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O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, absolveu o ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o ex-ministro Guido Mantega e o filho dele, Leonardo Mantega, na ação penal da Operação Bullish.

Eles foram denunciados por formação de quadrilha, corrupção, gestão fraudulenta, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro.

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O processo foi encerrado em primeira instância por falta de provas. "Não se encontra nos autos prova alguma que ampare a narrativa ministerial", escreveu o juiz federal.

A sentença afirma que a denúncia foi baseada 'unicamente' nas declarações 'genéricas e vazias' prestadas pelo empresário Joesley Batista, do grupo JBS, em sua delação premiada.

O advogado Aloísio Lacerda Medeiros, que representa Luciano Coutinho, diz que a decisão "põe fim à injusta acusação" e que o cliente foi vítima de "absurdas imputações".

Denúncia

O Ministério Público Federal (MPF) acusou Mantega de supostamente influenciar o então presidente do BNDES a fazer operações financeiras para favorecer a JBS em troca de propinas.

Ao longo dos dois primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Guido Mantega foi ministro do Planejamento, da Fazenda e também comandou o banco público.

O esquema, segundo a denúncia, teria desviado bilhões por meio de concessões irregulares de apoio financeiro da subsidiária BNDESPar ao grupo JBS entre os anos de 2007 e 2009.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ALOÍSIO LACERDA MEDEIROS, QUE REPRESENTA LUCIANO COUTINHO

"Essa decisão põe fim à injusta acusação de que na gestão de Luciano Coutinho na presidência do BNDES existiria uma 'caixa preta' voltada, inclusive, para beneficiar o Grupo JBS de Joesley Batista. Isso foi fortemente sustentado pelo ex-presidente Bolsonaro que durante o seu governo sempre sustentou essa leviandade que hoje foi amplamente desmascarada pela irrepreensível sentença da Justiça Federal do Distrito Federal que afastou todas as absurdas imputações do Ministério Público Federal."

O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômica Luciano Coutinho afirmou hoje (3) que jamais permitiu "qualquer irregularidade que interferisse na lisura do BNDES durante o período que esteve à frente da instituição, entre 2007 e 2016. Em audiência pública na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS, Coutinho negou também afirmações de que teria usado o cargo para favorecer contribuições a partidos políticos.

A CPMI da JBS investiga os contratos da JBS com o banco e o acordo de leniência entre a empresa e o Ministério Público Federal.

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Durante a audiência, Coutinho foi questionado sobre especulações de que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci o teria acusado de cometer irregularidades à frente do banco, que comandou de maio de 2007 a maio de 2016. “Tive pouquíssimos contatos com o Palocci. Quando ele era ministro, eu estava fora do banco. Quando ele era deputado eu estava no banco, mas tive poucos contatos com ele. Jamais tratei com ele de qualquer contribuição política ou vinculada a qualquer projeto do banco. Nunca tratei”, disse Coutinho.

“E jamais recebi do ministro [da Fazenda, Guido] Mantega qualquer solicitação indevida vinculativa a qualquer projeto indevido do BNDES”, acrescentou. Mantega foi ministro da Fazenda de 2006 a 2015.

Coutinho negou ainda ter conhecimento de qualquer outro pedido ilícito ou de consultoria feito pelo ex-ministro Palocci. "Isso não teve. Eu jamais permitiria que viesse a ter qualquer interferência na lisura do BNDES. Tenho consciência tranquila e posso dizer isso com tranquilidade", completou o ex-presidente do banco.

O ex-presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, por videoconferência, nesta sexta-feira, 23. Coutinho falou como testemunha de defesa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em ação penal sobre supostas propinas da Odebrecht a Lula.

A audiência durou cerca de 15 minutos. A defesa de Lula quis saber de Luciano Coutinho informações sobre o Conselho de Administração da Petrobrás.

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O ex-presidente do BNDES afirmou que fez parte do Conselho. "Não me recordo exatamente, mas creio que entre 2009 e 2016 ou 2010 e 2016, não lembro exatamente."

O advogado Cristiano Zanin Martins questionou Luciano Coutinho sobre as decisões do conselho. O defensor quis saber se "eram técnicas".

"Sim, o conselho tem atribuições definidas no estatuto de aprovação de matérias de natureza, digamos, estratégicas, os planos quinquenais da empresa, os planos de médio e longo prazos e de rever anualmente o planejamento estratégico. Também o conselho tem um papel em aquisições ou desinvestimentos, ou seja, ele tem um papel restrito a um certo conjunto de matérias e essas matérias sempre foram decididas com base em informações resumidas, informações suficientes, porém, resumidas a respeito desses conteúdos", afirmou Luciano Coutinho.

