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O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), disse nessa quarta-feira (23) que, se for confirmado que um grupo de funcionários no Planalto promove ataques em redes sociais, isso configura crime de improbidade administrativa a quem permitiu que isso ocorresse. "É possível que tenha pessoas ligadas ao governo que possam estar promovendo isso. Fiquei muito preocupado com as reportagens sobre suposto gabinete de ódio", afirmou à Coluna do Estadão.

Derrotado na disputa pela liderança do PSL na Câmara, o grupo ligado ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), da qual Olimpio faz parte, prepara uma reação para minar a força da ala que apoiou o presidente Jair Bolsonaro e reconquistar a hegemonia política no partido. A ideia é levar para o campo jurídico os embates e atacar o poder dos filhos de Bolsonaro no partido, retirando o comando dos diretórios do Rio e de São Paulo do controle da família.

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Olimpio disse que vai protocolar nesta quinta-feira, 24, na Executiva Nacional um pedido de destituição da direção estadual do partido em São Paulo, hoje sob o comando de Eduardo Bolsonaro. "O PSL de São Paulo hoje é terra arrasada. Eduardo Bolsonaro nunca assumiu nada. Ele literalmente destruiu o partido", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o senador.

Os advogados do PSL recorreram nesta quarta da liminar que suspendeu as ações contra os parlamentares bolsonaristas no Conselho de Ética do partido. Os defensores também preparam ações individuais por injúria, calúnia e difamação contra cada parlamentar do grupo que apoiou Bolsonaro por ataques feitos nas redes sociais. O grupo de Bivar espera expulsar ao menos dez nomes - entre eles o próprio Eduardo. "Não tem recuo. Estamos impedidos juridicamente de dar procedimento ao processo de punição desses deputados. Assim que a Justiça derrubar a liminar, vamos continuar a análise dos casos que podem levar até a expulsão", afirmou o deputado Júnior Bozzella (PSL-SP).

Nesta quarta, Bivar afirmou que Eduardo e o irmão Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não têm "condições de administrar os recursos dos diretórios de São Paulo e Rio de Janeiro". Bivar argumenta que os dois diretórios administrados pelos filhos de Bolsonaro tiveram suas contas rejeitadas pela Justiça Eleitoral por problemas na prestação de contas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PSL no Senado, Major Olimpio, e outros parlamentares da sigla vão protocolar nesta quarta-feira, 23, na Executiva Nacional um pedido de destituição da direção estadual do partido em São Paulo, hoje sob o comando do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Este é mais um capítulo da disputa travada por bolsonaristas e o grupo do deputado federal Luciano Bivar, presidente da sigla, pelo comando do partido do presidente Jair Bolsonaro. "O PSL de São Paulo hoje é terra arrasada. Eduardo Bolsonaro nunca assumiu nada. Ele literalmente destruiu o partido", disse à reportagem o senador.

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Ainda segundo Olimpio, a nova direção estadual do PSL que assumiu no dia 25 de abril em uma intervenção direta da família Bolsonaro destituiu 350 executivas municipais que haviam sido organizadas no interior de São Paulo. "Eles alegam que ninguém dessas executivas adotou o conservadorismo na medida que eles queriam."

A disputa interna pode implodir a estratégia eleitoral do PSL no maior colégio eleitoral do Brasil. Olimpio terá ainda nesta quarta uma reunião com Bivar para tratar da suspensão. O mandato de Eduardo terminaria de 31 de dezembro. Iniciativas semelhantes podem acontecer em outros diretórios do PSL pelo País.

Outro efeito da disputa interna é a indefinição do nome do PSL para disputar a Prefeitura de São Paulo. A deputada Joice Hasselmann, que foi destituída da liderança do governo Bolsonaro no Congresso, vai assumir o diretório do PSL municipal na capital.

Segundo Olimpio, ela é a favorita para disputar a Prefeitura, mas o clã Bolsonaro tenta evitar esse movimento e lançar o deputado Gil Diniz, líder do PSL na Assembleia Legislativa.

Ainda sem uma definição oficial sobre a destituição do deputado Eduardo Bolsonaro da presidência do diretório estadual de São Paulo do PSL, o senador Major Olimpio, ex-presidente do escritório paulista, defende que o filho do presidente seja destituído já.

Apesar de o presidente da legenda, Luciano Bivar (PE), dizer que as destituições de Eduardo e do senador Flávio Bolsonaro, do diretório estadual do Rio de Janeiro, ainda não estão definidas, os parlamentares ligados a Bivar dão como certa a decisão. "As decisões já estão tomadas. É uma questão de quando isso será efetivado. Pode ser que suba hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A deputada Bia Kicis já foi afastada da direção do DF", disse Olímpio nesta sexta-feira (18).

