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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, está em reunião neste quinta-feira (20) com os advogados de presidenciáveis Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para pedir "mais civilidade nas redes sociais" das campanhas no segundo turno. Moraes anunciou a reunião mais cedo, durante a sessão plenária.

O ministro disse que houve um aumento na veiculação de desinformação e "maior agressividade" no segundo turno. Durante a sessão, a Corte aprovou por unanimidade uma resolução que amplia os poderes do TSE para combater fake news.

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Agora, Moraes poderá determinar a exclusão de conteúdos idênticos a publicações que o tribunal já mandou remover. Os ministros também decidiram proibir a veiculação de propaganda eleitoral paga de 48h antes das eleições até 24h depois.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, quer ampliar o poder de polícia da Justiça Eleitoral. Uma resolução sobre o assunto está pronta e a intenção do ministro é colocá-la em votação ainda nesta quinta-feira em sessão na Corte. A ideia é que o TSE possa agir de ofício, ou seja, sem ser acionado por alguma das campanhas, para remover fake news das redes sociais.

O assunto foi debatido em reunião com representantes de plataformas digitais, na quarta (19), durante a qual o ministro reclamou, conforme relatos ao Estadão/Broadcast , da demora para a remoção de conteúdos falsos.

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Fontes disseram à reportagem que, no encontro com Google, Kwai, Linkedin, Meta - que inclui WhatsApp, Facebook e Instagram -, TikTok, Twitch e Twitter, Moraes disse que a "desinformação neste segundo turno está um desastre".

O ministro lamentou a demora na remoção dos conteúdos, reclamando do fato de as plataformas estarem levando mais de quatro a cinco horas para removerem o conteúdos após as denúncias do tribunal. O ministro teria dito, ainda, que somente um trabalho conjunto pode evitar a disseminação das informações falsas.

Marcus Vinícius da Cruz de Mello Moraes ou Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta, compositor, cantor e jornalista brasileiro que marcou época como um dos principais nomes da literatura e da música brasileira. Em parceria com Tom Jobim e Baden Powell, produziu músicas de sucesso como “Garota de Ipanema”, “Tarde em Itapuã” e “Onde Anda Você”. Hoje (19) ele faria 109 anos.

Ao longo de sua carreira, Vinicius participou de diversos projetos importantes ao lado de grandes nomes da MPB como Chico Buarque, Toquinho, João Gilberto e Nara Leão. Em sua juventude, após completar o curso de Ciências Jurídicas e Sociais, começou a frequentar as reuniões da Ação Integralista Brasileira, movimento liderado por Plínio Salgado, que viriam a ser conhecidos como “camisas verdes”.

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Vinicius desligou-se do movimento ainda na juventude e passou a perseguir uma carreira musical. Para homenagear um dos principais poetas da história brasileira, confira uma lista com cinco curiosidades sobre a vida e obra do cantor:

1 - Vinicius escreveu seu primeiro poema com apenas nove anos de idade. A obra foi inspirada em um dos seus primeiros amores idealizados na juventude, uma garota carioca chamada Cacy.

2 - Vinicius e o músico Baden Powell passaram duas semanas trancados em um quarto de hotel, no início dos anos 1960, para compor e produzir músicas. A empreitada rendeu 20 sambas, entre eles, algumas canções que viriam a compor o álbum “Os Afro Sambas”.

3 - A parceria e amizade entre Vinicius e Tom Jobim mostrou-se muito forte. Tom apelidou Moraes de “Poetinha”, apelido carinhoso que fez sucesso entre os amigos mais íntimos do cantor.

4 - Composta por Vinicius de Moraes e Tom Jobim, a canção “Garota de Ipanema” é considerada uma das músicas mais importantes e emblemáticas da história da Música Popular Brasileira. Segundo a produtora Universal, “Garota de Ipanema” é a segunda música mais executada da história, ficando atrás somente de “Yesterday”, dos Beatles.

5 - A peça “Orfeu da Conceição”, escrita por Vinicius, inspirou a criação do filme francês “Orfeu Negro”, que ganhou o prêmio mais importante no Festival de Cannes e um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 1959.

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reiterou nesta terça-feira que assédio eleitoral é crime e, como tal, será combatido civilmente e penalmente.

"O combate à desinformação é completado pelo combate ao assédio eleitoral para que o eleitor possa com sua consciência escolher o melhor candidato", afirmou o ministro.

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O ministro se reuniu com os procuradores gerais do Ministério Público Eleitoral (MPE) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para alinhar um combate mais efetivo à prática. Na reunião, foi decidido que a comissão de combate à desinformação do TSE participará, por meio de inteligência e troca de informações, junto com os ministérios públicos para coibir o assédio eleitoral, principalmente nas redes sociais.