"O conselho examinava a estratégia de negócios da Petrobras em termos agregados, ou seja, não se detalhava projeto a projeto, se discutia uma estruturação de prioridades para as diversas áreas da empresa, mas sem aprofundar projeto a projeto", acrescentou.

Depois de mais de cinco meses de trabalho, a Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) do BNDES chegou ao fim com a aprovação do relatório final do deputado José Rocha (PR-BA). O relatório final foi aprovado depois de muitas críticas da oposição, que cobrava a responsabilização de pessoas suspeitas de terem usado o banco estatal para beneficiar empresas.

José Rocha não acatou pedidos de indiciamento, entre os quais o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o do presidente do BNDES, Luciano Coutinho. "Eu cometeria ato de injustiça ou mesmo de parcialidade se indiciasse pessoas que não foram ouvidas nessa comissão, que não tiveram a oportunidade de se defenderem e apenas pedir o indiciamento ouvindo apenas o lado da acusação", explicou o relator.

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Rocha optou por recomendar mudanças na gestão no banco de modo a aumentar o controle sobre empréstimos e, no lugar de indiciamentos, propôs o envio dos documentos obtidos pela CPI ao Ministério Público Federal, ao Tribunal de Contas da União e à Controladoria Geral da União para providências.

Uma das sugestões é permitir que o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) tenham acesso a informações bancárias hoje protegidas por sigilo.

O relator da CPI também remete ao Ministério Público, CGU e TCU documentos obtidos durante as investigações, como as auditorias do TCU sobre empréstimos do BNDES ao JBS, à construtora Odebrecht e às empresas do grupo EBX – de Eike Batista.

O mesmo em relação a inquéritos do Ministério Público e auditorias do TCU sobre empréstimos do BNDES para a construção do metrô de Caracas, na Venezuela, e ao porto de Muriel, em Cuba.

Críticas

Apesar de não responsabilizar ninguém, o relatório de Rocha foi usado pela oposição para justificar os indiciamentos, já que detalha as operações de empréstimos do BNDES a empresas como a São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai, e o financiamento para a construção de uma linha de metrô de Caracas, na Venezuela – construída pela empreiteira Odebrecht.

Parlamentares oposicionistas apresentaram votos em separado em que pediam o indiciamento de diversas pessoas, entre as quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os votos em separado não são apreciados pela comissão, mas são anexados automaticamente ao relatório final como opiniões individuais de seus autores.

Indiciamentos

Um dos deputados que apresentou voto em separado foi Alexandre Baldy (PSDB-GO), que foi sub-relator da CPI. Ele defende o indiciamento de Lula pelos crimes de advocacia administrativa, corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Segundo ele, o ex-presidente beneficiou a construtora Odebrecht por meio de empréstimos do BNDES. Baldy pediu ainda o indiciamento do presidente do BNDES, Luciano Coutinho por gestão fraudulenta e advocacia administrativa, por supostamente ter aprovado operações de crédito lesivas ao banco.

Além de Lula e Coutinho, Baldy pediu o indiciamento de Taiguara Rodrigues dos Santos, dono da empresa de engenharia Exergia Brasil, contratada pela Odebrecht para trabalhar na ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, em 2012, mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África. Taiguara é parente do ex-presidente Lula – o pai dele é irmão da primeira mulher do ex-presidente. Em depoimento à CPI, o empresário negou favorecimento.

A lista de indiciamentos recomendados por Baldy tem ainda os nomes dos empresários Benedito de Oliveira, investigado pela Operação Acrônimo (PF), e José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula preso pela Operação Lava Jato. “Bumlai obteve empréstimos oferecendo menos de 1% do valor como garantia, o que configura o favorecimento”, disse Baldy.

Outro voto em separado foi apresentado pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), que também pede o indiciamento de Luciano Coutinho, além de outros diretores da instituição, em função do suposto envolvimento em irregularidades no financiamento do metrô da Venezuela e em empréstimos para o grupo JBS-Friboi.

Além de Coutinho, Jordy pede o indiciamento do vice-presidente do banco, Wagner Bittencourt de Oliveira; do ex-vice-presidente, Armando Carvalho; e do ex-assessor para área internacional Luiz Dantas.

Segundo Jordy, o BNDES fez antecipações injustificadas de recursos para que a Construtora Norberto Odebrecht construísse uma linha do metrô em Caracas. “Também houve favorecimento em financiamentos para o grupo JBS”, disse.