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Sobre a crise, o senador afirmou que a reunião desta sexta do partido é importante para se debater sobre os últimos acontecimentos e tentar "serenar os ânimos". Porém, ele admite que a única forma de isso acontecer de verdade é se o presidente Jair Bolsonaro chamar o presidente do PSL para uma conversa. "Bivar não vai chamar Bolsonaro para conversar", afirmou.

"Não quero que o PSL perca seu maior político, que é o Bolsonaro", afirmou. "Mas pessoas ligadas a ele, como os filhos, terão de se portar de forma diferente. Na minha visão, hoje atrapalha em tudo", afirmou referindo-se aos filhos do presidente.

O senador disse ainda que Bolsonaro acabou caindo em uma "armadilha política" com a influência do grupo de parlamentares e advogados que o levaram a pedir uma auditoria nas contas do partido.

O governador João Doria (PSDB) disse que as vaias que sofreu na última sexta-feira, 11, quando estava ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em um evento da Polícia Militar no Anhembi, foram "orquestradas" pelo senador paulista Major Olimpio (PSL) e que elas "não têm nenhum valor". Ele chamou o senador de "ativista de rua" que tem "comparsas".

"Vaia orquestrada, para mim, não tem nenhum valor. O nosso (senador) Olimpio, assim como o tal Major Meca e o Gil Diniz (ambos deputados estaduais de São Paulo pelo PSL), montaram uma operação com um conjunto de pessoas, com o objetivo exatamente de criar constrangimentos ao governador de São Paulo, aliás como já fez o dito Major Olimpio outras vezes com o governador Geraldo Alckmin", disse.

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"Eu presenciei isso duas vezes como prefeito da cidade de São Paulo. O mesmo Olimpio orquestrando vaias de algumas pessoas, não de todas nem da maioria, para o então governador Geraldo Alckmin", afirmou o governador.

O evento era uma formatura de sargentos da PM. O presidente foi aplaudido pelo público presente. Doria tentou afagar o presidente no evento, dizendo que ele era um "amigo dos brasileiros de São Paulo". Bolsonaro citou protocolarmente o governador em seu discurso. Desde junho, os dois têm levantado o tom das críticas mútuas, antecipando a disputa eleitoral em que ambos devem se envolver em 2022.

"É lamentável que um senador da República haja como um ativista de rua proporcionando um péssimo espetáculo. Pergunte aos policiais militares que estão aqui se eles concordam com aquilo, se eles concordam com a atitude do Major Olimpio e dos seus comparsas, seus amigos, para fazer esse tipo de atitude", disse Doria.

Questionado pela reportagem sobre as declarações do governador, Olimpio enviou um vídeo em que diz que a vaia foi "histórica" e que ela foi resultado da "falta de atitude" do governador com as categorias da polícia. "Fiz o mesmo com o Alckmin e ele teve 4% nas eleições presidenciais", disse o senador, dizendo que irá repetir a ação com o governador.

Um dia após a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) ter destacado a necessidade de unidade da direita, que vive disputas internas um ano após a eleição de Jair Bolsonaro, apoiadores do presidente discutiram entre si nas redes sociais. Neste domingo, 13, o senador Major Olimpio, líder do PSL no Senado, e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), trocaram mensagens críticas via Twitter.

As rusgas começaram quando Carlos escreveu, mais cedo, que o Major era um "bobo da corte" que "diz absurdos". "Conheço sua laia, canalha", afirmou o vereador, sugerindo que Major Olimpio seria ingrato por ter apoiado Márcio França (PSB-SP) na corrida para o governo de São Paulo e posteriormente ter procurado o governador João Doria (PSDB-SP), que venceu a disputa.

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Major Olimpio, por sua vez, declarou que o Carlos Bolsonaro ofende quem deseja ajudar o presidente Bolsonaro. "Vá ser vereador no Rio de Janeiro que sua ausência ajudará muito o Brasil", afirmou, também em sua conta oficial no Twitter. "Não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os 'príncipes' prejudicando o governo do pai", completou, classificando as postagens de Carlos como "baixaria" e "desespero".

"Sou Senador graças ao presidente Bolsonaro, apoio-o e continuarei apoiando, mas não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os 'príncipes' prejudicando o governo do pai! 'Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la'. São Tomás de Aquino", respondeu Olimpio.

Carta

A carta em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, divulgada na última quarta-feira, 9, por membros do PSL, aprofundou as disputas internas do partido. Neste domingo, os deputados federais Filipe Barros (PSL-PR) e Bia Kicis (PSL-DF) divulgaram vídeo no qual chamam Joice Hasselmann (PSL-SP) de desinformada, com uma fala repleta de "artifícios utilizados pela esquerda".

