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Policiais federais cumprem nesta quarta-feira (22) seis mandados de busca e apreensão em operação contra fraudes na compra de medicamentos pelo município de Nova Friburgo, na região serrana fluminense. Os mandados estão sendo cumpridos no próprio município, além das cidades do Rio de Janeiro, São Gonçalo e Niterói.

Segundo investigações do Ministério Público Federal, foram desviados mais de R$ 600 mil dos cofres públicos durante as operações de compra de medicamentos pelo município.

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A Operação Carona de Duque visa a desarticular o grupo criminoso responsável pelas compras fraudulentas e conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (31) oito mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão na Operação Estação Brás e Bengal Tiger contra o contrabando de migrantes e lavagem de dinheiro nas cidades em São Paulo, Embú das Artes (SP), Taboão da Serra (SP) e Garibaldi (RS). A PF considera esta uma das maiores operações internacionais já realizadas.

Desde maio de 2018, policiais investigam estrangeiros domiciliados em São Paulo que estariam liderando organização criminosa voltada à promoção de migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos. Os inquéritos policiais tiveram cooperação policial internacional com a agência norte-americana de imigração U.S. Immigration and Customs Enforcement.

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A polícia descobriu que o grupo criminoso agia solicitando refúgio e fornecendo documentos de viagem falsos (como passaportes, vistos e cartas de tripulantes marítimos) a migrantes ilegais oriundos de países como Afeganistão, Bangladesh, Índia, Nepal e Paquistão.

Os migrantes desembarcavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, seguiam para Rio Branco (AC), atravessavam a fronteira com o Peru e prosseguiam por via terrestre (ônibus, barco, carona e a pé) até a fronteira do México com os Estados Unidos.

Durante o processo, esses migrantes sofriam maus-tratos, como cárcere privado, agressões físicas e psicológicas. Oito migrantes bengaleses, inclusive, foram sequestrados por cartéis de drogas mexicanos, na cidade de Nuevo Laredo, na fronteira do México com os Estados Unidos em junho deste ano.

Segundo estimativa da PF, a organização criminosa movimentou ao menos 10 milhões de dólares entre 2014 e 2019. Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de contrabando de migrantes (qualificado pela submissão a condições desumanas e degradantes), lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de três a dez anos de prisão, sem prejuízo de responderem por outros crimes que possam ser descobertos ao longo da investigação.

Policiais civis da 18ª DP (Praça da Bandeira) cumprem nesta terça-feira (22) pela manhã 27 mandados de prisão e outros 89 de intimação contra torcedores do Flamengo. A operação Olhos de Águia, como é chamada, é um desdobramento das investigações que apura um grupo de supostos torcedores do clube que marcava, por redes sociais, uma invasão ao Estádio do Maracanã, no jogo de amanhã à noite contra o Grêmio, pela semifinal da Copa Libertadores da América.

Segundo as investigações, o grupo foi criado especialmente para marcar a invasão de amanhã com mensagens trocadas em áudio e vídeo. De acordo com a secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), “foram observadas mensagens em que ele ameaçava matar policiais, praticar roubos, causar danos e constranger os torcedores da torcida do Grêmio”.

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Mais de 100 integrantes de uma facção criminosa foram identificados.

A Delegacia de Homicídios da Capital faz operação nesta quarta-feira (24) para cumprir 44 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão contra suspeitos de crimes como tráfico, associação para o tráfico, roubo e homicídio na Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro. A organização criminosa atua em comunidades de Duque de Caxias.

Segundo a Polícia Civil, eles seriam ligados a uma quadrilha que controla a venda de drogas na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, na zona norte do Rio.

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Os mandados estão sendo cumpridos em comunidades como Corte 8, Parada Angélica e Santa Lúcia. As investigações começaram depois do assassinato do policial militar Douglas Fontes, em junho de 2018

O PM foi assassinado ao ser reconhecido como policial durante assalto em Gramacho, em Duque de Caxias. Durante o reconhecimento do corpo, a mãe de Douglas passou mal e morreu.