O deputado também pede o indiciamento de Benedito Rodrigues de Oliveira Neto e defende que o Ministério Público aprofunde as investigações relativas ao governador de minas Gerais, Fernando Pimentel, e outras pessoas, como o empresário Eike Batista, cujas empresas também receberam financiamento do BNDES, e Taiguara Rodrigues dos Santos.

Defesa

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), líder do PT na CPI, disse que os pedidos de indiciamento são atos políticos e não estão embasados em qualquer prova de irregularidade ou indício de que Lula ou de diretores do BNDES tenham favorecido empresas ou causado prejuízos ao banco.

De acordo com Zarattini, a participação do BNDESPar (o braço de participações acionárias do BNDES em empresas financiadas pelo banco) no grupo JBS gerou um retorno de R$ 6 bilhões, o que supera o rendimento verificado no mesmo perído pelo índice Bovespa (da Bolsa de Valores de São Paulo).Ele afirmou o mesmo em relação aos empréstimos concedidos pelo BNDES à empresa de Bumlai.

Outra operação considerada suspeita no voto em separado de Baldy foi o financiamento do BNDES para a construção de uma linha de metrô em Caracas. “O TCU ainda está analisando o caso e não tem qualquer conclusão”, disse Zarattini.

Outro deputado, Édio Lopes (PMDB-RR), apresentou dados que, segundo ele, rebatem acusações de favorecimento a empresas pelo BNDES. “O banco financiou empresas em quase todos os municípios do país e a maioria delas é de pequeno e médio porte”, disse.

*Da Agência Câmara

A CPI criada em agosto do ano passado para investigar suspeitas de irregularidades envolvendo financiamentos do BNDES pode terminar, após o carnaval, sem indiciar os principais personagens do caso. O relator da comissão, deputado José Rocha (PR-BA), vai apresentar seu parecer no próximo dia 16, mas diz não ter elementos para pedir o indiciamento do presidente do banco, Luciano Coutinho, e da jornalista Carolina de Oliveira, mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).

Ao Estado, Rocha disse também não saber se incluirá no seu relatório referências ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria intermediado negócios entre o banco e empreiteiras. O ex-presidente consta apenas em um dos quatro sub-relatórios apresentados na semana passada.

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Lobby

Com base nas suspeitas sobre a prática de tráfico de influência por parte de Lula, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) propôs uma quarentena de oito anos a agentes públicos para a prática de lobby. "Utilizando-se o exemplo do ex-presidente Lula, cujas palestras de vultosos valores são suspeitas de encobrirem pagamentos por 'tráfico de influência' pelo Ministério Público Federal, bem como são investigados pagamentos de suas despesas pessoais e de membros de sua família, obras em propriedades vinculadas a ele em nome de 'laranjas', impõe-se a vedação da atividade de 'lobby', ou seja, fica vedada a estes atores a intervenção junto ao BNDES ou a qualquer órgão de governo para aprovação ou aceleração do andamento de processos de liberação de créditos e afins", diz o texto da parlamentar.

Aliado ao governo, José Rocha afirmou que ainda pretende se inteirar dos relatórios e analisar a documentação colhida para definir o que fará em relação ao ex-presidente. Em seu sub-relatório, Cristiane diz que Lula foi "blindado" na CPI do BNDES. "Infelizmente, os registros das reuniões serão as provas da manipulação governamental sobre a maioria dos membros que a compunham, e a 'blindagem' ao ex-presidente e a seus apadrinhados", afirmou. Apesar de o PTB integrar o governo - Armando Monteiro é ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior -, a parlamentar (filha do ex-deputado Roberto Jefferson) é oposicionista e no ano passado integrou o grupo que defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Bumlai

O sub-relatório do deputado oposicionista Alexandre Baldy (PSDB-GO) pediu o indiciamento do presidente do banco, Luciano Coutinho, por crimes de gestão fraudulenta e prevaricação. Baldy afirma que Coutinho cometeu crimes ao aprovar financiamento a empresas do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, e teria desrespeitado norma interna do BNDES que proíbe o banco de conceder crédito a empresas que já tiveram pedido de falência solicitado. O empresário José Carlos Bumlai foi preso em novembro pela Operação Lava Jato.

O deputado também pede o indiciamento de Carolina de Oliveira, mulher de Fernando Pimentel, por supostos crimes de pertinência à organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e tráfico de influência. Carolina foi assessora de Pimentel quando ele comandou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O sub-relator não pediu o indiciamento de Pimentel, apesar de ressaltar que há provas dos mesmos crimes contra o governador.