A presença de Bia Kicis e Filipe Barros nas redes sociais é uma resposta à ação de Joice Hasselmann (PSL-SP) que, neste sábado, também em manifestação por meio do Twitter, chamou a carta dos parlamentares do PSL de "coisa idiota". "A cartinha foi feita por um grupelho que se juntou e sequer comunicou o partido como um todo. Foi uma malandragem, uma armadilha", declarou a parlamentar, que também é líder do governo no Congresso Nacional. Joice não está entre os signatários do documento.

Para Filipe Barros e Bis Kicis, "pessoas de má-fé estão nos atacando, como se nós quiséssemos dividir o partido, o que não é verdade". "Se tem alguém que está trabalhando pela união somos nós, e não pessoas que estão fazendo alarde nas redes sociais e por baixo dos panos querem outras coisas", completou Filipe Barros.

Joice Hasselmann busca apoio para ser a candidata do PSL à prefeitura de São Paulo nas eleições de 2020, mas tem enfrentado resistências. Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, na semana passada, a deputada afirmou que, se for não for indicada pelo partido, tem o salvo-conduto de outras siglas para disputar o pleito.

Filipe disse, no vídeo, que nem ele nem Bia Kicis têm interesse de mudar de partido, mas, sim, "corrigir os rumos" tomados pela sigla. "Nós tivemos que nos manifestar - depois de uma reunião com o presidente - que estamos com o presidente Bolsonaro. Isso não quer dizer que estamos contra o PSL, nem atacando alguém do PSL", declarou Bia Kicis.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) disse nesta sexta-feira, 11, que o presidente Jair Bolsonaro foi "agudo" nas palavras que dirigiu ao comandante do PSL, Luciano Bivar, e "entristeceu" o líder da sigla. Nesta semana Bolsonaro disse a um apoiador para esquecer o partido e trocou farpas com Bivar.

De acordo com o senador, o partido está trabalhando para acertar as diferenças e afirmou que Bolsonaro tem sido mal informado por membros do PSL, que claramente têm projetos políticos e de comandar o partido.

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"Mas o PSL é o único partido que vota 100% com o presidente. Essa base não pode sofrer fissuras pelos problemas internos do partido", disse o senador antes do inicio da cerimônia de formatura da turma de policia ostensiva, no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo, onde se encontra também o presidente Bolsonaro

Major Olimpio, que é também líder do PSL no Senado, voltou a defender o afastamento do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para que ele possa se defender da acusação do Ministério Público de Minas Gerais de desvio de recursos públicos.

"Já disse e repito que se fosse o Marcelo Alvaro, me afastaria do cargo para me defender", disse. Perguntado sobre o que pensa sobre uma eventual auditoria no partido, o senador disse que "qualquer partido político, que recebe dinheiro público, não pode recusar uma auditoria".

Major Olimpio, líder do PSL no Senado, acredita que o deputado federal Eduardo Bolsonaro está "destruindo" a imagem do partido em São Paulo, desde que o "filho 03" do presidente da República assumiu a liderança da sigla no Estado, em junho deste ano. "Não quero saber se ele é o filho do presidente, pra mim ele é um filiado e o meu descontentamento e o de muita gente é manifesto", disse o senador nesta quarta-feira, 9, durante entrevista à Rádio Eldorado. "Partido político não é dinastia", afirmou.

O senador explicou que decidiu passar a presidência do PSL em São Paulo para Eduardo por ele ser seu vice à época. "Mas isso é uma questão interna do partido no Estado, por acaso com o Eduardo, que por acaso é o filho do presidente", afirmou. Na terça-feira, 8, dirigentes regionais da sigla foram à Justiça contra o "filho 03", para reverter atos baixados pelo deputado, que nas últimas semanas demitiu presidentes de pelo menos 73 dos 280 diretórios estaduais do partido.

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Outro alvo das críticas de Olimpio foi o senador Flávio Bolsonaro, o "filho 01" do presidente. "No Rio de Janeiro, o Flávio quis que o partido deixasse o governo por uma manifestação de posicionamentos do governador Witzel. O partido disse não", afirmou, reforçando a ideia de que os desentendimentos regionais não devem atrapalhar a relação entre o presidente da República e o partido: "O presidente é muito maior que questões regionais ou posturas de seus filhos", avaliou.

Na segunda-feira, dia 7, Olimpio já havia declarado ao Broadcast Político que "Flávio Bolsonaro para mim acabou, não existe", após eles terem demonstrado posicionamentos contrários em relação à CPI da Lava Toga. "Estou 100% com o presidente, mas não concordo em absolutamente nada com posturas nem do Eduardo e tampouco do Flávio", reafirmou na manhã desta quarta.