Moraes disse que se reunirá com federações do comércio e da indústria para tratar do tema. "Temos que banir esse absurdo que é o assédio eleitoral", ressaltou.

O número de denúncias explodiu no segundo turno das eleições e dobrou na última semana, chegando a 447 em mais de 400 empresas. Em 2018, foram 218 denúncias em 98 empresas.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, deu 48 horas para o Ministério da Defesa entregar à Corte a auditoria realizada pela pasta no primeiro turno com cerca de 400 urnas. Como o Estadão/Broadcast informou, o documento já foi apresentado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que, insatisfeito com os resultados que não apontaram divergências com a apuração, mandou que os militares refizessem o trabalho

Moraes atendeu a um pedido da Rede Sustentabilidade e afirmou em sua decisão que "a realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder".

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O ministro pediu cópias da auditoria da Defesa, mandando que sejam destacados os recursos empregados para a realização de tal. Ele determinou ainda que Bolsonaro apresente sua defesa em cinco dias.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, de tornar sem efeito as investigações abertas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Polícia Federal (PF) contra empresas de pesquisa.

"Quando PF e Cade começam a investigar os institutos de pesquisa que influenciam nos votos, o que Alexandre faz? Não pode investigar. Parabéns, Alexandre de Moraes, garantiu 3 milhões (de votos) para o Lula. Porque muita gente vai acreditar nas pesquisas, que vão continuar sendo mentirosas. É uma interferência enorme", afirmou durante a live "Mulheres de Minas com Bolsonaro".

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Na noite de quinta-feira, 13, Moraes argumentou que houve "usurpação de competência" da Justiça Eleitoral e tornou sem efeito as investigações abertas pelo Cade e pela PF contra as empresas. Desde o resultado do primeiro turno, quando Bolsonaro teve mais votos do que o projetado pelas pesquisas, aliados do presidente no Congresso iniciaram uma ofensiva contra as empresas.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira, 7, que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), será o culpado se crianças brasileiras adquirirem poliomielite. Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo criticou a decisão do magistrado de vetar um pronunciamento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em cadeia nacional de rádio e TV sobre a campanha contra a doença. Moraes justificou a proibição com o argumento de que seria uma "indevida personificação", no período eleitoral, de ações do governo.

"Pela segunda vez consecutiva, o Ministério da Saúde quer fazer propaganda, uma campanha para estimular a vacinação contra a polio. Pela segunda vez, o ministro Alexandre de Moraes, do TSE, nega esta campanha de vacinação", disse Bolsonaro. "E aí o pessoal começa a aproveitar. 'Olha, não vou vacinar contra a polio porque o presidente é negacionista, ele é contra a vacina'. É o tempo todo assim. Crianças que porventura adquirirem polio tem um responsável: Alexandre de Moraes, no TSE, que tudo ele faz contra o nosso governo. Não se brinca com essa questão de saúde", emendou o presidente.

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Mais cedo, Bolsonaro já havia elevado o tom contra Moraes. Aos gritos, durante coletiva no Palácio da Alvorada, o presidente afirmou que o Supremo está "o tempo todo usando a caneta para fazer maldade" e disse que a decisão de Moraes, que determinou a quebra do sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, seu ajudante de ordens, é um crime.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse neste domingo (2), que a sociedade brasileira está demonstrando maturidade democrática e confiança no sistema eleitoral. "Estamos extremamente satisfeitos com o andamento das eleições até o momento", disse ele por volta em coletiva de imprensa.

O presidente do TSE reafirmou o "clima tranquilo" neste domingo eleitoral. Ele considera normais as intercorrências registradas até o momento. "Quatro intercorrências em 156 milhões de eleitores não é nada; clima está tranquilo" disse, após ser questionado sobre fatos específicos registrados até agora.

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Um eleitor quebrou uma urna em Goiânia, houve um ataque a tiros em uma seção em São Paulo, outro eleitor colou um teclado sobre uma urna em Campo Grande e houve outro que votou duas vezes em Lisboa (Portugal), fazendo com que mais de 50 votos fossem anulados. "Uma eleição tranquila, harmoniosa, não significa uma eleição sem intercorrência. Reitero aqui a maturidade da sociedade, de todos os lados ideológicos", disse o ministro.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse neste domingo, 2, que a primeira hora de votação correu com "tranquilidade e segurança".

Moraes chegou por volta das 9h para votar na zona eleitoral 118 do colégio Madre Alix, no Jardim Paulistano, zona oeste de São Paulo, onde vota há anos com a família.

