Associated Press.

O líder do grupo xiita Hezbollah do Líbano, Hassan Nasrallah, definiu as manifestações violentas em Israel de uma "intifada renovada" e as descreveu como a esperança de salvação para os palestinos. Em comentários transmitidos no domingo, ele disse que a onda de ataques contra israelenses foi realizada por uma "nova geração" de palestinos que acreditam em "resistência" e que devem ser apoiados por todos na região.

Agressores palestinos têm esfaqueado israelenses quase diariamente e os ataques se espalharam de Jerusalém para outras partes do país. No mês passado, oito israelenses foram mortos em ataques palestinos, a maioria deles a facadas. Nesse tempo, 40 palestinos foram mortos por fogo israelense, incluindo 19 pessoas rotuladas por Israel como agressores, e o resto em confrontos com tropas israelenses.

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"É responsabilidade de todos para apoiá-la e ajudá-la, cada um com as suas próprias capacidades, habilidades e circunstâncias", disse Nasrallah. Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de um mês em 2006. Eles permanecem inimigos. Fonte: Associated Press.

Dezenas de milhares de libaneses expressaram neste sábado, em Beirute, seu repúdio a uma classe política considerada corrupta e incapaz de oferecer serviços públicos básicos, na maior manifestação já organizada pela sociedade civil.

"Ainda não podemos calcular o número de manifestantes, mas certamente foram mais do que esperávamos", declarou à AFP um dos organizadores, Lucien Bourjeily. Outro organizador, Assad Thebian, estimou o número em 50 mil pessoas.

Em um ambiente descontraído, a Praça dos Mártires, local emblemático do centro de Beirute, onde durante a guerra civil (1975-1990) passava a linha de demarcação que separava a parte da capital de maioria cristã da de maioria muçulmana, estava superlotada.

"Queda ao poder dos corruptos, a começar pelos deputados", "Bye bye, corruptos!", gritava a multidão, expressando seu esgotamento com a classe política.

Alguns manifestantes exibiam camisetas brancas com a inscrição "Vocês fedem" e outros, bandeiras libanesas, onde se podia ler "Estamos fartos".

A mobilização transcorreu em um clima tranquilo, mas pouco depois de se dispersar, um grupo de jovens encapuzados e sem camisa foi até a praça Riad al Solh, que chega ao gabinete do premiê. Ali, tiraram uma cerca de arame farpado, queimaram lixo e atiraram pedras e outros projéteis nas forças de segurança, que não reagiram imediatamente.

Para evitar a repetição dos atos violentos ocorridos nas primeiras manifestações do fim de semana passado, atribuídas a "provocadores de distúrbios", os organizadores instalaram um serviço de ordem com 500 membros.

A polícia, que supervisionava a manifestação, exibia um cartaz onde era possível ler: "Estamos entre vocês por vocês, para protegê-los".

"No seu país, sua terra. Nenhum de nós tem água ou eletricidade. Tomem a rua por seus filhos, por seu país", convocou Thebian antes da manifestação.

Organizada pelo coletivo "Vocês fedem", a campanha começou em meados de julho, com a crise da coleta de lixo após o fechamento do maior lixão do Líbano e do acúmulo de lixo doméstico nas ruas da capital e em outras cidades do país.

Mas além da crise do lixo, esta iniciativa demonstra de forma mais geral o cansaço de parte da população com a corrupção endêmica, as disfunções do Estado e a paralisia das instituições políticas.

Vinte e cinco anos depois do fim da guerra, a eletricidade continua racionada e todo verão falta água devido à ausência de represas, apesar de o Líbano ser um dos países com mais chuvas do Oriente Médio.

'Todos, sem exceção'

"O lema da manifestação será 'todos, sem exceção' porque todos somos contra a classe política", declarou antes da manifestação Lucien Bourjeily.

Os organizadores detalharam suas exigências: demissão do ministro do Meio Ambiente, Mohamad Machnuk, transferência da coleta de lixo para as cidades, julgamento dos responsáveis pela repressão no fim de semana passado, entre eles o ministro do Interior, Nohad Machnuk, e a realização de eleições legislativas e presidenciais.

"Damos 72 horas ao governo. Na tarde de terça-feira, se nossas demandas não forem atendidas, haverá uma escalada" dos protestos, afirmou à multidão um dos organizadores.

Desde as últimas eleições, em 2009, o Parlamento prolongou em duas ocasiões seu mandato e os deputados se mostraram incapazes de eleger um presidente da República, cargo vago desde maio de 2014.

"Não gostamos de manifestações, mas vocês nos sufocaram e nossos filhos merecem algo melhor. Hoje, rompemos as barreiras religiosas e esta é uma mudança essencial", afirmou uma mulher, falando na tribuna.