Olimpio ainda declarou na entrevista que não vê relação entre os desentendimentos com os filhos do presidente e a fala de Jair Bolsonaro alegando que o presidente do PSL estaria "queimado pra caramba", dita nesta terça-feira. "Não estou preocupado em lidar com a família. Tenho profundo respeito, apoio e admiração e defendo em todos os momentos o presidente Jair Bolsonaro. Partido político não é dinastia. Pra mim, os filhos dele são filiados como eu sou e têm que ter o mesmo respeito que todo filiado tem. Não vai ter diferenciação porque é filho coisa nenhuma".

O senador Major Olimpio (PSL-SP), líder do partido do presidente Jair Bolsonaro no Senado, voltou a criticar o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) nesta segunda-feira, 7. "Flávio Bolsonaro para mim acabou, não existe", afirmou Olimpio ao Estadão/Broadcast, em referência a atritos com o filho do presidente sobre a CPI da Lava Toga, que tem como foco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Olimpio, a posição de Flávio, que agiu para enterrar a comissão no Senado, não representa o governo nem o PSL. "O pai dele ganhou a eleição dizendo que seria intransigente no combate à corrupção dentro de qualquer um dos poderes, inclusive do Judiciário." "Estou defendendo a CPI, estou me mobilizando por ela, porque é necessária", disse.

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A articulação de Flávio para abafar a CPI da Lava Toga chegou a resultar na saída da senadora Juíza Selma (MT) do PSL. Selma se filiou ao Podemos no dia 18 de setembro, em cerimônia que contou com a presença de Olimpio.

O senador afirmou que considerou sair do PSL, mas que depois chegou à conclusão de que "iria dar moleza para quem está errado". "Então, eu e a Soraya [Thronicke, também senadora pelo PSL] resolvemos ficar. Se tiver que sair, que saia ele [Flávio Bolsonaro]", disse. "Agora estou mais PSL do que nunca", completou.

Questionado pela reportagem se as críticas a Flávio poderiam gerar desgaste com o presidente Jair Bolsonaro, Olimpio disse acreditar que "o presidente não vai confundir as coisas. Eu não confundo as coisas, continuo sendo apoiador do presidente Jair Bolsonaro."

"Comigo não tem essa conversa, não. 'Ah, é filho do presidente'. Que se dane! É filiado que nem eu, vai ouvir as verdades que tem que ouvir", afirmou o senador. "Isso aqui não é dinastia, é partido." Sobre rumores de que o presidente Jair Bolsonaro também estaria pensando em deixar o PSL, Olimpio disse que nunca ouviu isso do presidente.

"Acho que ele não faria isso. Seria a mesma coisa que morar sozinho e fugir de casa. Ele é o dono da casa. Vai sair de um partido que está bem estruturado?", disse o senador, emendando que o PSL é o partido que tem mais parlamentares e tempo de televisão. "Vai começar do zero onde? Em uma sigla em que ele não vai ter o espaço e credibilidade que ele tem com a gente?".

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), reafirmou ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o seu desejo de que o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) deixe a sigla. Major Olímpio também expressou vontade de continuar no partido: "Vou resistir e mostrar que estou com o presidente Bolsonaro. Eu não sairei".

Nesta quarta-feira, 18, no ato de filiação da senadora Juíza Selma Arruda (MT) ao Podemos - após ter deixado o PSL - Major Olímpio afirmou que ela trocou de legenda "porque está do lado certo". Sobre outros integrantes da bancada do PSL no Senado, Olímpio informou que "(a senadora) Soraya Thronicke (MS), disse que não sairá". "O outro senador é o Flávio Bolsonaro (RJ), que eu já disse que gostaria que deixasse o partido", afirmou o líder do PSL.

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Também o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro. Bezerra foi alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na manhã da última quinta-feira, 19.

Ao avaliar a semana do PSL e da base do governo no Senado, Major Olímpio falou que foi "ruim porque perdemos a Selma".

Policiais, bombeiros, agentes prisionais e outras carreiras ligadas à segurança pública poderão contar com regras mais brandas para se aposentar, se for aprovada a chamada PEC paralela, uma proposta de emenda à Constituição que traz emendas e sugestões de mudanças não incluídas na proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) aprovada nesta quarta-feira (4) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado.

Uma das emendas do senador Major Olimpio (PSL-SP), acolhida parcialmente pelo relator Tasso Jereissati (PSDB-CE), permite que uma lei complementar estabeleça requisitos e critérios próprios para a concessão de aposentadoria e pensão para policiais federais, dando margem para alterações futuras conforme regras previstas na reforma para os militares em análise na Câmara dos Deputados.