A 61ª fase da Operação Lava Jato, denominada Disfarces de Mamom, cumpre na manhã de hoje (8) três mandados de prisão preventiva e 32 de busca e apreensão na cidade de São Paulo. Outras buscas também são realizadas no Rio de Janeiro (sete mandados de busca e apreensão) e Porto Alegre (dois mandados de busca e apreensão).

Os presos serão levados para a sede da Polícia Federal em São Paulo e, posteriormente, seguem para a Superintendência do Paraná, onde serão interrogados. Cerca de 170 policiais federais atuam na operação, que teve mandados expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

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A investigação apura um grande esquema de lavagem de dinheiro praticado por altos funcionários de um banco, que contratavam empresas de fachada para emitir notas fiscais e contratos fictícios para justificar movimentação bancária no exterior.

Os acusados são um funcionário da mesa de câmbio, um diretor da área de operações de câmbio e o diretor geral do banco.

Foram usados depoimentos e colaborações de três administradores de uma instituição financeira do exterior que ocultava capitais em operações criminosas em favor da Odebrecht.

Empresário da área de construção civil, novato na política, pouco conhecido até dos próprios colegas da Câmara e eleito com forte votação na zona oeste, um tradicional reduto das milícias. Esse é Marcello de Moraes Siciliano, de 45 anos.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem na manhã desta sexta-feira, 14, mandado de busca e apreensão na casa de Siciliano (PHS), na Barra da Tijuca, na zona oeste. O vereador, que estaria envolvido em grilagem de terras, é suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.

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No site da Câmara dos Vereadores, um vídeo apresenta o parlamentar. O vereador conta, sem disfarçar o orgulho, que teria sido indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2010 por suas ações sociais em Vargem Grande e Vargem Pequena, na zona oeste do Rio, onde mora há mais de 20 anos.

No vídeo, o vereador se apresenta como "pai de família, com cinco filhos e três netos". Diz que trilhou sua trajetória profissional sozinho, e começou a trabalhar com apenas 15 anos de idade. Aos 17, começou a comprar e vender carros.

Depois, conta, migrou para o ramo da construção civil, chegando a ser proprietário de uma empresa. "Comecei a minha vida do nada e me tornei um empresário bem-sucedido", diz no vídeo. "Faço política para ajudar as pessoas, não preciso disso para viver."

Buscas

As buscas na casa do vereador foram noticiadas pela TV Globo na manhã desta sexta. De acordo com reportagem da emissora, Siciliano não estava em casa no momento da chegada dos agentes. Na residência foram aprendidos um tablet, um computador, HD e documentos.

Investigações também apontam participação, em menor grau, do ex-PM Orlando Curicica, que está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta sexta-feira, o general Richard Nunes, secretário da Segurança do Rio, afirma que Marielle foi morta porque milicianos acreditaram que ela poderia atrapalhar os negócios ligados à grilagem de terras na zona oeste da capital fluminense. Segundo ele, o crime era planejado desde 2017.

Defensora dos direitos de moradores de favelas, negros, mulheres e da população LGBT, Marielle levou quatro tiros na cabeça dentro de seu carro na noite de 14 de março. Ela e seu motorista saíam de um evento no Estácio, região central do Rio, quando foram executados. Foi noticiado que as câmeras de segurança da prefeitura do ponto exato onde ocorreu o crime haviam sido desligadas, mas não ocorreram maiores esclarecimentos sobre essa questão.

A casa do vereador do Rio, Marcello Siciliano (PHS), é alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (14). A informação é da TV Globo. A ação tem relação com os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que completa nove meses hoje. 

No local, os agentes apreenderam um tablet, um computador, HD e documentos. O vereador não foi encontrado em casa.