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"Nós já estamos há uma hora das eleições, com tranquilidade, com segurança. Os eleitores já estão se dirigindo, tanto no Brasil quanto no exterior, desde o início da madrugada, na Nova Zelândia, agora Lisboa, Paris, e aqui no Brasil tudo correndo com absoluta tranquilidade", disse na saída ao ser abordado pela imprensa.

O presidente do TSE também pediu aos eleitores que voltem para casa depois de votar. A Justiça Eleitoral está atenta a possíveis casos de violência política.

"Nós temos certeza que no final do dia teremos já os resultados com tranquilidade. Eu peço ao eleitor que compareça, vote e volte para casa, vá almoçar, depois à tarde aproveite o domingo", pediu.

Moraes chegou acompanhado por dois carros da equipe que faz sua segurança. O ministro tem em esquema de escolta próprio desde que foi secretário de Segurança Pública de São Paulo.

Ele foi de casa até a zona eleitoral e saiu direto para o aeroporto, de onde segue em voo da Força Aérea Brasileira (FAB) até Brasília.

As mesárias Débora Giannico e Magali Iovine, que há anos trabalham na sessão eleitoral do ministro, disseram ao Estadão que este foi o ano com maior movimentação de jornalistas em busca de uma declaração do ministro.

O comparecimento de eleitores, em contrapartida, é considerado baixo nas primeiras horas votação.

"Está um pouco devagar, está com pouco eleitor", avalia Débora.

"Em outras eleições, nós já estávamos com mais eleitores, mas acreditamos que seja pelo horário", completa Magali.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, reafirmou a segurança e transparência das urnas eletrônicas em pronunciamento realizado em rede nacional de rádio e televisão na noite deste sábado, 1º - véspera do primeiro turno das eleições.

"Somos uma das quatro maiores democracias do mundo, mas a única que apura e divulga os resultados no mesmo dia com agilidade, segurança, competência e transparência graças à tecnologia avançada, confiável, segura e auditável das urnas eletrônicas", afirmou Moraes, repetindo discurso feito a observadores internacionais das eleições na última quinta-feira, 29.

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Após exaltar o regime democrático como "uma construção coletiva daqueles que acreditam na liberdade", Moraes disse que a Justiça Eleitoral "garantirá que a democracia seja exercida de maneira segura, transparente e confiável" e afastou qualquer possibilidade de violência ou coação política. O ministro orientou os eleitores sobre a proibição do porte de armas no raio de 100 metros das seções eleitorais, assim como o veto - aprovado na última quinta-feira - ao transporte de armas e munições de colecionadores e atiradores de sábado até segunda-feira.

Moraes reforçou, ainda, que a segurança e liberdade de voto serão garantidas pelo sigilo do voto e "respeito à ampla e civilizada liberdade de discussão política".

Na véspera do primeiro turno das eleições, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, fará um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV neste sábado, dia 1º de outubro, às 20h30. A fala do ministro vai durar cerca de cinco minutos.

Moraes usou o Twitter na sexta-feira, 30, para estimular os eleitores a comparecerem às urnas no domingo e pediu que todos votem com "paz, segurança, harmonia, respeito, liberdade, consciência e responsabilidade".

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Na última sessão plenária da Corte eleitoral antes do primeiro turno, na última quinta-feira, 29, Moraes transmitiu a mesma mensagem. Também reafirmou que não será permitido levar celular para a cabine de votação, tampouco transportar armas. "Dia de eleição não é dia de transportar armas, passear com fuzil, é dia de transportar o título e levar esperança", declarou.

O ministro vota no domingo em São Paulo e, em seguida, volta a Brasília - onde vai acompanhar a realização do projeto-piloto do teste de integridade com biometria em uma escola do DF às 12h. Às 14h, fala com a imprensa sobre as eleições e às 15h, visita o Centro Integrado de Comando e Controle (CICCN), que atua na prevenção e repressão aos crimes eleitorais, na sede da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Pelo terceiro dia consecutivo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) subiu o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e chamou o magistrado de "patife", "cara de pau" e "moleque". O candidato à reeleição tem feito críticas à quebra de sigilo bancário de um de seus ajudantes de ordem, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, por determinação de Moraes.

"Você quer um presidente, Alexandre de Moraes, refém teu. Eu não sou refém teu. Se eu fosse, Alexandre, eu não teria, por exemplo, assinado o indulto, a graça para o deputado Daniel Silveira. Quando eu mandei preparar o decreto, teve muita gente do meu lado 'Ah, você vai brigar com o Supremo'. Eu brigo com qualquer coisa, só não brigo com a minha consciência, com a minha honra, Alexandre de Moraes", declarou Bolsonaro, em transmissão ao vivo nas redes sociais.