Milhares de pessoas protestaram neste sábado contra o governo do primeiro-ministro do Líbano, Tammam Salam. As manifestações, que começaram em função de problemas na coleta de lixo, ameaçam engolfar o país em uma grave crise política. Dezenas de pessoas ficaram feridas ou foram presas nos últimos dias.

Neste sábado, a política fechou várias ruas para impedir os manifestantes de se aproximarem de prédios do governo. A histórica Praça dos Mártires, no centro de Beirute, ficou lotada. O público, formado em sua maioria por jovens, cantava dizeres contra a corrupção. Muitos tinham a bandeira do país pintada no rosto.

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Os protestos parecem ter atraído um grande número de cidadãos desiludidos com a má qualidade dos serviços básicos, angariando suporte em vários grupos do cenário político, que tem grandes divisões sectárias e religiosas. Alguns partidos, como o movimento xiita Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, se solidarizaram com o movimento, mas não tem presença explícita nos protestos.

"Esse protesto é para nos devolverem nossos direitos humanos básicos", diz Nadim Khairallah, um cineasta de 27 anos que estava na origem dos protestos. "Não queremos um Estado policialesco, queremos um governo que realmente funcione. Queremos partidos políticos de verdade, não velhos clãs familiares. Queremos propostas reais, programas reais, com os quais possamos nos identificar", acrescenta. Fonte: Dow Jones Newswires.

Ministros e aliados do grupo Hezbollah saíram de uma reunião de quatro horas com o gabinete do Líbano nesta terça-feira (25) com a intenção de discutir o agravamento da crise do lixo no país, em reflexo da disfunção persistente do governo - que é alvo de protestos em massa.

Em nota, o grupo afirmou que apoia as manifestações pacíficas contra a corrupção endêmica no Líbano, classificando-as de "direito legítimo".

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O gabinete libanês também rejeitou por unanimidade as empresas vencedoras de um processo de licitação para gerenciar os serviços de lixo de Beirute, alegando custos elevados. Um comitê ministerial foi encarregado de reiniciar a licitação.

O primeiro-ministro Salam Tammam convocou a reunião de emergência depois de um fim de semana de confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra a corrupção e a má qualidade dos serviços públicos.

Temendo a violência dos protestos, o governo levantou um muro de concreto no perímetro da sede para impedir a invasão dos manifestantes, que apelidaram a obra de "muro da vergonha". Por ordens de Tammam, o muro foi derrubado nesta segunda-feira.

O governo de partilha de poder multi-sectário do Líbano está sem um presidente há mais de um ano e o parlamento estendeu o mandato por duas vezes sem eleições. Fonte: Associated Press.

Homens armados do Hezbollah repeliram um ataque de militantes do Estado Islâmico nesta terça-feira, em uma área próxima da fronteira entre o Líbano e a Síria, informou a emissora de televisão libanesa Al-Manar.

Segundo a emissora, o ataque teve como alvo várias posições do Hezbollah. Vários militantes do Estado Islâmico morreram ou foram feridos, e três veículos, incluindo uma escavadeira, foram destruídos. Ainda não há informações sobre possíveis baixas entre os combatentes do Hezbollah.

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Nas últimas semanas, o Hezbollah tem estado na ofensiva nas montanhas de Qalamoun, na Síria, e capturou territórios que antes eram controlados pela filial da Al-Qaeda no país, a Frente al-Nusra. Com a Frente Nusra praticamente derrotada na região, é esperada uma grande batalha entre o Hezbollah e o Estado Islâmico.

O Hezbollah está profundamente envolvido na guerra civil da Síria ao lado das forças do presidente Bashar Assad. A superfície total das montanhas Qalamoun sendo que foi contestada soma mil quilômetros quadrados, dos quais 340 estão no Líbano e sob o controle de militantes do Estado Islâmico e da Frente Nusra, de acordo com o Hezbollah.

Na segunda-feira, a emissora libanesa Al-Manar disse que os combatentes do Hezbollah e as tropas sírias já capturaram metade da área. Fonte: Associated Press.

O presidente da República em exercício, o vice-presidente Michel Temer, extinguiu o Consulado-Geral do Brasil em Beirute, no Líbano. A decisão consta de decreto publicado no Diário Oficial da União. O documento transfere para a Embaixada do Brasil em Beirute a competência para o exercício do serviço consular antes prestado pelo Consulado-Geral agora extinto.

O líder da milícia xiita libanesa Hezbollah ("Partido de Deus"), xeque Hassan Nasrallah, disse que o Oriente Médio está diante de "um perigo sem precedentes" causado pela ação de grupos extremistas e prometeu que sua organização vai aumentar sua participação na guerra civil da Síria em defesa do governo do presidente Bashar al-Assad.

Durante cerimônia para lembrar o 15º aniversário da retirada das tropas de Israel do sul do Líbano, Nasrallah prometeu continuar a combater organizações extremistas como a Al Qaeda e o Estado Islâmico, organizações terroristas que integram a coalizão de forças que combate o governo sírio com apoio dos EUA e de seus aliados europeus. Segundo o líder do Hezbollah, grupos como a Al Qaeda e o Estado Islâmico são "uma ameaça existencial para qualquer um que não concorde com sua ideologia".