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Policiais da Delegacia de Homicídios (DH) do Rio foram às ruas, nessa quinta-feira (13), para tentar cumprir 15 mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados à morte de Marielle e Anderson.

Policiais civis e integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumprem nesta sexta-feira (14) onze mandados de prisão contra acusados de desviar recursos públicos da saúde no Rio de Janeiro. Entre os alvos, está o empresário Daniel Gomes da Silva, acusado de desviar R$ 15 milhões através de contratos firmados junto a unidades de saúde.
 
Também estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
 
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Itaboraí e Nova Friburgo, além dos estados de Goiás e da Paraíba.
 
A chamada Operação Calvário foi autorizada pela 42ª Vara Criminal do Rio de Janeiro e conta com o apoio da Polícia Federal e dos ministérios públicos da Paraíba e Goiás.

Policiais da Divisão de Homicídios do Rio estão nas ruas desde o início da manhã desta quinta-feira (13), tentando cumprir 15 mandados de prisão e de busca e apreensão relacionados à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Ambos forma mortos a tiros em março deste ano.

As buscas acontecem em vários pontos da capital fluminense e nas cidades de Nova Iguaçu, Angra dos Reis, Petrópolis e Juiz de Fora, esta última em Minas Gerais. De acordo com a TV Globo, os mandados são referentes a um inquérito à parte; mas segundo o delegado Giniton Lages, que coordena as investigações do caso Marielle, eles têm ligação com os assassinatos.

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (4) operação para desarticular uma associação criminosa especializada na prática de fraudes bancárias eletrônicas via internet banking. Estão sendo cumpridos, ao todo, 12 mandados de busca e apreensão, além de quatro prisões preventivas nos estados do Pará, Tocantins, de Goiás e no Distrito Federal.

De acordo com a corporação, o grupo atuava desde 2012 na prática de diversos furtos qualificados mediante fraude. O montante dos prejuízos causados, rastreados e catalogados, até o momento, já ultrapassa R$ 800 mil. A Justiça Federal decretou a indisponibilidade de bens e valores dos investigados, além do sequestro de automóveis de luxo.

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“Usando-se da rede mundial de computadores, os suspeitos subtraíam valores de centenas de contas bancárias da Caixa Econômica Federal, do Bradesco, Itaú, dentre outras instituições financeiras”, informou a PF, por meio de nota. O grupo se fazia passar por instituições financeiras, criando páginas idênticas às dos bancos para obter informações pessoais e senhas bancárias das vítimas por meio de programas de captura de dados.

“De posse das informações bancárias, furtavam o dinheiro desses clientes, via internet”, completou a corporação, destacando que, durante o cumprimento das medidas judiciais, os policiais terão acesso às máquinas usadas pelos criminosos e poderão rastrear novas operações, detectando prejuízos que podem chegar a R$ 8 milhões.

O nome da operação, BR 153, foi escolhido por ser essa a principal via que liga os estados envolvidos na ação policial.

Policiais civis cumprem nesta terça-feira (4) 36 mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento com a venda de drogas em Magé, na Baixada Fluminense. De acordo com a Polícia Civil, o grupo controla o comércio de entorpecentes na localidade da Pinguela, no bairro da Lagoa, em Magé.

Os alvos da operação são suspeitos de crimes como extorsão, corrupção de menores, receptação, tentativa de homicídio e lavagem de dinheiro, além de tráfico de drogas.

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Os mandados de prisão e dois mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Magé, Petrópolis, Teresópolis, Niterói, Maricá e outras cidades, segundo a Polícia Civil.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a quadrilha se divide em três núcleos, um operacional, um logístico (que fornecia condições materiais e apoio à organização criminoso) e um financeiro (que fornecia contas bancárias para a lavagem do dinheiro). A ação conta com o apoio do Ministério Público do Rio.