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A quebra de sigilo de Cid foi determinada por Moraes após a Polícia Federal encontrar no celular do ajudante de ordens mensagens que levantaram suspeitas sobre transações financeiras feitas no gabinete de Bolsonaro, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que revelou o fato. Em uma das movimentações, há repasses para uma tia de Michelle Bolsonaro que cuida da filha do casal, Laura, quando a primeira-dama está em viagem ou tem algum outro compromisso.

"Seria muito fácil para mim estar do outro lado do balcão, tomando uísque com Alexandre de Moraes, aquela turma toda, se refestelando do poder. Mas estou do lado de cá. E aí o Alexandre de Moraes vem com essas baixarias, quebra o sigilo do meu ajudante de ordens. Quebrou foi o meu sigilo, Alexandre. Isso não é papel de homem, é de moleque", afirmou Bolsonaro. "Deixa de ser um patife, Alexandre de Moraes, um patife", emendou, ao chamar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de "cara de pau". "Seja homem uma vez na vida", continuou.

Para atacar seu principal adversário na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro disse que o petista, se eleito, indicaria dois ministros "bandidos" para o STF. "Imagina ele colocando mais dois lá dentro: acabou o Brasil, pessoal, a ditadura está aí, ditadura branca, sem armas, sem nada", declarou o chefe do Executivo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o desbloqueio das contas bancárias de oito empresários investigados por, supostamente, integrar esquema de financiamento de atos antidemocráticos durante o feriado nacional da Independência.

Os empresários são Luciano Hang, Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurelio Raymundo, Luiz André Tissot e Meyer Joseph Nigri.

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Segundo o ministro, passado o feriado de 7/9 e afastado o sigilo bancário dos investigados, que permitirá aprofundar a apuração, não é mais necessária a manutenção do bloqueio das contas.

Medida urgente

Na decisão, o ministro destacou que os empresários, em trocas de mensagens pelo WhatsApp, declararam expressamente a intenção de desestabilizar as instituições democráticas, com ameaça à segurança dos ministros do STF. A conduta atenta contra a independência do Judiciário e a manutenção do Estado Democrático de Direito, em descompasso com o princípio da liberdade de expressão.

Segundo o relator, o bloqueio das contas bancárias foi medida adequada e urgente, diante dos indícios da atuação dos empresários para fornecer recursos para fins escusos nos atos do 7 de setembro.

As condutas verificadas podem configurar os crimes de incitação de animosidade das Forças Armadas contra os poderes constitucionais, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Da assessoria do STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira (6) um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que deixasse a relatoria do caso em que o presidente Jair Bolsonaro é investigado por falsa associação entre a vacina contra a covid-19 e o risco de contrair o HIV.

Em manifestação assinada pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, a PGR solicitou que a investigação fosse enviada ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, que já seria o responsável por outros pedidos sobre o assunto no Supremo. Caso contrário, poderia haver “anulação futura” do processo, argumentou ela.

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Lindôra Araújo também pediu a interrupção das investigações até que o plenário do Supremo julgue um pedido da PGR para o arquivamento da investigação aberta por Moraes. Tal pedido já foi negado por Moraes e um recurso do tipo agravo contra essa decisão ainda aguarda julgamento.

O julgamento do agravo sobre o caso foi interrompido no mês passado por um pedido de vista do ministro André Mendonça e não tem prazo para voltar à pauta do Supremo.

Enquanto o recurso não é julgado, Moraes autorizou pela segunda vez, no fim de agosto, a prorrogação das investigações por mais 60 dias, a pedido da Polícia Federal (PF) e com a anuência da própria PGR, destacou o ministro.

A prorrogação foi deferida “considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, nos termos solicitados pela Polícia Federal e encampados pela Procuradoria-Geral da República”, frisou Moraes. “Dessa maneira, a investigação prosseguirá normalmente”, afirmou o ministro.

Moraes disse ainda ser de conhecimento da PGR que o agravo contra sua decisão, em que manteve a investigação e negou a remessa do caso ao gabinete de Barroso, não possui efeito suspensivo, isto é, não está apto a interromper o andamento normal do processo.

O inquérito em questão foi aberto por Moraes a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que ocorreu no Senado. Para a PGR, tal investigação não poderia ter andamento sem que o pedido partisse do Ministério Público (MP). O ministro negou o argumento, afirmando que, diferentemente das denúncias, as investigações criminais não são de exclusividade do MP.