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Também podem ser beneficiados integrantes da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Ferroviária Federal, policiais civis, policiais militares, bombeiros militares, agentes prisionais e socioeducativos e integrantes das Polícias Legislativas do Senado e da Câmara dos Deputados, além da Polícia Federal.

Editada para acelerar os debates em torno da nova Previdência e evitar o retorno à Câmara do texto principal (a PEC 6/2019) já aprovado pelos deputados, a PEC paralela, que recebeu o número PEC 133/2019, abre brecha para a entrada de estados e municípios na reforma e inclui uma série de medidas propostas pelos senadores por meio de emendas.

"Com uma lei complementar, de natureza federal, o Executivo vai fazer o regramento dos policiais militares e bombeiros militares em simetria com as Forças Armadas. Também vai permitir fazer um regramento geral para todos os policiais, agentes penitenciários e agentes socioeducativos, chegando até aos nossos guardas municipais. Vamos fazer a sustentação disso no Plenário, temos um grande acordo para que seja aprovado e com certeza será confirmado na Câmara dos Deputados", defendeu Major Olímpio.

Integralidade e paridade

Outra emenda acatada parcialmente pelo relator que pode flexibilizar as regras para servidores da área de segurança pública garante que policiais federais, policiais ferroviários federais e policiais rodoviários federais que ingressaram na carreira até 2003 se aposentem com o último salário da carreira (integralidade) e com reajustes iguais aos da ativa (paridade). O texto consolidado pelo relator mantém a exigência de idade mínima de 55 anos para homem e mulher prevista na PEC 6/2019.

Também podem ser contemplados agentes prisionais, socioeducativos e integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal e das Polícias Legislativas do Senado e da Câmara dos Deputados.

A proposta atende em parte ao pleito do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que apresentou emenda para assegurar a integralidade e a paridade para todos policiais que ingressaram no serviço até a data da reforma. O senador, que apresentou outras sugestões para garantir direitos diferenciados para profissionais de carreiras ligadas à segurança pública, afirmou que, se as reivindicações dos policiais em relação à reforma não forem atendidas, o Brasil passará por uma grave crise no setor:

"Se não forem atendidas essas demandas dos policiais, o país vai entrar numa grave crise de segurança pública, e nós vamos infelizmente vivenciar o que meu estado vivenciou em 2017, que foi a greve dos policiais, quando não se podia ir para as escolas, não se podia abrir os comércios, não se podia ir para os hospitais. Se o profissional da segurança pública entender que o país não o está acolhendo, não está entendendo sua importância, o país vai entrar em colapso na segurança pública", disse o senador na quarta-feira, durante o debate na CCJ.

PEC 6/2019

Além da idade mínima de 55 anos para aposentadoria para policiais federais, policiais civis do Distrito Federal e agentes penitenciários e socioeducativos federais, a PEC 6/2019 exige 30 anos de contribuição e 25 anos de exercício na função. Os policiais terão direito à pensão integral em caso de morte decorrente do trabalho e 100% da média dos salários para aposentadoria por invalidez. Para quem está na carreira, a proposta estabelece uma regra de transição: idade mínima de 52 anos (mulheres) ou 53 (homens), com pedágio de 100% do tempo de contribuição que falta.

Hoje não há idade mínima para que policiais se aposentem, mas sim uma exigência de 30 anos de contribuição, se homem, e 25 anos, se mulher.

*Da Agência Senado

 

O senador Major Olímpio (PSL-SP) disse ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que está pensando em deixar o PSL. "Eu aprendi na vida que são os incomodados que se mudam. Então, se eu estou incomodado, devo me mudar", disse.

Olímpio era presidente estadual do partido até abril do ano passado, mas deixou o comando na mão do deputado Eduardo Bolsonaro. Desde então, o senador vem cultivando alguns atritos com a nova diretoria estadual. Sem entrar em detalhes, ele alega apenas que vem tendo "alguns incômodos" que o levam a considerar essa saída do partido.

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Olímpio diz que, se decidir por deixar a legenda de Jair Bolsonaro, ficará sem partido, mas não nega a possibilidade de ir para outra legenda como o Podemos. "Lá todos são meus amigos", diz sobre o partido presidido pela deputada Renata Abreu.

O senador disse que não chegou a conversar ainda com os líderes do PSL sobre sua possível saída e diz que não precisa pedir permissão a ninguém para deixar o partido.

O deputado federal agora pelo PSDB, Alexandre Frota, expressou sua opinião sobre o convite feito pelo senador Major Olímpio (PSL) para que a deputada federal Joice Hasselmann (PSL) dispute a Prefeitura de São Paulo pela sigla no próximo ano.