Parecer final

As propostas de indiciamento precisam ser acatadas pelo relator para que constem no parecer final que, se aprovado pela CPI, é encaminhado ao Ministério Público Federal. Mas José Rocha não pretende incluir os dois em seu relatório final. Alega que Carolina não foi ouvida na CPI e que Coutinho prestou depoimento apenas como convidado.

"Indiciar pessoas que (a CPI) não ouviu é um negócio muito drástico. A mulher do Pimentel não foi ouvida. Não tem nada que contraponha. Coutinho foi ouvido como convidado, não foi nem como testemunha", afirmou o deputado. "Sou da linha de que indiciamento é algo muito forte."

A oposição pretende apresentar voto em separado após a apresentação do parecer de Rocha. O relatório paralelo já é alvo de discussão entre os tucanos que integram a CPI e as conversas serão retomadas após o dia 16.

Em nota, o BNDES informou entender que "não há qualquer consistência no pedido de indiciamento de seu presidente e diretores".

Também em nota, Pimentel disse que "repudia as acusações e ilações injustas e descabidas, apresentadas pelo deputado do PSDB" e que "lamenta a forma precipitada de divulgação da referida peça, sem consulta aos demais parlamentares da CPI".

Pimentel afirma ainda no comunicado confiar na "justa e imparcial condução da presidência, da relatoria e da maioria dos integrantes da CPI do BNDES que, no relatório final, haverão de repor integralmente a veracidade dos fatos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, negou nesta quinta-feira, 27, que o banco de fomento tenha participado de uma "pedalada" fiscal com relação às equalizações de juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Em depoimento à CPI do BNDES na Câmara dos Deputados, Coutinho alegou que a lei que criou o programa autoriza o Ministério da Fazenda a estabelecer o cronograma para os pagamentos referentes a essa equalização por parte do Tesouro Nacional.

"O BNDES não adiantou recursos. Nós consideramos que essa não é, em hipótese alguma, uma operação de financiamento do BNDES à União", respondeu. Segundo ele, o banco de fomento já forneceu dados sobre as operações à Advocacia Geral da União para responder eventuais questionamentos formulados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a questão.

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O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira (27) que o ex-presidente Lula jamais interferiu no banco a respeito de qualquer projeto específico. Em depoimento à CPI do BNDES na Câmara dos Deputados, ele disse que o ex-presidente da República não teve ou tem qualquer influência nas decisões do banco.

Coutinho também foi confrontado pelos parlamentares sobre uma suposta conversa com o dono da UTC, Ricardo Pessoa, no qual o presidente do BNDES teria dito para o empreiteiro conversar com o tesoureiro do PT sobre doações eleitorais para o partido. "Não tratei de doações eleitorais com Ricardo Pessoa. No encontro que tivemos, no qual também estavam outras pessoas, tratamos apenas sobre projeto do aeroporto de Viracopos (SP)", respondeu. Pessoa firmou acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

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Grupo X

Questionado pelos parlamentares sobre os financiamentos dados às empresas do Grupo X, do empresário Eike Batista, Coutinho respondeu que o BNDES não teve prejuízos nas operações. "A OGX, que foi à falência, não tinha crédito com o banco. O BNDES emprestou para projetos de portos, minas, térmicas e infraestrutura para outras empresas do grupo. Foram créditos garantidos por fianças e que foram devidamente renegociados à medida que outros investidores adquiriram as empresas do grupo", disse.

Sobre o financiamento dado à Refinaria de Abreu e Lima em 2009, estimado em R$ 10 bilhões, Coutinho respondeu que, na época, se tratava de uma "situação especial", já que o sistema internacional de crédito teria entrado "em colapso" naquele momento. "Na época, a refinaria tinha um determinado perfil de óleo leve e pesado, que depois foi modificado. O banco monitorou e acompanhou o projeto, inclusive atendendo recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU). Finalizado esse crédito, não houve novos aportes", completou.

Ainda respondendo aos deputados na CPI, o presidente o BNDES disse que não há empréstimos a "fundo perdido" para Cuba. "Financiamos os serviços de engenharia para a construção do Porto de Mariel, que terá ainda mais importância econômica após a retomada das relações do País com os Estados Unidos", argumentou.

Luciano Coutinho disse ainda que o perdão dado pelo Brasil a dívidas de países africanos não afetou operações de crédito realizadas pelo banco de fomento a projetos no continente e afirmou que "todas as operações com a África estão adimplentes".

Ao apresentar na manhã desta terça-feira (11), seu plano de trabalho na sessão de abertura da CPI do BNDES, o relator José Rocha (PR-BA) propôs que ex-presidentes do banco, que ocuparam o cargo em período anterior a 2003, sejam convidados a prestar esclarecimentos à comissão.