Na decisão desta terça-feira, Moraes determinou também que a PGR se manifeste sobre relatório parcial da PF que, em meados de agosto, pediu autorização para indiciar o presidente da República no caso.

A live em questão foi transmitida por Bolsonaro em 21 de outubro de 2021. O vídeo com a transmissão foi removido das redes sociais Facebook e YouTube alguns dias depois.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, nessa segunda-feira (5), que o ministro Alexandre de Moraes deixe o inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a live em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) associou a vacinação contra a Covid-19 ao risco de contrair o vírus da aids e as máscaras de proteção facial ao desenvolvimento de pneumonia bacteriana. A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo reiterou que a investigação deve ser transferida ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso.

O pano de fundo da briga é a chamada "prevenção". A regra, prevista no regimento interno do STF, dispensa o sorteio entre os gabinetes se já houver processo semelhante distribuído a algum ministro, que tem preferência para receber também a nova ação. O objetivo é evitar decisões monocráticas divergentes.

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A investigação sobre as notícias falsas espalhadas pelo presidente chegou ao gabinete de Moraes porque ele é relator do inquérito das fake news, que apura ofensas, ameaças e desinformação contra ministros do STF. Bolsonaro está entre os investigados, mas, segundo a PGR, "não basta o ventilado e suposto emprego do mesmo modus operandi no cometimento de infrações penais para o reconhecimento de conexão".

A Procuradoria argumenta que o caso deveria ser conduzido por Barroso porque ele já é relator das frentes de apuração abertas a partir do relatório da CPI da Covid. O pedido para investigar a live do presidente foi feito pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a comissão parlamentar. Lindôra afirma que o ministro é o "único" com "competência, por prevenção, para averiguar as condutas imputadas ao Presidente da República".

A transferência da investigação já havia sido solicitada pela PGR em dezembro do ano passado. Lindôra afirma que o inquérito não deveria seguir sem a análise do pedido.

CRIME. Em relatório enviado ao STF, a Polícia Federal (PF) disse que vê crime de Bolsonaro. A delegada Lorena Lima Nascimento pediu para interrogar o presidente, mas já antes sugeriu seu indiciamento. O depoimento é uma das últimas pendências do inquérito.

A PF diz que, ao espalhar informações falsas, o presidente "encorajou" a população a descumprir medidas sanitárias preventivas contra a Covid-19 e gerou alarde "anunciando perigo inexistente". O relatório afirma ainda que Bolsonaro agiu de "forma direta, voluntária e consciente".

O presidente Jair Bolsonaro chamou de 'vagabundo' o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em evento de mulheres no Rio Grande do Sul neste sábado, Bolsonaro se referiu a Moraes sem mencionar seu nome ao dizer que ele deu uma 'canetada', em referência à decisão do ministro que autorizou ação contra oito empresários bolsonaristas que estariam conspirando contra a democracia em grupos de WhatsApp.

"Não é porque tem um vagabundo ouvindo atrás da árvore a nossa conversa que vai querer roubar a nossa liberdade. Mais vagabundo do que esse que está ouvindo a conversa é quem dá a canetada após ouvir o que ouviu esse vagabundo" disse Bolsonaro durante o encontro "Mulheres pela Vida e pela Família", realizado na Fenac, em Novo Hamburgo (RS), na região do Vale dos Sinos, pelo Partido Liberal.

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"Pessoas que querem fazer voltar ao governo um bandido. E para isso começam a atacar algo que eu costumo dizer, é mais importante que a nossa própria vida, é a nossa liberdade", disse. "Vimos há pouco empresários tendo a sua vida devassada, recebendo vista da PF, estavam privadamente discutindo um assunto, que não interessa qual seja o assunto. Eu posso pegar meia dúzia aqui, bater um papo, e falar", disse o presidente.

Novo ataque de Bolsonaro a Moraes ocorre às vésperas dos atos de 7 de setembro, convocados por apoiadores do presidente. O governo do Distrito Federal montou um esquema de segurança de proporções inéditas para evitar conflitos na manifestação.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cedeu à cobrança das Forças Armadas para que seja realizado no dia de votação um teste de integridade das urnas eletrônicas com participação de eleitores. O Ministério da Defesa vinha insistindo que essa testagem fosse realizada nas seções de votação. O TSE concordou em fazer uma verificação em caráter experimental em algumas seções eleitorais.

A Corte informou que a mudança na testagem dos equipamentos será parte de um "projeto piloto complementar", mas não detalhou se o procedimento será adotado ainda nas eleições deste ano. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (31), em nova reunião do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, com o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, para tratar da segurança das urnas eletrônicas e da transparência do processo de preparação das eleições. Esse foi o segundo encontro entre as duas autoridades num intervalo de oito dias. Diferentemente da primeira agenda, os dois estiveram hoje acompanhados de técnicos das Forças Armadas e da Justiça Eleitoral.