Denominada "Tupinambá", uma operação da Polícia Civil de Pernambuco, desencadeada nesta terça-feira (26), investiga o envolvimento de empresários e funcionários públicos de São Lourenço da Mata. O prefeito do município, Bruno Pereira, está oficialmente afastado do cargo público por suspeita de desvio de bens e rendas públicas. 

A Secretaria de Defesa Social (SDS) do Estado convocou uma coletiva de imprensa para às 10h. Nela, dará mais detalhes sobre as medidas cautelares expedidas pelo desembargador Odilon Oliveira Neto, do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Ao todo, serão cumpridos 14 mandados de busca e apreensão domiciliar. Outros servidores também são investigados e todos estão proibidos de ter acesso ao prédio da prefeitura. 

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As investigações são guiadas pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP). A operação de hoje é realizada nas cidades de Recife, Camaragibe, Caruaru e Bezerros, além de São Lourenço. Um total de 110 policiais participam das ações. 

Três juízes e dois oficiais da Polícia Militar paulista estão sendo investigados por suspeitas envolvendo a expedição de mandados de busca e apreensão a partir de investigações realizadas pelos PMs.

A Corregedoria Nacional de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), abriu três apurações para verificar se os magistrados cometeram algum tipo de infração disciplinar ao expedir esses mandados. A denúncia foi realizada pelo Sindicatos dos Delegados do Estado, que acredita haver crime de usurpação de função pública por parte de quatro oficiais da corporação - contra dois ainda não houve abertura de inquérito -, além de infração por parte dos magistrados.

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Segundo os delegados, os juízes Xisto Albarelli Rangel Neto, da capital, Carolina Hisagnol Lacombe, de Itapevi, e Isabel Cardoso da Cunha Lopes, de Ribeirão Pires, cometeram infração ao atender a pedido de PMs, que conseguiram a expedição de mandados.

No dia 20 de abril, o tenente Luis Eduardo Picini Hogera cumpriu mandado em Itapevi após ter ele mesmo identificado e investigado a suspeita de tráfico de drogas, segundo os delegados. O capitão Carlos Dias Malheiro e um tenente identificado apenas como Ricardo cumpriram, 13 dias antes na capital, um mandado para combater a suspeita de prática de jogos de azar. E, no dia 22 de fevereiro, a tenente Fernanda Santana de Oliveira já havia cumprido um mandado após desconfiar de uma plantação de maconha.

Em representações enviadas ao CNJ, o sindicato diz ser "óbvio que a investigação criminal não pode ser conduzida de qualquer forma, já que de um lado há o Estado investigador e do outro, o cidadão, devendo seus direitos serem respeitados".

"Verifica-se que o PM, ao representar pela concessão de mandado em crimes cuja atribuição investigativa não lhe cabe, usurpa a função da autoridade policial, sendo tal ato tão deletério ao direito que deverá, inclusive, ser decretado nulo", expõe o autor das representações, o advogado Arthur Jorge Santos. Além das representações ao CNJ, foram enviados a delegacias pedidos de abertura de inquérito para investigação de crime de usurpação de função pública por parte dos PMs, já atendidas nos casos contra os tenentes Hogera e Fernanda.

A presidente do sindicato, Raquel Kobashi Gallinati, mostrou preocupação. "Qualquer situação que vá de encontro aos direitos da sociedade e quebra de prerrogativa nos deixa indignados."

A reportagem tentou contato com os juízes por meio do Tribunal de Justiça, que informou que eles não falariam e o tribunal não se manifesta em questões jurisdicionais "Fica registrada a existência de precedentes do Supremo Tribunal Federal que autorizariam o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela PM." A Secretaria da Segurança Pública disse que as unidades apuram as denúncias de usurpação de função, permitindo "aos agentes ampla defesa".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma organização criminosa que atua em vários estados é alvo de uma operação deflagrada pela Polícia nesta segunda-feira (22). Além de Pernambuco, os suspeitos também cometiam crimes na Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Ceará. 