A proposta gerou debate entre os parlamentares sobre a suposta tentativa de politizar os trabalhos da CPI. Formada na semana passada, a comissão foi criada para investigar empréstimos do banco de fomento referentes aos anos de 2003 e 2015.

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Além de todas as pessoas que presidiram o banco a partir de 2003, Rocha propôs convidar Eliazar de Carvalho, que presidiu o banco até janeiro de 2003, e Luiz Carlos Mendonça de Barros, que esteve na presidência entre 1995 e 1998, quando deixou o cargo em meio a acusações de grampos no BNDES.

Para o deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) os pedidos transbordam o escopo da CPI. "O Eliazar ficou no banco até janeiro de 2003 e pode ter assinado alguns empréstimos, mas Luiz Carlos Mendonça de Barros está fora do período de trabalho", disse.

O pedido de Rocha motivou comentários contrários de parlamentares da oposição. A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) disse ver no pedido "uma certa politização". "Não vejo outra intenção se não for trazer o governo de FHC à baila", disse. O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) foi além e afirmou ser este o "início possível desmoralização de uma CPI que está apenas iniciando".

O presidente da comissão, Marcos Rotta (PMDB-AM) ponderou que a proposta do relator deve, necessariamente passar por votação e, caso sejam aprovados os requerimentos para chamar presidentes de período anterior ao escopo da comissão, essas pessoas serão convidadas e nunca convocadas."Elas terão a prerrogativa para aceitar o convite ou não", disse.

Rocha disse não ver problema em chamar pessoas que presidiram o BNDES antes de 2003 porque elas contribuiriam para o debate. "É uma proposta", disse. Rocha foi apoiado pelo deputado Carlos Zaratini (PT-SP). Segundo ele, não se trata de investigar período anterior aos governos petistas. "Queremos ouvir outras pessoas que presidiram o banco", disse.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, explicou nesta terça-feira, 02, que dados protegidos pelo sigilo bancário que dizem respeito a informações sobre a intimidade dos clientes não serão publicados pela instituição. O banco publicou nesta terça-feira informações sobre os contratos de financiamento a projetos no exterior entre 2007 e 2015 e sobre os contratos domésticos desde 2012.

"A estratégia de negócios, a situação financeira e o rating das empresas não serão divulgados. Informações cadastrais dos clientes também são protegidas por sigilo bancário", disse Coutinho. "Essas informações são sensíveis e podem trazer prejuízos para os clientes. Já os contratos devem ser publicizados e suas principais características devem estar plenamente acessíveis, permitindo gerar estatísticas", completou.

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Questionado por jornalistas sobre o financiamento à construção do Porto de Mariel, em Cuba, a uma taxa de apenas 4,44% ao ano, Coutinho respondeu que essa taxa é calculada em moeda estrangeira. "Essa é uma taxa factível. Os financiamentos são baseados no FAT Cambial, remunerados pela Taxa Libor mais uma taxa de risco de crédito. (A taxa) é compatível com as condições creditícias internacionais praticadas no mercado", argumentou. "Estamos trabalhando para buscar o equilíbrio a longo prazo do FAT e temos inclusive devolvido recursos ao fundo", acrescentou.

O presidente do BNDES também respondeu a perguntas sobre a pressão do Congresso Nacional pela revelação dos dados sobre as operações do banco - inclusive com a ameaça de abertura de uma CPI. "Todo esse movimento de busca pela transparência é independente disso. A medida anunciada hoje mostra nossa disposição em esclarecer pedidos de informação. A inadimplência do banco continua baixa e estamos disponíveis para prestar informações ao Congresso e à sociedade", afirmou.

Sobre o fato do Supremo Tribunal Federal (STF) ter determinado na semana passada que o BNDES envie ao Tribunal de Contas da União (TCU) os dados dos empréstimos concedidos ao Grupo JBS, o presidente disse que ainda precisa ler o acórdão da decisão. "Com a decisão do STF, estamos escudados e protegidos para fornecemos essas informações ao TCU", limitou-se a responder.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira, 16, que não teme a CPI do BNDES, mas afirmou não ver necessidade de abertura da comissão de inquérito. Partidos de oposição informaram hoje que recolheram o número suficiente de assinaturas e já protocolaram o pedido de criação da CPI na Câmara dos Deputados.

"Não vejo necessidade, porque nós podemos esclarecer a todas as questões que os parlamentares tenham interesse. Eu os convido a dialogar para esclarecermos e aprofundarmos todos os pontos de interesse dos senhores", afirmou durante depoimento na CPI da Petrobras.