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O Hezbollah passou a apoiar o governo Al-Assad abertamente em 2013; nas últimas semanas, seus combatentes têm atuado na região montanhosa de Qalamoun, na região da fronteira entre Síria e Líbano. "Nossa presença vai crescer onde for necessário", disse Nasrallah. Nos últimos dias, o Exército sírio sofreu derrotas importantes diante dos militantes do Estado Islâmico, especialmente na província de Idlib, no norte do país, e na região de Daraam no sul. No oeste da síria, o Estado Islâmico capturou há poucos dias a cidade de Palmira.

Na base militar de Kweiras, no norte da Síria, um helicóptero militar caiu neste domingo, matando todos os tripulantes, disse a emissora estatal síria de televisão. O Observatório de Direitos Humanos na Síria, sediado em Londres, disse que o Estado Islâmico afirmou ter derrubado o helicóptero. A base de Kweiras fica na província de Alepo e perto da aldeia de Al-Bab, controlada pelos militantes do Estado Islâmico. Fonte: Associated Press.

Uma delegação de representantes da União Europeia afirmou, em visita ao Líbano, que a entidade vai doar 37 milhões de Euros (US$ 42 milhões) para ajudar o país árabe a atender os mais de um milhão de refugiados sírios que cruzaram a fronteira.

O comissário europeu para ajuda humanitária e gestão de crises, Christos Stylianides, fez o anúncio neste sábado (31), após se encontrar com o primeiro-ministro libanês, Tammam Salam, em Beirute. Stylianides então viajou até a região do vale de Bekaa, para se encontrar com os refugiados sírios que têm se abrigado em pequenos campos.

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"O Líbano não está sozinho", disse ele a repórteres. "A União Europeia está ao lado do governo e do povo libanês." Segundo a agência da Organização das Nações Unidas para refugiados, o Líbano recebeu ao menos 1,15 milhão de refugiados fugindo da guerra civil na Síria. O número corresponde a um quarto da população total do país, que tem 4,5 milhões de habitantes. Fonte: Associated Press.

O concurso de Miss Universo ganhou tintas quase diplomáticas após o episódio deste domingo (18). A Miss Israel se intrometeu na 'selfie' da Miss Líbano, despertando a indignação da última.

"Desde que cheguei (a Miami, onde acontece a competição), tenho sido extremadamente cuidadosa para não aparecer em fotos nem me comunicar com a Miss Israel", contou Saly Greige, Miss Líbano, em sua página do Facebook.

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Os dois países estão tecnicamente em guerra, desde o conflito de 2006 entre o movimento libanês Hezbollah e Israel, embora os combate tenham acontecido há décadas.

A Miss Líbano explicou que, no momento em que posava com a Miss Japão e com a Miss Eslovênia, Doron Matalon se aproximou e tirou uma fotografia com a sua câmara, postando-a imediatamente na rede social Instagram.

A 'selfie' foi compartilhada milhares de vezes nas redes sociais, dividindo os internautas libaneses a favor e contra a jovem.

A candidata israelense respondeu neste domingo no Facebook: "Não me surpreende, mas me entristece. Que pena que não se possa deixar as hostilidades de lado", escreveu.

Refugiados sírios no Líbano entraram em pânico nesta terça-feira (2) com a notícia de que a Organização das Nações Unidas (ONU) suspenderam o fornecimento do vale alimentação devido à falta de recursos. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU beneficia um total de 1,7 milhão de refugiados também na Jordânia, Líbano, Turquia, Iraque e Egito. O PMA afirmou que para ajudar os refugiados sírios precisa de 64 milhões de dólares apenas em dezembro.

A mudança prejudica as famílias mais vulneráveis do conflito que com esse corte "passarão fome", informou a agência da ONU, principalmente porque a região se aproxima de um inverno que promete ser bem rigoroso. A situação é ainda pior no Líbano, onde estão 1,1 milhão de refugiados, o equivalente a um quarto da população do país.

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"Se a ONU deixar de nos ajudar, não sei o que vai acontecer comigo", disse uma refugiada à Associated Press, que pediu para ser identificada pelo primeiro nome, Aisha. Outros refugiados que falaram com a Associated Press nesta terça-feira em um assentamento localizado ao leste do Líbano não tinham conhecimento da decisão.

O subsecretário do Ministério das Relações Exteriores do Kuwait, Khaled Al-Jarallah, disse que há uma preocupação sobre o país receber a terceira Conferência de Doadores para a Síria. Algumas nações ainda têm de cumprir a ajuda de cerca de 3,6 bilhões de dólares prometida nos dois últimos encontros, em 2013 e 2014. Fonte: Associated Press.

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