“Eu vivi para ver o boneco de posto Major Olimpio engolir e aceitar Joice para Prefeitura de São Paulo. Será que ele vai falar que a ideia foi dele? Valeu boneco de posto”, escreveu Frota nesta sexta-feira (27) em seu perfil no Twitter.

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Não satisfeito em alfinetar seus ex-colegas de partido, Frota ainda endossou os recentes desentendimentos entre Hasselmann e a também deputada federal Carla Zambelli (PSL): “E a Zambelli agora vai se rasgar. Será que vai ser contra ou vai votar na Joice?”, questionou.

Além de alfinetar integrantes do PSL, Frota não deixou por menos e decidiu atingir até mesmo o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Utilizando a hashtag #ForaBolsonaro, o parlamentar cobrou que o seu ex-aliado responda onde está Fabrício Queiroz.

“Engraçado, Bolsonaro fala do quanto foi gasto com as palestras do Merval, mas não fala das rachadinhas assumida pelo Queiroz, também não fala onde está o Queiroz e tão pouco fala o que é a nova política que ele tanto pregou na campanha!”, disparou.

O senador Major Olimpio (PSL) disse que não conseguia “parar de rir” diante das decisões judiciais desta quarta-feira (7) que determinaram a transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. 

Em publicação no Twitter, o aliado do presidente Jair Bolsonaro, disse que a defesa do líder-mor petista achava que ele iria para um quartel, mas se deu mal. 

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“MEIA VOLTA VOLVER [sic]: a defesa de Lula não quer mais a transferência dele. Acharam que ia para um quartel, na boa, mas o juiz das execuções, Paulo Sorci, mandou para o presídio de Tremembé. PERDÃO, MAS NÃO CONSIGO PARAR DE RIR KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK [sic]”, escreveu Olimpio.

A transferência do ex-presidente para São Paulo foi autorizada pela  juíza da 12ª Vara de Execuções Penais, Carolina Lebbos, na manhã desta quarta-feira (7). Horas depois, o juiz corregedor do Departamento Estadual de Execuções Criminais de São Paulo, Paulo Eduardo de Almeida Sorci, decidiu que ele seria levado para Penitenciária 2 (P2) de Tremembé, famosa por alojar presos de crimes com grande repercussão.

Lula foi condenado a cumprir pena de 8 anos e 10 meses por condenação na Lava Jato, no caso do triplex em Guarujá. Ainda não há informações sobre quando acontecerá a transferência.

O deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) disparou, nesta terça-feira (30), contra o senador Major Olímpio (PSL-SP). As alfinetadas foram em reação ao fato de que Olímpio acionou o Conselho de Ética do PSL contra Frota e disse que vai processá-lo por danos morais, após o deputado usar o Twitter para dizer que o senador havia instalado “uma milícia de ex-PMs” dentro do partido e deixado 43 diretórios paulistas com problemas sérios. 

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Ao compartilhar uma notícia que trata da representação junto ao conselho, Frota alerta: “Major eu posso ir, mas o senhor vai junto”. E, em seguida, explica: “quem deveria ter sido colocado no Conselho de Ética seria o senhor por ter feito campanha falando pelo PSL para o Márcio França [então candidato do PSB ao governo de São Paulo] passando por cima de tudo e de todos."

Além disso, o deputado listou outros motivos que, na ótica dele, podem pesar contra Major Olímpio. “Major me coloca lá tenho bastante coisa mesmo pra falar. Sobre o lixo de Cubatão, sobre os problemas nos diretórios sobre a Estadual, vai ser uma briga boa”, cravou. 

Após justificar, Frota disse que o Major Olímpio agora “fica rastejando atrás do Bolsonaro” e chamou o senador de “falastrão”, “bobo” e pessoa que “joga do lado que interessa”. 

Frota também aproveitou para provocar o Major fazendo referência aos filhos do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo e Flávio Bolsonaro, que também são do PSL. “Major peito pra pedir Conselho de Ética para quem fez rachadinha o senhor não teve; peito para pedir Conselho de Ética para quem tem os laranjas no partido o senhor não tem. Apoiou a decisão do [Dias] Toffoli, se calou no COAF, aplaudiu o nepotismo. Onde está o senhor para defender a Previdência da PM?”, indagou.

O deputado ainda disse que esperava que o senador aguentasse a pressão, porque quando foi com a deputada Joice Hasselmann, ele “sucumbiu foi humilhado ficou sem moral, igual boneco de posto”.

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O senador Major Olímpio (PSL-SP) disse, nesta quarta-feira (17), estar convicto de que se o presidente Jair Bolsonaro confirmar a indicação do filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para comandar a embaixada do Brasil nos Estados Unidos (EUA) o Senado aprovará. 