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Os parlamentares querem investigar supostas irregularidades envolvendo o empréstimos suspeitos feitos entre 2003 e 2015. Foram 199 assinaturas de apoio à CPI, que ainda precisam ser conferidas.

Coutinho negou que o banco de fomento determine que companhias da qual faz parte por meio do BNDESPar façam doações de campanha. Ele também explicou que o crédito concedido pelo banco só pode ser usado em atividades relacionadas aos projetos apresentados pelos tomadores, sendo impossível vincular esses recursos a doações para campanhas eleitorais.

"O BNDES participa do capital de empresas grandes, média e pequenas, mas não interfere na gestão delas. O banco zela pela governança, mas não tem suficiente poder para interferir na gestão privada. Esse tipo de decisão (doação eleitoral), desde que feita dentro da lei, é do empresário", respondeu durante depoimento.

Ressarcimento

Coutinho disse ainda que que orientação do conselho da Petrobras - presidido interinamente por ele - é de que a empresa busque ressarcimento por danos de atos ilícitos.

Bastante atacado por parlamentares da oposição, ele rebateu a afirmação de que a sua biografia seria "arranhada" por sua atuação no banco de fomento e no conselho da petroleira. "Saio de cabeça erguida e muito orgulhoso de minha gestão no BNDES", respondeu.

O presidente do BNDES afirmou que nunca se encontrou pessoalmente com o ex-gerente de engenharia e serviços da Petrobras, Pedro Barusco. Segundo ele, os encontros com o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e o ex-diretor de Engenharia e Serviços Renato Duque só ocorreram dentro do âmbito das reuniões do conselho de administração da estatal.

"Os diretores ficam disponíveis durante as reuniões do conselho para apresentarem projetos e esclarecerem dúvidas. Só os conheci nessas reuniões", enfatizou.

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou nesta quinta-feira, 16, que o banco é uma instituição que funciona com base em decisões colegiadas, compartilhadas. Segundo ele, dependendo do caso, decisões passam por até 60 pessoas, todas funcionárias de carreira.

"Os projetos são avaliados se podem ou não ser aceitos nas condições bancárias do BNDES e, uma vez enquadrados, vão para análise e só depois vão para a diretoria. Os recursos são liberados passo a passo à medida em que há comprovação dos dispêndios. Todo o processo decisório é impessoal, técnico e se assim não fora, não teria esses resultados", afirmou, na CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados, onde depõe na condição de testemunha.

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Segundo Coutinho, o BNDES tem a menor taxa de inadimplência do sistema financeiro nacional, com 0,01% de inadimplência em 2013 e 2014. "É um banco exemplar pela lisura e pelos resultados. O BNDES está bem capitalizado, está enquadrado nos parâmetros internacionais de Basileia e nos parâmetros do Banco Central", completou.

O executivo disse ainda que a carteira de crédito do banco é da mais alta qualidade quando comparada à média do sistema financeiro nacional, seja em relação aos bancos privados como aos bancos públicos. Coutinho veio à CPI acompanhado do advogado Cândido Ferreira da Cunha Lobo.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, presta depoimento na CPI da Petrobras, em Brasília, na manhã desta quinta-feira, 16. Ele foi convocado, como testemunha, para esclarecer aos parlamentares empréstimos feitos pelo banco para a Sete Brasil, que constrói e aluga sondas para a Petrobras. A empresa é alvo na Operação Lava Jato.

O ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco foi diretor da Sete Brasil após deixar a estatal. Em uma de suas delações à força-tarefa, Barusco confessou ter cobrado propina dos estaleiros contratados para fazer as sondas.

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a instituição não contratou e não desembolsou nenhum valor para a Sete Brasil. Ele explicou que um grupo de bancos está trabalhando com a empresa um plano de negócios para que ela possa voltar a operar plenamente.

Petrobras

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Coutinho disse ainda que ficará à frente do conselho de administração da Petrobras por curto período e que será feita uma reunião em breve para eleger novo presidente. "Estou na presidência do conselho da Petrobras por um período transitório", afirmou.

Coutinho ressaltou ainda que a BNDESpar, braço de participações do banco, teve "alguns poucos insucessos", dá lucro e tem uma carteira de qualidade.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, citou a presidente Dilma Rousseff ao ser questionado pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, se houve falha na política de subsídios. "Citando a presidente Dilma, pode ter ocorrido algum erro de calibragem, mas não de estratégia", disse. Segundo ele, as respostas do governo à crise foram adequadas, assim como a política de subsídios.