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Até hoje, os testes de integridade das urnas eram feitos em urnas aleatórias levadas aos Tribunais Regionais eleitorais. O exame era feito a partir de acionamento por servidores da justiça eleitoral. Os militares defendiam que o teste fosse feito numa situação real. Ou seja, numa seção eleitoral e no dia de votação com acionamento da urna de teste pelos próprios eleitores.

Segundo o TSE, as áreas técnicas do tribunal e da Defesa defenderam a importância da realização do teste de integridade das urnas. O procedimento é feito desde 2002 seguindo os mesmos moldes com a finalidade de atestar a confiabilidade das urnas e gerar o último procedimento de auditoria antes do início da votação. Os profissionais que atuam nas Forças Armadas e na Justiça Eleitoral devem apresentar, em conjunto, as mudanças no procedimento de testagem. A Corte eleitoral ainda garantiu que serão disponibilizados todos os boletins de urna (BU) para que partidos políticos, eleitores e entidades independentes possam conferir o resultado das urnas e o procedimento de totalização.

O ministro da Defesa levou para o encontro com Moraes o coronel de Exército Marcelo Nogueira, que ainda atua como oficial da ativa. Ele foi o responsável por uma apresentação transmitida em julho deste ano, durante audiência com integrantes das Forças Armadas no Senado, na qual foi difundida a tese de que um "código malicioso oculto" - também chamado de Malware - poderia ser inserido nas urnas para fraudar o sistema eletrônico de votação e escapar do teste de integridade realizado no dia da eleição.

Na ocasião, o coronel Nogueira contou com o apoio do ministro da Defesa para fazer a sugestão de que o TSE alterasse o teste de integridade dos equipamentos. Este é o último procedimento de checagem realizado pela Justiça Eleitoral antes do início da eleição: técnicos são selecionados para fazer simulações da votação em urnas selecionadas aleatoriamente, com o objetivo de garantir que os votos digitados correspondem aos contabilizados e que não há nenhum problema nos sistemas operacionais.

A sugestão dos militares é de que o teste passe a ser realizado com eleitores reais, em vez de técnicos, diretamente nas seções eleitorais e com registro de biometria. Como mostrou o Estadão, a proposta se tornou um dos principais pontos de embate entre as Forças Armadas e o TSE, que aponta a possibilidade de "confusão" e ocorrência de problemas caso a testagem seja feita como sugerem os militares.

Como revelou o Estadão, os militares já enviaram 88 questionamentos e pedidos de informação ao TSE. A caserna fez diversas sugestões de melhorias no processo eleitoral, das quais algumas chegaram a ser incorporadas pela Justiça Eleitoral. Todas as demandas foram respondidas pelo tribunal, com justificativas para atender ou descartar as propostas, mas as Forças Armadas insistem em realizar uma nova versão do teste de integridade.

Além do coronel Nogueira, participaram da reunião nesta quarta-feira o general Rodrigo Vergara, que é o atual responsável pela comunicação do Ministério da Defesa. Do lado do TSE, Alexandre de Moraes escalou para o encontro o secretário-geral, José Levi, e o secretário da área de Tecnologia da Informação, Julio Valente. A pauta oficial da reunião foi "o aperfeiçoamento da segurança e da transparência do processo eleitoral".

A relação entre os militares e o tribunal passa por um momento decisivo. Está marcado para a próxima sexta-feira, 2, a cerimônia de lacração dos sistemas da urna eletrônica. As Forças Armadas, na condição de instituição fiscalizadora das eleições, é instada a assinar digitalmente o procedimento de lacração, que vale como um atestado de que todos os softwares estão funcionando corretamente e que não haverá mais modificações até o dia das eleições. A Defesa ainda não confirmou se vai atestar o processo. Na última segunda-feira, 29, técnicos militares estiveram no TSE inspecionando as etapas finais que antecedem a cerimônia de lacração.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, realizou, nesta quarta-feira (31), nova reunião com o ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, para tratar da segurança das urnas eletrônicas e da transparência do processo de preparação das eleições. Esse foi o segundo encontro entre as duas autoridades num intervalo de oito dias. Diferentemente da primeira agenda, os dois estiveram hoje acompanhados de técnicos das Forças Armadas e da Justiça Eleitoral.