Em publicação no Twitter, Olímpio escreveu: “Apesar de todo o mimimi, após conversar com muitos senadores tenho uma convicção: se for confirmada a indicação, @BolsonaroSP será o embaixador brasileiro nos Estados Unidos.”

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Major Olímpio não foi único senador a expressar a certeza de aprovação do nome de Eduardo na Casa Alta. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) também acredita no cenário positivo. Ele disse trabalhar para que a indicação seja aprovada.

O Brasil está sem embaixador em Washington (EUA) desde o mês passado. Para assumir o cargo, caso seja confirmada a escolha do presidente, Eduardo Bolsonaro precisará passar por uma sabatina Comissão de Relações Exteriores do Senado e, se aprovado, pelo crivo do plenário.

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), disse nesta terça-feira (21), que as manifestações a favor de Jair Bolsonaro marcadas para o próximo domingo (26) também servirão para chamar a atenção da sociedade para a atuação de parlamentares que se diziam apoiadores do governo, mas que estariam atuando sistematicamente contra as propostas governistas no Congresso Nacional.

"Pedimos que a população acompanhe como votam e como se posicionam cada um dos parlamentares. Eu respeito a oposição, legítima e democrática, que tem feito um trabalho muito respeitoso com o governo. O que me deixa indignado é o presidente Bolsonaro tomar uma apunhalada nas costas por dia de pseudoaliados ou aliados de ocasião", desabafou, após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

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Sem citar nomes, o senador criticou parlamentares de DEM, PR, PP e outros partidos que teriam declarado apoio a Bolsonaro nas eleições do ano passado, mas que agora estariam dificultando o avanço dos projetos do governo no parlamento.

"Cada matéria tem um debate e um resultado diferente. Não dá para enquadrar os partidos, tem que ser por convencimento. Vamos ganhar em umas matérias e perder em outras, mas levar essas apunhaladas é muito duro", completou.

Major Olímpio admitiu que as manifestações de domingo já contam com pautas que não eram as originais da mobilização proposta por ele e pelo movimento "Avança Brasil". "A manifestação ganhou outras conotações, até mesmo de censura de partidos políticos, mas esse não é o nosso objetivo. É uma manifestação pró-Bolsonaro, contra a corrupção, pela diminuição do Estado e em apoio ao pacote anticrime do governo", destacou.

Questionado sobre se o ataque a parlamentares no domingo pode tensionar ainda mais a relação entre o Executivo e o Legislativo, o senador criticou a articulação política do próprio governo. "Não faço censura a partidos, mas a pessoas. Doeu ver parlamentares do DEM encabeçarem a tentativa de retirar o Coaf do Ministério da Justiça, enquanto o ministro que comanda a articulação política é do mesmo partido", afirmou, em referência ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Segundo o senador, o PSL fará uma reunião ainda nesta terça para decidir se apoiará formalmente as manifestações de domingo. "Há segmentos do PSL que não querem participar e respeitamos isso. Mas eu estarei domingo na Avenida Paulista", concluiu.

O senador Major Olímpio (SP), líder do PSL no Senado, disse em vídeo gravado e divulgado por sua assessoria de imprensa que a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) é um indicativo de que "o Brasil está mudando". Na avaliação do senador, é preciso passar o País a limpo.

"Cadeia para todos aqueles que dilapidaram o patrimônio do povo brasileiro, envergonharam a política e nesse momento tem que pagar sim na Justiça. Não interessa se é ex-presidente, se era ministro, membro do Poder Executivo, do Legislativo e até mesmo do poder Judiciário", disparou o senador.

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A prisão de Temer foi feita no âmbito da Operação Lava Jato e tem como base a delação do doleiro Lúcio Funaro. O ex-ministro Moreira Franco também foi preso.

O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou, nesta quarta-feira (13), que o massacre que aconteceu na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, São Paulo, poderia ter sido evitado caso os professores e outros funcionários estivessem armados.

“Se os professores estivessem armados, e se os serventes estivessem armados, essa tragédia de Suzano teria sido evitada”, disse durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Olímpio é um dos defensores ferrenhos da revogação do estatuto do desarmamento e da redução da maioridade penal, pautas apresentadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha.

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“Se houvesse um cidadão com uma arma regular dentro da escola, um professor, um servente ou policial aposentado que trabalha lá, ele poderia ter minimizado o tamanho da tragédia. Vamos, sem hipocrisia, chorar os mortos e discutir a legislação, e onde estamos sendo omissos”, defendeu Major Olímpio.

No Twitter, o senador pontuou também que como policial e parlamentar se sentia "derrotado" com a tragédia e frisou: “Nossas escolas deviam ser lugar de proteção para nossas crianças e infelizmente não estão seguras. Precisamos urgentemente rever a nossa política de segurança pública, bandido não tem idade, e essa tragédia apenas reafirma que precisamos reduzir a maioridade penal já”.