Transparência

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Coutinho disse que o banco "não esconde, nem deixa de dar publicidade" a todas as suas operações. De acordo com ele, a exceção são operações de exportação. "Todos os contratos são públicos e registrados em cartório e podem ser obtidos. Sigilo bancário é outro tema, diz respeito a operação privativa da empresa", declarou, .

Ele disse ainda que não pode divulgar algumas informações por proibição legal. "Não é um capricho. Pessoalmente, tenho absoluta confiança na lisura de todos os processos do BNDES", completou.

BNDESpar

O presidente do BNDES disse ainda que não foram utilizados recursos aportados pelo Tesouro Nacional para as compras de participação acionária da BNDESpar, subsidiária do banco de fomento. Durante audiência, Coutinho foi questionado sobre a participação do banco no grupo JBS. "Nenhuma participação acionária da BNDESpar se deu com subsídio público, não é dinheiro que veio do Tesouro Nacional. Foi dinheiro do giro da carteira da BNDESpar para realizar lucro", afirmou.

Coutinho afirmou que, nos últimos anos, a BNDESpar tem vendido participação em algumas empresas para comprar outras. Com isso, a subsidiária tem tido uma visão de longo prazo na participação de empresas com estratégia de realizar lucros.

Ele ressaltou que a participação da BNDESpar na JBS caiu de 30% para os atuais 24%. "A ação do BNDES junto à JBS é quase exclusivamente de participação acionária. O volume de crédito é muito pequeno. Esse é um investimento rentável que o BNDES fez", completou. Disse ainda que as participações da BNDESpar na Petrobras, Vale e Eletrobras são estratégicas para o País. "Tenho certeza que no longo prazo a participação na Petrobras será compensadora", completou.

Grupo X

Coutinho afirmou que a instituição não perdeu nenhum centavo em operações de crédito com o Grupo X, do empresário Eike Batista. Ele explicou que o problema maior foi com a OGX e que o banco não colocou dinheiro nela. Ele lembrou que ela foi financiada em larga escala no mercado de capitais e gerou expectativas de produção que não se realizaram. "Como não fizemos investimento ou crédito na OGX, não fomos afetados", disse.

Ele explicou que, como o grupo tinha projetos de qualidade em energia, logística portuária e outros, foi possível que esses ativos fossem vendidos a outros grupos e o crédito levado para as empresas que assumiram essas operações. Ele ponderou que o empresário Eike Batista permaneceu como minoritário em algumas delas e, em outras, ele vendeu tudo. "Os projetos foram desenvolvidos e o risco não foi disseminado. Nas empresas do Grupo X que investimos, as garantias eram boas e não houve perda", explicou.

Taxa de juros

O presidente do BNDES defendeu que os custos de subsídios precisam ser avaliados em comparação aos benefícios gerados pelos investimentos da instituição. Ele admitiu a senadores que existe uma diferença entre a o custo do Tesouro e a TJLP, mas ponderou que esse spread está menor.

"Ultrapassado o processo de ajuste que estamos, abrirá caminho para a recuperação da economia, com a inflação sob controle e a sinalização de trajetória de queda, será óbvio que a taxa de juros vai cair. Ao cair, a diferença entre a Selic e a TJLP vai voltar a se achatar", argumentou. Ele ponderou ainda que o ideal é que a taxa de curto prazo no País esteja no mesmo nível da de longo. "O diferencial de taxa de juros no Brasil não vai durar para sempre", disse. "Temos de trabalhar para restabelecer condições que permitam a convergência das taxas de juros no País", afirmou.

A CPI da Petrobras dará continuidade aos depoimentos nesta semana. Na terça-feira (14) está marcada a oitiva do empresário Augusto Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal. Já na quinta-feira (16), os deputados ouvirão o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

Em delação premiada, Mendonça Neto disse ter pago propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, dinheiro que seria destinado ao PT. Segundo ele, o partido teria recebido só de desvios das obras da Refinaria do Paraná (Repar), entre 2008 e 2011, R$ 4 milhões. Já Coutinho deve explicar a relação do banco com a Setebrasil, empresa acusada de subcontratar estaleiros que teriam efetuado o pagamento de propinas.

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A CPI já ouviu o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente geral da refinaria Abreu e Lima, Glauco Legatti, os ex-presidentes Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e o ex-gerente-executivo da Diretoria de Serviços da estatal Pedro Barusco. Voluntariamente, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também prestou esclarecimentos sobre as acusações de suposto envolvimento dele no esquema.

O Palácio do Planalto anunciou, na tarde desta quinta-feira (19), que Luciano Coutinho seguirá na presidência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A presidenta Dilma Rousseff convidou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a permanecer no cargo. O convite foi aceito", diz o curto texto divulgado pela Presidência. O convite foi feito nesta quinta.