O ministro da Defesa levou para o encontro o coronel de Exército Marcelo Nogueira, que ainda atua como oficial da ativa. Ele foi o responsável por uma apresentação transmitida em julho deste ano, durante audiência com integrantes das Forças Armadas no Senado, na qual foi difundida a tese de que um "código malicioso oculto" - também chamado de Malware - poderia ser inserido nas urnas para fraudar o sistema eletrônico de votação e escapar do teste de integridade realizado no dia da eleição.

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Na ocasião, o coronel Nogueira contou com o apoio do ministro da Defesa para fazer a sugestão de que o TSE alterasse o teste de integridade dos equipamentos. Este é o último procedimento de checagem realizado pela Justiça Eleitoral antes do início da eleição: técnicos são selecionados para fazer simulações da votação em urnas selecionadas aleatoriamente, com o objetivo de garantir que os votos digitados correspondem aos contabilizados e que não há nenhum problema nos sistemas operacionais.

A sugestão dos militares é de que o teste passe a ser realizado com eleitores reais, em vez de técnicos, diretamente nas seções eleitorais e com registro de biometria. Como mostrou o Estadão, a proposta se tornou um dos principais pontos de embate entre as Forças Armadas e o TSE, que aponta a possibilidade de "confusão" e ocorrência de problemas caso a testagem seja feita como sugerem os militares.

Como revelou o Estadão, os militares já enviaram 88 questionamentos e pedidos de informação ao TSE. A caserna fez diversas sugestões de melhorias no processo eleitoral, das quais algumas chegaram a ser incorporadas pela Justiça Eleitoral. Todas as demandas foram respondidas pelo tribunal, com justificativas para atender ou descartar as propostas, mas as Forças Armadas insistem em realizar uma nova versão do teste de integridade.

Além do coronel Nogueira, participaram da reunião nesta quarta-feira o general Rodrigo Vergara, que é o atual responsável pela comunicação do Ministério da Defesa. Do lado do TSE, Alexandre de Moraes escalou para o encontro o secretário-geral, José Levi, e o secretário da área de Tecnologia da Informação, Julio Valente. A pauta oficial da reunião foi "o aperfeiçoamento da segurança e da transparência do processo eleitoral".

A relação entre os militares e o tribunal passa por um momento decisivo. Está marcado para a próxima sexta-feira (2), a cerimônia de lacração dos sistemas da urna eletrônica. As Forças Armadas, na condição de instituição fiscalizadora das eleições, é instada a assinar digitalmente o procedimento de lacração, que vale como um atestado de que todos os softwares estão funcionando corretamente e que não haverá mais modificações até o dia das eleições. A Defesa ainda não confirmou se vai atestar o processo. Na última segunda-feira (29), técnicos militares estiveram no TSE inspecionando as etapas finais que antecedem a cerimônia de lacração.

A quebra do sigilo bancário e o bloqueio das contas dos oito empresários bolsonaristas que foram alvo de buscas na semana passada não foi requisitada pela Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar é um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com base em mensagens divulgadas pelo portal Metrópoles, Randolfe pediu "apuração séria e aprofundada" da possível relação dos empresários com o financiamento de atos antidemocráticos. Reunidos em um grupo de WhatsApp, os alvos da operação citaram a hipótese de um golpe de Estado caso Lula fosse eleito em outubro. Dos parlamentares e instituições que acionaram o STF cobrando providências, o senador foi o único a representar por embargos financeiros.

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Randolfe sugeriu a tomada de depoimentos, o afastamento dos sigilos bancário e de mensagens, o bloqueio de contas e as prisões preventivas. Com exceção das prisões, todas as medidas foram autorizadas por Moraes. O ministro do STF também determinou a suspensão dos perfis dos empresários no Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e YouTube.

Os deputados Gleisi Hoffmann (PR), Reginaldo Lopes (MG) e Alencar Santana (SP), do PT, fizeram coro pelas prisões e pela quebra dos sigilos telefônico e telemático dos empresários, mas não mencionaram o bloqueio das contas ou o levantamento do sigilo bancário. As deputadas Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA), do PSOL, acionaram o STF cobrando investigação, mas não chegaram a propor medidas específicas. Elas pediram ao ministro que tomasse "as providências cabíveis".

O gabinete de Moraes recebeu ainda notícias-crime de associações de magistrados e do Ministério Público do Trabalho pedindo que os empresários fossem intimados a prestar depoimento e seus celulares fossem apreendidos. As entidades também não mencionam sanções de ordem financeira ao grupo.

A PF representou apenas pela apreensão dos celulares e pelo afastamento do sigilo das mensagens. O delegado Fábio Alvarez Shor cita suspeita de financiamento de atos antidemocráticos, mas não chega a requerer a quebra do sigilo bancário. O pedido se limita a "acesso imediato e exploração do conteúdo" armazenado nos celulares e em nuvem de dados.