Segundo a Polícia, o grupo é acusado de praticar roubos a bancos e carros-fortes mediante utilização de explosivos, além de envolvimento com o comércio ilegal de armas de fogo. O objetivo da Operação Capitania é cumprir 15 mandados de prisão preventiva, 16 de buscas e apreensão e um de condução coercitiva.  

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Os agentes estão atuando nas cidades de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Orobó, Bom Jardim e Palmares e no município de Alcantil, na Paraíba. Na operação foram empregados mais de 150 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães e 32 policiais militares.  

Os presos e os materiais apreendidos serão encaminhados para ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI), no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife.

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) obtidos pelo Estado mostram que há 564.198 mandados de prisão expedidos aguardando cumprimento no Brasil. Esse total supera a quantidade de vagas oficialmente existentes nos presídios: 376.669, de acordo com o último balanço do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), publicado em 2014. Se os mandados fossem cumpridos de uma só vez, seria preciso ocupar todas essas vagas e ainda criar mais 50% para abrigar somente esses réus.

Uma pessoa pode ter mais de um pedido de prisão contra si, e o CNJ não faz esse filtro para selecionar os mandados contra o mesmo réu. Mesmo assim, o juiz Douglas Martins considera que bastaria o cumprimento de uma pequena parcela para deixar o sistema penitenciário "ainda mais inviável".

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Martins, que coordenou o Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Educativas do CNJ entre 2013 e 2014, disse que os dados apontam um "modelo penal fracassado". "O nosso sistema penitenciário já é inviável, com o aumento natural da população carcerária que temos ano a ano. Digamos que, desses 560 mil mandados, fossem cumpridos 100 mil, tornaria ainda mais inviável." A superlotação de presídios é apontada como um dos gargalos do sistema penitenciário e um fator que contribui para fugas e crises, como a que acontece há duas semanas no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, além de massacres, como os da prisão potiguar, Manaus e Boa Vista.

O Tribunal de Justiça de São Paulo é o que tem o maior número absoluto de mandados expedidos - 175.219 -, seguido de Minas Gerais (49.425), Rio (44.607) e Pernambuco (36.925). Os dados constam do Banco Nacional de Mandados de Prisão do CNJ.

O subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia, coordenador da Câmara de Sistema Prisional e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal (MPF), diz que os números de mandados "falam por si sós sobre a caótica situação do sistema prisional brasileiro" e "evidenciam que há um problema de política criminal e não apenas de política prisional".

Bonsaglia atua pelo MPF no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e afirma que é comum chegarem pedidos de habeas corpus para autores de crimes que poderiam ter obtido a aplicação de pena restritiva de direitos, em vez de regime fechado, se os tribunais regionais aplicassem a jurisprudência das cortes superiores.

"Especialmente no atual contexto brasileiro, não há por que confinar em prisões promíscuas e sob influência ou mesmo controle de organizações criminosas autores de pequenos delitos, primários e com bons antecedentes, que possam fazer jus aos benefícios previstos nas leis e na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do STJ", afirma Bonsaglia.

No caso do Rio Grande do Norte, que tem vivenciado uma série de motins em Alcaçuz, há 11.029 mandados de prisão aguardando cumprimento. A comparação com o número de presos registrado pelo Depen, 7.658, mostra que lá há mais foragidos do que presos.

Membro e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, André Kehdi avalia que o número de mandados em aberto representa, por um lado, a ineficiência policial e irresponsabilidade da Justiça e, por outro, a falta de vontade do Estado em cumpri-los, dada a situação de calamidade das cadeias. "Quando muito, a polícia vai no endereço indicado no processo. Na maioria dos casos, nem isso ela faz. Insere o mandado em um registro que fica no cadastro dos órgãos públicos. Aqui em São Paulo, alguém que tenha mandado de prisão vai ao Poupatempo tirar uma segunda via do RG, renovar a CNH e é preso", disse. "O governo sabe que, se cumprir todos os mandados, não tem como dar conta. Há um faz de conta de que há justiça", acrescenta.