No cargo desde 2007, quando assumiu em substituição a Demian Fiocca, que por sua vez havia substituído Guido Mantega, que fora para o Ministério da Fazenda, Coutinho foi escolha pessoal do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Coutinho chegou a ser cotado para a presidência da Petrobras, em uma solução emergencial depois da renúncia coletiva da direção da empresa, no início deste mês. Aldemir Bendine, que era presidente do Banco do Brasil, terminou por ser indicado pela presidente Dilma para a estatal - antes, ele mesmo havia sido cogitado para substituir Coutinho.

Economista com doutorado pela universidade americana de Cornell, Coutinho não é oficialmente ligado a nenhum partido, mas foi peemedebista e já esteve filiado ao PSB. Hoje tem relação estreita com o PT.

Mudanças na política operacional do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão anunciadas nos próximos dias, ainda no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. A sinalização foi dada nesta quarta-feira, 17, pelo presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho. As alterações devem incluir juros maiores para novos empréstimos, embora áreas prioritárias, como infraestrutura, devem ser menos atingidas.

Coutinho não deu detalhes sobre as alterações. A respeito do que está pendente, afirmou que ainda "depende da conclusão de entendimentos".

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Em fevereiro deste ano, o banco anunciou uma revisão da política operacional, o que deverá ser aprofundado agora. Coutinho afirmou também que tem conversado com a equipe de transição do governo, mas que não comentaria uma possível limitação de aporte aos bancos públicos nos próximos anos. No início do mês, o Tesouro Nacional aportou R$ 30 bilhões no BNDES.

O presidente do BNDES disse ainda que o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) "deverá ser renovado em condições que não estão na esfera do banco", decisões que serão tomadas pelo governo. Questionado se algum setor contemplado atualmente ficaria de fora, afirmou que não faria comentários. O programa vence em 31 de dezembro.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estima uma retração do desembolso na casa de 5%, informou o seu presidente, Luciano Coutinho, após participar nesta segunda-feira (29) do evento Fidic International Conference 2014. A projeção diz respeito ao período de janeiro a agosto deste ano em relação a igual período do ano passado e também à comparação em 12 meses. As estatísticas de setembro, informou ele, ainda não estão fechadas.

"A demanda por recursos do BNDES se recuperou um pouco e estamos mantendo um desempenho moderado, ligeiramente abaixo do ano passado. As consultas se recuperaram no terceiro trimestre da queda do primeiro semestre", afirmou Coutinho.

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, descartou a tese de que existe uma fórmula única de integração da indústria nacional às cadeias globais de valores. De acordo com ele, a integração tem de ser analisada caso a caso e o mais importante é que a indústria recupere a capacidade de exportação para acessar as cadeias globais.

"Não podemos continuar dependendo da exportação de commodities porque os preços já não estão ajudando", disse Coutinho, durante seminário que marca os 20 anos da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).

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Ele acrescentou que as exportações são importantes para a macroeconomia porque o País está acumulando "déficit muito alto" em conta corrente. "O déficit comercial tira PIB e subtrai poupança", disse, lembrando a importância de o País aumentar a poupança interna. De acordo com Coutinho, as exportações são importantes do ponto de vista do empresário, pois representam hedge financeiro, de mercado, de moeda e economia de escala.

A crítica ao apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às exportações é fruto de mal-entendido, pois os financiamentos são em reais e direcionados para empresas brasileiras prestadoras de serviços que incluem insumos de produção nacionais, defendeu-se nesta quarta-feira (6) o presidente da instituição de fomento, Luciano Coutinho.

Segundo o executivo, o apoio a exportações é menos de 4% dos desembolsos do banco e não tira recursos de outros projetos nem deixa de gerar empregos no País. "Isso é um tipo de operação utilizado por todas as economias do mundo. Todos têm 'eximbanks' ou agências de crédito à exportação", afirmou Coutinho, em seminário organizado pela Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (Ebape/FGV), no Rio.

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Coutinho respondia a uma pergunta da plateia sobre o financiamento às obras do Porto de Mariel, em Cuba. Referindo-se ao caso em questão, Coutinho destacou que o financiamento do BNDES abrange apenas "a parcela originada de serviços de engenharia e insumos produzidos no Brasil" e que o setor de construção é um dos poucos em que o País tem superávit na balança comercial de serviços. Ainda assim, o apoio com financiamento seria fundamental para competir com as construtoras, especialmente da China, dos Estados Unidos e da Espanha.

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