APURAÇÃO

A quebra do sigilo bancário dos empresários vai servir para analisar se há elementos mais concretos, como repasses para atos contra instituições democráticas, que indiquem materialidade de eventuais crimes. Em parecer elaborado a pedido de Moraes, o juiz Ailton Vieira, instrutor no gabinete do ministro, disse que os empresários podem ter ajudado a custear a produção e a divulgação de notícias fraudulentas e a organização de manifestações contra a democracia.

O documento foi redigido com base em material reunido em outras investigações que atingem aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.

CONDIÇÃO

Ao decretar o bloqueio das contas, Moraes disse que a "condição financeira" dos empresários e suas "vultosas quantias de dinheiro" potencializam o alcance de manifestações ilícitas e exigem uma "reação absolutamente proporcional do Estado".

Para o advogado criminalista e professor de Direito Processual Penal da Universidade de São Paulo (USP) Maurício Zanoide de Moraes, o bloqueio de contas extrapolou a investigação. Na avaliação dele, as demais medidas eram necessárias, mas a decisão de congelar as contas bancárias não "teria lastro suficiente" neste momento.

O cumprimento de mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos empresários desencadeou, entre políticos e juristas, questionamentos sobre os limites que envolvem a liberdade de expressão e a apologia do crime.

Os empresários negaram ter defendido ruptura democrática e conspirado para um golpe de Estado caso Bolsonaro não fosse reeleito em outubro.

Na semana passada, em entrevista ao Estadão, o ex-presidente do STF Marco Aurélio Mello disse que não vê base jurídica para a operação da PF autorizada por Moraes. O ministro aposentado afirmou que "não compreendeu os atos de constrição (bloqueio)".

A reportagem entrou em contato com a assessoria de Randolfe para comentar a representação, mas não obteve resposta até a conclusão desta edição. Candidato à reeleição, o senador pelo Amapá é ativo na campanha de Lula.

ACESSO

Advogados dos empresários investigados informaram que até o fim da tarde de ontem não haviam acessado o inquérito do qual vieram as ordens de busca e apreensão dos celulares e de bloqueio das contas de seus clientes.

Miguel Vidigal, que representa Ivan Wrobel, dono da W3, impetrou um mandado de segurança. "Interessante notar que há um senador da República fazendo pedido ao STF de bloqueio de contas de um cidadão que não tem foro privilegiado e, por isso, não deveria estar respondendo a um inquérito perante o Supremo Tribunal Federal", disse Vidigal. (Colaborou Isabella Alonso Panho, especial Para o Estadão)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao autorizar a Polícia Federal (PF) a fazer buscas contra empresários bolsonaristas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ver indícios de uma "verdadeira organização criminosa" antidemocrática.

Moraes se baseou em uma representação da Polícia Federal, assinada pelo delegado Fábio Alvarez Shor, e em provas colhidas em outras investigações sobre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro também é relator dos inquéritos das fake news e das milícias digitais, que fecharam o cerco contra aliados do Planalto. Um juiz instrutor que trabalha no gabinete de Moraes apontou "conexão probatória" entre as suspeitas que recaem sobre os empresários e as apurações que correm sob a relatoria do ministro.

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Moraes deu sinal verde para a apreensão de celulares, quebra de sigilo bancário e telemático (de mensagem) e suspensão dos perfis dos empresários nas redes sociais. A decisão diz que as garantias individuais não poderiam ser usadas como um "verdadeiro escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas".

O ministro também manifestou preocupação com o potencial de financiamento de "atividades digitais ilícitas e incitação à prática de atos antidemocráticos" e defendeu uma "reação absolutamente proporcional do Estado" para "afastar a possível influência econômica na propagação de ideais e ações antidemocráticas".

"O poder de alcance das manifestações ilícitas fica absolutamente potencializado considerada a condição financeira dos empresários apontados como envolvidos nos fatos, eis que possuem vultosas quantias de dinheiro, enquanto pessoas naturais, e comandam empresas de grande porte, que contam com milhares de empregados, sujeitos às políticas de trabalho por elas implementadas", escreveu.

A operação foi deflagrada na última terça-feira (23) e fez buscas conta oito empresário: Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, do grupo Multiplan; José Koury, dono do shopping Barra World; Luciano Hang, da rede de lojas Havan; Luiz André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii; Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.

Os empresários fazem parte de um grupo de WhatsApp e conversaram abertamente sobre um golpe caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito. As mensagens foram reveladas pelo portal Metrópoles.

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