Procurados

Os crimes mais recorrentes entre os registros de presos no Brasil são o tráfico de drogas (27%) e roubo (21%), de acordo com os dados do último levantamento do Departamento Nacional Penitenciário. O número de presos por crimes relacionados a drogas em 2005 era de 14% do total da massa carcerária do Brasil, mas praticamente dobrou até 2014.

"A jurisprudência do STF e do STJ admite concessão do regime inicial aberto ou semiaberto para casos de tráfico de drogas, dependendo da pena aplicada. O não acatamento desta jurisprudência dos tribunais superiores acaba fazendo que haja números significativos de pessoas condenadas por tráfico que estão cumprindo penas em prisões ou presas provisoriamente, em regime fechado, quando poderiam estar em regime aberto ou em pena alternativa", diz o subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia.

A pena pode ser menor, por exemplo, se o preso por tráfico não tiver associação a traficantes, se houver bons antecedentes criminais, se a quantidade de drogas for pequena. A subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, coordenadora da Câmara Criminal do MPF, também defende penas alternativas. "Alguns tribunais, como o de São Paulo, costumam aplicar regime fechado direto. Os Tribunais de Justiça têm de cumprir a jurisprudência das cortes superiores." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Federal divulgou, nesta quinta-feira (21), o resultado a Operação Araceli deflagrada na quarta (20). A ação foi realizada para reprimir crimes de divulgação de pornografia infantil através da internet em dez estados brasileiros, além do Distrito Federal.

Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Norte, Ceará, Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e no Distrito Federal. Em Pernambuco, quatro pessoas foram intimadas a prestar esclarecimentos e em seguida liberadas.

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Os investigados são moradores do Recife, Camaragibe, Igarassu e Ribeirão. Também foram apreendidos dois HDs e material de informática. Caso seja encontrado algum registro de material pornográfico infantil, as pessoas poderão ser responsabilizadas e indiciadas pelo crime contido no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Brasil - No Juazeiro do Norte (CE) e em Fortaleza (CE), dois suspeitos foram presos em flagrante por compartilhar e armazenar pornografia infantil.  No Rio Grande do Sul, foi cumprido um mandado de busca em Esteio, onde foram apreendidos em uma residência quatro computadores e dois HDs externos. No Acre, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, realizadas diversas oitivas de envolvidos e testemunhas, como também três prisões em flagrante.

Operação - O nome da operação presta homenagem à Araceli Cabrera Sánchez Crespo, uma menina de 8 anos que foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada em 18 de maio de 1973, crime que até hoje permanece impune. Posteriormente, a data ficou instituída como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Esse dia foi instituído pelo Congresso Nacional por meio da Lei Federal nº 9.970/2000.

Histórico - Em Pernambuco no anos de 2013/2014 já foram instaurados 76 (setenta e seis) inquéritos policiais, desenvolvidas 11 operações, cumpridos 42 Mandados de Busca e Apreensão, efetuou sete prisões em flagrante e detectou 24 cidades com registro de pornografia infantil, e 21 suspeitos estão sendo investigados, alguns já foram indiciados e irão responder ao processo em liberdade. 

Integrantes da força-tarefa da Lava Jato informaram nesta quinta-feira (5) que a nova operação deflagrada teve como objetivo coletar provas de desvios ocorridos na Diretoria de Serviços da Petrobras que teria a participação do tesoureiro nacional do PT, Vaccari Neto.

Segundo integrantes do Ministério Público Federal e da Polícia Federal há suspeitas de pagamento de propina e lavagem de dinheiro dentro da Petrobras, ocorrido até o ano de 2014. Segundo a PF, Vaccari é um dos onze operadores de possíveis esquemas que a instituição está investigando.