Ainda na ótica de Olímpio, “a política desarmamentista fracassou” e “não pode deixar que os aproveitadores se utilizem da tragédia para falar que o desarmamento é solução, essas armas são ilegais e foram obtidas e usadas por adolescentes”.

O senador Major Olímpio (SP), líder do PSL no Senado, afirmou que projetos nas áreas de segurança pública e combate à corrupção são prioridade da Casa no primeiro semestre. A intenção do senador para a pauta do Senado não está alinhada com os planos do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Em entrevista ao Estado no domingo passado, Guedes revelou que a proposta que pretende tirar as "amarras" do Orçamento da União, de Estados e municípios e ampliar os repasses de recursos para os governos regionais será enviada logo e começará a tramitar pelo Senado, para não tirar as atenções da Câmara em relação à Previdência.

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Ontem, o líder do governo do Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que o texto pode chegar à Casa no início de abril. "Enquanto o texto da reforma da Previdência será discutido na Câmara dos Deputados, o Senado Federal irá priorizar nesse primeiro semestre de 2019 projetos nas áreas de segurança pública e combate à corrupção", diz a nota divulgada pela assessoria do senador. Ontem, à reportagem, ela afirmou que a prioridade aos outros temas "em nada fere a discussão do pacto federativo".

Para o líder do partido do presidente Jair Bolsonaro, "a priorização destes temas atenderá à demanda da população brasileira refletida nas urnas". A iniciativa é capitaneada por Olímpio e os senadores Weverton (PDT-MA) e Eduardo Girão (Pode-CE).

Já o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que é importante que a Casa tenha protagonismo na tramitação da proposta. Na avaliação dele, a tramitação conjunta das duas propostas irá ajudar o andamento da Previdência, e não atrapalhar.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por outro lado, afirmou que tem receio. "Fico preocupado porque para um governador desvincular o Orçamento em seu Estado, talvez resolva o problema nos quatro anos dele e ele possa abrir mão da Previdência", disse. Para Maia, se o problema de curto prazo de alguns Estados for solucionado, pode "tirar a vontade" de votar a Previdência.

Projetos recém-apresentados no Senado buscam acabar com o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como fundo eleitoral. O fundo, criado em 2017, tem recursos do Tesouro Nacional e é usado para financiar as campanhas políticas, que não podem mais receber doações de empresas. Nas eleições de 2018, o valor do FEFC foi de mais de R$ 1, 7 bilhão.

Os projetos (PL 555/2019 e PL 748/2019) foram apresentados pelos senadores Major Olimpio (PSL-SP) e Marcio Bittar (MDB-AC), respectivamente. Os dois alteram a Lei Eleitoral para extinguir o fundo.

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Para Major Olimpio, o Congresso precisa questionar se a prioridade é o custeio de campanhas eleitorais ou o bem-estar da população. “Em um momento de crise como o que passamos, em que se discute diversas reformas, nós Legisladores não podemos passar o péssimo exemplo de continuarmos utilizando tal fundo para financiamento de campanhas eleitorais, enquanto nossa população carece de atendimentos básicos em hospitais, de segurança, de escolas que não possuem estrutura básica para a educação de nossas crianças, dentre outras necessidades basilares”, argumentou o senador em seu projeto.

Na mesma linha, Marcio Bittar diz considerar o fundo “um acinte sem precedentes”. Para ele, além de gastar o dinheiro que poderia ir para áreas importantes para a população, o fundo cria uma concentração de poder exacerbada nas direções dos partidos, que distribuem os recursos como querem, sem regras definidas. Com isso, disse o senador, os partidos passam a ter donos em vez de dirigentes.

“Não há nenhum tipo de regramento que estabeleça distribuição equânime entre os candidatos, logo, aqueles mais próximos dos dirigentes são privilegiados com maiores quantias. Essa distribuição desigual de recursos acaba por ferir, diretamente, a autonomia parlamentar dos candidatos e dos eleitos, pois qualquer discordância de ordem política pode ocasionar o esvaziamento das fontes de financiamento eleitoral”, explicou.

Bittar criticou, ainda, a obrigatoriedade de gasto de 30% do valor recebido em candidaturas femininas, que teria criado um “efeito colateral grave”: mulheres sendo usadas como laranjas para receber o dinheiro e destinar a outras candidaturas.

Os dois textos serão analisados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em decisão final e só terão que passar pelo Plenário se houver recursos para isso. Caso contrário, seguem diretamente para a Câmara dos Deputados depois da aprovação.

*Da Agência Senado

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