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"Os fatos investigados vão até o ano de 2014. Não podemos dizer a data de início do esquema, mas fatos aconteceram até o ano passado", afirmou o procurador federal Carlos Fernando. "A Investigação na BR Distribuidora envolve possível pagamento de comissões para funcionários. A empresa envolvida no esquema com BR Distribuidora é de Santa Catarina e produz tanques", explicou o representante da Polícia Federal, Igor Romário de Paula.

De acordo com Carlos Fernando e Igor Romário de Paula, a investigação envolve 11 operadores identificados dentro de diretoria de serviços da Petrobras. Entre esse operadores estaria o tesoureiro do PT, Vaccari Neto, que foi conduzido à Polícia Federal para prestar esclarecimentos. "Vaccari teria relação com esquema de operadores. É uma investigação, não há acusação", afirmou Carlos Fernando. "Temos informações de que Vaccari solicitava valores legais e ilegais de pessoas que tinham contrato com a Petrobras. Não podemos dizer exatamente o destino das doações solicitadas por Vaccari. Mas queremos saber informações de doações que Vaccari solicitou, legais ou ilegais", acrescentou.

Segundo Carlos Fernando, salvo o tesoureiro, os outros envolvidos no esquema não têm ligação com o PT. Igor Romário de Paula também considerou que não é possível no momento estabelecer uma relação dos desvios com o partido.

Na manhã desta quinta-feira, 5, cerca de 200 policiais federais, com apoio de 25 servidores da Receita Federal, cumprem 62 mandados judiciais: um de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia e de Santa Catarina.

Segundo integrantes da operação, as prisões foram feitas com base em depoimento de um dos colaboradores da Lava Jato. "A palavra de um colaborador tem força relativa, vamos atrás de provas materiais", disse o procurador federal Carlos Fernando.

Os dois mandados de prisão temporária foram concluídos em Santa Catarina e um terceiro está no exterior. "Ainda não é conveniente revelar nomes de envolvidos, porque diligências estão em curso", afirmou Fernando.

O procurador informou ainda que dos mandados nenhum envolve o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, indicado pelo PT ao cargo." Se houvesse prova contra Renato Duque ele estaria sendo preso hoje", ressaltou o procurador.

Segundo os agentes, a demora nas buscas se deve ao volume de dinheiro encontrado nas empresas alvo da operação. "Há volume muito grande de dinheiro apreendido em uma das empresas onde foi feita a busca. Vai demorar para ser contado", afirmou Igor Romário.

A nona fase da operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira foi batizada pela Policia Federal de "My Way", em referência a como um dos delatores do esquema, Pedro Barusco, se referia ao ex-diretor Renato Duque.

A Polícia Federal divulgou na manhã desta quinta-feira, 5, detalhes da 9ª fase da Operação Lava Jato, batizada de 'My Way'. Cerca de 200 policiais e 25 funcionários da Receita Federal cumprem 62 mandados judiciais em quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina. São três de prisão temporária, um de prisão preventiva, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão.

Segundo comunicado da PF, esta fase "é fruto da análise de documentos e contratos apreendidos anteriormente pela PF", além de informações dadas por "um dos investigados".

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Distribuição dos mandados:

SP - 10 mandados de busca e 2 de condução coercitiva (todos na Capital);

RJ - 12 mandados de busca, 8 de condução coercitiva e 1 de prisão preventiva (todos na Capital);

BA - 2 mandados de busca e 1 de condução coercitiva (todos na Capital);

SC - 16 mandados de busca, 7 de condução coercitiva e 3 de prisão temporária nas seguintes cidades:

- Itajaí - 8 mandados de busca, 5 de condução coercitiva e 2 de prisão temporária;

- Balneário Camboriú - 3 mandados de busca, 1 de prisão temporária e 1 de condução coercitiva;

- Piçarras - 2 mandados de busca;

- Navegantes - 1 mandado de busca e 1 mandado de condução coercitiva;

- Penha - 1 mandado de busca;

- Palmitos - 1 mandado de busca.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se recusou a abrir o portão de sua casa para a Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (5) no cumprimento do mandado de busca e apreensão e condução coercitiva contra ele por denúncias de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato. Os policiais tiveram de pular o muro da casa do tesoureiro, que fica no Planalto Paulista, um bairro no município de São Paulo.

A PF fez busca e apreensão de documentos e objetos na casa do tesoureiro que também será obrigado a prestar depoimento sobre denúncias envolvendo seu nome.

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O tesoureiro do PT foi citado em depoimentos da Operação Lava Jato, entre eles os prestados pelo doleiro Alberto Youssef, como operador do esquema de corrupção na Petrobras, que envolvia repasses de recursos desviados de grandes obras da estatal para o partido.

Segundo as investigações, Vaccari também operaria no fundo de pensão Petros, alvo do esquema. A PF descobriu também que a cunhada do petista, Marice Lima, foi destinatária de recursos da empreiteira OAS, envolvida no escândalo de corrupção.

A cunhada de Vaccari, Marice Corrêa Lima, já foi alvo de outra fase da operação da PF, sob a acusação de ter recebido dinheiro da empreiteira OAS. Executivos da empresa estão presos por envolvimento no esquema. Eles integrariam um clube da propina que pagava para ter contratos na Petrobrás, dinheiro que era distribuído para funcionários públicos e partidos políticos.

Um dos objetivos da operação deflagrada nesta quinta-feira é aprofundar as investigações sobre outros operadores da corrupção na Petrobrás. Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou em novembro, partidos como o PMDB atuavam com mais de um agente na estatal.

A nona fase da Operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira (5), foi batizada pela Policia Federal de "My Way" (Meu Jeito), em referência a como um dos delatores do esquema, Pedro Barusco, se referia ao ex-diretor da Petrobras na área de Serviços, Renato Duque, acusado de participar do esquema de corrupção na empresa.

As informações de Barusco sobre o esquema de corrupção na diretoria de Duque somadas à de uma nova testemunha ligada a uma fornecedora da petroleira foram fundamentais para a investigação iniciada nesta nova fase. Apesar da homenagem, o jornal O Estado de S. Paulo apurou que Duque não é alvo dos mandados cumpridos hoje.

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Um dos maiores sucessos de Frank Sinatra, a música "My Way" (Meu Jeito) parece ser a crônica, transposta para versos, da Operação Lava Jato. Na primeira estrofe, a canção anuncia: "E agora o fim está próximo / E eu encaro a cortina final".

A música também evoca uma das principais características da Lava Jato, marcada por inúmeras delações premiadas: "Arrependimentos, eu tive alguns", cantou Sinatra. "Teve horas / Eu tenho certeza de que você sabe / Quando eu mordi mais do que podia mastigar", prossegue "My way", composta por Paul Anka, Jacques Reveaux e Claude François.

Delator

Pedro Barusco era gerente-executivo da Diretoria de Serviços, espécie de número dois do ex-diretor Renato Duque. No decorrer das investigações, Barusco fez delação premiada e concordou em devolver US$ 100 milhões, desviados por meio do esquema de corrupção na Petrobras.

O ex-gerente confessou ter recebido propina em mais de 60 contratos da estatal, juntamente com Duque, entre eles os firmados com grandes empreiteiras que tocavam obras de refinarias. Das comissões recebidas, US$ 22 milhões seriam provenientes da SBM Offshore, empresa holandesa que aluga plataformas e tem negócios de US$ 27 bilhões com a companhia petrolífera.

Nos relatórios internos da Petrobras, concluídos em novembro, Barusco e Duque são responsabilizados por diversas irregularidades em obras, entre elas a elevação dos custos da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo orçamento saltou de cerca de R$ 4 bilhões para R$ 24 bilhões. Parte do superfaturamento alimentou o esquema de corrupção, segundo a Lava Jato.

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